ASTRONOMIA, MUSEUS DE CIÊNCIA E EDUCAÇÃO: AS EXPERIÊNCIAS DO PARQUE NEWTON FREIRE MAIA LASIEVICZ, Anisio – PNFM/SEED1 [email protected] Eixo Temático: Comunicação e Tecnologia Resumo O presente relato discorre acerca da divulgação e popularização da Astronomia no Parque da Ciência Newton Freire Maia (PNFM), especialmente no que concerne à contribuição das atividades desenvolvidas para a educação em ciências dos estudantes que visitam o referido espaço. O PNFM consiste em um museu de ciência vinculado à Secretaria de Estado da Educação do Paraná, ocupando uma área aproximada de 13.000m2, situada no município de Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Tem como missão a divulgação científica e tecnológica, pautada pela concepção de Ciência e Tecnologia enquanto processos humanos e históricos, pela evidenciação de seus vínculos socioculturais e pelas reflexões acerca dos impactos do desenvolvimento científico e tecnológico em nosso meio. Neste trabalho, discute-se inicialmente o panorama do ensino de Astronomia na educação básica paranaense, enquanto um dos temas estruturantes da disciplina de Ciências. Pondera-se também, sobre as parcerias museu-escola, no tocante à função social dos museus de ciência em auxiliar/complementar a educação formal porém, respeitando-se as especificidades do museu e da instituição de ensino, uma vez que ambos possuem alguns objetivos comuns em suas diretrizes, mas buscam atingi-los de maneira diferente e em períodos diferentes. Diante das discussões propostas, descreve-se o acervo relativo à Astronomia e são apresentadas as experiências do PNFM na educação em Astronomia, destacando os principais espaços e atividades desenvolvidas pelos professores e estagiários, a fim de socializar a bagagem adquirida. Palavras-chave: Museu de ciência. Astronomia. Relações. Escola. Introdução Os museus de ciência brasileiros voltam cada vez mais sua atenção à promoção de atividades que visem auxiliar o processo de educação formal e seus resultados enquanto contribuintes para o processo ensino-aprendizagem. Apesar de possuírem diversas linhas de ação e serem espaços receptivos a todos os tipos de público, a parcela mais significativa de 1 Licenciado em Matemática (UFPR,2003). Aluno do Curso de Especialização em Matemática (UFPR). rofessor e Matemática e Coordenador de Projetos do Parque da Ciência Newton Freire Maia. 14509 seus visitantes é composta por professores que trazem seus estudantes, entendendo o museu de ciência como um poderoso recurso para sua prática pedagógica, conforme Marandino (2001, p. 89). Diante desta constatação, a dimensão educativa destas instituições é voltada, em grande parte, à orientação e ao desenvolvimento de atividades que atendam às demandas escolares e tem sido foco de diversas pesquisas que avaliam e discutem as relações museuescola. Nestes espaços é comum encontrarmos acervo orientado à divulgação e popularização das diversas áreas do conhecimento e, em especial de Astronomia. Painéis, modelos do sistema solar e de objetos celestes, animações e/ou mecanismos que simulam a mecânica celeste ou fenômenos astronômicos, experimentos diversos, softwares simuladores, salas de projeção 3D, réplicas de satélites e módulos espaciais, observatórios munidos com os mais diversos tipos de telescópios e planetários, consistem no acervo frequentemente observado em tais instituições. O Parque da Ciência Newton Freire Maia (PNFM) integra o conjunto de museus com acervo substancial em Astronomia. Vinculado à Secretaria de Estado da Educação Paraná, localiza-se nas dependências do antigo Parque Castelo Branco, espaço criado em 1964 com o objetivo de expor as evoluções do setor agropecuário, sendo desativado em 1998 e posteriormente reformado, de modo a abrigar a proposta de um museu interativo de ciência, concretizada em 2002 com a inauguração do Parque da Ciência. Em 2003 recebe o nome de Newton Freire Maia, homenageando um dos maiores geneticistas do país, falecido em maio daquele ano. Tendo como pressuposto básico divulgar ciência e tecnologia enquanto processos humanos e históricos, evidenciando seus vínculos socioculturais e instigando reflexões acerca dos impactos inerentes ao desenvolvimento científico e tecnológico, promove diversas atividades voltadas ao atendimento do público visitante, cuja maior parcela consiste em estudantes da rede pública de educação. O objeto da discussão proposta é a contribuição do PNFM para o processo de ensinoaprendizagem, especialmente de conceitos relativos à Astronomia, visando auxiliar a educação formal, além de socializar as experiências e resultados obtidos mediante a execução de oficinas e visitas temáticas orientadas pelos professores e estagiárias da área, dedicadas ao público escolar e à formação docente. 14510 A Astronomia e a educação formal O hábito de observar o céu e acompanhar os fenômenos cíclicos da natureza confundese com a própria história do ser humano. Um costume que, possivelmente, fora iniciado apenas por curiosidade e fascinação, transformou-se em uma das mais poderosas ferramentas para o desenvolvimento do homem, facultando a nossos ancestrais, a possibilidade de “entender” a natureza e, principalmente, de tentar prevê-la, localizando-se no tempo e no espaço. Seja pela observação do Sol (nascer, ocaso e sua trajetória aparente no céu), seja pela observação das estrelas noturnas ou de objetos que, aparentemente, eram alheios às regras celestes pois se moviam de forma distinta dos demais (o que hoje chamamos de planetas), eram previstas épocas de chuva, seca, frio e calor. Também determinavam os períodos propícios à busca de alimentos e, a partir do domínio das técnicas agrícolas, quando plantar, o quê plantar e quando colher, além de orientar os rumos para uma viagem terrestre ou marítima. Hoje, diante dinâmica social, da indumentária tecnológica que nos cerca e da poluição luminosa dos grandes centros urbanos, já não é mais tão necessária a observação contínua do céu. As Diretrizes Curriculares de Ciências colocam a Astronomia como um dos 5 conteúdos estruturantes da disciplina, a ser trabalhado de maneira contínua durante todos os anos do ensino fundamental, justificando que é ...uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntrico e heliocêntrico, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque por meio deles buscam-se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade, como o movimento aparente do Sol, as fases da Lua, as estações do ano, as viagens espaciais, entre outros (PARANÁ, 2008). Diante do exposto, é de se esperar que a Astronomia tenha lugar de destaque nas aulas de ciências, fato este que, infelizmente, não ocorre. O ensino de astronomia congrega dos mesmos obstáculos que o ensino de ciências. Krasilchik (1987, p.47-51) coloca diversas deficiências a serem debatidas: a formação e sobrecarga dos educadores, currículos inadequados, materiais didáticos deficientes, ausência de laboratórios, equipamentos, materiais e laboratoristas e, problemas administrativos. Demo (2010, p.2 - 4) e Constantin 14511 (2001, p.195), acrescentam que o ensino de ciências é balizado pelo fornecimento de informações e sua repetição, pela ausência de pesquisa e reconstrução do conhecimento pelo estudante e por avaliações que não refletem a apropriação do conhecimento, além da ausência de políticas conclusivas para o incremento da educação científica no país. Diante este panorama, “as escolas abrem espaços para o florescimento e contribuições de mecanismos educacionais mais leves e flexíveis” (LEITÃO e ALBAGLI, 1997 apud CONSTANTIN, 2001, p.196), e, dentre estas contribuições, destaca-se o museu de ciência. Essas instituições de educação não formal têm crescido tanto em número quanto em responsabilidade na promoção de uma educação científica que atue em consonância com as demais áreas do conhecimento, a fim de formar de indivíduos críticos, aptos a compreender os processos sociais, culturais e naturais, bem como a debater os rumos do desenvolvimento científico e tecnológico e seus impactos. A parceria museu-escola: museus de ciência como recurso pedagógico De uma maneira geral, Cazelli et al (1998) citada por Marandino (2001, p.89) elenca três motivos principais que levam o professor a buscar o museu de ciências: entendem o museu como ambiente de aprendizagem, a abordagem interdisciplinar ou relacionada com o cotidiano e a ampliação da cultura de seus estudantes. Apesar de pesquisadores ponderarem que ensinar não é a função do museu (WAGENSBERG, 2005, p.133.), tais instituições percebem essa demanda e voltam seus esforços para a organização e promoção de visitas orientadas e oficinas temáticas dedicadas a atender os anseios do educador e aos conteúdos presentes no currículo formal. É importante salientar que os museus de ciência são entendidos como ambientes de educação não formal. Segundo as palavras de Marandino (2008, p.133), são ações desenvolvidas fora do âmbito da educação formal, onde temos sujeitos chamados de aprendizes e objetos de aprendizagem. As ações pedagógicas dos museus de ciência recentes são centradas em suas exposições, as quais contam com diversos elementos interativos que “envolvem ativa e emocionalmente o visitante no descobrimento da informação, por meio de sua própria participação no processo de interação.” (Constantin, 2001, p. 199). Esta Entretanto, é necessário ressaltar que escola e museu dialoguem, na perspectiva de preparar o educador, fazendo com que ele conheça os recursos disponíveis no museu, preparar 14512 os estudantes, para que reconheçam a visita enquanto uma proposta pedagógica com objetivo claro. Finalmente, mas não menos importante, é necessário preparar o mediador da atividade, a fim de que, além do domínio do conteúdo técnico-científico, ele consiga estabelecer um canal de comunicação eficaz entre o acervo e o público, respeitando os limites de cada um, instigando, provocando, apresentando outros olhares, outras possibilidades. O acervo de astronomia do PNFM: Considerando as reflexões propostas acima, segue um descritivo das principais atividades relacionadas à Astronomia desenvolvidas pelos professores e estagiários da área de Ciências exatas do PNFM. Planetário Indígena O planetário2 consiste em um ambiente fechado dotado de um teto hemisférico e de equipamentos que possibilitam simular o céu diurno e noturno, bem como os movimentos dos astros que o compõem. Para Matsuura (2007, p.77), Eles permitem, de forma única, demonstrar a evolução dinâmica dos movimentos celestes, e é essa capacidade que deve ser explorada e valorizada ao máximo. Afinal isso é impossível em livros-texto e até mesmo em monitores de vídeo. É preciso, pois, que a sessão do planetário concretize uma vivência audiovisual inesquecível e crie referências espaciais na mente do espectador. Ao mesmo tempo, o conhecimento transmitido deve ser contextualizado no terreno do cotidiano através de uma trama transversal de relações e alusões práticas. O planetário do PNFM (figura 1) tem estrutura feira em metal e resina, acomodando de 25 a 30 pessoas por sessão, sendo dotado de um projetor cilíndrico de estrelas e de um projetor multimídia acoplado a um computador com softwares, imagens e trilhas sonoras para complementação das ideias abordadas. As apresentações são balizadas pelos trabalhos do pesquisador Germano Bruno Afonso, professor aposentado da UFPR que dedica seus esforços em resgatar e perpetuar as interpretações dos povos indígenas acerca do céu e seus fenômenos. 2 Muitas vezes designa-se por Planetário o edifício onde o equipamento de projeção está instalado. 14513 As sessões duram, em média, 30 minutos, divididas em duas fases de 15 minutos cada. Inicialmente, são abordados os conceitos de constelação, os movimentos das estrelas e corpos celestes, estações do ano e algumas noções de localização, através do uso de softwares como o Starry Night© e o Stellarium (ambos pertencentes à categoria de planetários virtuais3). Figura 1 – Vista externa do Planetário. Fonte: Parque da Ciência. Na segunda fase, simula-se o anoitecer e, através da projeção de estrelas na cúpula, a interpretação clássica dos fenômenos celestes e a cosmogonia indígena - sobretudo a do povo tupi-guarani, são comparadas. Traça-se, por exemplo, um paralelo entre as constelações clássicas e as indígenas, seus mitos e o que representam para a cultura do povo, objetivando desmistificar o conhecimento como uma produção exclusivamente eurocêntrica, contribuir para a divulgação e perpetuação da cultura indígena e para o respeito à diversidade. Nesta abordagem, o planetário transcende a categoria de um recurso pedagógico inerente à Astronomia, pois a interpretação do céu estará intimamente ligada ao meio físico e cultural da etnia, ou seja, elementos de sua fauna, flora, leis sociais, folclore e religião estão intimamente relacionados às suas justificativas para os fenômenos celestes e à maneira com que interagem uns com os outros e com o ambiento ao entorno. Para Araújo et al (2004, p.84) “buscar compreender a significação social que cada povo constrói para justificar os seus atos, costumes, valores, crenças, etc., é um ponto chave para se entender a importância do respeito às diversas visões de mundo”. 3 Softwares que simulam o céu e o movimento dos astros. 14514 Figura 2 – A mesma região do céu, duas interpretações. À esquerda: constelações clássicas, à direita, o Índio velho (Tuya’i), típica dos guarani. Fonte: Parque da Ciência. Em situações especiais, o foco das apresentações pode ser alterado, de modo a atender uma proposta específica como, por exemplo, nas imediações do Dia da Consciência Negra (20 de novembro), são realizadas sessões com a temática africana, ou seja, substitui-se a visão indígena pela interpretação africana, abordando constelações, mitos e lendas inerentes a esta cultura. Desde 2004, mais de 250.000 pessoas assistiram às sessões do Planetário Indígena do PNFM, público este que engloba desde estudantes das séries iniciais até graduações e público em geral. Visita temática Introdução à Astronomia Observacional As sessões do planetário sempre são acompanhadas por uma avalanche de questionamentos feitos pelos estudantes, os quais não podem ser respondidos devido ao tempo de apresentação e a continuidade da visita em outros espaços do museu, entre outros motivos. Porém, as demandas por um momento de discussão mais profunda continuaram frequentes e, após reflexões balizadas pelos pressupostos da educação científica e da missão do PNFM, foi criado o programa de “Visitas Temáticas”, uma modalidade de atendimento que presa pela interdisciplinaridade e o uso de diversos recursos pedagógicos na abordagem de um tema. São indicadas para a complementação dos conteúdos escolares entre 6º ano do ensino fundamental e o ensino médio porém, revelaram-se também, como uma oportunidade de formação complementar para os estudantes de licenciaturas e de formação continuada para os 14515 profissionais da educação. Devem ser previamente agendadas segundo a disponibilidade de data e de mediadores específicos da área em questão, comportando no máximo, 25 estudantes por atividade. A visita temática “Introdução à Astronomia Observacional” enfoca conteúdos básicos para a compreensão dos fenômenos celestes. Tem duração média de 2 horas e um roteiro que engloba (resguardadas as adequações de linguagem), teorias sobre a evolução do universo, características do sistema solar, localização e pontos cardeais, movimentos do Sol, Terra, Lua e suas consequências e constelações. São utilizados diversos recursos presentes no acervo, como, por exemplo, um relógio astronômico indígena, um sistema mecanizado que simula os movimentos da Terra e da Lua e modelos de planetas em escala com o Globo (foto 3) presente na entrada do Parque Figura 3 – À esquerda: Globo de Madeira representando o Sol (diâmetro de 11m). Fonte: Parque da Ciência. A atividade é iniciada no Pavilhão “Introdução4” com as teorias de formação e evolução do universo (Big-bang) e do sistema solar, seguida pela abordagem das primeiras formas de localização e contagem do tempo no relógio indígena e das questões sobre geocentrismo e heliocentrismo no Pavilhão “Cidade5”. Concluída esta etapa, os movimentos da Terra e suas consequências são o objeto da próxima fase no Pavilhão “Água6”, que é finalizada com a apresentação do conceito de constelação e as associações entre as épocas do ano e as estrelas visíveis no céu. Finalizando a atividade, temos a sessão do Planetário no 4 Primeiro pavilhão de exposição permanente do Parque, dedicado a inserir o visitante na “atmosfera” da Ciência, discutindo o Big-bang e a formação do pensamento científico. 5 Segundo pavilhão da exposição permanente. Objetiva mostrar a cidade como lócus da produção científica e enquanto espaço de convivência, de protesto e etc. 6 Quarto pavilhão da exposição permanente. Articula meio ambiente e sustentabilidade. 14516 Pavilhão “Energia7”, complementando os assuntos trabalhados anteriormente. Caso os participantes disponham de mais tempo e as condições climáticas permitam, são realizadas observações solares, através de projeção e uso de filtros apropriados. Um ponto importante a salientar é o caráter interdisciplinar da atividade, tanto no processo de elaboração, quanto de execução, enfatiza-se a evolução da Astronomia vinculada às contribuições da Matemática, Física, Química, História, Antropologia e Sociologia, constituindo uma simbiose que transcende a fragmentação do conteúdo escolar. A visita temática “Introdução à Astronomia Observacional” foi criada em 2005 e desde então, atendeu a mais de 4000 pessoas, divididas entre estudantes de vários níveis, professores e comunidade em geral. Sessões de observação do céu Os estudantes do período noturno têm poucas opções de programas culturais, saídas a campo e vivências em espaços diferenciados. Visando o ofertar o acesso à comunidade escolar noturna às suas exposições e atividades, o PNFM abre as terças, quartas e quintasfeiras, das 19:00h às 22:00h. Aproveitando esta situação, as atividades em Astronomia sofrem dois incrementos: a substituição da sessão do Planetário por uma demonstração ao ar livre e a possibilidade de obervar os corpos celestes através de telescópios. O primeiro passo da atividade é o reconhecimento das principais estrelas e constelações visíveis, utilizando um laser verde chamado de skypointer (que emite um facho visível de luz verde). Posteriormente, são discutidas algumas questões relativas às estrelas (cores, temperaturas, distribuição no céu) e outros elementos visíveis. Finalmente, utilizando um telescópio automatizado, são realizadas observações dos objetos mais comuns e de maior apelo visual, discutindo suas principais características (figura 4). 7 Terceiro pavilhão da exposição permanente. Discute prioritariamente as formas de energia e seus impactos. 14517 Figura 4 – Estudantes observando Saturno. Fonte: Parque da Ciência. Considerações finais Os mistérios de uma noite estrelada ainda cativam o ser humano, afirmação esta que pode ser facilmente verificada diante das inquietações verificadas ao ocorrer um eclipse, a passagem de um cometa, uma estrela cadente, ou a notícia da descoberta de um novo planeta ou objeto celeste. É indispensável utilizar essa curiosidade para mobilizar o estudante em torno de temas científicos, entretanto ainda há muito a se trilhar. Os dados obtidos mediante o processo avaliativo das visitas escolares ao PNFM mostram o tema “Universo” como o assunto preferido do acervo entre os estudantes e, no que tange aos espaços específicos, o Planetário é o mais lembrado. Estes dois fatores estão em consonância com o alto índice de respostas envolvendo temas relativos à Astronomia, quando perguntados sobre qual assunto gostariam de saber/pesquisar mais. Também é importante ressaltar a emoção do público ao ver as crateras da Lua, os anéis de Saturno, aglomerados estelares ou ao conseguir identificar alguma constelação. Acreditamos que as ações relativas à divulgação e popularização em Astronomia desempenhadas pelo PNFM contribuem não só para a inserção da desta área do conhecimento em nosso cotidiano mas, também, para incremento da educação científica dos estudantes que visitam nosso espaço. REFERÊNCIAS 14518 ARAÚJO, Lidiane Maciel. FARES, Érika Akel. FILHO, Michel Sauma. MARTINS, Karla Pessoa. O Universo das Sociedades numa perspectiva relativa: exercícios de Etno-Astronomia – Revista Latino –Americana de Educação em Astronomia – RELEA, nº 1, p.77-85, 2004. CAZELLI, Sibele, et all. Tendências pedagógicas das exposições de um museu de ciência. IN: Anais do Seminário Internacional de Implantação de Centros e Museus de Ciência. Rio de Janeiro (RJ): UFRJ, Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Educação em Ciência, 2002. 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