EPH1149 A ESTRATÉGIA MILITAR ROMANA: UMA ANÁLISE

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16 a 20 de outubro de 2012
INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e
Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
EPH1149
A ESTRATÉGIA MILITAR ROMANA: UMA ANÁLISE TÁTICA DO
CERCO DE ALÉSIA
JONATHAN CRUZ MOREIRA
ALINE LANDIM MOREIRA
[email protected]
HISTÓRIA (LICENCIATURA) NOTURNO
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
ORIENTADOR(A)
CYRO DE BARROS REZENDE FILHO
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
RESUMO
No ano de 58 a.C, Caio Júlio César através de lei de autoria do tribuno Publio Vatinio, recebeu
um comando proconsular de cinco anos para as províncias romanas da Gália Cisalpina e da
Ilíria, mais tarde estendido á Gália Transalpina, iniciando o processo de expansão que atingiria
a Bretanha e a Germânia transrenânia, ainda não exploradas pelos romanos. A submissão dos
povos da Gália a Roma revelou-se um processo bastante conflituoso desde seu início,
permeando migrações vindas do leste, movimentos expansionistas germânicos e revoltas
regionais, ao mesmo tempo em que avançavam, a pax romana forneciam oportunidades de
expansão territorial e obtenção de despojos de guerra. Dentro deste quadro, este trabalho tem
o objetivo analisar a tática adotada por César para vencer o clímax de sublevação gaulesa
contra o domínio romano, personificada pelo cerco á cidade de Alésia. Metodologicamente
baseia-se em uma revisão bibliográfica específica sobre este tema, que reuniu voluntária ou
compulsoriamente, vários povos gauleses contra os desígnios romanos de dominação.
Reorganizando as legiões após a derrota de Gergóvia no início do verão de 52 a. C., César
efetua um recuo tático, atraindo as forças confederadas gaulesas comandadas pelo arveno
Vercingentórix, para a cidade de Alésia em setembro de 52 a. C. Situada em um terreno plano,
cercada por montanhas e inúmeras colinas, e ladeada por dois rios, as condições do terreno
davam a César a oportunidade de montar uma armadilha tática exemplar: estabelecer um
cerco apoiado em fortes medidas defensivas destinadas a conter o exército gaulês em Alésia,
ao mesmo tempo em que se punha em uma posição vantajosa para enfrentar exército de
resgate cuja presença era inevitável. Para a consecução de seu plano, fez as legiões abrirem
um fosso entre os dois rios, inundando-o. A principal linha de defesa foi estabelecida a 119
metros de distância da cidade, protegida por um duplo canal, e com uma muralha de 18
quilômetros de extensão, composta por 23 fortins e intercalada por torres a cada 24 metros. A
ereção da linha de defesa, feita sob constante ataque gaulês, além de causar pesadas perdas
ao inimigo, comportou várias armadilhas e obstáculos, como estacas de madeira endurecidas
pela ação do fogo e estacas escondidas sob a folhagem, tornando praticamente impossível aos
sitiados romperem o cerco. Uma segunda linha de defesa foi erigida visando a proteção contra
ataques externos. Vercingentórix enviou a cavalaria gaulesa para fora da cidade, a fim de
engrossar o exército de resgate que pretendia romper o cerco. A fim de evitar o rompimento
das linhas de defesa, reforços foram enviados ao ponto focal, enquanto a cavalaria romana, até
então deixada em reserva, foi dividida duas formações. Uma delas investiu diretamente na
defesa do fortim ameaçado, enquanto a outra, abandonando a linha de circunvalação envolveu
o flanco direito do inimigo, causando grande confusão nas linhas gaulesas, que resultou na
frustração do ataque, em fulga e perseguição, além de ser um duro golpe nas expectativas
inimigas do rompimento do cerco, cujos suprimentos já atingiam um estágio crítico. No dia
seguinte ao frustrado ataque do exército de resgate, Vercingentórix rendeu-se a César e a
rebelião das tribos gaulesas teve fim. Como resultado da pesquisa, observa-se que a vitória de
César deveu-se não só a extraordinária estrutura de cerco, como também ao desempenho e
movimentação tática do exército romano. Conclui-se que o fator decisivo para a vitória foi,
menos a solidez das obras defensivas, e mais ao exemplar desempenho tático das diversas
unidades, em especial as de cavalaria. A vitória de César em Alésia foi decisiva para a
incorporação da Gália Transalpina á orbita romana. Palavras – Chave: Gália, César, Cerco.
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