O IMPRESSIONISMO Impressionismo é o termo usado para nomear

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O IMPRESSIONISMO
Impressionismo é o termo usado para nomear uma corrente pictórica que tem
origem na França, entre as décadas de 1860 e 1880, e constitui um momento
inaugural da Arte Moderna. A origem do nome remonta a um texto jornalístico
que, inspirado na tela Impressão, Sol nascente, 1872, de Claude Monet (18401926). Foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e
deu início às grandes tendências da arte do séc. XX.
Os pintores impressionistas procuraram, com base na observação direta do efeito
da luz solar sobre os objetos registrar em suas telas as constantes alterações que
essa luz provoca nas cores da natureza.
Na realidade, não houve nenhuma teoria que orientasse a criação artística desses
pintores. Havia apenas algumas considerações gerais, muito mais práticas do que
teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os
resultados que caracterizaram a pintura impressionista. Essas considerações
podem ser assim resumidas.
 A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao
refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza
se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
 As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha e uma abstração
do ser humano para representar as imagens.
 As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão
visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores
costumavam representá-las no passado.
 Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das
cores complementares. Assim um amarelo próximo a um violeta produz
uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro
tão valorizado pelos pintores barrocos.
 As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tinas na
paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos
quadros, em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a
pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura
deixa, portanto de ser técnica para ser óptica.
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A descoberta da fotografia, anunciada em 07 jan. 1839 por Louis
Daguerre na Academia de Ciências de Paris, mudou os rumos da pintura.
A pintura da época precisou reinventar-se para não competir com a
fotografia. O novo suporte conseguia realizar as imagens mais próximas
da realidade, e então os pintores passaram a investigar outras maneiras
de usar a pintura.
Em 1874, no ateliê do fotógrafo Maurice Nadar, uma exposição de jovens
pintores apresentou uma nova forma de expressar a realidade por meio
da exploração da representação da luz. Monet, Manet, Renoir, Sisley,
Degas e Pissarro participaram dessa mostra inaugural do chamado
movimento impressionista.
A fotografia apresentava um instante, e a pintura impressionista buscava
a síntese do movimento. A representação da incidência da luz era a
técnica usada pelo conjunto desses artistas, motivo pelo qual o
impressionismo foi apelidado como ´arte da sensação rápida´.
PRINCIPAIS ARTISTAS
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Claude MONET:
Incessante pesquisador da luz e seus efeitos
pintou vários motivos em diversas horas do dia, a fim de estudar as
mutações coloridas da natureza e sua luminosidade. Adepto da “plein
air”, palavra francesa que significa “ar livre”, ou seja, pintura ao ar livre.
Depois da apresentação em Paris, em 1874, do seu quadro
“Impressão, Sol nascente”(1869)ele e todo o seu grupo foram
mencionados por um conhecido crítico de arte como impressionistas e
mais depreciativamente como a “turma de Monet”.
Aos poucos foi abandonando as tonalidades escuras e tenebrosas de
suas primeiras obras e adotou uma paleta de cores vivas e ao mesmo
tempo transparentes. Em Argenteuil, passa a pintar com Sisley e Pissarro,
tanto no inverno quanto no verão, pela diferença de tonalidades
conforme a iluminação de cada estação.
Além das paisagens, tentou incluir motivos da vida moderna, como as
locomotivas, sendo o século XIX, o século das descobertas como: trem e
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navio a vapor, saneamento, telefone, energia elétrica, a fotografia que
influenciou alguns artistas impressionistas, enfim a modernidade.
Deu início aos seus célebres quadros de catedrais, de contornos quase
inexistentes, em que a forma é dada pela reprodução da luz da cor. A
síntese de sua obra são os quadros que compõem a série de Ninfeias,
especialmente o Tanque de Nenúfares. Monet foi o mais puro e
importante representante artista do espírito impressionista.
Pierre Auguste RENOIR:
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Foi o pintor impressionista que
ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da
crítica, ainda em vida. Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a
intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX.
Pintou o corpo feminino com formas puras e isentas de sensualidade,
preferia os nus ao ar livre, as composições com personagens do cotidiano,
os retratos e as naturezas mortas. Percebe-se em suas obras um pouco da
delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana.
Seu principal objetivo, como ele afirmava, era conseguir realizar uma obra
agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente
impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma, de fato.
Teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se
voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série de
“Banhistas”. Mais tarde retoma a plenitude da cor e recupera sua
pincelada energética e ligeira.
Edgar DEGAS: Sua formação acadêmica e sua admiração por Ingres
fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a
grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas
paisagens e cenas ao ar livre. Os ambientes de suas obras são interiores e
a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida
das pessoas, apreender um momento do movimento de um corpo ou a
expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados e as corridas de
cavalos, interessado claramente na luz no movimento.
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As técnicas de Degas eram originais embora tivesse influência das
gravuras japonesas do século XIX, e da emergente arte da fotografia.
Retratava seus temas por ângulos incomuns (às vezes de um ponto mais
elevado), quase sempre posicionava de modo descentralizado, e em vez
de inserir os objetos à volta de modo organizado no enquadramento da
pintura, fazia cortes diretamente sobre eles. O efeito é o de uma
fotografia, capturando um momento fugaz, os objetos semi-aparentes
nas bordas do quadro fornecem a ilusão de que a cena continua para
além da moldura. Degas construiu suas imagens com um olhar
fotográfico, mas retratou situações em trânsito, de maneira casual, como
se captadas de surpresa, pois sua investigação concentrava-se no estudo
do movimento. O movimento, o uso da cor e a incidência da luz foram
suas principais marcas. Seu olhar é como de uma câmara fotográfica,
porém ele congela e reproduz o movimento das figuras com grande
apuro. Não é à toa o seu interesse pela arte fotográfica.
Embora as pinturas de Degas aparentem ser espontâneas, elas eram na
verdade produções de estúdio cuidadosamente planejadas, construídas a
partir de croquis e estudos. Sua arte era do tipo que ocultava sua
artificialidade.
Eliseu VISCONTI: No Brasil, destaca-se este pintor, ele já não se
preocupa mais em imitar modelos clássicos, procura decididamente
registrar os efeitos da luz solar nos objetos e seres humanos que retrata
em suas telas.
Ganhou uma viagem a Europa, onde teve contato com as obras dos
impressionistas. A influência que recebeu desses artistas foi tão grande
que ele é considerado o maior representante dessa tendência na pintura
brasileira.
Obras destacadas: Trigal e Maternidade.
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