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A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
ACERCA DO ATENDIMENTO PRESTADO AO IDOSO
HOSPITALIZADO COM DOR
Arlete Eli Kunz da Costa1, Noeli Juarez Ferla 2, Rodrigo Bachi3, Claudete Moreschi4,
Luis Felipe Pissaia 5
Resumo: Este estudo objetiva conhecer a percepção da equipe de enfermagem de um hospital de pequeno
porte do Rio Grande do Sul acerca do atendimento prestado ao idoso hospitalizado com dor. Trata-se de
pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa, realizada com dois enfermeiros e 10 técnicos
em enfermagem que trabalham em um hospital de pequeno porte de um município do Rio Grande do Sul.
Verificou-se que o enfermeiro tem papel fundamental no planejamento da assistência de enfermagem ao
idoso com dor. Com o processo de enfermagem, o profissional avalia o paciente de forma individual e em
sua totalidade. Os participantes reconhecem e valorizam que a equipe de enfermagem, ao avaliar a dor nos
idosos, necessita atentar para todos os sinais e sintomas referidos e para o estado psicológico do paciente.
Percebeu-se que a maioria dos participantes não utiliza escalas para avaliar a dor no idoso, no entanto, se
o paciente consegue se comunicar e está com nível de consciência adequado, poderá ser utilizada a escala
para avaliar sua dor. Constatou-se que os enfermeiros estão sempre em aprimoramento científico para
capacitar sua equipe, buscando atendimento integral ao idoso. O profissional enfermeiro, nesse cenário,
possui capacidade de promover educação continuada com sua equipe, fortalecendo o atendimento ao idoso
com dor.
Palavras-chave: Saúde do idoso. Dor. Equipe de enfermagem.
THE PERCEPTION OF NURSING TEAM ABOUT THE
PROVIDED SERVICE TO ELDERLY HOSPITALIZED
WITH PAIN
Abstract: This study examines perceptions of the nursing staff of a small hospital in Rio Grande do Sul
about the care provided to elderly hospitalized with pain. It is an exploratory and descriptive research
1 Enfermeira. Doutoranda em Ambiente e Desenvolvimento. Docente do Curso de Enfermagem do
Centro Universitário UNIVATES. E-mail: [email protected]
2Biólogo. Doutor em Ciências. Docente do Centro Universitário UNIVATES. E-mail:
[email protected]
3 Enfermeiro, graduado pelo Centro Universitário UNIVATES. E-mail: [email protected]
4 Enfermeira. Doutoranda em Ambiente e Desenvolvimento. Bolsista da Fundação de Amparo de
Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). E-mail: [email protected]
5Acadêmico do Curso de Enfermagem pelo Centro Universitário UNIVATES. E-mail:
[email protected]
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with qualitative approach, performed with two nurses and 10 nursing technicians working in a small
hospital in a city of Rio Grande do Sul. It was found that the nurse plays a key role in the planning
of nursing care to elderly with pain. With the nursing process, the professional evaluates the patient
individually and as a whole. The participants recognize and value the nursing staff, to assess pain in
elderly, need to pay attention to all the signs and symptoms and to their psychological state. It is noticed
that most participants do not use scales to assess pain in elderly, however, if the patient can communicate
with and are adequate level of awareness, can be used to scale to rate their pain. It was found that nurses
are always in scientific improvement to empower the team, seeking comprehensive care to the elderly.
The professional nurse in this scenario has ability to promote continuing education with the team,
strengthening the senior care in pain.
Keywords: Health of the Elderly. Pain. Nursing, Team.
INTRODUÇÃO
O fenômeno de envelhecimento da população pode ser observado em vários países,
principalmente da Europa, onde o crescimento no número de pessoas idosas supera
as taxas de natalidade, acarretando a inversão da pirâmide etária e influenciando nas
projeções de gastos com esse público (IPEA, 2008). Conforme estudos realizados pela
Organização das Nações Unidas (ONU), houve crescimento acelerado na população
com 60 anos ou mais, projetando mais de um bilhão de pessoas idosas em 2050, o que
representa quase 20% da população mundial (SANTOS et al., 2011).
O Brasil, considerado um país jovem, vivencia, atualmente, em ritmo menor do que
outros países, o envelhecimento gradual de sua população, o que é capaz de incentivar
o planejamento em longo prazo de políticas públicas a favor da população idosa
(BRASIL, 2006). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o crescimento da população idosa brasileira na última década foi consistente
e sistemático. Conforme a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD),
realizada em 2009, o Brasil conta com 21 milhões de pessoas acima de 60 anos ou mais
de idade (IBGE, 2010).
Os motivos para o crescimento da população idosa estão relacionados com a
transição demográfica e epidemiológica, ou seja, dentre outros fatores, com o aumento da
expectativa de vida, a melhoria do saneamento básico e o acesso à saúde (SCHIMIDT;
SILVA, 2012). Com esse novo fluxo etário, exige-se reorganização social em vários
setores, com a finalidade de suprir a demanda existente. Na área da saúde, surge a
necessidade de haver estruturas assistenciais que possibilitem melhor qualidade de vida
à população idosa (SARAIVA et al., 2015).
Com o aumento da expectativa de vida, o ser humano fica vulnerável ao processo
natural de envelhecimento irreversível do organismo. A deterioração do organismo
maduro pode aumentar a incidência de doenças incapacitantes, crônicas e degenerativas
(GIRO; PAÚL, 2013). Diante do contexto de saúde fragilizada, a dor pode agravar a
situação, conduzindo o idoso à piora no seu autocuidado e, consequentemente, à perda
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progressiva da sua qualidade de vida, ficando vulnerável à não adesão ao tratamento
(RIOS et al., 2015).
A dor foi definida pela Sociedade Brasileira de Estudos para Dor (SBED) como uma
experiência sensorial e emocional desagradável, associada a lesões reais ou potenciais
(SBED, 2009). A dor é, essencialmente, um sintoma subjetivo, multidimensional e
complexo, resultante da interação entre aspectos cognitivos, sensitivos, emocionais e
culturais, assim como de experiências prévias (BUDO et al., 2008).
A dor pode aumentar o período de internação hospitalar do idoso e o agravar do seu
estado de saúde geral. Nesse contexto, a enfermagem pode desenvolver cuidado efetivo
dessa população, garantindo tratamento eficaz e resolutivo. Conforme o Estatuto do
Idoso, Lei nº 10.741/03, assegura os direitos básicos de saúde a todos os cidadãos com
idade igual ou superior a 60 anos (BRASIL, 2003).
A população idosa demanda internações mais frequentes do que outras faixas
etárias, devido ao seu quadro de saúde, com patologias múltiplas que podem
potencializar o surgimento da dor, gerando maior atenção da equipe multidisciplinar
(MAGALHÃES; IBIAPINA; CARVALHO, 2014). O enfermeiro atua em meio
a essa equipe, desenvolvendo suas atividades com o idoso internado, fundamentando
cuidado diferenciado por meio das perspectivas biopsicossociais do paciente e de ações
educativas e gerenciais da instituição (GONÇALVES et al., 2015).
Sendo assim, o presente estudo objetiva conhecer a percepção da equipe de
enfermagem de um hospital de pequeno porte do Rio Grande do Sul acerca do
atendimento prestado ao idoso hospitalizado com dor.
METODOLOGIA
Trata-se de pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa, que foi
realizada com dois enfermeiros e 10 técnicos em enfermagem que trabalham em um
hospital de pequeno porte de um município do Rio Grande do Sul. O município de
estudo tem cerca de 3.000 habitantes e o hospital possui 45 leitos, distribuídos entre
maternidade, pediatria, clínica médica e geriatria.
Foram convidados a participar desta pesquisa todos os profissionais de enfermagem
do referido hospital que já tivessem vivenciado alguma experiência de cuidado com
idosos hospitalizados com dor. A coleta de dados ocorreu no período de agosto a
setembro de 2013, por meio de entrevistas individuais semiestruturadas, as quais foram
gravadas e, posteriormente, transcritas na íntegra. As perguntas que nortearam as
entrevistas foram: você faz algum planejamento de metas para o atendimento do idoso
com dor? Como você percebe a avaliação da dor no idoso? Você utiliza alguma escala
para avaliar a dor do paciente idoso? Você já recebeu algum treinamento sobre avaliação
de dor em paciente idoso?
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O tempo destinado para a entrevista de cada participante foi de 20 a 30 minutos.
Foi assegurado aos participantes o direito de interromper sua participação em qualquer
etapa da pesquisa, sem nenhuma penalização ou prejuízo. Todos os participantes
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A privacidade dos
pesquisados foi assegurada, tendo seus nomes substituídos por pseudônimos: E1 e E2
para os enfermeiros e TE1 a TE10 para os técnicos em enfermagem.
A análise dos dados ocorreu por meio de análise de conteúdo, com transcrição
dos depoimentos dos entrevistados, codificação dos conteúdos e interpretação de seus
significados (BARDIN, 2011).
Os aspectos éticos foram respeitados conforme as recomendações da Resolução nº
466/12 do Conselho Nacional de Saúde sobre Pesquisas com Seres Humanos (BRASIL,
2012). Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro
Universitário UNIVATES, de Lajeado/RS, sob o protocolo n° 15.777113.9.000.5310.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caracterização dos sujeitos da pesquisa
Quanto às características sociodemográficas dos sujeitos da pesquisa, verificou-se
que 11 profissionais são do sexo feminino e um é do sexo masculino. Observou-se faixa
etária ampla, variando dos 20 aos 61 anos. O tempo de formação profissional varia de
sete meses a 25 anos de trabalho na instituição. Quanto ao nível de formação, os dois
enfermeiros são pós-graduados e os técnicos em enfermagem possuem curso de nível
médio.
As respostas obtidas nas entrevistas realizadas com os profissionais foram
organizadas e categorizadas, agrupando as que se inter-relacionavam de acordo com
seus conteúdos, resultando em quatro categorias temáticas: planejamento da assistência
de enfermagem ao paciente idoso com dor; avaliação da dor do paciente idoso; utilização
de escalas para avaliar a dor no paciente idoso; e treinamentos para avaliar a dor no
idoso.
Planejamento da assistência de enfermagem ao paciente idoso com dor
Na equipe de enfermagem, o enfermeiro tem papel fundamental no planejamento da
assistência de enfermagem ao paciente idoso com dor. Com o processo de enfermagem,
o profissional avalia o paciente de forma individual e em sua totalidade. As falas dos
enfermeiros confirmaram a importância de planejar a assistência de enfermagem no
cuidado prestado aos idosos:
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O meu campo de atuação não é específico para idosos, mas sempre que eles estão, fazem
parte do trabalho e com patologias mais complicadas, eu desenvolvo, sim, um plano de atenção
diário (E1).
Sim, uma vez que eu trabalho na geriatria, após a avaliação do idoso, é criado um plano
de cuidados, o qual contempla todas as necessidades do idoso institucionalizado (E2).
Essa assistência planejada se dá também com a equipe de enfermagem, conforme
evidenciado nas falas dos técnicos em enfermagem:
Sim. Com a passagem do plantão, eu mentalizo cada um e sigo a rotina de cuidados: ao
saírem do leito, procuro ter cuidado com o lazer, cada dia ter um momento diferente; e os que
ficam no leito, ter cuidado com mudança de decúbito, colocar música e a comunicação verbal
(TE5).
Oh, aqui, no caso, quem planeja é a enfermeira responsável, e daí a gente executa, eu
executo com os cuidados e tudo [...] (TE8).
Hidratação da pele, mudança de decúbito, cuidados para evitar úlceras de pressão e maior
atenção com o ambiente para evitar acidentes (TE4).
Verificou-se que os profissionais possuem o conhecimento necessário para planejar
a assistência de enfermagem aos idosos com dor, de acordo com as demandas individuais
de cada paciente. Barros et al. (2014) consideram que a realização de um plano de
cuidados em enfermagem é complexo, pois os pacientes, em especial idosos, possuem
especificidades, que diversificam as abordagens de educação em saúde e o cuidado
prestado pela equipe nessa fase da vida.
A partir das falas dos entrevistados, percebeu-se a importância demonstrado pela
equipe de enfermagem de haver manejo de um plano de cuidados sistematizado, que
componha um campo de ação resolutivo, baseado em fundamentos teórico-científicos.
No campo da enfermagem, compreende-se como indispensável a utilização de modelos
assistenciais, que busquem metodologias científicas de trabalho. O processo de
enfermagem segue esse limiar, determinando ações dinâmicas e inter-relacionadas, o
que efetiva o cuidado e conduz à valorização do cuidado prestado (LIMA et al., 2015).
A equipe de enfermagem entrevistada enfatizou o desejo de haver sistematização do
cuidado prestado. Isso ficou evidenciado principalmente pelo técnico em enfermagem,
que referiu seu interesse no assunto, pois verifica a necessidade de um planejamento
diferenciado ao idoso internado com dor. O profissional de enfermagem possui
como atribuição implantar em seu serviço de atuação a sistematização da assistência
de enfermagem, seguindo as etapas do processo de enfermagem, que contemplam a
integralidade do indivíduo, visando à reabilitação da saúde e à melhoria de sua qualidade
de vida (OLIVEIRA et al., 2008).
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Com os relatos dos entrevistados, compreende-se a importância da comunicação
entre a equipe de saúde, o que promove a interação entre os profissionais com a
finalidade de acrescentar ferramentas voltadas à assistência integral do idoso nesse
momento. Com base nesse pressuposto, amplia-se a compreensão de plano de cuidados
sistematizados para todos os profissionais que compõem a equipe multiprofissional,
tornando o cuidado ao idoso amplo e integral em sua magnitude, fomentando iniciativas
de alívio efetivo da dor (GROSSI; PISA; MARIN, 2015).
Avaliação da dor no paciente idoso
Os participantes reconheceram e valorizaram que a equipe de enfermagem, ao
avaliar a dor nos pacientes idosos, necessita atentar para todos os sinais e sintomas
referidos e para o estado psicológico do paciente, como ficou evidenciado nos seguintes
depoimentos:
Sim, eu reconheço e valorizo qualquer sinal ou expressão que possa sugerir desconforto pela
dor e procuro aliviá-la (E1).
Sim, reconheço, porque a maioria deles está debilitada, então temos de ter muita atenção
para proporcionar mais conforto (TE2).
Sim, pois devemos dar o máximo de atenção. É um ser humano de... é um ser humano,
na minha conduta ninguém pode estar sentindo dor se temos algo a fazer para amenizar esse
sofrimento (TE3).
Reconheço, pois o paciente idoso com dor nem sempre demonstra o que está realmente
sentindo, e a atenção nesse momento é fundamental e importante para ele (TE10).
Conforme os depoimentos proferidos pelos profissionais entrevistados, a avaliação
de enfermagem torna-se imprescindível para averiguar as queixas de dor e possíveis
fatores secundários que favoreçam a continuidade da dor. Considera-se que a avaliação
de enfermagem ou consulta de enfermagem é uma oportunidade para o profissional
desenvolver práticas de educação em saúde, identificar as fragilidades dos idosos,
realizar avaliação física e proporcionar momento importante de criação e ampliação
do vínculo terapêutico entre cuidador e o indivíduo que está sendo cuidado (SILVA;
SANTOS, 2014).
Os entrevistados ainda refletiram sobre a importância da contribuição da equipe
na realização de cuidado humanizado, confortando o paciente com dor e qualificando
a assistência prestada à população. A avaliação da dor em idosos internados permeia
os direitos fundamentados pelo paciente, e precisa não só ser realizada de forma
criteriosamente humanizada, como também deve oferecer métodos de alívio para o
quadro de dor, proporcionar conforto e atender às demandas físicas e psicológicas do
indivíduo (NASCIMENTO; KRELING, 2011).
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Ainda, quanto à avaliação da dor nos pacientes idosos, os participantes relataram
perceber a dor por meio de suas queixas verbais, estímulos sensoriais e expressões não
verbais, conforme percebe-se nos seguintes depoimentos:
Pelas queixas verbais, assim, quando ele fala, pela expressão facial, os gemidos e agitação
motora (TE1).
Expressão no rosto, agitação e gemência (TE5).
Através de sinais, sintomas, gestos e também a comunicação, tem uns que não conseguem
se comunicar e aqueles que conseguem [...] (TE9).
Por meio de avaliação de qualidade, torna-se possível observar, de forma integrada,
profissional, adequada e holística, o idoso hospitalizado e com dor. A inspeção
crítica realizada pelo enfermeiro durante a consulta de enfermagem visa a atender
às especificidades da pessoa idosa, reportando a dimensões familiares e sociais que
interferem no estado de saúde atual (SILVA; VICENTE; SANTOS, 2014).
Durante as entrevistas, os profissionais indagavam situações de dificuldade na
avaliação da dor, no que diz respeito aos comportamentos individuais dos pacientes, que
aparecem nas mais diversas formas, como choro, expressões faciais, postura corporal,
conforme o contexto em que o paciente se encontra. De acordo com a Sociedade de
Geriatria Americana (AGS), alguns indicadores de dor não verbais podem aparecer
também em forma de confusão aumentada, irritabilidade, alterações de respiração e
apetite, entre outros (TAMBORELLI et al., 2010).
Conforme verificado nas falas, a dor é um sinal subjetivo, passível de dúvidas e, por
vezes, contraditório, mas que necessita de atenção diferenciada e integral ao indivíduo
para que sejam compreendidas suas dimensões e causas. Para a avaliação adequada
da dor em idosos, os profissionais de saúde devem utilizar recursos terapêuticos da
comunicação, visando à implementação do cuidado, promovendo a longevidade da
população pela manutenção de acompanhamento eficaz (SILVA et al., 2015).
Além disso, os participantes deste estudo encontram algumas dificuldades para
avaliar a dor nos pacientes idosos, como a comunicação verbal e as doenças neurológicas,
entre elas Alzheimer, Parkinson, acidente vascular cerebral (AVC) e inconsciência:
Muitas vezes, as dificuldades de o idoso se expressar verbalmente e, às vezes, também
pacientes que apresentam demências, tipo Alzheimer e Parkinson e outras (E2).
Eu acho que a maior dificuldade é quando o paciente não se comunica verbalmente (TE4).
Paciente que não se comunica verbalmente, por exemplo, paciente que está em coma ou
com sequelas de AVC (TE1).
Evidenciou-se que as circunstâncias mencionadas anteriormente dificultam
a realização de boa avaliação com o paciente idoso que se encontra hospitalizado e
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com dor. Nesse sentido, os profissionais necessitam estar atentos quanto à presença de
alterações físicas ou cognitivas, que dificultam a avaliação no quadro de dor inicial ou
avançado, utilizando seus conhecimentos técnico-científicos para comunicação com os
pacientes (TAMBORELLI, et al., 2010).
As doenças neurológicas aparecem nas falas dos entrevistados que relatam
dificuldade de realizar o cuidado necessário devido à comunicação prejudicada, pois
em estado de demência do paciente, o profissional necessita distinguir os sintomas reais
de dor daqueles causados pela degeneração neuronal. A alteração mais importante no
organismo que envelhece é o declínio dos tecidos neurais, que perdem a capacidade
de plasticidade ou reparação neuronal, causando lesões irreparáveis que prejudicam
diretamente a memória do indivíduo (CORDEIRO et al., 2014).
Dessa forma, quando a dor está aliada a doenças degenerativas, há dificuldade
ainda maior em manter assistência efetiva no indivíduo acometido e somente a atuação
da equipe interdisciplinar, com auxílio da família, proverá melhor qualidade de vida
do paciente. Sob esses aspectos, a equipe de saúde poderá adotar metodologias de
comunicação multidimensionais que visam ao olhar holístico e multidisciplinar ao
indivíduo acometido pela doença, propiciando tratamento baseado na autonomia e na
autorrealização do paciente (SILVA et al., 2015).
Utilização de escalas para avaliar a dor no paciente idoso
Durante a pesquisa, percebeu-se que a maioria dos entrevistados não utiliza escalas
para avaliar a dor do paciente idoso, conforme pôde ser observado nos depoimentos a
seguir:
Ainda não usamos a escala da dor no setor dos idosos, mas já fizemos treinamentos com os
enfermeiros e técnicos de enfermagem, pois temos consciência que é o quinto sinal vital e o uso
da escala é de extrema importância (E2).
Ah, não sei por que ainda não usamos a escala, pois em outros setores já se usa e inclusive
já fizeram um treinamento com nós técnicos (T5).
Se o paciente consegue se comunicar e está com nível de consciência adequado,
poderá ser utilizada a escala para avaliar sua dor. Assim, com a finalidade de mensurar
a dor, alguns participantes mencionaram que foram utilizadas as seguintes escalas:
Visual Analógica, quando este [o paciente] consegue se comunicar (TE1).
Foi utilizada régua, que é geralmente leve, moderada e intensa, consistindo nos padrões
que geralmente são usados (TE9).
Atualmente, a aplicação de escalas da dor para avaliação do paciente hospitalizado
é de extrema importância, pois fundamenta o cuidado, facilitando a avaliação de
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enfermagem, além de gerar acreditação à assistência proposta. Considera-se o
monitoramento da dor como direito do paciente. A Joint Commission on Accreditation of
Healthcare Organization (JCAHO), entidade que realiza avaliação de hospitais, reforça
esse direito, formalizando sua utilização em qualquer serviço de saúde, conforme
a demanda exigida pelo público, além de implantar a prática na sistematização do
cuidado (BARRY; DAHL, 2000).
Por meio das observações realizadas durante as entrevistas, percebeu-se claramente
a necessidade da aplicação da escala da dor com o idoso hospitalizado como ferramenta
de qualificação da assistência e de atenção integral à população. O enfermeiro possui
vantagens em padronizar métodos de avaliação da dor em sua rotina de trabalho, e
a possibilidade de mensurar esse sinal responde imediatamente a modificações na
assistência prestada, gerando implementações de acordo com a realidade em que o
indivíduo se encontra (KELLER et al., 2013).
A avaliação do fenômeno doloroso atribui maior qualidade às intervenções da
equipe multiprofissional. As medidas da dor no idoso hospitalizado são realizadas
com a verificação da intensidade a partir de respostas físicas, afetivas e cognitivas.
Essa mensuração constitui-se de métodos quantitativos capazes de captar as expressões
subjetivas do paciente portador de dor pelos profissionais, que, por meio de métodos
científicos, interpretam e qualificam a qualidade de vida do indivíduo (SOUSA et al.,
2010).
As mensurações da dor podem ser divididas, basicamente, em três categorias,
englobando o ser humano em sua integralidade. A primeira consiste na verificação
das respostas físicas do indivíduo, relacionadas com observações e relatos verbais; a
segunda engloba escalas quantitativas ou unidimensionais da dor; e a última consiste na
avaliação multidimensional (ELIAS et al., 2008).
Os métodos unidirecionais são utilizados frequentemente em hospitais e
clínicas, com a finalidade de verificar a severidade da dor. São instrumentos rápidos
e não invasivos, que possibilitam a implementação eficaz da assistência (MENDES
et al., 2014). As mensurações unidirecionais mais utilizadas são a Escala de Categoria
Numérica/Verbal e a Escala Analógica Visual.
As escalas numéricas ou verbais são classificações de dimensão da dor descrita pelo
paciente, usando uma régua com parâmetros como dor fraca, dor moderada ou dor
severa, ou ainda por números de 0 a 10 ou de 0 a 100, com pontos em sua extensão,
representando o escore da dor. A Escala Analógica Visual é mais usada em unidades
de emergência, consistindo em uma régua de 10 centímetros de comprimento, em cuja
extremidade inicial consta a marca “nenhuma dor” e na sua extremidade final a marca
“pior dor imaginável”. A escala possibilita resposta rápida a cuidados paliativos com o
paciente (LEÃO; CHAVES, 2004).
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No que diz respeito à avaliação multidimensional do indivíduo portador de dor,
empregam-se instrumentos sensoriais, de cunho afetivo e avaliativo, capazes de refletir
e mensurar a dor por meio dos estímulos e respostas por parte do paciente (MENDES
et al., 2014). Dentro dessa categoria, são utilizadas as seguintes escalas: Questionário
McGill de Avaliação da Dor, Escala de Descritores Diferenciais e Teoria da Detecção
do Sinal.
O Questionário McGill de Avaliação da Dor procura descrever experiências
dolorosas por meio da linguagem utilizada para responder ao questionário específico,
que engloba os quesitos afetivos, sensoriais e de avaliação. A Escala de Descritores
Diferenciais atribui destaque à Psicofísica e foi desenvolvida para mensurar a dor em
níveis hedônicos, com classificação racional. Já a Teoria da Detecção do Sinal possibilita
a distinção entre os critérios sensoriais e de resposta aos estímulos, sendo usada para
verificar os resultados de diferentes terapias de cuidados paliativos (LEÃO; CHAVES,
2004).
Os profissionais de enfermagem devem estar atentos para as individualidades
dos pacientes, verificando o tipo de escala empregado em seu serviço de atenção
à saúde e se condiz com a realidade da população atendida. Na população idosa, a
mensuração da dor torna-se tarefa complexa, sendo necessária sua aplicação pela equipe
multiprofissional, a partir de avaliação prévia, individual e específica, além do registro
correto e sistematizado dos resultados (TAMBORELLI et al., 2010).
Treinamentos para avaliar a dor no paciente idoso
Constatou-se, pelos seguintes relatos dos entrevistados, que os enfermeiros estão
sempre em aprimoramento científico para capacitar sua equipe, buscando atendimento
integral ao idoso:
Eu busco aprimorar meus conhecimentos, até porque eu preciso orientar a equipe dos
profissionais com a qual eu trabalho (E1).
Como pós-graduada em gerontologia, eu busco sempre aperfeiçoar-me neste campo, no
atendimento integral ao idoso (E2).
Quanto aos técnicos de enfermagem, evidenciou-se que eles não estão recebendo
permanente educação e capacitação:
Somente durante o curso (TE4).
Muito pouco, mas leio bastante sobre isto [...] (TE10).
Como visualizado nas falas, os profissionais da equipe de enfermagem acreditam
ser necessária a educação continuada para avaliação da dor nos pacientes idosos.
Verificou-se que é de grande importância a educação continuada como forma de
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capacitar a equipe de saúde que presta assistência a indivíduos portadores de dor, pois
o processo de identificação torna-se amplo e subjetivo e passível de erros se não for
avaliado criticamente (FORTUNATO et al., 2013).
A constante busca por aperfeiçoamento apareceu claramente nas falas dos
entrevistados, devido à importância do assunto entre os membros da equipe. Os
profissionais tornam-se proativos em relação à busca de conhecimento. No contexto
atual de disponibilidade de conhecimento científico ao alcance da população em geral,
os profissionais da saúde instigam-se na procura de atualização teórico-científica, com
o intuito de implementar seu cuidado por meio de conhecimentos específicos acerca do
processo de dor (CARVALHO; REZENDE, 2013).
O enfermeiro, enquanto gestor da equipe de saúde, tem a necessidade de estar em
constante aperfeiçoamento quanto à demanda exigida por seus pacientes e de capacitar
com periodicidade sua equipe multiprofissional. O profissional de enfermagem atua
inserido na ampla equipe de saúde e tem a autonomia de conscientizar seus membros
sobre a importância do cuidado com o paciente portador de dor, em especial o idoso
(LIMA et al., 2015).
Verificou-se, contudo, a importância do trabalho em equipe, que, somado a práticas
de educação, reformula substancialmente o sistema de saúde, favorecendo a vinculação
com a comunidade em que estão inseridos. Apesar das limitações encontradas, o manejo
da dor assistencial pela equipe visa a tratar o paciente de forma mais humanizada,
criteriosa e com qualidade, aprimorando as relações e propondo intervenções nos níveis
pessoal, familiar e social (NASCIEMNTO; KRELING, 2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo permitiu conhecer a percepção da equipe de enfermagem de um
hospital de pequeno porte do Rio Grande do Sul acerca do atendimento prestado ao
idoso hospitalizado com dor. Desse modo, a pesquisa possibilitou refletir e ampliar a
percepção de que o enfermeiro tem papel fundamental no planejamento da assistência
de enfermagem ao paciente idoso com dor. Com o processo de enfermagem, o
profissional avalia o paciente de forma individual e em sua totalidade. Os participantes
do estudo reconheceram e valorizaram que a equipe de enfermagem, ao avaliar a dor
nos idosos hospitalizados, necessita atentar para todos os sinais e sintomas referidos e
também para o estado psicológico do paciente.
As escalas visuais de dor com o paciente idoso não são muito utilizadas pelos
profissionais de enfermagem entrevistados, devido ao grau de consciência, a doenças
crônicas degenerativas e à percepção do idoso na comunicação e na linguagem. Contudo,
se o idoso compreende e está consciente, as escalas podem ser utilizadas. Nesse cenário,
o enfermeiro é o profissional que precisa estar cada vez mais engajado com sua equipe
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de enfermagem, orientando-a, capacitando-a cientificamente e mostrando o quanto é
importante não só prestar um atendimento para que o idoso tenha qualidade de vida,
como também ser humanizado e holístico.
Constatou-se que os enfermeiros estão sempre em aprimoramento científico para
capacitar sua equipe, buscando atendimento integral ao idoso internado com dor. É
necessário considerar que, por meio de educação continuada efetiva, o profissional
estará cada vez mais preparado para atender com excelência as pessoas idosas que se
encontram internadas com dor. É importante que a equipe de enfermagem saiba avaliar
a dor no idoso hospitalizado, por meio de formas verbais e não verbais, além de, em seu
cuidado diário, atender essa população da melhor forma possível, visando a aliviar sua
dor e proporcionar cuidado humanizado e diferenciado, com ética e atenção ao idoso.
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