Aula eletroestimulacao

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O que é???
Eletroestimulação
A eletroestimulação é um mecanismo que simula a
passagem do impulso nervoso, levando o músculo a
contrair sem a necessidade de um impulso originado
pelo próprio sistema nervoso. (Gentil, 2004)
Profa. Andreza Caramori de Moraes
Profa. Narion Coelho
Prof. Paulo Angelo Martins
Andreza, Narion e Paulo
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ELETROESTIMULAÇÃO
(Histórico)
FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO
MUSCULAR E CONDUÇÃO NERVOSA
• Praticada desde o século XVIII na fisioterapia e no
tratamento de pacientes paralisados (Kratzenstein,
1744:apud McNeal, 1976).
• A célula nervosa tem um potencial de repouso de – 70
milivolts, onde o lado interno da membrana é negativo.
• O limiar de excitação é de – 50 milivolts.(Estágio de
ação).
• É 500 vezes mais fácil excitar-se o nervo do que o
músculo. Para tal utiliza-se uma intensidade de
corrente 500 vezes menor.
• Já se sabe a mais de 200 anos que pode-se exercitar o
músculo através dele ou de um nervo periférico
(Enoka, 1988).
Andreza, Narion e Paulo
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ATIVAÇÃO MUSCULAR ATRAVÉS
DA ELETROESTIMULAÇÃO
• Através da estimulação de um eletrodo com
excesso de cargas negativas e outro com
deficiência que são colocados próximos ao ramo
do nervo periférico.
• A migração de íons de uma região para outra
proporciona a dissipação da contração muscular
através da membrana muscular.
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DIFERENÇA ENTRE CONTRAÇÃO
MUSCULAR VOLUNTÁRIA E ELÉTRICA.
• Na
contração
muscular
voluntária
ocorre
primeiramente a solicitação das fibras mais lentas
(utilizadas para pequenos esforços) para as mais
rápidas (níveis maiores de força). (Princípio de
Henneman).
• Na contração muscular elétrica a ordem é inversa
porque as unidades motoras de condução rápida são
maiores e mais fatigáveis com menor intensidade de
estimulação. (Aumento de força).
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SOLICITAÇÃO DE UNIDADES MOTORAS
• A justificativa das células de contração rápidas serem
solicitadas antes está em:
• Tamanho e diâmetro do axônio (quanto menor mais
rápido.
• Distância do eletrodo-axônio.
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FORÇA MÁXIMA
FIBRAS VERMELHAS (Tipo I)
• Requer o recrutamento de todas as unidades motoras.
• Quanto maior o nível de excitações (freqüência) do
motoneurônio maior a força conseguida.
• Evitar a tetanização da fibra.
• O aumento de tensão máxima é quase nulo a partir dos
50 Hz.
• Fibras de contração lenta com contração isométrica
máxima após 80 a 100 mseg.
• Diâmetro do axônio de 8 a 14 micrômetros.
• Velocidade de condução de 50 a 80 m./seg.
• Freqüência de impulsos de 5 a 25 por seg.
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FIBRAS BRANCAS (Tipo II)
• Fibras de contração rápida com
isométrica máxima após 40 mseg.
contração
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FIBRAS IIA
• Possuem elevado potencial oxidativo e glicolítico.
• Diâmetro do axônio de 9 a 18 micrômetros.
• São relativamente resistentes à fadiga (podendo ser
usadas por períodos prolongados).
• Velocidade de condução de 80 a 130 m./seg.
• Tem produção de força relativamente alta
• Freqüência de impulsos de 60 a 70 por segundo.
• Diâmetro de 28 micrômetros.
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FIBRAS II C
FIBRAS II B
• Grande capacidade glicolítica.
• Fibras intermediárias entre II A e II B.
• Sensíveis a fadiga.
• Poucas diferenciadas.
• Têm alta produção de força.
• Representam cerca de 1 % do total das fibras.
• Diâmetro de 46 micrômetros.
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TIPO DE CORRENTE IDEAL
• Os parâmetros elétricos devem ser mínimos para
intensidade, energia e duração. (conforto)
• FÓRMULA FUNDAMENTAL DE WEISS
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CRONAXIA DE NERVOS MOTORES
• Membros
superiores
microssegundos.
–
150
a
250
Q=IxT
Q = Quantidade de cargas elétricas
• Membros inferiores 250 a 400 microssegundos.
I = Intensidade (Hertz)
T = Tempo (microssegundos)
• Músculos do tronco 250 microssegundos.
• Duração de pulso entre 100 a 300 microssegundos.
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RECRUTAMENTO SELETIVO DAS
FIBRAS MSUCULARES
• Ocorre de modo assincrônico, ou seja,
dependendo dos níveis de força requeridos, o
número de unidades motoras ativadas varia.
RECRUTAMENTO SELETIVO DAS FIBRAS
MUSCULARES
FREQUÊNCIA
TIPO DE FIBRA
RESULTADO
ABAIXO DE 10 Hz.
Tipo I (VERMELHAS)
AUMENTO
DA
CAPAC.
AERÓBICA OXIDATIVA
ACIMA DE 20 Hz.
Tipo I (VERMELHAS)
- TETANIA
AUMENTO
DA
CAPAC.
AERÓBICA OXIDATIVA
AUMENTO
DA
VASCULARIZAÇÃO
*REPOUSO = ESTIMULAÇÃO
* MAIOR NOS EXTENSORES.
35 A 70 Hz.
Tipo II (BRANCAS)
AUMENTO
GLICOLÍTICA.
ACIMA DE 70 Hz.
Tipo II (BRANCAS)
DETERIORIZAÇÃO
RESPOSTA MUSCULAR.
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Eletroestimulação Muscular e
Eletroestimulação Neuromuscular
Existem basicamente duas formas de se estimular
eletricamente um músculo (WEINECK, 2000):
diretamente (eletrodos posicionados sobre o músculo)
ou indiretamente (através do nervo que chega ao
músculo). (apud Gentil,2004)
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DA
CAPAC.
DA
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A Promessa
• Imagine ficar em casa sentado na poltrona, sem
fazer um único movimento com o corpo e, depois
de alguns meses, parecer um atleta profissional.
• Qualquer aparelho que faça seus músculos se
contraírem está melhorando seu tônus muscular,
ou seja, diminuindo a flacidez.
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A Promessa (cont.)
O que dizem as pesquisas
• Se não houver muita gordura na região, é
possível um levantamento da área trabalhada.
No caso em que há acúmulo de gordura, com o
aumento da circulação local, a tendência é
favorecer a mobilização da gordura, diminuindo o
depósito.
• A eletroestimulação é um complemento, não um
substituto, para os exercícios voluntários em músculos
saudáveis. (Hainaut & Duchateau, 1992).
• O tratamento pode melhorar o aspecto
principalmente da celulite flácida, porque estica e
levanta a pele que acompanha os movimentos
do músculo.
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• Em reabilitação, ocorreram mudanças relativas na
fosfocreatina, fosfato inorgânico, e pH intracelular
para determinado tipo de protocolo e no músculo
gastrocnêmio. (Matheson et al, 1997)
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O que dizem as pesquisas (cont.)
O que dizem as pesquisas (cont.)
• A Estimulação Elétrica Neuromuscular é melhor
que a Estimulação Elétrica Muscular. (Li J, 2002)
• Estadella et al verificou que num treinamento
combinado de exercício voluntário e eletroestimulação
no reto abdominal resultou em ganhos maiores de
resistência que de força, enquanto que o treinamento
apenas com exercício voluntário resultou em ganhos
maiores de força.
• Após a estimulação, houve aumento na contração
voluntária máxima do reto femural e melhora no
tempo de resistência à fadiga. O efeito persistiu por
6 semanas após o término do treinamento.
(Marqueste et al, 2003)
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O que dizem as pesquisas (cont.)
• Porcari et al (2002) apud Bem, testou os aparelhos de
eletroestimulação vendidos na TV e verificou que não
houve modificações nos parâmetros composição
corporal, força muscular e aparência física.
• Maffiuletti et al (2002) testou uma combinação de
treino pliométrico e estimulação elétrica em atletas de
voleibol e verificou que houve um significativo
aumento nos valores de força máxima e força
explosiva.
Referências
Li J. A biomechanical research of neuromuscular
electrical stimulation to simulate muscular force
training. Sheng Wu Yi Xue Gong Cheng Xue Za
Zhi. 2002 Sep, 19 : 395-7.
Marqueste et al. Changes in neuromuscular function
after training by functional electrical stimulation.
Muscle Nerve. 2003 Aug, 28 : 181-8.
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Referências
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Referências
Matheson et al. Force output and energy metabolism
during neuromuscular electrical stimulation: a 31PNMR study. Scand J Rehabil Med. 1997 Sep, 29 :
175-80.
Hainaut & Duchateau. Neuromuscular electrical
stimulation and voluntary exercise. Sports Med.
1992 Aug, 14 : 100-13.
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Salgado, A S I. Eletrofisioterapia:
Londrina/Pr.: Midiograf, 1999.
manual clínico.
www.joanaprado.com.br
Estadela et al. Exercícios voluntários combinados com
eletroestimulação visando o fortalecimento do músculo
reto
abdominal.
www.propg.ufscar.br/publica/vicic/c_saude/sa048.htm
Acesso em 13/01/2004
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Referências
Referências
Bem. Efeitos da eletroestimulação dos aparelhos
portáteis.
“Ginástica
Passiva”.
www.dercad.org.br/boletim/ano4num18/efeitos.ht
m. Acesso em 13/01/2004
et
al.
Effect
of
combined
electrostimulation and plyometric training on
vertical jump height. Medicine & Science in Sports
& Exercise. June 2002, p 1638-44.
Maffiuletti
Gentil. Eletroestimulação. Publicado em 12/01/2004.
www.gease.pro.br/eletroestimulacao.htm Acesso
em 13/01/2004.
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