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A Doença Mental
LOUCURA, insanidade, lunatismo. As próprias palavras evocam temor, e imagens de celas
acolchoadas e de camisas-de-força. No entanto, nem todos os portadores de distúrbios mentais são
loucos varridos. Nem todos que têm uma personalidade esquisita ou uma idiossincrasia são doentes
mentais.
Cada distúrbio mental envolve uma gama de sintomas específicos. A psicose maníaco-depressiva,
por exemplo, é uma gangorra emocional, que oscila das alturas do júbilo radiante até os baixos
devastadores. Na depressão profunda, contudo, o paciente não raro sofre “grave, paralisante e
incessante tristeza”. Distúrbios de ansiedade, tais como fobias, podem virtualmente paralisar as
vítimas com temores irracionais.
A doença mental não deve ser encarada como uma falha da pessoa. Ela está na maneira em que
encaramos pessoas com problemas mentais e cerebrais. Com o tratamento correto, as pessoas que
têm distúrbios mentais “podem levar uma vida produtiva e exercer um papel vital na comunidade”.
Mente sã.Corpo são. Não resta dúvida de que nossos pensamentos possam influir em nosso
organismo — seja para o bem, seja para o mal.O princípio da medicina psicossomática é de a mente
fazer com que o corpo fique doente. Os sentimentos psicossomáticos podem influenciar nossa
condição física, mas isto, em si, não significa que não existe nenhuma doença física real. Por
conseguinte, é importante primeiro tentar cuidar das necessidades orgânicas e, no mínimo,
reconhecer a moléstia, ao mesmo tempo em que se incentiva a pessoa a ter uma disposição mental e
espiritual positiva que a ajudará a suportar o problema.
Como manter uma mentalidade sadia (prevenções para doenças mentais)
A SAÚDE física depende muito do que comemos. Se comermos sempre alimentos de baixo valor
nutritivo, a saúde com o tempo sofrerá. O mesmo princípio se aplica à saúde mental.
Sim, quer percebamos, quer não, nossos pensamentos e sentimentos podem ser sutilmente
dominados pelo que vemos na TV e por outros tipos de diversão. E aí está o perigo. Como diz
Mander, “nós humanos lentamente nos tornamos iguais a quaisquer imagens que carreguemos na
mente”.
Outras coisas tais como a conduta dissoluta, o uso insensato de tóxicos, entregar-se mui
liberalmente às bebidas alcoólicas e as atitudes mentais insalubres tais como a rebelião, alimentar
conflitos com outros, ter ressentimentos e ódios. Todavia, já se observou, com discernimento, que
algo curioso sobre a natureza humana é que raramente vê uma relação entre seu tormento emocional
e suas doenças, e parece não haver limite para os meios engenhosos pelos quais as pessoas
conseguem enganar-se nestes assuntos.
Atualmente, cada vez mais pessoas recorrem aos tóxicos para obter alívio quando sofrem devido ao
nervosismo ou a um colapso nervoso. Os tóxicos só trazem alívio temporário e não aumentam a
sabedoria ou a visão, que é importante para a cura.
Assim, acontece que a cura leva tempo. Em especial, é de máxima importância avaliar que a cura
exige o domínio próprio. Mas, a maioria das pessoas preferem antes ficar boas com remédios, ou
com uma operação que por fazerem o esforço de dominar a si mesmas.
Naturalmente, se a causa for a tensão, a incapacidade de descontrair-se, então a pessoa tem
simplesmente de aprender a descontrair-se, se é que se recuperará. Faça o esforço, pratique a
descontração, reservando tempo para isso. Quando deitado numa cama ou sofá firme, tente
descontrair uma parte do corpo de cada vez: as mãos e os antebraços, daí os pés, as pernas, os
músculos do pescoço, etc. Também, pense em descontrair-se quando trabalha. Tente adotar um
ritmo constante, regular, ao invés de um apressado. Aprenda a reduzir o passo. Ao invés de viver
correndo, aprenda a controlar-se e a andar, ao invés de correr. Especialmente, reserve tempo para
praticar a descontração antes de ir deitar-se; isso o ajudará a adormecer mais rápido e a dormir mais
profundamente. Ouvir música melodiosa, suavizante e alegre também pode ser de grande ajuda para
seus nervos. Se possível, tire mini-férias nos fins-de-semanas. Se for dona-de-casa, tente passar as
manhãs deitada, por um mês ou dois. Coloque a boa saúde à frente de ser boa dona-de-casa até que
se recupere.
Daí, então, se certos hábitos ruins lhe causaram um colapso nervoso, é preciso abandoná-los se há
de conseguir curar-se. Maus hábitos alimentares precisam ser substituídos por bons; a toxicomania
precisa ser abandonada e a moderação e o domínio de si no tocante ao uso de bebidas alcoólicas têm
de ser exercidos. Obviamente, o álcool pode criar alucinações no cérebro. Os médicos dizem que,
de maneira similar, a química cerebral defeituosa, os fatores genéticos e talvez até mesmo a dieta
podem provocar disfunções cerebrais. O resultado pode ser dificuldades mentais e emocionais.
Fortes pressões psicológicas, como o estresse, podem também provocar problemas
emocionais.Alguns distúrbios emocionais talvez se relacionem com a dieta, faça refeições
equilibradas e evite dietas extremas.Muita pressão no emprego e que lhe seria muito útil “um
punhado de descanso” — ter mais regularmente uma boa noite de sono.
O ambiente familiar do berço ao túmulo é de vital importância para a saúde mental. Desde o
instante do nascimento, muitos se vêem privados de algo que poderia impedir que se tornassem
criminosos, doentes mentais ou adultos violentos. Este algo é o toque e a afeição física — uma
espécie de ‘prazer sensorial’ do qual os humanos carecem tanto quanto carecem de alimento.
Os psiquiatras, em sua lúrida batalha contra a doença mental, concluíram finalmente que a raiz
principal das doenças mentais é a falta de amor. Os psicólogos infantis, debatendo a respeito de
alimentação programada em oposição à conforme a demanda, bater versus não bater, descobriram
que nada disso faz muita diferença conquanto a criança seja amada. Os sociólogos descobriram que
o amor é a solução para a delinqüência, os criminologistas descobriram que é a solução para o
crime, os cientistas políticos descobriram que é a solução para a guerra.
Eles talvez tenham descoberto a solução, mas obviamente não a aplicaram. Se nossa sociedade
tecnológica não for humanizada pelo amor, a alternativa, como podemos agora seguramente
discernir, é uma nação de cidades transformadas em selvas de ódio, de famílias dilaceradas por
amargos conflitos, de jovens que procuram o escape nos tóxicos e na morte, e de um mundo pronto
a cometer suicídio global, a qualquer momento”.
ETESC-Escola Técnica Estadual Santa Cruz
Rio de Janeiro, 24 de junho de 2006.
Aluna: Cláudia Márcia de Andrade turma: 3101-04
Disciplina: Saúde Mental
Professor: Genilson
Curso: Téc.de Enfermagem
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