A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ACERCA DO ATENDIMENTO PRESTADO AO IDOSO HOSPITALIZADO COM DOR Arlete Eli Kunz da Costa1, Noeli Juarez Ferla 2, Rodrigo Bachi3, Claudete Moreschi4, Luis Felipe Pissaia 5 Resumo: Este estudo objetiva conhecer a percepção da equipe de enfermagem de um hospital de pequeno porte do Rio Grande do Sul acerca do atendimento prestado ao idoso hospitalizado com dor. Trata-se de pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa, realizada com dois enfermeiros e 10 técnicos em enfermagem que trabalham em um hospital de pequeno porte de um município do Rio Grande do Sul. Verificou-se que o enfermeiro tem papel fundamental no planejamento da assistência de enfermagem ao idoso com dor. Com o processo de enfermagem, o profissional avalia o paciente de forma individual e em sua totalidade. Os participantes reconhecem e valorizam que a equipe de enfermagem, ao avaliar a dor nos idosos, necessita atentar para todos os sinais e sintomas referidos e para o estado psicológico do paciente. Percebeu-se que a maioria dos participantes não utiliza escalas para avaliar a dor no idoso, no entanto, se o paciente consegue se comunicar e está com nível de consciência adequado, poderá ser utilizada a escala para avaliar sua dor. Constatou-se que os enfermeiros estão sempre em aprimoramento científico para capacitar sua equipe, buscando atendimento integral ao idoso. O profissional enfermeiro, nesse cenário, possui capacidade de promover educação continuada com sua equipe, fortalecendo o atendimento ao idoso com dor. Palavras-chave: Saúde do idoso. Dor. Equipe de enfermagem. THE PERCEPTION OF NURSING TEAM ABOUT THE PROVIDED SERVICE TO ELDERLY HOSPITALIZED WITH PAIN Abstract: This study examines perceptions of the nursing staff of a small hospital in Rio Grande do Sul about the care provided to elderly hospitalized with pain. It is an exploratory and descriptive research 1 Enfermeira. Doutoranda em Ambiente e Desenvolvimento. Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário UNIVATES. E-mail: [email protected] 2Biólogo. Doutor em Ciências. Docente do Centro Universitário UNIVATES. E-mail: [email protected] 3 Enfermeiro, graduado pelo Centro Universitário UNIVATES. E-mail: [email protected] 4 Enfermeira. Doutoranda em Ambiente e Desenvolvimento. Bolsista da Fundação de Amparo de Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). E-mail: [email protected] 5Acadêmico do Curso de Enfermagem pelo Centro Universitário UNIVATES. E-mail: [email protected] Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 38 Arlete Eli Kunz da Costa et al. with qualitative approach, performed with two nurses and 10 nursing technicians working in a small hospital in a city of Rio Grande do Sul. It was found that the nurse plays a key role in the planning of nursing care to elderly with pain. With the nursing process, the professional evaluates the patient individually and as a whole. The participants recognize and value the nursing staff, to assess pain in elderly, need to pay attention to all the signs and symptoms and to their psychological state. It is noticed that most participants do not use scales to assess pain in elderly, however, if the patient can communicate with and are adequate level of awareness, can be used to scale to rate their pain. It was found that nurses are always in scientific improvement to empower the team, seeking comprehensive care to the elderly. The professional nurse in this scenario has ability to promote continuing education with the team, strengthening the senior care in pain. Keywords: Health of the Elderly. Pain. Nursing, Team. INTRODUÇÃO O fenômeno de envelhecimento da população pode ser observado em vários países, principalmente da Europa, onde o crescimento no número de pessoas idosas supera as taxas de natalidade, acarretando a inversão da pirâmide etária e influenciando nas projeções de gastos com esse público (IPEA, 2008). Conforme estudos realizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), houve crescimento acelerado na população com 60 anos ou mais, projetando mais de um bilhão de pessoas idosas em 2050, o que representa quase 20% da população mundial (SANTOS et al., 2011). O Brasil, considerado um país jovem, vivencia, atualmente, em ritmo menor do que outros países, o envelhecimento gradual de sua população, o que é capaz de incentivar o planejamento em longo prazo de políticas públicas a favor da população idosa (BRASIL, 2006). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento da população idosa brasileira na última década foi consistente e sistemático. Conforme a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2009, o Brasil conta com 21 milhões de pessoas acima de 60 anos ou mais de idade (IBGE, 2010). Os motivos para o crescimento da população idosa estão relacionados com a transição demográfica e epidemiológica, ou seja, dentre outros fatores, com o aumento da expectativa de vida, a melhoria do saneamento básico e o acesso à saúde (SCHIMIDT; SILVA, 2012). Com esse novo fluxo etário, exige-se reorganização social em vários setores, com a finalidade de suprir a demanda existente. Na área da saúde, surge a necessidade de haver estruturas assistenciais que possibilitem melhor qualidade de vida à população idosa (SARAIVA et al., 2015). Com o aumento da expectativa de vida, o ser humano fica vulnerável ao processo natural de envelhecimento irreversível do organismo. A deterioração do organismo maduro pode aumentar a incidência de doenças incapacitantes, crônicas e degenerativas (GIRO; PAÚL, 2013). Diante do contexto de saúde fragilizada, a dor pode agravar a situação, conduzindo o idoso à piora no seu autocuidado e, consequentemente, à perda Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 39 A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ACERCA DO ATENDIMENTO... progressiva da sua qualidade de vida, ficando vulnerável à não adesão ao tratamento (RIOS et al., 2015). A dor foi definida pela Sociedade Brasileira de Estudos para Dor (SBED) como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a lesões reais ou potenciais (SBED, 2009). A dor é, essencialmente, um sintoma subjetivo, multidimensional e complexo, resultante da interação entre aspectos cognitivos, sensitivos, emocionais e culturais, assim como de experiências prévias (BUDO et al., 2008). A dor pode aumentar o período de internação hospitalar do idoso e o agravar do seu estado de saúde geral. Nesse contexto, a enfermagem pode desenvolver cuidado efetivo dessa população, garantindo tratamento eficaz e resolutivo. Conforme o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741/03, assegura os direitos básicos de saúde a todos os cidadãos com idade igual ou superior a 60 anos (BRASIL, 2003). A população idosa demanda internações mais frequentes do que outras faixas etárias, devido ao seu quadro de saúde, com patologias múltiplas que podem potencializar o surgimento da dor, gerando maior atenção da equipe multidisciplinar (MAGALHÃES; IBIAPINA; CARVALHO, 2014). O enfermeiro atua em meio a essa equipe, desenvolvendo suas atividades com o idoso internado, fundamentando cuidado diferenciado por meio das perspectivas biopsicossociais do paciente e de ações educativas e gerenciais da instituição (GONÇALVES et al., 2015). Sendo assim, o presente estudo objetiva conhecer a percepção da equipe de enfermagem de um hospital de pequeno porte do Rio Grande do Sul acerca do atendimento prestado ao idoso hospitalizado com dor. METODOLOGIA Trata-se de pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa, que foi realizada com dois enfermeiros e 10 técnicos em enfermagem que trabalham em um hospital de pequeno porte de um município do Rio Grande do Sul. O município de estudo tem cerca de 3.000 habitantes e o hospital possui 45 leitos, distribuídos entre maternidade, pediatria, clínica médica e geriatria. Foram convidados a participar desta pesquisa todos os profissionais de enfermagem do referido hospital que já tivessem vivenciado alguma experiência de cuidado com idosos hospitalizados com dor. A coleta de dados ocorreu no período de agosto a setembro de 2013, por meio de entrevistas individuais semiestruturadas, as quais foram gravadas e, posteriormente, transcritas na íntegra. As perguntas que nortearam as entrevistas foram: você faz algum planejamento de metas para o atendimento do idoso com dor? Como você percebe a avaliação da dor no idoso? Você utiliza alguma escala para avaliar a dor do paciente idoso? Você já recebeu algum treinamento sobre avaliação de dor em paciente idoso? Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 40 Arlete Eli Kunz da Costa et al. O tempo destinado para a entrevista de cada participante foi de 20 a 30 minutos. Foi assegurado aos participantes o direito de interromper sua participação em qualquer etapa da pesquisa, sem nenhuma penalização ou prejuízo. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A privacidade dos pesquisados foi assegurada, tendo seus nomes substituídos por pseudônimos: E1 e E2 para os enfermeiros e TE1 a TE10 para os técnicos em enfermagem. A análise dos dados ocorreu por meio de análise de conteúdo, com transcrição dos depoimentos dos entrevistados, codificação dos conteúdos e interpretação de seus significados (BARDIN, 2011). Os aspectos éticos foram respeitados conforme as recomendações da Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde sobre Pesquisas com Seres Humanos (BRASIL, 2012). Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário UNIVATES, de Lajeado/RS, sob o protocolo n° 15.777113.9.000.5310. RESULTADOS E DISCUSSÃO Caracterização dos sujeitos da pesquisa Quanto às características sociodemográficas dos sujeitos da pesquisa, verificou-se que 11 profissionais são do sexo feminino e um é do sexo masculino. Observou-se faixa etária ampla, variando dos 20 aos 61 anos. O tempo de formação profissional varia de sete meses a 25 anos de trabalho na instituição. Quanto ao nível de formação, os dois enfermeiros são pós-graduados e os técnicos em enfermagem possuem curso de nível médio. As respostas obtidas nas entrevistas realizadas com os profissionais foram organizadas e categorizadas, agrupando as que se inter-relacionavam de acordo com seus conteúdos, resultando em quatro categorias temáticas: planejamento da assistência de enfermagem ao paciente idoso com dor; avaliação da dor do paciente idoso; utilização de escalas para avaliar a dor no paciente idoso; e treinamentos para avaliar a dor no idoso. Planejamento da assistência de enfermagem ao paciente idoso com dor Na equipe de enfermagem, o enfermeiro tem papel fundamental no planejamento da assistência de enfermagem ao paciente idoso com dor. Com o processo de enfermagem, o profissional avalia o paciente de forma individual e em sua totalidade. As falas dos enfermeiros confirmaram a importância de planejar a assistência de enfermagem no cuidado prestado aos idosos: Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 41 A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ACERCA DO ATENDIMENTO... O meu campo de atuação não é específico para idosos, mas sempre que eles estão, fazem parte do trabalho e com patologias mais complicadas, eu desenvolvo, sim, um plano de atenção diário (E1). Sim, uma vez que eu trabalho na geriatria, após a avaliação do idoso, é criado um plano de cuidados, o qual contempla todas as necessidades do idoso institucionalizado (E2). Essa assistência planejada se dá também com a equipe de enfermagem, conforme evidenciado nas falas dos técnicos em enfermagem: Sim. Com a passagem do plantão, eu mentalizo cada um e sigo a rotina de cuidados: ao saírem do leito, procuro ter cuidado com o lazer, cada dia ter um momento diferente; e os que ficam no leito, ter cuidado com mudança de decúbito, colocar música e a comunicação verbal (TE5). Oh, aqui, no caso, quem planeja é a enfermeira responsável, e daí a gente executa, eu executo com os cuidados e tudo [...] (TE8). Hidratação da pele, mudança de decúbito, cuidados para evitar úlceras de pressão e maior atenção com o ambiente para evitar acidentes (TE4). Verificou-se que os profissionais possuem o conhecimento necessário para planejar a assistência de enfermagem aos idosos com dor, de acordo com as demandas individuais de cada paciente. Barros et al. (2014) consideram que a realização de um plano de cuidados em enfermagem é complexo, pois os pacientes, em especial idosos, possuem especificidades, que diversificam as abordagens de educação em saúde e o cuidado prestado pela equipe nessa fase da vida. A partir das falas dos entrevistados, percebeu-se a importância demonstrado pela equipe de enfermagem de haver manejo de um plano de cuidados sistematizado, que componha um campo de ação resolutivo, baseado em fundamentos teórico-científicos. No campo da enfermagem, compreende-se como indispensável a utilização de modelos assistenciais, que busquem metodologias científicas de trabalho. O processo de enfermagem segue esse limiar, determinando ações dinâmicas e inter-relacionadas, o que efetiva o cuidado e conduz à valorização do cuidado prestado (LIMA et al., 2015). A equipe de enfermagem entrevistada enfatizou o desejo de haver sistematização do cuidado prestado. Isso ficou evidenciado principalmente pelo técnico em enfermagem, que referiu seu interesse no assunto, pois verifica a necessidade de um planejamento diferenciado ao idoso internado com dor. O profissional de enfermagem possui como atribuição implantar em seu serviço de atuação a sistematização da assistência de enfermagem, seguindo as etapas do processo de enfermagem, que contemplam a integralidade do indivíduo, visando à reabilitação da saúde e à melhoria de sua qualidade de vida (OLIVEIRA et al., 2008). Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 42 Arlete Eli Kunz da Costa et al. Com os relatos dos entrevistados, compreende-se a importância da comunicação entre a equipe de saúde, o que promove a interação entre os profissionais com a finalidade de acrescentar ferramentas voltadas à assistência integral do idoso nesse momento. Com base nesse pressuposto, amplia-se a compreensão de plano de cuidados sistematizados para todos os profissionais que compõem a equipe multiprofissional, tornando o cuidado ao idoso amplo e integral em sua magnitude, fomentando iniciativas de alívio efetivo da dor (GROSSI; PISA; MARIN, 2015). Avaliação da dor no paciente idoso Os participantes reconheceram e valorizaram que a equipe de enfermagem, ao avaliar a dor nos pacientes idosos, necessita atentar para todos os sinais e sintomas referidos e para o estado psicológico do paciente, como ficou evidenciado nos seguintes depoimentos: Sim, eu reconheço e valorizo qualquer sinal ou expressão que possa sugerir desconforto pela dor e procuro aliviá-la (E1). Sim, reconheço, porque a maioria deles está debilitada, então temos de ter muita atenção para proporcionar mais conforto (TE2). Sim, pois devemos dar o máximo de atenção. É um ser humano de... é um ser humano, na minha conduta ninguém pode estar sentindo dor se temos algo a fazer para amenizar esse sofrimento (TE3). Reconheço, pois o paciente idoso com dor nem sempre demonstra o que está realmente sentindo, e a atenção nesse momento é fundamental e importante para ele (TE10). Conforme os depoimentos proferidos pelos profissionais entrevistados, a avaliação de enfermagem torna-se imprescindível para averiguar as queixas de dor e possíveis fatores secundários que favoreçam a continuidade da dor. Considera-se que a avaliação de enfermagem ou consulta de enfermagem é uma oportunidade para o profissional desenvolver práticas de educação em saúde, identificar as fragilidades dos idosos, realizar avaliação física e proporcionar momento importante de criação e ampliação do vínculo terapêutico entre cuidador e o indivíduo que está sendo cuidado (SILVA; SANTOS, 2014). Os entrevistados ainda refletiram sobre a importância da contribuição da equipe na realização de cuidado humanizado, confortando o paciente com dor e qualificando a assistência prestada à população. A avaliação da dor em idosos internados permeia os direitos fundamentados pelo paciente, e precisa não só ser realizada de forma criteriosamente humanizada, como também deve oferecer métodos de alívio para o quadro de dor, proporcionar conforto e atender às demandas físicas e psicológicas do indivíduo (NASCIMENTO; KRELING, 2011). Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 43 A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ACERCA DO ATENDIMENTO... Ainda, quanto à avaliação da dor nos pacientes idosos, os participantes relataram perceber a dor por meio de suas queixas verbais, estímulos sensoriais e expressões não verbais, conforme percebe-se nos seguintes depoimentos: Pelas queixas verbais, assim, quando ele fala, pela expressão facial, os gemidos e agitação motora (TE1). Expressão no rosto, agitação e gemência (TE5). Através de sinais, sintomas, gestos e também a comunicação, tem uns que não conseguem se comunicar e aqueles que conseguem [...] (TE9). Por meio de avaliação de qualidade, torna-se possível observar, de forma integrada, profissional, adequada e holística, o idoso hospitalizado e com dor. A inspeção crítica realizada pelo enfermeiro durante a consulta de enfermagem visa a atender às especificidades da pessoa idosa, reportando a dimensões familiares e sociais que interferem no estado de saúde atual (SILVA; VICENTE; SANTOS, 2014). Durante as entrevistas, os profissionais indagavam situações de dificuldade na avaliação da dor, no que diz respeito aos comportamentos individuais dos pacientes, que aparecem nas mais diversas formas, como choro, expressões faciais, postura corporal, conforme o contexto em que o paciente se encontra. De acordo com a Sociedade de Geriatria Americana (AGS), alguns indicadores de dor não verbais podem aparecer também em forma de confusão aumentada, irritabilidade, alterações de respiração e apetite, entre outros (TAMBORELLI et al., 2010). Conforme verificado nas falas, a dor é um sinal subjetivo, passível de dúvidas e, por vezes, contraditório, mas que necessita de atenção diferenciada e integral ao indivíduo para que sejam compreendidas suas dimensões e causas. Para a avaliação adequada da dor em idosos, os profissionais de saúde devem utilizar recursos terapêuticos da comunicação, visando à implementação do cuidado, promovendo a longevidade da população pela manutenção de acompanhamento eficaz (SILVA et al., 2015). Além disso, os participantes deste estudo encontram algumas dificuldades para avaliar a dor nos pacientes idosos, como a comunicação verbal e as doenças neurológicas, entre elas Alzheimer, Parkinson, acidente vascular cerebral (AVC) e inconsciência: Muitas vezes, as dificuldades de o idoso se expressar verbalmente e, às vezes, também pacientes que apresentam demências, tipo Alzheimer e Parkinson e outras (E2). Eu acho que a maior dificuldade é quando o paciente não se comunica verbalmente (TE4). Paciente que não se comunica verbalmente, por exemplo, paciente que está em coma ou com sequelas de AVC (TE1). Evidenciou-se que as circunstâncias mencionadas anteriormente dificultam a realização de boa avaliação com o paciente idoso que se encontra hospitalizado e Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 44 Arlete Eli Kunz da Costa et al. com dor. Nesse sentido, os profissionais necessitam estar atentos quanto à presença de alterações físicas ou cognitivas, que dificultam a avaliação no quadro de dor inicial ou avançado, utilizando seus conhecimentos técnico-científicos para comunicação com os pacientes (TAMBORELLI, et al., 2010). As doenças neurológicas aparecem nas falas dos entrevistados que relatam dificuldade de realizar o cuidado necessário devido à comunicação prejudicada, pois em estado de demência do paciente, o profissional necessita distinguir os sintomas reais de dor daqueles causados pela degeneração neuronal. A alteração mais importante no organismo que envelhece é o declínio dos tecidos neurais, que perdem a capacidade de plasticidade ou reparação neuronal, causando lesões irreparáveis que prejudicam diretamente a memória do indivíduo (CORDEIRO et al., 2014). Dessa forma, quando a dor está aliada a doenças degenerativas, há dificuldade ainda maior em manter assistência efetiva no indivíduo acometido e somente a atuação da equipe interdisciplinar, com auxílio da família, proverá melhor qualidade de vida do paciente. Sob esses aspectos, a equipe de saúde poderá adotar metodologias de comunicação multidimensionais que visam ao olhar holístico e multidisciplinar ao indivíduo acometido pela doença, propiciando tratamento baseado na autonomia e na autorrealização do paciente (SILVA et al., 2015). Utilização de escalas para avaliar a dor no paciente idoso Durante a pesquisa, percebeu-se que a maioria dos entrevistados não utiliza escalas para avaliar a dor do paciente idoso, conforme pôde ser observado nos depoimentos a seguir: Ainda não usamos a escala da dor no setor dos idosos, mas já fizemos treinamentos com os enfermeiros e técnicos de enfermagem, pois temos consciência que é o quinto sinal vital e o uso da escala é de extrema importância (E2). Ah, não sei por que ainda não usamos a escala, pois em outros setores já se usa e inclusive já fizeram um treinamento com nós técnicos (T5). Se o paciente consegue se comunicar e está com nível de consciência adequado, poderá ser utilizada a escala para avaliar sua dor. Assim, com a finalidade de mensurar a dor, alguns participantes mencionaram que foram utilizadas as seguintes escalas: Visual Analógica, quando este [o paciente] consegue se comunicar (TE1). Foi utilizada régua, que é geralmente leve, moderada e intensa, consistindo nos padrões que geralmente são usados (TE9). Atualmente, a aplicação de escalas da dor para avaliação do paciente hospitalizado é de extrema importância, pois fundamenta o cuidado, facilitando a avaliação de Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 45 A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ACERCA DO ATENDIMENTO... enfermagem, além de gerar acreditação à assistência proposta. Considera-se o monitoramento da dor como direito do paciente. A Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organization (JCAHO), entidade que realiza avaliação de hospitais, reforça esse direito, formalizando sua utilização em qualquer serviço de saúde, conforme a demanda exigida pelo público, além de implantar a prática na sistematização do cuidado (BARRY; DAHL, 2000). Por meio das observações realizadas durante as entrevistas, percebeu-se claramente a necessidade da aplicação da escala da dor com o idoso hospitalizado como ferramenta de qualificação da assistência e de atenção integral à população. O enfermeiro possui vantagens em padronizar métodos de avaliação da dor em sua rotina de trabalho, e a possibilidade de mensurar esse sinal responde imediatamente a modificações na assistência prestada, gerando implementações de acordo com a realidade em que o indivíduo se encontra (KELLER et al., 2013). A avaliação do fenômeno doloroso atribui maior qualidade às intervenções da equipe multiprofissional. As medidas da dor no idoso hospitalizado são realizadas com a verificação da intensidade a partir de respostas físicas, afetivas e cognitivas. Essa mensuração constitui-se de métodos quantitativos capazes de captar as expressões subjetivas do paciente portador de dor pelos profissionais, que, por meio de métodos científicos, interpretam e qualificam a qualidade de vida do indivíduo (SOUSA et al., 2010). As mensurações da dor podem ser divididas, basicamente, em três categorias, englobando o ser humano em sua integralidade. A primeira consiste na verificação das respostas físicas do indivíduo, relacionadas com observações e relatos verbais; a segunda engloba escalas quantitativas ou unidimensionais da dor; e a última consiste na avaliação multidimensional (ELIAS et al., 2008). Os métodos unidirecionais são utilizados frequentemente em hospitais e clínicas, com a finalidade de verificar a severidade da dor. São instrumentos rápidos e não invasivos, que possibilitam a implementação eficaz da assistência (MENDES et al., 2014). As mensurações unidirecionais mais utilizadas são a Escala de Categoria Numérica/Verbal e a Escala Analógica Visual. As escalas numéricas ou verbais são classificações de dimensão da dor descrita pelo paciente, usando uma régua com parâmetros como dor fraca, dor moderada ou dor severa, ou ainda por números de 0 a 10 ou de 0 a 100, com pontos em sua extensão, representando o escore da dor. A Escala Analógica Visual é mais usada em unidades de emergência, consistindo em uma régua de 10 centímetros de comprimento, em cuja extremidade inicial consta a marca “nenhuma dor” e na sua extremidade final a marca “pior dor imaginável”. A escala possibilita resposta rápida a cuidados paliativos com o paciente (LEÃO; CHAVES, 2004). Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 46 Arlete Eli Kunz da Costa et al. No que diz respeito à avaliação multidimensional do indivíduo portador de dor, empregam-se instrumentos sensoriais, de cunho afetivo e avaliativo, capazes de refletir e mensurar a dor por meio dos estímulos e respostas por parte do paciente (MENDES et al., 2014). Dentro dessa categoria, são utilizadas as seguintes escalas: Questionário McGill de Avaliação da Dor, Escala de Descritores Diferenciais e Teoria da Detecção do Sinal. O Questionário McGill de Avaliação da Dor procura descrever experiências dolorosas por meio da linguagem utilizada para responder ao questionário específico, que engloba os quesitos afetivos, sensoriais e de avaliação. A Escala de Descritores Diferenciais atribui destaque à Psicofísica e foi desenvolvida para mensurar a dor em níveis hedônicos, com classificação racional. Já a Teoria da Detecção do Sinal possibilita a distinção entre os critérios sensoriais e de resposta aos estímulos, sendo usada para verificar os resultados de diferentes terapias de cuidados paliativos (LEÃO; CHAVES, 2004). Os profissionais de enfermagem devem estar atentos para as individualidades dos pacientes, verificando o tipo de escala empregado em seu serviço de atenção à saúde e se condiz com a realidade da população atendida. Na população idosa, a mensuração da dor torna-se tarefa complexa, sendo necessária sua aplicação pela equipe multiprofissional, a partir de avaliação prévia, individual e específica, além do registro correto e sistematizado dos resultados (TAMBORELLI et al., 2010). Treinamentos para avaliar a dor no paciente idoso Constatou-se, pelos seguintes relatos dos entrevistados, que os enfermeiros estão sempre em aprimoramento científico para capacitar sua equipe, buscando atendimento integral ao idoso: Eu busco aprimorar meus conhecimentos, até porque eu preciso orientar a equipe dos profissionais com a qual eu trabalho (E1). Como pós-graduada em gerontologia, eu busco sempre aperfeiçoar-me neste campo, no atendimento integral ao idoso (E2). Quanto aos técnicos de enfermagem, evidenciou-se que eles não estão recebendo permanente educação e capacitação: Somente durante o curso (TE4). Muito pouco, mas leio bastante sobre isto [...] (TE10). Como visualizado nas falas, os profissionais da equipe de enfermagem acreditam ser necessária a educação continuada para avaliação da dor nos pacientes idosos. Verificou-se que é de grande importância a educação continuada como forma de Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 47 A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ACERCA DO ATENDIMENTO... capacitar a equipe de saúde que presta assistência a indivíduos portadores de dor, pois o processo de identificação torna-se amplo e subjetivo e passível de erros se não for avaliado criticamente (FORTUNATO et al., 2013). A constante busca por aperfeiçoamento apareceu claramente nas falas dos entrevistados, devido à importância do assunto entre os membros da equipe. Os profissionais tornam-se proativos em relação à busca de conhecimento. No contexto atual de disponibilidade de conhecimento científico ao alcance da população em geral, os profissionais da saúde instigam-se na procura de atualização teórico-científica, com o intuito de implementar seu cuidado por meio de conhecimentos específicos acerca do processo de dor (CARVALHO; REZENDE, 2013). O enfermeiro, enquanto gestor da equipe de saúde, tem a necessidade de estar em constante aperfeiçoamento quanto à demanda exigida por seus pacientes e de capacitar com periodicidade sua equipe multiprofissional. O profissional de enfermagem atua inserido na ampla equipe de saúde e tem a autonomia de conscientizar seus membros sobre a importância do cuidado com o paciente portador de dor, em especial o idoso (LIMA et al., 2015). Verificou-se, contudo, a importância do trabalho em equipe, que, somado a práticas de educação, reformula substancialmente o sistema de saúde, favorecendo a vinculação com a comunidade em que estão inseridos. Apesar das limitações encontradas, o manejo da dor assistencial pela equipe visa a tratar o paciente de forma mais humanizada, criteriosa e com qualidade, aprimorando as relações e propondo intervenções nos níveis pessoal, familiar e social (NASCIEMNTO; KRELING, 2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo permitiu conhecer a percepção da equipe de enfermagem de um hospital de pequeno porte do Rio Grande do Sul acerca do atendimento prestado ao idoso hospitalizado com dor. Desse modo, a pesquisa possibilitou refletir e ampliar a percepção de que o enfermeiro tem papel fundamental no planejamento da assistência de enfermagem ao paciente idoso com dor. Com o processo de enfermagem, o profissional avalia o paciente de forma individual e em sua totalidade. Os participantes do estudo reconheceram e valorizaram que a equipe de enfermagem, ao avaliar a dor nos idosos hospitalizados, necessita atentar para todos os sinais e sintomas referidos e também para o estado psicológico do paciente. As escalas visuais de dor com o paciente idoso não são muito utilizadas pelos profissionais de enfermagem entrevistados, devido ao grau de consciência, a doenças crônicas degenerativas e à percepção do idoso na comunicação e na linguagem. Contudo, se o idoso compreende e está consciente, as escalas podem ser utilizadas. Nesse cenário, o enfermeiro é o profissional que precisa estar cada vez mais engajado com sua equipe Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 3, p. 38-51, 2015. ISSN 1983-0882 48 Arlete Eli Kunz da Costa et al. de enfermagem, orientando-a, capacitando-a cientificamente e mostrando o quanto é importante não só prestar um atendimento para que o idoso tenha qualidade de vida, como também ser humanizado e holístico. Constatou-se que os enfermeiros estão sempre em aprimoramento científico para capacitar sua equipe, buscando atendimento integral ao idoso internado com dor. É necessário considerar que, por meio de educação continuada efetiva, o profissional estará cada vez mais preparado para atender com excelência as pessoas idosas que se encontram internadas com dor. É importante que a equipe de enfermagem saiba avaliar a dor no idoso hospitalizado, por meio de formas verbais e não verbais, além de, em seu cuidado diário, atender essa população da melhor forma possível, visando a aliviar sua dor e proporcionar cuidado humanizado e diferenciado, com ética e atenção ao idoso. REFERÊNCIAS FORTUNATO, J.G.S.; FURTADO, M.S.; HIRABAE, L.F.A.; OLIVEIRA, J.A. JOSIANA A. Escalas de dor no paciente crítico: uma revisão integrativa. Revista HUPE, v.12, n.3, p.110-117, 2013. BARDIN L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Resolução 466. Brasília: CNS, 2012. BARROS, E.J.L.; SANTOS, S.S.C.; GOMES, G.C.; ERDMANN, A.L.; PELZER, M.T.; GAUTÉRIO, D.P. Ações ecossistêmicas e gerontotecnológicas no cuidado de enfermagem complexo ao idoso estomizado. Rev Bras Enferm. v. 67, n. 1, p. 91-6, 2014. BERRY, P.H.; DAHL, J.L. 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