bmf-220 – medicina – icb-usp

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1. Uma mulher de 22 anos vai ao médico, muito assustada, porque estava produzindo leite
(galactorréia), mesmo sem estar amamentando. O médico, após anamnese cuidadosa, disselhe que ela não tinha nada grave e que o sintoma era um efeito colateral conhecido da
medicação que ela estava tomando por prescrição do psiquiatra. Que tipo de medicamento ela
estava usando? Por que ocorre esse efeito colateral (mecanismo)? Que outros efeitos colaterais
podem surgir? Justifique.
R.: SABE-SE que a Galactorréia é um dos efeitos colaterais do um Antipsicótico. Este fenômeno é
possível porque a dopamina na via túbero-infundibular está inibida pelo alteridol.
Outro possível sintoma é a possibilidade de sintomas parksonianos em virtude da via Nigro-estriatal
estar inibida também.
2. Um homem de 42 anos chega ao consultório do seu psiquiatra com queixas de humor
deprimido, que afirma ser idêntico às depressões que teve anteriormente. Foi diagnosticado
com depressão pela primeira vez há 20 anos. Na época foi tratado com imipramina
(antidepressivo tricíclico), com bons resultados. Durante um segundo episódio, ocorrido há 15
anos, foi tratado com imipramina e, novamente, seus sintomas remitiram após 4 a 6 semanas.
Afirma que, apesar de ter certeza de estar com nova depressão, gostaria de tentar outro
antidepressivo para evitar os efeitos colaterais da imipramina (boca seca, olhos secos e
constipação). Que alteração o psiquiatra poderia fazer? Justifique. Que efeitos colaterais seriam
esperados dessa nova medicação?
R.: Um antidepressivo inibidor de serotonina tal Como o prosac apresentaria efeitos colaterais mais
brandos do que o o antidepressivo tricíclico.
3. A sra. MDS, professora, 51 anos, consultou um psiquiatra, queixando-se de dificuldades em
dormir, por estar passando por uma situação passageira de estresse. O psiquiatra prescreveu
2 mg de um benzodiazepínico (lorazepam), como dose única, ao deitar. A paciente dormiu
bem a noite inteira, porém, no dia seguinte, apresentou sonolência e um cansaço não habitual,
dificultando suas atividades profissionais. Voltou imediatamente ao psiquiatra, que
prescreveu um novo hipnótico. Que tipo de medicamento (classe) ele lhe prescreveu? Justifique.
Qual seu mecanismo de ação?
R.: Alternativa 1: Ele deve ter prescrito outro benzodiazepínico com meia vida mais curta, dessa
forma o medicamento atua por menos tempo e quando ela acordar estará mais bem disposta
Alternativa 2: Outros hipnóticos não-benzodiazepínicos
Alternativa 3: “essência de maracujá”
4. Uma senhora de 75 anos, com perda recente do marido, queixa-se de falta de apetite, perda
de motivação para realizar as atividades de rotina, idéias de morte. Seu psiquiatra a
diagnosticou com depressão e prescreveu um antidepressivo inibidor da MAO. Certo dia ela
chegou ao posto de saúde com uma crise hipertensiva. Ela negou ter comido os alimentos
estipulados na lista que o médico deu com instruções do que evitar. Porém, como estava
resfriada, havia pingado gotas de um anticongestionante nasal. Explique, em detalhe, o que
deve ter causado a crise hipertensiv
R.: Um composto com que apresenta estes sintomas é a Tiramina, presente no queijo. Porém ela
obedeceu a recomendação médica acerca do que poderia comer ou não, a ingestão de qualquer
alimento com tiramina não deve ter ocorrido. Porém ela utilizou um anticongestionante nasal que
deve conter Efedrina, que por sua vez tem propriedades semelhantes a Tiramina e liberou
Noradrenalina implicando em Hipertensão. Outro fator importante é o fato de que a MAO estava
inibida pelo antidepressivo, e entre as funções relacionadas à MAO está o de recaptação de
Noradrenalina. Logo, a efedrina liberando noradrenalina e a MAO não recaptando implicaram na
crise de hipertensão.
5. Um homem de 21 anos é trazido ao setor de emergência pela polícia depois de ter sido
encontrado sentado no meio de uma rua de grande movimento. O paciente explicava: "As
vozes me disseram para fazer isso". Relatou que no último ano sentiu que "as pessoas não são
quem elas dizem ser“. Afirma que ouve vozes lhe dizendo para fazer "coisas más".
Geralmente existem 2 ou 3 vozes falando, e muitas vezes comentam entre si o seu
comportamento. Nega uso de drogas ou álcool, embora relate ter fumado maconha
ocasionalmente no passado, porém interrompeu essa prática porque "deixa as vozes mais
altas". Nega qualquer problema médico. O paciente está sujo e desalinhado; parece nervoso e
caminha em torno da sala de exame, sempre com as costas para a parede. Sua fala tem
velocidade, ritmo e tom normais. Seu conteúdo de pensamento é positivo para delírios e
alucinações auditivas. Ele nega ideação suicida ou homicida. Qual o provável diagnóstico,
tratamento para o caso e os efeitos colaterais esperados que o tratamento venha a provocar.
Explicar em detalhe.
R.: O fato de ele falar em ritmo normal, implica que seu quadro não é maníaco, pois este quadro é
caracterizado por fala acelerada. Assim, a possibilidade de seu quadro ser de um surto psicótico
parece mais factível. Logo ele deveria receber um antipsicótico atípico, pois oferece menos efeit9os
colaterais (Ñ SEI QUAIS)....
6. Uma mulher de 36 anos chega ao setor de emergência com a seguinte queixa: "acho que
estou enlouquecendo". Afirma que nos últimos 2 meses tem apresentado súbitos episódios de
falta de ar, sudorese, tremores, dor no peito, tontura e sensação de que vai morrer. Esteve na
emergência do hospital duas vezes nas últimas semanas, convencida de estar sofrendo um
ataque cardíaco. Entretanto, os resultados de todos os seus exames estavam dentro dos limites
normais. Afirma ainda que o primeiro episódio ocorreu quando estava caminhando pela rua
sem pensar "nada em especial". Ele durou aproximadamente 15 minutos, embora a sensação
era a de ter sido muito mais. Desde então, tem tido episódios semelhantes várias vezes na
semana. Tem uma constante preocupação com o momento em que terá o próximo ataque.
Nega quaisquer outros sintomas e uso de drogas. Sua ingestão de álcool, que era ocasional,
diminuiu desde que os episódios começaram. Qual o provável diagnóstico, tratamento para o
caso e mecanismo de ação do medicamento escolhido.
R.: aparentemente trata-se de um transtorno de pânico, logo ela deveria tomar algum
benzodiazepínico imediatamente e para o traatamento de longo prazo um antidepressivo (faltam os
mecanismos)....
7. Um homem de 27 anos é trazido ao setor de emergência pelos amigos trajando camisa
laranja forte e uma calça vermelha, e suas meias não formam par. Fica caminhando pela sala
e se recusa a sentar quando convidado pelo examinador. Sua fala é rápida e alta, e é difícil
interrompê-la. Afirma que seu humor está "ótimo", e está muito zangado com os amigos por
tê-lo obrigado a vir ao hospital. Fala que eles provavelmente insistiram nisso por "estarem
com inveja do meu sucesso com as mulheres". Afirma que está destinado a algo grandioso.
Nega ideação suicida, alucinações ou delírios. Os amigos afirmam que seu comportamento
está diferente: tem bebido "um monte de álcool" nas 2 últimas semanas, o que não é
característico. Tem dormido muito pouco. Ele adquiriu um computador novo, embora não
tenha dinheiro para comprar esse tipo de coisa. O paciente também tem se vangloriado para
os amigos de que dormiu com 3 mulheres diferentes na última semana, mas esse não é o seu
comportamento habitual, e tem estado muito irritável e explosivo. Os amigos afirmam não têlo visto usar drogas e acreditam que tenha boa saúde. Qual o provável diagnóstico, tratamento
para o caso, efeitos colaterais do medicamento proposto e cuidados que a medicação impõe?
R.: O provável diagnóstico é surto com episódio de mania O tratamento adequado pode incluir um
antipsicótico (tanto típico quanto atípico) imediatamente e Lítio para o tratamento de médio prazo
sob o possível aparecimento de efeitos colaterais tais como intoxicação, difícil dosagem do lítio e
melhora apenas em duas semanas.
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8. Uma mulher de 28 anos chega ao seu médico clínico com a queixa principal de tensão
muscular. Afirma que, durante toda a sua vida, sempre sentiu uma considerável tensão
muscular, mas que isso piorou nos últimos sete meses. Ela se descreve como alguém que se
preocupa muito e, desde que teve seu primeiro filho, no ano passado, sua preocupação
aumentou. Não consegue parar de se preocupar mesmo quando se esforça ativamente para
isso. Preocupa-se com uma série de coisas – a violência no país, se ela e o marido conseguirão
pagar a faculdade do filho, a saúde do marido no futuro, etc. Também relata sintomas de
inquietude e insônia. Descreve seu humor como bom e nega qualquer uso de substância, fora
um ocasional copo de vinho no fim de semana. A paciente relata ter dificuldade para se
concentrar no trabalho desde o nascimento do filho. Qual o provável diagnóstico, tratamento
para o caso, mecanismo de ação do medicamento escolhido e efeitos colaterais a longo prazo?
R.: O provável diagnóstico é Surto de ansiedade generalizada deflagrada pelo estresse.
Imediatamente utilizaria um ansiolítico para o tratamento no médio prazo um antidepressivo.
9. Uma jovem de 16 anos é trazida ao psiquiatra pela mãe que afirma que nos últimos 6 meses
ela tem tomado longos banhos, de até cinco horas. Diz que não consegue evitar esse
comportamento, embora isso a perturbe e esteja deixando sua pele ferida e sangrando. Relata
que os sintomas começaram depois que passou a ter pensamentos recorrentes de estar suja ou
pouco limpa. Tais pensamentos lhe ocorrem várias vezes por dia, e ela vai ficando cada vez
mais ansiosa até poder se lavar. Refere que o tempo que passa no banho está aumentando
porque precisa se lavar em uma ordem específica para evitar que a "espuma limpa" do
sabonete não se misture com a "espuma suja", pois, quando isso acontece, precisa repetir todo
o procedimento desde o início. Diz que sabe que "deve estar louca" por ter esses pensamentos
e por tomar banho tantas horas por dia, mas não consegue evitar esse comportamento. Sua
mãe confirma o relato. Enfatiza que ela jamais usou drogas ou álcool. Qual o provável
diagnóstico, tratamento para o caso e mecanismo de ação do medicamento escolhido.
R.: O provável diagnóstico é Transtorno Compulsivo obsessivo (TOC). Recomenda-se a utilização
de antidepressivo em altas doses (somente em pânico sugere-se a utilização em baixas doses).
10. Um homem adulto dá entrada no pronto-socorro com suspeita de superdosagem de
benzodiazepínico (várias embalagens vazias de diazepam foram encontradas ao lado da
cama). Qual é o tratamento mais adequado para reverter o quadro? Por que? Como atua o
medicamento proposto? Quais são os efeitos desse mesmo medicamento caso fosse administrado
sozinho a uma outra pessoa que não está tomando nenhum medicamento?
R.:É necessário a aplicação de um antagonista para o diazepam (tal como o fluozenil) em aalta
dosagem, pois um antagonista não apresenta efeitos por si só, apenas inibe a atuação do agonista em
questão. Ele não apresentará efeitos algum pois um antagonista simplesmente apresenta afinidade
com o receptor mas sem disparar sinais em função disso, e assim o agonista não encontra muitos
receptores livres para conectar-se. Como mencionado anteriormente, caso o antagonista seja
ministrado em outra pessoa, não se observará nenhuma modificação, a menos q ele venha a
bloquear sítio q estejam sendo usados no processamento neural não – patológico, assim atrapalharia
o funcionamento, mas ainda assim sem produzir efeitos por si, mas por bloquear outras funções.
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Na bula do Remédio A - Caixas com 20 e 30 comprimidos (Uso adulto) diz o seguinte:
O remédio A está indicado para alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou
psicológicas associadas com a síndrome da ansiedade. Pode também ser útil como coadjuvante no
tratamento da ansiedade ou agitação associada a desordens psiquiátricas. Contra-indicações: Não deve
ser administrado a pacientes com insuficiência respiratória e hepática grave, síndrome da apnéia do
sono, ou dependentes de outras drogas, inclusive o álcool, exceto, neste último caso, quando utilizado
para o tratamento de sintomas agudos de abstinência.
Precauções: Pode ocorrer alguma redução na resposta aos efeitos do remédio A após uso repetido por
período prolongado. Dependência: O uso de remédio A, pode levar ao desenvolvimento de
dependência física ou psíquica. O risco de dependência aumenta com a dose e duração do tratamento.
É maior também nos pacientes predispostos, com história de abuso de drogas ou álcool. Abstinência:
Quando ocorre dependência, a retirada abrupta do tratamento será acompanhada de sintomas de
abstinência. Podem ocorrer cefaléia, dores musculares, ansiedade extrema, tensão, inquietude,
confusão e irritabilidade. Em casos graves, sintomas como despersonalização, desrealização,
dormência e sensibilidade nas extremidades, hipersensibilidade à luz, barulho e contato físico,
alucinações, ou convulsões. Como o risco de abstinência e rebote é maior quando a descontinuação do
tratamento é abrupta, é recomendado que a dosagem seja reduzida gradualmente. Amnésia: Deve-se
ter em mente que o remédio A podem induzir a amnésia anterógrada. Esta pode ocorrer com o uso de
doses terapêuticas, com aumento do risco em doses maiores. Reações psiquiátricas como inquietude,
agitação, irritabilidade, agressividade, ilusão, raiva, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento
inapropriado, e outros efeitos comportamentais podem ocorrer com o uso de remédio A. Quando isto
ocorre, deve-se descontinuar o uso da droga. Estes efeitos são mais prováveis em crianças e idosos.
Interações medicamentosas: Caso o remédio A seja usado concomitantemente com outros
medicamentos de ação central, como os antipsicóticos, ansiolíticos/sedativos, antidepressivos,
hipnóticos, anticonvulsivantes, analgésicos narcóticos, anestésicos, e anti-histamínicos sedativos, devese lembrar que seus efeitos podem potencializar ou serem potencializados pelo remédio A. A ingestão
concomitante de álcool não é recomendada devido ao aumento do seu efeito sedativo. Existe interação
potencialmente relevante entre remédio A e os compostos que inibem certas enzimas hepáticas.
Estudos indicam que estes compostos influenciam a farmacocinética do remédio A e podem aumentar
e prolongar a sedação.
Perguntas: Um homem adulto dá entrada no pronto-socorro com suspeita de superdosagem de
remédio A (várias embalagens vazias foram encontradas ao lado da cama). Qual é o tratamento mais
adequado para esse paciente? a) um antidepressivo tricíclico; b) um antipsicótico atípico; c) um
agonista inverso de benzodiazepínico; d) um antagonista dopaminérgico; e) um antagonista
benzodiazepínico.
Um outro possível efeito indesejável do remédio A e que não está descrito nesta parte da bula é que: a)
interage com alimentos com alto teor de tiramina, tais como queijos envelhecidos, vinhos, cerveja
podendo provocar hemorragia intracraniana; b) devido a sedação, amnésia e diminuição da concentração
ele pode afetar negativamente a habilidade para dirigir e operar máquinas; c) provoca sintomas
extrapiramidais, tais como tremor, rigidez, caminhar em forma de marcha bradicinesia, etc; d) ele
demora para agir cerca de duas semanas; assim, o tratamento não deve ser interrompido nos
primeiros dias pela aparente ausência de efeito clínico; e) a margem de segurança do remédio A está
dentro de uma faixa muito estreita, o que faz com que seja necessário monitorizar suas concentrações
plasmáticas mensalmente.
O mecanismo de ação do remédio A envolve: a) potencialização da ação do GABA, promovendo maior
freqüência de abertura de canais de cloro; b) inibição seletiva da recaptura de serotonina; c) inibição da
MAO; d) inibição da recaptura de serotonina e noradrenalina: e) antagonismo de receptores
dopaminérgicos.
O remédio A pode ser o: _____________________________________________
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Na bula do Remédio B - Caixas com 20 e 30 comprimidos (Uso adulto) diz o seguinte:
Farmacodinâmica - O remédio B pertence ao grupo das butirofenonas. Ele é um bloqueador potente
dos receptores dopaminérgicos centrais. Como conseqüência direta do bloqueio dopaminérgico, ele
apresenta uma ação incisiva sobre os delírios e alucinações (provavelmente em níveis mesocortical e
límbico) e uma ação sobre os gânglios da base (sistema nigroestriado).
Farmacocinética - O pico plasmático do remédio B ocorre 6 a 8 horas após uma dose oral e 20 minutos
após administração intramuscular. Após administração oral a biodisponibilidade é de 60%-70%. A
meia-vida média após administração oral é de 24 horas. O remédio B atravessa a barreira
hematoencefálica facilmente. A ligação às proteínas plasmáticas é de 92%. A excreção é feita através
das fezes (60%) e da urina (40%). Um por cento da dose ingerida é excretado de forma inalterada na
urina. Existe uma grande variabilidade interindividual, mas pequena intra-individual, nos parâmetros
farmacocinéticos do remédio B. O Remédio B inibe o metabolismo de antidepressivos tricíclicos,
aumentando os níveis plasmáticos destes medicamentos.
Reações adversas - As mais comumente observados são os sintomas extrapiramidais como, por
exemplo, tremor, rigidez, hipersalivação, bradicinesia, acatisia e distonia aguda. Estes efeitos podem
ser revertidos pela utilização de antiparkinsonianos; nos casos graves, pode ser necessária a
interrupção temporária ou definitiva de remédio B. A síndrome está caracterizada principalmente por
movimentos rítmicos e involuntários da face, boca, língua ou mandíbula. Os sintomas podem persistir
durante longos períodos e em certos pacientes mostrar-se até irreversíveis. Não há, até o momento,
tratamento considerado eficaz para esta síndrome. Esta síndrome pode ser mascarada quando se
reinicia o tratamento ou quando se aumenta a dose. O tratamento deve ser descontinuado quando
possível.
Perguntas: assinale outros possíveis efeitos indesejáveis do remédio B e que não estão descritos nesta
parte da bula: a) interage com alimentos com alto teor de tiramina, tais como queijos envelhecidos,
vinhos, cerveja podendo provocar hemorragia intracraniana; b) devido a sedação, amnésia e
diminuição da concentração ele pode afetar negativamente a habilidade para dirigir e operar
máquinas; c) pode provocar hiperprolactinemia com galactorréia, ingurgitamento mamário, irregularidades
menstruais, ginecomastia, impotência, etc; d) ele não pode ser usado em pacientes psicóticos sob o risco
do aparecimento de efeitos tóxicos; e) durante tratamentos prolongados com remédio B pode surgir um
quadro de discinesia tardia em certos pacientes.
Com base na farmacocinética do remédio B é correto considerar que: a) como ele se liga a proteínas
plasmáticas em uma fração alta (92%), apenas aproximadamente 8% de sua concentração plasmática inicial
atravessará a barreira hemato-cerebral; b) quando o remédio B é associado a antidepressivos tricíclicos é
necessário aumentar a dose do antidepressivo para obter o mesmo efeito; c) o remédio B é um inibidor
enzimático e portanto é preciso cuidado ao se administrar outra droga concomitantemente para evitar
interação medicamentosa indesejável; d) grande variabilidade interindividual nos parâmetros
farmacocinéticos do remédio B pode ser devida a diferenças genéticas, como, por exemplo, variação nos
conteúdos enzimáticos; e) como a meia-vida média após administração oral é de 24 horas uma dose do
Remédio B só deixará de produzir efeito farmacológico cerca de 4-5 dias após da administração.
O fato do remédio B tem a capacidade de bloquear receptores dopaminérgicos centrais significa que:
a) ao se ligar a esses receptores o remédio B provoca efeitos opostos aos da dopamina; b) o remédio B
impede os efeitos da dopamina; c) por bloquear receptores dopaminérgicos sua administração repetida
pode causar diminuição no número de receptores (subsensiblidade); d) a alteração na sensibilidade de
receptores, decorrente da administração crônica, pode explicar alguns dos efeitos colaterais provocados pelo
remédio B; e) o fato do remédio B bloquear receptores dopaminérgicos significa que ele não tem ação
em outros receptores, como os receptores colinérgicos, por exemplo.
O remédio B pode ser o: _____________________________________________
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Na bula do Remédio C - Caixas com 20 e 30 comprimidos (Uso adulto) diz o seguinte:
Farmacodinâmica – O remédio C é um inibidor da recaptação de noradrenalina e serotonina. Ele tem
várias propriedades farmacológicas, incluindo-se as propriedades anti-histamínica, anticolinérgica e
bloqueadora do receptor serotoninérgico (5-HT). Contudo, acredita-se que a principal atividade
farmacológica do remédio C seja a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina (NA) e
serotonina (5-HT). O remédio C é chamado de bloqueador "misto" da recaptação, isto é, ele inibe a
recaptação da NA e da 5-HT aproximadamente na mesma extensão.
Advertências: Sabe-se que o remédio C e os outros compostos do seu grupo diminuem o limiar de
convulsão; portanto, remédio C deve ser utilizado com extremo cuidado em pacientes com epilepsia e
outras alterações, tais como danos cerebrais de etiologia variada, retirada de álcool ou fármacos com
propriedades anticonvulsivas. Deve ser administrado com especial cuidado a pacientes com distúrbios
cardiovasculares, especialmente aos portadores de insuficiência cardiovascular, distúrbios de
condução ou arritmias. Por suas propriedades anticolinérgicas, o remédio C deve ser utilizado com
cuidado em pacientes com história de pressão intra-ocular aumentada, glaucoma de ângulo agudo ou
retenção urinária (p. ex.: doenças da próstata). Os pacientes idosos são particularmente suscetíveis aos
efeitos anticolinérgicos, neurológicos, psíquicos e cardiovasculares. A capacidade desses pacientes em
metabolizar e eliminar fármacos pode estar diminuída, levando a risco de concentração plasmática
elevada nas doses terapêuticas. Reações adversas: Tais reações são geralmente suaves e transitórias,
desaparecendo com a continuidade do tratamento ou com a redução da dose. Elas não estão sempre
correlacionadas com os níveis plasmáticos do fármaco ou com a dose.
Informações ao paciente - Remédio C deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e
30°C). Informe ao seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu
término. Informe ao seu médico se está amamentando. Nos casos de amamentação, o uso de remédio C
deverá ser suspenso, uma vez que o medicamento passa para o leite materno.
Perguntas: O remédio C pode ser indicado em casos de: a) depressão; b) transtorno de pânico; c)
transtorno obsessivo compulsivo; d) depressão em idosos, porém em doses menores do que as usuais em
adultos; e) sua principal indicação terapêutica é como antipsicótico.
Assinale outros possíveis efeitos indesejáveis do remédio do remédio C e que não estão descritos nesta
parte da bula: a) provoca sintomas extrapiramidais, tais como tremor, rigidez, caminhar em forma de
marcha bradicinesia, etc; b) interage com alimentos com alto teor de tiramina, tais como queijos
envelhecidos, vinhos, cerveja podendo provocar hemorragia intracraniana; c) o remédio C tem como
efeitos colaterais boca seca, sudorese, constipação, alterações da acomodação visual, visão borrada; d) os
efeitos terapêuticos do remédio C demoram cerca de duas semanas para aparecerem; assim, o tratamento não
deve ser interrompido nos primeiros dias pela aparente ausência de efeito clínico; e) como não existe um
antagonista específico do remédio C em casos de superdosagem acidental ou tentativa de suicídio o
tratamento é essencialmente sintomático e de suporte.
O remédio C pode ser o: Anti depressivo tricíclico ou inibidor de serotonina
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Na bula do Remédio D - Caixas com 20 e 30 comprimidos (Uso adulto) diz o seguinte:
Posologia: Variável conforme o caso, sendo consideradas úteis doses terapêuticas variando de 2 a 6
comprimidos por dia, devendo, portanto, ser ajustadas a cada caso. O nível terapêutico varia
individualmente, mas em geral está entre 0,8 e 1,4mEq/l para a fase aguda e entre 0,6 e 1,0mEq/l na
manutenção. A concentração plasmática deve ser constantemente monitorizada. A determinação do
nível sérico deve ser feita geralmente pela manhã, 12 horas após a ingestão da última dose. A primeira
dosagem do remédio D deverá ser feita entre o 4o e 7o dia de tratamento. A segunda ao fim da 2o
semana e a terceira ao fim do 1o mês. As dosagens subseqüentes poderão ser efetuadas a cada 3 ou 6
meses. O acompanhamento clínico rigoroso em relação à evolução psiquiátrica e quanto a presença de
efeitos colaterais é tão ou mais importante que as dosagens plasmáticas da droga. O remédio D pode
produzir a normalização da sintomatologia entre 1 e 3 semanas.
Advertências: Se por eventualidade quaisquer dos sintomas abaixo ocorrer durante a administração
de remédio D – que podem ser sinais de toxicidade -, deve ser interrompida a administração de
remédio D e o médico deve ser imediatamente informado: diarréia persistente, vômitos ou náuseas
severas e persistentes, visão prejudicada, fraqueza generalizada, dificuldade para andar, pulso
irregular, tremores intensos, cãibras, grande desconforto, tontura acentuada, sudorese de pés e
pernas. Havendo sinais de toxicidade, a redução das doses ou a suspensão da droga é indicada.
Raramente torna-se necessária a hemodiálise.
Precauções: Recomenda-se que as funções renal, cardiovascular e tireoidiana sejam avaliadas antes do
início do tratamento, pois o remédio D pode alterá-las, ou quando já alteradas, o tratamento pode ser
contra-indicado. No período inicial do tratamento, o remédio D pode levar a depleção de sódio,
devendo, por isso, ser mantida dieta normal (incluindo sódio) e adequada ingestão de líquidos (2.500 a
3.000ml/dia). Os pacientes idosos que apresentam deficiências organofuncionais devem ser tratados
com a máxima cautela. Precauções de uso no hipotireoidismo e diabetes mellitus. Gravidez e lactação:
Observou-se que o remédio D produz teratogenicidade em ratos. Em humanos é comprovadamente
associado à anomalia de Ebstein, uma cardiopatia congênita. Outras cardiopatias também estão
associadas ao seu uso. Recomenda-se, portanto, que o remédio D não seja usado durante a gravidez,
especialmente no primeiro trimestre, a não ser que haja real necessidade do tratamento e os benefícios
em potencial justifiquem o possível risco. O remédio D é excretado no leite humano. Uso infantil:
Devido à falta de experiência clínica, não se recomenda sua administração em crianças. São
consideradas úteis doses de 2 a 6 comprimidos/dia (600 a 1.800mg/dia) parceladas cada 8 a 12 hs.
Muitos autores preferem administrar o remédio D em uma única tomada diária, ou então em duas,
dando uma dose maior à noite, ao deitar. Aparentemente, menos efeitos colaterais são produzidos com
este esquema. A dosagem deve ser individualizada, de acordo com os níveis séricos e a condição clínica
do paciente. Após a estabilização do quadro clínico (entre o 7o e 14o dia), e a critério médico, as doses
podem ser reduzidas (300mg/dia).
Perguntas: O remédio D pode ser indicado em casos de: a) profilaxia da mania recorrente; b) prevenção
da fase depressiva de todas as formas de depressão; c) transtorno de pânico; d) transtorno obsessivo
compulsivo; e) no tratamento da fase maníaca do transtorno bipolar.
O remédio D é: a) contra-indicado para pacientes com doenças renais ou cardiovasculares; b) contraindicado para pacientes com desidratação; c) contra-indicado para pacientes em uso de diuréticos; d) não
deve ser usado para pacientes em dieta baixa em sal, porque a depleção do cloreto de sódio aumenta a
toxicidade do remédio D; e) como passa para o leite, no caso da necessidade do tratamento, deve-se
considerar a descontinuação da amamentação.
Um paciente cuja indicação terapêutica do remédio D estava correta, não apresentou o efeito clínico
esperado. Pare que esse paciente mantenha-se estável, isto é, depois do controle de uma eventual crise
aguda, a primeira alternativa terapêutica a ser testada será um: a) benzodiazepínico; b) antidepressivo
IMAO; c) anticonvulsivante; d) antidepressivo inibidor seletivo de recaptura de serotonina; e)
antipsicótico.
O remédio D pode ser o: Lítio
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