ocorrência de casos de cinomose diagnosticados no

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OCORRÊNCIA DE CASOS DE CINOMOSE DIAGNOSTICADOS NO MUNICÍPIO DE MINEIROS-GO
Juciene Silva Oliveira1, Marinara Lemos1, Emília da Costa Garcia1, Karla Irigaray Nogueira Borges2
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Acadêmicas do Curso de Medicina Veterinária, UNIFIMES – Centro Universitário de Mineiros. Rua 22
s/n Setor aeroporto, CEP: 75830-000, Mineiros – Goiás – Brasil.
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Professora Especialista em Patologia Clínica – UFG. Rua 22 s/n Setor aeroporto, CEP: 75830-000,
Mineiros – Goiás – Brasil.
RESUMO
A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa. É uma das principais e a mais grave das
doenças infectocontagiosas causada por um vírus que afeta o aparelho respiratório, gastrointestinal, e
particularmente, o sistema nervoso dos filhotes e cães adultos. Sua ocorrência é mundial, sem
sazonalidade e sem preferência por sexo ou raça, mas pode atingir todas as faixas etárias. Neste estudo
foram avaliados os cães que deram entrada nas clinicas, na cidade de Mineiros-Go, com suspeita de
cinomose, no ano de 2013 e 2014, totalizando 107 suspeitas de animais com cinomose. No ano de 2013,
foi realizado no Bio Laboratório Veterinário, um total de 54 exames que foram feitos através do teste
rápido; teste imunocromatográfico; onde destes, obtiveram 14 casos positivos e 40 negativos para
cinomose. Já no ano de 2014, foi realizado um total de 53 exames, onde 27 eram positivos e 26
negativos para cinomose. O diagnóstico é feito com base na anamnese, nos achados ao exame clínico e
nos testes sorológicos que são utilizados com frequência em casos suspeitos. O tratamento não é
específico e consiste na terapia de suporte e sintomática. O presente trabalho tem como objetivo
desenvolver uma revisão de literatura sobre essa doença de grande importância e relatar os resultados
obtidos com as análises de amostras de soro de cães domiciliados, que estavam com suspeita de
cinomose, nos bairros do município de Mineiros, no ano de 2013 e 2014.
Palavras-Chave: Anamnese. Imunocromatográfico. Laboratório. Vírus
INTRODUÇÃO
A cinomose é a mais grave das doenças infectocontagiosas causada por um vírus que afeta
particularmente o sistema nervoso dos filhotes e cães adultos (SILVA; 2009). O vírus é da Família
Paramyxovirus, do gênero Morbilivírus (SWANGO, 1997). A incidência é mais alta em filhotes não
vacinados (SHERDING; 2008).
A transmissão ocorre principalmente por aerossóis e gotículas infectantes provenientes de
secreções e excreções oculares, urinárias e transplascentária, que é uma fonte rara de cinomose nos
cães jovens (ETTINGER e FELDMAN, 1997).
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Para BEER (1998) quando o vírus da cinomose se instala no animal, ocorrem febre e perfil de
leucopenia sem sinais evidentes de doença. Vômito, anorexia, diarreia, desidratação e perda de peso se
dão no quadro inicial da doença. Mioclonia, convulsões, incoordenação, rigidez muscular são os sinais
neurológicos comuns na cinomose aguda (MANGIA, 2008).
O diagnóstico é feito com base na anamnese, nos achados ao exame clínico e nos testes
sorológicos. Também são feitos testes rápidos; como o teste imunocromatográfico (DUNN, 2001).
O trabalho tem como objetivo desenvolver uma revisão de literatura sobre essa doença de
grande importância na clínica de pequenos animais e mostrar os possíveis diagnósticos que se têm para
a confirmação da doença. Também serão abordadas análises de amostras de soro de cães domiciliados,
que estavam com suspeita de cinomose, nos bairros do município de Mineiros, no ano de 2013 e 2014.
MATERIAIS E MÉTODOS
Os resultados relatados neste trabalho foram provenientes de cães que deram entrada nas
clinicas, na cidade de Mineiros-Go, com suspeita de cinomose, no ano de 2013 e 2014, totalizando 107
suspeitas de animais com cinomose. Antes da realização dos exames laboratoriais, os cães foram
submetidos ao exame clínico em consultórios veterinários não identificados neste trabalho, sendo
observados parâmetros das funções vitais e sinais clínicos indicativos de cinomose como febre,
depressão, inapetência, vômito, tosse, diarreia, secreção oculonasal, caracterizando rinite e conjuntivite,
pústulas abdominais, linfadenopatia, hiperqueratose dos coxins plantares, convulsões, mioclonias,
incoordenação motora, movimentos repetidos dos maxilares, dentre outros.
As amostras participantes deste neste estudo foram obtidas através de swab da conjuntiva ocular
e encaminhadas ao Bio Laboratório Veterinário para análise. As mesmas foram submetidas à reação de
imunocromatografia, conforme a metodologia descrita pelo Kit Bioeasy®.
O teste imunocromatográfico consiste na detecção qualitativa do antígeno da cinomose canina
em diferentes amostras biológicas como: secreção nasal (mucosa), saliva, secreção ocular (conjuntiva),
urina, soro, e plasma. O kit é composto por swab estéril, tubo com tampão diluente (Tris-HCl, azida
sódica e Triton X-100) e cassete-teste. O cassete é composto por anticorpo específico para cinomose
canina, anticorpo conjugado com ouro, anticorpo conjugado e membrana de nitrocelulose. Quatro gotas
de solução (amostra e tampão) são instiladas no orifício do cassete. Quando o antígeno está presente,
este se liga ao anticorpo conjugado com ouro e migra pela membrana de nitrocelulose por capilaridade.
Um sandwich é formado quando o anticorpo conjugado com ouro e o antígeno passam pela região onde
se encontra o anticorpo específico, formando assim a linha teste confirmando positividade para cinomose
canina. A linha-controle sempre é formada (anticorpo conjugado com ouro + anticorpo conjugado),
independentemente de amostra positiva, para garantir o funcionamento do teste (EPIMED, 2015).
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados dos testes realizados no Bio Laboratório Veterinário foram analisados e o índice de
prevalência de cinomose foi determinado pelo coeficiente entre os números de animais suspeitos de
portarem a doença e os números de animais com histórico positivos e negativos.
Em 2013, foi realizado um total de 54 exames que foram feitos através do teste rápido; teste
imunocromatográfico; onde destes, obtiveram 14 casos positivos e 40 negativos para cinomose. Já em
2014, foi realizado um total de 53 exames, onde 27 eram positivos e 26 negativos para cinomose.
Gráfico 1: Casos de cinomose no município de Mineiros-GO no ano de 2013 e 2014.
Suspeitas de cinomose
2013
2014
74,07
54
53
50,94
49,06
25,93
Total de casos
Casos Positivos (%)
Casos Negativos (%)
Fonte: BIO LABORATÓRIO VETERINÁRIO, 2015.
Não foi identificada neste estudo nenhuma associação à infecção referente ao sexo, pois foram
acometidos tanto machos quanto fêmeas, e não foi levado em consideração nem a idade e nem o sexo
dos animais; resultados semelhantes foram encontrados em diversos estudos (PATRONEK et al., 1995;
HEADLEY; GRAÇA, 2000; BORBA et al., 2002).
CONCLUSÃO
Foi observado na análise das amostras laboratoriais realizados pelo Bio Laboratório Veterinário,
que no ano de 2013 obteve-se 25,93 % de casos positivos, já em 2014 este número subiu para 50,94%,
havendo um aumento de 25,01% em relação ao ano interior.
A prevenção continua sendo o melhor recurso contra a cinomose, com vacinas eficientes e um
esquema vacinal adequado que imunize o mais rápido possível o filhote. Assim, o amplo conhecimento
da cinomose é fundamental para medidas de prevenção.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BORBA, T. R.; MANNIGEL; R. N.; FRAPORTI, C. K.; HEADLEY, S. A.; SAITO, T. B. Cinomose: dados
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Iniciação Científica Centro Universitário de Maringá –
Cesumar, Maringá, v. 4, n. 1, p. 53-56, 2002.
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EPIMED.
CINOMOSE
AC
TEST
KIT.
Bio
Easy
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Disponível
em:
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1997.
HEADLEY, S. A.; GRAÇA, D. L. Canine distemper: epidemiological findings of 250 cases. Brazilian
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MANGIA, S. H.; PAES, A. C. Neuropatologia da cinomose. Veterinária e Zootecnia, v. 15, n. 3, dez., p.
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SHERDING, R.G. In: BICHARD, S. J.; SHERDING, R. G. Manual Saunders: Clínica de pequenos
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SWANGO, L. J. Moléstias virais caninas In: ETTINGER, S. J., FELDMAN, E. C. Tratado de medicina
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