“Instala Instalações Elétricas”. “NOTAS DE AULA” Aspectos Básicos Definições e conceitos fundamentais Tensões Equipamentos de utilização Estrutura e alimentação Prescrições fundamentais da NBR5410 – Tabelas diversas. Influências externas Definições e conceitos fundamentais Componentes (de instalação) Termo geral que se refere a um equipamento, a uma linha elétrica ou a qualquer outro elemento necessário ao funcionamento da instalação. Equipamento (elétrico) Unidade funcional, completa e distinta, que exerce uma ou mais funções elétricas relacionadas com geração, conversão, transmissão, distribuição ou utilização de energia elétrica. Equipamento (elétrico) - termo inclui: - Máquinas - Transformadores - Dispositivos - Aparelhos de medição - Equipamentos de utilização Dispositivo (elétrico): Equipamento destinado a ser ligado a um circuito elétrico, com o objetivo de desempenhar uma ou mais das seguintes funções: proteção, comando, controle, conexão, seccionamento e manobra. Funções Manobra: - Mudança na configuração elétrica de um circuito, feita manual ou automaticamente por dispositivo adequado e destinado a essa finalidade. Comando: - Ação humana ou de dispositivo automático, o qual modifica o estado ou a condição de um circuito. Na prática “comando” inclui todas as funções que permitem ao Usuário intervir voluntariamente num circuito ou num equipamento com a finalidade de mudar a sua configuração. Proteção: - Ação automática provocada por dispositivos sensíveis a determinadas condições anormais que ocorrem num circuito, no sentido de evitar danos às pessoas e aos animais e/ou evitar danos a um sistema ou equipamento elétrico. Seccionar: - Desligar completamente um dispositivo elétrico ou circuito de outros dispositivos elétricos ou circuitos, provendo afastamentos adequados que assegurem condições de segurança especificadas em relação a quaisquer circuitos vivos. Controle: - Ação intencional sobre um sistema, ou num sistema, para alcançar objetivos especificados. Linha elétrica Conjunto constituído por um ou mais condutores, com os elementos de sua fixação e suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, destinado a transportar energia elétrica ou a transmitir sinais elétricos. Numa instalação, equipamentos destinados a: - Alimentação: transformadores, geradores e baterias. - Manobra, comando e proteção: dispositivos (chaves, disjuntores, dispositivos fusíveis). - Utilização (equipamentos de utilização): . Industriais e análogos . Não industriais . De iluminação Aparelhos Equipamentos - Fixos - Estacionários - Portáteis - Manuais Caixa de derivação - Passagem / ligação de condutores - Ligação de dispositivos Tomadas de corrente - Ligação de equipamentos de utilização por plugue - De uso específico - TUE - De uso geral - TUG Equipamentos de utilização fixos - Ligação direta pelos condutores do circuito - Ligação a TUE - Caixa de derivação exclusiva (considerada como TUE) Equipamentos de utilização portáteis / manuais Portáteis: suportados pelas mãos. Manuais: Fácil locomoção. Batedeira elétrica, Liquidificador, etc Quadro de distribuição- QD Equipamento elétrico destinado a receber energia elétrica, através de uma ou mais alimentações, e a distribuí-la a um ou mais circuitos, desempenhando as funções de proteção, seccionamento, controle e/ou medição. Quadro de distribuição terminal-QT Alimenta circuitos terminais. Em instalação de baixa tensão existem 2 tipos: - Circuito terminal - alimenta equipamentos de utilização diretamente através de tomadas - Circuito de distribuição - alimenta um ou mais QDs Potências Potência instalada (de instalação, parte, conjunto de equipamentos) Soma das potências nominais dos equipamentos de utilização existentes e/ou previstos. Correntes, faltas e sobrecorrentes. Falta elétrica Contato ou arco acidental entre partes sob potenciais diferentes ou uma da partes pode ser a massa ou terra “falta para massa” ou “falta para terra” - Impedância desprezível - “falta direta” Causa de falta - “falha de isolamento” Sobrecorrente Corrente que excede um valor nominal (para condutores esse valor é a “capacidade de condução de corrente”) Nas instalações BT, sobrecorrente por:Sobrecarga ou por Falta elétrica. - Corrente de sobrecarga (sem falta) - Corrente de curto-circuito falta direta entre condutores vivos - Corrente de fuga Corrente de condução que devido à isolação imperfeita, percorre caminho diferente do previsto. Corrente de fuga (de instalação) Corrente que, na ausência de falta, flui para a terra ou para elementos condutores estranhos à instalação. Corrente de projeto (IB) - (de circuito) Corrente máxima prevista para ser transportada por um circuito durante seu funcionamento normal. Sobretensões nas instalações De origem atmosférica - transitória, pela rede de distribuição. De manobra - transitória, por equipamentos internos ou externos (rede). Surto Onda transitória de tensão, corrente ou potência caracterizada pela elevada taxa de variação e que se propaga ao longo de um sistema elétrico. Sobretensões, surtos e impulsos. Sobretensão Tensão cujo valor de crista é maior do que o valor de crista correspondente à tensão máxima de um sistema ou equipamento Usualmente - surto = sobretensão transitória (surto atmosférico, surto de manobra) Impulso (de corrente / tensão) Transitório produzido em laboratório para efeito de ensaios de componentes de uma instalação Formas padronizadas - mais comum é o impulso triangular. Impulso triangular Curtos-circuitos típicos - Correntes muito elevadas e assimétricas - Valor eficaz da corrente não é constante - Não se pode separar “i” de “t”; deve-se considerá-los em conjunto na integral. Integral de Joule I t 2 é uma ferramenta muito útil no trabalho com correntes elevadas e de curta duração. Choque elétrico Efeito patofisiológico produzido pela passagem de corrente (corrente de choque) pelo corpo (homem/animal) Eletrocussão - Choque elétrico fatal Estudo da proteção contra choques - 3 elementos básicos - Parte viva - Massa - Elemento condutor estranho (à instalação) Parte viva Parte condutora destinada a ser energizadas em condição de uso normal, incluindo o condutor neutro, mas por convenção, não incluindo o condutor “PEN”. Massa Parte condutora que pode ser tocada e que normalmente não é viva mas pode tornar-se viva em condições de falta Invólucro metálico / carcaça Elemento condutor estranho à instalação Elemento que não faz parte da instalação elétrica, mas que pode nela introduzir um potencial, geralmente o da terra Pisos / Paredes não isolantes, canalizações metálicas, etc... Tipos de choques: Direto / Indireto. Por contato direto contato com partes vivas Por contato indireto contato com massa que ficou sob tensão. Solos - Materiais isolantes (silicatos, óxidos), sais minerais ionizáveis, água e carbono-Condução por “ionização”. Resistividade = função (composição, temperatura, umidade). R=ρ (L / S) Ω ρ= R (S/L) mm². Ω / m. Rca = Rcc (1+ys+yp) m Ω/m (resistência num condutor para corrente alternada. Solos “bons condutores” ρ= 50 a 100 Ω.m (cobre recozido a 20ºC - ρ= 17,24 x 10-9 Ω.m) - Pantanosos, com resíduos vegetais, em fundos de vales, nas margens de rios Solos “maus condutores” Arenosos, rochosos, em locais altos sem vegetação. Aterramento Ligação intencional com a terra, escoar as correntes indevidas o mais rapidamente possível para a terra. Eletrodo de aterramento Condutor ou conjuntos de condutores enterrados no solo e eletricamente ligados a terra, para fazer um aterramento. Equipamentos a motor: Características - Corrente de partida >> corrente nominal - Potência absorvida determinada pela potência mecânica no eixo. Estrutura e Alimentação Alimentação de uma Instalação: Rede pública BT Rede pública AT com trafo / subestação da concessionária Rede pública AT com subestação do usuário Gerador próprio, bateria. Conexão Elétrica. Ramal de Ligação Ramal de ligação Ponto de derivação REDE PÚBLICA AT / BT Proteção e Medição Ponto de entrega Ramal de entrada Entrada consumidora Ponto de entrega Ponto em que o sistema da concessionária e do consumidor está ligado Instalação do consumidor Ramal de Ligação Tensão de alimentação - Tensão fase-fase ou fase-neutro no ponto de entrega - Pode ser indicada por “faixa de tensão de alimentação” Classificação IEC (Tensões de designação) Classificação - Média tensão não é definida pela IEC Sistemas ca com 100 V ≤ U ≤ 1000 V Tensões de designação U (V), Uo/U (V) Sistemas AC com 100 V ≤ U ≤ 1000 V Influências Externas: (ver tabelas em anexo) Classificação / Codificação (2 letras e 1 algarismo) - 1a Letra - Categoria geral - A, B ou C. . A - Meio ambiente . B - Utilização . C - Construção das edificações - 2a Letra - Natureza da influência - A, B, C, D , ... - Algarismo - Classe da influência - 1, 2, 3, ... Categoria Meio ambiente Utilizações Construção das edificações Descrição Temperatura ambiente Altitude Presença de água Presença de corpos sólidos Presença de substâncias corrosivas ou poluentes Solicitações mecânicas: - Choques mecânicos - Vibrações Presença de flora e mofo Presença de fauna Influências eletromagnéticas, eletroestáticas ou ionizantes Radiações solares Raios Competência das pessoas Resistência elétrica do corpo humano Contato das pessoas com o potencial local Condições e fuga das pessoas em emergência Natureza das matérias processadas ou armazenadas Indicaçã o AA AC AD AE AF Tabela da NBR5410 1 2 3 4 5 AG AH AK AL AM 6 (a) 6 (b) 7 8 9 NA AQ BA BB BC BD BE 10 11 12 13 14 15 16 CA CB 17 18 Materiais de construção Estrutura das edificações Proteção contra contatos diretos - Isolação das partes vivas - Barreiras / Invólucros - Obstáculos - Colocação fora de alcance - Dispositivo DR/AS Tensões de contato limite (UL) Natureza da corrente Situação 1 Alternada, 15Hz - 1000Hz 50 25 120 60 Contínua sem ondulação 2) Situação 2 Aterramento: Terra de referência - “potencial zero” em todos os pontos Resistência de aterramento (do eletrodo) - RT = U / I Condutor – Tabelas em anexo. Produto metálico, geralmente de forma cilíndrica, em forma de tubo ou com seção perfilada, de comprimento muito maior do que a maior dimensão transversal, utilizado para transportar energia elétrica ou transmitir sinais elétricos. Condutores isolados, cabos uni/multipolares. Temperaturas definidas para um condutor elétrico: Isolação PCV, EPR,XLPE. Temperatura máxima para serviço contínuo - θz Temperatura de sobrecarga - θs Temperatura de curto-circuito - θk Condutores em cobre e alumínio: Alumínio: uso em linhas de transmissão. Iz - Função de: corrente nominal dos condutores elétricos, função: - Material (Cu, Al) - Seção nominal - Isolação (θz) - Temperatura ambiente (θA) - Maneira de instalar (tipo de linha, agrupamento) Restrições ao uso dos condutores em alumínio. Estabelecimentos industriais Estabelecimentos comerciais S ≥ 16 mm2 Alimentação por trafo ou gerador próprios S ≥ 50 mm2 Locais exclusivamente BD1 Instalação e manutenção por pessoal BA5 Critério da Capacidade de Condução de Corrente. Maneiras de instalar. 9 A1 - condutores isolados em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante; 9 A2 - cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante; 9 B1 - condutores isolados em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira; 9 B2 - cabo multipolar em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira; 9 C - cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede de madeira; 9 D - cabo multipolar em eletroduto enterrado no solo; 9 E - cabo multipolar ao ar livre; 9 F - cabos unipolares justapostos (na horizontal, na vertical ou em triófilo) ao ar livre; 9 G - cabos unipolares espaçados ao ar livre. Critério de dimensionamento para circuitos trifásicos a 4 condutores com cargas não lineares condições preliminares - Apenas harmônicas de 3a ordem - Circuitos razoavelmente equilibrados (deseq. < 50%) - SN = SF - 4 condutores carregados Critério da Queda de Tensão (V/AxKm) Iluminação adotar ∆V% = 2% Proteção contra sobrecorrentes 9 9 9 9 Aspectos gerais Integral de Joule Critérios gerais da proteção Proteção contra correntes de sobrecarga 9 Proteção contra correntes de curto-circuito 9 Proteção de condutores em paralelo Aspectos Gerais Causas principais das correntes de sobrecarga - Má avaliação da simultaneidade de funcionamento dos equipamentos de setor de instalação. - Substituição / inclusão de equipamentos em circuitos - Motores com sobrecarga Causas principais das correntes de curto-circuito - Faltas diretas - Faltas não-diretas (evoluem para faltas diretas) - Erros de ligação - Ligação de equipamentos em curto Integral Joule Critérios Gerais da Proteção Dispositivos - Correntes de sobrecarga e de curto-circuito . Disjuntores (NBR IEC 947-2, NBR IEC 898, NBR 5361) . Dispositivos fusíveis com fusíveis tipo gG (NBR 11840) . Disjuntores associados a dispositivos fusíveis (NBRIEC 947-2, NBR IEC 898) Dispositivos - Correntes de curto-circuito . Disjuntores (NBR IEC 947-2, NBR IEC 898, NBR 5361). . Dispositivos fusíveis com fusíveis Tipo gG, gM e aM Dispositivos - Correntes de curto-circuito . Disjuntores (NBR IEC 947-2, NBR IEC 898, NBR 5361). . Dispositivos fusíveis com fusíveis Tipo gG, gM e aM Proteção contra correntes de sobrecarga Omissão da proteção possível - Linha a jusante de troca de seção de natureza, de maneira de instalar ou de constituição protegida por DP a montante. - Linha não susceptível de ser percorrida por correntes de sobrecarga, sem derivação / tomada. Omissão da proteção recomendada - Circuitos de excitação de máquinas rotativas - Circuitos de eletroímãs de levantamento - Circuitos secundários de TCs - Circuitos de bombas de incêndio Proteção contra correntes de curto-circuito Corrente de curto mínima presumida - Expressões de Ikmin válidas para S ≤ 95mm2 - Fatores de multiplicação (considerando a reatância X) . 0,90 para 120mm2 . 0,85 para 150mm2 . 0,80 para 185mm2 . 0,75 para 240mm2 CONDIÇÕES DE PROTEÇÃO Bibliografia: NBR5410-04 Instalações Elétricas – Ademaro Cotrim CPFL MTE – Instalações Elétricas – Hélio Creder. Material de Apoio disciplinas: 1. Materiais Elétricos 2. Eletrotécnica 3. Instalações Elétricas Prof. J.R ABBUD