Termodinâmica Química a Lista 2: 1 Lei da Termodinâmica. Resolução comentada de exercícios selecionados Prof. Fabrício R. Sensato Semestre 4º Engenharia: Materiais Período: Matutino/diurno Regimes: Normal/DP Agosto, 2005 www.fsa.br/fabricio 2 1) Uma amostra de 1,00 mol de Ar se expande isotermicamente, a 0 oC, de 22,4 L até 44,8 L (a) reversivelmente, (b) contra uma pressão externa constante igual à pressão final do gás e (c) livremente (contra uma pressão externa nula). Em cada processo, calcule q, w, U e H. 2) Uma amostra de 4,0 mols de O2 está inicialmente confinada num vaso de 20 L, a 270 K, e sofre uma expansão adiabática contra uma pressão externa constante de 600 torr até que seu volume aumente por um fator de 3,0. Calcule q, w, T, U e H. (CV,m = 21,1 JK-1mol-1) 3) Quando se aquecem 3,0 mols de O 2, na pressão constante de 3,25 atm, sua temperatura se eleva de 260 K até 285 K. A capacidade calorífica molar do O2, a pressão constante, é 29,4 JK-1mol-1. Calcule q, H e U. 4) Um certo líquido tem vapH = 26,0 kJ mol-1. Calcule q, w, H e vaporizam 0,50 mol do líquido a 250 K e 750 torr. U quando se 5) Imagine um sistema constituído por 2,0 mols de CO2 (considere um gás perfeito), a 25 oC, confinado num cilindro de seção reta uniforme de 10 cm2, a 10 atm. O gás se expande adiabática e irreversivelmente contra pressão constante de 1,0 atm. Calcule w, q, U, H e T, quando o pistão se desloca 20 cm. A capacidade calorífica molar do CO2, a pressão constante, é 37,11 J K-1mol-1. 6) Uma amostra de 1,0 mol de um gás perfeito, com C V = 20,8 JK -1mol-1, está inicialmente a 3,25 atm e 310 K e sofre uma expansão adiabática reversível até a sua pressão atingir 2,50 atm. Calcule o volume e a temperatura finais e também o trabalho efetuado. 7) Uma amostra de 0,727 g de D-ribose (C5H10O5, M = 150,13 g/mol) foi posta numa bomba calorimétrica (operando a volume constante) e queimada na presença de oxigênio em excesso. A temperatura se elevou de 0,910 K. Numa outra experiência, no mesmo calorímetro, a combustão de 0,825 g e ácido benzóico (M = 122,12 g/mol), cuja energia interna de combustão é -3251 kJ mol -1, provocou uma elevação de temperatura de 1,940 K. Calcule a energia interna de combustão da D-ribose e a respectiva entalpia de formação ( fH [H2O(l)] = -185,83 kJ/mol; f H [CO2 (g)] = -393,51 kJ/mol) 8) A entalpia padrão de formação do etilbenzeno é -12,5 kJ/mol. Calcule a entalpia padrão de combustão ( fH [H2O(l)] = -185,83 kJ/mol; fH [CO2(g)] = -393,51 kJ/mol). 9) Calcule a energia interna padrão de formação do acetato de metila líquido a partir de sua entalpia padrão de formação, que é de -442 kJmol-1. www.fsa.br/fabricio 3 Respostas 1) a) q = 1,57 kJ, w = -1,57 kJ, U = 0, H = 0; b) q = 1,13 kJ, w = -1,13 kJ, U = 0, H = 0; c) q = 0, w = 0, U = 0, H = 0 2) q = 0, w = -3,2 kJ, U = -3,2 kJ, H = -4,5 kJ; T = -38 K 3) q = 2,2 kJ, H = 2,2 kJ, U = 1,6 kJ. 4) q = 13 kJ, w = -1,0 kJ, H = 13 kJ, U = 12 kJ 5) q = 0, w = -20 J, U = -20 J, H = -26 J; T = -0,35 K 6) T2 = 288 K, V2 = 9,5L, w = -0,46 kJ 7) U = -2120 kJmol-1, fH [D-ribose (s)]= -1277 kJmol-1 8) cH = -4565 kJ/mol 9) fU = -432 kJ/mol www.fsa.br/fabricio 4 1) Uma amostra de 1,00 mol de Ar se expande isotermicamente, a 0 oC, de 22,4 L até 44,8 L (a) reversivelmente, (b) contra uma pressão externa constante igual à pressão final do gás e (c) livremente (contra uma pressão externa nula). Em cada processo, calcule q, w, U e H. (exercício 2.7a Atkins & de Paula; 7ed) Resolução: Para todos os processos, os quais são isotérmicos, U = 0 uma vez que a energia interna de um gás ideal depende apenas de sua temperatura. Como a entalpia é definida como H = U + pV, H = U + (pV). Entretanto, se o processo é isotérmico (pV) = 0, pois segundo Boyle pV= cte (T, n sendo constantes), ou ainda, p1V1=p2V2. Assim, H = 0 para todos os processos supracitados. (a) Expansão isotérmica reversível H= U= 0 Se o processo é reversível, durante a expansão, pex pgas e, portanto, pex nRT/V Como U = q + w; e U = 0, então, q = -w. Assim, q = 1,57 kJ (b) Expansão isotérmica irreversível: H= U= 0 Como V2 = nRT/p2 e V1=nRT/p1: www.fsa.br/fabricio 5 (verifique que p2/p1=V1/V2!!!) Como o processo é isotérmico e, conseqüentemente, U = 0, então, q = -w; e, portanto, q = 1,13 kJ. c) Expansão livre. Como o processo é isotérmico, H = U = 0. Como a expansão é livre, ou seja, ocorre sem que haja pressão de oposição, o sistema não realiza trabalho durante o processo e, portanto, w = 0. Como q = -w; q = 0. 2) Uma amostra de 4,0 mols de O2 está inicialmente confinada num vaso de 20 L, a 270 K, e sofre uma expansão adiabática contra uma pressão externa constante de 600 torr até que seu volume aumente por um fator de 3,0. Calcule q, w, T, U e H. (CV,m = 21,1 JK-1mol-1) Resolução: Se o processo é adiabático, q = 0. A primeira lei torna-se dU = dw. O trabalho de expansão é calculado por dw = -pex dV. O gás se expande contra uma pressão constante de 600 torr (0,790 atm) e, portanto, o processo é irreversível. Assim, para uma variação finita de volume, o trabalho é dado por: w = -pex V w = -0,790 atm (60L – 20L) w = -0,790 atm 40L Entretanto, desta forma, o trabalho é dado em unidades de “atmL”. Por propósito de clareza, é necessário converter tais unidade em joule, J. Para tanto, deve-se recorrer às unidades fundamentais. Assim, w = -3,2 kJ como dU = dw, então, U = -3,2 kJ A variação da energia interna com a temperatura está relacionada por: dU = CVdT ou, de forma equivalente, dU = nCV,mdT Para uma variação finita da energia interna, tem-se: U= nCV,m T Esta igualdade permite que a variação da temperatura que acompanha o processo de expansão adiabático possa ser calculada: www.fsa.br/fabricio 6 Uma maneira de calcular H é explorando a dependência da entalpia com a temperatura: H= nCP ,m T Uma vez que CP,m - CV,m = R (ver Atkins, 7ed. p52), o valor de CP,m pode ser calculado: 29,4 JK-1mol-1. Assim, H = -4,5 kJ 3) Quando se aquecem 3,0 mols de O 2, na pressão constante de 3,25 atm, sua temperatura se eleva de 260 K até 285 K. A capacidade calorífica molar do O2, a pressão constante, é 29,4 JK-1mol-1. Calcule q, H e U. Resolução Para um gás tratado como um gás real, dH = CP dT ou dH = nCP,mdT Se considerarmos CP independente da temperatura, tem-se, na forma integral: H = nCP,m T H = 3,0 mol 29,4 JK-1mol-1× (285 – 260)K H = 2,2 kJ Conforme a própria definição de entalpia, dH = dq (a pressão constante). (ver p. 46 Atkins & de Paula, p. 46, 7ed.). Portanto, H = q = 2,2 kJ A variação de energia interna, U, pode ser calculada segundo a expressão: U = nCV,m T As capacidades caloríficas molares a pressão constante e a volume constante, se relacionam conforme segue (ver Atkins & de Paula, p. 52, 7 ed.): CP,m – CV,m = R Assim, – CV,m = R - CP,m CV,m = CP,m – R CV,m = 29,4 JK-1mol-1 – 8,314 JK-1mol-1 CV,m = 21,1 JK-1mol-1 Conhecendo-se CV,m e a diferença de temperatura, pode-se calcular a variação de energia interna, U. U= nCV,m T U= 3,0 mols 21,1 JK-1mol-1× (285 – 260)K U = 1,6 kJ. Observe que o valor de U é menor que valor de H. Isto ocorre pois o calor envolvido no processo não é convertido totalmente em aumento de temperatura. Parte do calor cedido ao sistema a pressão constante se converte em aumento de temperatura (parcela correspondente a U), enquanto uma outra parte (2,2kJ – 1,6 kJ) realiza um trabalho de expansão. Uma maneira alternativa de calcular U é considerando a definição de entalpia: H = U + pV. Uma variação finita de entalpia resulta em: H = U + (pV) ou H = U + (nRT) e, portanto, U = H - nR T U = 2,2 kJ – (3,0 mols) 8,314 J K-1mol-1 25 K www.fsa.br/fabricio 7 U = 1,6 kJ. 4) Um certo líquido tem vapH = 26,0 kJ mol-1. Calcule q, w, H e vaporizam 0,50 mol do líquido a 250 K e 750 torr. U quando se Resolução Como o processo ocorre a pressão constante, q = H. Como o vapH é igual a 26,0 kJ mol-1, a variação de entalpia, H, associada à vaporização de 0,50 mol do líquido é: H = q = 26,0 kJ mol-1 0,50 mol H = q =13 kJ O trabalho de expansão na vaporização de 0,50 mol do líquido é calculado como segue: dw = - p ext dV. Considerando a pressão constante, tem-se para uma variação finita de volume: w = -pext V Entretanto, para calcular V podemos ignorar o volume inicial, pois o volume final (depois do desprendimento do gás) é muito grande em relação ao volume do líquido de modo que V pode ser identificado com o volume do gás formado, o qual pode ser calculado pela equação de estado dos gases ideais. Assim: V Vgás = nRT/pext Para o cálculo do trabalho de expansão realizado tem-se: w = -pext V w -pext nRT/pext w = - nRT w = - 0,50 mol 8,314 JK-1mol-1 250 K w = -1,0 kJ A variação de energia interna, U, pode ser calculada diretamente da primeira lei da termodinâmica: U=q+w U = 13 kJ + (-1,0 kJ) U = 12 kJ. 5) Imagine um sistema constituído por 2,0 mols de CO2 (considere um gás perfeito), a 25 oC, confinado num cilindro de seção reta uniforme de 10 cm2, a 10 atm. O gás se expande adiabática e irreversivelmente contra pressão constante de 1,0 atm. Calcule w, q, U, H e T, quando o pistão se desloca 20 cm. A capacidade calorífica molar do CO2, a pressão constante, é 37,11 J K-1mol-1. Resolução Se o processo é adiabático, o sistema não troca calor com sua vizinhança e, portanto, q = 0. Assim, a 1ª Lei torna-se: dU = dw O trabalho de expansão pode ser calculado como: w = -pext V O valor de V é dado pelo produto da área de secção transversal pelo deslocamento: Assim, w = -1,0 atm 0,20 L = -0,20 atmL Transformando o resultado em Joules, tem-se: www.fsa.br/fabricio 8 Como dU = dw (processo adiabático), U = w = -20 J A variação de energia interna se relaciona à temperatura (assumindo-se que o gás comporta-se como ideal) como: U = nCv,m T Como CP,m – CV,m = R (ver Atkins & de Paula, p. 52, 7ed.), CV,m = CP,m – R. T pode, então, ser calculado: Como: H = U + (nRT) H = U + nR T H = -20 J + 2,0 mol 8,314 JK-1mol-1 (-0,35 K) = -26 J 6) Uma amostra de 1,0 mol de um gás perfeito, com C V = 20,8 JK -1mol-1, está inicialmente a 3,25 atm e 310 K e sofre uma expansão adiabática reversível até a sua pressão atingir 2,50 atm. Calcule o volume e a temperatura finais e também o trabalho efetuado. Resolução O trabalho efetuado na expansão adiabática de um gás perfeito é proporcional à diferença de temperatura entre os estados final e inicial (ver Atkins & de Paula, p. 53, 7 ed.). Para um processo adiabático, q = 0 e a primeira lei torna-se U = w. Assim, o trabalho efetuado pode ser calculado segundo a equação: U = wad = CV T Desde modo, deve-se conhecer a temperatura final do gás. Da primeira Lei, tem-se que: dU = dw Como dU = CvdT; dw = -pexdV CVdT = -pexdV Como o processo é reversível, pex pgás = nRT/V Assim, www.fsa.br/fabricio 9 Integrando-se esta expressão em admitindo que CV seja independente da temperatura, temse (n e R são constantes): Como CV/n = CV,m Rearranjando-se a igualdade supracitada, tem-se (obs: a lnx = lnxa e –ln(x/y) = ln(y/x)): O valor de T 2 (temperatura final necessária para calcular T e, portanto, o trabalho efetuado) pode ser calculado pela expressão acima quando T1, V1 e V2 forem conhecidos. Na presente caso, V2 não é conhecido. Entretanto p1 e p2 o são. Assim, considerando-se que: tem-se que www.fsa.br/fabricio 10 Substituindo-se o valor de V1/V2 na Eq. 1: Separando-se as variáveis, obtém-se: A equação acima, possibilita que T2 seja calculado a partir dos valores de T1, p1 e p 2. Assim, T2 = 288 K Uma vez determinada a temperatura final do gás, T2, o trabalho pode ser prontamente calculado: w = U (para o processo adiabático, uma vez que q = 0) www.fsa.br/fabricio 11 Como U = CV T w = CV T Nota: C V é uma propriedade extensiva (propriedade que depende da quantidade de substância na amostra): 100 g de água têm capacidade calorífica maior do que a de 1 g de água. Sua utilização direta é, portanto, limitada. Frequentemente, utiliza-se a capacidade calorífica molar a volume constante, CV,m a qual é uma propriedade intensiva (propriedade que não depende da quantidade de amostra) multiplicada pela quantidade de substância. Assim: w = nCV,m T -1 -1 w = 1,0 mol 20,8 JK mol (288 – 310)K w = - 0,46 kJ O valor de V2 pode ser facilmente calculado pela equação de estado dos gases ideias, uma vez que T2 e p2 são conhecidos: 7) Uma amostra de 0,727 g de D-ribose (C5H10O5, M = 150,13 g/mol) foi posta numa bomba calorimétrica (operando a volume constante) e queimada na presença de oxigênio em excesso. A temperatura se elevou de 0,910 K. Numa outra experiência, no mesmo calorímetro, a combustão de 0,825 g e ácido benzóico (M = 122,12 g/mol), cuja energia interna de combustão é -3251 kJ mol -1, provocou uma elevação de temperatura de 1,940 K. Calcule a energia interna de combustão da D-ribose e a respectiva entalpia de formação ( fH [H2O(l)] = -185,83 kJ/mol; f H [CO2 (g)] = -393,51 kJ/mol) Como o calorímetro opera a volume constante e, portanto, não há trabalho de expansão: U = qV em que o subscrito “v”reitera que o volume é mantido constante ao longo do processo. O calor desprendido é proporcional à variação de temperatura do calorímetro. A associação de T com qV (calor da reação ou variação da energia interna) exige que o calorímetro seja calibrado de modo a determinar a constante do calorímetro, C. qV = C T (1) A constante do calorímetro, C, pode ser determinada pela combustão de uma massa conhecida de uma substância que libera uma quantidade conhecida de calor (ver Atkins & de Paula, p. 44, ed. 7). A combustão do ácido benzóico é explorada neste propósito. É conhecido que quando um mol de ácido benzóico sofre combustão, são liberados 3251 kJ. Assim, na combustão de 0,825 g de ácido benzóico são liberados: www.fsa.br/fabricio 12 Sabendo quanto foi liberado na combustão da massa conhecida de ácido benzóico e a correspondente variação de temperatura, pode-se calcular a constante do calorímetro, C, de acordo com a Eq. 1. Uma vez conhecido C, pode-se calcular o energia interna de combustão da amostra de interesse (D-ribose). Empregando-se a Eq.1 para o experimento de determinação da energia interna de combustão da D-ribose, tem-se: O calor liberado (-10,3 kJ) na reação de combustão se refere a uma massa de 0,727 g Dribose (massa de D-ribose empregada no experimento). Entretanto, o valor de variação de energia interna se refere, comumente, à combustão de 1 mol da espécie oxidada. Portanto, para a combustão de um mol de D-ribose, tem-se: A equação química para a reação de combustão da D-ribose é mostrada abaixo: C5H10O5(s) + 5O2(g) 5CO2(g) + 5H2O(l) A relação entre H e U é dada por: H = U + ngRT em que ng é a variação do número de mols de gás na reação (ver Atkins & de Paula, p. 47, 7 ed.). Para o caso em questão ng = 0, pois segundo a estequiometria da equação química supracitada, a quantidade de moléculas gasosas em reagentes e produtos é a mesma. Assim, -1 cH = cU = -2120 kJmol (o subscrito, c, denota um processo de combustão). A entalpia padrão da reação de combustão pode ser dada em função da entalpia de formação padrão de reagentes e produtos, conforme: -2120 kJmol-1 = 5 (-185,83 kJ/mol) + (5 -393,51 kJ/mol) -1 f H [D-ribose (s)]= -1277 kJmol f H [D-ribose (s)] 8) A entalpia padrão de formação do etilbenzeno é -12,5 kJ/mol. Calcule a entalpia padrão de combustão ( fH [H2O(l)] = -185,83 kJ/mol; fH [CO2(g)] = -393,51 kJ/mol). Resolução A reação de combustão do etilbenzeno é descrita pela seguinte equação química: www.fsa.br/fabricio 13 C8H10(g) + 21/2 O2(g) 5H2O(g) + 8CO2(g) A entalpia padrão da reação de combustão, cH , pode ser calculada em termos da entalpia padrão de formação, fH , de reagentes e produtos, conforme equação abaixo: Assim, (-185,83 kJ/mol) + (8 -393,51 kJ/mol) – (-12,5 kJ/mol) cH = 5 cH = -4565 kJ/mol 9) Calcule a energia interna padrão de formação do acetato de metila líquido a partir de sua entalpia padrão de formação, que é de -442 kJmol-1. Resolução A relação entre H e U é dada por: H = U + ngRT em que ng é a variação do número de mols de gás na reação (ver Atkins & de Paula, p. 47, 7 ed.). A entalpia padrão de formação, fH , de uma substância é a entalpia padrão da reação de formação do composto a partir dos respectivos elementos, cada qual no seu estado de referência (ver Atkins & de Paula, p. 61, 7ed.). A fórmula molecular do acetato de etila é CH3COOCH3. A equação química que descreve sua formação a partir de seus elementos constituintes nos respectivos estados de referência é: 3C(s) + 3H2(g) + O2(g) CH3COOCH3(l) Assim, verifica-se que ng = -4 para a reação de formação do acetato de etila. A variação de energia interna pode, então, ser calculada: f U = f H - ngRT -1 -1 -1 298 K] f U = -442 kJmol – [(-4) 8,314 JK mol U = -432 kJ/mol f www.fsa.br/fabricio