avaliação segundo enfoque por problemas de saúde

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AVALIAÇÃO SEGUNDO ENFOQUE POR PROBLEMAS DE
SAÚDE: O CÂNCER DE MAMA
Núcleo de Investigação em Serviços e Sistemas de Saúde
NISIS
Instituto de Saúde – SES/SP
Luiza
Luiza Sterman
Sterman Heimann
Heimann
Problema
•
Demanda da equipe da Coordenação de Programação
da Assistência – CPA – do Departamento de
Regulação, Avaliação e Controle – DRAC
•
Necessidade de adequar a Programação Pactuada e
Integrada – PPI – em função do Pacto pela Saúde
•
Reorientar a PPI para necessidades de saúde e não
segundo oferta e produção dos serviços
•
Reorientar a PPI para a busca da eqüidade
•
Avaliar e monitorar a PPI
Marcos
Marcos de
de referência
referência
Dimensões
Dimensões do
do processo
processo de
de reprodução
reprodução social
social
Modelo
Modelo Explicativo
Explicativo dos
dos problemas/necessidades
problemas/necessidades de
de Saúde
Saúde
Respostas
Respostas Sociais
Sociais
Promoção
Promoção
Prevenção
Prevenção
Cura
Cura
Reabilitação
Reabilitação
Problemas
Problemas
Sociedade
Sociedade
Condições
Condições de
de Vida
Vida
Grupos
Grupos
Econômico
Econômico
Cultural
Cultural (Consciência
(Consciência ee Conduta)
Conduta)
Indivíduo
Indivíduo
Ecológico
Ecológico
Biológico
Biológico
Identificação das desigualdades de
condições de vida e saúde
• Diagnóstico da situação de condições de vida e saúde
da população dos estados e municípios brasileiros,
evidenciadas por indicadores traçadores, compondo
matrizes de avaliação de:
– condições de vida e saúde (renda, habitação, educação,
saneamento, perfil etário, produção e oferta de serviços de
saúde); e
– respostas do sistema (ações de promoção, prevenção, cura e
reabilitação) referentes a problemas de saúde
Construção
Construção da
da matriz
matriz de
de indicadores
indicadores para
para avaliação
avaliação por
por
problemas
problemas
Problema
Problema Processo
Processo
Variável
Variável
Indicadores
Indicadores
Dimensão
Dimensão
Morbimortalidade
do
Morbimortalidade
do
problema
problema
Problemas
Problemas
prioritários
prioritários Ações
Ações de
de
de
de saúde
saúde Saúde
Saúde
Gestão
Gestão
Ações
Ações de
de saúde
saúde
predominantemen
predominantemen
te
te de:
de: promoção,
promoção,
prevenção,
prevenção, cura
cura ee
reabilitação
reabilitação
Oferta
Oferta ee
Regulação
Regulação
Tipo
Tipo de
de
avaliação
avaliação
Fonte
Fonte
Resultado
Resultado
Indicadores*
Indicadores*
Estrutura
Estrutura
Processo
Processo
Resultado
Resultado
Sistemas
Sistemas de
de
informação
informação
do
do SUS
SUS ee do
do
IBGE
IBGE
Estrutura
Estrutura
Processo
Processo
*
* Critérios
Critérios para
para seleção
seleção dos
dos indicadores:
indicadores: disponibilidade
disponibilidade da
da informação
informação (vários
(vários indicadores
indicadores
cancelados
cancelados provisoriamente
provisoriamente por
por falta
falta de
de informação);
informação); evento
evento sentinela
sentinela para
para alertar
alertar sobre
sobre oo
problema
problema de
de saúde;
saúde; quantidade
quantidade de
de indicadores;
indicadores; relevância
relevância dos
dos indicadores
indicadores para
para aa equipe
equipe
CPA/DRAC
CPA/DRAC (processo
(processo de
de interlocução
interlocução com
com outras
outras áreas
áreas do
do MS);
MS); todos
todos os
os indicadores
indicadores estarem
estarem
disponíveis
disponíveis nas
nas bases
bases informatizadas
informatizadas do
do SUS.
SUS.
Brechas Redutíveis de
Mortalidade
• Conceito utilizado por Castellanos (1994):
propôs a comparação das taxas de mortalidade
obtidas entre países com condições de vida
similares.
• Análise não apenas da tendência histórica mas
do diferencial redutível entre o melhor valor do
grupo de condições de vida e o valor da unidade
de análise estudada (municípios, estados,
regiões).
Trabalho com bases de dados nacionais:
Grande número de informações, necessidade de
tratamento estatístico
Tratamento Estatístico
•
•
•
•
•
•
•
•
Histogramas;
Medidas Resumo;
Discrepantes;
Zerados
Informação Ausente
Associação;
Transformação, log (.);
Lowess
RESULTADOS
Problema selecionado:
CÂNCER DE MAMA
Câncer de Mama
Coeficiente
Coeficiente de
de Mortalidade
Mortalidade por
por câncer
câncer de
de mama
mama em
em mulheres
mulheres
de
de 40
40 aa 69
69 anos
anos
Cálculo:
Cálculo:
Número
Número de
de óbitos
óbitos de
de mulheres
mulheres de
de 40
40 aa 69
69 anos
anos por
por XX 100.000
100.000
câncer
câncer de
de mama
mama (CID10:
(CID10: C50.0
C50.0 até
até C50.9),
C50.9), no
no ano
ano YY
População
População de
de mulheres
mulheres na
na faixa
faixa etária
etária de
de 40
40 aa 69
69 anos,
anos,
no
no ano
ano YY
Conjunto
Conjunto das
das medidas
medidas resumo:
resumo:
Mínimo I quartil Mediana Média III quartil Máximo Ausentes
0,00
0,00
0,00
16,52
0,00
429,20
0
Câncer de Mama
1.
1. Coeficiente
Coeficiente de
de Mortalidade
Mortalidade por
por câncer
câncer de
de mama
mama (x100.000)
(x100.000) em
em
mulheres
mulheres de
de 40
40 aa 69
69 anos.
anos. Brasil,
Brasil, 2002.
2002.
Coeficiente
Coeficiente de
de mortalidade
mortalidade por
por câncer
câncer de
de mama
mama
Câncer de Mama
Coeficiente
Coeficiente de
de Mortalidade
Mortalidade por
por câncer
câncer de
de mama
mama (100.000)
(100.000) em
em
mulheres
mulheres de
de 40
40 aa 69
69 anos.
anos. Brasil,
Brasil, 2002.
2002.
A maior parte dos municípios (75%) não teve óbito por
câncer de mama na faixa etária analisada.
Por esse motivo este indicador deve ser analisado em
conjunto com a proporção de óbitos mal definidos.
Câncer de Mama
2.
2. Cobertura
Cobertura por
por mamografias
mamografias em
em mulheres
mulheres
Cálculo:
Cálculo:
Número
Número de
de mamografias
mamografias em
em mulheres
mulheres (SIA:
(SIA: 1309201-4;
1309201-4;
1309202-2)
1309202-2)
XX 100
100
população
população de
de mulheres
mulheres no
no ano
ano YY
Conjunto
Conjunto das
das medidas
medidas resumo:
resumo:
Mínimo I quartil Mediana Média III quartil Máximo Ausentes
0,00
0,00
0,00
0,34
0,00
78,64
0
Câncer de Mama
2.
2. Mamografias
Mamografias em
em mulheres
mulheres sobre
sobre aa população
população de
de mulheres
mulheres (x
(x 100),
100), por
por
municípios
municípios com
com informação.
informação. Brasil,
Brasil, 2002.
2002.
Cobertura
Cobertura por
por mamografias
mamografias em
em mulheres
mulheres
Câncer de Mama
Por ter como fonte o SIA, este indicador mostra os dados
por local de ocorrência. Daí sua concentração em poucos
municípios.
Ele só pode ser analisado considerando os fluxos
estabelecidos na pactuação. No entanto, é possível afirmar
que a cobertura é muito baixa.
Câncer de Mama
3.
3. Punções
Punções ee Biópsias
Biópsias de
de mama
mama em
em relação
relação ao
ao total
total de
de
mamografias
mamografias
Cálculo:
Cálculo:
Número
Número de
de punções/biópsias
punções/biópsias de
de mama
mama (SIA:
(SIA: 0804101
0804101 +
+
0804201)
0804201)
X 100
total
total de
de mamografias
mamografias
Conjunto
Conjunto das
das medidas
medidas resumo:
resumo:
Mínimo I quartil Mediana Média III quartil Máximo Ausentes
0,00
0,00
0,481
-
-
-
4.857
Câncer de Mama
3.
3. Punções
Punções ee Biópsias
Biópsias de
de mama
mama sobre
sobre o
o total
total de
de mamografias
mamografias (x
(x 100),
100),
por
por municípios
municípios com
com informação.
informação. Brasil,
Brasil, 2002.
2002.
Punções
Punções ee Biópsias
Biópsias de
de mama
mama em
em relação
relação ao
ao total
total de
de mamografias
mamografias
Câncer de Mama
A maioria dos municípios (4.857) não teve registros para
construção deste indicador, por isso não é possível
discriminar os municípios na comparação.
Por outro lado, 4,2% dos municípios brasileiros não realizou
nenhuma punção ou biópsia.
O indicador é calculado por ocorrência, ou seja, sua análise
depende dos fluxos e da pactuação. Por ser um evento
raro, deve-se questionar sua função para monitoramento.
Câncer de Mama
4.
4. Proporção
Proporção de
de internações
internações de
de mulheres
mulheres com
com câncer
câncer de
de mama
mama
Cálculo:
Cálculo:
Número
Número de
de internações
internações de
de mulheres
mulheres com
com câncer
câncer de
de mama
mama
(CID10:
(CID10: C50.0
C50.0 até
até C50.9)
C50.9) no
no ano
ano YY
X 100
Total
Total de
de internações
internações de
de mulheres
mulheres no
no mesmo
mesmo ano
ano
Conjunto
Conjunto das
das medidas
medidas resumo:
resumo:
Mínimo I quartil Mediana Média III quartil Máximo Ausentes
0,00
0,00
0,13
0,32
0,44
13,33
6
Câncer de Mama
4.
4. Proporção
Proporção de
de internações
internações de
de mulheres
mulheres com
com câncer
câncer de
de mama
mama
Proporção
Proporção de
de internações
internações de
de mulheres
mulheres com
com câncer
câncer de
de mama
mama
Câncer de Mama
Aproximadamente
metade
dos
municípios
brasileiros
(2.395) não tiveram internação por câncer de mama.
Nos demais, a média foi de 0,32% de internações por
câncer de mama em relação ao total das internações
femininas.
Aqui também existe a dificuldade em comparar os
municípios.
Câncer de Mama
5.
5. Número
Número de
de serviços
serviços especializados
especializados em
em oncologia
oncologia por
por 1
1 milhão
milhão de
de
habitantes,
habitantes, por
por estado,
estado, 2002
2002
17,24
15,00
Número / 1.000.000 hab
11,48
10,00
9,13
8,54
7,42
7,18
7,29
6,84
6,66
6,16
5,00
4,97
4,89
5,14
4,83
3,34 3,46
2,88
3,79
3,98
2,88
2,58
1,94
1,69
1,38
0,69
0,15
0,00
0,00
RO AC
AM RR
PA
AP
TO
MA
PI
CE RN
PB
PE
AL
SE
Estados
BA MG ES
RJ
SP
PR
SC
RS
MS MT
GO DF
Câncer de Mama
Apenas o Acre não tem serviço especializado em
oncologia. Nos demais a distribuição é desigual.
O Distrito Federal é o estado que apresenta a maior
proporção de serviços, pois é o que tem a menor
população e é referência para outros estados.
Brechas Redutíveis de Mortalidade no estado do Espírito Santo
Quadro
Quadro -- Municípios
Municípios do
do Espírito
Espírito Santo,
Santo, grupo
grupo 1
1 de
de ICVS,
ICVS, população
população ee indicadores
indicadores
para
para câncer
câncer de
de mama,
mama, 2002
2002
população
2002
3.1. Mortalidade
por câncer de
mama
em
mulheres de 40 a
69
anos
(x
100.000)
3.2.
Cobertura
por
mamografias
em mulheres
(x 100)
3.3. Punções e
Biópsias
de
mama
em
relação ao total
de mamografias
(x 100)
3.4. Proporção
de internações
de
mulheres
com câncer de
mama (x 100)
Percentual
de óbitos
mal
definidos
1999_2001
Código
Município
320040
Anchieta
20.072
0,00
0,08
12,50
0,26
10,4
320060
Aracruz
67.205
0,00
0,28
0,00
0,24
19,5
320110
Bom Jesus do Norte
9.492
0,00
1,27
0,00
0,00
7,7
320313
João Neiva
15.687
0,00
0,00
NA
0,15
18,9
320460
Santa Teresa
20.786
0,00
0,00
Inf
0,32
16,3
320530
Vitória
299.358
17,96
20,58
0,36
0,93
5,2
320240
Guarapari
94.016
18,03
0,09
0,00
0,50
7,6
320520
Vila Velha
362.878
23,94
0,00
0,71
12,3
320500
Serra
342.015
30,22
0,43
0,00
0,81
13,2
320120
Cachoeiro de Itapemirim
181.502
51,52
1,12
0,19
0,37
11,5
320380
Muqui
13.676
56,31
0,00
NA
0,29
15,8
320230
Guaçuí
26.234
59,88
0,00
NA
0,18
14,2
320470
São Gabriel da Palha
27.154
61,26
0,00
Inf
0,21
16,9
320140
Castelo
33.410
69,83
0,00
NA
0,08
19,1
320506
Venda Nova do Imigrante
17.034
157,81
0,00
Inf
0,29
15,4
NA
Considerações Finais
O estudo mostrou a necessidade de:
• análise da mortalidade por câncer de mama em mulheres em
relação aos óbitos mal definidos;
• análise da cobertura de mamografia considerando os fluxos de
referência estabelecidos na PPI;
• a inadequação do indicador proporção de punção e biópsia de
mama no total de mamografias para monitoramento, por ser um
evento raro; e
• a desconcentração da oferta de serviços especializados para as
ações de prevenção e tratamento do câncer de mama.
Esta metodologia possibilita ao gestor reorientar o planejamento
visando a redução das desigualdades detectadas e mudar a
alocação de recursos entre municípios e estados, seguindo
critérios epidemiológicos.
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