Demonstrações Financeiras Perdigão SA

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Demonstrações Financeiras
Perdigão S.A.
31 de dezembro de 2008 e 2007
com Parecer dos Auditores Independentes
PERDIGÃO S.A
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
Índice
Parecer dos Auditores Independentes .................................................................... 1
Demonstrações Financeiras Auditadas
Balanços Patrimoniais............................................................................................. 3
Demonstrações do Resultado ................................................................................. 5
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido ............................................ 6
Demonstrações dos Fluxos de Caixa ..................................................................... 7
Demonstração do Valor Adicionado........................................................................ 8
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras................................................. 9
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Ao
Conselho de Administração e aos Acionistas da
Perdigão S.A.
São Paulo – SP
1. Examinamos o balanço patrimonial da Perdigão S.A. e o balanço patrimonial
consolidado dessa Companhia e suas controladas, levantados em 31 de
dezembro de 2008, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações
do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado, correspondentes
ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua
Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre
essas demonstrações financeiras.
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis
no Brasil e compreendeu: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a
relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis e de
controles internos da Companhia e suas controladas; b) a constatação, com base
em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as
informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das
estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da
Companhia e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações
financeiras tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira da Perdigão S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada
dessa Companhia e suas controladas em 31 de dezembro de 2008, os
resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, os seus
fluxos de caixa e os valores adicionados referentes ao exercício findo naquela
data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. Anteriormente, examinamos as demonstrações financeiras da Companhia e as
demonstrações financeiras consolidadas da Companhia e suas controladas
referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, compreendendo o
balanço patrimonial, as demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, além das informações
suplementares compreendendo as demonstrações dos fluxos de caixa e do valor
adicionado, sobre as quais emitimos parecer sem ressalva, datado de 21 de
fevereiro de 2008. Conforme mencionado na nota explicativa 2, as práticas
contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir de 1º. de janeiro de 2008.
1
As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro
de 2007, apresentadas de forma conjunta com as demonstrações financeiras de
2008, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil
vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como permitido pelo Pronunciamento
Técnico CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da Medida Provisória no
449/08, não estão sendo reapresentadas com os ajustes para fins de
comparação entre os exercícios.
23 de março de 2009
KPMG Auditores Independentes
CRC 2SP014428/O-6
José Luiz Ribeiro de Carvalho
Contador CRC 1SP141128/O-2
Charles Krieck
Contador CRC 1SP212272/O-2
2
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
BALANÇOS PATRIMONIAIS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e equivalentes a caixa
Aplicações financeiras
Contas a receber de clientes
Dividendos e juros sobre capital
próprio
Estoques
Impostos a recuperar
Impostos sobre a renda diferidos
Outros direitos
Controladora
2008
2007
Consolidado
2008
2007
1.233.455 1.108.028
742.549
665.628
1.378.046
803.938
29.588
42.118
308.294
646.544
591.806
-
5
286.560
337.231
5.728
50.048
8.003
34.849
6.467
2.784
1.059.572
Total do Ativo Circulante
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo
155
Aplicações financeiras
16.157
Títulos a receber
Contas a receber de clientes
3.329
111.021
Impostos a recuperar
213.931
Impostos sobre a renda diferidos
11.792
Depósitos judiciais
20.878
Outros direitos
377.263
1.290.453
2.858.351
642.456
1.453.713
11.653
2.008.487
-
1.028
1.020
2.918.458 2.136.918
1.545.732
269.559
172.052
113.288
Total do Ativo Não Circulante
4.966.173
5.343.436
2.008.487
2.012.406
4.637.270 2.520.785
5.234.404 2.775.103
Total do Ativo
6.403.008
3.302.859
11.219.547 6.543.311
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Diferido
1.688.995
576.337
127.262
238.499
5.985.143 3.768.208
25
3.894
-
155
54.889
11.578
147.490
323.399
23.313
36.310
63.292
43.990
11.826
33.504
77.870
14.015
9.821
3.919
597.134
254.318
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
3
865.147
174.402
35.335
115.730
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
BALANÇOS PATRIMONIAIS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
PASSIVO
CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Salários e obrigações sociais
Obrigações tributárias
Dividendos e juros sobre capital
próprio
Participações dos administradores
e funcionários
Débitos com empresas ligadas
Outras obrigações
Controladora
2008
2007
Consolidado
2008
2007
720.642
340.535
32.816
19.578
3.052
606
4.693
1.646.406
1.083.385
173.181
66.578
1.051.794
575.603
132.768
29.797
23.327
58.438
23.327
58.438
10.358
58.552
11.285
6.022
26
17.893
70.090
35.156
57.722
Total do Passivo Circulante
NÃO CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos
Obrigações sociais e tributárias
Provisão para contingências
Impostos sobre a renda diferidos
Outras obrigações
1.217.093
72.837
3.080.860
1.941.278
879.023
8.121
104.377
49.575
7.193
101
-
3.719.692
20.056
186.362
68.957
32.306
1.214.069
4.421
124.360
30.171
3.033
Total do Passivo Não Circulante
1.048.289
101
4.027.373
1.376.054
-
-
696
-
3.445.043 2.500.000
(815)
(815)
731.527
730.736
(38.129)
-
3.445.043
(815)
704.519
(38.129)
2.500.000
(815)
726.794
-
4.137.626 3.229.921
4.110.618
3.225.979
6.403.008 3.302.859 11.219.547
6.543.311
PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS
NÃO CONTROLADORES
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social realizado
Ações em tesouraria
Reservas de lucros
Ajustes de avaliação patrimonial
Total do Patrimônio Líquido
Total do Passivo
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
4
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais, exceto lucro por ação)
Consolidado
Controladora
2008
2007
2008
2007
1.211.751
680.120
-
8.104.223
5.057.095
4.589.160
3.199.441
Impostos e outras deduções de vendas
1.891.871
(205.961)
-
13.161.318
(1.768.288)
7.788.601
(1.155.238)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
1.685.910
-
11.393.030
6.633.363
(1.453.389)
-
(8.634.151)
(4.760.088)
232.521
-
2.758.879
1.873.275
(183.347)
-
(1.891.117)
(1.278.973)
(24.198)
(6.591)
(159.214)
(90.389)
(389.963)
(32.546)
(1.246.564)
(116.425)
145.664
75.031
616.216
11.035
266.303
(101.097)
298.980
104
(261.886)
(14.761)
(286.638)
334.978
(2.942.565)
(1.489.513)
RESULTADO OPERACIONAL
(54.117)
334.978
(183.686)
383.762
Imposto de renda e contribuição social
143.757
(9.369)
255.335
(32.080)
Participação dos funcionários
(12.202)
-
(13.500)
(24.636)
-
-
(3.392)
(2.556)
-
-
(385)
(3.183)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
77.438
325.609
54.372
321.307
Ações em circulação no final do
exercício
206.528
185.527
206.528
185.527
0,37
1,75
0,26
1,73
RECEITA OPERACIONAL BRUTA:
Vendas no mercado interno
Vendas no mercado externo
Custo dos produtos vendidos
LUCRO BRUTO
RECEITAS (DESPESAS)
OPERACIONAIS:
Vendas
Gerais e administrativas
Despesas financeiras
Receitas financeiras
Resultado de investimentos em
controladas
Outros resultados operacionais
Participação dos administradores
Participação de acionistas não
controladores
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO EM
CIRCULAÇÃO NO FINAL DO EXERCÍCIO –
R$
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
5
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONTROLADORA
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais, exceto juros sobre capital próprio por ação)
Capital
social
realizado
Ações em Reservas
tesouraria de lucros
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 1.600.000
Aumento de capital - emissão de ações
(vide nota 15 a)
900.000
Ajustes de
avaliação
patrimonial
Lucros
acumulados
(815)
505.327
-
Total
- 2.104.512
-
-
-
-
900.000
-
-
-
-
325.609
325.609
Reserva legal
-
-
16.280
-
(16.280)
-
Reserva para aumento de capital
-
-
65.122
-
(65.122)
-
Reserva para expansão
-
-
144.007
-
(144.007)
-
Juros sobre capital próprio – R$
0,53883 por ação em circulação no
final do exercício
-
-
-
-
(100.200) (100.200)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 2.500.000
Ajustes da adoção da Lei nº 11.638/07
(vide nota 2)
Aumento de capital - emissão de ações
945.043
(vide nota 15 a)
(815)
730.736
-
- 3.229.921
-
-
Reserva legal
Reserva para expansão
Juros sobre capital próprio – R$
0,36923 por ação em circulação no
final do exercício
Lucro líquido do exercício
Destinação do lucro do exercício (vide
nota 15 b):
(38.129)
(232)
(38.361)
-
-
-
945.043
-
-
-
77.438
77.438
-
-
3.860
-
(3.860)
-
-
-
(3.069)
-
3.069
-
-
-
-
-
(76.415)
(76.415)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 3.445.043
(815)
731.527
(38.129)
Lucro líquido do exercício
Destinação do lucro do exercício (vide
nota 15 b):
-
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
6
- 4.137.626
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
DEMOSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
2008
Controladora
2007
2008
Consolidado
2007
77.438
325.609
54.372
321.307
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido
Ajustes para reconciliar o lucro ao caixa gerado pelas
operações:
Participação de acionistas não controladores
Depreciação, amortização e exaustão
Amortização de ágio
Resultado de investimentos em controladas
Resultado na alienação e baixas do permanente
Impostos sobre a renda diferidos
Efeito da Lei 11.638/07
Provisão/reversão de contingências
Outras provisões
Juros e variações cambiais
Variações nos ativos e passivos:
Contas a receber de clientes
Estoques
Fornecedores
Pagamento de contingências
Salários, obrigações sociais e outros
Caixa originado (aplicado) nas atividades operacionais
44.387
93.540
(198.430)
112.594
(147.001)
(201)
(13.543)
(27.666)
327.873
(298.980)
2.853
(49.670)
385
448.565
152.996
35.658
(291.084)
9.647
(34.071)
7.763
998.400
3.183
272.241
21.398
18.608
(14.225)
3.530
9.897
(75.586)
65.374
122.679
(121.771)
(2.811)
(2.743)
329.719
(426)
(3.318)
(23.932)
(194.932)
(464.528)
255.771
(26.993)
(317.339)
634.610
(99.305)
(223.779)
94.113
(9.304)
15.384
337.462
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aplicações financeiras
Resgate de aplicações financeiras
Adiantamento para futuro aumento de capital
Outros investimentos, líquido
Aquisições de imobilizado
Aquisições / formação de matrizes
Alienações do imobilizado
Aquisição de empresas, líquido do caixa
Aplicações no diferido
Juros sobre o capital próprio recebidos
Caixa (aplicado) nas atividades de investimento
(466.173)
1.113.199
(683.397)
(45.154)
(27.782)
(736.509)
(3.450)
8.003
(841.263)
(274.352)
223.543
(203.738)
97.632
(156.915)
(2.733.029)
2.829.899
(7)
(634.511)
(208.334)
13.047
(796.132)
(98.493)
(1.627.560)
(350.511)
541.108
(509.744)
(126.102)
4.186
(347.292)
(42.840)
(831.195)
312.856
(337.425)
33.489
(114.332)
900.000
(72.676)
3.247.970
(2.048.750)
33.489
(114.332)
1.705.928
(1.265.177)
900.000
(75.555)
(105.412)
827.324
1.118.377
1.265.196
(616.956)
646.477
125.427
771.463
646.544
29.588
67
646.544
1.108.028
1.233.455
336.565
1.108.028
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Financiamentos tomados
Pagamento de financiamentos
Aumento de capital
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos
Caixa originado (aplicado) nas atividades de
financiamento
Aumento (decréscimo) líquido no saldo de caixa
Saldo de caixa e equivalentes no início do exercício
Saldo de caixa e equivalentes no final do exercício
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
7
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Controladora
2008
2007
1 - RECEITAS
Vendas de mercadorias e produtos
Outros resultados
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
– Reversão / (Constituição)
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
Custos dos produtos e das mercadorias
vendidos
Materiais, energia, serviços de terceiros e
outros
Perdas de valores ativos
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E
EXAUSTÃO
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (3-4)
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM
TRANSFERÊNCIA
Resultado de equivalência patrimonial
Receitas financeiras
Outras
Consolidada
2008
2007
1.776.667
1.786.935
(10.461)
104
104
12.488.485
12.606.572
(108.007)
7.437.287
7.458.523
(13.635)
193
(1.461.194)
(2.024)
(10.080)
(8.616.589)
(7.601)
(4.721.955)
(1.262.157)
-
(6.987.625)
(3.682.311)
(173.175)
(25.862)
315.473
(2.024)
(1.920)
(1.613.896)
(15.068)
3.871.896
(1.036.292)
(3.352)
2.715.332
(137.927)
-
(601.561)
(293.638)
177.546
(1.920)
3.270.335
2.421.694
414.871
374.011
616.549
11.227
266.303
145.664
2.904
298.980
75.031
-
616.216
333
11.035
192
592.417
372.091
3.886.884
2.432.921
592.417
137.636
111.460
17.580
8.596
(16.853)
(101.185)
82.767
1.565
372.091
3.618
3.443
175
12.145
12.002
143
3.886.884
1.320.205
1.073.520
177.460
69.225
1.201.054
544.560
649.571
6.923
2.432.921
969.480
814.043
112.802
42.635
1.018.867
623.582
392.027
3.258
394.196
389.963
4.233
30.719
30.719
-
1.310.868
1.246.564
64.304
120.084
83.361
36.723
77.438
325.609
76.415
100.200
1.023
Lucros retidos / Prejuízo do exercício
225.409
Participação de acionistas não-controladores
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
54.757
76.415
(22.043)
385
324.490
100.200
221.107
3.183
7 - VALOR ADICIONADO PARA DISTRIBUIÇÃO
(5+6)
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO:
Pessoal
Remuneração direta
Benefícios
F.G.T.S
Impostos, taxas e contribuições
Federais
Estaduais
Municipais
Remuneração do capital de
terceiros/financiadores
Juros
Aluguéis
Remuneração do capital próprio (dividendos e
juros sobre o capital próprio)
Juros sobre capital próprio
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
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(valores expressos em milhares de reais)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
Fundada em 1934, em Santa Catarina, a Perdigão S.A. e suas subsidiárias (“a
Companhia”), é uma das maiores companhias brasileiras do ramo alimentício. Com
foco na criação, produção e abate de aves, suínos e bovinos, industrialização e/ou
comercialização de produtos processados, leite e lácteos, massas, vegetais
congelados e derivados de soja, a Companhia produz cerca de 3.000 itens, (SKUs)
entre os quais:
-
Frangos inteiros e cortes de frangos, perus, suínos e bovinos congelados;
Presuntos, mortadelas, salsichas, linguiças, e outros produtos defumados;
Hambúrgueres, empanados, kibes, almôndegas;
Lasanhas, pizzas, vegetais, pão de queijo, tortas e folhados congelados;
Leite e produtos lácteos;
Sucos, leite de soja e sucos de soja;
Margarinas e;
Farelo de soja e farinha de soja refinada, bem como ração animal.
Atualmente, a Companhia opera 22 unidades de processamento de carnes, 13
unidades de processamento de lácteos e sobremesas, uma fábrica de processamento
de margarinas e uma unidade de processamento de soja, distribuídas nos seguintes
estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, São Paulo, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e Bahia. A subsidiária Plusfood Groep B.V. opera 3 unidades de
processamento de carnes, distribuídas no Reino Unido, Holanda e Romênia. Ainda no
exterior, a Companhia possui subsidiárias no Reino Unido, Itália, Espanha, Hungria,
França, Japão, Holanda, Rússia, Cingapura e Emirados Árabes Unidos e uma
unidade de processamento de queijos na Argentina.
A Companhia possui um avançado sistema de distribuição, utilizando-se de 27
centros de distribuição em 13 estados brasileiros e no Distrito Federal e um centro de
distribuição na Europa, atingindo 80.000 supermercados, lojas de varejo, atacadistas,
food-service e outros clientes institucionais no mercado interno e exportando para
mais de 110 países.
O nome da Perdigão se desdobra e agrega valor e confiabilidade às marcas Perdix,
Chester®, Apreciatta, Borella, Batavo, Halal, Sulina, Toque de Sabor, Light & Elegant
Escolha Saudável, Confidence, Fazenda, Confiança, Unef, BFF e Nabrasa além de
marcas licenciadas como Turma da Mônica. A esse portfolio foram acrescidas outras
marcas de reconhecido renome no mercado de alimentos como Doriana, Claybon,
Delicata, Friki (licenciada), Fribo, Elegê, Santa Rosa, El Vaquero, Dobon, Yobon, Kids,
Veg, Balance, Yogê, Avipal, Al Badiya, Brazili, L’Ami, entre outras.
Em abril de 2006, a Companhia foi listada no “Novo Mercado” de Governança
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PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Corporativa e, atualmente, tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São
Paulo (Bovespa) – PRGA3 – e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), na forma
de Recibos de Depósitos Americanos (ADRs) – nível III, PDA.
a) Estrutura e participações societárias em 31.12.08:
Perdigão S.A.
1,0%
Perdigão Export Ltd.
(2)
Perdigão Agroindustrial S.A
99,0%
PDF Participações Ltda.
10,0%
Avipal
Nordeste
S.A.
Avipal S.A.
Construtora
Incorp. (2)
Avipal
Centro-Oeste
S.A. (2)
Avipal S.A.
Alimentos
90,0%
Estab. Levino
10,0%
Zaccardi y
Cia. S.A.
50,0%
UP Alimentos
Ltda.
Perdigão
Trading S.A. (2)
99,99999467%
Sino dos Alpes
Alimentos
0,00000533%
Ltda.
Crossban
Holdings
GMBH. (1)
Perdix International
Foods Com.
Internacional Lda.
Perdigão
International
Ltd.
BFF
International
Ltd. (2)
Perdigão
UK Ltd.
Perdigão
France SARL
Highline
International (2)
Perdigão
Holland B.V.
Perdigão
Nihon K.K.
PSA
Participações
Ltda.
90,0%
Perdigão Ásia
PTE Ltd.
Perdigão
Hungary
Plusfood
UK Ltd
Acheron
Beteiligungsverwaltung
GMBH (3)
Plusfood
Groep B.V.
67%
Plusfood
B.V.
Plusfood
Constanta SRL
Plusfood
Finance UK LTD
Fribo Foods Ltd
Plusfood
France SARL
Plusfood
Iberia SL
Plusfood
Italia SRL
(1) Holding e centralizadora dos investimentos no exterior.
(2) Empresas que estão sem atividade operacional.
(3) Empresa e subsidiárias constituídas com a finalidade
de operar no mercado Europeu.
Nota: As empresas sem indicativo de percentual de participação são subsidiárias integrais diretas ou
indiretas da Perdigão S.A.
A sub-holding Acheron Beteiligung-sverwaltung GMBH possui cem subsidiárias diretas na Ilha da
Madeira - Portugal, cujo objetivo é operar no mercado europeu para possibilitar o incremento na
participação naquele mercado que é regulado por regime de quotas de importação para carne de
frango e peru. O investimento nestas subsidiárias totaliza R$745.
b)
Aquisição Cotochés
Em 02.04.08, a Companhia, por meio de sua subsidiária integral Perdigão
Agroindustrial S.A. adquiriu 100% das quotas representativas do capital social da
empresa Maroca e Russo Indústria e Comércio Ltda. (Cotochés), indústria do
segmento de lácteos, localizada em Minas Gerais, pelo montante de R$51.000, com
acervo líquido de R$11.799, gerando um ágio de R$41.595.
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PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
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(valores expressos em milhares de reais)
Em 31.12.08, a subsidiária integral Cotochés foi incorporada pela Companhia (vide
nota 1 g ii).
c) Aquisição Eleva
Em 21.02.08, a Companhia concluiu o processo de aquisição da Eleva Alimentos S.A.
(Eleva) iniciado em 02.01.08, pelo montante total de R$1.676.160. Este montante é
composto de R$764.606 pagos em dinheiro ao antigo acionista controlador e aos
acionistas não controladores da Eleva e R$911.554 oriundo da troca de ações da
Eleva por ações da Perdigão aos acionistas remanescentes.
A Companhia registrou essa aquisição baseada no valor contábil do acervo líquido
adquirido, e determinou o ágio de R$1.364.029 da seguinte forma:
Total adquirido
764.606
911.554
3.015
1.679.175
Valor pago
Valor de troca de ações
Custos adicionais com aquisição (*)
Custo de aquisição
Ativos (passivos) líquidos
Ajuste para uniformização de prática contábil (**)
Efeito de ajuste no balanço de abertura (***)
Acervo líquido adquirido
Percentual adquirido
Acervo líquido adquirido
Ágio apurado
489.357
(153.553)
(20.658)
315.146
100,00%
315.146
1.364.029
(*) Os custos adicionais com aquisição correspondem, basicamente, a despesas com advogados, auditoria,
consultorias e publicações legais.
(**) Com o objetivo de equalizar as práticas contábeis da subsidiária Eleva às práticas contábeis adotadas pela
controladora, foi revertida, em 02.01.08, a reserva de reavaliação registrada na Eleva.
(***) Ajustes contábeis feitos nos saldos iniciais das contas patrimoniais da Eleva Alimentos.
Em 30.04.08, a subsidiária integral Eleva foi incorporada pela Perdigão S.A. (vide
nota 1 g i).
d) Aquisição Plusfood
Em 02.01.08, a Companhia, por meio de sua controlada Perdigão Holland BV,
adquiriu 100% das ações representativas do capital social da Plusfood Groep BV
(“Plusfood”) da acionista proprietária Cebeco Groep BV (“Cebeco”). A Companhia
finalizou em 20.06.08 a apuração do ágio de acordo com o encerramento do balanço
11
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
patrimonial final auditado da Plusfood, e o preço final pago foi de EUR16.487
(representado pelo valor total de EUR31.200 deduzido da dívida líquida apurada no
fechamento de 31.12.07 da Plusfood). O acervo líquido adquirido representava
EUR8.935, e o ágio final apurado foi de EUR7.552 (R$24.455 convertido para reais
em 31.12.08).
e)
Aquisição Batávia
Em 28.11.07, a Companhia adquiriu 49% remanescentes das ações representativas
do capital social da Batávia S.A. – Indústria de Alimentos (“Batávia”) pelo montante
de R$155.081 (incluindo custos adicionais com aquisição de R$81), das Cooperativas
proprietárias, tendo apurado um ágio de R$112.889 e tornando-se a Batávia
subsidiária integral da Companhia a partir desta data.
Em 26.05.06, a Companhia adquiriu 51% das ações representativas do capital social
da Batávia e máquinas e equipamentos na Batávia, pelo montante de R$113.373
(líquido do caixa adquirido de R$2.579) e incluindo custos adicionais com a
aquisição de R$1.252, tendo apurado um ágio de R$75.490.
Em 31.12.08, a subsidiária integral Batávia foi incorporada pela Companhia (vide nota
1 g ii).
f)
Outras aquisições
Em 31.07.07, a Companhia adquiriu por R$28.710, 100% das quotas da Paraíso
Agroindustrial S.A., localizada em Jataí – GO, com acervo líquido de R$6.376,
gerando um ágio de R$22.334.
Em 01.08.07, a Companhia adquiriu por R$74.828 o negócio de margarinas da
Unilever, incluindo 100% das quotas do capital social da AVA Comércio e
Representações Ltda. (“AVA”). O acervo líquido adquirido foi de R$9.004, gerando
um ágio de R$65.824.
Em 01.08.07, houve a incorporação
Agroindustrial S.A. (vide nota 1 g).
destas
Companhias
pela
Perdigão
A Companhia adquiriu ainda as empresas Sino dos Alpes Alimentos Ltda.,
Incubatório Paraíso Ltda., Mary Loize Indústria de Alimentos Ltda. e Mary Loize
Indústria e Comércio de Rações Ltda. (Perdigão Agroindustrial Mato Grosso), no
período de junho de 2005 a março de 2007. Estas aquisições geraram um ágio total
de R$20.721. A empresa Incubatório Paraíso Ltda. foi integralmente incorporada
durante o ano de 2006. Em 31.12.08, a subsidiária integral Perdigão Agroindustrial
Mato Grosso foi incorporada pela Companhia (vide nota 1 g ii).
12
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
g)
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Reorganização Societária
A Companhia está atravessando um momento de marcante mudança em função do
seu plano de crescimento sustentável, iniciado em meados de 2006, que está
baseado em diversas aquisições de empresas e entrada em novos negócios (vide
nota 1b a 1f).
Como resultado dessas aquisições, a Companhia obteve crescimento e diversificação
de negócios, aumentando sua participação no mercado de carnes de aves e suínos e
ingressando nos mercados de lácteos, margarinas e bovinos.
No âmbito desse processo de crescimento, a aquisição da Eleva, cujas operações
são similares às da Companhia e representam em torno de 30% dos negócios
consolidados, desencadeou a necessidade de uma mudança organizacional
relevante e abrangente do conglomerado, tanto no aspecto societário quanto no de
negócios. Essa reestruturação tem por objetivo a manutenção da sustentabilidade
dos negócios da Companhia e de suas controladas e coligadas por meio da
simplificação de sua estrutura societária, da redução de custos operacionais,
tributários e financeiros e da racionalização de suas atividades operacionais.
i) Incorporação da Eleva
Em 30.04.08, a Assembléia Geral Extraordinária aprovou o Protocolo e Justificação
de Incorporação da Eleva pela Companhia e suportado por laudo técnico emitido por
perito independente, amplamente divulgado no fato relevante de 11.04.08.
Dessa forma, em 30.04.08, o acervo líquido contábil da subsidiária integral Eleva,
incorporado ao patrimônio da Companhia, estava assim representado:
Ativo circulante
Ativo não circulante
Permanente
Passivo circulante
Passivo não circulante
Acervo líquido
779.611
286.188
404.504
(591.020)
(547.077)
332.206
Dando sequência à reorganização societária, em 01.05.08, a Companhia verteu ao
capital da sua subsidiária integral Perdigão Agroindustrial S.A. as participações
societárias nas empresas Avipal S.A. Construtora e Incorporadora, Avipal S.A.
Alimentos, Avipal Nordeste S.A., Avipal Centro-Oeste S.A. e Estabelecimento Levino
Zaccardi y Cia. S.A. (todas antigas subsidiárias integrais da Eleva). Dessa forma, as
antigas subsidiárias da Eleva passaram a ser subsidiárias integrais da Perdigão
13
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Agroindustrial S.A..
ii) Cisão parcial da subsidiária Perdigão Agroindustrial S.A. seguida pela incorporação
das subsidiárias Batávia, Cotochés e Perdigão Agroindustrial Mato Grosso.
Em 31.12.08, a subsidiária Perdigão Agroindustrial S.A. cindiu para a Companhia a
parcela do seu acervo líquido correspondente à totalidade da participação por ela
detida no capital social da Perdigão Agroindustrial Mato Grosso, da Batávia e da
Cotochés. Na mesma data e sequencialmente, as subsidiárias Batávia, Cotochés e
Perdigão Agroindustrial Mato Grosso foram incorporadas pela Companhia.
h)
Operação CCL – Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo
Em 27.11.08, a subsidiária Avipal Nordeste S.A. (Avipal NE) rescindiu os contratos
de fornecimento de leite UHT (com volumes mínimos de 6 milhões de litros) e in
natura (até o limite de 200.000 litros/dia) e o contrato de industrialização por
encomenda (leite pasteurizado, manteigas e cremes com volume mínimo de 7
milhões de litros, 175 toneladas e 100 toneladas respectivamente, por mês) firmado
junto à Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo (“CCL”), devido
aos altos custos da operação industrial.
Em virtude desta rescisão, a Avipal Nordeste S.A. (“Avipal NE”) passou a dever à
CCL a multa rescisória no valor de R$37.657, a ser paga em cinco parcelas durante
os anos de 2010 a 2012. Desta forma, a Companhia efetuou o registro da multa
rescisória na rubrica de “outros resultados operacionais” (vide nota 24) e seu
respectivo ajuste a valor presente conforme determinado pela Lei n. 11.638/07 (vide
nota 2).
A operação desenvolvida com a CCL passou a ser desenvolvida com a empresa WJ
Produtos Alimentícios Ltda., no Estado de São Paulo, a custos de mercado.
i)
Operação CCPL – Cooperativa Central de Produtores de Leite
Em 24.09.08, a Companhia rescindiu o contrato de industrialização firmado junto à
Cooperativa Central de Produtores de Leite (“CCPL”) (leites UHT, manteigas e
requeijão com volumes mínimos de 9 milhões de litros, 70 toneladas e 100 toneladas
respectivamente), devido aos altos custos da operação industrial. Embora a rescisão
não tenha gerado multa contratual, a Companhia provisionou para perdas o total dos
saldos em aberto dos adiantamentos efetuados para a CCPL no montante de
R$6.380, por entender que há risco de não ser ressarcida deste valor. A Companhia
efetuou o registro deste valor na rubrica de “outros resultados operacionais” (vide
nota 24).
14
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
A operação desenvolvida com a CCPL foi transferida para a Cooperativa
Agropecuária de Barra Mansa, sediada no Estado do Rio de Janeiro, a custos de
mercado.
2.
BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS E ADOÇÃO INICIAL DA LEI 11.638/07 E DA MEDIDA PROVISÓRIA
n. 449/08
As Demonstrações Financeiras da Companhia e de suas subsidiárias estão
expressas em milhares de Reais e foram preparadas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil, com base na Lei das Sociedades por Ações (Lei n
6.404/76), que incluem os novos dispositivos introduzidos, alterados e revogados
pela Lei n. 11.638 de 28.12.07 e pela Medida Provisória n. 449 de 03.12.08, regras e
regulamentos emitidos pela "Comissão de Valores Mobiliários" - CVM e nas normas
contábeis emitidas pelo IBRACON - "Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil".
O principal objetivo da Lei n. 11.638/07 e da Medida Provisória n. 449/08 é atualizar
a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das
práticas contábeis adotadas no Brasil com as normas internacionais de contabilidade
que são emitidas pelo "International Accounting Standards Board - IASB" e permitir
que novas normas e procedimentos contábeis sejam expedidos pela CVM com base
nas normas internacionais de contabilidade.
As mudanças na Lei das Sociedades por Ações foram avaliadas, mensuradas e
registradas pela Companhia e suas controladas, com reflexo nas Demonstrações
Financeiras para o exercício findo em 31.12.08. Na avaliação da Companhia, os
seguintes pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (“CPC”) e aprovados pela CVM são aplicáveis na preparação ou na
apresentação das referidas Demonstrações Financeiras:
•
Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis, aprovada pela Deliberação CVM nº 539, de 14.03.08;
•
CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável dos Ativos, aprovado pela Deliberação
CVM nº 527, de 01.11.07;
•
CPC 02 - Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão das
Demonstrações Contábeis, aprovado pela Deliberação CVM nº 534, de
29.01.08;
•
CPC 04 - Ativo Intangível, aprovado pela Deliberação CVM nº 553, de 12.11.08;
15
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
•
CPC 05 - Divulgação sobre Partes Relacionadas, aprovado pela Deliberação
CVM nº 560, de 11.12.08;
•
CPC 06 - Operações de Arrendamento Mercantil, aprovado pela Deliberação
CVM nº 554, de 12.11.08;
•
CPC 07 - Subvenções e Assistências Governamentais, aprovado pela
Deliberação CVM nº 555, de 12.11.08;
•
CPC 08 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores
Mobiliários, aprovado pela Deliberação CVM nº 556, de 12.11.08;
•
CPC 12 - Ajuste a Valor Presente, aprovado pela Deliberação CVM nº 564, de
17.12.08;
•
CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08,
aprovado pela Deliberação CVM nº 565, de 17.12.08;
•
CPC 14 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração
Evidenciação, aprovado pela Deliberação CVM nº 566, de 17.12.08.
e
Em conformidade com o disposto na Deliberação CVM nº 565, de 17.12.08, que
aprovou o pronunciamento contábil CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e
da Medida Provisória nº 449/08, a Companhia optou por elaborar seu balanço de
abertura de acordo com as novas práticas contábeis em 31.12.07, sendo esta a data
de transição. Sendo assim, a data de transição representa a data em que a
Companhia preparou seu balanço patrimonial inicial ajustado por esses novos
dispositivos contábeis de 2008.
As modificações introduzidas pela referida legislação caracterizam-se como
mudança de prática contábil conforme disposto na Deliberação CVM nº 506/06 Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros,
entretanto, conforme facultado pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 do CPC,
aprovado pela Deliberação CVM nº 565, todos os ajustes com impacto no resultado
anteriores à data de transição foram efetuados contra lucros e prejuízos
acumulados, nos termos do art. 186 da Lei nº 6.404/76.
A Companhia refletiu os ajustes decorrentes da mudança de prática contábil contra
a conta de lucros acumulados em 01.01.08. As Demonstrações Financeiras
referentes ao exercício findo em 31.12.07, apresentadas comparativamente às
Demonstrações Financeiras de 2008, foram elaboradas de acordo com as práticas
16
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31.12.07 e não estão sendo
reapresentadas com os ajustes para fins de comparação entre os exercícios.
Os efeitos das mudanças de práticas contábeis acima descritas afetaram o balanço
patrimonial, o patrimônio líquido e a demonstração do resultado da controladora e do
consolidado para o exercício findo em 31.12.08, nos montantes indicados a seguir:
(i) Balanço Patrimonial
Controladora
Saldo com
Ajustes da
ajustes da Lei nº
Lei nº
11.638/07 e MP
11.638/07 e
nº 449/08 MP nº 449/08
Saldo sem os ajustes
da Lei nº 11.638/07 e
MP nº 449/08
Ativo Circulante
Disponibilidades e aplicações
financeiras
Contas a receber de clientes
Outros direitos
71.706
308.294
679.572
(2.960) (a)
(120) (a)
71.706
311.254
679.692
Ativo Não-Circulante
Outros direitos
Impostos sobre a renda diferidos
163.332
213.931
(1.865) (a)
3.528 (d)
165.197
210.403
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Diferido
2.858.351
642.456
1.453.713
11.653
(21.865) (c)
-
2.880.216
642.456
1.453.713
11.653
Total do Ativo
6.403.008
(23.282)
6.426.290
Passivo Circulante
Fornecedores
Empréstimos e financiamentos
Outras obrigações
340.535
720.642
155.916
(1.474) (a)
6.907 (b)
-
342.009
713.735
155.916
Passivo Não-Circulante
1.048.289
-
1.048.289
Patrimônio Líquido
4.137.626
(28.715)
4.166.341
Total do Passivo
6.403.008
(23.282)
6.426.290
(a) A Companhia mensurou o ajuste ao valor presente sobre os saldos considerados
relevantes em aberto das contas de clientes, outros direitos e fornecedores, assim
como aplicou a taxa de desconto baseada no custo médio ponderado de capital, que
reflete a melhor estimativa da Companhia considerando o valor do dinheiro no tempo
e os riscos específicos para o ativo e o passivo (vide nota 3 d).
(b) A Companhia mensurou suas operações de derivativos realizadas por meio de
17
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
instrumentos de non-deliverable forward (“NDF”), swap de moeda e de taxas de
juros a valores de mercado, conforme as diretrizes do CPC14 (vide nota 17).
(c) Efeitos de ajustes nas subsidiárias da Companhia reconhecidos através do
método de equivalência patrimonial na controladora.
(d) A Companhia optou pelo Regime Tributário de Transição (RTT) instituído pela
Medida Provisória nº 449/08, por meio do qual as apurações do imposto sobre a
renda (“IRPJ”) e da contribuição social sobre o lucro líquido (“CSLL”), para o biênio
2008-2009, continuam a ser determinadas sobre os métodos e critérios contábeis
definidos pela Lei nº 6.404, de 15.12.76, vigentes em 31.12.07. Dessa forma, o
imposto de renda e a contribuição social diferidos apresentados, calculados sobre os
ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis advindas da Lei nº
11.638/07 e MP nº 449/08 foram registrados nas Demonstrações Financeiras da
Companhia.
18
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Consolidado
Saldo com
Ajustes da
ajustes da Lei
Lei nº
nº 11.638/07 e
11.638/07 e
MP nº 449/08 MP nº 449/08
Ativo Circulante
Disponibilidades e aplicações
financeiras
Contas a receber de clientes
Outros direitos
Saldo sem os
ajustes da Lei nº
11.638/07 e Medida
Provisória nº
449/08
1.976.004
1.378.046
2.631.093
1.750 (a)
(11.793) (b)
(2.975) (b)
1.974.254
1.389.839
2.634.068
11.578
323.399
262.157
(346) (b)
15.986 (e)
(4.972) (b)
11.924
307.413
267.129
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Diferido
1.028
2.918.458
1.545.732
172.052
8.897 (c)
-
1.028
2.909.561
1.545.732
172.052
Total do Ativo
11.219.547
Ativo Não-Circulante
Contas a receber de clientes
Impostos sobre a renda diferidos
Outros direitos
6.547
11.213.000
Passivo Circulante
Fornecedores
Empréstimos e financiamentos
Outras obrigações
1.083.385
1.646.406
351.069
Passivo Não-Circulante
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Obrigações sociais e tributárias
Outras obrigações
3.719.692
20.056
287.625
5.222 (b)
(1.724) (c)
(10.996) (b)
3.719.692
(5.222)
21.780
298.621
Minoritários
Patrimônio Líquido
696
4.110.618
(28.715)
696
4.139.333
11.219.547
6.547
11.213.000
Total do Passivo
(4.678) (b) (c)
48.700 (d)
(1.262) (b)
1.088.063
1.597.706
352.331
(a) De acordo com o CPC 14, a Companhia classificou a aplicação em títulos do
Tesouro Brasileiro da subsidiária integral Crossban Holdings GMBH como
“disponíveis para venda” e registrou o ganho não realizado decorrente da diferença
entre o valor contábil e o valor justo de mercado nesta rubrica com contrapartida
direta no patrimônio líquido.
(b) A Companhia mensurou o ajuste ao valor presente sobre os saldos
considerados relevantes em aberto das contas de clientes, outros direitos,
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
fornecedores, obrigações sociais e tributárias e outras obrigações, assim como
aplicou a taxa de desconto baseada no custo médio ponderado de capital, que
reflete a melhor estimativa da Companhia considerando o valor do dinheiro no tempo
e os riscos específicos para o ativo e o passivo (vide nota 3 d).
(c) Efeito do ajuste do arrendamento mercantil financeiro de máquinas e
equipamentos, conforme determinado pelo CPC 06, em que o custo do bem é
capitalizado, no seu início, como um ativo imobilizado contra um passivo de contas a
pagar (na rubrica de outras obrigações), pelo valor justo ou pelo valor presente dos
pagamentos mínimos previstos em contrato, dos dois o menor. O imobilizado
adquirido nos arrendamentos financeiros é depreciado pelas taxas definidas na nota
11.
(d) A Companhia mensurou suas operações de derivativos realizadas por meio de
instrumentos de NDF, swap de moeda e de taxas de juros a valores de mercado,
conforme as diretrizes do CPC14 (vide nota 17).
(e) A Companhia optou pelo Regime Tributário de Transição (RTT) instituído pela
Medida Provisória nº 449/08, por meio do qual as apurações do imposto sobre a
renda (“IRPJ”) e da contribuição social sobre o lucro líquido (“CSLL”), para o biênio
2008-2009, continuam a ser determinadas sobre os métodos e critérios contábeis
definidos pela Lei nº 6.404, de 15.12.76, vigentes em 31.12.07. Dessa forma, o
imposto de renda e a contribuição social diferidos apresentados, calculados sobre os
ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis advindas da Lei nº
11.638/07 e MP nº 449/08 foram registrados nas Demonstrações Financeiras da
Companhia.
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
(ii) Patrimônio Líquido e Resultado do Exercício
Resultado
do
Exercício
Saldo reportado nessas Demonstrações
Financeiras
Ajustes na data de transição
reconhecidos em lucros acumulados
Investimentos financeiros disponíveis
para venda
Instrumentos financeiros reconhecidos a
valor de mercado
Arrendamento mercantil financeiro
Ajuste a valor presente de direitos
Ajuste a valor presente de obrigações
Subvenções para investimentos (*)
Equivalência patrimonial
Efeitos tributários
Valores sem efeitos da Lei nº 11.638/07
e Medida Provisória nº 449/08
Controladora
Patrimônio
Líquido
Consolidado
Resultado
do
Exercício
Patrimônio
Líquido
77.438
4.137.626
54.372
4.110.618
-
(33.608)
-
(1.315)
-
-
(119)
(119)
295
(4.944)
1.474
11.742
1.080
(6.907)
(4.944)
1.474
11.742
3.528
7.477
737
(8.635)
15.157
2.486
(4.970)
(50.295)
737
(8.635)
15.157
15.755
67.791
4.166.341
42.239
4.139.333
(*) A Lei nº 11.638/07 e a Medida Provisória nº 449/08 revogaram a possibilidade de registro das subvenções para
investimentos diretamente em conta de reserva de capital. Não obstante, os saldos das reservas de capital
referentes a subvenções para investimento, existentes no início do exercício social em que a entidade adotar pela
primeira vez a Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 devem ser mantidos nessas respectivas contas até
sua total utilização. Portanto, a Companhia manteve o saldo acumulado até 31.12.07 de subvenções e incentivos
fiscais na rubrica de reserva de capital no patrimônio líquido, e efetuou a baixa dos valores apropriados durante o
ano de 2008 para o resultado na rubrica outros resultados operacionais.
Para a adoção inicial da Lei n. 11.638/07 e Medida Provisória n. 449/08, o CPC 13
permitiu as Companhias adotarem algumas exceções quanto à aplicabilidade das
novas normas, sendo que a Companhia adotou as seguintes exceções:
- Apresentação de Demonstrações Financeiras comparativas: a Companhia adotou
a isenção de não ajustar as Demonstrações Financeiras de 2007 pelas bases
vigentes em 2008;
- Classificação dos instrumentos financeiros na data original de seu registro: o CPC
13 permitiu que a classificação dos instrumentos financeiros fosse feita na primeira
adoção das novas práticas contábeis e não apenas no momento original de seu
registro;
- Manutenção de saldos no ativo diferido até sua completa realização: a Companhia
optou por manter os saldos reconhecidos no grupo do ativo diferido em 31.12.08 até
sua completa amortização, sujeito a análise de recuperação desses saldos, nos
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
termos do CPC 01 – Redução ao valor recuperável de ativos, e não identificou
nenhum indicador de perda de seu valor recuperável. Adicionalmente, a Companhia
reclassificou o valor de ágio reconhecido no ativo diferido para o grupo do ativo
intangível, pois a natureza do ágio atende ao critério de reconhecimento contábil
desse novo grupo;
- Avaliação periódica da vida útil econômica dos bens do imobilizado: a Companhia
reavaliará a vida útil-econômica de seus ativos imobilizados para o ano de 2009.
A Companhia ressalta que: (i) já apresentava as demonstrações dos fluxos de caixa
e do valor adicionado em notas explicativas em anos e períodos anteriores e (ii) em
atendimento à Deliberação CVM nº 560/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico
CPC 05, remodelou a sua nota explicativa de Partes Relacionadas apresentando as
divulgações requeridas (vide nota 19).
(iii) Reclassificações
Para efeito de comparabilidade com o ano anterior, a Companhia reclassificou os
saldos dos ágios existentes no balanço de 31.12.07 nas rubricas de investimento e
diferido para a rubrica de intangíveis. Os ágios referente as aquisições da Cotochés
(Nota 1b), da Plusfood (Nota 1d), de 49% da Batávia (Nota 1e), Sino dos Alpes em
2007 e Perdigão Mato Grosso em 2005 (Nota 1f), no montante total de R$133.737
em 31.12.07 foram reclassificados da rubrica de investimentos para a rubrica de
intangíveis e os ágios referentes às aquisições do negócio de margarinas da
Unilever (nota 1f), da Paraíso Agroindustrial S.A. (nota 1 f), de 51% da Batávia (nota
1 e) e do Incubatório Paraíso (nota 1 f), no montante de R$135.822 em 31.12.07
foram reclassificados da rubrica de diferido para a rubrica de intangíveis nestas
Demonstrações Financeiras.
A autorização para a conclusão destas Demonstrações Financeiras ocorreu na
reunião do Conselho de Administração realizada em 23.03.09.
3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
a) Consolidação: as Demonstrações Financeiras consolidadas incluem as
Demonstrações Financeiras da Companhia e de todas as subsidiárias nas quais a
Companhia detenha o controle, de forma direta ou indireta. Todas as transações e
saldos entre as Companhias foram eliminados na consolidação, bem como os
lucros/prejuízos não realizados decorrentes das negociações entre as
Companhias e a eliminação de seus encargos e tributos. A participação dos
acionistas não controladores está destacada.
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Na elaboração das Demonstrações Financeiras consolidadas, a Companhia
aplicou a nova Deliberação CVM nº 534/08, que aprovou o pronunciamento
técnico CPC 02, de Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de
Demonstrações Contábeis em 29.01.08. De acordo com essa nova deliberação,
a Companhia deve aplicar os seguintes critérios na consolidação de subsidiárias
no exterior:
- Moeda funcional de apresentação: As Demonstrações Financeiras de cada
subsidiária incluída na consolidação da Companhia são preparadas utilizando-se
a moeda do ambiente econômico principal em que ela opera. As Demonstrações
Financeiras das subsidiárias localizadas no exterior são convertidas para Reais
conforme sua moeda funcional;
- Investimentos: Os investimentos em subsidiárias são ajustados pelo método da
equivalência patrimonial. Os demais investimentos são avaliados ao custo de
aquisição deduzido de provisão para desvalorização, quando aplicável. As
Demonstrações Financeiras das controladas no exterior são convertidas para
Reais conforme sua moeda funcional;
- Variação Cambial sobre Investimentos: Os valores dos ganhos e perdas
decorrentes da variação cambial sobre os investimentos nas subsidiárias no
exterior, no montante de R$ 214.323 em 31.12.08 (R$ 84.009 em 31.12.07) estão
reconhecidos na rubrica de receitas ou despesas financeiras na demonstração do
resultado do exercício (vide nota 18).
b) Caixa e equivalentes a caixa: compreende os saldos de caixa, bancos e as
aplicações financeiras de liquidez imediata em fundos de renda fixa e/ou em
títulos cujos vencimentos, quando de sua aquisição, eram iguais ou inferiores há
90 dias (vide nota 4). As aplicações financeiras, por sua própria natureza, já estão
mensuradas a valor justo por meio do resultado.
c) Aplicações financeiras: as aplicações financeiras são ativos financeiros e estão
representadas substancialmente pelas aplicações em títulos de renda fixa,
públicos e privados. São classificados e registrados de acordo com as seguintes
categorias, pelo propósito para os quais foram adquiridos:
(i)
Mantidos para negociação, se originados com o propósito de venda ou
recompra no curto prazo: são registrados inicialmente pelo seu valor
justo e as variações neste, além das variações monetárias e cambiais,
quando aplicável, são contabilizadas diretamente no resultado do
exercício na rubrica de receitas ou despesas financeiras;
(ii)
Mantidos até o vencimento, se a Companhia tem intenção positiva e
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
capacidade de mantê-los até o vencimento: são registrados pelo seu
valor de custo e os juros e as variações monetárias e cambiais, quando
aplicável, são reconhecidos no resultado quando incorridos, na rubrica
de receitas ou despesas financeiras;
(iii)
Disponíveis para venda, que compreendem todos os ativos financeiros
que não se qualificam nas categorias (i) e (ii) acima: são mensurados
inicialmente pelo seu valor justo e as variações neste são contabilizadas
no patrimônio líquido, na rubrica de ajustes de avaliação patrimonial
enquanto o ativo não for realizado, líquidas dos efeitos tributários. Os
juros e as variações monetárias e cambiais, quando aplicável, são
reconhecidos no resultado quando incorridos, na rubrica de receitas ou
despesas financeiras (vide nota 2).
d) Ajuste a valor presente: a Companhia mensurou o ajuste ao valor presente sobre
os saldos em aberto das contas de clientes, outros direitos, fornecedores,
obrigações sociais e tributárias e outras obrigações, assim como aplicou a taxa de
desconto baseada no custo médio ponderado de capital, que reflete a melhor
estimativa da Companhia considerando o valor do dinheiro no tempo e os riscos
específicos para o ativo e o passivo. Tal taxa reflete as avaliações reais do
mercado em que a Companhia atua e correspondia a 10,6% a.a. em 31.12.08
(12,00% a.a. em 31.12. 07).
e) Contas a receber de clientes: são registradas pelo valor faturado ajustado ao valor
presente quando aplicável e, líquidas da provisão para devedores duvidosos. A
provisão para devedores duvidosos contabilizada sobre o contas a receber no
mercado interno é determinada com base na análise dos riscos, na previsão de
sua realização e considerando as perdas históricas sobre o saldo de contas a
receber. Para os clientes do mercado externo, a análise é efetuada
individualmente. A Companhia adota procedimentos e análises para limites de
créditos e, substancialmente, não exige garantias reais de seus clientes. Em caso
de inadimplência, esforços de cobrança são efetuados, incluindo contatos diretos
com os clientes e cobrança através de terceiros. Se esses esforços não surtem
efeito, é considerada a tomada de medidas judiciais e os títulos são
reclassificados para o não circulante, sendo registrada uma provisão para
devedores duvidosos (vide nota 6).
f) Estoques: são avaliados ao custo médio de aquisição ou formação e inferiores
aos valores de mercado ou valor líquido de realização. Provisões para
obsolescência, ajustes a valor de mercado, deteriorados e estoques de baixa
movimentação são registrados quando necessário (vide nota 7).
g) Impostos e contribuições sobre o lucro: no Brasil compreende o imposto de renda
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
(IRPJ) e a contribuição social sobre o lucro (CSLL), que são calculados com base
no lucro tributável, de acordo com a legislação e alíquotas vigentes. Os resultados
apurados nas subsidiárias do exterior estão sujeitos à tributação naqueles países,
de acordo com alíquotas e normas locais (vide nota 9).
Impostos diferidos representam os créditos e débitos sobre prejuízos fiscais de
IRPJ e bases negativas de CSLL, bem como diferenças temporárias entre a base
fiscal e a contábil. Os ativos e passivos de impostos e contribuições diferidos são
classificados no circulante ou não circulante conforme a expectativa de sua
realização. Quando a probabilidade futura de não utilização desses créditos for
provável é feita uma provisão para não recuperação desses impostos diferidos.
h) Investimentos: em companhias no Brasil e no exterior, são avaliados pelo método
de equivalência patrimonial, acrescido dos ágios. Os demais investimentos são
avaliados pelo custo de aquisição, reduzidos a valor de mercado quando aplicável
(vide nota 10).
i) Imobilizado: demonstrado pelo custo de aquisição ou construção, corrigido
monetariamente até 31.12.95, e reajustado por reavaliações, tendo ocorridas em
1989, 1990 e 1995, com base em relatórios de avaliação emitidos por especialistas
independentes, menos a correspondente depreciação acumulada. As reservas de
reavaliações correspondentes já foram integralmente realizadas em exercícios
anteriores. Conforme Deliberação nº 193/1996 e Ofício 01/2007 emitidos pela
CVM, a Companhia tem capitalizado os juros incorridos com o financiamento da
construção de determinados ativos fixos. A depreciação é calculada com base nas
taxas médias ponderadas e a exaustão com base na efetiva utilização, e registrada
no resultado (vide nota 11).
Os plantéis de matrizes são classificados como imobilizado e durante o período de
formação de aproximadamente seis meses são alocados os custos com mão-deobra, ração e medicamentos. Após o período de formação, os plantéis de matrizes
passam a ser depreciados durante o seu ciclo produtivo, com base no número
estimado de ovos e crias de aproximadamente quinze meses para as aves e de
trinta meses para os suínos.
A Lei nº 11.638/07 e a MP nº 449/08, requerem que seja realizada avaliação da
recuperabilidade de todos os itens integrantes deste subgrupo sempre que houver
indício de perda, visto que nenhum item deve permanecer registrado no
imobilizado por valor maior que o valor de realização, seja pela venda ou pelo uso
(dos dois o maior). A Companhia avaliou os itens do ativo imobilizado e não
identificou perdas a serem registradas por valor realizável menor do que o valor
contábil.
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
j) Intangível: os ativos intangíveis são bens incorpóreos, separáveis ou resultantes de
direitos contratuais ou de outros direitos legais. A Companhia registra neste
subgrupo o ágio por expectativa de rentabilidade futura. Os ágios fundamentados
em expectativa de rentabilidade futura foram amortizados no prazo, extensão e
proporção dos resultados projetados em até 10 (dez) anos até 31.12.08 e a partir
de 01.01.09 não serão mais amortizados devendo apenas ser submetidos a teste
anual para análise de perda do seu valor recuperável conforme Pronunciamento
Técnico CPC 01 (vide nota 12) e a partir de 01.01.09, não haverá mais
capitalizações nesta rubrica e os gastos existentes serão submetidos a teste de
recuperabilidade sempre que houver indício de perda conforme CPC01.
A recuperabilidade dos ágios foi avaliada para o exercício de 2008 em bases
consolidadas, forma pela qual o tomador de decisão revisa o total de ativos da
Companhia. Como resultado, não foi identificada necessidade de constituição de
provisão sobre estes valores.
k) Diferido: está representado por gastos incorridos durante o período de
desenvolvimento, construção e implantação de projetos que beneficiarão
exercícios futuros, amortizados ao resultado no período de tempo estimado em
que esses projetos contribuam para a formação do resultado da Companhia (vide
nota 13) e a partir de 01.01.09, não haverá mais capitalizações nesta rubrica e os
gastos existentes serão submetidos a teste de recuperabilidade sempre que
houver indício de perda conforme CPC01.
l) Provisão para contingências: são reconhecidas nas Demonstrações Financeiras
quando, baseado na opinião dos Assessores Jurídicos e da Administração, for
considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com
uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os
montantes envolvidos forem mensuráveis com razoável segurança. Os saldos de
provisões para contingências estão sendo apresentados líquidos dos valores
depositados judicialmente nos processos correspondentes (vide nota 15 a).
m) Arrendamento mercantil: as operações de arrendamento mercantil, cujos riscos e
benefícios inerentes a propriedade são substancialmente transferidos, são
classificadas como arrendamento financeiro. Se não houver transferência
significativa dos riscos e benefícios inerentes a propriedade, as operações são
classificadas como arrendamentos operacionais.
Os contratos de arrendamento mercantil financeiro são reconhecidos no
imobilizado e no passivo pelo menor valor entre o valor presente das parcelas
mínimas obrigatórias do contrato ou valor justo do ativo, acrescidos, quando
aplicável, dos custos iniciais diretos incorridos na transação. Os montantes
registrados no ativo imobilizado são depreciados e os juros implícitos no passivo
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
são apropriados ao resultado de acordo com a duração do contrato. Os contratos
de arrendamento mercantil operacional são reconhecidos como despesa ao longo
do período do arrendamento (vide nota 23).
n) Passivos financeiros derivativos mensurados a valor justo: são instrumentos
derivativos financeiros ativamente negociados em mercados organizados, e seu
valor justo é determinado com base nos valores cotados no mercado na data de
fechamento de balanço. Estes instrumentos financeiros são designados no
reconhecimento inicial ao valor justo, classificados como empréstimos com
contrapartida no resultado nas rubricas de receitas ou despesas financeiras,
de hedge de fluxo de caixa, que são registrados no patrimônio líquido pelo
montante líquido dos efeitos tributários.
Operações de hedge são instrumentos financeiros derivativos utilizados para
proteger exposições a risco ou para modificar as características de ativos e
passivos financeiros, compromissos firmes não reconhecidos, transações
altamente prováveis ou investimentos líquidos em operações no exterior, e que
sejam: (i) altamente correlacionadas no que se refere às alterações no seu valor de
mercado em relação ao valor de mercado do item que estiver sendo protegido,
tanto no início quanto ao longo da vida do contrato (efetividade entre 80% e 125%);
(ii) possuir identificação documental da operação, do risco objeto de hedge, do
processo de gerenciamento de risco e da metodologia utilizada na avaliação da
efetividade; e (iii) considerados efetivos na redução do risco associado à exposição
a ser protegida. Sua contabilização segue o Pronunciamento Técnico nº 14 do
CPC, que possibilita a aplicação da metodologia de contabilidade de proteção
(Hedge Accounting) com efeito da mensuração do valor justo no Patrimônio
Líquido. A Companhia optou por aplicar essa metodologia em 31.12.08 para suas
operações de hedge que atendiam aos critérios descritos acima (vide nota 17 e).
o) Ativos e passivos atuariais sobre benefícios a empregados: a Companhia e suas
controladas reconhecem ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a
empregados de acordo com os critérios previsto na Deliberação CVM nº 371. Os
ganhos e perdas atuariais são reconhecidos como receita ou despesa, tendo como
base em relatório atuarial elaborado por especialistas independentes.
As contribuições efetuadas pelas patrocinadoras são reconhecidas como despesa
do exercício.
p) Apuração do resultado: o resultado das operações é apurado em conformidade
com o regime contábil de competência do exercício.
q) Receita de vendas: são reconhecidas quando a titularidade e os riscos inerentes
ao produto são transferidos para o cliente, quando o preço de venda é fixo e
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
determinável, quando existe clara evidência de contrato de venda e quando a
cobrança está razoavelmente assegurada. Uma receita não é reconhecida se há
uma incerteza significativa de sua realização.
r) Participação dos funcionários e administradores nos lucros: os funcionários têm
direito a uma participação nos lucros com base em determinadas metas acordadas
anualmente, e os administradores com base nas disposições estatutárias e
aprovação pelo Conselho de Administração. O montante da participação é
reconhecido no resultado do período em que as metas são atingidas (vide nota
21).
s) Custo de embarque e manuseio: os custos incorridos relativos aos produtos ainda
não vendidos são reconhecidos como despesas antecipadas, sendo apropriados
como despesas de vendas quando a mercadoria é efetivamente entregue ao
cliente, e a respectiva receita reconhecida no resultado. As despesas de embarque
e manuseio totalizaram R$1.216.635 (R$796.817 em 2007).
t) Despesas de publicidade e promoções: são reconhecidas quando incorridas e
totalizaram R$146.526 (R$112.905 em 2007).
u) Pesquisa e desenvolvimento (P&D): consiste principalmente em gastos com
pesquisas internas e desenvovimento de novos produtos, reconhecidas quando
incorridas nas demonstrações de resultados. O total de gastos com P&D foi de
R$16.941 (R$10.661 em 2007).
v) Lucro por ação: calculado com base nas ações em circulação na data do balanço.
w) Juros sobre capital próprio: os juros sobre capital próprio recebidos e/ou
pagos/provisionados são contabilizados como receita e despesa financeira,
respectivamente. Para efeito de apresentação das Demonstrações Financeiras
consolidadas, por se tratar em essência de dividendos, foram reclassificados para
as contas de investimentos e lucro/prejuízos acumulados respectivamente, não
produzindo efeito no resultado, exceto pelos impactos fiscais reconhecidos na
rubrica Imposto de Renda e Contribuição social. Os juros pagos/provisionados são
calculados dentro dos limites estabelecidos pela Lei 9.249/98 com base na
aplicação da taxa de juros de longo prazo – TJLP sobre o patrimônio líquido, e são
pagos em substituição ou complemento ao dividendo previsto no Estatuto Social
da Companhia.
x) Investimentos em prevenção de danos ao meio ambiente: os gastos relacionados
ao atendimento de regulamentos ambientais são considerados como custo de
produção ou capitalizados quando incorridos. Na avaliação da Administração, a
provisão para perdas relativas a questões ambientais constituída atualmente é
28
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
suficiente para cobrir estes gastos.
y) Subvenções e incentivos fiscais: a Companhia possui subvenções de ICMS para
investimentos concedidos pelos governos estaduais, principalmente dos estados
de Santa Catarina, Goiás, Pernambuco, Mato Grosso, São Paulo e Bahia. Esses
incentivos fiscais estão diretamente ligados à construção de unidades produtivas,
geração de empregos e desenvolvimento social e econômico nos respectivos
estados, sendo contabilizados diretamente ao resultado como outros resultados
operacionais.
z) Conversão em moeda estrangeira: conforme mencionado no item a), os saldos de
ativos e passivos das subsidiárias estrangeiras são convertidos para Reais
utilizando-se as taxas de câmbio em vigor na data fechamento do balanço e todas
as contas de resultado são convertidos pelas taxas médias mensais em vigor.
As taxas de câmbio em Reais em vigor na data dos balanços convertidos, foram as
seguintes:
Taxa final
Dólar dos EUA (US$)
Euro (€)
Libra Esterlina (£)
31.12.08
2,3370
3,2382
3,4151
31.12.07
1,7713
2,6086
3,5610
Taxa média
Dólar dos EUA (US$)
Euro (€)
Libra Esterlina (£)
2,3944
3,2317
3,5571
1,7860
2,6021
3,6034
aa)
Uso de estimativas: na preparação das Demonstrações Financeiras de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a Companhia faz certas estimativas
e pressupostos que afetam os valores dos ativos e passivos constantes do
balanço, e os valores das receitas, custos e despesas para os exercícios
apresentados. Embora estas estimativas estejam baseadas no melhor
conhecimento por parte da Administração, os resultados reais podem diferir destas
estimativas. A Companhia revisa as premissas utilizadas em suas estimativas
contábeis, pelo menos anualmente.
29
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
4. CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA
Controladora
2008
2007
Em moeda nacional:
Caixa e bancos
Aplicações de liquidez imediata
Consolidado
2008
2007
14.878
3.700
594.011
52.533
66.531
44.900
669.352
119.304
18.578
646.544
111.431
788.656
8.275
2.735
-
421.854
700.170
70.321
249.051
11.010
-
1.122.024
319.372
29.588
646.544
1.233.455
1.108.028
(*)
Em moedas estrangeiras :
Caixa e bancos
Aplicações de liquidez imediata
(*) Valores denominados principalmente em dólar norte-americano.
As aplicações financeiras em moeda nacional referem-se substancialmente a
Certificados de Depósito Bancário (“CDB”) e Fundos de Investimento, remunerados
à taxa do Certificado de Depósito Interbancário (“CDI”).
As aplicações financeiras em moeda estrangeira referem-se principalmente a
Overnight e Time Deposit, remunerados à taxa pré-fixada, Certificado de Depósito
interbancário (“CDI”).
5. APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Certificados de
Depósito
Bancários – CDB
Títulos de
capitalização
Títulos do Tesouro
Brasileiro
Vencimentos
PMPV
(*)
De Março de 2009 á
Dezembro de 2011
De março a
novembro de 2009
De junho a outubro
de 2009
Controladora
Consolidado
2008
2007
2008
2007
1,6
42.010
591.806
660.144
663.931
0,6
263
-
263
-
0,8
Circulante
Não circulante
(*) Prazo médio ponderado de vencimento em anos.
-
-
82.297
64.989
42.273
591.806
742.704
728.920
42.118
591.806
742.549
665.628
155
-
155
63.292
As aplicações em Certificados de Depósito Bancário (“CDB”) são denominadas em
reais e remuneradas por taxas variáveis de 98% a 106% do Certificado de Depósito
Interbancário (“CDI”).
30
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
As aplicações em Títulos do Tesouro Brasileiro são denominadas em dólar e
remuneradas por taxa média ponderada pré e pós-fixada.
6. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES – CONSOLIDADO
Controladora
Circulante
Contas a receber no país
Contas a receber no exterior
(-) Ajuste a Valor Presente (*)
(-) Provisão para devedores duvidosos
Não circulante
Contas a receber no país
Contas a receber no exterior
(-) Ajuste a Valor Presente (*)
(-) Provisão para devedores duvidosos
Consolidado
2008
2007
2008
2007
286.954
29.026
(4.449)
(3.237)
308.294
-
695.281
705.638
(11.793)
(11.080)
1.378.046
485.137
325.695
(6.894)
803.938
6.203
(2.874)
3.329
-
29.175
2.853
(347)
(20.103)
11.578
28.284
2.158
(18.616)
11.826
(*) vide nota 3 d
As movimentações da provisão para devedores duvidosos são assim demonstradas:
Saldo no início do exercício
Provisão
Aumento (Companhias adquiridas)
Reversão
Saldo no final do exercício
Controladora
2008
2007
3.148
7.757
(4.794)
6.111
-
31
Consolidado
2008
2007
25.510
18.678
15.478
11.321
7.252
415
(17.057)
(4.904)
31.183
25.510
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
A composição do contas a receber de clientes é a seguinte:
Valores a vencer
Vencidos:
De 01 a 60 dias
De 61 a 120 dias
De 121 a 180 dias
De 181 a 360 dias
Acima de 360 dias
(-) Ajuste a Valor Presente (*)
(-) Provisão para devedores duvidosos
Controladora
2008
2007
265.239
34.632
12.255
3.290
564
6.203
(4.449)
(6.111)
311.623
Consolidado
2008
2007
975.180
743.046
-
288.171
116.925
19.129
5.356
28.186
(12.140)
(31.183)
1.389.624
65.051
551
502
1.417
30.707
(25.510)
815.764
(*) vide nota 3 d
7. ESTOQUES
Produtos acabados
Produtos em elaboração
Matérias-primas
Animais em formação para abate
Materiais secundários e embalagens
Adiantamentos a fornecedores e
importações em andamento
Controladora
31.12.08
31.12.07
122.340
11.856
32.144
52.779
61.563
5.878
286.560
-
Consolidado
31.12.08
31.12.07
903.258
277.887
41.082
31.942
116.457
109.057
390.183
294.503
214.322
131.630
23.693
1.688.995
20.128
865.147
A elevação nos estoques em 95,2% refere-se, principalmente, à inclusão dos
negócios das empresas adquiridas (Eleva, Plusfood e Cotochés).
32
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
8. IMPOSTOS A RECUPERAR
ICMS
Imposto de renda e contribuição social
PIS/COFINS
Imposto de importação
IPI
Outros
Circulante
Não circulante
Controladora
2008
2007
70.096
62.325
34.849
315.100
731
448.252
34.849
Consolidado
2008
2007
203.149
82.035
131.429
63.193
358.990
21.549
25.043
33.277
3.286
7.167
1.930
685
723.827
207.906
337.231
111.021
576.337
147.490
34.849
-
174.402
33.504
ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços:
Em decorrência de sua atividade exportadora, vendas no mercado doméstico
sujeitas a alíquotas reduzidas e de investimentos em imobilizado, a Companhia
acumula créditos que são compensados com débitos gerados nas vendas no
mercado doméstico ou transferidos a terceiros.
A Companhia obteve, em fevereiro de 2007, decisão transitada em julgado no STJ
assegurando a manutenção do crédito de ICMS a recuperar no Estado do Rio de
Janeiro sobre a diferença de alíquotas, que corresponde ao montante de R$30.187,
já reconhecido nos registros contábeis e, também, o direito à totalidade da correção
monetária sobre os créditos, cuja melhor estimativa conforme revisão de valores em
31.12.07 é de aproximadamente R$33.000, não reconhecido nas Demonstrações
Financeiras. A Administração somente irá reconhecer o crédito correspondente à
correção monetária mediante a sua efetiva realização.
A Companhia possui crédito de ICMS no Estado do Mato Grosso do Sul no montante
de R$21.230. A Companhia entende que a realização deste crédito é duvidosa e,
portanto constituiu provisão integral para perda desses créditos no ativo não
circulante.
Imposto de renda e contribuição social:
Corresponde a retenções na fonte sobre aplicações financeiras e sobre o
recebimento de juros sobre o capital próprio pela controladora, que são compensados
com tributos federais.
33
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
PIS / COFINS
O PIS e a COFINS a recuperar sobre aquisições de insumos decorrem,
basicamente, de créditos sobre compras de matérias-primas utilizadas em produtos
exportados, venda de produtos tributados à alíquota zero, tais como de leite UHT e
pasteurizado e vendas para Zona Franca de Manaus. A realização desses créditos
pode ser efetuada por meio de compensação com operações de venda no mercado
interno de produtos tributados, com outros tributos federais ou pedidos de
ressarcimento.
A Companhia possui crédito de R$171.498 advindos da incorporada Eleva Alimentos
S.A., para os quais existe medida judicial visando acelerar o processo de análise dos
Pedidos de Ressarcimento destas contribuições já protocolados, as quais se
encontram sob fiscalização para liberação de novos valores. Deste total a
Companhia obteve despacho decisório no montante de R$32.246 durante o
exercício de 2008, e espera receber este recurso proporcional às exportações e
vendas tributadas à alíquota zero. A Companhia tem a expectativa de que os
créditos remanescentes receberão o mesmo tratamento e serão ressarcidos.
A Administração da Companhia vem realizando estudos para o desenvolvimento de
planos que permitam a utilização dos demais créditos nas operações e não há
expectativa de perdas na sua realização.
34
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
9. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
a)
Conciliação do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro:
Controladora
2008
2007
Resultado antes do imposto de renda, contribuição
social e participações
Alíquota nominal
Despesa à alíquota nominal
Ajustes dos impostos e contribuição sobre:
Participações estatutárias
Juros sobre capital próprio
Resultado de investimentos em controladas
Diferença de alíquotas sobre resultados no
exterior
Incentivos fiscais
Plano Verão
Ajuste IR e CS sobre amortização de ágio
Reversão de provisão para realização de imposto
de renda e contribuição social
Outros ajustes
Despesa (receita) efetiva
Imposto corrente
Imposto diferido
Consolidado
2008
2007
(54.117)
34%
18.400
334.978
34%
(113.893)
(183.686)
34%
62.453
383.762
34%
(130.479)
4.149
25.981
90.543
2.959
101.653
4.895
27.749
72.870
8.606
34.068
(28.563)
4.006
-
100.967
845
(14.761)
48.074
9.229
81
-
678
143.757
(88)
(9.369)
317
255.335
26.139
765
(32.080)
(19.835)
163.592
(6.516)
(2.853)
(43.335)
298.670
(46.305)
14.225
A composição do lucro tributável e dos impostos vindos das subsidiárias no exterior está
demonstrada a seguir:
2008
2007
Lucro tributável das subsidiárias no exterior
191.569
164.568
Imposto corrente de subsidiárias no exterior
Imposto diferido de subsidiárias no exterior
35.568
-
(2.386)
(5.493)
35
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
b) Composição do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro
diferidos:
Prejuízos fiscais de IRPJ
Base de cálculo negativa de CSLL
Diferenças temporárias:
Provisões para contingências
IRPJ e CSLL sobre amortização de ágio
Lucro gerado em controlada no exterior (*)
Tributos com exigibilidade suspensa
Perda não realizada de derivativos
Depreciação incentivada não tributada
Ajuste regime tributário de transição RTT
Outras diferenças temporárias
Ativo circulante
Ativo não circulante
Passivo não circulante
Controladora
2008
2007
105.812
4.601
38.134
1.690
Consolidado
2008
2007
210.952
39.658
75.472
13.607
61.520
10.595
25
(49.575)
3.573
170.084
25
176
6.492
111.236
45.521
10.595
- (29.388)
9.549
11.223
9.734
2.412
(68.850)
15.987
7.029
1
381.704
83.034
5.728
213.931
(49.575)
6.467
25
-
127.262
35.335
323.399
77.870
(68.957) (30.171)
(*) Por decisão da Administração da Companhia em 30.11.08, os lucros gerados na subsidiária integral Crossban Holding GMBH
não será distribuído e, portanto, o imposto de renda referente a tal distribuição que vinha sendo provisionado foi integralmente
estornado.
As declarações de impostos no Brasil estão sujeitas à revisão pelas autoridades
fiscais por um período de cinco anos da data da declaração. A Companhia pode estar
sujeita à cobrança adicional de tributos, multas e juros em decorrência dessas
revisões. Os resultados apurados na Crossban Holdings GMBH e outras subsidiárias
do exterior estão sujeitos à tributação naqueles países de acordo com as alíquotas e
normas locais.
c)
Período estimado de realização:
A Administração da Companhia tem expectativa de que os créditos fiscais diferidos
ativos, constituídos sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social,
deverão ser realizados conforme demonstrado abaixo:
Ano
Circulante (até 31.12.09)
2010
2011
2012 em diante
Valor
117.971
23.157
28.914
116.382
286.424
36
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Os créditos tributários constituídos sobre as provisões para contingências deverão ser
realizados à medida que os processos tenham decisão final e, portanto, não possuem
prazo estimado de realização, estando desta forma, classificados no não circulante.
10.
INVESTIMENTOS
a) Movimentação dos investimentos em Controladas Diretas – Controladora
Eleva
Perdigão
Agroindus Alimentos
-trial S.A.
S.A.
1.933.528
Capital social integralizado
232.832
Lucro do exercício
2.857.666
Patrimônio líquido da investida
Participação societária da Perdigão
2.857.666
S.A.
1.939.451
Investimento antes da equivalência
Aquisição/incorporação de empresas
719.028
Aumento de capital
Dividendos e juros sobre capital
próprio
Resultado de investimentos em
199.187
controladas
Ajuste de avaliação patrimonial –
(33.607)
vide nota 17
Acervo líquido incorporado –
(38)
cisão
Subvenções e incentivos fiscais –
vide nota 3 y
232.832
Equivalência Patrimonial (*)
(*) Resultado da Subsidiária Eleva até 30.04.08.
PSA
PDF
Participa Participa- Perdigão
Export
-ções
ções
Ltd.
Ltda.
Ltda.
Total
2008
2007
-
-
-
3.176
1.079
-
23
-
3.597
-
108
(210)
-
-
- 2.857.774 1.939.241
- 1.939.241 1.297.259
3.597
719.028
434.500
-
-
-
-
-
(91.498)
(3.597)
318
-
-
195.908
298.910
-
-
-
-
(33.607)
-
-
-
-
-
(38)
-
(3.597)
318
-
-
229.553
27.145
271.835
b) Composição dos investimentos
Controladora
Investimento em controlada direta
Consolidado
2008
2007
2008
2007
2.857.774
1.939.241
-
-
-
69.238
-
-
577
8
1.028
1.020
2.858.351
2.008.487
1.028
1.020
Adiantamento para Futuro Aumento de Capital
Outros investimentos
37
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
11.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
IMOBILIZADO
Posição patrimonial em 31.12.08:
Controladora
Taxa anual
de deprec.
(%) – média
ponderada
Edificações e benfeitorias
Máquinas e equipamentos
Instalações elétricas e hidráulicas
Florestas e reflorestamentos
Outros
Terrenos
Plantéis de matrizes
Imobilizações em andamento
Adiantamentos a fornecedores
4
11
10
3
12
(*)
-
Custo
305.584
574.058
89.872
13.815
27.313
47.260
37.677
94.504
24.910
1.214.993
Depreciação
acumulada
(143.772)
(358.018)
(41.658)
(5.400)
(15.862)
(7.827)
(572.537)
Residual
161.812
216.040
48.214
8.415
11.451
47.260
29.850
94.504
24.910
642.456
(*) Depreciado com base no ciclo reprodutivo de aves (15 meses) e suínos (30 meses).
Posição patrimonial em 31.12.08:
Consolidado
Taxa anual de
deprec. (%) –
média
ponderada
Edificações e benfeitorias
Máquinas e equipamentos
Instalações elétricas e hidráulicas
Florestas e reflorestamentos
Outros
Terrenos
Plantéis de matrizes
Imobilizações em andamento
Adiantamentos a fornecedores
4
11
10
3
12
(*)
-
Depreciação
Custo
acumulada
1.404.537
(428.909)
(994.094)
2.091.183
242.179
(96.682)
70.304
(16.716)
80.225
(40.240)
166.866
199.258
(40.412)
250.489
30.470
4.535.511
(1.617.053)
(*) Depreciado com base no ciclo reprodutivo de aves (15 meses) e suínos (30 meses).
38
Residual
975.628
1.097.089
145.497
53.588
39.985
166.866
158.846
250.489
30.470
2.918.458
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Posição patrimonial em 31.12.07:
Consolidado
Taxa anual de
deprec. (%) –
média
ponderada
Edificações e benfeitorias
Máquinas e equipamentos
Instalações elétricas e hidráulicas
Florestas e reflorestamentos
Outros
Terrenos
Plantéis de matrizes
Imobilizações em andamento
Adiantamentos a fornecedores
4
11
10
3
12
(*)
-
Custo
1.016.209
1.399.712
123.459
48.958
39.615
121.501
138.045
110.955
16.109
3.014.563
Depreciação
acumulada
(242.530)
(534.439)
(43.155)
(11.948)
(17.000)
(28.573)
(877.645)
Residual
773.679
865.273
80.304
37.010
22.615
121.501
109.472
110.955
16.109
2.136.918
(*) Depreciado com base no ciclo reprodutivo de aves (15 meses) e suínos (30 meses).
A movimentação do custo no consolidado é assim demonstrada:
Saldo em
31.12.07 Adições
Edificações e
benfeitorias
Máquinas e
equipamentos
Instalações elétricas e
hidráulicas
Florestas e
reflorestamentos
Aquisições
Arrend.
(*) Mercantil
Baixas
Transferências
Variação
Cambial
Saldo em
31.12.08
1.016.209
4.527
373.877
- (126.850)
132.588
4.186
1.404.537
1.399.712
50.633
610.577
17.419 (188.064)
190.269
10.637
2.091.183
123.459
12.472
82.973
- (11.381)
34.602
54
242.179
48.958
1.607
6.516
-
(411)
13.634
-
70.304
39.615
6.284
29.720
-
(5.477)
8.164
1.919
80.225
Terrenos
121.501
948
88.453
4.898
100
166.866
Plantéis de matrizes
Imobilizações em
andamento (**)
Adiantamentos a
fornecedores
Eliminação na
consolidação
138.045
208.334
72.367
- (49.034)
(219.856
)
368
-
199.258
110.955
538.958
9.427
-
(6.916)
(403.394)
1.459
250.489
16.109
14.643
398
-
(262)
(418)
-
30.470
-
(1.640)
-
-
1.640
(606.611
17.419
)
-
-
-
Outros
3.014.563 836.766
1.274.308
(19.289)
18.355
4.535.511
(*) Refere-se às aquisições da Eleva, Plusfood e Cotochés.
(**) Refere-se, basicamente, a: (i) obras de ampliação dos centros de distribuição localizados em Rio Verde e em São Paulo,
iniciados em maio e julho de 2008, respectivamente; e (ii) aos gastos destinados a construção do complexo Agroindustrial em
Bom Conselho, no Estado de Pernambuco especialmente desenvolvido para o processamento de laticínios e para a
industrialização de embutidos de carnes, além de um centro de distribuição.
No ano a Companhia capitalizou juros de R$13.866 (R$18.066 em 31.12.07) relativos
a construções em andamento. Os juros são capitalizados até o momento da
transferência de imobilizações em andamento para ativo imobilizado em operação,
quando então o ativo começa a ser depreciado.
39
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
12.
INTANGÍVEL
Controladora
Saldo em
31.12.07
Saldos cindidos de
subsidiárias (*)
Saldo em
31.12.08
Ágio - aquisição Eleva
-
1.273.324
1.273.324
Ágio - aquisição Batávia
-
133.163
133.163
Ágio - aquisição Perdigão Mato Grosso
-
7.636
7.636
Ágio - aquisição Cotochés
-
39.590
39.590
-
1.453.713
1.453.713
(*) Conforme descrito na nota 1 g ii, os valores referem-se aos saldos dos ágios cindidos da Perdigão
Agroindustrial S.A. para a Companhia em 31.12.08.
Consolidado
Saldo em
31.12.07
Ágio - aquisição Incubatório
Paraíso Ltda.
Ágio - aquisição - Paraíso
Agroindustrial Ltda.
Ágio - aquisição do negócio
de margarinas
Ágio - aquisição Eleva
Ágio - aquisição Batávia
Ágio - aquisição Perdigão
Mato Grosso
Reclassificações
31.12.08
Adições
Amortizações
Ganho/Perda
conversão
moeda
Saldo em
31.12.08
-
968
-
(312)
-
656
-
21.218
-
(4.467)
-
16.751
-
62.533
-
(13.165)
-
49.368
-
-
1.364.029
(90.705)
-
1.273.324
-
170.764
92
(37.693)
-
133.163
-
8.944
-
(1.308)
-
7.636
Ágio - aquisição Plusfood
Ágio - aquisição Sino dos
Alpes
-
-
19.801
(2.259)
3.652
21.194
-
5.132
-
(1.082)
-
4.050
Ágio - aquisição Cotochés
-
-
41.595
(2.005)
-
39.590
-
269.559
1.425.517
(152.996)
3.652
1.545.732
13.
DIFERIDO
Posição patrimonial em 31.12.08:
Controladora
Taxa média
ponderada
anual de
amort. (%)
Gastos pré-operacionais
Desenvolvimento de sistemas e métodos
Gastos com reorganização
16
26
20
40
Custo
1.786
16.249
3.494
21.529
Amortização
(1.616)
(6.450)
(1.810)
(9.876)
Valor
líquido
170
9.799
1.684
11.653
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Posição patrimonial em 31.12.08:
Consolidado
Taxa média
ponderada
anual de
amort. (%)
Gastos pré-operacionais (**)
Desenvolvimento de sistemas e métodos
(***)
Gastos com reorganização
Custo
Amortização
Valor
líquido
16
146.114
(58.757)
87.357
26
20
83.509
47.433
277.056
(16.794)
(29.453)
(105.004)
66.715
17.980
172.052
(**) Refere-se, substancialmente, aos projetos relacionados às plantas Rio Verde, Mineiros e Bom Conselho.
(***) Refere-se, substancialmente, a projetos relacionados a adequação de sistemas e controles de companhias
adquiridas.
Posição patrimonial em 31.12.07:
Consolidado
Taxa média
ponderada
anual de
amort. (%)
(*)
Gastos pré-operacionais
Desenvolvimento de sistemas e
métodos
Gastos com reorganização
Custo
Amortização
Valor
líquido
18
91.725
(33.677)
58.048
22
24
38.847
47.619
(11.021)
(20.205)
27.826
27.414
178.191
(64.903)
113.288
(*) Refere-se, substancialmente, aos projetos relacionados às plantas de Rio Verde e Mineiros.
41
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
14.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE
Controladora
Encargos
(% a.a.)
Linha / Credor
Moeda nacional
(R$):
Taxa média
ponderada
de juros
(a.a.)
Prazo
médio
ponderado
de vencim.
(anos)
Circulante
Não
circulante
Saldo
2008
Saldo
2007
6,75%
6,75%
0,5
78.542
-
78.542
-
FINEM - BNDES
TJLP + 2,18%
8,42%
3,7
5.350
162.515
167.865
-
Incentivos fiscais
e outros
TJLP / TAXA
FIXA / IGPM /
TR / CDI +
7,65%
12,03%
1,5
170.052
107.221
277.273
-
%CDI vs TR
%CDI vs TR
0,6
78
-
78
-
254.022
269.736
523.758
-
Crédito rural
Saldo líquido de
SWAP (vide
nota 17 d)
Total moeda
nacional
Moeda
estrangeira:
Adiantamentos
de contratos
de câmbio
ACC's e ACE's
(US$)
4,04% + v.c.
(US$)
4,04% + v.c.
(US$)
0,1
202.594
-
202.594
-
Linhas de crédito
(US$)
5,55% +
v.c.(US$ e
outras moedas)
4,46% +
v.c.(US$ e
outras
moedas)
2,1
56.762
176.238
233.000
-
Pré-pagamento
de exportações
(US$)
LIBOR + 2,45%
+ v.c.(US$)
4,26% +
v.c.(US$)
2,5
209.422
410.798
620.220
-
FINEM - BNDES
(US$ e cesta
de moedas)
UMBNDES +
2,40% + v.c.
(US$ e outras
moedas)
3,8
837
22.251
23.088
-
Saldo líquido de
SWAP (vide
nota 17 d)
%CDI vs v.c.
(US$ e outras
moedas) Taxas
pré / LIBOR
2,6
(2.995)
-
(2.995)
-
Total moeda estrangeira
466.620
609.287
1.075.907
-
Total do endividamento
720.642
879.023
1.599.665
-
6,85% + v.c.
(US$ e outras
moedas)
%CDI vs v.c.
(US$ e outras
moedas)
Taxas pré /
LIBOR
42
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Consolidado
Encargos
(% a.a.)
Taxa média
ponderada
de juros
(a.a.)
Prazo
médio
ponderado
de vencim.
(anos)
Crédito rural
6,75% (7,37%
em 31.12.07)
6,75% (7,37%
em 31.12.07)
FINEM - BNDES
TJLP + 2,35%
(TJLP + 2,55%
em 31.12.07)
Linha / Credor
Moeda nacional
(R$):
Debêntures BNDES
Incentivos fiscais
e outros
Saldo líquido de
SWAP (vide
nota 17 d)
Circulante
Não
circulante
Saldo
2008
Saldo
2007
0,5
220.272
-
220.272
135.153
8,59% (8,8%
em 31.12.07)
3,4
45.427
492.825
538.252
186.498
TJLP + 6,00%(
TJLP + 6,00%
em 31.12.07)
TJLP / TAXA
FIXA / IGPM /
TR +5,15%
(TAXA FIXA /
IGPM / TR
+5,83% em
31.12.07)
12,25%
(12,25% em
31.12.07)
1,2
4.185
2.076
6.261
10.405
11,26%
(7,92% em
31.12.07)
2,6
190.159
273.125
463.284
288.003
% CDI vs TR
% CDI vs TR
0,6
Total moeda nacional
Moeda
estrangeira:
Adiantamentos
de contratos
de câmbio
ACC's e ACE's
(US$)
Capital de giro
(US$)
Linhas de crédito
comerciais
(US$)
Pré-pagamento
de exportações
(US$)
FINEM - BNDES
(US$ e cesta
de moedas)
Saldo líquido de
SWAP (vide
nota 17 d)
-
78
460.121
768.026
78
1.228.147
620.059
6,06% + v.c.
(US$) (5,17% +
v.c. (US$) em
31.12.07)
6,06% + v.c.
(US$) (5,17%
+ v.c. (US$)
em 31.12.07)
0,3
443.674
-
443.674
494.936
EURIBOR +
1,20%
LIBOR + 2,47%
/ Taxa fixa
(LIBOR + 1,10%
em 31.12.07) +
v.c. (US$ e
outras moedas)
LIBOR / Taxa
fixa CDI +
3,17% (LIBOR
+0,91% em
31.12.07) +
v.c.(US$)
UMBNDES +
2,52%
(UMBNDES +
2,71% em
31.12.07) + v.c.
(US$ e outras
moedas)
6,66% + v.c.
(US$)
1,0
49.605
-
49.605
-
4,46% (5,70%
em 31.12.07)
+ v.c. (US$ e
outras
moedas)
3,1
239.826
1.631.837
1.871.663
469.563
4,98% (5,50%
em 31.12.07)
+ v.c.(US$)
2,7
375.400
1.246.925
1.622.325
646.919
6,97% (9,17%
em 31.12.07)
+ v.c. (US$ e
outras
moedas)
3,3
10.357
72.904
83.261
27.289
%CDI vs v.c.
(US$ e outras
moedas)
%CDI vs v.c.
(US$ e outras
moedas)
2,1
67.423
-
67.423
7.097
Total moeda estrangeira
1.186.285
2.951.666
4.137.951
1.645.804
Total do endividamento
1.646.406
3.719.692
5.366.098
2.265.863
43
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Financiamento de crédito rural: as empresas Perdigão S.A., Perdigão Agroindustrial
e Avipal NE possuem linhas de crédito rural com diversos bancos comerciais que, de
acordo com um programa do Governo Federal, oferecem empréstimos como um
incentivo às atividades rurais. Os vencimentos são até dezembro de 2009, com
liquidação de principal e juros em parcela única ao final do contrato. Os recursos
provenientes dessa linha de financiamento são utilizados como capital de giro.
Capital de Giro: a Perdigão S.A. possui uma NCE (Nota de Crédito de Exportação)
em reais indexada por um percentual do CDI, com vencimento de principal e juros
em abril de 2010 e possui operações de NCE (Nota de Crédito a Exportação) em
reais indexada pela TR com vencimento final em julho de 2009. A Perdigão
Agroindustrial possui uma NCE em reais indexada por um percentual do CDI com
vencimento final em setembro de 2011.
Financiamento a empreendimentos - FINEM junto ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES: a Perdigão S.A. e as subsidiárias
Perdigão Agroindustrial e a Avipal NE possui diversas obrigações em aberto perante
o BNDES. Os empréstimos foram celebrados para aquisição de maquinários,
equipamentos e expansão das instalações produtivas. O principal e os juros dos
empréstimos da modalidade FINEM são pagos em parcelas mensais, com prazos de
vencimento entre janeiro de 2009 a abril de 2015 e são garantidos por penhor de
equipamentos e instalações e hipoteca sobre os imóveis de propriedade da Perdigão
S.A.,Perdigão Agroindustrial e da Avipal NE. Os valores destes empréstimos no
não- circulante estão ligados à cesta de moedas UMBNDES, a qual é composta pelas
moedas em que o BNDES capta empréstimos, e carrega juros à taxa da UMBNDES,
que reflete a flutuação diária das moedas que compõem a cesta.
Debêntures: as debêntures são denominadas em reais e foram emitidas para
aquisição de maquinários, equipamentos e expansão das instalações produtivas. A
Companhia emitiu 81.950 debêntures simples, totalmente integralizadas entre
30.06.98 e 21.11.00, para o BNDES, com valor nominal unitário de R$1 e prazo de
resgate entre 15.06.01 a 15.06.10, tendo sido resgatadas 76.945 debêntures até
31.12.08. As debêntures são pagas em parcelas semestrais, com prazos de
vencimento que variam entre dezembro de 2008 e junho de 2010.
Incentivos fiscais e outros: consiste principalmente em linhas de crédito oferecidas
em financiamentos de ICMS, de incentivo a pesquisa tecnológica, de financiamento
de exportação e de financiamento para aquisição de maquinários, equipamentos e
expansão das instalações produtivas, possui diversas datas de vencimento e de
amortização até 2043, taxas de juros incentivadas e não possui garantias reais.
ACC’s e ACE’s: as operações de adiantamentos de contratos de câmbio (ACC’s)
são obrigações junto a bancos comerciais, com vencimento até fevereiro de 2010,
44
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
cujo principal é liquidado através de exportações de produtos, conforme embarques,
e cujos juros são pagos financeiramente na liquidação do câmbio e são garantidas
pelas próprias mercadorias exportadas. Quando os documentos de exportação são
entregues aos bancos financiadores, essas obrigações passam a ser chamadas de
adiantamentos sobre cambiais entregues (ACE’s) e são definitivamente baixadas
contabilmente apenas quando do pagamento final pelo cliente do exterior. Os
regulamentos do Banco Central permitem que empresas obtenham financiamento
de curto prazo nos termos dos ACC’s com vencimento em até 360 dias a contar da
data de embarque programada das exportações, ou financiamento de curto prazo
nos termos dos ACE’s com vencimento em até 180 dias a contar da data do efetivo
embarque das exportações, em cada caso junto a banco no Brasil, porém
denominados em dólares.
Linhas de crédito comerciais: as subsidiárias Perdigão Internacional Ltd. e Plusfood
Groep B.V. possuem linhas de crédito comerciais denominadas em dólar e o seu
prazo de vencimento varia de janeiro de 2009 a dezembro de 2013, com liquidação
de principal em parcela única no final do contrato e juros com pagamentos semestrais
e anuais. As linhas de crédito comerciais da Perdigão International Ltd. são
indexadas pela Libor (semestral ou anual) acrescida de um spread que totaliza uma
taxa média ponderada de 4,46% ao ano em 31.12.08 e possuem aval da Companhia.
A Perdigão International Ltd. e a Plusfood Groep B.V. utilizam os recursos
provenientes destas linhas de crédito para importar produtos assim como para capital
de giro.
Capital de Giro em US$: a Perdigão S.A. se utiliza de Notas de Crédito a Exportação
como linhas de capital de giro. São denominadas em dólar e podem ser de curto ou
longo prazo com diversas datas de vencimento e de amortização até novembro de
2011.
Pré-pagamento de exportações: a Perdigão S.A. e as subsidiárias Perdigão
Agroindustrial possuem diversas linhas de crédito para pré-pagamento de
exportação com diversos bancos comerciais, denominadas em dólar e o seu prazo
de vencimento varia entre janeiro de 2009 a março de 2013. As linhas de crédito
para pré-pagamento de exportação são indexadas pela Libor de seis e três meses
acrescida de uma margem, com diversas amortizações ao longo do período da
operação e juros com pagamento conforme periodicidade da Libor. Nos termos de
cada uma de tais linhas de crédito, a Perdigão Agroindustrial recebe empréstimo de
um ou mais credores oriundos das exportações dos produtos a clientes no exterior.
Estas operações são garantidas pelas próprias mercadorias exportadas.
45
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
O cronograma de vencimentos do endividamento é como segue:
Controladora Consolidado
720.642
1.646.406
330.989
867.460
267.391
980.387
154.562
1.391.451
63.395
373.205
62.686
107.189
1.599.665
5.366.098
Circulante (até 31.12.09)
2010
2011
2012
2013
2014 a 2043
a) Garantias:
Controladora
Consolidado
2008
2007
2008
2007
1.599.665
-
5.366.098
2.265.863
Garantias por hipoteca de bens:
147.240
-
606.855
260.488
Vinculado ao FINEM-BNDES
139.665
-
570.233
213.220
7.575
-
36.622
47.268
13.595
-
14.546
212
11.028
-
11.967
150
2.567
2.250
-
2.579
2.250
62
-
Saldo de financiamentos
Vinculado a incentivos fiscais e outros
Garantias por alienação fiduciária de bens
adquiridos sob financiamento:
Vinculado ao FINEM-BNDES
Vinculado a incentivos fiscais e outros
Garantias por penhor de mercadoria
b) Covenants:
A Companhia possui contratos de financiamentos de Pré-pagamento de Exportação
em moeda estrangeira com cláusulas de default habituais para estes tipos de
operação e que, se não atendidas, podem fazer com que seus vencimentos sejam
antecipados. Em 31.12.08, todas estas condições foram atingidas pela Companhia.
46
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Cláusulas restritivas (indicadores a serem atingidos)
Dívida líquida sobre patrimônio líquido não superior a 1,5 e sobre EBITDA não
superior a 3,5
Valor do
principal
233.700
Dívida líquida sobre patrimônio líquido não superior a 1,5 e sobre EBITDA não
superior a 3,0
116.850
Passivo total menos patrimônio líquido sobre patrimônio líquido não superior a 2,2,
dívida Líquida sobre EBITDA não superior a 3,5 e EBITDA sobre despesas
Financeiras Líquidas excluindo variação cambial não inferior a 2,00.
70.742
Liquidez corrente mínima de 1,1, passivo total menos patrimônio líquido sobre
patrimônio líquido igual ou menor que 2,2.
15.
46.740
468.032
CONTINGÊNCIAS E COMPROMISSOS – CONSOLIDADO
a) Provisão para contingências passivas
A Companhia e suas controladas estão envolvidas em certos assuntos legais que se
originam do curso normal de seus negócios, que incluem processos cíveis,
administrativos, tributários, previdenciários e trabalhistas.
A Companhia classifica o risco de perda nos processos legais como “remotos”,
“possíveis” ou “prováveis”. A provisão para contingências efetuada em relação a tais
processos é determinada pela Administração da Companhia, com base na análise de
seus assessores jurídicos, e refletem razoavelmente as perdas prováveis estimadas.
A Companhia possui ainda demandas judiciais cujos valores de perda não são
conhecidos ou razoavelmente estimáveis, principalmente na área cível. A Companhia,
por meio de seus assessores jurídicos, monitora o andamento destas demandas e a
probabilidade de perdas destas é possível ou remota.
47
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
I) Contingências com perdas prováveis
A provisão para contingências é assim resumida:
Controladora
Incorporação
de empresas
(*)
Saldo
31.12.07
Adições
(**)
Reversões
(**)
Pagamentos
Atualiz.
Monet.
Saldo
31.12.08
101
90.512
71.025
(77.600)
-
5.268
89.306
Trabalhistas (ii)
Cíveis, comerc. e outras
(iii)
-
24.184
2.134
(1.255)
(3.104)
-
21.959
-
3.842
4.146
(375)
-
-
7.613
(-) Depósitos judiciais
-
(10.647)
(4.990)
843
293
-
(14.501)
107.891
72.315
(78.387)
(2.811)
5.268
104.377
Tributárias (i)
101
(*) Saldo proveniente de incorporação das empresas Cotochés, Batávia e Perdigão Mato Grosso em 31.12.08
(vide nota 1 g ii).
(**) Conforme mencionado na nota 1 c, a Companhia efetuou ajustes para uniformização de prática na subsidiária
Eleva que afetaram sua movimentação de adições e reversões no exercício.
Consolidado
Saldo
31.12.07
Aquisição de
empresas (*)
Adições
(**)
Reversões
(**)
Pagamentos
Atualiz.
Monet.
Saldo
31.12.08
Tributárias (i)
99.491
86.756
90.050
(132.276)
(4.845)
14.043
153.219
Trabalhistas (ii)
Cíveis, comerc. e outras
(iii)
27.788
22.796
27.935
(13.222)
(17.447)
3.773
51.623
9.340
1.520
9.390
(1.526)
(5.110)
686
14.300
(12.259)
(9.631)
(19.881)
8.582
409
-
(32.780)
124.360
101.441
107.494
(138.442)
(26.993)
18.502
186.362
(-) Depósitos judiciais
(*) Saldo proveniente de aquisição da Eleva, Plusfood e Cotochés, conforme notas 1b, 1c e 1d.
(**) Conforme mencionado na nota 1 c, a Companhia efetuou ajustes para uniformização de prática na subsidiária
Eleva que afetaram sua movimentação de adições e reversões no exercício.
IRPJ e CSLL de dedutibilidade integral de prejuízos fiscais
A empresa vem discutindo o tema concernente a compensação integral de prejuízos
fiscais e, embora a jurisprudência de nossos tribunais seja contrária a presente tese,
os processos da Companhia possuem algumas peculiaridades que estão não
diretamente relacionadas à referida tese.
Recentemente, a empresa obteve uma decisão favorável no Conselho de
Contribuintes, no que tange a um desses processos. Essa decisão determinou a
redução da multa aplicada ao caso de 75% (multa de ofício) para 20% (multa de
mora). A própria Receita Federal já iniciou os trâmites para redução do valor exigido.
Essa decisão possibilitou à Companhia reverter a diferença de provisão que
compunha os 75%, acrescidos dos juros respectivos, no montante de R$ 30.070 e
mantendo apenas o valor relativo à multa de mora, em 20% do valor do débito, sem
48
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
aplicação dos juros, no montante de R$1.784 (R$30.044 em 31.12.07).
Majoração de alíquota da COFINS
A Companhia questionou também a majoração de alíquota da COFINS, tendo sua
ação transitado no STF desfavoravelmente. Paralelamente, sobre esse mesmo
assunto existe outra ação de execução fiscal, devidamente garantida pela empresa,
em tramite na Vara de Execuções Fiscais. Não obstante a jurisprudência de nossos
tribunais superiores ser contrária à tese da empresa, em junho deste ano, a
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional revisou a execução fiscal do período
compreendendo as competências de julho e outubro a dezembro de 1999, reduzindo
o débito inscrito de acordo com os argumentos apresentados pela Companhia.
Desta forma, o valor de R$9.542 de provisão foi revertido conforme nova certidão de
dívida emitida pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e o saldo remanescente
provisionado totaliza R$9.472 (R$18.363 em 31.12.07). Recentemente foram
apresentados novos argumentos acerca da inconstitucionalidade dessa majoração
ainda não apreciada pelo STF.
CPMF sobre receitas de exportação
A Companhia registrou também uma contingência no valor de R$27.141 (R$24.847
em 31.12.07) relacionada à ação judicial pleiteando o não recolhimento de CPMF
sobre receitas de exportação, cuja tese ainda não foi apreciada pelos tribunais
superiores. O processo da Companhia encontra-se no TRF da Terceira Região
pendente de julgamento recursal.
Correção monetária dos créditos extemporâneos de ICMS
A Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul lavrou autos de infração para glosar
créditos de ICMS registrados extemporaneamente pela Companhia, com correção
monetária, na aquisição de insumos produtivos, serviços de energia elétrica,
serviços de comunicação e serviços de transporte. Em relação à correção monetária
dos créditos extemporâneos, a jurisprudência é desfavorável ao contribuinte. Os
valores provisionados totalizam o montante de R$23.371.
As demais contingências tributárias provisionadas referem-se principalmente a
processos envolvendo ICMS, PIS/COFINS, INSS, FUNRURAL e SEBRAE, que
juntos totalizam R$75.709 (R$25.837 em 31.12.07). As provisões constituídas
referem-se, principalmente, aos seguintes temas:
ICMS
A Companhia discute principalmente o aproveitamento de créditos de certos
materiais, estando seus processos em primeira ou segunda instância administrativa,
bem como em fase judicial. A jurisprudência vem admitindo o aproveitamento
desses créditos, desde que referidos materiais se consumam ou integrem o produto
final. Os valores provisionados são R$26.842 (R$18.282 em 31.12.07).
49
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
PIS/COFINS
A Companhia vem discutindo administrativamente o aproveitamento de
determinados créditos utilizados na compensação de tributos federais, cujo
montante é de R$27.029 (R$15.084 em 31.12.07).
FUNRURAL
A ação da Companhia encontra-se em segunda instância judicial. A jurisprudência
de nossos tribunais admitiu sua cobrança até o advento das Leis nº 8.212/91 e
8.213/91 incidente sobre a parcela considerada de produção própria de parceiros
integrados cuja retenção e recolhimento eram obrigação da Companhia. Os valores
provisionados são R$6.880 (R$5.487 em 31.12.07).
SEBRAE
A ação da Companhia encontra-se no STF e sua jurisprudência é contrária à tese da
Companhia. Os valores provisionados são R$10.073 (R$10.564 em 31.12.07).
(ii) Trabalhistas:
A Companhia e suas controladas têm 4.512 reclamações trabalhistas individuais em
andamento, totalizando reclamações de R$1.308.095 (2.052 reclamações trabalhistas
individuais totalizando R$700.363 em 31.12.07), principalmente relacionados às
horas extras e ajustes inflacionários dos salários requeridos anteriormente à
introdução do Real, supostas enfermidades alegadamente contraídas em decorrência
do trabalho, acidentes de trabalho em suas fábricas e adicionais diversos. Os
processos trabalhistas concentram-se, em sua maioria, nas primeiras instâncias,
sendo que têm, quase que na totalidade dos julgamentos, decisões pela
improcedência dos pedidos. Nenhum destes processos é isoladamente relevante.
Nos casos envolvendo horas extras, doenças ocupacionais e acidentes de trabalho
eventual condenação da Companhia está sujeita à comprovação fática dessas
situações pelos requerentes. A Companhia constituiu provisão baseada no histórico
passado de pagamentos de contingências de natureza trabalhista com base na média
de pagamentos dos últimos cinco anos e das ações indenizatórias com base na
média de pagamentos dos últimos dois anos e adequou no exercício de 2008 os
procedimentos nas companhias adquiridas. Na opinião da Administração e de seus
assessores legais a provisão é suficiente para fazer face a prováveis perdas.
(iii) Cíveis, comerciais e outras:
As contingências cíveis referem-se principalmente a litígios relacionados com
acidentes de trânsito, prejuízo à propriedade, acidentes físicos e outros. Há 1.090
processos totalizando pedidos de indenizações que montam R$146.143 (786
processos totalizando R$116.254 em 31.12.07) para os quais a provisão para
perdas, quando aplicável, está baseada na opinião da Administração e dos
50
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
assessores jurídicos. Os processos cíveis encontram-se em sua maioria na 1ª
instância, ainda na fase probatória, dependendo da comprovação da ausência ou
não de culpa da Companhia, sem discussão de direito.
II) Contingências com perdas possíveis
A Companhia possui outras contingências de natureza trabalhista, previdenciária,
cível e tributária, cuja expectativa de perda avaliada pela Administração e suportada
pelos assessores jurídicos está classificada como possível.
Os processos de natureza trabalhista, previdenciária e cível totalizam R$119.279
(R$8.835 em 31.12.07).
Os processos de natureza tributária totalizam R$617.723 (R$73.452 em 31.12.07),
sendo os mais relevantes referentes às seguintes matérias:
Lucros auferidos no exterior: Em 03.10.08, a subsidiária Perdigão Agroindustrial S.A.
foi autuada pela Receita Federal do Brasil acerca da suposta falta de recolhimento
de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre os lucros obtidos por subsidiária
estabelecida fora do país, nos exercícios de 2003 e 2004, no montante total de
R$176.756. A classificação da probabilidade de perda desta autuação está baseada
no fato de que a subsidiária no exterior está sujeita a tributação integral no país em
que está constituída e essa determinação está protegida pelo tratado para evitar a
dupla tributação firmado entre o Brasil e a Áustria.
ICMS: A Companhia vem discutindo vários processos relacionados principalmente a
manutenção de créditos sobre produtos com redução na base de cálculo, incidência
sobre algumas mercadorias exportadas, glosa de créditos presumidos e de créditos
extemporâneos com correção monetária.
PIS/COFINS sobre o pagamento de juros sobre o capital próprio: A Companhia está
discutindo judicialmente o não recolhimento de PIS e COFINS sobre o pagamento de
juros sobre o capital próprio referente aos períodos de 2002 a 2007 para o PIS e de
2004 a 2007 para a COFINS no montante de R$38.354 (R$36.337 em 31.12.07), cuja
ação está em primeira instância, sendo que os tribunais brasileiros ainda não
apreciaram esta matéria. Com base na opinião da Administração, suportada pelos
assessores jurídicos, a expectativa de perda sobre este tema é considerada possível,
e, portanto não foi registrada nenhuma provisão.
b) Ativos contingentes
A Companhia instaurou ações reclamando a recuperação de vários impostos pagos
julgados inconstitucionais pela Administração e pelos assessores legais. A
51
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
reclamação mais relevante se refere a créditos-prêmio do IPI. A Companhia
reconhecerá tais ativos somente quando e se a sentença favorável final for obtida.
c) Compromissos contratuais de compras
No curso normal de seus negócios, a Companhia celebra certos contratos com
terceiros para aquisição de serviços e matérias-primas, principalmente milho, farelo
de soja e suínos. Em 31.12.08 esses compromissos firmes de compra totalizavam
R$865.159 (R$512.540 em 31.12.07).
16.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Capital social
Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 08.03.06 foi aprovada
a conversão da totalidade das ações preferenciais da Companhia em ordinárias.
Nesta mesma Assembléia foi aprovado o desdobramento de 200% das ações
integrantes do capital social à razão de 1 (uma) ação para 3 (três) ações,
concedendo duas novas ações para cada ação possuída.
Em 27.10.06, a Companhia, em conjunto com os bancos coordenadores, iniciou a
distribuição pública primária de 32.000.000 (trinta e dois milhões) de suas ações
ordinárias, escriturais, sem valor nominal, correspondentes a 23,96525% do capital
atual, inclusive sob a forma de “American Depositary Shares – ADS’s”,
representadas por “American Depositary Receipts – ADR's”, ao preço de R$25,00
(vinte e cinco reais) por ação ordinária, perfazendo o montante de R$800.000. Em
01.11.06 a Companhia recebeu os recursos provenientes desta oferta.
Em 18.12.07, a Companhia emitiu vinte milhões de novas ações, pelo preço por
ação de R$45,00 (quarenta e cinco reais), perfazendo o total de R$900.000. Em
14.01.08, o Credit Suisse (Brasil) S.A., exerceu parcialmente a opção de subscrição
de um lote suplementar em função da demanda da oferta, com a emissão de mais
744.200 ações, ao mesmo preço, no montante de R$33.489.000 milhões, passando
o capital social para R$2.500.000, representado por 186.701.352 ações ordinárias
escriturais.
Em 21.02.08 o Conselho de Administração aprovou a incorporação de 54% das
ações detidas pelos acionistas da Eleva Alimentos na Perdigão S.A., de acordo com
a relação de troca de 1,74308855 ações da Eleva para uma ação da Companhia, no
montante de vinte milhões de ações emitidas, passando o capital social para
R$3.445.043, representado por 206.958.103 ações ordinárias escriturais.
52
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Em 31.12.08, o capital era composto por 206.958.103 ações ordinárias, escriturais e
sem valor nominal. Investidores estrangeiros detinham 75.620.756 ações
(57.705.181 em 31.12.07), estando incluído neste montante 14.734.426 ações
(5.904.312 ações em 31.12.07) representadas por 7.367.213 ADR’s (2.952.156
ADR’s em 31.12.07).
A Companhia está autorizada a aumentar o capital social, independentemente de
reforma estatutária, até o limite de 250.000.000 de ações ordinárias, escriturais e
sem valor nominal.
b) Ações em tesouraria
A Companhia possui 430.485 ações de sua própria emissão em tesouraria,
adquiridas em exercícios anteriores com recursos oriundos das reservas de lucros, ao
custo médio de R$1,89 (um real e oitenta e nove centavos) por ação, para futura
alienação ou cancelamento.
c) Apropriações do lucro
De acordo com o Estatuto Social da Companhia e a Lei das Sociedades por Ações, a
proposta da Administração para distribuição do lucro líquido, sujeita a ratificação na
Assembléia Geral dos acionistas, é a seguinte:
c.1) Reserva legal: 5% do lucro líquido do exercício, até o limite de 20% do capital
social.
c.2) Dividendos e juros sobre o capital próprio: correspondem a 99,0% (30,8% em
31.12.07) do lucro líquido ajustado pela reserva legal, de acordo com a legislação
vigente.
c.3) Reserva para aumento de capital: 20% do lucro líquido do exercício até o limite
de 20% do capital social.
c.4) Reserva para expansão: destinação do lucro remanescente, baseada nos
investimentos previstos no orçamento de capital.
53
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Considerando os aspectos acima, a proposta da Administração para distribuição do
lucro e composição do saldo das reservas é a seguinte:
Juros sobre capital próprio
Reserva legal
Reserva para aumento de capital
Reserva para expansão
Limite
sobre o
capital
%
20
20
80
Distribuição do lucro
Saldo das reservas
2008
76.415
3.860
(3.070)
2007
100.200
16.280
65.122
144.007
2008
66.201
160.256
505.070
2007
62.340
160.256
508.140
77.206
325.609
731.527
730.736
d) Juros sobre o capital próprio
De acordo com a faculdade prevista na Lei nº 9.249/95, a Companhia calculou juros
sobre o capital próprio com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) vigente no
exercício, no montante de R$76.415 (R$100.200 em 2007), os quais foram
contabilizados em despesas financeiras, conforme requerido pela legislação fiscal.
Para efeito dessas Demonstrações Financeiras, esses juros foram eliminados das
despesas financeiras do exercício e estão sendo apresentados na conta de lucros
acumulados em contrapartida do passivo circulante.
e) Composição do capital
1) Valores mobiliários de titularidade dos Maiores Acionistas, Administradores,
membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal da Perdigão S.A. em
31.12.08 (não auditado por nossos auditores independentes):
Acionistas
(*)
Maiores Acionistas
Administradores:
Conselho Administração/ Diretoria
Conselho Fiscal
Ações em Tesouraria
Outros Acionistas
Ações em circulação no mercado
(*) Acionistas que compõem o acordo de votos.
54
Ações Ordinárias
74.590.177
%
36,04
332.974
430.485
131.604.467
206.958.103
0,16
0,21
63,59
100,00
131.604.467
63,59
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
2) Valores mobiliários de titularidade dos Maiores Acionistas, Administradores,
membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal da Perdigão S.A. em
31.12.07 (não auditado por nossos auditores independentes):
Acionistas
(*)
Maiores Acionistas
Administradores:
Conselho Administração/Diretoria
Conselho Fiscal
Ações em Tesouraria
Outros Acionistas
Ações em circulação no mercado
Ações Ordinárias
77.606.001
%
41,73
307.018
430.485
107.613.648
185.957.152
0,17
0,23
57,87
100,00
107.613.648
57,87
(*) Acionistas que compõem o acordo de votos.
3) A posição acionária dos acionistas controladores que fazem parte do acordo de
votos e/ou detentores de mais de 5% do capital votante em 31.12.08, é como segue:
Acionistas
(1)
Caixa de Previd. dos Func. do Banco do Brasil
(1)
Fundação Petrobrás de Seguridade Social – Petros
(2)
Fundo Bird
Fundação Sistel de Seguridade Social (1)
Fundação Vale do Rio Doce de Seg. Social - Valia (1)
(3)
FPRV1 Sabiá FIM Previdenciário
(1)
Real Grand. Fund. de Prev. Assist. Social
Outros
Ações Ordinárias
29.305.261
24.924.263
15.015.867
8.284.932
7.695.352
2.286.562
2.093.807
89.606.044
117.352.059
206.958.103
%
14,16
12,04
7,26
4,00
3,72
1,10
1,01
43,30
56,70
100,00
(1) Os fundos de pensão são controlados por empregados participantes das respectivas empresas.
(2) Não é parte do acordo de votos assinado pelos Fundos de Pensão, pertence a família Shan Ban Shun.
(3) Fundo de investimento detido exclusivamente pela Fundação de Assistência e Previdência Social do
BNDES-FAPES. As ações ordinárias atualmente detidas por este fundo estão vinculadas ao acordo de votos
assinado pelos Fundos de Pensão.
55
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
4) Valores mobiliários de titularidade dos Maiores acionistas, Administradores,
membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal da Perdigão S.A. em
31.12.08 (não auditado por nossos auditores independentes):
Acionistas
Ações Ordinárias
a) Maiores Acionistas
b) Administradores e Conselho Fiscal
%
74.590.177
36,04
332.974
0,16
b.1) Administradores e Conselho Fiscal
Acionistas
Ações Ordinárias
Conselheiros de Administração – Particip. Direta
%
332.383
0,16
591
0
-
-
Diretores
Conselho Fiscal
5) Ações em circulação (não auditado por nossos auditores independentes)
Em 31.12.08, havia em circulação 131.604.467 ações ordinárias, 63,59% do total
das ações emitidas.
6) Cláusula compromissória
A companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado,
conforme Cláusula Compromissória constante de seu Estatuto Social.
f) Conciliação do patrimônio líquido e resultado do exercício
Patrimônio líquido Resultado do exercício
2008
2008
2007
2007
Saldo na Controladora
Lucro não realizado nas operações
com empresas controladas
Saldo no Consolidado
4.137.626
3.229.921
77.438
325.609
(27.008)
4.110.618
(3.942)
3.225.979
(23.066)
54.372
(4.302)
321.307
56
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
17. INSTRUMENTOS FINANCEIROS E GERENCIAMENTO DE RISCO CONSOLIDADO
a) Visão geral
No curso normal de seus negócios, a Companhia está exposta a riscos de mercado
relacionados principalmente à flutuação das taxas de juros, variações cambiais e a
preços de commodities. A Companhia utiliza instrumentos de proteção para minimizar
sua exposição a esses riscos, com base em uma Política de Gestão de Risco
Financeiro (“Política de Risco”) sob gestão do Comitê de Gestão de Risco Financeiro,
Diretoria Executiva e Conselho de Administração.
A Companhia dispõe de políticas e procedimentos para administrar tais exposições e
pode utilizar instrumentos de proteção, desde que aprovados pelo Conselho de
Administração, para diminuir os impactos destes riscos. Tais políticas e
procedimentos incluem o monitoramento dos níveis de exposição a cada risco de
mercado, a mensuração de cada risco inclusive uma análise com base na exposição
contábil e previsão de fluxos de caixa futuros, além de estabelecer limites para
tomada de decisão e utilização. Todas as operações de instrumentos de proteção
efetuadas pela Companhia têm como propósito a proteção sobre a exposição cambial
de sua dívida e fluxo de caixa e a exposição de taxas de juros. Atualmente, a
Companhia não utiliza instrumentos de proteção para a proteção de suas posições
em commodities, mas pode vir a utilizar dentro do limite estabelecido.
O Conselho de Administração tem papel fundamental na estrutura de gerenciamento
de riscos financeiros como responsável pela aprovação da Política de Risco
elaborada pelo Comitê de Gestão de Risco Financeiro e no acompanhamento do
cumprimento desta política, verificando o enquadramento dos limites globais
estabelecidos. Ademais, definir os limites de tolerância aos diferentes riscos
identificados como aceitáveis para a Companhia em nome de seus acionistas.
A Diretoria Executiva é responsável pela avaliação do posicionamento da
Companhia para cada risco identificado, de acordo com as diretrizes emanadas do
Conselho de Administração. Além disso, é responsável pela aprovação: dos planos
de ação definidos para o alinhamento dos riscos a tolerância definida, dos
indicadores de desempenho a serem utilizados na gestão de riscos, dos limites
globais e avaliação de sugestões para aprimoramentos na política.
O Comitê de Gestão de Risco Financeiro é responsável pela execução da Política
de Risco. É ele quem supervisiona o processo de gestão de risco, planeja e verifica
o impacto das decisões implementadas, avalia e aprova as alternativas de hedge,
monitora e acompanha os níveis de exposição aos riscos e do cumprimento da
política, acompanha o desempenho das operações de hedge através de relatórios e
57
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
avalia cenários de estresse a serem aplicados nas operações, fluxo de caixa e
endividamento da Companhia, em conformidade com a política estabelecida.
Essa Política de Risco determina quais são as estratégias a serem adotadas, e a
Administração contrata instrumentos de proteção patrimonial (hedge) que são
aprovados com base em limites de alçada. O Conselho de Administração, Diretoria
Executiva e Comitê de Riscos Financeiros possuem alçadas distintas onde cada
qual atua dentro dos limites pré-estabelecidos nesta Política.
A Política não autoriza que a Companhia contrate operações alavancadas em
mercados derivativos, bem como determina que operações individuais de hedge
estejam limitadas a 2,5% do patrimônio líquido da Companhia.
A inclusão e atualização das operações são registradas em sistemas operacionais,
com devida segregação de funções nas reconciliações com as contrapartes, sendo
validadas pelo back-office e monitoradas diariamente pela área financeira.
Tendo em vista o intuito das operações de hedge em reduzir os riscos e as
incertezas as quais a Companhia está exposta, os resultados obtidos em 2008 foram
plenamente satisfatórios.
Em 31.12.08, conforme facultado pela Deliberação CVM nº 566, a Companhia
aplicou as regras de contabilidade de proteção (hedge accounting) para seus
instrumentos derivativos classificados como hedge de fluxo de caixa, conforme
determinado em sua política de gestão de risco financeiro. O hedge de fluxo de
caixa consiste em proteger a exposição sobre variabilidade no fluxo de caixa que (i)
é atribuível a um risco particular associado com um ativo ou passivo reconhecido ou
(ii) uma transação prevista altamente provável, e (iii) poderia afetar lucros e perdas.
b) Administração de risco de taxas de juros
O risco de taxas de juros é o risco de a Companhia vir a sofrer perdas econômicas
devido a alterações adversas nas taxas de juros, que podem ser ocasionadas por
fatores relacionados à crise de confiança e/ou alteração de política monetária no
mercado interno e externo, etc. Esta exposição se refere, principalmente, à mudança
nas taxas de juros de mercado que afetem passivos e ativos da Companhia
indexados pela taxa LIBOR, TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo do BNDES),
UMBNDES ou CDI (Taxa de juros dos Certificados de Depósitos Interbancários),
além de eventuais posições prefixadas em algum dos indexadores acima
mencionados que poderão ocasionar perdas não realizadas e/ou realizadas
(liquidação antecipada) originadas pela apuração do valor justo de mercado
(Marcação a Mercado).
58
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
A Política de Risco da Companhia não restringe a exposição às diferentes taxas de
juros e também não estabelece limites entre taxas pré ou pós fixadas .
O objetivo primordial da Política de Risco é gerir e minimizar os custos de serviço da
dívida e otimizar receita das aplicações/investimentos. Para tanto, a Companhia
monitora continuamente as taxas de juros de mercado visando avaliar a eventual
necessidade de contratação de operações com o objetivo de proteção contra a
volatilidade dessas taxas. Estas operações se caracterizam basicamente por
contratos de troca de taxa, onde se altera a taxa pós-fixada por pré-fixada, ou vice e
versa, as quais foram designadas pela Companhia como contabilização de hedge de
fluxo de caixa (vide item g).
A Companhia busca manter uma relação estável em seu endividamento de curto e
longo prazo, mantendo uma proporção maior em longo prazo. Ademais, a Companhia
possui endividamento pré e pós-fixados que conjuntamente também minimizam a
exposição aos riscos.
O endividamento está atrelado, essencialmente, às taxas LIBOR, Cupom Fixo (R$ e
USD), TJLP e UMBNDES. Na ocorrência de alterações adversas no mercado que
resulte na elevação da LIBOR, o custo do endividamento pós-fixado se eleva e por
outro lado, o custo do endividamento pré-fixado se reduz. A mesma consideração
também é aplicável para a TJLP.
Quanto às aplicações da Companhia, o principal indexador é o CDI para operações
no mercado interno e Cupom Fixo (USD) para operações no mercado externo. Visto
que ocorrendo elevação do CDI, os resultados tornam-se favoráveis, enquanto que
na ocorrência de sua queda, os resultados tornam-se desfavoráveis.
O quadro abaixo resume as alterações nas taxas de juros e os impactos para a
Companhia.
Risco de Juros – PRÈ-Fixados
Taxa
CDI
CDI
CDI
CDI
Libor/Cupom USD
Libor/Cupom USD
Libor/Cupom USD
Libor/Cupom USD
Exposição
Aplicações
Aplicações
Obrigações
Obrigações
Aplicações
Aplicações
Obrigações
Obrigações
Variação
+
+
+
+
-
Impacto
+
+
+
+
-
Risco de Juros – PÓS-Fixados
Taxa
CDI
CDI
CDI
CDI
TJLP
TJLP
Libor
Libor
Exposição
Aplicações
Aplicações
Obrigações
Obrigações
Obrigações
Obrigações
Obrigações
Obrigações
Variação
+
+
+
+
-
Impacto
+
+
+
+
A crise global iniciada em 2008 provocou uma severa redução das taxas de juros
internacionais, com a LIBOR atingindo valores extremamente baixos historicamente.
59
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Esse cenário propiciou uma redução nos custos financeiros da Companhia que
possui grande parte de seu endividamento pós-fixado em LIBOR.
Por outro lado, a queda mais lenta da taxa de juros doméstica (Selic) e seu
conseqüente impacto nas taxas de CDI, mantiveram os resultados com as aplicações
financeiras em patamares favoráveis.
Neste sentido, os resultados obtidos com relação aos objetivos propostos pela
Companhia quanto a exposição às taxas de juros foram plenamente atingidos em
2008.
A inclusão e atualização das operações são registradas em sistemas operacionais,
com devida segregação de funções nas reconciliações com as contrapartes, sendo
validadas pela área de apoio operacional (back office) e monitoradas diariamente
pela área financeira.
c) Administração de risco cambial
O risco de taxa cambial é o risco de que alterações das taxas de câmbio de moeda
estrangeira possam fazer com que a Companhia incorra em prejuízos, levando a
uma redução dos valores dos ativos ou aumento dos valores das obrigações. A
principal exposição à qual a Companhia está sujeita, no tocante às variações
cambiais, se refere à flutuação do Dólar dos EUA e também Euro e Libra Esterlina
em relação ao Real.
O objetivo da Política de Risco da Companhia é proteger-se da exposição excessiva
aos riscos de variações cambiais equilibrando seus ativos não denominados em
Reais contra suas obrigações não denominadas em Reais, protegendo assim o
balanço patrimonial da Companhia. Para tanto faz operações de balcão (SWAP) e
operações na bolsa de futuros (BM&F) (vide tabela abaixo):
60
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
(i) Composição dos saldos de exposição em moeda estrangeira:
Ativos e passivos denominados em moeda estrangeira são assim demonstrados:
2008
2007
Caixa, equivalentes a caixa e aplicações financeiras
Contratos de troca de índices (“swaps”) – valor nominal
Contratos de dólar futuro – valor nominal
Empréstimos e financiamentos
Outros ativos e passivos operacionais, líquidos*
1.400.476
826.450
397.409
(4.137.951)
154.732
(1.358.884)
384.361
334.234
375.073
(1.638.708)
(1.787)
(546.827)
Exposição cambial em moeda estrangeira em R$
Exposição cambial em moeda estrangeira em US$
(1.358.884)
(581.465)
(546.827)
(308.715)
* Refere-se basicamente à aquisição de estoques e fornecedores.
Além disso, a Política de Risco da Companhia visa proteger as receitas e custos
operacionais que envolvem as operações decorrentes da atividade comercial, como
estimativas de exportações e compra de matéria-prima. Para tanto, utiliza
instrumentos de proteção, aprovados dentro da Política de Risco, essencialmente
operações de NDF no montante de R$ 560.436 (US$ 239,810), onde o foco principal
é proteção de seu fluxo projetado denominado em moeda estrangeira. O percentual
protegido do fluxo com estas operações fora de 18% dentro da alçada aprovada de
35%.
Com o intuito de realizar uma gestão de riscos ativa e seguindo a Política de Risco,
a Companhia realiza acompanhamento diário, através de relatórios emitidos pela
área financeira e validados pela área de apoio operacional (back-office), das
necessidades de fluxo de caixa e de exposição cambial.
Considerando que o ano de 2008 foi marcado por excessiva volatilidade no câmbio,
quando o Dólar dos EUA iniciou depreciado e terminou com uma valorização
considerável frente ao Real, a estratégia adotada pela Companhia atingiu os
objetivos de minimizar os efeitos dos movimentos do câmbio ao limitar a exposição
cambial e mitigar os riscos. Atualmente, em função do perfil de endividamento da
Companhia estar mais no longo prazo do que no curto, a maior parte das despesas
financeiras são oriundas de fluxos de dívida a vencer, o que significa que a despesa
financeira não tem impacto no caixa da Companhia.
61
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
d) Composição dos saldos de instrumentos financeiros derivativos para
proteção patrimonial
A posição de derivativos em aberto em 31 de dezembro é como segue:
2008
Instrumento
Swap
(balcão –
CETIP)
Objeto de
proteção
Vencimento
A receber
R$/TR
A pagar
Contraparte
do
valor
principal
Valor de
referência
(nocional)
R$/CDI (média
Taxa de
Câmbio
Julho de 2009
Taxa de
Câmbio
De janeiro de
2009 a
setembro de
2009
Taxa de
Câmbio
Fevereiro de
2009
Swap
(balcão –
CETIP)
Taxa de
Câmbio
(Fluxo)
De janeiro
2009 a janeiro
US$ (VC) + 7%
2013
R$ (76% CDI)
Swap
(balcão –
CETIP)
Taxa de
Câmbio
(Fluxo)
De março
2009 a
setembro
2011
R$ (118,5%
CDI)
US$ (VC) +
83% CDI
HSBC
Swap
(balcão –
CETIP)
Swap
(balcão –
CETIP)
Taxa de
Câmbio
(Fluxo)
US$ (VC) +
LIBOR 6M +
3,61%
R$ (96,67%
CDI)
Credit Suisse
US$ 4,08%
US$ (LIBOR
+ 0,62%)
Santander /
HSBC e outros
Euro (-1,42%)
US$ (VC)
Itaú BBA/
HSBC
R$ (15,31%)
US$ (VC)
HSBC /
UBS PACTUAL
e outros
382.881
R$ (13,52%)
Euro (VC)
ITAÚBBA/UBS
e Votorantim
US$ (VC)
R$
Swap
(balcão –
CETIP)
Swap
(balcão –
CETIP)
Taxa de
Câmbio
De abril/2009
a
dezembro/20
13
De fevereiro
2009 a agosto
2013
Janeiro de
2009 a
Fevereiro de
2009
De janeiro de
2009 a junho
de 2009
De fevereiro
de 2008 a
março de
2009
Taxa de
Câmbio
Fevereiro de
2009
Taxa de
Juros
NDF (balcão Taxa de
– CETIP)
Câmbio
NDF (balcão Taxa de
– CETIP)
Câmbio
NDF (balcão
– CETIP)
Contratos
Futuros
(BM&F)
Ajuste
(Patrimônio
Valor de
Líquido e
Mercado (1) Resultado)
(9,31%)
ponderada de
93,72% do CDI)
US$
R$/CDI (100%
(4,75%)
do CDI)
R$/PRÉ
US$
(16,09%)
Unibanco
ITAÚBBA/
SANTANDER /
VOTORANTIM/
UBS/HSBC e
outros
SANTANDER
Unibanco
Finabank
11.944
(52)
-
613.802
60.530
3.488
8.364
(2.871)
(155)
56.112
5.691
6.750
86.144
(19.084)
(221)
215.495
(31.573)
(29.895)
554.152
(34.976)
(34.406)
51.147
7.682
(915)
(37.431)
7.027
26.469
(5.310)
(373)
327.529
(10.107)
(10.107)
(67.501)
TOTAL
62
(58.807)
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
2007
Instrumento
Swap
(balcão –
CETIP)
Swap
(balcão –
CETIP)
Swap
(balcão –
CETIP)
Swap
(balcão –
CETIP)
Objeto de
proteção
Vencimento
A receber
R$/TR
Taxa de
Câmbio
Taxa de
Câmbio
Julho de 2009
De janeiro de
2008 a julho de
2013
De janeiro de
2008 a março
de 2008
Taxa de
Câmbio
De janeiro de
2008
Taxa de
Câmbio
(9,51%)
A pagar
R$/CDI (média
ponderada de
98,2% do CDI)
Contraparte
do
valor
principal
Unibanco
Valor de
Valor de
referência
(nocional) Mercado (1)
Perda não
realizada
11.944
-
-
276.800
(4.532)
(5.813)
US$
R$/CDI (97,8%
(4,089%)
do CDI)
Votorantim /
Unibanco e
outros
US$ (VC)
Euro (1,3327%)
Merril Lynch
37.869
(1.156)
(1.404)
Santander /
HSBC
7.621
187
120
US$ (3,46%) Libra (-0,20%)
(5.501)
(1)
O método de apuração do valor de mercado utilizado pela Companhia é o “marked-to-market” (MTM), que
consiste em apurar o valor futuro com base nas condições contratadas e determinar o valor presente com base
em curvas de mercado, extraídas da base de dados da Bloomberg.
A Companhia contratou operações de swap, NDF e contratos futuros com o objetivo
de minimizar os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e para proteção contra as
variações das taxas de juros.
A Companhia possui operação de balcão contratada em 23.09.08 a termo, com início
em 01.10.09. O valor desse contrato, caso fosse anulado em 31.12.08, ocasionaria
uma despesa de R$1.256 no resultado financeiro.
A Administração entende que os resultados obtidos com estas operações de
derivativos atendem a Política de Risco adotada pela Companhia.
63
(7.097)
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
e) Ganhos e perdas de instrumentos financeiros derivativos para proteção
patrimonial
O valor de ganhos e perdas registrados no período afetaram tanto o resultado da
Companhia na rubrica de Receitas (Despesas) Financeiras como o Patrimônio
Líquido, conforme demonstrado abaixo:
Resultado
Controladora
Patrimônio
líquido
Resultado
Consolidado
Patrimônio
líquido
-
(7.202)
-
(57.771)
-
(7.202)
-
(57.771)
Derivativos com propósito de proteção
Riscos de taxas de juros
Sub total
Derivativos com propósito de resultados
financeiros
295
-
7.477
1.594
Sub total
295
(7.202)
7.477
1.594
Total
295
(7.202)
7.477
(56.177)
Riscos cambiais
f) Composição dos saldos de instrumentos financeiros por categoria – exceto
derivativos - Consolidado
2008
Empréstimo
se
recebíveis
Ativos
Aplicações
financeiras
Contas a receber e
outros recebíveis
Debêntures
Total
Custo
amortizad
o
Total
2007
Empréstimo
se
recebíveis
Mantido
para
venda
Custo
amortizado
-
-
-
-
742.704
-
742.704
-
728.920
1.419.147
-
-
1.419.147
815.764
-
-
2.376
2.376
-
871.287
-
-
871.287
609.660
-
3.232.897
1.638.709
Investimentos
Passivos
Empréstimos
e
financiamentos em
moeda nacional
Empréstimos
e
financiamentos em
moeda estrangeira
Mantido
para
venda
3.232.897
-
8.342
-
-
8.342
(2.693.379)
742.704
2.376
(1.948.299)
64
-
728.920
-
-
815.764
-
1.020
1.020
-
-
609.660
-
1.638.709
-
7.089
(1.439.694)
Total
728.920
1.020
7.089
(709.754)
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
g) Composição dos saldos de instrumentos financeiros designados para
contabilização de hedge de fluxo de caixa
A Companhia efetuou a designação formal de suas operações sujeitas a
contabilização de proteção (hedge accounting) para os instrumentos financeiros
derivativos de proteção de fluxos de caixa, documentando: (i) o relacionamento do
hedge, (ii) o objetivo e estratégia de gerenciamento de risco da Companhia em tomar
o hedge, (iii) a identificação do instrumento financeiro, (iv) o objeto ou transação de
cobertura, (v) a natureza do risco a ser coberto, (vi) a descrição da relação de
cobertura, (vii) a demonstração da correlação entre o hedge e o objeto de cobertura,
quando aplicável, e (viii) a demonstração prospectiva da efetividade do hedge.
As transações para as quais a Companhia fez a determinação da contabilização de
proteção são altamente prováveis, apresentam uma exposição da variação do fluxo
de caixa que poderia afetar lucros e perdas e são altamente efetivas em atingir as
variações de valor justo ou fluxo de caixa atribuível ao risco coberto,
consistentemente ao risco originalmente documentado na Política de Risco.
Com a aplicação da contabilização de proteção para os derivativos de proteção de
riscos de taxas de juros que afetam os fluxos de caixa, a Companhia efetuou o
registro do ganho ou perda da parcela considerada efetiva do hedge no patrimônio
líquido, em componente separado até que o objeto de cobertura afete o resultado,
momento no qual esta parcela do hedge também deverá afetar o resultado. Os
impactos contabilizados no patrimônio líquido estão demonstrados a seguir:
(i) Controladora
Saldo do swap
(curva do contrato)
Instrumento de
Hedge
Objeto Hedgeado
Santander
Contrato de Swap de
US$20.000 (Ativo
Libor 6 meses /
Passivo 3,82%)
Dívida de US$20.000
a juros de Libor 6
meses + overlibor
1,45%.
Santander
Contrato de Swap de
US$30.000 (Ativo
Libor 6 meses /
Passivo 3,79%)
Dívida de US$30.000
a juros de Libor 6
meses + overlibor
1,45%.
Contraparte
TOTAL
Ponta
Ativa
Ponta
Passiva
Saldo do swap (MTM)
Ponta
Ativa
Ponta
Passiva
PL
47.179
(47.236)
301.924
70.801
(70.951)
454.460
(458.878)
(4.269)
117.980
(118.187)
756.384
(763.793)
(7.202)
65
(304.915)
Ajuste
(2.934)
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
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31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
(ii) Consolidado
Contraparte
Instrumento de
Hedge
Saldo do swap (curva
do contrato)
Ponta
Ponta
Ativa
Passiva
Objeto Hedgeado
HSBC
Contrato de Swap de
US$45.000 (Ativo
118,5%CDI / Passivo
83%CDI + Variação
Cambial de Principal)
Dívida de US$45.000
a juros de 118,5%
CDI (BRL)
Santander
Contrato de Swap de
US$10.000 (Ativo
Libor 3 meses +0,5%/
Passivo 3,96%)
Dívida de US$10.000
a juros de Libor 3
meses + overlibor
0,5%
Santander
Contrato de Swap de
US$20.000 (Ativo
Libor 3meses +0,5%/
Passivo 3,96%)
Dívida de US$20.000
a juros de Libor
3meses + overlibor
0,5%
Santander
Contrato de Swap de
US$20.000 (Ativo
Libor 3meses +0,5%/
Passivo 3,96%)
Dívida de US$20.000
a juros de Libor
3meses + overlibor
0,5%
HSBC
Contrato de Swap de
US$30.000 (Ativo
Libor 6meses +0,8%/
Passivo 4,31%)
Dívida de US$30.000
a juros de Libor 6
meses + overlibor
0,8%
HSBC
Contrato de Swap de
US$20.000 (Ativo
Libor 6meses +0,8%/
Passivo 4,36%)
Dívida de US$20.000
a juros de Libor
6meses + overlibor
0,8%
ABN Amro
Bank
Contrato de Swap de
US$75.000 (Ativo
Libor 6 meses /
Passivo 4,06%)
Dívida de US$75.000
a juros de Libor 6
meses + overlibor
0,9%
Citibank
Contrato de Swap de
US$65.000 (Ativo
Libor 6meses +1,75%/
Passivo 4,22%)
Dívida de US$65.000
a juros de Libor 6
meses + overlibor
1,75%
Unibanco
Contrato de Swap de
US$35.000 (Ativo
7%a.a. / Passivo
76%CDI )
Dívida de US$35.000
a juros de 7%aa.
(USD)
Credit Suisse
Contrato de Swap de
US$50.000 (Ativo
Libor 3 meses +
overlibor 2,50% /
Passivo 92,5%CDI )
Dívida de US$50.000
a juros de Libor
3meses + overlibor
2,50%
66
Saldo do swap (MTM)
Ponta
Ponta
Ativa
Passiva
Ajuste
PL
1.082
(19.945)
28.270
(47.354)
(221)
23.442
(23.475)
320.648
(322.010)
(1.329)
46.891
(46.966)
641.813
(644.541)
(2.653)
46.931
(47.002)
642.403
(645.122)
(2.648)
70.883
(70.983)
513.093
(517.241)
(4.048)
47.444
(47.527)
344.026
(346.843)
(2.735)
957.657
(968.575)
(10.917)
712.133
(715.008)
(2.874)
-
-
-
-
2.703
(3.762)
23.032
(17.445)
6.640
1.906
(3.524)
17.091
(31.178)
(12.469)
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Credit Suisse
Contrato de Swap de
US$50.000 (Ativo
Libor 3 meses +
overlibor 4,50% /
Passivo 100%CDI )
Dívida de US$50.000
a juros de Libor
3meses + overlibor
1,00% + Fiança ao
custo de 3,5% a.a.
Santander
Contrato de Swap de
US$20.000 (Ativo
Libor 6 meses /
Passivo 3,82%)
Dívida de US$20.000
a juros de Libor 6
meses + overlibor
1,45%.
Santander
Contrato de Swap de
US$30.000 (Ativo
Libor 6 meses /
Passivo 3,79%)
Dívida de US$30.000
a juros de Libor 6
meses + overlibor
1,45%.
TOTAL
58
(118)
26.651
(44.031)
(17.320)
47.179
(47.236)
301.924
(304.915)
(2.934)
70.801
(70.951)
454.460
(458.878)
(4.269)
359.320
(381.489)
4.983.201
(5.063.141)
(57.771)
Os instrumentos financeiros derivativos que não atenderam aos critérios exigidos pela
Deliberação CVM nº 566 não foram contabilizados de acordo com a metodologia de
contabilidade de proteção, e foram registrados no balanço pelo seu valor justo com
reconhecimento no resultado das alterações deste valor justo.
A Companhia não possui nenhuma operação que anteriormente era qualificada como
proteção patrimonial e que deixou de ser classificada como tal, por conseqüência,
nenhum impacto afetou o seu resultado.
h) Determinação do valor justo de instrumentos financeiros - Consolidado
O valor justo estimado para os instrumentos financeiros contratados pela Companhia
foi determinado por meio de informações disponíveis no mercado de metodologias
adequadas de avaliações. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na
interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor justo de
cada operação. Como conseqüência as estimativas a seguir não indicam,
necessariamente, os montantes que efetivamente serão realizados quando da
liquidação financeira das operações.
Caixa e equivalentes a caixa
Aplicações financeiras
Contas a receber de clientes
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Perdas não realizadas com derivativos (vide
nota 16 acima)
67
Valor contábil
Valor justo
1.233.455
1.233.455
742.704
1.378.046
(5.298.597)
(1.083.385)
742.704
1.378.046
(5.298.597)
(1.083.385)
(67.501)
(3.095.278)
(67.501)
(3.095.278)
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
i) Administração de risco de preços de commodities
No curso normal de suas operações, a Companhia compra certas commodities,
principalmente milho, farelo de soja e suínos vivos - maiores componentes individuais
dos custos de produção.
O preço do milho e do farelo de soja estão sujeitos a volatilidade resultante das
condições climáticas, rendimento de safra, custos com transporte, custos de
armazenagem, política agrícola do governo, taxas de câmbio e os preços destas
commodities no mercado internacional, entre outros fatores. O preço dos suínos
adquiridos de terceiros, está sujeito a condições de mercado e são influenciados por
disponibilidade interna e níveis de demanda no mercado internacional, dentre outros
aspectos.
A Política de Risco estabelece limites para proteção de fluxo de compra de milho e
farelo de soja, objetivando diminuir o impacto de um aumento de preço destas
matérias-primas, podendo se utilizar para tal de instrumentos derivativos ou fazer uso
da administração de estoques. Atualmente se utiliza exclusivamente da administração
de seus níveis de estoque como instrumento de proteção.
Em 31.12.08 não havia derivativos de commodities em aberto e durante o ano a
Companhia não entrou em contratos de derivativos envolvendo commodities.
j) Principais transações e compromissos futuros
As principais transações objeto de proteção de fluxo de caixa são operações de NDF,
nas quais vende-se taxa “forward” em uma data específica no futuro (data de
vencimento) e cujo valor de sua liquidação origina-se pela diferença entre a taxa
“forward” vendida e a taxa do dia anterior à data de vencimento, multiplicado pelo
valor contratado (notional).
68
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
A tabela abaixo, demonstra os prazos para o impacto financeiro previsto:
2008
R$xUSD
Vencimentos
Dezembro de 2008
Notional
R$xEUR
USD Médio
Notional
-
USDxEUR
EUR Médio
-
Notional
EUR Médio
-
Janeiro de 2009
45.000
2,16061
-
15.000
1,5675
Fevereiro de 2009
35.000
2,15554
5.000
2,91250
5.000
1,5678
Março de 2009
45.000
2,19724
5.000
2,70850
-
Abril de 2009
22.500
2,15162
-
-
Maio de 2009
30.000
2,20400
-
-
Junho de 2009
10.000
1,94525
-
-
10.000
20.000
TOTAL
187.500
k) Garantias - Controladora
A Companhia possui junto à BM&F, CDB e Fiança Bancária, utilizados em garantia
para as operações de contratos em dólar.
A seguir, apresentamos a composição dos valores em garantia:
2008
24.500
38.000
62.500
Tipo
CDB
Fiança bancária
2007
38.000
38.000
l) Quadro de análise de sensibilidade
(i) Análise de sensibilidade de variações na moeda estrangeira
A Companhia possui empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira e
instrumentos financeiros derivativos destinados a eliminar (ou mitigar) os riscos
incorridos pela exposição cambial.
No quadro abaixo são considerados 03 cenários, sendo o cenário provável o
adotado pela Companhia. Esses cenários foram definidos com base na expectativa
da Administração para as variações da taxa de câmbio nas datas de vencimento dos
respectivos contratos sujeitos a estes riscos, sendo que o cenário provável refere-se
aos resultados que seriam apurados nas operações de derivativos se fosse mantido
o dólar de fechamento de 31.12.08 (vide nota 3 z).
Além do cenário provável mencionado acima, a CVM, através da Instrução nº
69
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
475/08, determinou que fossem apresentados mais dois cenários com deterioração
de 25% e 50% da variável do risco considerado. Esses cenários estão sendo
apresentados de acordo com o regulamento da CVM.
A Companhia analisa somente as variações na moeda estrangeira como fator
principal de risco, visto que é a variável que sofre impacto das demais variáveis, tais
como juros, commodities e bolsas.
Operação
Cenário
provável (I)
Risco
Cenário (II)
(deterioração
de 25%)
Cenário (III)
(deterioração de
50%)
Futuro
NDF
Apreciação do R$
Depreciação do R$
(2.158)
(35.059)
98.064
(149.305)
198.285
(263.551)
SWAP
Disponibilidade indexada
em moeda estrangeira
Dívida indexada em
moeda estrangeira
Total
Apreciação do R$
43.500
184.937
324.453
Apreciação do US$
-
350.149
700.238
Apreciação do US$
6.283
(1.034.576)
(550.731)
(2.068.975)
(1.109.550)
2,91
3,50
Premissa
(*) Vide nota 3 z
Câmbio
2,33
(*)
18. RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS, LÍQUIDAS – CONSOLIDADO
Despesas:
Juros
Variação cambial
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira-CPMF
Despesas com oferta pública de ações (vide nota 15 a)
Ajuste a valor presente (*)
Outras despesas
Receitas:
Juros
Variação cambial
Ganhos (Perdas) na conversão de investimentos no exterior
Ajuste a valor presente (*)
Outras receitas
70
2008
2007
(288.057)
(911.680)
97
2.874
(49.798)
(1.246.564)
(193.719)
145.932
(33.064)
(29.832)
(5.742)
(116.425)
83.502
281.310
214.323
(1.263)
38.344
616.216
104.825
(11.997)
(84.009)
2.216
11.035
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
(630.348)
Financeiras líquidas
(105.390)
(*) vide nota 3 d
19.
(i)
PARTES RELACIONADAS - CONTROLADORA
Transações e saldos
As transações decorrentes de partes relacionadas foram realizadas em condições
usuais de mercado, baseadas em contrato. O prazo médio para vencimento das
transações de empréstimos é de 02 anos e para as transações de contas a pagar e
a receber é de aproximadamente 30 dias.
Os saldos de ativos e passivos em 31.12.08, e transações que influenciaram o
resultado do exercício estão demonstrados a seguir:
Adiantamento para
futuro aumento de
capital
Empresas
Perdigão
Agroindustrial S.A.
Contas receber
(pagar)
Empréstimos
2008
2007
2008
2007
2008
Vendas (compras)
2007
2008
Receitas
(despesas)
2007
2008
2007
-
69.238
(66.426)
(6.022)
22.983
-
283.294
-
(2.552)
3.015
-
-
-
-
-
-
(38.878)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(2.602)
-
-
-
-
-
-
-
4.867
-
-
-
-
-
Batávia
Perdigão
Agroindustrial Mato
Grosso
Instituto Perdigão de
Sustentabilidade
Sino dos Alpes
Alimentos Ltda.
-
-
-
-
(7.152)
-
2.474
-
-
-
Avipal Nordeste S.A.
-
-
-
-
(16.004)
-
(123.428)
-
(127)
-
Avipal Alimentos S.A
-
-
-
-
1.683
-
10.241
-
(293)
-
UP Alimentos Ltda.
Perdix Intern. Foods
Com. International
Lda.
Avipal S.A.
Construtora e
Incorporadora
Establecimientos
Levino Zaccardi y
Cia S.A.
-
-
-
-
(3.813)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.238
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
2
-
-
69.238
7.874
(58.552)
(6.022)
3.802
-
131.101
-
186
(2.784)
3.015
Todas as transações e saldos entre as companhias foram eliminados na
consolidação e referem-se a transações comerciais e financeiras.
(ii)
Remuneração do pessoal chave da administração
O pessoal-chave da administração inclui os conselheiros e diretores, membros do
comitê executivo e o chefe da auditoria interna. A remuneração paga ou a pagar por
serviços de empregados, está demonstrada a seguir:
71
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Para o exercício findo em 31.12.08, a remuneração total paga pela Companhia a
todos os membros do Conselho de Administração e da Diretoria (22 pessoas) por
seus serviços em quaisquer qualidades foi de R$14.683 (R$ 10.188 em 31.12.07).
Ademais, foram pagos aos diretores R$3.656 (R$ 2.759 em 31.12.07), como parte do
plano de participação nos resultados.
O valor da participação nos resultados pago a cada diretor em qualquer exercício está
relacionado principalmente ao lucro líquido da Companhia e na avaliação do
desempenho do diretor durante o exercício por parte do Conselho de Administração.
Os diretores recebem certos benefícios corporativos adicionais concedidos de modo
geral a empregados de empresas e seus familiares, tais como assistência médica,
despesas educacionais, desenvolvimento e complementação de benefícios
previdenciários, dentre outros. Para o exercício findo em 31.12.08, o valor pago a
título de benefício aos diretores foi de R$5.030 (R$3.978 em 31.12.07). O montante
de remuneração pago aos diretores (incluindo salários, participação nos lucros e
benefícios) foi de R$20.937 (R$14.867 em 31.12.07).
Os membros suplentes do Conselho de Administração são remunerados por cada
reunião do Conselho de Administração a que os mesmos comparecem e os membros
suplentes do Conselho Fiscal, por cada reunião do Conselho Fiscal a que os mesmos
comparecem. Os membros do Conselho de Administração, Diretoria e Conselho
Fiscal da Companhia não são partes de contratos de trabalho ou outros contratos que
prevejam benefícios quando da rescisão do respectivo contrato de trabalho que não,
no caso de diretores, os benefícios descritos acima.
Quando os administradores e funcionários atingem a idade de 61 anos, a Companhia
interrompe suas contribuições em seus benefícios previdenciários.
20. COBERTURA DE SEGUROS – CONSOLIDADO
A Companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos
a riscos por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros,
considerando a natureza de sua atividade. As premissas e riscos adotados, dada a
sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria e, consequentemente,
não foram examinadas pelos nossos auditores independentes.
Bens segurados
Estoques e imobilizados
Riscos cobertos
Incêndio, raio, explosão, vendaval, deterioração
de produtos frigorificados, quebra de
máquinas, lucros cessantes e outros
72
Montante da cobertura
4.300.596
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Transporte nacional
Risco rodoviário e responsabilidade civil do
transportador de cargas
Baseado nas averbações
de cargas
Responsabilidade civil
geral e de executivos
Reclamações de terceiros
157.083
Crédito
Inadimplência de clientes
35.619
21. PARTICIPAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS E ADMINISTRADORES NO
RESULTADO
As controladas Perdigão S.A., Perdigão Agroindustrial S.A., Avipal Nordeste S.A.,
Avipal Centro-Oeste S.A. e Avipal S.A. Alimentos firmaram com os sindicatos das
categorias preponderantes Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados
para todos os funcionários, respeitando indicadores de desempenho previamente
negociados.
A participação dos administradores está de acordo com as disposições estatutárias e
aprovação pelo Conselho de Administração.
22. PLANO SUPLEMENTAR DE APOSENTADORIA
A Perdigão – Sociedade de Previdência Privada (“PSPP”), constituída em abril de
1997 e patrocinada pelas empresas do grupo Perdigão, cuja finalidade é fornecer
benefícios de suplementação de aposentadoria para os funcionários das Empresas
Perdigão. O plano é de contribuição definida.
As contribuições são efetuadas, em média, na base de 2/3 pela patrocinadora e 1/3
pelos participantes, e os cálculos atuariais são prestados por atuários independentes,
de acordo com normas em vigor.
O plano é revisado por atuário independente em base anual, sendo a última revisão
concluída em dezembro de 2008.
Participantes
Patrimônio
Contribuições da patrocinadora:
Contribuição básica
Serviços passados
Compromisso assumido no início do plano, decorrente de
serviços passados em favor dos participantes admitidos na
patrocinadora em data anterior ao início do plano
Ativos do Plano (formados por fundos de renda fixa, fundo de
renda variável e ações)
73
2008
2007
16.079
428
17.609
132.904
5.864
5.436
428
3.469
3.928
128.064
132.891
128.055
6.144
5.716
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
O saldo formado pelas contribuições da patrocinadora não utilizado para pagamento
de benefícios, caso o participante rompa o vínculo empregatício com a patrocinadora,
formarão um fundo de sobra de contribuições que poderá ser utilizado para
compensar as contribuições futuras das patrocinadoras. O ativo apresentado no saldo
do fundo de reversão monta R$3.073 (R$2.395 em 31.12.07) e foi registrado pela
Companhia na rubrica outros direitos.
Embora a PSPP seja um plano basicamente de contribuição definida, possui uma
parcela de benefício definido, cuja obrigação atuarial refere-se ao valor presente dos
futuros benefícios à participantes inativos, pois o benefício (renda vitalícia) é fixado
após a data da aposentadoria. De acordo com a tabela de mortalidade AT-83, o valor
atual da obrigação atuarial na PSPP que cobre 44 participantes e monta em R$5.688
(41 participantes e monta em R$5.900 em 31.12.07).
Com base no relatório do atuário independente, a posição da parcela de benefício
definido da PSPP em 31 de dezembro é a seguinte:
Conciliação dos ativos e passivos
Valor presente das obrigações atuariais
Valor justo dos ativos
Valor líquido dos (ganhos)/perdas
(Passivo)/Ativo líquido
Movimentação do ativo (passivo) atuarial líquido
Ativo (passivo) líquido do plano em 31.12.07
Receita reconhecida no resultado
Contribuições da patrocinadora
Ativo (passivo) líquido do plano em 31.12.08
Movimentação das obrigações atuariais
2008
2007
(5.688)
6.863
(5.900)
7.211
242
-
1.417
1.311
2008
1.311
106
-
1.417
2008
Valor presente das obrigações atuariais em 31.12.07
Juros sobre obrigações atuariais
Benefícios pagos
Ganho / (Perda) atuarial
Valor presente das obrigações atuariais em 31.12.08
74
(5.900)
(583)
714
81
(5.688)
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
Movimentação dos ativos do plano
2008
Valor justo dos ativos em 31.12.07
Rendimento esperado do plano
Perda atuarial
Contribuições dos empregados em 2008
Benefícios pagos
Valor justo dos ativos do plano em 31.12.08
7.211
690
(323)
(715)
6.863
Despesas e receitas realizadas
2008
Custo dos juros
Rendimento esperado do ativo do plano
Total
(584)
690
106
Despesas e receitas previstas
2009
Custo dos juros
Rendimento esperado do ativo do plano
Total
(699)
732
33
Premissas atuariais
Hipóteses econômicas
Taxa de desconto
Taxa de retorno esperado dos ativos
Crescimento salarial futuro
Taxa de inflação
Hipóteses demográficas
Tábua de mortalidade
Tábua de mortalidade de inválidos
75
2008
2007
12,81% a.a.
11,04% a.a.
5,00% a.a.
10,24% a.a.
9,84% a.a.
4,00% a.a.
AT-1983
RRB 1983
AT-1983
RRB 1944
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
23. ARRENDAMENTO MERCANTIL
A Companhia é arrendatária em diversos contratos, que podem ser classificados
entre arrendamento operacional ou financeiro.
(i) Operacional
a) Os pagamentos mínimos futuros de arrendamentos mercantis
operacionais não canceláveis, no total e para cada um dos seguintes
períodos, é apresentado a seguir:
2008
Até um ano
Mais de um ano e até cinco anos
Mais de cinco anos
2007
22.280 18.774
44.704 38.353
10.891 9.003
77.875 66.129
b) Os pagamentos de arrendamentos mercantis operacionais reconhecidos
como despesa totalizou R$64.304 (R$36.624 em 31.12.07).
(ii) Financeiro
a) A Companhia mantém controle dos bens arrendados, reconhecidos na
alínea de máquinas e equipamentos, cujos valores, apresentam os
seguintes saldos:
2008
2007
17.419 13.798
(8.523) (6.785)
8.897
7.013
Custo
Depreciação acumulada (*)
Residual
(*) Os bens arrendados são depreciados conforme taxa definida na nota 11 para Máquinas e
equipamentos.
76
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
b) Os pagamentos futuros mínimos obrigatórios estão segregados conforme
abaixo e foram registrados no balanço na rubrica “outras obrigações”:
Valor
presente dos
pagamentos
mínimos 2008
Até um ano
Mais de um ano e
até cinco anos
Mais de cinco anos
Valor
Pagamentos presente dos
futuros
pagamentos
Juros 2008 mínimos 2008 mínimos 2007
Pagamentos
futuros
Juros 2007 mínimos 2007
2.215
98
2.313
-
-
-
4.857
7.072
537
636
5.395
7.708
4.603
4.603
351
351
4.954
4.954
24. OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS
Controladora
2008
2007
(1)
Amortização de ágio
(2)
Multa rescisória
(3)
Outras receitas (despesas)
(93.540)
(7.557)
(101.097)
104
104
Consolidado
2008
2007
(152.996)
(62.588)
(46.302)
(261.886)
(21.398)
6.637
(14.761)
(1) Refere-se a amortização dos ágios das empresas adquiridas (vide nota 12). A partir de 2009, a
amortização dos ágios será cessada e os mesmos passarão a ser avaliados anualmente através do teste
de recuperabilidade.
(2) Conforme comentado nas notas 1 h e i, o resultado de 31.12.08 foi afetado na rubrica de outros
resultados operacionais pelos lançamentos da multa rescisória devido ao encerramento do contrato com
a CCL e da provisão para perdas no contrato com a CCPL.
(3) O valor de outras receitas e despesas refere-se, substancialmente, a alguns custos de ociosidade, aos
valores baixados do ativo imobilizado por obsolescência e a depreciação de bens que não estão sendo
utilizados no processo produtivo.
25. EVENTOS SUBSEQUENTES
(i) Racionalização da operação de lácteos
Em 05.01.09, a Companhia iniciou o processo de racionalização de suas operações
no segmento de lácteos. Tal ação visa otimizar o processo produtivo a fim de reduzir
77
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2008 e 2007
(valores expressos em milhares de reais)
custos sem diminuir os volumes de produção.
As atividades produtivas das unidades da Cotochés, em Rio Casca (Minas Gerais), e
da Companhia, em Ivoti (Rio Grande do Sul), serão interrompidas e transferidas para
Sabará (Minas Gerais), Itumbiara (Goiás), Carambei (Paraná), Teutônia, São
Lourenço do Sul, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio (todas no Rio Grande do Sul),
principalmente devido à baixa escala industrial, à defasagem tecnológica e à
proximidade com as outras unidades.
(ii) Incorporação da Perdigão Agroindustrial
Dando sequência ao processo de reorganização societária (nota 1g), em 09.03.09, a
subsidiária integral Perdigão Agroindustrial S.A. foi incorporada pela Companhia.
(iii) Sinistro – Unidade Industrial
Em 21.03.09, a Companhia sofreu um incêndio que atingiu a sua unidade de Rio
Verde, Estado de Goiás. A Companhia possui cobertura de seguro e está em fase de
apuração dos impactos financeiros.
x-x-x-x-x-x-x-x-x
78
Relatório da Administração –2008
Senhores Acionistas,
O bom desempenho operacional, obtido em nossos negócios de atuação, tanto em carnes
como em lácteos, foi determinante para incrementar a geração operacional efetiva do ano,
consolidando as aquisições realizadas e o crescimento orgânico definido.
Nossas receitas atingiram R$ 13,2 bilhões e cresceram 69% no ano, gerando um EBITDA
de R$ 1,2 bilhão – 44,4% maior do que o ano anterior.
Estes resultados foram respaldados pelas performances obtidas no negócio de carnes, que
apresentou crescimento de 45,3% de receitas e 30% de volumes comercializados, e no de
lácteos, com crescimento de 252,7% em receitas e 311,4% em volumes, além dos outros
segmentos que também contribuíram positivamente. A Companhia despendeu sérios
esforços para respaldar a melhoria de preços médios, necessária para suavizar os
aumentos expressivos verificados ao longo do ano nos custos das principais matériasprimas, e proporcionar a redução de despesas, com foco estratégico na melhoria do mix de
vendas.
Estas ações permitiram o incremento gradual dos resultados operacionais no ano,
considerando a complexidade da absorção das aquisições realizadas (Eleva, Plusfood e
Cotochés) e a despeito do cenário internacional desfavorável vivenciado, que continua
refletindo em constantes oscilações nos mercados financeiros e na economia mundial, com
extrema volatilidade dos preços das commodities, respaldado pela forte desvalorização do
real em relação ao câmbio, ocorrida principalmente no segundo semestre do ano.
Este efeito no cenário cambial provocou uma despesa financeira adicional de R$ 416
milhões no ano, sem desembolso de caixa, como efeito da desvalorização do real frente ao
dólar sobre nosso endividamento em moeda estrangeira de longo prazo. Diante do exposto,
o resultado líquido do ano ficou em R$ 54,4 milhões ante R$ 321,3 milhões em 2007.
Desconsiderando a parcela amortizada do ágio, o resultado líquido seria de R$ 155 milhões
no ano.
Embora o resultado líquido tenha sido aquém das nossas expectativas, a Perdigão encerrou
o exercício de 2008, com boas margens operacionais, além de registrar indicadores
positivos de liquidez, com R$ 2 bilhões em aplicações financeiras e 70% do endividamento
no longo prazo. Esta situação nos permite conforto com o curto-prazo e confiança para o
longo-prazo.
Como já havíamos explanado antes, as recentes aquisições têm demandado uma série de
adequações necessárias para refletir o retorno esperado. Ademais, as condições de
extrema volatilidade e incerteza do mercado solicitam maior prudência. Permanecemos
empenhados no propósito de incorporarmos e alinharmos estes negócios, promovendo
agregação de valor, capturando as sinergias relativas e absorvendo importantes melhorias
no desempenho consolidado da Companhia, no médio/longo prazos.
79
(As variações comentadas neste relatório são comparações do 4º trimestre de 2008 em relação ao 4º trimestre
de 2007 e do ano de 2008, comparado com o ano de 2007, exceto quando especificado).
DESTAQUES OPERACIONAIS E FINANCEIROS –2008
A receita bruta do ano cresceu 69%, totalizando R$ 13,2 bilhões, devido ao bom
desempenho registrado tanto no mercado doméstico quanto no externo e com a
consolidação dos novos negócios adquiridos.
Crescimento de 74,5% no volume total de vendas dos negócios de carnes, lácteos e
outros produtos processados;
O mercado interno representou 56,3% das vendas líquidas e apresentou um
crescimento de 76,6% nas receitas brutas, com destaque para os volumes
comercializados de: 26,3% em carnes, 305,7% para os produtos lácteos e 69,6% para
os outros produtos processados;
O mercado externo ficou com a participação de 43,7% nas receitas líquidas. As
exportações cresceram 58,1% em receitas, com volumes de vendas 32,9% maiores
em carnes.
Os produtos processados, que participaram em 48,7% das vendas, cresceram 38,5%
em receitas e 26,1% em volumes;
O lucro bruto totalizou R$ 2,8 bilhões, um incremento de 47,3%;
O EBITDA foi de R$ 1,2 bilhão, com expressivo incremento de R$ 356,6 milhões no
ano – 44,4% superior e margem EBITDA de 10,2%;
Mesmo considerando a absorção dos negócios adquiridos e o bom desempenho das
operações, o resultado líquido ficou em R$ 54,4 milhões – 83,1% abaixo do ano
anterior, devido ao impacto cambial nas despesas financeiras, sem efeito caixa, à
parcela de ágio atribuível no ano, advinda de aquisições, e de efeitos não recorrentes
relativos a ajustes e a otimização de produção;
O volume financeiro de ações negociado atingiu a média de US$ 26,8 milhões/dia no
ano, com 45% de incremento.
HIGHLIGHTS - R$ MILHÕES
RECEITA BRUTA
2008
2007
13.161
VAR. %
7.789
69%
MI
8.104
4.589
77%
ME
5.057
3.199
58%
11.393
6.633
72%
LUCRO BRUTO
2.759
1.873
47%
MARGEM BRUTA
24,2%
28,2%
709
504
41%
54
321
(83%)
0,5%
4,8%
RECEITA LÍQUIDA
EBIT
RESULTADO LÍQUIDO
MARGEM LÍQUIDA
EBITDA
1.159
803
MARGEM EBITDA
10,2%
12,1%
0,26
1,73
RESULTADO POR AÇÃO*
* Resultado por Ação (em R$) consolidado, excluindo as ações em tesouraria
80
-
44%
(85%)
EBITDA - R$ milhões
1.159
14,5%
12,1%
12,2%
10,1%
745
8,7%
803
10,2%
595
456
385
2003
2004
2005
2006
EBITDA
2007
2008
Margem EBITDA
DESTAQUES - 4º Trimestre 2008
O incremento de 57,1% no faturamento do último trimestre do ano contribuiu para a
melhoria das margens nesse trimestre, que atingiram 15,2% de margem EBITDA ante
12,5% no ano anterior, totalizando R$ 464,8 milhões – gerando 93,3% mais de
EBITDA.
No mercado interno, as vendas foram 60,8% superiores, com incrementos
significativos nos volumes de: 16,9% em carnes e 321,8% em lácteos. Já o mercado
externo, cresceu 11% em volumes de carnes, com receitas totais 51,1% superiores,
apesar da queda acentuada de preços internacionais e dos entraves portuários que
balizaram o trimestre. Os produtos processados representaram 52,0% das receitas
totais.
Com margem bruta de 29,8% ante 28,9%, o lucro bruto cresceu 63,9%, para R$
911,7 milhões;
O resultado líquido ficou negativo em R$ 20 milhões, pelas absorções de parcela do
ágio referente a aquisições, impacto cambial nas despesas financeiras – R$ 318
milhões (sem efeito caixa) e ajustamentos no processo produtivo visando a
otimização, redução de custos e do nível de estoques de produtos destinados ao
mercado externo.
81
HIGHLIGHTS - R$ MILHÕES
4T08
RECEITA BRUTA
4T07
VAR. %
3.576
2.276
57%
MI
2.278
1.417
61%
ME
1.298
859
51%
3.058
1.922
59%
912
556
64%
RECEITA LÍQUIDA
LUCRO BRUTO
MARGEM BRUTA
29,8%
28,9%
EBIT
312
156
100%
RESULTADO LÍQUIDO
(20)
98
-
5,1%
-
MARGEM LÍQUIDA
(0,7%)
EBITDA
-
465
240
93%
MARGEM EBITDA
15,2%
12,5%
-
RESULTADO POR AÇÃO*
(0,10)
0,53
-
* Resultado por Ação (em R$) consolidado, excluindo as ações em tesouraria
EBITDA - R$ milhões
15,8%
465
14,8%
12,8%
11,5%
172
4T03
156
4T04
199
207
4T05
4T06
EBITDA
12,5%
15,2%
240
4T07
4T08
Margem EBITDA
Composição da Receita Operacional Líquida – ROL %
2008
Por Produto
Outros
Leites* 3,3%
13,9%
Lácteos
7,5%
Outros
Processados
4,0%
Por Mercado
Aves
29,9%
ME
43,7%
Suínos /
Bovinos
Industrializados
8,6%
Congelados/
19,4%
Elaborados
13,4%
* Inclui leite UHT, pasteurizado e leite em pó
82
MI
56,3%
DESEMPENHO SETORIAL
A performance dos mercados foi impactada pela extrema volatilidade apresentada no ano. A
tônica do mercado externo foi a de constantes repasses do preço para fazer frente ao
movimento altista dos grãos e à valorização do real. A partir de setembro, a crise financeira
internacional trouxe um cenário oposto, com queda das commodities e desvalorização do
real. Com o agravamento da crise do crédito, desencadeou-se um processo de
desestocagem, com reflexo expressivo nos preços internacionais, no último trimestre do
ano, que demonstraram uma curva descendente forte para os preços em dólares, gerando a
necessidade efetiva de redução do nível de estoques.
O mercado interno, por sua vez, foi ainda favorecido pelo crescimento da massa real de
salários. Todavia, a expansão do crédito e o alongamento de prazo das prestações
sucitaram em disponibilidade orçamentária menor para bens não duráveis, como alimentos,
favorecendo até o terceiro trimestre, o crescimento do consumo de bens duráveis. A
inversão deste processo no último trimestre, pelo cenário internacional adverso, que
restringiu a disponibilidade de crédito e originou ajustes de produção e demissões em vários
setores da economia brasileira, deixou o consumidor mais cauteloso, provocando
significativas quedas de consumo, especialmente dos produtos duráveis.
Este cenário é de difícil mensuração de seus impactos, mas entendemos que estamos mais
preparados para estas adversidades e posicionados em um setor fundamental e básico para
suprir as necessidades dos consumidores. Além disso, contamos com uma ampla gama de
produtos e marcas que atendem a todas as classes.
Exportações: O volume das exportações brasileiras de aves totalizou 3,6 milhões de
toneladas em 2008, 10,9% superior em relação a 2007, segundo dados da Abef. Em
dólares, o crescimento foi de 40%, atingindo US$ 6,9 bilhões. No mercado de suínos, as
exportações físicas caíram de 2007 para 2008, de 606 mil toneladas para 529 mil toneladas,
mas, em compensação, os preços valorizaram-se em 42,2%, o que acabou proporcionando
uma alta de 20,1% no valor das exportações. As carnes bovinas também registraram queda,
de 14,4%, devido principalmente ao embargo da UE. O Brasil embarcou 1,4 milhão de
toneladas de carne bovina, gerando uma receita 20,3% maior - US$ 5,3 bilhões, devido ao
aumento de 40,5% dos preços. A redefinição de quotas pela Rússia para carnes suínas e
bovinas também refletiu na queda de volumes registrada para estas proteínas.
No último trimestre, com o agravamento da crise internacional, o nível de estoques de
produtos em importadores teve que iniciar um ajuste, o que, somado à grave situação
financeira de produtores, refletiu em significativa queda de preços em dólares, conforme
gráfico abaixo.
Preço Médio
83
Suínos
2,20
2,00
1,80
1,60
1,40
1,20
1,00
1,73
1,60
jan
f ev
mar
abr
mai
jun
2007
jul
ago
2008
set
out
nov
(US$/Kg)
(US$/Kg)
Aves
dez
3,50
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
2,48
2,41
jan
fev
mar
abr
mai
jun
2007
Fonte: Abef
jul
ago
2008
set
out
nov
dez
Fonte: Abipec
No mercado de leites, o volume exportado de leite em pó atingiu 82,8 mil toneladas, alta de
99% em relação a 2007, enquanto, em valor, os embarques registraram US$ 377 milhões 127,4% acima.
Consumo Interno: A renda real subiu 3,4%, enquanto o rendimento médio nominal
aumentou 9,6%. Já o nível da população ocupada registrou 4,7% de crescimento, segundo
dados do IBGE, que foi impulsionado por diversos setores da economia, oriundo do
dinamismo da demanda interna. Além disto, a expansão do crédito e o alongamento dos
prazos estimularam os consumidores a adquirir bens duráveis, reduzindo, deste modo, a
renda disponível para consumo de bens semi e não-duráveis, cenário que se inverteu
significativamente, no quarto trimestre, pelo reflexo dos problemas externos.
Em 2008, segundo os dados da AC Nielsen, os produtos congelados de carnes cresceram
2,6%, as massas congeladas tiveram incremento de 19,3% e as pizzas congeladas 3,6%.
Os industrializados de carnes tiveram uma retração de 1,7% e as margarinas de 1,4% O
mercado de lácteos apresentou um crescimento de 3,5%.
Matérias-primas: Refletindo a volatilidade internacional dos preços das commodities, o
preço do milho no mercado interno subiu 9%, segundo a FNP, aquém da queda do milho NA
CBOT, devido à situação confortável de disponibilidade do produto no mercado interno.Os
preços da soja tiveram um acréscimo em torno de 30%, de acordo com os dados da FNP,
refletindo CBOT mais variação cambial. O preço médio de leite in natura registrou alta
média de 2,2% segundo dados do Cepea, cedendo no último trimestre, mas provocando
impactos fortes nos custos de produção até setembro, chegando a 34% de incremento no
custo de captação do leite. Já o preço do boi gordo subiu 37,6% em função da menor
disponibilidade ofertada.
Perspectivas: Para 2009, a expectativa, da Abef e da Abipecs, é de crescimento das
exportações, tanto de carne de frango, quanto de suínos, na ordem de 5% e 3,5%,
respectivamente, em função da reabertura do mercado chinês e novos mercados nos quais
o produto nacional será inserido, bem como pela competitividade nos mercados mais
consolidados. Entretanto, o preço médio em dólares de exportação continuará pressionado,
refletindo em queda, comparado a média de 2008.
Com relação ao mercado de trabalho brasileiro, espera-se elevação da taxa de desemprego,
mas alta do rendimento médio, por conta do aumento do salário mínimo e queda da inflação.
Ao contrário do que ocorreu em 2008, a perspectiva é de uma inversão de consumo,
devendo ser maior a proporção da aquisição de bens não-duráveis, como os alimentos.
Para os grãos, de acordo com a Conab, a safra brasileira deve apresentar retração da
84
produção de 4% na soja e queda de 14% no milho. A redução da produção agrícola não
deve comprometer o abastecimento, em função do bom nível de estoques dessas matériasprimas, sobretudo o milho.
INVESTIMENTOS E PROJETOS
Investimentos
4T08 - R$ 116 milhões
Bom Conselho
28,7%
2008 - R$ 2,4 bilhões
Produtividade e
Melhorias
Bom Conselho
10,4%
3,5%
Novos Projetos
12,2%
Produtividade e
Melhorias
27,0%
Aquisições
4,0%
Eleva
69,9%
Novos Projetos
44,3%
Os investimentos do ano, considerando capex e aquisições, totalizaram R$ 2,4 bilhões –
179,4% superiores ao ano de 2007. Os novos negócios adquiridos, que contemplaram a
empresa Eleva – lácteos e carnes, a Plusfood – processamento de carnes, na Europa e a
Cotochés – lácteos, somaram R$ 1,8 bilhão, ante aquisições de R$ 347,6 milhões em 2007,
o equivalente a 408% de aumento comparativamente e a 73,8% do total de investimentos
no ano.
O remanescente de R$ 628,4 milhões, 26,2% do montante total, foi aplicado em projetos de
melhoria e produtividade implementados nas regionais do Centro Oeste (Rio Verde-GO,
Nova Mutum-MT, Mirassol D’Oeste-MT); Regionais do Sul (Videira-SC, Capinzal-SC, MarauRS, Carambei-PR), bem como nos Centros de Distribuição em São Paulo, Goiás,
Pernambuco, Bahia e em tecnologia de informação – TI e também foi direcionado aos novos
projetos anunciados pela Companhia, tanto para as atividades de carnes como para as de
lácteos.
Entre os principais investimentos destacamos:
Construção de unidade industrial (lácteos) – Em 10.06.08, anunciamos a construção da
sexta torre de processamento de leite em pó, em Três de Maio, no Rio Grande do Sul. Esta
unidade terá capacidade para o processamento de duas mil toneladas/mês de leite em pó. A
empresa já opera no município uma planta destinada à produção de mussarela. Visando o
aprimoramento do portfólio de produtos lácteos de maior valor agregado, serão destinados
recursos de R$ 65 milhões para esta unidade, com previsão de conclusão em fev/2010.
Aquisição da Cotochés (lácteos) - Em 02.04.08 foi adquirida a Cotochés, uma tradicional
indústria do segmento de lácteos de Minas Gerais. O investimento totalizou R$ 54 milhões,
mais a assunção de uma dívida de R$ 15 milhões. O portifolio incorporou cerca de 50 itens,
85
entre leite longa vida, leite em pó, queijos, manteiga, requeijão, creme de leite, bebidas
lácteas e iogurtes, com as marcas Cotochés, Moon Lait e Pettilé.
Conclusão da aquisição da Eleva Alimentos S.A. – Concluímos em 21.02.08 a operação
da Eleva, no montante aproximado de R$ 1,7 bilhão. Desse total, R$ 764,6 milhões, 46% da
operação, foram relativos à parcela em caixa paga aos acionistas da Eleva Alimentos em
janeiro e fevereiro/08. Os 54% da participação remanescente foram incorporados na
Perdigão S.A., correspondendo à parcela objeto de relação de troca, na proporção de 1
nova ação da Perdigão para 1,74308855 ações da Eleva, resultando na emissão de 20
milhões de novas ações, transformando-a em subsidiária integral da Perdigão. As
operações comerciais foram direcionadas para as Diretorias de Negócios de carnes e de
lácteos, mercado interno e do mercado externo.
Em 14.04.08 a Perdigão divulgou fato relevante propondo a incorporação da subsdiária
integral Eleva, na Assembléia ocorrida em 30.04.08, visando a incorporação de sinergias e a
absorção da parcela devida no exercício de 2008 do ágio da operação.
Conclusão da aquisição da Plusfood - Adquirimos em 02.01.08 a Plusfood, processadora
de carnes, com três unidades industriais na Europa, pelo montante de R$ 45 milhões mais o
valor da dívida. A Administração desta empresa foi absorvida pela Diretoria de Negócios
Perdix, responsável pelas atividades do mercado externo.
Complexo agroindustrial – Bom Conselho - PE – Em linha com a divulgação realizada
em setembro de 2007, que anunciou a construção deste novo complexo agroindustrial, as
obras seguem em ritmo acelerado seu curso de implantação, com investimentos previstos
de R$ 280 milhões, entre capital fixo e capital de giro, sendo R$ 170 milhões para
investimentos em ativo imobilizado. Deste montante, 50% foram realizados durante 2008 no
complexo, que prevê a construção de uma unidade processadora de embutidos de carnes e
de uma unidade de produtos lácteos. O início de operação do primeiro módulo está previsto
para o segundo semestre de 2009, com capacidade inicial de 50% da produção esperada
para os produtos lácteos.
Complexo agroindustrial – aves especiais – Mineiros - GO – O complexo agroindustrial
construído especialmente para aves especiais – peru, com mais de dois terços da produção
voltada para atender o mercado externo, foi finalizado em setembro e se encontra em plena
capacidade, com 81 mil toneladas de produtos processados/ano.
Centros de Distribuição – Embu(SP) e Rio Verde(GO) – Em Embu, o CD se encontra
com a primeira fase totalmente construída, em três ambientes contemplando produtos
congelados, resfriados e secos. O Centro de Distribuição é responsável pelo
armazenamento e distribuição para toda a região sudeste do país através do seu sistema
integrado de warehouse management, aprimorado com tecnologia de ponta e planejado
com duas megas ante-câmeras, uma para recebimento e a outra para expedição de
mercadorias. A segunda fase, que prevê o processamento robotizado de estocagem,
denominado trans-elevador deverá ser finalizada no primeiro semestre de 2009. O mega
CD de Rio Verde foi concebido em projeto semelhante do CD de São Paulo e teve sua
conclusão de obras em dezembro de 2008.
Os investimentos em matrizes de aves e suínos somaram R$ 208,3 milhões, um
crescimento de 65,2% em função do crescimento orgânico e da incorporação dos negócios
da Eleva.
86
No trimestre, os investimentos em capex foram de R$ 116 milhões, 59,9% menores do que
no anterior, em linha com a decisão estratégica de crescimento menor em função das
adversidades vivenciadas. Os investimentos em matrizes de aves e suínos foram de R$ 50,5
milhões ante R$ 35,9 milhões no mesmo trimestre do ano anterior.
Tabela de investimentos
R$ milhões
NOVOS NEGÓCIOS
/EXPANSÃO
Anúncio/
Investimentos/
Conclusão
Localização
Descrição
Operação *
R$ milhões
Oosterwolde - Holanda
Wrexham - Reino Unido
Constanza - Romênia
Aquisição de 100% da
Companhia, com 3
unidades industriais na
Europa
Brasil: BA, GO, MS, SP e RS
Argentina
Aquisição de 100% da
Companhia - 46% caixa
e 54% incorporação de
ações
PLUSFOOD
Processamento de
Carnes
22/mai/07
2/jan/08
R$ 45
ELEVA
Lácteos e Carnes
30/out/07
21/fev/08
R$ 1.676
COTOCHÉS
Lácteos
2/abr/08
R$ 54
Ravena e Rio Casca - MG
UNIDADE DE LÁCTEOS
10/jun/08
fev/10
R$ 65
Três de Maio-RS
UNIDADE DE CARNES
PROCESSADAS
17/set/07
R$ 100
Bom Conselho - PE
Construção de unidade:
18-24 meses
UNIDADE DE LÁCTEOS
17/set/07
2º sem/09
R$ 70
Bom Conselho - PE
Construção de unidade:
18-24 meses
AMPLIAÇÃO DE NOVA MUTUM
Abate de aves
17/ago/07
2º sem/10
R$ 130
Nova Mutum - MT
Aumento de capacidade
produtiva
COMPLEXO AGROINDUSTRIAL
Aves Especiais - Peru
20/mar/07
set/08
R$ 240
Mineiros - GO
Aumento de capacidade
produtiva
Aquisição de 100% da
Companhia - 2 unidades
industriais
Construção de unidade
DESEMPENHO OPERACIONAL
Produção – A produção de carnes foi incrementada em 37,5% no ano, somando o
crescimento orgânico delineado e a incorporação dos novos negócios adquiridos. Para dar
suporte ao incremento registrado nas proteínas de carne, os abates de aves e suínos
cresceram 37,6% e 25,2%, respectivamente.
Por outro lado, a produção de lácteos aumentou 279,7%, devido ao aumento do fluxo dos
produtos de leite e processados lácteos advindos das aquisições das Empresas Eleva
Alimentos e Cotochés, além do crescimento de produtos processados lácteos da Batavo e
da produção por encomenda com CCL em São Paulo e CCPL no Rio de Janeiro (contratos
esses revistos no final do ano),, visando a otimização e redução de custos de produção
nessas regiões, mantendo, contudo, o mesmo volume de produção).
87
Os outros produtos processados, que registraram acréscimo de 162,4%, concentram os
volumes relativos à aquisição e à parceria estabelecida com a Unilever, no segmento de
margarinas, realizada no final de agosto do ano passado, bem como os crescimentos
expressivos de outras linhas como massas, pizzas e vegetais congelados.
No quarto trimestre, a produção de carnes cresceu 30,5%, a de lácteos 264% e a de outros
produtos processados, 86,4%.
A Empresa anunciou o corte de 20% dos volumes da produção de carnes voltada para o
mercado externo, durante o primeiro trimestre de 2009, com o objetivo de ajustar os níveis
de estoques da indústria em relação ao processo de desestocagem iniciado pelos
importadores no final de 2008. Como conseqüência, algumas unidades industriais voltadas
às exportações estão tendo paradas técnicas e férias coletivas neste primeiro trimestre de
2009.
PRODUÇÃO
ABATE DE AVES (milhões de cab.)
ABATE DE SUÍNOS/BOVINOS (mil cab.)
4T08
4T07
Var.
2008
2007
Var. %
217,4
1.176,7
158,5
939,1
37%
25%
863,2
4.713,2
627,3
3.774,7
38%
25%
506,4
300,7
388,0
82,6
31%
264%
2.038,8
1.226,5
1.482,9
323,0
37%
280%
PRODUÇÃO (mil t)
CARNES
LÁCTEOS
OUTROS PRODUTOS PROCESSADOS
RAÇÕES E CONCENTRADOS (mil t)
PINTOS DE 1 DIA (milhões de unidades)
22,6
12,1
86%
93,8
35,7
162%
1.268,4
212,8
1.034,4
169,5
23%
26%
5.251,0
882,6
3.932,7
667,0
34%
32%
Mercado Interno – Com faturamento 76,6% maior, o mercado interno totalizou R$ 8,1
bilhões de receitas, cujo desempenho foi amparado pela boa performance de crescimento
das receitas das atividades de carnes, 36,2%; lácteos, 237,4% e outros produtos
processados, 53,8%, comparados ao mesmo período do ano anterior.
88
MERCADO INTERNO
MIL TONELADAS
4T08
4T07
R$ MILHÕES
VAR. %
4T08
4T07
VAR. %
CARNES
218,4
186,7
16,9
1.293,4
986,2
31,1
IN NATURA
AVES
SUÍNOS/BOVINOS
ELABORADOS/PROCESSADOS (CARNES)
LÁCTEOS
36,1
28,8
7,2
182,3
291,0
15,2
11,0
4,2
171,6
69,0
137,4
162,2
72,1
6,3
321,8
160,3
121,0
39,4
1.133,0
715,6
75,1
53,7
21,4
911,1
208,5
113,5
125,3
83,9
24,4
243,2
LEITES
LÁCTEOS/ SUCOS E OUTROS
OUTROS PROCESSADOS
SOJA/ OUTROS
TOTAL
226,5
64,5
27,4
53,3
589,9
31,7
37,3
26,3
50,5
332,5
614,1
73,1
4,0
5,6
77,4
425,2
290,3
154,2
115,3
2.278,5
59,3
149,2
147,7
75,0
1.417,4
616,9
94,6
4,5
53,7
60,7
PROCESSADOS
% VENDAS TOTAIS
274,1
46,5
235,1
70,7
16,6
1.577,6
69,2
1.207,9
85,2
30,6
2008
CARNES
2007
VAR. %
2008
2007
VAR. %
815,8
646,0
26,3
4.250,4
3.120,2
36,2
IN NATURA
AVES
SUÍNOS/BOVINOS
ELABORADOS/PROCESSADOS (CARNES)
LÁCTEOS
164,6
125,9
38,6
651,2
1.127,6
61,0
47,6
13,4
584,9
278,0
169,6
164,6
187,4
11,3
305,7
677,3
490,6
186,7
3.573,1
2.807,1
279,3
215,2
64,1
2.840,9
832,1
142,5
128,0
191,3
25,8
237,4
LEITES
LÁCTEOS/ SUCOS E OUTROS
OUTROS PROCESSADOS
SOJA/ OUTROS
TOTAL
880,1
247,5
105,7
218,6
2.267,7
127,5
150,4
62,3
184,5
1.170,8
590,1
64,5
69,6
18,5
93,7
1.690,5
1.116,6
603,4
443,4
8.104,2
242,8
589,4
392,3
244,5
4.589,2
596,4
89,5
53,8
81,4
76,6
PROCESSADOS
% VENDAS TOTAIS
1.004,4
44,3
797,7
68,1
25,9
5.293,1
65,3
3.822,6
83,3
38,5
Carnes – Esta atividade representou 52,4% das receitas do mercado interno, com
crescimento de 26,3% em volumes e destaque para os produtos elaborados/processados,
que representam maior valor agregado e boas margens de contribuição, os quais cresceram
11,3% em volumes, com preços médios 12,8% melhores, mas ainda pressionados pelo
custo médio 21,3% superior;
Por outro lado, o aumento de 142,5% em receitas e 169,6% em volumes de produtos innatura, especialmente pela participação de aves e suínos resultantes da incorporação da
Eleva, refletiu-se em compressão das margens, durante o ano, devido ao custo de produção
elevado em relação às principais matérias-primas e pela produção de aves realizada na
planta da Bahia (advinda da Eleva), região não produtora de grãos e dependente de
transporte destes insumos de outras regiões ou de aquisição de leilões do governo. A
Companhia promoveu o direcionamento dos processos de produtividade da Eleva, de forma
a obter uma melhoria destes indicadores e, gradualmente, do mix destes produtos, os quais
sofrem maior pressão pela volatilidade dos preços das commodities.
Lácteos – Os produtos lácteos, que representaram 34,6% das vendas domésticas,
registraram um crescimento de receitas de 237,4% e 305,7% em volumes no ano. Os
produtos processados de lácteos refletiram em um incremento de 89,5% e 64,5%,
respectivamente nas receitas e volumes. No entanto, o incremento de preços médios não foi
suficiente para abrandar totalmente o incremento dos custos médios de produção em
89
relação ao preço de captação do leite, sofrido durante o ano, que foi reduzido
gradativamente no último trimestre, contribuindo para a melhoria das margens destes
produtos.
A comercialização de leites, considerando leite longa vida (UHT), pasteurizado e leite em pó,
cresceu 590,1% em volumes devido à absorção dos negócios da Eleva Alimentos e da
Cotochés. Absorvendo este crescimento, nos deparamos com um cenário atípico,
especialmente para o mercado de leite UHT, que precisou atravessar um ajuste significativo
no terceiro trimestre, em virtude de crescimento elevado da oferta desse produto, enquanto
a demanda se manteve estável, o que determinou a queda brusca dos preços de varejo.
Além disso, o mercado de leite em pó também se encontrava super-ofertado, em função da
produção mundial e dos baixos preços. Promovemos uma revisão dos volumes de leite
fluido e um ajuste dos custos de produção para recompor as margens deste segmento,
medidas que asseguraram efeito positivo nos resultados do último trimestre do ano.
Outros produtos processados – compostos por massas, pizzas, margarinas, vegetais,
pão de queijo, linha vegetariana à base de soja, entre outros, estes itens cresceram 53,8%
em receitas e 69,6% em volumes, com a inclusão de margarinas desde agosto do ano
passado. A queda de preço médio em relação ao ano anterior se justifica pela mudança de
mix, com a introdução dos produtos de margarinas que agregam boa margem de
contribuição ao portfólio.
Processados – Representando 65,3% das receitas totais apuradas no mercado interno, os
produtos processados – foco da estratégia da Companhia - apresentaram um crescimento
de 38,5% e 25,9%, em receitas e volumes, respectivamente, contribuindo significativamente
para as margens operacionais. O decréscimo de participação relativa se deve ao aumento
do volume absorvido de carnes e leites (in-natura).
Market Share - %
38,0
37,9
31,9
24,4
34,5
32,3
31,0
24,6
24,8
23,4
28,5
30,6
24,7
36,4
36,5
34,9
34,0
34,3
33,4
31,2
38,1
34,8
35,8
37,4
35,5
34,5
34,6
33,4
32,2
25,5
33,1
25,9
12,8
12,5
12,8
24,5
18,1
14,6
2003
2004
2005
2006
24,1
41,8
39,3
25,2
16,5
15,0
25,7
19,5
18
14,0
14,0
14,9
10,3
2000
2001
2002
2007
2008
Últim o
Bim /08
Industrializados de Carnes
Congelados de Carnes
P ratos P rontos - M assas
P izzas Congeladas
P rocessados Lácteos
M argarinas
Visando o fortalecimento das marcas e o posicionamento comercial do portifólio de
produtos, foram realizadas campanhas de marketing para as linhas de industrializados de
carnes e pizzas da Perdigão, bem como, para os produtos de lácteos da Batavo, incluindo a
linha Pense Light e com a marca Elegê.
90
Canais de Distribuição*
(em receitas)
2008
2007
Institucional
7,7%
Institucional
7,4%
Atacadista
Varejo
20,1%
9,3%
Varejo
9,3%
Auto-Serviço
63,2%
Atacadista
19,1%
Auto-Serviço
63,9%
* não consolida Eleva
No quarto trimestre, as receitas do mercado interno cresceram 60,8%, respaldadas
especialmente pelas vendas de produtos específicos para as comemorações de final de ano
– natal e ano novo, com crescimento nos volumes de 16,9% em carnes, 321,8% em lácteos
e 16,6% no total de processados.
Mercado Externo – As exportações cresceram 58,1% em receitas, com volumes totais
comercializados 34,8% superiores, com destaques obtidos nos principais mercados,
especialmente no Oriente Médio, Extremo Oriente, Eurásia, Europa, África e América do
Sul, devido a demanda por proteínas do Brasil, permitindo obtermos uma boa performance
neste mercado, reduzindo o impacto gerado pelo aumento de custos até setembro e com
reflexos positivos para a melhoria das margens.
As receitas de carnes representaram 97,3% das exportações, com vendas 54,1% superiores
em receitas e 32,9% maiores em volumes. Os volumes de produtos processados de carnes
cresceram 25,5%, incluindo também a aquisição da Plusfood. Os produtos in-natura de aves
e suínos cresceram 34,6% no ano, incorporando a consolidação da Eleva.
Nos produtos lácteos, registramos R$ 127,7 milhões de receitas, com 15,8 mil toneladas
exportadas, basicamente composto de leite em pó, queijos e manteigas.
Os produtos processados representaram 22,1% das exportações e cresceram 38,8% em
receitas e 27,4% em volumes.
Foram necessários ajustes de preços no decorrer do ano para compensar parcialmente a
pressão das margens, causada pelo aumento desproporcional nos custos de matéria-prima
comparado ao ano anterior. Os preços médios apresentaram um aumento de 24,7% em
dólares-FOB (Free on Board) comparados ao ano anterior.
Contudo, o cenário adverso desenhado no quarto trimestre, inverteu os esforços eminentes
delineados, em função dos seguintes principais fatores: (i) queda acentuada de preços
internacionais, no último trimestre, 15,2% menor em dólares-FOB, comparada ao terceiro
trimestre, em função do ajuste de nível de estoques nos importadores pela dificuldade de
91
obtenção de crédito para capital de giro; (ii) as enchentes que acometeram os portos
catarinenses – localizados no sul do Brasil – provocando a necessidade imediata de
remanejamento das exportações dos portos de Navegantes e Itajaí para os portos de São
Francisco, Paranaguá e Rio Grande, o que resultou em redução de embarques no mês de
novembro, não totalmente compensados até o final do ano.
Em reais, os preços médios de carnes aumentaram 16,0% com o custo médio 18,7%
superior, comparando com o mesmo período do ano anterior, considerando a variação do
câmbio de 32% no período.
MERCADO EXTERNO
MIL TONELADAS
4T08
4T07
R$ MILHÕES
VAR. %
4T08
4T07
VAR. %
CARNES
241,6
217,6
11,0
1.248,3
857,3
IN NATURA
198,7
177,2
12,1
974,6
630,7
54,5
162,7
36,0
146,7
30,5
10,9
17,9
738,4
236,3
494,5
136,2
49,3
73,4
42,9
5,3
40,4
-
6,0
-
273,7
47,1
226,5
-
20,8
-
AVES
SUÍNOS/BOVINOS
ELABORAD OS/PROCESSADOS (CARNES)
LÁCTEOS
LEITES
4,9
-
-
0,5
0,3
0,4
(2,6)
247,2
218,0
PROCESSADOS
43,7
40,8
% VENDAS TOTAIS
17,7
18,7
LÁCTEOS
OUTROS PROCESSADOS
TOTAL
2008
CARNES
IN NATURA
AVES
SUÍNOS/BOVINOS
ELABORAD OS/PROCESSADOS (CARNES)
LÁCTEOS
LEITES
LÁCTEOS
OUTROS PROCESSADOS
TOTAL
PROCESSADOS
% VENDAS TOTAIS
2007
44,4
-
45,6
-
2,7
2,2
1,4
54,4
13,4
1.297,6
858,7
51,1
7,0
278,6
227,9
22,2
21,5
26,5
VAR. %
2008
2007
VAR. %
1.096,4
824,8
32,9
4.922,5
3.193,6
909,2
675,6
34,6
3.833,7
2.394,7
54,1
60,1
767,0
142,2
555,2
120,4
38,2
18,1
3.014,8
818,8
1.865,7
529,0
61,6
54,8
187,2
15,8
149,2
-
25,5
-
1.088,9
127,7
798,8
-
36,3
-
12,7
3,1
1,5
1.113,7
1,4
826,2
4,9
34,8
106,8
21,0
6,8
5.057,1
5,9
3.199,3
16,6
58,1
191,8
17,2
150,6
18,2
27,4
1.116,7
22,1
804,7
25,2
38,8
Comportamento dos principais mercados de atuação:
Europa – O crescimento registrado neste mercado foi de 18,1% em receitas e 5,2%
em volume, considerando também o volume incorporado da Plusfood. Entretanto, o mercado
europeu esteve contido em termos de demanda para produtos congelados importados por
parte das indústria, com abastecimento maior de produtos resfriados, cuja produção local foi
incrementada, devido a preferência regional. As pressões de demanda de proteínas e
dificuldades de crédito poderão resultar em efeitos positivos para os nossos produtos de
frango – proteína de preço menor e boa saudabilidade.
Oriente Médio – Auferindo um expressivo crescimento de 79% nas receitas e de
50,1% nos volumes, este mercado registra importantes aumentos em vários países, sendo
92
que avigoramos também nossa presença com o aumento da capacidade de produção,
resultante da aquisição da Eleva, adequando aos padrões de nossos clientes.
Extremo Oriente – Com receitas 45,4% superiores e volumes 16,8% maiores, obteve
destaque o mercado japonês, que demonstrou boa demanda em função da redução dos
volumes de cozidos da China. A oferta excedente aumentou os estoques deste mercado, o
que, aliado aos efeitos da crise, pressionou as negociações, mostrando sinais de alta
volatilidade, com preços no mercado local em queda. A China reabriu para importações de
frango do Brasil, o que tende a ser uma oportunidade adicional para as exportações
brasileiras em 2009. No entanto, até o momento, as licenças necessárias de importação não
começaram a ser emitidas pelas autoridades chinesas.
Eurásia – Incorporamos neste mercado nossas unidades produtivas de suínos e a
de bovino autorizadas para a exportação, especialmente para o mercado russo, o qual vinha
demandado importantes volumes de proteínas até setembro, com melhoria de preço, em
função da chegada do inverno e das comemorações de final de ano. As vendas foram
incrementadas em 46,8% e os volumes ficaram 4,9% maiores.
África, Américas e Outros Países – Com significativo aumento de 227,6% em
receitas e 145,6% em volumes, tivemos demanda por frango inteiro e outras proteínas
animais, principalmente carne bovina, com uma melhoria no mix, o que permitiu o ganho de
receitas nestes mercados. Os principais incrementos se deram em Angola, no Egito,
Moçambique, Uruguai e Venezuela.
Exportações por Região
(% receita líquida)
2007
2008
Outros Países
14,7
Outros Países
Oriente Médio
7,1%
22,6%
Eurásia
15,7%
Oriente Médio
25,6
Eurásia
14,6
Europa
22,2
Europa
29,7%
Extremo Oriente
22,9
Extremo
Oriente
24,9%
Concluímos com êxito a integração total da Plusfood, empresa de processados adquirida na
Europa, com os processos da Perdigão. Implantamos o sistema R-3 da SAP nas áreas de
vendas, finanças e logística, permitindo a distribuição conjunta. Consolidamos as equipes de
logística, vendas e finanças, além de eliminarmos as sobreposições de estrutura.
Implantamos uma nova linha de produtos empanados frescos, propiciando a competição
neste importante e rentável mercado na Inglaterra e investimos na instalação de mais uma
nova linha de produção para fatiados. Introduzimos ainda, uma equipe de vendas dedicada
aos canais de food service e varejo como forma de aumentar as vendas diretas aos
consumidores, além de uma equipe focada para o atendimento das indústrias e dos
processadores.
O desempenho do quarto trimestre foi positivo, especialmente se ponderarmos os percalços
93
suscitados pela queda internacional de preços e pelas questões portuárias. As exportações
cresceram 51,1%, com volumes de carnes 11% superiores e 5,3 mil toneladas de produtos
lácteos exportadas, resultando em um crescimento de 7% nos volumes de produtos
processados, que representaram 21,5% das exportações. Os preços médios em reais,
apesar da queda expressiva em dólares, apresentaram melhoria por conta da desvalorização
do real em relação ao dólar, respaldando as margens do último trimestre devido à redução
gradativa dos custos.
DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO
Receita Operacional Líquida
A receita operacional líquida ficou em R$ 11,4 bilhões, alinhada com as nossas expectativas
de crescimento para o ano e refletindo a boa performance dos mercados de atuação e a
absorção integral dos negócios adquiridos, embora, devamos considerar os menores
volumes exportados (questões portuárias) e a queda abrupta de preço médio no mercado
internacional, no último trimestre.
O crescimento de 71,8% nas receitas líquidas da Companhia no exercício, agregando boa
performance operacional, reflete a habilidade de gerenciamento dos nossos negócios em
um panorama de alta volatilidade vivenciado no período.
O mercado interno participou com 56%, atingindo receita líquida de R$ 6,4 bilhões, 84,5%
maior do que no ano anterior e o mercado externo representou 44%, apresentando um
crescimento de 57,7%, R$ 5,0 bilhões.
Composição da Receita Líquida (%)
32,5
26,3
23,8
28,0
20,3
9,0
3,6
2,7
Aves - MI
1,4
Suínos/Bovinos MI
MI - Mercado Interno
ME - Mercado Externo
3,9
0,8
Processados
Carnes - MI
3,9
Outros
Processados MI
3,3
7,2
3,5
Outros - MI
2008
1,1
Lácteos - MI
8,1
11,5
0,0
Lácteos - ME
Aves - ME
Suínos/Bovinos ME
2007
Nosso foco estratégico é para a agregação de valor aos nossos produtos, refletindo, desta
forma, um crescimento de 38,5% em receitas e 26,1% em volumes, respaldados pelos
produtos processados de carnes, lácteos, margarinas, pizzas e pastas, além de outros
processados. Os processados tiveram sua participação relativa reduzida, em termos de
receita líquida, de 54,1% para 44,3%, em função da maior exposição aos produtos
commodities de aves, suínos e leite, especialmente pela incorporação da Eleva e da
Cotochés.
No último trimestre do ano, a receita líquida cresceu 59,1%, representando R$ 3,1 bilhões,
94
9,1
Processados
Carnes - ME
com crescimento de faturamento líquido de 66% no mercado interno e 50% no externo,
mensurando o desempenho positivo destes mercados, especialmente com as vendas
natalinas no mercado doméstico e os novos negócios de atuação.
Custos das Vendas
O custo das vendas cresceu 81,4% no ano, 9,6 pontos percentuais acima do crescimento
das receitas, tendo sido amenizado no quarto trimestre pelos esforços de nossa equipe na
busca do equilíbrio de margens, em relação à pressão vivenciada. O ano foi marcado pela
alta desconexão dos custos praticados no mercado, em relação às principais matériasprimas (milho, farelo de soja, leite e bovino).
Embora tenham sido registradas quedas gradativas nos preços registrados na bolsa de
Chicago – CBOT, para o milho e para a soja, e a safrinha brasileira de milho tenha permitido
registrar o dobro de estoque final para esta commodity, estes grãos sofreram forte pressão
no primeiro semestre, o que refletiu em custos maiores de produção até o final do terceiro
trimestre. Além disso, tivemos o efeito cambial no 4º trimestre. Em função da expansão dos
negócios, o peso destas commodities tem atualmente um menor reflexo na composição total
de custos da Companhia.
O leite, outra matéria-prima importante na composição dos custos para os produtos lácteos,
registrou queda de 1,8% no ano, em relação ao ano anterior, e de 7,3% entre o terceiro e o
quarto trimestre deste ano, ajustando parcialmente estes preços de captação, que se
encontravam acima dos patamares normais, devido à maior procura por parte dos
produtores, especialmente para produção de leite longa vida (UHT), mas, acumulou até
setembro uma forte alta, comprimindo as margens dos produtos de leite fluido.
Além disso, outros custos de produção como materiais secundários, embalagens, fretes e
mão de obra, principalmente em função dos dissídios salariais, contribuíram para o aumento
dos custos das vendas, acima do patamar de acréscimo nas receitas líquidas, passando o
custo das vendas para R$ 8,6 bilhões ante R$ 4,8 bilhão no ano anterior, representando
75,8% da receita líquida, ante 71,8% em 2007.
No quarto trimestre do ano, o custo das vendas atingiu R$ 2,1 bilhão, 57,2% acima do
mesmo período do ano anterior, mas, demonstrando ganho efetivo em relação à receita
líquida do trimestre, pela melhoria de portfólio e menor pressão das principais matériasprimas.
Lucro Bruto e Margem Bruta
Em virtude do expressivo desempenho de vendas obtido, adicionado aos negócios
incorporados, tivemos um crescimento de 47,3% no Lucro Bruto do ano, com R$ 885,6
milhões somados ao resultados de 2008, totalizando R$ 2.758,9 milhões de lucro bruto ante
R$ 1.873,3 milhões no ano anterior. Conforme já explanado, devido aos aumentos
contabilizados nos custos produção, a margem bruta passou de 28,2% para 24,2% no ano.
O ganho de 0,9 pontos percentuais, ou 90 basis points, nas margens do quarto trimestre
deste ano, comparado ao mesmo período do ano anterior, refletiu na boa performance
obtida neste trimestre, onde os principais custos de matérias-primas tiveram menor
expressão, passando a margem bruta de 28,9% para 29,8%.
95
Despesas Operacionais
As despesas operacionais merecem um destaque no ano, por sua melhoria expressiva de
desempenho – 2,6 pontos percentuais ou 260 basis points, mesmo considerando os fatores
adversos ocorridos, resultando em 18% da receita líquida contra 20,6%, graças ao
incremento das vendas.
É ponto de destaque a margem de contribuição gerada pelos novos negócios, respaldando
a redução das despesas comerciais no ano de 19,3% para 16,6% da receita líquida. Este
desempenho foi registrado, não obstante os aumentos das despesas comerciais variáveis
devidos aos maiores custos de fretes, armazenagens e portuários, os quais foram
intensificados, no último trimestre, pelas sérias conseqüências provocadas pelas enchentes
nos portos de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina, danificando estes portos, o que nos
levou a promover o direcionamento de todas as nossas exportações, concentradas naquela
região, para outros três portos: Rio Grande (RS), Paranaguá(PR) e São Francisco (SC).
No acumulado do ano, as despesas operacionais ficaram 49,7% acima, sendo que as
despesas comerciais cresceram 47,9% e as despesas administrativas 76,1%, considerando
neste montante, além dos negócios absorvidos, as rescisões advindas das aposentadorias
de executivos, de acordo com o plano de sucessão, amplamente divulgado, além da
reestruturação administrativa ocasionada pelas aquisições.
No quarto trimestre, as despesas operacionais cresceram 49,9%, demonstrando ganhos
proporcionais à receita líquida obtida, passando de 20,8% para 19,6%, 120 basis points de
economia, mesmo considerando a ampliação da estrutura de vendas e canais de
distribuição e os investimentos em marketing neste período, além das adversidades
portuárias.
Resultado e Margem Operacional
Dentro de um contexto complexo como o que se delineou em 2008, com alta volatilidade nas
commodities e grave crise financeira e econômica, podemos enfatizar nossos avanços.
Conseguimos melhorar nossas margens operacionais, equilibrando gradualmente a diferença
significativa entre a evolução de custos e preços, resultante da conjuntura internacional
atribulada.
Nosso lucro operacional antes das despesas financeiras e outros resultados operacionais foi
40,6% superior – um ganho de R$ 204,6 milhões no ano, saindo o resultado operacional de
R$ 503,9 milhões para 708,5 milhões, com margem de 6,2% no ano ante 7,6% registrada no
ano anterior.
No quarto trimestre, o lucro operacional foi de R$ 311,5 milhões, crescimento expressivo de
99,8%, com a margem operacional em 10,2% contra 8,1% registrada no mesmo trimestre do
ano anterior e de 5,6% registrada no terceiro trimestre, respectivamente, ganhos de 210 e
460 basis points.
Financeiras
Nossa determinação em focarmos e protegermos nossos ativos e passivos com uma política
96
estruturada para atender estritamente nossos negócios, se mostrou novamente adequada.
Visando não gerar impactos negativos fora do contexto operacional aos nossos investidores,
a política financeira da Companhia abrange a alavancagem de recursos para o crescimento
da Companhia e suas operações, gerenciando com rigoroso critério os riscos das operações
financeiras.
Devido à alteração de cenário cambial, que derivou em uma desvalorização em torno de
32% do real frente ao dólar, em relação ao fechamento do câmbio no ano, comparado com o
ano anterior, e 22% do quarto trimestre, comparado com o terceiro trimestre, contabilizamos
o efeito (sem desembolso de caixa) deste impacto sobre a nossa exposição cambial líquida
média, totalizando R$ 416 milhões no ano e R$ 318 milhões no último trimestre, de despesas
financeiras incididas deste efeito cambial. A compensação deste efeito cambial é
compatibilizada gradativamente pelos embarques de exportações.
Desta forma, as despesas financeiras líquidas ficaram em R$ 630,3 milhões no ano ante R$
105,4 milhões no ano anterior. No quarto trimestre, as despesas financeiras somaram R$
383,9 milhões, 453,5% de aumento.
A Companhia considera todos os ativos e passivos indexados ao dólar em sua exposição
líquida que ao final do período totalizava US$ 821 milhões, protegendo o remanescente
através de instrumentos financeiros, como operações de balcão (swap e NDF) e operações
de BM&F, considerando a proteção total da dívida cambial de curto prazo.
O endividamento líquido, composto pela dívida bruta total menos as aplicações financeiras,
aumentou em 690%, representando R$ 3,4 bilhões, concentrado no longo prazo. Os
dispêndios necessários para os investimentos e aquisições resultaram em uma maior tomada
de empréstimos devido ao aumento dos investimentos em capital de giro aliado à menor
geração operacional de caixa no primeiro semestre de 2008, pela conjuntura de pressão
mundial de custos de produção, mesmo ponderando a boa performance de receitas, o que,
aliado ao efeito cambial na dívida indexada, elevou a dívida líquida em relação à geração
EBITDA de 0,5 vez para 2,9 vezes no ano, considerando que o ano de 2007 refletia a oferta
primária realizada para a aquisição da Eleva, nas aplicações financeiras.
A posição financeira da Companhia é segura e confortável, tendo sido promovido o
alongamento da dívida de curto prazo, com vencimentos suportáveis previstos para o final de
2008 e para 2009. Permitindo, desta forma, a continuidade dos planos esquematizados para
investimentos, propiciando o crescimento continuo e sustentado, apesar das inversões
geradas no mercado de crédito, pelo colapso mundial financeiro desencadeado pela
economia americana.
97
EM 31/12/08
Endividamento
EM 31/12/07
VAR. %
C IRCULAN TE NÃO CIRCULANTE
MOEDA N ACIONAL
MOEDA ESTRANGEIRA
END IVID AMENTO BRUTO
TOTA L
TOTAL
460
768
1.228
620
98
1.186
1.646,4
2.952
3.720
4.138
5.366
1.646
2.266
151
137
0
772
1.453
(47)
0
1.204
1.976
384
1.837
213
8
3.720
3.390
429
690
APLIC AÇÕES
MOEDA N ACIONAL
MOEDA ESTRANGEIRA
TOTA L DE A PLICA ÇÕES
END IVID AMENTO LÍQUIDO
772
1.204
1.976
(330)
EXPOSIÇÃO CAMBIAL - US$ MILHÕES
-
(821,3)
(308,7)
166
Outros Resultados Operacionais
No montante de R$ 261,9 milhões no ano, contabilizado na rubrica de Outros Resultados
Operacionais, foi apropriada a parcela de ágio pertinente ao exercício e relativa às
aquisições realizadas, totalizando R$ 153,0 milhões, 58,4% deste montante. Ademais, foram
absorvidas as despesas com custos rescisórios pela descontinuidade dos contratos com
CCL e CCPL dos negócios de lácteos, decisão esta tomada para otimizar custos e
processos das operações, no montante de R$ 62,6 milhões. As outras receitas e despesas
referem-se a custos de ociosidade, valores baixados por obsolescência e depreciação de
bens não utilizados no processo produtivo.
Imposto de Renda e Contribuição Social
Em função da parcela amortizada no exercício de 2008 atribuída ao ágio das aquisições, pelo
efeito do impacto da desvalorização cambial nas despesas financeiras e dos juros sobre
capital próprio apropriados, o imposto de renda do ano ficou em R$ 255,3 milhões positivos
ante R$ 32,1 milhões negativos gerados no ano passado.
Resultado Líquido e Margem Líquida
Em presença do elucidado, o resultado líquido do ano ficou em R$ 54,4 milhões, contra um
resultado líquido de R$ 321,3 milhões obtido no ano de 2007. O bom desempenho das
operações, que refletiu em margens apropriadas, não foi suficiente para suavizar os impactos
da desvalorização cambial nas despesas financeiras e o efeito decorrente do ágio (ambos
sem desembolso de caixa).
Como consequência também das considerações acima, o quarto trimestre registrou um
resultado líquido negativo de R$ 20,1 milhões, contra um resultado positivo de R$ 97,5
milhões no ano anterior.
As alterações decorrentes da aplicação da Lei 11.638/07 e Medida Provisória 449/08 estão
detalhadas nas Demonstrações Financeiras, nota 2.
EBITDA
Nossa administração, sempre focada na visão estratégica de crescimento sustentando,
98
trazendo real agregação de valor superou, mais uma vez, os delimitantes introduzidos pelo
conturbado cenário internacional e pela absorção de novos e complexos negócios.
O EBITDA atingiu R$ 1.159,3 milhões – 44,4% maior do que a geração de caixa obtida no
ano anterior, passando para 10,2% a margem EBITDA do ano. O ganho nominal
proporcionado pela geração adicional de caixa foi R$ 356,6 milhões. Somente no quarto
trimestre, o EBITDA atingiu R$ 464,8 milhões, um aumento de 93,3%.
EBITDA - R$ Milhões
4T08
RESULTADO LÍQUIDO
PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES
PARTICIPAÇÃO DOS ADM. E FUNC.
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Var. %
(20,1)
97,6
0,1
(1,5)
-
12,0
(26,6)
-
(0,0)
(191,4)
OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS
4T07
(120,6)
2008
2007
Var. %
54,4
321,3
0,4
3,2
(87,9)
27,2
32,1
(37,9)
-
16,9
(255,3)
(83,1)
29,3
9,6
203,6
111,0
19,9
458,1
FINANCEIRAS LÍQUIDAS
DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
383,9
263,1
69,4
79,9
453,5
630,3
601,6
105,4
293,6
498,1
104,9
= EBITDA
464,8
240,4
93,3
1.159,3
802,7
44,4
-
SITUAÇÃO PATRIMONIAL
O Patrimônio Líquido ficou em R$ 4,1 bilhões, contra R$ 3,2 bilhões em 31.12.07, 27,4%
superior ao ano anterior, considerando a integralização do aumento de capital pelo exercício
parcial do green shoe e a incorporação de ações dos acionistas da Eleva Alimentos S.A. O
retorno anualizado sobre o patrimônio líquido foi de 1,7% devido aos efeitos não recorrentes
incorridos (efeito cambial e ágio).
Aumento de Capital – Em 14.01.08 o Credit Suisse (Brasil) S. A. exerceu parcialmente a
opção de subscrição de um lote suplementar em função da demanda da oferta primária
realizada no final do ano passado, com a emissão de mais 744.200 ações, ao preço de R$
45,00 por ação, no montante de R$ 33,5 milhões. Com essa parcela, totalizam R$ 934
milhões os recursos advindos da oferta primária, iniciada em 2007, com 20,7 milhões de
ações emitidas, que foram destinados prioritariamente para o pagamento da parcela de R$
764,8 milhões da parcela em caixa relativa à aquisição da Eleva, o que representou 46% do
montante total da operação.
Incorporação de Ações – Em 21.02.08 o Conselho de Administração aprovou a
incorporação de 54% das ações detidas pelos acionistas da Eleva Alimentos na Perdigão
S.A., de acordo com a relação de troca de 1,74308855 ações da Eleva para 1 ação
Perdigão, no montante de 20.256.751 milhões de ações emitidas, passando o Capital Social
para R$ 3.445.042.795,00, representado por 206.958.103 ações ordinárias escriturais.
Reestruturações Societária – A Perdigão esquematizou um processo de reorganização
societária com o objetivo de promover a simplificação de sua estrutura societária e permitir
ganhos gradativos de sinergias através da consolidação das atividades com a conseqüente
redução de custos financeiros, operacionais e racionalização dos processos, com as
seguintes incorporações realizadas:
Incorporada
99
Perdigão Agroindustrial S.A.
AGE: 27.02.09
Batávia S.A.; Maroca & Russo
(Cotochés) e Perdigão Mato Grosso.
AGE: 18.12.08
Eleva Alimentos S.A.
AGO/E: 30.04.08
Amortização de Ágio - De acordo com o divulgado no fato relevante de 05/01/09 e a
determinação da Comissão de Valores Mobiliários, através do Ofício/CVM/SEP/GEA-2/Nº
020/2009, a Companhia procedeu à reversão da amortização integral dos ágios, no
montante bruto de R$ 1.518,6 milhões, líquido das parcelas mantidas no resultado de 2008,
atrelados à aquisição de investimentos e amortizados quando das incorporações ocorridas
em 2008, conforme fatos relevantes divulgados em 11.04.08 e 27.11.08. A reversão ocorreu
consequentemente nos trimestres em que as mesmas haviam sido apropriadas, os quais
foram reapresentados.
Os tratamentos contábil e fiscal serão realizadas de acordo com as práticas atualmente
vigentes e a medida não provoca alteração nos direitos de recebimento de dividendos ou
quaisquer outros direitos dos acionistas.
Desta forma, o montante de R$ 1,5 bilhão, relativo ao ágio das aquisições, fundamentado
em previsão dos resultados nos exercícios futuros, foi contabilizado no Ativo Não Circulante,
sob a rubrica “Intangível” e será objeto de avaliação anual pelo teste de impermanent (não
recuperabilidade ).
Remuneração aos Acionistas - A AGO/E também ratificou a decisão do Conselho de
Administração tomada em reunião realizada em 11/04/2008, que aprovou a remuneração
aos acionistas no montante total de R$ 76,4 milhões, correspondentes a R$ 0,37 por ação,
pagos em 29/08/2008, no valor de R$ 0,25 por ação e em 27/02/2009 no valor de R$ 0,12
por ação sob a forma de juros de capital, com a devida retenção de Imposto de Renda na
Fonte, conforme legislação em vigor. O montante distribuído aos acionistas, relativo ao
exercício de 2008, representou 140% do lucro líquido apurado no período.
MERCADO ACIONÁRIO
Por conta do ciclo atribulado que arrefece os mercados de capitais internacionalmente, a
performance das ações e dos ADRs da Companhia foi significativamente prejudicada, a
exemplo do que ocorreu com os ativos mundiais de outras Companhias Abertas.
As ações – PRGA3 no ano tiveram queda de 32,8%, inferior à registrada nos principais
100
Índices brasileiros, e os ADRs - PDA desvalorizaram 46,4% – decréscimo maior devido ao
ajuste de preço em relação ao cambio. No último trimestre os papéis acumularam queda de
18,3% e 32,6%, respectivamente para as ações e para os ADRs no ano.
PRGA 3
4T08
COTAÇÕES - R$ *
VOLUME DE AÇÕES NEGOCIADO (MILHÕES)
4T07
2008
29,74
45,9
44,26
59,3
PERFORMAN CE
(18,3%)
10,7%
(32,8%)
47,6%
ÍNDICE BOVESPA
IGC
(24,2%)
(21,8%)
5,7%
(2,4%)
(41,2%)
(45,6%)
43,6%
31,5%
ISE
(28,6%)
12,8%
(41,1%)
40,4%
PDA
4T08
COTAÇÕES - US$ *
VOLUME DE ADRs NEGOCIADO (MILHÕES)
PERFORMAN CE
ÍNDICE DOW JONES
4T07
29,74
209,4
2007
2008
26,38
49,24
26,38
14,1
6,9
45,3
(32,6%)
(19,1%)
12,1%
(4,5%)
(46,4%)
(33,8%)
44,26
197,6
2007
49,24
23,0
78,6%
6,4%
* Fechamento
O volume financeiro médio diário foi de US$ 26,8 milhões no ano, 45% acima do mesmo
período do ano anterior e US$ 16,4 milhões no último trimestre, 45% inferior, devido as
turbulências vivenciadas no mercado de capitais, considerando as negociações realizadas
na Bolsa de Valores de São Paulo e na NYSE – New York Stock Exchange.
720
680
640
600
560
520
480
440
400
360
320
280
240
200
160
120
80
40
-
450
400
350
300
250
200
150
100
50
7
4
5
8
8
6
5
7
8
5
7
6
5
7
8
/06 et/ 06
z/0
z/0
z/0 ar/0
z/0
r/0 ju n/0 set/ 0
r/0 ju n/0 set/ 0 ez/0
r/0 ju n/0 set/ 0
ju n
s
de
de
de
de
d
m
ma
ma
ma
PRGA3
PDA
Preço PRGA3 (US$)
O volume físico negociado de ações e dos ADRs cresceu 6% e 97%, respectivamente, no
ano. Com estes resultados, a Perdigão liderou as transações do setor na Bovespa,
representando 37,8% desses negócios e ficou com 43,2% das operações de ADRs do setor
na NYSE, mantendo uma boa performance em relação ao seus competidores e ao próprio
mercado pela confiança depositada por nossos investidores devido ao elevado grau de
governança corporativa, à performance de resultados e à estratégia bem delineada de longo
101
Preço (base 100 = Dez/04 )
Volume (US$ milhões)
4º Trimestre 2008: US$ 16,4 MILHÕES/DIA - 45% INFERIOR
2008: US$ 26.8 MILHÕES/DIA - 45% SUPERIOR
prazo.
Desempenho das Ações X Ibovespa
Desempenho dos ADRs X Dow Jones
140
125
PRGA3
67
100
100
Dow Jones
66
75
IBOV
59
50
25
60
PDA
54
20
08
z/
de
08
v/
no
8
t/0
ou
8
t /0
se
08
o/
ag
8
l/0
ju
08
n/
ju
8
/0
ai
m
8
r/0
ab
8
/0
ar
m
08
v/
fe
08
n/
ja
08
z/
de
08
v/
no
8
t/0
ou
8
t /0
se
08
o/
ag
8
l/0
ju
08
n/
ju
8
/0
ai
m
8
r/0
ab
8
/0
ar
m
08
v/
fe
08
n/
ja
PRGA3
PDA
IBOV
Dow Jones
BALANÇO SOCIAL
A Perdigão encerrou o ano com 59 mil funcionários, 31,9% superior ao registrado no ano
anterior, consolidando as empresas adquiridas: Eleva, Plusfood e Cotochés e gerando
novas oportunidades através de seu constante crescimento orgânico. O faturamento líquido
por funcionário/ano teve um crescimento de 30,3% e a produtividade ficou 37,7% melhor,
mesmo considerando a absorção maior de produtos in-natura no portifólio.
Foram investidos R$ 195,7 milhões, 52,0% acima, no ano, especialmente em benefícios
para com alimentação, previdência privada, saúde, educação, capacitação e treinamento e
transportes. Os investimentos em meio ambiente totalizaram R$ 29,3 milhões no ano, 30,5%
acima do ano anterior.
Principais Indicadores
2008
Número de Funcionários
Faturamento Líquido por Funcionário/ano - R$ mil
Produtividade por Funcionário (ton/ano)
2007
Var. %
59.008
193,1
44.752
148,2
31,9
30,3
57,0
41,4
37,7
Alinhada com sua responsabilidade social e comprometida com o desenvolvimento de seus
funcionários a Perdigão desenvolve, os seguintes principais programas:
Programa Trainee – Com objetivo de atrair jovens com alto potencial para desenvolverem
carreira na companhia, garantindo a sustentabilidade do negócio e o futuro da Perdigão.
Com alto índice de aproveitamento, ao longo de 2008 os trainees passaram por um
programa de desenvolvimento e tiveram a oportunidade de conhecer profundamente a
cultura da companhia, ficando preparados para ocuparem suas posições na empresa. O
Programa Trainee 2009 que totaliza 20 pessoas teve mais de 70% de aumento no número
total de inscritos.
PROHAB – Programa Habitacional - Consciente de seu papel como agente de
desenvolvimento social, a Perdigão criou o PROHAB – Programa Habitacional Perdigão,
que busca facilitar a aquisição da casa própria pelos funcionários da empresa. Em 10 anos,
o PROHAB já entregou 608 moradias. Em 2008 foi entregue o condomínio Novo Horizonte,
102
com 271 casas, em Nova Mutum (MT). A empresa também iniciou as obras de 64
apartamentos em Videira (SC), 112 apartamentos em Marau (RS) e o projeto de construção
de 192 apartamentos em Carambeí (PR). Até 2010 serão mais 639 unidades habitacionais
entregues aos funcionários.
Jogos da Integração - Criado com o objetivo de estimular o acesso à cultura, o
aperfeiçoamento esportivo, a integração e a promoção do bem-estar de seus funcionários,
envolvendo e estimulando a confraternização nas comunidades onde a empresa está
instalada, os Jogos da Integração Perdigão configuram uma promoção corporativa, com
incentivo da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e correspondem ao maior evento
cultural e esportivo do meio empresarial brasileiro. O evento realizado em Carambeí-PR, em
2008, reuniu mais de 1.300 funcionários-atletas para uma disputa saudável em 20 diferentes
modalidades, proporcionando a integração das famílias dos funcionários e da comunidade
em geral.
Ciclo de Exibições e Debates - A empresa patrocinou um circuito levando o melhor do
cinema nacional através do Cinema em Movimento – projeto da produtora MPC &
Associados, que, durante três meses, itinerou por cinco municípios da Região Sul e três
municípios da Região Centro-Oeste, realizando sessões gratuitas de filmes. Ao todo, foram
120 sessões, criando um espaço de reflexão e mobilizando debates com a utilização dos
filmes brasileiros como ferramentas para a educação.
Ação Cidadania - promovida nas unidades do Centro-Oeste e do Sul do Brasil beneficiaram
aproximadamente 50 mil pessoas com atendimentos de saúde, cidadania, esporte, lazer e
cultura, realizados por voluntários.
O valor adicionado gerado no ano cresceu 59,8%, totalizando R$ 3,9 bilhões, advindo da
melhoria das receitas de vendas, com a maior alocação em juros, devido ao impacto
cambial.
Valor Adicionado
R$ milhões
Distribuição do Valor Adicionado
2008
2007
Recursos Humanos
Impostos
1.320,2
1.201,1
969,5
1.018,9
Juros
1.310,9
120,1
Retenção
Juros sobre Capital Próprio
Participações de Acionistas não Controladores
Total
(22,0)
76,4
0,4
3.886,9
221,1
100,2
3,2
2.432,9
Gestão Sustentável – Visando reduzir o impacto dos dejetos da suinocultura sobre o meio
ambiente, o Programa Suinocultura Sustentável iniciado em 2006, foi aprovado pela
Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima. Com prioridade do Instituto Perdigão
de Sustentabilidade, o projeto conta também com suporte financeiro do BNDES e prevê a
redução de 1,8 milhão de toneladas na emissão de CO².
103
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Sustentabilidade – Trabalhamos focados no crescimento com sustentabilidade, uma
evolução comprovada com muito sucesso em nossos 74 anos de existência, valorizando
incessantemente nossos ativos intangíveis, que se configuram como amplos e importantes
diferenciais competitivos contribuindo profundamente para que nossas metas sejam
atingidas. Com o envolvimento de todos, nós acreditamos que é possível harmonizar a
sustentabilidade pautada nos três pilares: econômico-financeiro, social e ambiental.
Com este propósito, a partir deste ano a Companhia passa a seguir as Diretrizes do GRI –
Global Reporting Iniciative para a publicação do relatório anual.
Controle Difuso – Direitos Igualitários
7,1%
14,2%
Previ-BB
Petros
Sistel
12,0%
29,4%
4,0%
1,1%
3,7%
1,0%
0,2%
20,0%
7,3%
Sabiá FIM Previd
Valia
Real Grandeza
Fundo BIRD
Nacional
Tesouraria
Estrangeiros
ADR's (NYSE)
Base: 31.12.08
Número de Ações: 206.958.103 ordinárias
Capital Social: R$ 3,4 bilhões
Rating – A Perdigão possui dois ratings de crédito corporativo, sendo: BB+ (PE), atribuído
pela Standard & Poor´s e Ba1 – (PN) - Global Local Currency Corporate Family da Moody´s
Investor Service, ambas as notas mais elevadas das empresas deste setor no mundo.
Sucessão Planejada – O processo de sucessão, anunciado em abril do ano passado, foi
uma das mais importantes etapas da política de governança corporativa. A definição do
novo diretor presidente reafirmou a relação harmônica entre os integrantes do Conselho de
Administração e da Diretoria Executiva.
Foi eleito em 28.10.08, o novo Diretor-Presidente Executivo, Sr. José Antônio do Prado Fay.
Fay foi nomeado para substituir o Sr. Nildemar Secches, que estava à frente da Presidência
das Empresas Perdigão desde 1995, e concentrou suas responsabilidades, desde então, na
Presidência do Conselho de Administração, cargo que já ocupava simultaneamente desde o
estabelecimento do plano sucessório.
Fay foi o escolhido por sua ampla visão estratégica e seu alinhamento com o foco dos
negócios da empresa, o que foi adicionado à excelente performance alcançada em seus
104
desafios e a sua bagagem profissional em empresas como Batávia (presidente), Electrolux,
Petrobrás, entre outras. Fay esteve à frente da diretoria geral do Negócio Perdigão,
transferido no inicio de 2007, da empresa Batávia, quando o sistema de gestão da
companhia foi revisto, introduzindo o modelo de Unidades de Negócios.
Dando continuidade ao processo de sucessão planejada, o Conselho de Administração
aprovou, em substituição aos executivos aposentados e transferidos, a nomeação de novos
executivos para as seguintes diretorias: Diretoria de Finanças e RI, Diretoria de Operações,
Diretoria de Logística e Suprimentos, Diretoria de Controle e Planejamento e Diretoria de
Negócios Perdigão.
Premiações e
Destaques
Melhor Empresa em
Governança
Corporativa
Awards 2008
Grand Prix nas categorias:
Melhor Programa de RI,
Relatório Anual, Website,
Conference Call, Marca
Corporativa e Profissional
de RI.
Melhores Companhias
Abertas
Prêmio Prata - Categoria
Valor de Mercado entre R$
5 e 15 bilhões
Criação de Valor
Setor de Alimentos
Melhores CEOs
Categoria Bens de
Consumo
Most Shareholderfriendly Companies
Categoria Bens de
Consumo
Oferta Primária de
Ações
Prata, Categoria: público,
corretoras e ranking
Bronze, Categoria:
corretoras
Motivo
Instituição
A distinção do mercado de capitais se
deve ao estabelecimento de regras de
elevado
padrão
de
governança
corporativa aderindo ao Novo Mercado
da Bovespa, com controle difuso,
mecanismos de proteção e direitos
igualitários para nossos acionistas,
buscando sempre a agregação de
valor, com maior transparência e
liquidez, além de criação de bases para
o crescimento nos negócios, pautados
na
sustentabilidade
econômicofinanceira, social e ambiental.
Liquidez,
retorno
econômico
da
Companhia (variação do EVA, entre os
anos de 2006 e 2007), retorno
econômico da ação (TSR-Custo de
Capital), Governança Corporativa e
Sustentabilidade.
Melhor geração de valor no ano de
2007.
Pesquisa realizada com investidores e
instituições internacionais
Pesquisa realizada com investidores e
instituições internacionais pelo bom
relacionamento com seus investidores
Escolhida entre as Melhores Ofertas
Primárias de Ações realizadas em
2007, de acordo com o Ranking.
105
IR Magazine
A pesquisa foi conduzida pela
Fundação Getúlio Vargas –
FGV.
Revista Capital Aberto
Com a Consultoria da Stern
Stewart e sob a orientação do
Prof. Alexandre di Miceli da
Silveira, do C.E. em
Governança Corporativa da
FIPECAFI.
Abrasca
Institutional Investor
Ranking da revista
americana
Institutional Investor
Ranking da revista
americana
InfoMoney
Administra um dos maiores
portais de finanças da internet
brasileira.
Prêmio Fritz Muller
Categoria: Gestão
Ambiental
Empresa Modelo em
Sustentabilidade
Edição 2008
Lançamento do Ano
Categorias: Pratos
Prontos,semiprontos,
resfriados e congelados e
Lacticínios
Embalagem-Marca
Grandes Cases de
Emabalagem
Pelo Sistema de Gestão Integrada da
unidade de Herval d’Oeste-SC
Fundação do Meio
Ambiente (Fatma)
A metodologia de avaliação reúne o
conceito de sustentabilidade, baseado
nas três dimensões: ambiental, social e
econômico financeiro e avalia aspectos
como estratégia, compromissos e
práticas em todos esses campos,
incluindo questões como transparência
e conduta em relação a suborno e
corrupção.
A marca Perdigão foi vencedora com o
produto picanha suína e a marca
Batavo com o iogurte desnatado com
mel – Pense Light.
Guia Exame de
Sustentabilidade
A Perdigão e a Y&R foram destaque
com os produtos Lazanhas e Pizzas
Perdigão. O prêmio tem como objetivo
destacar e valorizar as melhores
embalagens
brasileiras,
incluindo:
design
e
inovação,
resultados
mercadológicos, praticidade e impacto
ambiental.
Revista Super Hiper da
ABRAS
Revista
EmabalagemMarca
Ativos Intangíveis – Mais do que importantes e fortes diferenciais competitivos, nossos
ativos são compreendidos e distinguidos por nossos stakeholders, o que eleva ainda mais
nosso comprometimento em gerar valor, coligando a imagem institucional, as nossas
marcas, o nosso capital humano, a política e os processos de gestão, tecnológicos e
ambientais, a competência, a ética, a transparência e a inovação, sempre presentes.
Gestão de Riscos - A Perdigão adota práticas de gerenciamento para minimizar os riscos
aos quais está exposta. Entre os principais riscos estão os de ordem operacional: mercados
de atuação, controle sanitário, grãos, segurança alimentar, proteção ambiental, controles
internos e riscos financeiros, cujo detalhamento se encontra na nota explicativa 17 das
Demonstrações Financeiras.
Novo Mercado – A Perdigão aderiu ao Novo Mercado da BM&fBovespa em 12.04.06,
estando vinculada a Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme cláusula compromissória
constante no u estatuto social e no regulamento.
Auditoria Independente – Não houve desembolsos relativos à honorários de consultoria
pagos aos auditores independentes no ano. A contratação destes serviços requer uma
aprovação prévia do Conselho de Administração e segue as regras de restrições
estabelecidas pela legislação e desde que não coloque em risco a independência e a
objetividade dos nossos auditores.
As informações financeiras da Companhia aqui apresentadas estão de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil e formam parte das demonstrações financeiras
auditadas. As informações não financeiras, assim como outras informações operacionais,
não foram objeto de auditoria por parte de nossos auditores independentes.
106
PERSPECTIVAS
Os sólidos programas de investimentos da Companhia e o esforço na diversificação e
expansão dos negócios, com vistas ao crescimento disciplinado e sustentado, passando
pelo fortalecimento das marcas e dos negócios nos mercados de atuação, nos
proporcionam confiança no progresso gradativo e consistente de nossos resultados.
Nossa diretriz de geração real de valor continuadamente foi regulada em plano estratégico
de longo prazo e considera firmemente a proteção dos nossos ativos e passivos e a
amenização dos impactos que possam gerar riscos aos nossos negócios, com o intuito de
resguardar os investimentos e a confiança de nossos acionistas.
Conforme processo de sinergia delineado para os negócios incorporados, a revisão e
redução das despesas comerciais são componentes das economias previstas que serão
possíveis a partir da implementação do sistema de tecnologia de informações – SAP, cuja
conclusão está prevista para o início de 2009 e permitirá ganhos importantes de sinergias de
distribuição e logística, com melhoria de procedimentos e integração de linhas de produtos e
clientes, somados aos benefícios dos processos operacionais administrativos que serão
centralizados no CSP – Centro de Serviços Perdigão.
Outro importante Projeto em desenvolvimento é o Novo Modelo Comercial, iniciado neste
ano e que terá continuidade nos próximos anos, com foco estratégico nos clientes,
maximizando a força do portifólio de nossos negócios, nossas marcas e nossa cadeia de
distribuição.
Com o objetivo de ajustar os níveis de estoques da indústria em relação ao processo de
desestocagem iniciado pelos importadores no final de 2008, a Empresa anunciou o corte de
20% dos volumes de carnes da produção voltada para o mercado externo, durante o
primeiro trimestre de 2009, incluindo paradas técnicas e férias coletivas aos funcionários
destas unidades.
Entendemos que 2009 será um ano de adequações e ajustes internacionais. Entretanto,
preparamos a Companhia para seguir sua direção de crescimento, com gestão equilibrada
dos riscos dos negócios e maximizando as oportunidades que surgirem.. Em síntese, o foco
primordial da administração será a consolidação dos novos negócios absorvidos.
A construção de uma das maiores empresas de alimentos do mundo, somente acontece
pela determinação e capacidade de buscar as melhores oportunidades, especialmente em
momentos desafiadores como o atual. Em parceria com nossos stakeholders e em harmonia
com nossa disciplina de gestão, foco em nossos mercados no curto prazo e em nossa
estratégia de médio e longo prazo, vamos prosseguir na busca concreta de geração de valor
aos nossos investidores.
São Paulo, março de 2009.
Nildemar Secches
Presidente do Conselho de Administração
José Antônio do Prado Fay
Diretor-Presidente
107
Anexo I
PERDIGÃO S.A.
COMPANHIA ABERTA - CNPJ 01.838.723/0001-27
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS CONDENSADAS
(em milhões de reais)
BALANÇO PATRIMONIAL
31.12.2008
31.12.2007
11.219,5
6.543,3
CIRCULANTE
5.985,1
3.768,2
NÃO CIRCULANTE
5.234,4
2.775,1
ATIVO
597,1
254,3
1,0
134,8
Imobilizado
2.918,5
2.136,9
Intagível
1.545,7
-
Diferido
172,1
249,1
Realizável a longo prazo
Investimentos
11.219,5
6.543,3
CIRCULANTE
3.080,9
1.941,3
NÃO C IRCULAN TE
4.027,4
1.376,1
PASSIVO
0,7
PARTICIPAÇÕES DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
-
4.110,6
3.226,0
3.445,0
2.500,0
Reservas
703,7
726,0
Resultados acumulados
(38,1)
Capital social realizado
-
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
4T08
4T07
VAR. %
2008
2007
VAR. %
3.576,1
2.276,0
57,1%
13.161,3
7.788,6
69,0%
Mercado interno
2.278,5
1.417,4
60,8%
8.104,2
4.589,2
76,6%
Mercado externo
1.297,6
858,7
51,1%
5.057,1
3.199,4
58,1%
(353,8)
46,3%
(1.768,3)
(1.155,2)
53,1%
RECEITA OPERACIONAL B RUTA
(517,7)
Deduções de vendas
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
Custo das vendas
3.058,4
1.922,2
59,1%
11.393,0
6.633,4
71,8%
(2.146,7)
(1.365,9)
57,2%
(8.634,2)
(4.760,1)
81,4%
LUCRO BR UTO
911,7
556,3
63,9%
2.758,9
1.873,3
47,3%
Despesas operacionais
(600,2)
(400,4)
49,9%
(2.050,3)
(1.369,4)
49,7%
LUCRO OPERACIONAL ANTES DAS FINANCEIRAS
311,5
155,9
99,8%
708,5
503,9
40,6%
Financeiras líquidas
(383,9)
(69,4)
-
(630,3)
(105,4)
498,1%
Outros resultados operacionais
(139,1)
(5,1)
-
(261,9)
(14,8)
-
RESULTADO OPERA CIONAL ANTES DOS IMP. E PART.
(211,4)
81,5
-
(183,7)
383,7
-
Imposto de renda e contribuição social
191,4
26,6
619,9%
255,3
(32,1)
-
(12,0)
-
(16,9)
(27,2)
(37,9%)
(0,1)
1,5
-
(0,4)
(3,2)
(87,9%)
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
(20,1)
97,6
-
54,4
321,3
(83,1%)
EBITDA
464,8
240,4
93,3%
1.159,3
802,7
44,4%
0,0
Participações dos administradores e funcionários
Participações de acionistas não controladores
108
Anexo II – DRE Trimestral
DRE
4T08
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
MERCADO INTERNO
MERCADO EXTERNO
DEDUÇÕES DE VENDAS
CUSTO DAS VENDAS
LUCRO BRUTO
DESPESAS OPERACIONAIS
COMERCIAIS
ADMINISTRATIVAS
LUCRO OPERACIONAL ANTES DAS FINANCEIRAS
FINANCEIRAS LÍQUIDAS
DESPESAS FINANCEIRAS
RECEITAS FINANCEIRAS
OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS
RESULTADO OPERACIONAL ANTES DOS IMPOSTOS E PART.
PROVISÃO PARA IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
PARTICIPAÇÃO DOS ADM./EMPREGADOS
2T08
1T08
3.576,1
3.487,5
3.251,0
2.846,7
2.278,5
1.297,6
2.090,6
1.396,9
1.992,5
1.258,6
1.742,7
1.104,0
(517,7)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
3T08
(447,3)
(418,3)
(385,0)
3.058,4
3.040,1
2.832,8
2.461,7
(2.146,7)
(2.353,9)
(2.208,2)
(1.925,3)
911,7
686,2
624,6
536,4
(600,2)
(514,8)
(489,9)
(445,5)
(562,8)
(473,7)
(453,6)
(401,1)
(37,4)
(41,1)
(36,3)
(44,3)
311,5
171,4
134,7
(383,9)
(669,1)
(244,0)
(457,5)
32,0
11,3
91,0
(34,5)
(131,2)
285,2
213,5
20,8
96,7
(139,1)
(55,8)
(51,0)
(15,9)
(211,4)
(128,4)
191,4
85,4
0,0
115,7
40,6
(36,5)
15,0
(9,3)
(3,2)
(4,5)
PARTICIPAÇÃO ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES
RESULTADO LÍQUIDO
(0,1)
(20,1)
(0,1)
(52,4)
(0,1)
75,9
(0,1)
51,0
EBITDA
464,8
274,9
MARGEM EBITDA
15,2%
9,0%
233,2
8,2%
186,4
7,6%
As declarações contidas neste relatório relativas à perspectiva dos negócios da Empresa, às projeções e resultado e ao
potencial de crescimento da Empresa constituem-se em meras previsões e foram baseadas nas expectativas da administração
em relação ao futuro da Empresa. Estas expectativas são altamente dependentes de mudanças no mercado, do desempenho
econômico geral do país e do setor e dos mercados internacionais, estando sujeitas a mudanças.
109
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