Qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva – uma revisão bibliográfica 1 Quality of nursing care to patients in the Intensive Care Unit - A literature review Calidad de la atención de enfermería a los pacientes en la Unidad de Cuidados Intensivos - Una revisión de la literatura Campos Maria Aparecida2, Brasileiro Marislei Espíndula3. Qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva – Uma revisão bibliográfica. Revista Eletronica de enfermagem [serial on-line] 2009 ago-dez 1(1) 1-13. Available from: <http://www.ceen.com.br/revistaeletronica>. Resumo: Objetivo: apresentar um apanhado de publicações diversas visando expor e focar a busca e necessidade no aumento da qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva. Materiais e métodos: Estudo exploratório bibliográfico em bibliografia impressa ou virtual, com análise qualitativa elaborada pautada ao tema. Resultados e Discussão: Ao se buscar publicações que se focassem no tema do estudo, observou-se o consenso dos autores que a qualificação/treinamento, a informação, o preparo do profissional, a implantação do atendimento humanizado que se estende à família do paciente a internação em UTI são muito importantes para a sua recuperação. Considerações Finais: Acredita-se que o objetivo almejado foi alcançado, e espera-se colaborar de forma significativa com o aumento da qualidade da assistência de enfermagem em UTI não só para o paciente em tratamento, mas também aos familiares deste. Descritores: UTI, Enfermagem, Qualidade da Assistência, Papel do enfermeiro. Abstract: Objective: present an overview of various publications in order to expose and focus the search and the need to increase the quality of nursing care to patients in the Intensive Care Unit. Materials and methods: Exploratory study literature in literature printed or virtual, with qualitative analysis developed guided by Topic. Results and Discussion: When you check publications that serve the theme of the study, the consensus of the authors that the qualification / training, information, professional preparation, the implementation of humane 1 Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva, do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição/Universidade Católica de Goiás. 2 Enfermeira, especialista em Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição / Universidade Católica de Goiás. 3 Mestre em Enfermagem, orientadora de TCC do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição / Universidade Católica de Goiás. 2 care that extends the family of the patient to the ICU are very important to recovery. Final considerations: It is believed that the desired objective was achieved, and is expected to contribute significantly to improving the quality of nursing care in the ICU not only for the patient in treatment, but also to the families of this. Descriptors: ICU, Nursing, Care Quality, Role of nurse. Résumen: Objetivo: Presentar una visión general de diversas publicaciones con el fin de exponer y centrar la búsqueda y la necesidad de aumentar la calidad de los cuidados de enfermería a los pacientes en la Unidad de Cuidados Intensivos. Materiales y métodos: La literatura Estudio exploratorio en la literatura impresa o virtual, con el análisis cualitativo desarrollado guiado por tema. Resultados y Discusión: Al revisar las publicaciones que sirven el tema del estudio, el consenso de los autores de que la cualificación y formación, información, preparación profesional, la aplicación de cuidado humano que se extiende a la familia del paciente en la UCI son muy importante para la recuperación. Consideraciones finales: Se cree que se logró el objetivo deseado, y se espera que contribuya de manera significativa a mejorar la calidad de los cuidados de enfermería en la UCI, no sólo para el paciente en el tratamiento, sino también a las familias de este. Descriptores: UCI, Enfermería, Calidad de la Atención, Papel de la enfermera. 1 Introdução As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) surgiram no Brasil na década de 70 do século XX. Conceitualmente, verifica-se que a Unidade de Terapia Intensiva destina-se ao atendimento de pacientes em estado agudo ou crítico, mas recuperável, que requerem assistência médica e de enfermagem permanente e especializada. São pacientes sujeitos à instabilidade de funções vitais, que necessitam do apoio de equipamentos especiais de diagnóstico e tratamento.(1) A partir da década de 80, é possível afirmar que, nas instituições hospitalares, houve a tendência e preocupação em alocar o paciente certo na unidade certa, onde se pretende que ele possa dispor de uma infra-estrutura organizada de tal maneira, que todas suas necessidades sejam atendidas com qualidade.(1) Com a evolução da tecnologia e com os avanços científicos no que tange a assistência ao paciente em tratamento em UTI não há muita publicações e estudo no entanto, há a necessidade de estudos que abarquem, também, a dimensão da saúde dos trabalhadores de enfermagem, compreendida em sua abrangência e sentido mais amplo, que engloba a 3 qualidade de vida e humanização do trabalho, aspectos esses, em geral não contemplados em estudos que utilizam métodos puramente quantitativos, para o dimensionamento de pessoal.(1) Embora o profissional de enfermagem esteja absorvido neste mundo tecnológico de cabos, fios e condutores, atento a cada alteração, não deve perder de vista o foco principal de seu trabalho: o cuidado ao paciente.(2) A enfermagem, como profissão, tem o homem como seu centro de preocupação; o ato de cuidar como seu marco referencial; a crescente melhoria da qualidade de vida como meta de trabalho e as áreas do conhecimento que privilegiam o ser humano como domínio do seu saber.(2) Por entendermos o cuidado de enfermagem como um complexo construto, acreditamos que ele possa ter diferentes dimensões, o que não significa dizer que isso possa inviabilizar o entendimento de que ele é humano, ainda que tenhamos que nos apropriar de tecnologias e máquinas para cuidar.(3) Por força dos efeitos negativos do ambiente sobre o paciente, a família e a equipe multiprofissional, uma série de estudos volta-se para a necessidade de humanização dos serviços que utilizam alta tecnologia. O paciente internado na UTI necessita de cuidados de excelência, dirigidos não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, ambientais e familiares que se tornam intimamente interligadas à doença física. A essência da enfermagem em cuidados intensivos não está nos ambientes ou nos equipamentos especiais, mas no processo de tomada de decisões, baseado na sólida compreensão das condições fisiológicas e psicológicas do paciente.(4) Nesta perspectiva, entendemos que no contexto destas unidades, as máquinas de suporte à vida, como ventiladores mecânicos, balões intra-aórticos etc., são tecnologias que exigem da enfermagem habilidades e competências para cuidar que parecem ser o “divisor de águas” entre o cuidado prestado na terapia intensiva e em outras unidades.(3) É importante abordar a necessidade de humanização do cuidado de enfermagem na UTI, com a finalidade de provocar uma reflexão da equipe e, em especial, dos enfermeiros e entende-se que humanizar é uma medida que visa, sobretudo, tornar efetiva a assistência ao indivíduo criticamente doente, considerando-o como um ser biopsicossocioespiritual. Além de envolver o cuidado ao paciente, a humanização estende-se a todos aqueles que estão envolvidos no processo saúde-doença neste contexto, que são, além do paciente, a família, a equipe multiprofissional e o ambiente.(4) Tal cuidado, complexo, envolve as necessidades bio-psicosocio-espirituais e afetivas e esta diretamente relacionado com o processo de comunicação entre o enfermeiro–cliente. Para 4 haver o cuidado eficiente e eficaz, ambos os sujeitos precisam compreender os sinais presentes na relação interpessoal, seja pelos gestos, expressões ou palavras.(5) Deste modo, a comunicação e essencial para uma melhor assistência ao cliente e a família que estão vivenciando o processo de hospitalização, podendo resultar em estresse e sofrimento. Para tanto, o enfermeiro e capacitado a reconhecer a interação enfermeiro– cliente–familia, estabelecendo atitudes de sensibilidade e empatia entre todos, contribuindo com a assistência humanizada.(5) Dada a importância de uma assistência de qualidade ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva voltada aos cuidados de enfermagem, faz-se necessária a elaboração de estudos que apontem diretrizes, novidades, inovações e principalmente informações aos profissionais de enfermagem de UTI. Espera-se, então, colaborar com o aumento da qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva com a elaboração de um estudo qualitativo fazendo um apanhado de publicações diversas que foquem totalmente ou em partes a busca desse aumento que qualidade de assistência de enfermagem nas UTI. 2 Objetivo Apresentar um apanhado de publicações diversas visando expor e focar a busca e necessidade no aumento da qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva. 3 Materiais e Métodos Trata-se de estudo exploratório bibliográfico, em bibliografia impressa ou virtual, com análise qualitativa elaborada relacionada ao tema de interesse com a finalidade de englobar informações de publicações cientificas que enfocam o tema Qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva.(6) Utilizaram-se como fontes de pesquisa bases de dados, como: LILACS, MEDLINE, BDENF, Revistas e Periódicos digitais, entre outros, onde se buscou condensar informações que possibilitasse o alcance dos objetivos propostos.(6) Foram encontrados 18 (dezoito) artigos pautados ao tema em estudo, publicados entre 2001 e 2010. Após relacionadas as publicações e definidas as diretrizes a serem seguidas, realizou-se leitura exploratória do material captado, onde foram selecionadas 12 (doze) que atendiam 5 integralmente ou em parte os objetivo da pesquisa, sendo assim utilizadas como base de dados para alcançar os objetivos da mesma. 4 Resultados e Discussão Ao se buscar publicações que se focassem no tema do estudo, observou-se a escassa gama de estudos sobre Qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva, portanto para alcançar os objetivos deste utilizaram-se os seguintes descritores: UTI, Enfermagem, Qualidade da Assistência, Papel do enfermeiro. As publicações utilizadas estão relacionadas nos referenciais bibliográficos. 4.1Qualificação profissional Das 12 (doze) publicações utilizadas como bases para o estudo há o consenso de 6 (seis) autores, que a qualificação/treinamento, a informação e o preparo do profissional de enfermagem são cruciais para o aumento da qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva. “No atendimento a essas intercorrências, as enfermeiras são responsáveis pela organização de toda a infra-estrutura, recursos materiais, equipamentos e recursos humanos treinados para prestar o atendimento.”(2) “Sabe-se que nem sempre é possível proporcionar o melhor atendimento. Uma boa estrutura de UTI envolve: pessoal em número suficiente e treinado para fornecer assistência específica e observação contínua, planta física elaborada com equipamentos especiais e manutenção constante e organização administrativa preocupada em manter padrões de assistência e programas de educação continuada.”(2) “Desta forma, as Unidades de Terapia Intensiva são consideradas locais especiais que demandam um alto grau de especialização do trabalho da equipe de enfermagem. Exigem do trabalhador um treinamento adequado, uma afinidade para atuar em unidades fechadas e uma resistência diferenciada dos demais que atuam em outras áreas hospitalares.”(3) “Mediante ao recebimento de doentes críticos que evoluem muitas vezes para forma crônica da doença de base e/ou outras adquiridas neste setor, torna extrema a necessidade da implantação de cuidados especiais e, para isso é necessária uma equipe qualificada e preparada para amenizar e/ou evitar o aparecimento de fatores que possam contribuir para esse agravo, e o profissional enfermeiro deve estar ciente da necessidade de liderar sua equipe de forma que possam somar recursos que amenizem tal problema. O cuidado de enfermagem se dá, nesse conturbado ambiente de aparelhagens múltiplas, desconforto, 6 impessoalidade, falta de privacidade, dependência da tecnologia, isolamento social, dentre outros.”(7) “Os profissionais de saúde se tornam o veículo através do qual os saberes de sua formação profissional, as normas e as rotinas são expostas no ambiente de UTI, tornando, por vezes, o discurso dissonante da prática efetivamente realizada no contexto do cuidado.”(8) “Ao longo dos anos, a prática de enfermagem nas unidades hospitalares convive com as mais diversas formas de informação sobre a saúde das pessoas. Todas as observações da enfermagem, até mesmo por necessidades ético-legais, devem ser registradas em instrumentos propostos para esse fim, como forma de gerenciar a assistência e avaliar a qualidade do cuidado.”(8) “Conhecer o que a literatura tem reportado em relação à importância da humanização do cuidado de enfermagem em um ambiente onde a tecnologia prevalece, pode contribuir para desmistificar a atual concepção do senso comum que esta unidade é uma ameaça à vida. Além de avaliar uma nova forma de diminuir os traumas do paciente e da família durante a internação, criando um ambiente mais agradável e acolhedor com profissionais capacitados para perceber a individualidade de cada paciente.”(9) “A alta complexidade dos cuidados prestados na UTI envolve a presença de tecnologia avançada, de profissionais altamente capacitados, de inúmeros procedimentos invasivos e que, muitas vezes, representam a diferença entre a vida e a morte.”(10) 4.2Humanização Projetos de implantação de atendimento humanizado vêem sendo objetivo de estudo de diversos profissionais de saúde e pode-se identificar nitidamente esse fato tirando por base trechos de 8 (oito) autores dos 12 (doze) utilizados na pesquisa. “Apreendemos ainda, a necessidade de prosseguir com outros estudos que abarquem, também, a dimensão da saúde dos trabalhadores de enfermagem, compreendida em sua abrangência e sentido mais amplo, que engloba a qualidade de vida e humanização do trabalho, aspectos esses, em geral não contemplados em estudos que utilizam métodos puramente quantitativos, para o dimensionamento de pessoal, como este.”(1) “Ao refletirmos acerca da “humanização”, podemos até partir da premissa de que os serviços de saúde precisam ser realmente humanizados, pois existem diversas situações, tanto no atendimento quanto nas condições de trabalho, que poderiam realmente ser consideradas “desumanizantes.”(3) 7 “Mesmo considerando que no Programa do Governo Federal a palavra humanização aparece como um propósito a ser alcançado nos serviços de saúde, precisamos não cair na retórica que tem feito da idéia de humanização um discurso que tenta convencer sem, contudo, apresentar argumentações convincentes.”(3) “A humanização deve fazer parte da filosofia de enfermagem. O ambiente físico, os recursos materiais e tecnológicos são importantes, porém não mais significativos do que a essência humana. Esta, sim, irá conduzir o pensamento e as ações da equipe de enfermagem, principalmente do enfermeiro, tornando-o capaz de criticar e construir uma realidade mais humana, menos agressiva e hostil para as pessoas que diariamente vivenciam a UTI.”(4) ”Com a organização e análise dos dados, foram identificadas três categorias principais que deram sentido ao significado do cuidado humanizado na UTI: CUIDADO HUMANIZADO amar ao próximo como a si mesmo; CUIDADO HUMANIZADO - não está presente como deveria estar; ESTRESSE E SOFRIMENTO - é preciso cuidar de quem cuida.”(4) “O ambiente tem influência direta no bem-estar do paciente, família e equipe multiprofissional. As estratégias que facilitam o contato, a interação e a dinâmica no contexto da UTI podem ser consideradas premissa básica para o cuidado humanizado.”(4) “Surgem como alternativas teórico-metodológicas para a prestação de um cuidado solidário, compromissado e, portanto, humanizado. São formas de expressão que incorporam uma necessidade emergente de combater a contradição nos serviços de saúde que ainda trabalham sob a ótica da medicina curativa e impessoal.”(8) “Humanizar um atendimento é dar qualidade às relações que se estabelecem entre profissionais de saúde e pacientes. É acolher as angústias, as dores e o sofrimento diante da fragilidade do corpo, da mente e da falta de contato/suporte social.”(8) “Mesmo que na UTI exista um maior contato dos profissionais com os pacientes, é importante salientar a família como uma unidade a ser considerada no plano/projeto terapêutico, em se tratando de uma perspectiva humanizadora de atenção à saúde.”(8) “A iniciativa de humanizar ou resgatar a dignidade humana “perdida” emerge num momento que pode parecer apenas um discurso equivocado no contexto atual. Mas realmente ele é necessário a partir do momento que os serviços de saúde apresentam situações críticas. Só assim, o discurso de que a tecnologia é o verdadeiro fator desumanizante, irá desaparecer.”(9) “É necessário mais preparo dos profissionais voltadas não só para o aspecto teórico e técnico, como também numa perspectiva mais humanitária. Cabe a eles, uma atitude individual para resgatar essa humanização em relação a um sistema tecnológico dominante.”(9) 8 “A humanização do ato de cuidar, desenvolvida no âmbito da saúde, é uma necessidade que exige repensar sobre o modo como tem sido empregada, principalmente no que tange aos serviços prestados pela equipe de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) .”(10) “Quanto ao papel do enfermeiro em uma UTI, apesar do grande esforço que os enfermeiros possam estar realizando no sentido de humanizar para o cuidado em UTI, esta é uma tarefa difícil, pois demanda atitudes às vezes individuais contra todo um sistema tecnológico dominante. A própria dinâmica de uma UTI não possibilita momentos de reflexão para que seu pessoal possa se orientar melhor pode-se dizer que o mesmo ocupa um importante papel nos momentos de fragilidade, dependência física e emocional do paciente. Isso significa a busca em auxiliar na sua recuperação e, mesmo quando não é possível, ele procura dar-lhe o mínimo de dignidade, utilizando a tecnologia e os conhecimentos científicos, o que faz parte da assistência de enfermagem. Mas, de maneira nenhuma, poderão substituir o afeto, o carinho, a atenção, o toque e o olhar de compaixão que o ser humano, enquanto “cuidador” pode oferecer.”(10) “A equipe de enfermagem devera estabelecer uma relação que ultrapasse o cuidado físico, por meio de ações humanizadas, favorecendo a sua recuperação com qualidade.”(11) “É certo que o dialogo entre os profissionais de saúde, paciente e familiares favorecem um relacionamento de confiança e a obtenção de bons resultados para assistência com qualidade. O ser cuidador precisa saber ouvir, estar presente e ter empatia com o outro ser. Desta forma, ambos se fortalecerão e poderão encontrar a solução para o problema de saude. Isto remete a um significado de humanização da assistência de enfermagem, com interação entre os cuidadores/familiares.”(11) 4.3O paciente em UTI e a Família O ponto comum consenso entre 5 (cinco) autores dos 12 (doze) artigos pesquisados mostra que para a família do paciente a internação em UTI gera muito stress e também as perspectivas de cuidados e muito grande devido os equipamentos e o cuidados de enfermagem intensivos que vai também a de dar atenção a família informar o estado de saúde do paciente. “No entanto, o enfermeiro deve aprofundar seus conhecimentos específicos do cuidado ao cliente em estado crítico, internado em unidade de terapia intensiva, fundamentados nos princípios teóricos, tecnológicos, humanísticos e bioéticos; atualizar conhecimentos em relação às principais questões que permeiam a assistência hemodinâmica, possibilitando ao enfermeiro refletir sobre a sua prática no atendimento a essa clientela e sua família.”(7) 9 “O paciente internado na UTI necessita de cuidados de excelência, dirigidos não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, ambientais e familiares que se tornam intimamente interligadas à doença física.”(4) “Humanizar - um cuidado além de técnico, com uma dose de sentimento; Ambiente Humanizado - poder ver o azul do céu, o verde das árvores, a luz do sol e Humanizar – dar atenção ao paciente e seus familiares.”(4) “A equipe de enfermagem está, provavelmente, exposta a um nível maior de estresse que qualquer outra do hospital, porque deve lidar não somente com a assistência a seus pacientes e familiares, mas também com suas próprias emoções e conflitos.”(4) “O processo de interação efetiva entre membros da equipe e familiares não é fácil, uma vez que aspectos psicológicos negativos estarão sempre envolvidos, em maior ou menor escala. A análise qualitativa do efeito benéfico dessa interação é altamente estimulante e permite antever a sua eficiência na assistência global ao paciente criticamente enfermo. Tratase, pois, de um desafio, para a equipe que atua em UTI, promover interação efetiva com o paciente e com a família.”(4) “A humanização do atendimento nos possibilita pensar nas práticas de cuidado que adotam posturas empáticas intersubjetivas, compromisso interpessoal, com a participação da família e da comunidade nas ações. Tais atitudes podem permitir o reconhecimento do cliente como ser participante do processo terapêutico, autônomo, livre, que tem necessidades específicas, além de direitos e solicitações.”(8) “Vimos que uma das primeiras medidas que favorece a humanização é o ambiente, já que este influencia o bem-estar do paciente, da família e da equipe.”(12) “Além do ambiente a comunicação é um meio utilizado para amenizar as angústias daqueles em recuperação e de seus familiares, devendo esta ser utilizada de maneira objetiva, simples e no momento apropriado.”(12) “Diante do processo vivenciado pela experiência da internação numa UTI, tanto para pacientes como também para seus familiares, verificamos a importância do atendimento aos princípios da integralidade pelos profissionais e serviços de saúde como forma de amenizar o sofrimento causado às pessoas durante a permanência no hospital.”(13) “Há alguns anos atrás, as visitas eram ainda mais restritas. Algumas UTIs não permitiam sequer a entrada das pessoas no seu espaço. O contato dos familiares e visitantes com as pessoas internadas se dava através de visores ou janelas que impediam o contato físico. Essa restrição distinguia mais ainda as pessoas que dispunham desses saberes, caracterizando o espaço como um campo de saber e de domínio médico-hegemônico. 10 Entretanto, mudanças vêm ocorrendo ao longo dos tempos, no sentido de desconstruir essa concepção de isolamento do paciente crítico.”(13) “Portanto, nesse momento, cria-se um elo entre a equipe assistencial e a pessoa doente e seus familiares, principalmente por ser um espaço caracterizado por dor e sofrimento.”(13) 5 Considerações Finais Acredita-se que o objetivo almejado foi alcançado, e espera-se colaborar de forma significativa com o aumento da qualidade da assistência de enfermagem em UTI não só para o paciente em tratamento, mas também aos familiares deste. Considerando os Resultado e Discussões, item 4, em seus 3 sub-níveis de pesquisa, conclui-se, baseando-se nas fontes utilizadas, que o aumento da qualidade do atendimento do paciente em estado de UTI, deve antes de tudo ser vista como responsabilidade dos profissionais que o cercam, onde a busca de conhecimento e qualificação por parte desses profissionais pode ser o divisor de águas entre o atendimento desumano e o atendimento humanizado. Observou-se também, que o aumento da qualidade do atendimento, deve por sua vez, estender-se aos familiares do paciente em tratamento de terapia intensiva, pois, o stress, o cansaço, o temor e a sensibilidade causada pela internação do indivíduo em uma UTI, leva em conjunto todos seus consangüíneos à unidade que o atende, e cabe aos profissionais de saúde a sensibilidade de saber entender a angustia coletiva nesse momento, utilizar de sua experiência para tranqüilizar e até mesmo prepará-los para o pior de forma que não interfira no tratamento do paciente. Portanto pode-se notar que o atendimento humanizado é a principal ferramenta para atender o paciente em seus níveis: Psicológico, físico e social, trazendo assim a tranqüilidade tão necessária à sua plena recuperação, e tal atendimento deve ser de responsabilidade de todos os profissionais participantes de seu tratamento. 6 Referências 1. Tranquitelli AM, Ciampone MHT. 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Vimos por meio deste, encaminhar nosso artigo cujo título é “Qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva – Uma revisão bibliográfica”, a fim de ser avaliado e publicado pela Comissão Editorial. 13 Eu, Marislei Espíndula Brasileiro, Enfermeira, residente na Rua T-37 n° 3832, Edifício Capitólio, apto 404, Setor Bueno – Goiânia/GO, e-mail: [email protected], fone: (62) 3255 4747, assino autorizando sua publicação. __________________________________________________________________ Eu, Maria Aparecida Campos, Enfermeira, residente a Rua 239, Nº. 178, Apt. 201 – Setor Leste Universitário – Goiânia/GO, e-mail: [email protected], fone: (62) 35547902 / (62) 9980-8479, assino autorizando sua publicação. __________________________________________________________________ Sem mais para o momento, agradecemos. 1