1 O Sr. Pastor Frankembergen (PTB-RR) pronuncia em plenário o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados: Todos nós sabemos que o crescimento do espaço agrário brasileiro está diretamente ligado à modernização das atividades no campo. Outros fatores que também contribuem para esse crescimento são as ações do Poder Central que, felizmente, vêm facilitando o acesso dos produtores às novas tecnologias. Melhor ainda, Senhor Presidente, quando, além de viabilizar financiamentos, vemos o Estado aplicando recursos em infra-estruturas de armazenagem, em energia e transportes, tudo voltado para incrementar ainda mais as atividades dos que labutam a terra. Nada mais natural, portanto, todas essas ações, uma vez que o Estado deve incentivar a expansão da indústria agrária e propiciar as condições para que os trabalhadores rurais se fixem no campo. O Estado e os produtores deste País, finalmente, redescobrem nossa vocação de produtor por excelência de grãos e de carnes. Um porém, entretanto, permeia esse oásis de riquezas que desponta no campo: as dificuldades pelas quais passam os pequenos e médios produtores quando suas atividades exigem um razoável consumo de energia elétrica. Com essa preocupação, Senhor Presidente, elaborei um Projeto de Lei – que já entreguei à Mesa dia 4 recém passado -, estabelecendo uma política tarifária para o setor elétrico nacional, visando incentivar a indústria rural. 2 Mesmo que a resolução 456 da ANEEL, a Agência Nacional de Energia Elétrica, faça referência sobre incentivos à classe rural - dividida em seis subclasses -, na verdade apenas as subclasses identificadas como “Cooperativa de Eletrificação Rural” e “Serviço Público de Irrigação”, recebem tratamento tarifário mais benéfico. Exatamente aqui, Senhor Presidente, reside o cerne do meu Projeto: objetiva permitir que a subclasse “Indústria Rural” também seja tratada de forma diferenciada. Dezenas, talvez centenas de pequenas indústrias rurais de beneficiamento de produtos agropastoris fecham suas portas ou deixam de ser implantados, em virtude do alto custo de energia. Mais do que justo, portanto, o estabelecimento de incentivos à indústria rural, de forma a permitir que este segmento possa se desenvolver, gerando mais empregos no interior de nosso Brasil. O Projeto, se aprovado, irá propiciar reais condições para que os trabalhadores se fixem no campo, produzam riquezas, consumam produtos industrializados e contribuam cada vez mais para a economia desse País. Desde agora, portanto, peço aos colegas Deputados sua irrestrita solidariedade à essa causa que, antes de ser a causa desse humilde servo de Deus, é a causa de milhares e milhares de homens e mulheres que, lá no campo, sob o sol mais inclemente ou sob a chuva mais fria, desbravam a terra, adubam, semeiam e dela retiram o seu e o nosso sustento, isto é, o pão nosso de cada dia. Que Deus nos abençoe e continue sempre a nos orientar em nossa busca por caminhos mais justos. Era o que tinha a dizer. Obrigado.