Gramática Visual

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Gramática Visual
A linha
A linha é um elemento básico em todas as
formas de representação gráfica.
Conceptualmente é o resultado de um
conjunto de pontos em movimento
num determinado espaço visual.
A linha resulta de uma experiência visual
(uma codificação da realidade física), não
existe no mundo que nos rodeia.
É realizada como elemento estrutural
para exprimir, comunicar o que vemos ou
sentimos.
Podemos considerar a linha como uma
forma unidimensional, visto que o seu
comprimento supera sempre a sua
espessura.
A linha pode resultar da tensão entre
duas formas visuais, tendo neste caso
uma presença virtual, a que se dá o nome de
linha implícita.
1- Uma forma pontual em movimento gera
uma linha.
2- Duas formas pontuais geram uma linha
virtual.
3- Tensões visuais de uma linha curva.
4- Tensões visuais de uma linha
quebrada.
5- A tensão funciona como ligação, gerando
uma figura plana.
Com a linha podemos estruturar formas
gráficas autónomas, estabelecer ritmos,
simular gestos ou reflectir emoções.
A linha apresenta-se com diferentes
anatomias (configurações formais)
dependendo para tal a forma como a
realizamos ou sentimos e também dos
instrumentos que utilizamos.
Pelas suas diversas configurações formais, a
linha pode ser: contínua, descontínua,
sinuosa, quebrada, ondulada, aberta,
fechada, etc.
A linha propõe conteúdos de
expressão diversos, ela pode ser:
Elemento gerador de superfície (pelo
agrupamento de linhas).
Elemento gerador de recorte ou
contorno (como factor decisivo na
configuração das formas).
Noutros casos a linha não está
expressa, embora a leitura das formas, por
oposição aos fundos, nos permita detectar
um contorno transformado em recorte.
A linha enquanto elemento modelador.
O uso de concentração de linhas confere-lhe
um carácter modelador, comunicando
determinadas propriedades da forma
representada e do conteúdo que se deseja
imprimir.
A linha enquanto elemento de
construção.
Linhas implícitas que resultam da
tendência que temos para simplificar,
padronizar ou encontrar eixos orientadores
a partir da tensão interior das formas.
A linha enquanto elemento de
significação por colocação.
Vertical, horizontal e oblíqua.
A linha tem um conteúdo global
determinado pela experiência da visão e pelo
nosso posicionamento no espaço.
Considera-se assim a sua posição relativa
a que lhe são acrescidos factores
psicológicos.
A linha é sempre acção e conhecimento para
se transformar em meio de comunicação.
O valor expressivo da linha resulta do
conjunto das suas características e
do modo como são aplicadas, relacionadas e
potencializadas.
Fim
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