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Semana Nacional do Cérebro
I Semana de Fatos sobre Drogas
QUAIS OS EFEITOS DE DROGAS NO CÉREBRO?
AS DROGAS QUE CAUSAM EUFORIA E DEPENDÊNCIA ATUAM EM DIFERENTES ALVOS
NO CÉREBRO, MAS TODAS AUMENTAM DIRETA OU INDIRETAMENTE A QUANTIDADE
DE DOPAMINA NO CIRCUITO DO PRAZER E RECOMPENSA DO CÉREBRO.
NICOTINA
(substância
psicoativa
presente no tabaco)
∆9-THC
CORTEX CINGULAR
ÁLCOOL
HEROÍNA
MORFINA
(substância
psicoativa
presente na maconha)
TÁLAMO
DOPAMIN
DOPAMINA
A
CÓRTEX
PRÉFRONTAL
ANFETAMINA
NUCLEUS
ACCUMBENS
Receptor para
dopamina
COCAÍNA
ÁREA TEGUMENTAR VENTRAL
REPRESENTAÇÃO DE CORTE LONGITUDINAL DO
CÉREBRO, MOSTRANDO O CIRCUITO DE PRAZER E
DE RECOMPENSA CEREBRAL (em verde).
(mesma substância
ativa
presente no crack)
REPRESENTAÇÃO DO AUMENTO DA LIBERAÇÃO DE
DOPAMINA EM UMA ÁREA DO CÉREBRO (NUCLEUS
ACCUMBENS) POR TODAS AS DROGAS QUE CAUSAM
DEPENDÊNCIA.
ÁLCOOL
TABACO
As bebidas fermentadas são algumas das primeiras drogas a serem disponibilizadas para o
consumo humano, e atualmente sete em cada 10 brasileiros de 12 a 65 anos de idade já
consumiram álcool, e cerca de 12% são dependentes.
A nicotina, presente no tabaco (cigarro, charuto ou cachimbo) atinge rapidamente o
cérebro, em poucos segundos. Na membrana das células nervosas, os neurônios, a
nicotina se liga a receptores endógenos de acetilcolina, iniciando uma cascata de sinais
que leva ao aumento de dopamina no núcleo accumbens, e grande sensação de prazer.
As mulheres atingem níveis de álcool no sangue maiores do que homens, devido a seu
maior grau de gordura, e cada tipo de bebida tem uma concentração alcoólica diferente.
Após chegar no cérebro, o álcool leva a muitas alterações comportamentais, no afeto,
pensamento e humor que incluem alegria, excitação, irritabilidade, agressividade, redução
da capacidade de raciocínio, diminuição do julgamento crítico e comportamento sexual de
risco. A intoxicação alcoólica aguda resulta em perda de memória, perda de controle de
impulsos e está fortemente associada a pensamentos suicidas e tentativa de suicídio.
MACONHA
O tabaco não é uma “droga leve”, e cinco em cada dez usuários se tornará dependente.
Como o efeito da nicotina no cérebro termina rápido, o fumante sente inquietação,
irritabilidade, dificuldade de concentração, sonolência (ou insônia), ansiedade e tristeza.
Mais de 50 doenças estão associadas ao tabagismo, que é considerado a maior causa
de morte evitável do mundo.
COCAÍNA E CRACK
Os efeitos psicoativos da planta (Cannabis sativa) são resultado da ação do ∆9-THC (tetrahidrocacabinol) em receptores do tipo canabinóide no cérebro, levando a aumento de
dopamina na área de recompensa e prazer (ver acima), além de relaxamento, euforia e
alterações na percepção, alteração na atenção e memória.
A cocaína atua diretamente em proteínas de membrana de neurônios na região do nucleus
accumbens, levando a rápido e imediato aumento da quantidade de dopamina nesta
região, levando a intensa sensação de prazer acompanhado de potente euforia, aumento
do estado de alerta e vigília, e redução do apetite. Geralmente acompanha ansiedade,
aumento de comportamentos impulsivos, e podem aparecer sintomas psicóticos.
Doses maiores podem levar a crises de pânico e quadros psicóticos com sintomas que se
assemelham aos que ocorrem na esquizofrenia. O desaparecimento do ∆9-THC no
organismo é lento, mas o fumante pode sentir aumento de sono, retardo psicomotor,
fraqueza e depressão ou ansiedade, inquietação, irritabilidade, dificuldade de concentração
e insônia.
A cocaína é consumida há milhares de anos pelos povos pré-colombianos, passou a ser
proibida devido ao risco de dependência e efeitos indesejáveis. Houve um aumento no
consumo por via intranasal (“cheirada”) nos centros urbanos, após 1980, devido a euforia e
melhora de desempenho no trabalho.
A experimentação de maconha se inicia aos 14 anos de idade, em média, e entre os jovens
que usam pelo menos cinco vezes, a metade continua a usá-la 10 anos depois, o que torna
a maconha a droga ilícita mais utilizada. Vários estudos sugerem que prejuízos persistentes
mais importantes estão associados ao início do uso na adolescência, quando o
desenvolvimento do cérebro ainda não se completou. Entretanto, a maconha fumada tem
muitas substâncias cancerígenas e pode causar bronquite.
Nos últimos 30 anos, a Cannabis tem sido muito estudada, e atualmente são conhecidos
cerca de 80 canabinóides, a maioria com pouca ação no cérebro e com muitos outros efeitos
no corpo, alguns com potencial terapêutico.
Uma forma da cocaína (em cristais ou pedras) pode ser fumada em cachimbos e estralam
(“cracking”) quando expostos ao fogo. Ao fumar crack, a cocaína chega imediatamente
no sangue, e os efeitos no cérebro aparecem em segundos, mas também desaparecem
rapidamente. A enorme compulsão por novas doses resulta em grande sofrimento
individual, e familiar, e um grave problema social e de saúde pública no nosso país.
O uso prolongado resulta em mudanças nos receptores para dopamina no cérebro,
levando a tolerância, aumentando as doses de cocaína ou crack necessárias para diminuir
os efeitos extremamente desagradáveis que podem aparecer já na primeira hora após a
cessação do consumo (síndrome de abstinência)..
INALANTES (SOLVENTES, COLA,...), HEROÍNA, ANFETAMINA, ECSTASY, ALUCINÓGINOS NATURAIS (EX. ALGUNS COGUMELOS) OU SINTÉTICOS (LSD), ANABOLIZANTES,
ALGUNS MEDICAMENTOS PARA ANSIEDADE E INSÔNIA, E OUTRAS SUBSTÂNCIAS TAMBÉM SÃO DROGAS DE ABUSO, ATUAM EM RECEPTORES NO CÉREBRO, PODEM
CAUSAR DEPENDÊNCIA E MUITOS OUTROS EFEITOS NO ORGANISMO. PARA SABER MAIS: www.facebook.com/pages/Projeto-Comciência/.
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