Pág 1 AULA 2 – REATÂNCIA Princípios de Eletricidade e Eletrônica Aula 2 – Reatância Prof. Marcio Kimpara Universidade Federal de Mato Grosso do Sul FAENG / Engenharia Elétrica Campo Grande – MS Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 2 AULA 2 – REATÂNCIA Para relembrar (aula passada)... Tensão e Corrente Alternada Uma forma de onda de tensão alternada é aquela onde a intensidade e a polaridade alteram-se ao longo do tempo. A polaridade é invertida periodicamente Uma corrente alternada é aquela que inverte, periodicamente, o sentido no qual está circulando. Ela também varia a intensidade continuamente no tempo. Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 3 AULA 2 – REATÂNCIA Para relembrar (aula passada)... Parâmetros da forma de onda senoidal Ciclo Vp Vpp VRMS Período (T) Prof. Marcio Kimpara 1 T frequência Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 4 AULA 2 – REATÂNCIA Para relembrar... Resistor (R) Unidade de medida: Ohm (Ω) Símbolo: O resistor é um dispositivo elétrico muito utilizado em eletrônica, ora com a finalidade de transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule), ora com a finalidade de limitar a corrente elétrica em um circuito. Tal como no circuito CC, no circuito com tensão alternada, a constante de proporcionalidade entre a amplitude da tensão e a amplitude da corrente é a resistência R. Isto é sempre verdadeiro para qualquer resistência em um circuito CA. V R.i Prof. Marcio Kimpara Lei de Ohm Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 5 AULA 2 – REATÂNCIA Para relembrar... Capacitor (C) Unidade de medida: Farad (F) Símbolo: O capacitor é um elemento capaz de armazenar energia elétrica. Um capacitor só admite corrente em seus terminais enquanto estiver sendo carregado ou descarregado. Sob tensão alternada, a corrente admitida pelo capacitor é diretamente proporcional à variação de tensão no tempo, sendo a capacitância C, a constante de proporcionalidade, pois: iC C. dV dt Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 6 AULA 2 – REATÂNCIA Para relembrar... A tensão nos terminais de um capacitor não pode sofrer variações instantâneas bruscas. Se ocorresse uma variação instantânea (dt→0) a corrente tenderia a um valor infinito [iC(t)→∞], o que não é possível fisicamente. Por esse motivo dizemos que o capacitor se opõe à variação de tensão (filtro) Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 7 AULA 2 – REATÂNCIA Para relembrar... Indutor (L) Unidade de medida: Henry (H) Símbolo: O indutor é um elemento passivo que tem a possibilidade de armazenar energia na forma de campo magnético, quando percorrido por uma corrente. Quando a corrente que passa no indutor está variando, o fluxo magnético, provocado pela corrente, também varia e induz uma força eletromotriz (tensão) nos terminais do indutor. No indutor, a tensão auto-induzida é diretamente proporcional à variação de corrente no tempo, sendo L a constante de proporcionalidade: di VL L. dt Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 8 AULA 2 – REATÂNCIA Para relembrar... A corrente nos terminais de um indutor não pode sofrer variações instantâneas bruscas, pois se ocorrer uma variação instantânea (Δt→0), a tensão tenderá a um valor infinito (vL(t)→∞), o que não é possível. Por esse motivo dizemos que o indutor se opõe à variação de corrente (filtro) Quando a tensão de alimentação cresce a bobina cria uma força contra-eletromotriz (tensão) que se opõe ao aumento da corrente (devido à Lei de Lenz). Prof. Marcio Kimpara Quando a tensão de alimentação decresce, a bobina cria uma tensão que tende a manter a circulação da corrente no mesmo sentido (devido à Lei de Lenz). Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 9 AULA 2 – REATÂNCIA REATÂNCIA Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 10 AULA 2 – REATÂNCIA Reatância Capacitiva A reatância capacitiva é a medida da oposição que um capacitor oferece à variação da tensão entre seus terminais. O valor em módulo da reatância capacitiva é inversamente proporcional à capacitância C e à frequencia (f) da tensão aplicada. A reatância capacitiva é dada por: 1 1 XC C 2 f C Onde: ω = frequencia angular em rad/s (ω=2.π.f) C = Capacitância em Farad (F) Representação da reatância capacitiva: Xc Unidade de medida: Ohm (Ω) Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 11 AULA 2 – REATÂNCIA Reatância Capacitiva EXEMPLO: Determine o módulo da reatância de um capacitor de 440nF aplicado a uma tensão senoidal onde (a) f = 60Hz e (b) f = 10kHz a) 1 1 XC 6028,6 9 C 2 .60.440.10 b) 1 1 XC 36,17 3 9 C 2 .10.10 .440.10 * Note que a reatância capacitiva assume um valor MAIOR para uma frequência BAIXA e um valor MENOR para uma frequência mais ALTA Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 12 AULA 2 – REATÂNCIA Reatância Indutiva A reatância indutiva é a medida da oposição que um indutor oferece à variação da corrente em seus terminais. O valor em módulo da reatância indutiva é diretamente proporcional à indutância L e à frequência (f) da tensão aplicada. A reatância indutiva é dada por: X L L 2 f L Onde: ω = frequencia angular em rad/s (ω=2.π.f) L = Indutância em Henry (H) Representação da reatância indutiva: XL Unidade de medida: Ohm (Ω) Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 13 AULA 2 – REATÂNCIA Reatância Capacitiva EXEMPLO: Determine o módulo da reatância de um capacitor de 330nH aplicado a uma tensão senoidal onde (a) f = 60Hz e (b) f = 10kHz a) X L L 2 .60.330.106 0,124 b) X L L 2 .10.103.330.106 20,73 * Note que a reatância indutiva assume um valor MENOR para uma frequência BAIXA e um valor MAIOR para uma frequência mais ALTA Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 – Pág 14 AULA 2 – REATÂNCIA OBRIGADO Dúvidas? Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –