COMISSÃO EUROPEIA DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Auditorias e análises no domínio da saúde e dos alimentos NÚMERO DE REFERÊNCIA: DG(SANTE)/2015-7406- RS EXCERTO DE RELATÓRIO DA DG SAÚDE E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS RELATIVO A UM RELATÓRIO DE SÍNTESE DE UMA SÉRIE DE MISSÕES DE AVERIGUAÇÃO REALIZADAS EM 2014 E 2015 SOBRE A APLICAÇÃO DAS REGRAS EM MATÉRIA DE AQUICULTURA DE PEIXES NB: ESTA TRADUÇÃO CONSTITUI UMA SÍNTESE DE PARTE DO RELATÓRIO DE AUDITORIA ORIGINAL (REF. DG(SANTE)/2015-7406). TEM POR OBJETIVO AUXILIAR OS VISITANTES DESTE SÍTIO WEB, MAS NÃO TEM QUALQUER VALOR OFICIAL. DEVE SEMPRE CONSULTAR-SE O TEXTO INTEGRAL DO RELATÓRIO ORIGINAL. RESUMO A aquicultura é cada vez mais importante para a produção de alimentos de origem aquática no mundo inteiro. A maioria das pescas no mundo encontra-se hoje praticamente no limite da exploração sustentável. Paralelamente, o consumo mundial de peixe como alimento duplicou nos últimos vinte anos e é provável que continue a aumentar. A produção aquícola da União Europeia (UE), apesar de ser uma atividade económica importante em muitas regiões costeiras e continentais, manteve-se estável nos últimos anos. A atual reforma da política comum das pescas visa, entre outros aspetos, desenvolver todo o potencial da aquicultura europeia, em sintonia com os objetivos da estratégia Europa 2020: sustentabilidade, segurança alimentar, crescimento e emprego. Por outro lado, os elevados padrões da UE não só facilitam o comércio intra-UE como criam oportunidades às empresas europeias para competirem no mercado mundial. A prática de níveis elevados de segurança é fundamental para a estabilidade dos mercados e a confiança dos consumidores, além de evitar à Europa os custos económicos e humanos resultantes da ocorrência de surtos de doenças. O presente relatório descreve os resultados de uma série de missões de averiguação efetuadas nos Estados-Membros e na Noruega, entre setembro de 2014 e novembro de 2015, com o objetivo principal de traçar uma panorâmica da aplicação da legislação da UE em matéria de aquicultura. A análise dos resultados e conclusões pretende estabelecer uma base sólida para se identificar o que funciona ou não funciona, no que toca à execução dos controlos e à interpretação da legislação e, além disso, facilitar a identificação de domínios que poderiam beneficiar de um exercício de simplificação e de um maior grau de flexibilidade, nomeadamente para as empresas de pequena a média dimensão. O relatório conclui que os controlos oficiais são, regra geral, executados com um elevado nível de especialização e que apoiam o desenvolvimento do setor no seu conjunto. No entanto, foram diagnosticados alguns problemas em domínios essenciais, nomeadamente: Os procedimentos de registo e autorização podem ser complexos, sofrer atrasos ou má interpretação, o que afeta o desenvolvimento do setor da aquicultura e a verificação do seu estatuto sanitário por parte das autoridades competentes. O quadro jurídico para a circulação de peixes de viveiro ainda não é suficientemente robusto devido à inexistência de controlos clínicos antes da certificação e às dificuldades verificadas para se proceder a um controlo fiável do estatuto sanitário das explorações de expedição e de destino. Os diferentes graus de especialização das autoridades competentes afetam a sua capacidade para detetar problemas sanitários durante os controlos oficiais. A eficácia da vigilância passiva pode ser limitada relativamente à deteção precoce de doenças devido, sobretudo, à falta de uma abordagem comum do conceito de aumento significativo da mortalidade. A disponibilidade limitada de medicamentos veterinários conduziu a um tratamento inadequado de certas doenças e pode contribuir para aumentar a resistência aos agentes antimicrobianos. As novas exigências em matéria de informação dos consumidores foram mal compreendidas, fazendo com que as informações disponibilizadas nos pontos de venda sejam confusas ou incompletas. O desenvolvimento do setor biológico é travado pela oferta limitada de alimentos biológicos adequados para os peixes. O presente relatório destaca também um conjunto de boas práticas que deveriam ser partilhadas com todas as partes envolvidas no setor da aquicultura.