O Mundo [email protected] O ESTADO DO MARANHÃO - SÃO LUÍS, 19 de junho de 2012 - terça-feira O príncipe Salman foi nomeado pelo rei Abdullah da Arábia Saudita como seu sucessor, em substituição ao príncipe Nayef bin Abdel Aziz, morto no sábado. Grécia tentará encerrar hoje a negociação para ter novo governo Partido conservador Nova Democracia, vencedor nas urnas, lidera diálogo; país tenta governo de coalizão para implementar reformas econômicas; Angela Merkel disse que o afrouxamento dos compromissos de reforma da Grécia seria inaceitável A TENAS - O líder do partido conservador grego Nova Democracia, Antonis Samaras, fez pressão ontem pela formação de um novo governo de coalizão após uma vitória eleitoral apertada, comprometendo-se a suavizar o programa de austeridade do país, apesar da oposição da Alemanha. Um breve rali motivado pelo alívio nos mercados financeiros internacionais após a eleição de domingo rapidamente se dissipou ao ficar claro que o Nova Democracia (ND) havia fracassado em ganhar um mandato popular convincente para implementar os cortes de gastos profundos e o aumento de impostos exigidos pela União Europeia e o FMI. O partido radical de esquerda Syriza e uma série de pequenos partidos contrários às condições atreladas ao resgate de 130 bilhões de euros (US$ 164,12 bilhões) ganharam cerca de metade dos votos, embora tenham conquistado menos cadeiras porque o sistema eleitoral recompensa de forma desproporcional o partido que conquista a primeira colocação. Samaras recebeu do presidente da Grécia, Karolos Papoulias, um mandato para formar um governo de coalizão ontem, mas as conversas provavelmente vão durar pelo menos até hoje. Ele disse que o país honraria AP seus compromissos no âmbito de um resgate que salvou a Grécia da falência e de uma saída dramática da zona do euro. Mas Samaras acrescentou: "Vamos simultaneamente fazer algumas alterações necessárias para o acordo de resgate, a fim de aliviar o povo do desemprego e das enormes dificuldades". Reunião - Samaras se reuniu com o líder carismático do Syriza, Alexis Tsipras, que descartou aderir ao governo, e com o terceiro colocado nas eleições, o socialista Pasok, que não se comprometeu. O líder do Pasok, Evangelos Venizelos, disse que as negociações "devem ser concluídas" hoje. O pequeno partido Esquerda Democrática indicou que estaria disposto a apoiar Samaras se o acordo de resgate for atenuado. A economia da Grécia deve se contrair 5% este ano, após encolher 7% no ano passado. Protestos regularmente sufocam o centro de Atenas, alguns hospitais estão com falta de medicamentos, milhares de empresas fecharam suas portas e os mendigos e semteto estão se multiplicando. "A crise foi adiada, não necessariamente evitada", disse Theodore Couloumbis, analista político e vice-presidente do instituto de estudos de Atenas ELIAMEP. "Para esse governo durar, ele Avanço O partido neonazista Amanhecer Dourado (Chryssi Avghi) confirmou no domingo o seu avanço eleitoral, ao obter 7% dos votos, o que dá à formação direito a 18 cadeiras, sinal da consolidação de uma ideologia ultraviolenta em uma Grécia desorientada pela crise, segundo os analistas. São cerca de 430 mil gregos, 7% dos eleitores, tanto quanto nas eleições de maio, aqueles que optaram nas eleições de domingo por enviar ao parlamento 18 deputados deste partido nacionalista e racista que em 2009, havia somado apenasw 18 mil votos, sem conseguir eleger um só deputado. O líder Antonis Samaras conversa com o colega da frente de esquerda Syriza, Alexis Tsipras precisa mostrar resultados. Você não pode continuar com desemprego de 50% entre os jovens e um quinto ano consecutivo de recessão", acrescentou. Durante a campanha eleitoral, Samaras pediu por cortes nos impostos, aumentos nos benefícios de desemprego, aumentos de pensões e mais dois anos para cumprir as metas fiscais. Mas a Alemanha, já irritada com o que vê como um ritmo lento das reformas gregas, descartou mais atrasos a algumas metas do pacote de resgate - o segundo recebido pela Grécia desde 2010. A chanceler alemã, Angela Merkel, falando em uma reunião de líderes do G20 no México, disse que qualquer afrouxamento dos compromissos de reforma da Grécia seria inaceitável e reiterou que os gregos tinham que se ater aos compromissos que já assumiram. Frustração alemã - Houve frustração na Alemanha por Samaras ter feito campanha com a promessa de renegociar o resgate, dado o aumento da resistência entre os gregos que estão sofrendo o aperto financeiro. Uma coalizão que obteve apenas 40% dos votos teria dificuldade para pressionar por reformas em face do ressentimento público profundo com as rodadas repetidas de aumentos de impostos e cortes nos salários e pensões. Com quase 100% dos votos apurados, o Nova Democracia ganhou 29,7% dos votos, à frente do Syriza, com 27%, e do Pasok, com 12,3%. Com bônus de 50 cadeiras ao Nova Democracia por ter ficado em primeiro lugar, uma aliança teórica Nova Democracia-Pasok teria 162 assentos no Parlamento de 300 lugares. Acrescentando a Esquerda Democrática, isso daria uma maioria de 179 assentos. O mundo em três imagens Fotos/Agência EFE 1) O músico Bono 'tieta' líder oposicionista birmanesa Aung San Suu Kyi na Noruega 2) Imprensa internacional repercute detalhes da tortura sofrida por Dilma 3) Julgamento de 'açougueiro dos Bálcãs' é suspenso até 'novo aviso' 1 2 Reunidos no México, líderes do G20 adotam discurso pró-crescimento Agência EFE Apesar de defender austeridade, Alemanha tem cedido a consenso geral inclinado a garantir o crescimento econômico MÉXICO - A volta da economia mundial ao crescimento virou o tema dominante antes da abertura oficial da reunião do G20, o grupo que reúne os principais países emergentes e avançados, que acontece no balneário de Los Cabos, no México. Com sinais mais claros de que a Grécia ficará na zona do euro e formará um governo disposto a manter seus compromissos internacionais, o tom de otimismo. De manhã, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, comemorou a vitória do partido pró-integração europeia, que permite que Atenas e Bruxelas trabalhem juntos para "reerguer" a economia grega. Em seguida, ele disse que o bloco vai "dar passos para estimular o crescimento por meio de investimentos direcionados", sem deixar de lado os ajustes fiscais necessários para reequilibrar as contas nacionais. "Os desenvolvimentos recentes demonstram que pre- cisamos ir adiante e completar a nossa arquitetura financeira e econômica, dando passos para estimular o crescimento por investimentos direcionados e perseguindo reformas estruturais", disse Durão Barroso. "Mas os desafios não são apenas europeus, são globais. Todos os países do G20 têm a responsabilidade de remover os obstáculos para o crescimento e criação de emprego", afirmou o executivo da União Europeia, citando "sinais preocupantes de protecionismo crescente". A linha foi quase a mesma adotada pelo presidente Barack Obama, que à mesma hora se encontrava em caráter bilateral com o anfitrião, o presidente mexicano Felipe Calderón. Qualificando de "promissor" o resultado das eleições na Grécia, Obama disse que é hora de o mundo caminhar para a estabilidade econômica e a volta da confiança nos mercados. Mas o presidente americano lembrou que "o mundo está preocupado com o crescimento Ataques atingem Homs e região de Damasco; ao menos 40 morrem Cidade rebelde é duramente atingida por bombardeios, de acordo com o OSDB Obama: “O mundo deve caminhar para a estabilidade econômica” menor que tem se dado ultimamente", e pediu "união" dos países do G20 a fim de "fazer o necessário para estabilizar o sistema financeiro mundial e evitar o protecionismo, bem como garantir que a economia cresça para criar postos de trabalho". Crescimento e austeridade As declarações de certa forma representam um meio-termo no dilema crescimento versus austeridade, que tem dominado as discussões prévias ao G20. Enquanto todos concordam que os ajustes fiscais nos países avançados são importantes, a Alemanha é particularmente enfática na primazia deste objetivo como base para o crescimento. Entretanto, os relatos são de que Berlim tem cedido ao consenso geral mais inclinado a garantir o crescimento. Falando ao lado de Durão Barroso, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, lembrou que a zona do euro vai registrar neste ano uma "leve recessão". 3 BEIRUTE -Forças governamentais retomaram ontem o bombardeio à cidade rebelde de Homs (centro) e as operações na Província de Damasco, informou uma ONG síria que relata ao menos 40 pessoas mortas em todo o país. "Os bombardeios a Homs foram retomados, explosões foram ouvidas em vários bairros da cidade", um reduto do movimento de contestação, indicou o OSDH [Observatório Sírio dos Direitos Humanos]. Sete pessoas, incluindo três rebeldes, foram mortas ontem na Província de Homs, nas regiões vizinhas de Qousseir e em Rastan, segundo a mesma fonte. O Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão de oposição, disse que 30 mil soldados e membros de milícias pró-governo cercaram Homs e pediu uma resolução da ONU que obrigue Damasco a parar com a repressão. O OSDH indicou, por sua vez, "mil famílias encurraladas" em Homs, enquanto o chefe da missão da ONU na Síria, o general Robert Mais O OSDH informou ainda a morte de pelo menos 10 soldados do Exército regular em combates durante a madrugada nas Províncias de Deir Ezzor e Damasco. Mood, anunciou no sábado a suspensão das operações dos observadores, lançando um apelo para a evacuação de civis. Na Província de Damasco, várias localidades foram alvos de extensas operações militares. Seis civis, incluindo duas crianças, foram mortos em "violentos bombardeios" de Douma, 13 km a nordeste de Damasco, enquanto combates noturnos eram travados entre as forças regulares e rebeldes, indicou o OSDH, que também informou sobre a explosão de uma bomba em Mouadamiyet AlSham que matou um civil. Durante a noite, a cidade de Qoudsaya, a oeste da capital, foi alvo de um "violento bombardeio com armas pesadas", depois de uma manifestação contra o regime, de acordo com um militante, Fares Mohammad, citando "significativos reforços militares”.