Plutão é novamente considerado planeta após intenso debate

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03 DE OUTUBRO, 2014 - 08H52
Plutão é novamente considerado planeta após intenso
debate
Polémica arrastava-se desde 2006, quando o corpo celeste foi rebaixado à categoria de 'planeta
anão'
Por: O Globo
Foto: Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian
Depois de acaloradas discussões astronômicas, teorias e votos contra e a favor,
finalmente temos uma conclusão: Plutão é sim um planeta.
O curioso debate entre astrônomos foi promovido pelo Centro de Astrofísica HarvardSmithsonian, após a polêmica decisão da União Astronômica Internacional (IAU) retirar o status
planetário do último integrante do nosso Sistema Solar. Desde então, Plutão passou a ser tachado
de "planeta anão".
Antes da decisão da IAU, que decide as normas e convenções cósmicas, aprendíamos na
escola que havia nove planetas ao todo girando em torno do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno e Plutão.
Mas a retirada deste último do grupo revoltou tanto especialistas quanto meros amantes
do mundo espacial. A ira foi tanta que levou então astrônomos a promoverem tal debate.
As discussões centraram na teoria já consagrada de que, para ser considerado um
planeta, o corpo celeste deve: estar em órbita em torno do Sol; ser redonda ou quase redonda;
demonstrar que “atraiu a vizinhança” com seu poder gravitacional.
Foi esse último item que pesou contra Plutão. Por ser menor até que a Lua e ter uma
massa minúscula, seu campo gravitacional não era forte o suficiente para colocar toda sua
vizinhança em sua função. O “pequeno notável” tem um raio de cerca de 750 milhas, menos do
que 20% do raio da Terra. Sua circunferência é de cerca de 4.500 milhas, menor do que a distância
entre Washington D.C. e o Havaí.
No debate, uns defenderam que “planeta” é uma palavra culturalmente definida, e que
muda ao longo do tempo. Gareth Williams, diretor-associado do Centro de Planetas Menores,
apresentou ponto de vista do IAU, dizendo que Plutão não é um planeta.
Já Dimitar Sasselov, do Harvard Origins of Life Initiative, argumentou que o pré-requisito
principal seria a ser a orbitação em torno do Sol, que difere principalmente os planetas de dentro
e de fora do Sistema Solar. Um planeta, disse ele, é "o mais pequeno nódulo esférico da matéria
que se formou em torno de estrelas ou restos estelares".
Após a abertura para votações, foi a tese de Sasselov que prevaleceu, reintegrando o
querido Plutão aos cadernos escolares como mais um planeta de nosso Sistema Solar.
Notícia adaptada de:
http://www.ormnews.com.br/noticia/plutao-e-novamente-considerado-planetaapos-intenso-debate
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