ROMA Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma. A região onde surgiu a cidade de Roma era habitada pelos Latinos, que formavam várias aldeias unidas para se defender de outros povos. Os etruscos também viviam no norte de Roma e desenvolveram fortemente o comércio com fenícios e colônias gregas do sul. Formavam a aristocracia romana, pertencentes à famílias ricas que possuíam gado e terras. Pobres agricultores ou artesãos, trabalhavam para os patrícios. Não tinham participação na política. Grupo intermediário constituído por pobres, escravos libertos, estrangeiros ou filhos ilegítimos. Povos conquistados em guerras e que constituíam a base do desenvolvimento romano MONARQUIA (753 – 509 a.C.) z z z z Economia: Agro-Pastoril Sociedade: Estratificada (Patrícios e Plebeus) Política: Rei Eleito Declínio: revolta patrícia contra tentativa de centralização do poder do rei REPÚBLICA (509 – 27 a.C.) “Governo dos Patrícios para os Patrícios” z Assembléias: z z z z Assembléia Curiata: funções religiosas Assembléia Centuriata: eleição dos cônsules e magistrados Assembléias Plebis: eleição dos Tribunos da Plebe Magistraturas: z z z z z z z Consulado: Civil e Militar (cargo de 1 ano) Ditador: 6 meses Pretores: Justiça Questores: Cobradores de Impostos Censores: Censo Edis: Diversões Pontífice: Religião z O voto em Roma era censitário, ou seja, de acordo com a posição da pessoa no censo. z Quanto mais rico o cidadão, mais valia o seu voto. z Os plebeus eram convocados para guerras em épocas de colheita causando prejuízos e endividamento. z Várias revoltas foram organizadas levando ao surgimento das leis escritas e restrições à escravidão por dívidas. z Conquista da Península Itálica z Conquista do Mediterrâneo: z z Ocidental: Guerras Púnicas (Roma X Cartago) Oriental z z z z z z z z z z Controle do Mediterrâneo (Mare Nostrum) Divisão Internacional do Trabalho Latifúndios escravistas no ocidente em especial Itália: Economia Importadora Afluxo de Riquezas e Escravos Falência de Pequenos e Médios Proprietários Êxodo Rural : superpopulação nas cidades Formação da Clientela Urbana Desenvolvimento da Política do Pão e Circo Crise da República Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta... As conquistas romanas e o expansionismo provocaram aumento da mão-de-obra escrava. Com isso muitas revoltas ocorreram e o exército romano sufocava fortemente qualquer movimento Cultura Romana A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais. A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol. A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina. Religião Romana Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família. CRISTIANISMO - NASCIMENTO E EXPANSÃO O Cristianismo surgiu durante o Alto Império, numa província romana, na Palestina, região árida e pobre, que no decorrer de 600 anos foi dominada por grandes povos (Gregos e Romanos). Habitada por Judeus, um povo muito religioso (monoteístas), acreditavam que Deus enviaria um Messias (salvador) para libertá-los da dominação e exploração romana. Por outro lado, havia um grupo de guerrilheiros (zelotas) que acreditavam que o Messias viria como um deles e lideraria um revolta que conseguiria por fim ao domínio de Roma. Nesse contexto nasceu Jesus, numa família humilde e com numerosos irmãos. O pai era carpinteiro, profissão que seguiu durante algum tempo. Recebeu instruções numa escola da sinagoga, o que era comum para os meninos judeus. Embora tenha nascido em Belém, passou toda a sua infância em Nazaré, essa etapa de sua vida que pouco se conhece. Aos 30 anos, passou a conviver com pessoas humildes, falava de maneira simples, sem nenhuma autoridade, sempre disposto a ouvir o outro, mostrando-se interessado e preocupado com o próximo. Diferente de outros mestres ia até os necessitados e não esperava que viessem até ele, participava de festas e brincadeiras de forma alegre e descontraída. Pregava o perdão e não o castigo. Nas suas andanças, passou a ser seguido por doze homens, os apóstolos, que anunciavam nas aldeias e vilas a chegada do Messias. Os seus ensinamentos também eram destinados à essa parcela da sociedade, pregava a existência do reino de Deus, um lugar onde apenas aqueles que desejassem poderiam entrar, para tanto era preciso desprender-se dos bens materiais, saber amar e perdoar o próximo, ser humilde, conversar com Deus, através de orações, pedindo apenas o necessário. A família era composta pelo pai, mãe, filhos, escravos, os libertos e a propriedade. Os pais dos noivos que combinavam os casamentos dos filhos, de modo a aumentar o patrimônio e ter filhos que pudessem herdá-lo. A educação das crianças era confiada à uma nutriz, cabendo à ela o zelo e a boa formação. Todos os moradores do império podiam divertir-se. Destacavam-se os banhos públicos e espetáculos como as corridas de quadriga, as lutas de gladiadores e o teatro. Sem dúvida era nas lutas entre gladiadores, em geral escravos ou condenados, que existia o maior prazer entre os romanos. Cena do filme Gladiador Crise e decadência do Império Romano Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias. Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla. Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média. O Cristianismo cresceu em número, primeiro em Jerusalém, e foi se espalhando pelo mundo graças à pregação e ao cuidado dos apóstolos. Naquela época, Roma era a senhora do mundo. E os apóstolos sentiram a necessidade de promover o deslocamento do cristianismo para o centro do Império, a fim de facilitar a pregação do Evangelho. O cristianismo contrariava os interesses do Império. Por isso, a Igreja foi violentamente perseguida. Pelos primeiros 280 anos da história cristã, o Cristianismo foi banido pelo Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. Isto mudou depois da “conversão” do Imperador Romano Constantino. Constantino era o imperador da parte Oriental do Império Romano e “legalizou” o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 313 d.C. Mais tarde, em 325 d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, em uma tentativa de unificar o Cristianismo. Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império Romano, que naquela altura começava a se fragmentar e a se dividir. Mas ele se recusou a abraçar de forma completa a fé cristã, e continuou com muitos de seus credos pagãos e práticas. Então, a igreja cristã que Constantino promoveu foi uma mistura de verdadeiro Cristianismo e paganismo romano. Constantino achou que, com o Império Romano sendo tão grande, vasto e diverso, nem todos concordariam em abandonar seus credos religiosos e abraçar o Cristianismo. Então, permitiu, e mesmo promoveu a “cristianização” de crenças pagãs. Crenças completamente pagãs e totalmente não-bíblicas ganharam nova identidade “cristã”. 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