TI foi setor que mais cresceu no PIB - SINDPPD-RS

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PARTICULARES – TI foi setor
que mais cresceu no PIB
Seguem matérias do portal Baguete e do site G1 sobre o
crescimento do setor de TI (Tecnolodia da Informação) em 2011.
De acordo com as matérias, a TI está entre os setores que mais
cresceram na economia brasileira. Os empresários gaúchos ainda
vão continuar rejeitando negociar aumento real e a redução da
jornada aos trabalhadores do RS?
TI foi setor que mais cresceu no
PIB
Portal Baguete
Os serviços de TI foram o segmento que mais avançou na
economia em 2011.
Segundo dados do IBGE, o índice de elevação foi de 4,9% no ano
passado, quase o dobro dos 2,7% de crescimento da economia
como um todo, e acima de atividades de destaque nos últimos
anos, como construção civil (3,6%), indústria da transformação
(0,1%) e comércio (3,4%).
Em 2010, o setor tinha avançado 3,8%. Em 2009, quando o PIB
nacional teve variação negativa, serviços de informação
registraram crescimento superior a 4%.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de
Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado
de TI cresceu 61% nos últimos 3 anos.
Em 2011, o setor movimentou US$ 96 bilhões, uma alta de 13% em
relação ao ano anterior, representando 4,4% do Produto Interno
Bruto
(PIB).
Considerando
também
o
mercado
de
telecomunicações, o total em 2011 chegou a US$ 190 bilhões, ou
o equivalente a 8% do PIB.
De acordo com a entidade, o avanço do mercado de TI reflete a
procura por ganhos de eficiência e busca por estruturas
administrativas mais enxutas mediante terceirização de
serviços e incorporação de soluções de tecnologia por
praticamente todos os setores da economia.
Para 2012, o setor projeta crescimento de 12% a 13%, informa o
site G1.
“Um dos diferenciais do setor é que não há retração. A curva
de TI é ligeiramente independente do crescimento econômico do
país”, diz Antonio Gil, presidente da Brasscom.
O volume de US$ 96 bilhões faz do Brasil o sexto maior mercado
de TI do mundo, segundo a Brasscom. A entidade prevê que, em
10 anos, o mercado brasileiro chegará a R$ 220 bilhões, o que
pode corresponder a 6,5% do PIB.
Leia a matéria completa do G1 a seguir.
Sem
retração,
serviços
de
tecnologia avançam no país e
alavancam PIB
Segmento foi o que mais cresceu em 2011,
segundo dados do PIB. Mercado saltou de
US$ 59 bi em 2008 para US$ 95 bi em 2011.
Darlan Alvarenga
Do G1, em São Paulo
O contrato de estágio de Elder Rodrigues, de 18 anos,
encerraria em maio, mas ele já foi comunicado que será
efetivado já a partir do próximo mês como analista júnior.
“Entrei como estagiário há 4 meses e já vou ser efetivado. Não
imaginava que tudo iria acontecer tão rápido”, diz o
estudante, que está no 2º ano do curso de sistemas de
informações e acaba de conquistar o seu primeiro emprego com
carteira assinada. “Nem me formei e já tenho emprego. Acho que
acertei ao escolher a área de TI [Tecnologia da Informação]”,
avalia.
Elder Rodrigues entrou como estagiário na Stefanini
e já foi contratado (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
De acordo com os números de crescimento do setor e de déficit
de mão de obra especializada na área, Rodrigues acertou em
cheio. Dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (6) mostram
que o segmento de serviços de informação avançou 4,9% em 2011,
acima da alta do PIB do país, que ficou em 2,7%, e à frente de
atividades de maior destaque nos últimos anos, como construção
civil (3,6%), indústria da transformação (0,1%) e comércio
(3,4%). Em 2010, o setor tinha avançado 3,8%. Em 2009, quando
o PIB nacional teve variação negativa, serviços de informação
registraram crescimento superior a 4%.
Os serviços de informação englobam as atividades de
telecomunicações, internet, serviços audiovisuais, edição e
tecnologia da informação, que responde pela maioria das
empresas do setor e por cerca de 50% da mão de obra empregada.
Os serviços relacionados à tecnologia de informação vêm
ganhando uma participação cada vez maior na economia do país e
as perspectivas para quem investe em uma carreira na área
seguem promissoras. Atualmente, são cerca de 1,2 milhão de
trabalhadores na área, cujo salário médio é de R$ 2.950, e o
déficit de profissionais no mercado é estimado em 115 mil
pessoas.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de
Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado
de TI cresceu 61% nos últimos 3 anos. Em 2011, o setor
movimentou US$ 96 bilhões, uma alta de 13% em relação ao ano
anterior, representando 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Considerando também o mercado de telecomunicações, o total em
2011 chegou a US$ 190 bilhões, ou o equivalente a 8% do PIB.
O avanço do mercado de TI reflete a procura por ganhos de
eficiência e busca por estruturas administrativas mais enxutas
mediante terceirização de serviços e incorporação de soluções
de tecnologia por praticamente todos os setores da economia,
seja agropecuária, indústria ou comércio. Para 2012, o setor
projeta crescimento de 12% a 13%.
“Um dos diferenciais do setor é que não há retração. A curva
de TI é ligeiramente independente do crescimento econômico do
país”, diz Antonio Gil, presidente da Brasscom. Ele destaca
que os serviços de tecnologia são demandados tanto em projetos
de expansão dos investimentos e inovação como de redução de
custos e ganhos de escala.
“Nos últimos anos, tivemos a ascensão de mais de 40 milhões de
pessoas para a classe C, um universo de consumidores
emergentes que, além de eletrodomésticos, querem saúde,
educação, bancarização e segurança, e não há como aumentar a
oferta desses serviços sem fazer uso de TI”, acrescenta Gil.
TI pode ter 6,5% do PIB em 2022
O volume de US$ 96 bilhões faz do Brasil o sexto maior mercado
de TI do mundo, segundo a Brasscom. A entidade prevê que, em
10 anos, o mercado brasileiro chegará a R$ 220 bilhões, o que
pode corresponder a 6,5% do PIB.
“Podemos ser o quarto ou quinto maior mercado. O setor de TI
brasileiro é um dos mais sofisticados do mundo. Somos bons no
que fazemos. Nosso sistema bancário é um dos mais avançados do
mundo e temos uma série de áreas que ainda não são atendidas
efetivamente, como saúde, educação e segurança”, afirma Gil.
Dados do IBGE mostram que, entre 2003 e 2009, o número de
empresas de serviços de informação saltou de 55 mil para 70
mil. Segundo a Confederação Nacional de Serviços (CNS), o
setor responde por apenas 7,7% do total das empresas de
serviços privados especializados. Por outro lado, o segmento
responde pela maior fatia de faturamento líquido (28,8%), com
uma receita média por empresa cerca de quatro vezes maior do
que o nível de faturamento das outras empresas de serviços.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software
(Abes), só o mercado de desenvolvimento, produção e
distribuição de software e de prestação de serviços é
explorado atualmente por cerca de 9 mil companhias, sendo 85%
delas micro ou pequenas empresas.
O custo de investimento para a abertura de uma empresa do
gênero é relativamente baixo, basicamente pessoal
treinamento, o que estimula o empreendedorismo.
e
“O aumento da renda das famílias tem feito crescer a demanda
por serviços voltados para o mercado interno. O setor é o
maior empregador do país e o que mais cresce. Para 2012,
estamos prevendo uma alta em torno de 5%”, diz Luigi Nesse,
presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS),
destacando que todas as atividades relacionadas a serviços
(incluindo o comércio) respondem atualmente por 67% do PIB e
tendem a representar mais de 70% do PIB em um prazo de até 5
anos.
“Na área de tecnologia, a grande vantagem é que diariamente
surge uma nova oportunidade para empreender, seja na criação
de um portal, um software, um sistema de informação, um
aplicativo. E, na maioria dos casos, para começar basta uma
ideia e conseguir juntar uma meia dúzia de profissionais”,
acrescenta Nesse.
Déficit de mão de obra e pouca exportação
Com uso de mão de obra intensiva, a área de TI tem sido uma
grande geradora de empregos, e o grande desafio do setor tem
sido justamente suprir toda a demanda por profissionais
qualificados. O gasto com mão de obra representa cerca de 70%
dos custos das empresas de TI. “O país precisa incorporar
cerca de 750 mil novos profissionais até 2020 para alcançar a
meta de responder por 6,5% do PIB”, diz o presidente da
Brasscom. Entre os entraves para suprir as demandas do setor,
ele cita o baixo percentual de egressos de nível superior na
área de ciências exatas (cerca de 11%), a alta evasão escolar
nos cursos de TI, a falta de base matemática no ensino
fundamental e o baixo índice de profissionais com domínio de
um segundo idioma.
Tais deficiências fazem o setor de TI brasileiro ainda ser
extremamente dependente do mercado interno. As exportações
somaram US$ 2,65 bilhões em 2011, segundo a Brasscom, o que
representa uma fatia de menos de 3% do mercado. O mercado
externo indiano, por exemplo, conhecido por atender localmente
empresas de outros pontos do globo em seus call centers, é da
ordem de US$ 70 bilhões.
O presidente da Abes, Gerson Schmitt, destaca que, dentro do
mercado brasileiro de software, 79% dos programas ainda são
desenvolvido no exterior. Para equilibrar essa balança, ele
defende não só uma política de desoneração como também de
fomento à proteção da propriedade intelectual.
“Hoje vendemos apenas serviços e não soluções replicáveis. Se
seguirmos esse modelo, que é o indiano, seremos apenas colônia
tecnológica, de venda de mão de obra a preço de commodity”,
diz. Ele alerta ainda para a forte tendência de
internacionalização e concentração do setor. “São poucas as
empresas de grande porte brasileiras e as que existem estão
sendo assediadas”, diz.
Empresa 100% brasileira está em 28 países
Empresa criada por Marco Stefanini fatuou R$ 1,2 bi
em 2011(Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Embora o mercado seja dominado por multinacionais, algumas
empresas brasileiras também têm se destacado na área,
conseguindo inclusive competir internacionalmente. “Hoje, 40%
da nossa receita já vem do exterior. Somos a maior empresa
latino-americana de serviços em TI e estamos entre as cinco
maiores do mercado nacional”, diz Marco Stefanini, presidente
e dono da Stefanini, empresa 100% brasileira, presente em 28
países com 14 mil funcionários.
Após uma série de aquisições no exterior, a companhia foi
apontada em 2011 como segunda empresa nacional mais
internacionalizada, ficando atrás apenas da JBS-Friboi,
segundo ranking da Fundação Dom Cabral.
Formado em geologia, Stefanini entrou na área por acaso, em
1984, e construiu a partir do zero uma empresa que em 2011
anunciou um crescimento de 21%, com faturamento de R$ 1,2
bilhão, volume quatro vezes maior do que o registrado em 2006
(R$ 285 milhões). Para 2012, o grupo prevê crescimento de 35%
e a contratação de pelo menos 2,5 mil funcionários, a maioria
em território brasileiro.
“Vou ser sincero, não apostei. Era o que tinha na época, mas
não vou falar que não gostei”, diz o empresário.
Para driblar a falta de mão de obra, a Stefanini tem investido
em recrutamento e aberto escritórios em cidades fora dos
principais polos econômicos, onde a oferta de vagas na área é
menor. Mesmo assim, a empresa passou a adotar a estratégia de
abrir escritórios no exterior, para se manter competitiva no
mercado internacional, ainda mais diante da valorização do
real. Atualmente, as exportações responde apenas por cerca de
5% do faturamento da empresa.
“É comum uma concorrência onde uma empresa avalia vários
países da América Latina e opta por serviços do México ou da
Argentina, e não do Brasil”, diz Stefanini.
Entre os mais de 500 clientes da Stefanini no mundo estão
gigantes como Petrobras, Telefónica, Bradesco, Ford, Dell,
Motorola, Johnson & Johnson, Pão de Açúcar, Fnac e Compra
Fácil. Mas quais são as soluções e serviços oferecidos pelas
empresas de TI?
“A gente desenvolve aplicações que as empresas usam como base
no seu business, seja na área de back office (programas de
gestão interna), logística, e-commerce, internet móvel,
certificação de compras, desenvolvimento de um portal ou
gerenciamento de infraestrutura e suporte”, explica Stefanini.
Recém ingresso na empresa e no mercado de TI, o estagiário
Rodrigues atua no suporte da rede de uma companhia aérea.
“Trabalho com login de usuário, arrumo ponto de rede, tiro
dúvida de funcionários, tenho de resolver um pouco de tudo, só
não crio ainda aplicativos. Mas espaço para crescer é o que
não falta”, acredita.
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