Qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em

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Qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva – uma
revisão bibliográfica 1
Quality of nursing care to patients in the Intensive Care Unit - A literature review
Calidad de la atención de enfermería a los pacientes en la Unidad de Cuidados Intensivos - Una
revisión de la literatura
Campos Maria Aparecida2, Brasileiro Marislei Espíndula3. Qualidade da assistência de
enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva – Uma revisão bibliográfica. Revista
Eletronica de enfermagem [serial on-line] 2009 ago-dez 1(1) 1-13. Available from:
<http://www.ceen.com.br/revistaeletronica>.
Resumo:
Objetivo: apresentar um apanhado de publicações diversas visando expor e focar a busca e
necessidade no aumento da qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade
de Terapia Intensiva. Materiais e métodos: Estudo exploratório bibliográfico em bibliografia
impressa ou virtual, com análise qualitativa elaborada pautada ao tema. Resultados e
Discussão: Ao se buscar publicações que se focassem no tema do estudo, observou-se o
consenso dos autores que a qualificação/treinamento, a informação, o preparo do profissional,
a implantação do atendimento humanizado que se estende à família do paciente a internação
em UTI são muito importantes para a sua recuperação. Considerações Finais: Acredita-se que
o objetivo almejado foi alcançado, e espera-se colaborar de forma significativa com o aumento
da qualidade da assistência de enfermagem em UTI não só para o paciente em tratamento,
mas também aos familiares deste.
Descritores: UTI, Enfermagem, Qualidade da Assistência, Papel do enfermeiro.
Abstract:
Objective: present an overview of various publications in order to expose and focus the search
and the need to increase the quality of nursing care to patients in the Intensive Care Unit.
Materials and methods: Exploratory study literature in literature printed or virtual, with
qualitative analysis developed guided by Topic. Results and Discussion: When you check
publications that serve the theme of the study, the consensus of the authors that the
qualification / training, information, professional preparation, the implementation of humane
1
Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva, do Centro de
Estudos de Enfermagem e Nutrição/Universidade Católica de Goiás.
2
Enfermeira, especialista em Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva do Centro de Estudos de Enfermagem e
Nutrição / Universidade Católica de Goiás.
3
Mestre em Enfermagem, orientadora de TCC do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição / Universidade Católica
de Goiás.
2
care that extends the family of the patient to the ICU are very important to recovery. Final
considerations: It is believed that the desired objective was achieved, and is expected to
contribute significantly to improving the quality of nursing care in the ICU not only for the
patient in treatment, but also to the families of this.
Descriptors: ICU, Nursing, Care Quality, Role of nurse.
Résumen:
Objetivo: Presentar una visión general de diversas publicaciones con el fin de exponer y
centrar la búsqueda y la necesidad de aumentar la calidad de los cuidados de enfermería a los
pacientes en la Unidad de Cuidados Intensivos. Materiales y métodos: La literatura Estudio
exploratorio en la literatura impresa o virtual, con el análisis cualitativo desarrollado guiado
por tema. Resultados y Discusión: Al revisar las publicaciones que sirven el tema del estudio,
el consenso de los autores de que la cualificación y formación, información, preparación
profesional, la aplicación de cuidado humano que se extiende a la familia del paciente en la
UCI son muy importante para la recuperación. Consideraciones finales: Se cree que se logró el
objetivo deseado, y se espera que contribuya de manera significativa a mejorar la calidad de
los cuidados de enfermería en la UCI, no sólo para el paciente en el tratamiento, sino también
a las familias de este.
Descriptores: UCI, Enfermería, Calidad de la Atención, Papel de la enfermera.
1
Introdução
As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) surgiram no Brasil na década de 70 do século
XX. Conceitualmente,
verifica-se que a Unidade de Terapia Intensiva destina-se ao
atendimento de pacientes em estado agudo ou crítico, mas recuperável, que requerem
assistência médica e de enfermagem permanente e especializada. São pacientes sujeitos à
instabilidade de funções vitais, que necessitam do apoio de equipamentos especiais de
diagnóstico e tratamento.(1)
A partir da década de 80, é possível afirmar que, nas instituições hospitalares, houve a
tendência e preocupação em alocar o paciente certo na unidade certa, onde se pretende que
ele possa dispor de uma infra-estrutura organizada de tal maneira, que todas suas
necessidades sejam atendidas com qualidade.(1)
Com a evolução da tecnologia e com os avanços científicos no que tange a assistência
ao paciente em tratamento em UTI não há muita publicações e estudo no entanto, há a
necessidade de estudos que abarquem, também, a dimensão da saúde dos trabalhadores de
enfermagem, compreendida em sua abrangência e sentido mais amplo, que engloba a
3
qualidade de vida e humanização do trabalho, aspectos esses, em geral não contemplados em
estudos que utilizam métodos puramente quantitativos, para o dimensionamento de pessoal.(1)
Embora o profissional de enfermagem esteja absorvido neste mundo tecnológico de
cabos, fios e condutores, atento a cada alteração, não deve perder de vista o foco principal de
seu trabalho: o cuidado ao paciente.(2)
A enfermagem, como profissão, tem o homem como seu centro de preocupação; o ato
de cuidar como seu marco referencial; a crescente melhoria da qualidade de vida como meta
de trabalho e as áreas do conhecimento que privilegiam o ser humano como domínio do seu
saber.(2)
Por entendermos o cuidado de enfermagem como um complexo construto, acreditamos
que ele possa ter diferentes dimensões, o que não significa dizer que isso possa inviabilizar o
entendimento de que ele é humano, ainda que tenhamos que nos apropriar de tecnologias e
máquinas para cuidar.(3)
Por força dos efeitos negativos do ambiente sobre o paciente, a família e a equipe
multiprofissional, uma série de estudos volta-se para a necessidade de humanização dos
serviços que utilizam alta tecnologia. O paciente internado na UTI necessita de cuidados de
excelência, dirigidos não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as
questões psicossociais, ambientais e familiares que se tornam intimamente interligadas à
doença física. A essência da enfermagem em cuidados intensivos não está nos ambientes ou
nos equipamentos especiais, mas no processo de tomada de decisões, baseado na sólida
compreensão das condições fisiológicas e psicológicas do paciente.(4)
Nesta perspectiva, entendemos que no contexto destas unidades, as máquinas de
suporte à vida, como ventiladores mecânicos, balões intra-aórticos etc., são tecnologias que
exigem da enfermagem habilidades e competências para cuidar que parecem ser o “divisor de
águas” entre o cuidado prestado na terapia intensiva e em outras unidades.(3)
É importante abordar a necessidade de humanização do cuidado de enfermagem na
UTI, com a finalidade de provocar uma reflexão da equipe e, em especial, dos enfermeiros e
entende-se que humanizar é uma medida que visa, sobretudo, tornar efetiva a assistência ao
indivíduo criticamente doente, considerando-o como um ser biopsicossocioespiritual. Além de
envolver o cuidado ao paciente, a humanização estende-se a todos aqueles que estão
envolvidos no processo saúde-doença neste contexto, que são, além do paciente, a família, a
equipe multiprofissional e o ambiente.(4)
Tal cuidado, complexo, envolve as necessidades bio-psicosocio-espirituais e afetivas e
esta diretamente relacionado com o processo de comunicação entre o enfermeiro–cliente. Para
4
haver o cuidado eficiente e eficaz, ambos os sujeitos precisam compreender os sinais
presentes na relação interpessoal, seja pelos gestos, expressões ou palavras.(5)
Deste modo, a comunicação e essencial para uma melhor assistência ao cliente e a
família que estão vivenciando o processo de hospitalização, podendo resultar em estresse e
sofrimento. Para tanto, o enfermeiro e capacitado a reconhecer a interação enfermeiro–
cliente–familia, estabelecendo atitudes de sensibilidade e empatia entre todos, contribuindo
com a assistência humanizada.(5)
Dada a importância de uma assistência de qualidade ao paciente em Unidade de
Terapia Intensiva voltada aos cuidados de enfermagem, faz-se necessária a elaboração de
estudos que apontem diretrizes, novidades, inovações e principalmente informações aos
profissionais de enfermagem de UTI.
Espera-se, então, colaborar com o aumento da qualidade da assistência de enfermagem
ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva com a elaboração de um estudo qualitativo
fazendo um apanhado de publicações diversas que foquem totalmente ou em partes a busca
desse aumento que qualidade de assistência de enfermagem nas UTI.
2
Objetivo
Apresentar um apanhado de publicações diversas visando expor e focar a busca e
necessidade no aumento da qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade
de Terapia Intensiva.
3
Materiais e Métodos
Trata-se de estudo exploratório bibliográfico, em bibliografia impressa ou virtual, com
análise qualitativa elaborada relacionada ao tema de interesse com a finalidade de englobar
informações de publicações cientificas que enfocam o tema Qualidade da assistência de
enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva.(6)
Utilizaram-se como fontes de pesquisa bases de dados, como: LILACS, MEDLINE,
BDENF, Revistas e Periódicos digitais, entre outros, onde se buscou condensar informações
que possibilitasse o alcance dos objetivos propostos.(6)
Foram encontrados 18 (dezoito) artigos pautados ao tema em estudo, publicados entre
2001 e 2010.
Após relacionadas as publicações e definidas as diretrizes a serem seguidas, realizou-se
leitura exploratória do material captado, onde foram selecionadas 12 (doze) que atendiam
5
integralmente ou em parte os objetivo da pesquisa, sendo assim utilizadas como base de
dados para alcançar os objetivos da mesma.
4
Resultados e Discussão
Ao se buscar publicações que se focassem no tema do estudo, observou-se a escassa
gama de estudos sobre Qualidade da assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de
Terapia Intensiva, portanto para alcançar os objetivos deste utilizaram-se os seguintes
descritores: UTI, Enfermagem, Qualidade da Assistência, Papel do enfermeiro. As publicações
utilizadas estão relacionadas nos referenciais bibliográficos.
4.1Qualificação profissional
Das 12 (doze) publicações utilizadas como bases para o estudo há o consenso de 6
(seis) autores, que a qualificação/treinamento, a informação e o preparo do profissional de
enfermagem são cruciais para o aumento da qualidade da assistência de enfermagem ao
paciente em Unidade de Terapia Intensiva.
“No atendimento a essas intercorrências, as enfermeiras são responsáveis pela
organização de toda a infra-estrutura, recursos materiais, equipamentos e recursos humanos
treinados para prestar o atendimento.”(2)
“Sabe-se que nem sempre é possível proporcionar o melhor atendimento. Uma boa
estrutura de UTI envolve: pessoal em número suficiente e treinado para fornecer assistência
específica e observação contínua, planta física elaborada com equipamentos especiais e
manutenção constante e organização administrativa preocupada em manter padrões de
assistência e programas de educação continuada.”(2)
“Desta forma, as Unidades de Terapia Intensiva são consideradas locais especiais que
demandam um alto grau de especialização do trabalho da equipe de enfermagem. Exigem do
trabalhador um treinamento adequado, uma afinidade para atuar em unidades fechadas e uma
resistência diferenciada dos demais que atuam em outras áreas hospitalares.”(3)
“Mediante ao recebimento de doentes críticos que evoluem muitas vezes para forma
crônica da doença de base e/ou outras adquiridas neste setor, torna extrema a necessidade da
implantação de cuidados especiais e, para isso é necessária uma equipe qualificada e
preparada para amenizar e/ou evitar o aparecimento de fatores que possam contribuir para
esse agravo, e o profissional enfermeiro deve estar ciente da necessidade de liderar sua
equipe de forma que possam somar recursos que amenizem tal problema. O cuidado de
enfermagem se dá, nesse conturbado ambiente de aparelhagens múltiplas, desconforto,
6
impessoalidade, falta de privacidade, dependência da tecnologia, isolamento social, dentre
outros.”(7)
“Os profissionais de saúde se tornam o veículo através do qual os saberes de sua
formação profissional, as normas e as rotinas são expostas no ambiente de UTI, tornando, por
vezes, o discurso dissonante da prática efetivamente realizada no contexto do cuidado.”(8)
“Ao longo dos anos, a prática de enfermagem nas unidades hospitalares convive com as
mais diversas formas de informação sobre a saúde das pessoas. Todas as observações da
enfermagem,
até
mesmo
por
necessidades
ético-legais,
devem
ser
registradas
em
instrumentos propostos para esse fim, como forma de gerenciar a assistência e avaliar a
qualidade do cuidado.”(8)
“Conhecer o que a literatura tem reportado em relação à importância da humanização
do cuidado de enfermagem em um ambiente onde a tecnologia prevalece, pode contribuir para
desmistificar a atual concepção do senso comum que esta unidade é uma ameaça à vida. Além
de avaliar uma nova forma de diminuir os traumas do paciente e da família durante a
internação, criando um ambiente mais agradável e acolhedor com profissionais capacitados
para perceber a individualidade de cada paciente.”(9)
“A alta complexidade dos cuidados prestados na UTI envolve a presença de tecnologia
avançada, de profissionais altamente capacitados, de inúmeros procedimentos invasivos e que,
muitas vezes, representam a diferença entre a vida e a morte.”(10)
4.2Humanização
Projetos de implantação de atendimento humanizado vêem sendo objetivo de estudo de
diversos profissionais de saúde e pode-se identificar nitidamente esse fato tirando por base
trechos de 8 (oito) autores dos 12 (doze) utilizados na pesquisa.
“Apreendemos ainda, a necessidade de prosseguir com outros estudos que abarquem,
também, a dimensão da saúde dos trabalhadores de enfermagem, compreendida em sua
abrangência e sentido mais amplo, que engloba a qualidade de vida e humanização do
trabalho, aspectos esses, em geral não contemplados em estudos que utilizam métodos
puramente quantitativos, para o dimensionamento de pessoal, como este.”(1)
“Ao refletirmos acerca da “humanização”, podemos até partir da premissa de que os
serviços de saúde precisam ser realmente humanizados, pois existem diversas situações, tanto
no atendimento quanto nas condições de trabalho, que poderiam realmente ser consideradas
“desumanizantes.”(3)
7
“Mesmo considerando que no Programa do Governo Federal a palavra humanização
aparece como um propósito a ser alcançado nos serviços de saúde, precisamos não cair na
retórica que tem feito da idéia de humanização um discurso que tenta convencer sem,
contudo, apresentar argumentações convincentes.”(3)
“A humanização deve fazer parte da filosofia de enfermagem. O ambiente físico, os
recursos materiais e tecnológicos são importantes, porém não mais significativos do que a
essência humana. Esta, sim, irá conduzir o pensamento e as ações da equipe de enfermagem,
principalmente do enfermeiro, tornando-o capaz de criticar e construir uma realidade mais
humana, menos agressiva e hostil para as pessoas que diariamente vivenciam a UTI.”(4)
”Com a organização e análise dos dados, foram identificadas três categorias principais
que deram sentido ao significado do cuidado humanizado na UTI: CUIDADO HUMANIZADO amar ao próximo como a si mesmo; CUIDADO HUMANIZADO - não está presente como
deveria estar; ESTRESSE E SOFRIMENTO - é preciso cuidar de quem cuida.”(4)
“O ambiente tem influência direta no bem-estar do paciente, família e equipe
multiprofissional. As estratégias que facilitam o contato, a interação e a dinâmica no contexto
da UTI podem ser consideradas premissa básica para o cuidado humanizado.”(4)
“Surgem como alternativas teórico-metodológicas para a prestação de um cuidado
solidário, compromissado e, portanto, humanizado. São formas de expressão que incorporam
uma necessidade emergente de combater a contradição nos serviços de saúde que ainda
trabalham sob a ótica da medicina curativa e impessoal.”(8)
“Humanizar um atendimento é dar qualidade às relações que se estabelecem entre
profissionais de saúde e pacientes. É acolher as angústias, as dores e o sofrimento diante da
fragilidade do corpo, da mente e da falta de contato/suporte social.”(8)
“Mesmo que na UTI exista um maior contato dos profissionais com os pacientes, é
importante salientar a família como uma unidade a ser considerada no plano/projeto
terapêutico, em se tratando de uma perspectiva humanizadora de atenção à saúde.”(8)
“A iniciativa de humanizar ou resgatar a dignidade humana “perdida” emerge num
momento que pode parecer apenas um discurso equivocado no contexto atual. Mas realmente
ele é necessário a partir do momento que os serviços de saúde apresentam situações críticas.
Só assim, o discurso de que a tecnologia é o verdadeiro fator desumanizante, irá
desaparecer.”(9)
“É necessário mais preparo dos profissionais voltadas não só para o aspecto teórico e
técnico, como também numa perspectiva mais humanitária. Cabe a eles, uma atitude
individual para resgatar essa humanização em relação a um sistema tecnológico dominante.”(9)
8
“A humanização do ato de cuidar, desenvolvida no âmbito da saúde, é uma necessidade
que exige repensar sobre o modo como tem sido empregada, principalmente no que tange aos
serviços prestados pela equipe de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) .”(10)
“Quanto ao papel do enfermeiro em uma UTI, apesar do grande esforço que os
enfermeiros possam estar realizando no sentido de humanizar para o cuidado em UTI, esta é
uma tarefa difícil, pois demanda atitudes às vezes individuais contra todo um sistema
tecnológico dominante. A própria dinâmica de uma UTI não possibilita momentos de reflexão
para que seu pessoal possa se orientar melhor pode-se dizer que o mesmo ocupa um
importante papel nos momentos de fragilidade, dependência física e emocional do paciente.
Isso significa a busca em auxiliar na sua recuperação e, mesmo quando não é possível, ele
procura dar-lhe o mínimo de dignidade, utilizando a tecnologia e os conhecimentos científicos,
o que faz parte da assistência de enfermagem. Mas, de maneira nenhuma, poderão substituir
o afeto, o carinho, a atenção, o toque e o olhar de compaixão que o ser humano, enquanto
“cuidador” pode oferecer.”(10)
“A equipe de enfermagem devera estabelecer uma relação que ultrapasse o cuidado
físico, por meio de ações humanizadas, favorecendo a sua recuperação com qualidade.”(11)
“É certo que o dialogo entre os profissionais de saúde, paciente e familiares favorecem
um relacionamento de confiança e a obtenção de bons resultados para assistência com
qualidade. O ser cuidador precisa saber ouvir, estar presente e ter empatia com o outro ser.
Desta forma, ambos se fortalecerão e poderão encontrar a solução para o problema de saude.
Isto remete a um significado de humanização da assistência de enfermagem, com interação
entre os cuidadores/familiares.”(11)
4.3O paciente em UTI e a Família
O ponto comum consenso entre 5 (cinco) autores dos 12 (doze) artigos pesquisados
mostra que para a família do paciente a internação em UTI gera muito stress e também as
perspectivas de cuidados e muito grande devido os equipamentos e o cuidados de enfermagem
intensivos que vai também a de dar atenção a família informar o estado de saúde do paciente.
“No entanto, o enfermeiro deve aprofundar seus conhecimentos específicos do cuidado
ao cliente em estado crítico, internado em unidade de terapia intensiva, fundamentados nos
princípios teóricos, tecnológicos, humanísticos e bioéticos; atualizar conhecimentos em relação
às principais questões que permeiam a assistência hemodinâmica, possibilitando ao enfermeiro
refletir sobre a sua prática no atendimento a essa clientela e sua família.”(7)
9
“O paciente internado na UTI necessita de cuidados de excelência, dirigidos não apenas
para os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, ambientais e
familiares que se tornam intimamente interligadas à doença física.”(4)
“Humanizar - um cuidado além de técnico, com uma dose de sentimento; Ambiente
Humanizado - poder ver o azul do céu, o verde das árvores, a luz do sol e Humanizar – dar
atenção ao paciente e seus familiares.”(4)
“A equipe de enfermagem está, provavelmente, exposta a um nível maior de estresse
que qualquer outra do hospital, porque deve lidar não somente com a assistência a seus
pacientes e familiares, mas também com suas próprias emoções e conflitos.”(4)
“O processo de interação efetiva entre membros da equipe e familiares não é fácil, uma
vez que aspectos psicológicos negativos estarão sempre envolvidos, em maior ou menor
escala. A análise qualitativa do efeito benéfico dessa interação é altamente estimulante e
permite antever a sua eficiência na assistência global ao paciente criticamente enfermo. Tratase, pois, de um desafio, para a equipe que atua em UTI, promover interação efetiva com o
paciente e com a família.”(4)
“A humanização do atendimento nos possibilita pensar nas práticas de cuidado que
adotam posturas empáticas intersubjetivas, compromisso interpessoal, com a participação da
família e da comunidade nas ações. Tais atitudes podem permitir o reconhecimento do cliente
como ser participante do processo terapêutico, autônomo, livre, que tem necessidades
específicas, além de direitos e solicitações.”(8)
“Vimos que uma das primeiras medidas que favorece a humanização é o ambiente, já
que este influencia o bem-estar do paciente, da família e da equipe.”(12)
“Além do ambiente a comunicação é um meio utilizado para amenizar as angústias
daqueles em recuperação e de seus familiares, devendo esta ser utilizada de maneira objetiva,
simples e no momento apropriado.”(12)
“Diante do processo vivenciado pela experiência da internação numa UTI, tanto para
pacientes como também para seus familiares, verificamos a importância do atendimento aos
princípios da integralidade pelos profissionais e serviços de saúde como forma de amenizar o
sofrimento causado às pessoas durante a permanência no hospital.”(13)
“Há alguns anos atrás, as visitas eram ainda mais restritas. Algumas UTIs não
permitiam sequer a entrada das pessoas no seu espaço. O contato dos familiares e visitantes
com as pessoas internadas se dava através de visores ou janelas que impediam o contato
físico. Essa restrição distinguia mais ainda as pessoas que dispunham desses saberes,
caracterizando o espaço como um campo de saber e de domínio médico-hegemônico.
10
Entretanto, mudanças vêm ocorrendo ao longo dos tempos, no sentido de desconstruir essa
concepção de isolamento do paciente crítico.”(13)
“Portanto, nesse momento, cria-se um elo entre a equipe assistencial e a pessoa doente
e seus familiares, principalmente por ser um espaço caracterizado por dor e sofrimento.”(13)
5
Considerações Finais
Acredita-se que o objetivo almejado foi alcançado, e espera-se colaborar de forma
significativa com o aumento da qualidade da assistência de enfermagem em UTI não só para o
paciente em tratamento, mas também aos familiares deste.
Considerando os Resultado e Discussões, item 4, em seus 3 sub-níveis de pesquisa,
conclui-se, baseando-se nas fontes utilizadas, que o aumento da qualidade do atendimento do
paciente em estado de UTI, deve antes de tudo ser vista como responsabilidade dos
profissionais que o cercam, onde a busca de conhecimento e qualificação por parte desses
profissionais pode ser o divisor de águas entre o atendimento desumano e o atendimento
humanizado.
Observou-se também, que o aumento da qualidade do atendimento, deve por sua vez,
estender-se aos familiares do paciente em tratamento de terapia intensiva, pois, o stress, o
cansaço, o temor e a sensibilidade causada pela internação do indivíduo em uma UTI, leva em
conjunto todos seus consangüíneos à unidade que o atende, e cabe aos profissionais de saúde
a sensibilidade de saber entender a angustia coletiva nesse momento, utilizar de sua
experiência para tranqüilizar e até mesmo prepará-los para o pior de forma que não interfira
no tratamento do paciente.
Portanto pode-se notar que o atendimento humanizado é a principal ferramenta para
atender o paciente em seus níveis: Psicológico, físico e social, trazendo assim a tranqüilidade
tão necessária à sua plena recuperação, e tal atendimento deve ser de responsabilidade de
todos os profissionais participantes de seu tratamento.
6
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Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n2/v11n2a19.htm.
Oficio 02/2010
Goiânia-GO, 22 de Julho de yyyy
A Revista Eletrônica de Enfermagem e Nutrição
A/C: ILMª. Sr.ª Roberta Vieira França
Coordenadora dos Trabalhos de Conclusão de Curso do Centro de Estudos de
Enfermagem e Nutrição.
Vimos por meio deste, encaminhar nosso artigo cujo título é “Qualidade da assistência
de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva – Uma revisão bibliográfica”, a
fim de ser avaliado e publicado pela Comissão Editorial.
13
Eu, Marislei Espíndula Brasileiro, Enfermeira, residente na Rua T-37 n° 3832, Edifício
Capitólio, apto 404, Setor Bueno – Goiânia/GO, e-mail: [email protected], fone: (62)
3255 4747, assino autorizando sua publicação.
__________________________________________________________________
Eu, Maria Aparecida Campos, Enfermeira, residente a Rua 239, Nº. 178, Apt. 201 –
Setor Leste Universitário – Goiânia/GO, e-mail: [email protected], fone: (62) 35547902 / (62) 9980-8479, assino autorizando sua publicação.
__________________________________________________________________
Sem mais para o momento, agradecemos.
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