ASPECTOS DAS ALTERAÇÕES NAS REAÇÕES QUÍMICAS QUE OCORREM NA ATMOSFERA E INFLUENCIAM NA DEGRADAÇÃO DE OBRAS DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO ASPECTS OF CHANGES IN CHEMICAL REACTIONS THAT OCCUR IN THE ATMOSPHERE AND INFLUENCE IN THE WORKS OF HISTORICAL HERITAGE OF DECAY Luiz Pinheiro da Guia1, Ana Lúcia Torres Serôa da Motta2 Abstract The gaseous pollutants in the atmosphere of cities have increased in recent decades and causing harm to humans, animals and plants, that is, life. They degrade and provide considerable losses to the heritage built and integrated assets, because exercise interaction with the surface of rocks constituents of these monuments. The built heritages are a set of real estate and artistic elements. Many monuments are made of stones that have chemical compounds that interact with pollutants. The work deals with a literature review of studies developed by the EPA (United States Environmental Protection Agency) that describe what are the main pollutants of the atmosphere. The search looks for a correlation between the literature review and the conditions of the historic site. Evaluate the effects of the following pollutants: Sulfur dioxide, nitrogen oxides and particulate matter; and identified the most significant damage present in monuments. Index Terms Air Pollutants, monuments, built heritage, building stones, conservation, deterioration. INTRODUÇÃO Os estudos de conservação e a restauração têm por objetivo salvaguardar os bens culturais, que são resultado de nossa cultura, do pensamento, do sentimento e da ação dos indivíduos de um determinado local. Esses bens e outros tantos formam o patrimônio histórico e artístico, ou seja, nosso Patrimônio Cultural. Conhecendo o patrimônio cultural, como foi executado e aprendendo a identificar os danos e suas possíveis causas são definidas como um conjunto de ações destinadas a prolongar a vida útil de um bem, salvaguardando-o, prevenindo e retardando à deterioração. Os danos, que são acarretados por diversos fatores ao longo da vida do patrimônio pétreo, podem ser impedidos ou antecipados com conhecimento técnico, um plano de uso adequado e um planejamento de manutenção. As principais fontes de danos ao Patrimônio Cultural são as seguintes: Os climas quentes e úmidos e os microclimas; A luz solar; Os ambientes urbanos poluídos ao qual estão inseridos; Os desastres naturais; Infestações por animais e agressão microbiológica; A degradação natural dos materiais – as rochas; As ações do ser humano e plantas. A referência [2] afirma que é a ação do homem a principal responsável pela contaminação atmosférica. Isto está visível, atualmente, diante da expansão das cidades, acarretando aumento das emissões de gases na atmosfera, causado por veículos e pelo crescimento industrial. É fato que as emissões de gases provenientes da queima de combustíveis, partículas sólidas, elementos químicos diversos, e os movimentos da atmosfera se encarregam de difundir e, paulatinamente, serem depositados sobre obras do patrimônio pétreo, quer por via seca, quer por via úmida e após reações químicas acarretar a degradação do material base. De maneira a esclarecer quais são estes gases e poluentes, consideramos os estudos e pesquisas desenvolvidos pela EPA (United States Environmental Protection Agency) [3], que descrevem quais são os poluentes da atmosfera, sendo os seguintes: Aerossóis; Asbestos; Monóxido de carbono (CO); Clorofluorcarbono (CFC); Hidroclorofluorcarbono (HCFC); Chumbo (Pb); Mercúrio (Hg); Óxidos de nitrogênio (NOx); Material Particulado (Particulate Matter); Propelentes; Radiação; Gases refrigerantes; Óxidos de enxofre (SOx); Compostos orgânicos voláteis; Ozônio (proveniente de reações químicas). 1 Luiz Pinheiro da Guia, Doutor em Engenharia Civil, Professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Av. dos Imigrantes, 1000, Sala 11 – Laboratório de Solos, Varginha, MG, Brasil, [email protected] 2 Ana Lúcia Torres Serôa da Motta, PhD, Professora do Programa de Pós-Gradação em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense, Rua Passos da Pátria, 156, Bloco D, Sala 340, São Domingos, Niterói, RJ, Brasil, [email protected] DOI 10.14684/SHEWC.15.2015.311-315 © 2015 COPEC July 19 - 22, 2015, Porto, PORTUGAL XV Safety, Health and Environment World Congress 311 A pesquisa aborda uma revisão bibliográfica dos principais poluentes da atmosfera e correlaciona os efeitos destes poluentes com os danos ao patrimônio histórico, mais precisamente aos bens integrados e patrimônio edificado pétreo. OS POLUENTES Inicialmente selecionamos os seguintes poluentes da atmosfera considerados pela EPA [3]: dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado (particulate matter - PM). Acrescentamos a esta lista o dióxido de carbono e os hidrocarbonetos além dos metais. A razão da escolha desses parâmetros como indicadores de qualidade do ar está ligada a sua maior frequência de ocorrência, aos efeitos adversos que causam e o fato de serem usados universalmente pelos órgãos de controle da poluição. Estes poluentes têm grande impacto sobre o meio ambiente e as rochas particularmente como será descrito. Com relação a sua origem, os poluentes podem ser classificados como [4]: Primários: aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão; Secundários: aqueles formados na atmosfera através das reações químicas entre poluentes e/ou constituintes naturais na atmosfera. Quando se determina a concentração de um poluente na atmosfera, [4] mede-se o grau de exposição dos receptores (no caso obras do patrimônio histórico) como resultado final do processo de lançamento desse poluente na atmosfera a partir de suas fontes de emissão e suas interações na atmosfera, do ponto de vista físico (diluição) e químico (reações químicas). Dióxido de Enxofre (SO2) Dióxido de enxofre (SO2) faz parte de um grupo de gases altamente reativos conhecidos como "óxidos de enxofre". Os processos de combustão são responsáveis por mais de 74% de todo o SO2 emitido [4]. Outras instalações industriais (20%). Outras fontes de emissões incluem processos industriais, tais como extração de metal de minério, locomotivas, navios e equipamentos da indústria de forma geral. Os autores citados argumentam que níveis de dióxido de enxofre em algumas cidades foram reduzidos ao ponto onde não é fundamental para a degradação do material pétreo. Desta forma [5], pode haver um "nível seguro" de cerca de 30 μg/m3, abaixo qual dióxido de enxofre não é um problema significativo, entretanto os Padrões Nacionais (Brasil) de Qualidade do Ar [6] afirmam que em 24 horas os níveis de SO2 podem atingir 365 μg/m3 o que nos leva a crer que o monitoramento é extremamente necessário de forma a avaliar a situação do ar onde o bem patrimonial está localizado. Paralelamente começa a emergir um consenso, na coletividade científica, sobre a importância relativa da deposição seca e úmida em relação ao SO2. Surge a seguinte pergunta: Qual o caminho que os poluentes contidos no ar (SO2) percorrem até a superfície da pedra? As possíveis respostas são as seguintes: Dissolvem-se em gotículas de água das nuvens e chuva e chegam à pedra já na solução (chamada deposição húmida). Atingem a superfície da pedra na fase gasosa e, em seguida, dissolvem-se na umidade já presente na pedra (deposição seca). O SO2 combina-se com outros compostos que reagem com o material pétreo. A importância desta questão reside no fato de que fonte de poluição distante será a principal contribuinte para a deposição húmida, enquanto fontes locais irão predominar na deposição seca. A referência [1] mostra que quando os níveis de dióxido de enxofre são elevados, a deposição seca parece predominar em superfícies verticais; em superfícies horizontais e nas zonas rurais, deposição seca e úmida pode ser de importância comparável. A tabela I mostra um quadro parcial contendo o dióxido de enxofre como nocivo ao material pétreo, bem como suas características, quais suas fontes e seus efeitos. TABELA I POLUENTE E CARACTERÍSTICAS POLUENTE DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2) CARACTERÍSTICA FONTES EFEITOS GÁS INCOLOR. TRANSFORMA-SE EM SO3 NA QUEIMA DE FORMAÇÃO DE CHUVA ÁCIDA. DEGRADAÇÃO PRESENÇA DE ÁGUA. REAGE RAPIDAMENTE À H2SO4 CONTRIBUINDO PARA FORMAÇÃO DE SULFATOS. COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS QUE CONTENHAM ENXOFRE, COMO ÓLEO COMBUSTÍVEL, CARVÃO MINERAL E ÓLEO DIESEL. DO CALCÁRIO Dióxido de Carbono (CO2) Dióxido de carbono (CO2) é emitido naturalmente através do ciclo de carbono e de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis. Fontes naturais [3] de CO2 ocorrem dentro do ciclo de carbono onde bilhões de toneladas de CO2 atmosférico são removidas da atmosfera, oceanos e plantas, e são devolvidos para a atmosfera anualmente através de processos naturais. Quando em equilíbrio, as emissões totais de dióxido de carbono e a remoção de todo o ciclo de carbono são aproximadamente iguais. Desde a Revolução Industrial, as atividades humanas, como a queima de petróleo, carvão e gás e desmatamento, aumentaram as concentrações de CO2 na atmosfera. Em 2005, as concentrações atmosféricas globais de CO2 foram 35% maiores do que eram antes da Revolução Industrial. A preocupação internacional sobre mudança climática e o aquecimento global continua a crescer. Porque o impacto sobre as pessoas é a principal preocupação, é fácil pensar que os monumentos de pedra eram imunes ao aquecimento global. © 2015 COPEC July 19 - 22, 2015, Porto, PORTUGAL XV Safety, Health and Environment World Congress 312 Dióxido de carbono, geralmente desconsiderado quando se tratava de efeitos diretos sobre o patrimônio pétreo, atualmente passa a ser objeto de pesquisa. É, atualmente, considerado como a principal causa da mudança climática e o impacto das alterações climáticas sobre o patrimônio construído. O dióxido de carbono pode ultrapassar os efeitos diretos de poluentes graves como os óxidos de nitrogênio e o dióxido de enxofre. Óxidos de Nitrogênio (NOx) O dióxido de nitrogênio (NO2) é um de um grupo de gases altamente reativos conhecidos como "óxidos de nitrogênio (NOx)". Entre os óxidos de nitrogênio incluímos o ácido nitroso e ácido nítrico. NO2 é o componente de maior interesse e o indicador para o maior grupo de óxidos de nitrogênio. NO2 é proveniente de emissões de automóveis, caminhões e ônibus, usinas de energia e equipamentos “offroad”. A degradação do patrimônio pétreo por óxidos de nitrogênio tem recebido pouco estudo em comparação as pesquisas com o dióxido de enxofre. Oxidação de espécies de NOx na presença de vapor de água pode resultar na geração de ácido nítrico [9]. O ácido nítrico reage com a pedra de origem calcária, porém espécies de NOx tem pouco efeito na pedra comparativamente ao dióxido de enxofre. A referência [11] demonstrou que em 90% de umidade relativa, o NO2 provoca um aumento da massa do material pétreo constituído de carbonato de cálcio (CaCO3) e consequentemente sua degradação. A sinergia entre os gases SO2 e NO2, e o ozônio aumenta a adsorção de SO2 nos mármores demostrando assim o importante papel do ozônio em promover a absorção desses compostos, especialmente em umidade elevada. Material Particulado (Particulate Matter), metais e hidrocarbonetos “Particulate matter”, também conhecido como a poluição de partículas ou PM, é uma mistura complexa de partículas extremamente pequenas e gotículas de líquidos. A poluição por partículas é constituída por um número de componentes, incluindo ácidos (como os nitratos e sulfatos), produtos químicos orgânicos, metais e partículas diversas ou poeira, além de hidrocarbonetos. PM é uma mistura complexa de tipos de partículas provenientes de muitas fontes e tamanhos. O tamanho, composição química e origem das partículas podem desempenhar um papel nocivo ao ser humano e aos materiais pétreos. As pesquisas sobre a composição química são desenvolvidas levando em consideração a ação sobre a saúde do ser humano, plantas e animais. Atualmente os estudos são realizados sobre a composição química específica das partículas, principalmente para os metais e componentes orgânicos. As partículas carbonizadas primárias são emitidas principalmente de processos de combustão. São classificados em carbono orgânico e preto. O carbono orgânico (organic carbono - OC) compreende em numerosos compostos orgânicos e o carbono negro (black carbono - BC) refere-se ao aerossol “negro” sendo composto principalmente do elemento carbono e é comumente conhecido como “fuligem”. A caracterização química da PM em uma ampla variedade de locais com uma multiplicidade de tipos de fonte é necessária para determinar melhor a composição, formas de transporte e a variabilidade das partículas transportadas pelo ar. DISCUSSÃO A referência [1] afirma que a maioria das pesquisas está centrada nos "tradicionais" poluentes: óxidos de enxofre óxidos de nitrogênio e dióxido de carbono. Todos são capazes de se dissolver em água para gerar uma solução ácida e assim reagir com os materiais calcários tais como as rochas calcárias propriamente ditas e mármore. Todos aqueles citados são de ocorrência natural, mas a poluição tem aumentado bastante e podem ser encontrados em áreas urbanas e rurais. Também acrescentamos os materiais particulados bem como a família de hidrocarbonetos Os efeitos dos poluentes ácidos em pedras calcárias dependem do ambiente onde o patrimônio está inserido. Se a pedra estiver em uma posição exposta à chuva e ao vento sempre que é regularmente “lavada” pela chuva, os produtos da reação são lavados e verificamos o fenômeno de dissolução onde ocorre a decomposição química da rocha. A solução ácida carreia a superfície da pedra gradualmente. Se, no entanto, a pedra está em uma posição relativamente abrigada, mas não submetidas a “lavagem” contínua, o produto das reações se acumulam e podem formar uma crosta preta densa na superfície, que capturam partículas sólidas da atmosfera, em especial partículas carbonosas da queima incompleta de combustíveis e metais ganhando a cor negra característica. A referência [2] afirma que quanto mais porosa for a rocha carbonatada (calcário ou mármore) mais desenvolvido será o processo de formação da crosta, mais ou menos impregnada de partículas carbonosas e metálicas. O fenômeno de sulfatação é o principal responsável pelos processos de degradação química observados nos monumentos construídos em pedra calcária [2]. Não estão completamente esclarecidos todos os passos intermédios entre a rocha inicial – o carbonato de cálcio (CaCO3) – e o produto final – o sulfato de cálcio hidratado (2 CaSO4. H2O) no entanto podemos argumentar hipóteses bastante coerentes para a degradação de rochas como calcário e o mármore baseado em reações químicas atmosféricas e de degradação de rochas. A figura 1 mostra, de forma resumida, as possíveis reações químicas que envolvem o dióxido de enxofre e os materiais pétreos. © 2015 COPEC July 19 - 22, 2015, Porto, PORTUGAL XV Safety, Health and Environment World Congress 313 FIGURA. 1 Reações químicas que envolvem o dióxido de enxofre [7] (modificado). A oxidação do NO2 é auxiliada por oxidantes na atmosfera como, por exemplo, ozônio (O3) e peróxido de hidrogênio (H2O2) e por catalisadores, como fuligem (partículas de carbono provenientes da combustão) e fumaça (nuvem composta de resíduos de elementos em estado de queima: água, compostos orgânicos voláteis - variedade de hidrocarbonetos, carbono e cinzas), além de espécies metálicas presentes na atmosfera e impurezas compostas por óxidos de metais na própria pedra funcionando como catalisadores das reações químicas. Síntese de pentóxido de dinitrogênio N2O5(aq) é realizada na atmosfera proveniente de NO2 com ozônio - O3 para radicais NO3. Pode então reagir com NO2 obtendo pentóxido de dinitrogênio: O3 + NO2 → NO3 e NO2 + NO3 → N2O5. O potencial de NO3 e N2O5 de existir na atmosfera [12], portanto, será dependente a presença simultânea de O3 e NO2 e ausência de óxido nítrico e luz solar, caso que ocorrerá a decomposição de NO3: NO3 + luz solar → NO2 + O e NO3 + luz solar →NO + O2. Estas condições potencialmente podem ocorrer durante a noite em ambientes rurais e urbanos de forma a obter N2O5 e assim a síntese de (ácido nítrico) HNO3(aq) que em contato com o carbonato de cálcio da rocha (CaCO3) forma Ca(NO3)2 (aq) - Nitrato de cálcio - Nitrocalcite (mineral carbonatado) que é o nitrato de cálcio hidratado que se forma como uma eflorescência (perda da água) em um ambiente seco. A figura 2 mostra, de forma resumida, as possíveis reações químicas que envolvem o dióxido de nitrogênio e os materiais pétreos. FIGURA. 2 Reações químicas de conversão de gases poluentes e suas reações com o carbonato de cálcio contido no patrimônio pétreo [10] (modificado). Existe uma grande variedade de compostos de carbono envolvidos no seu ciclo global, dos quais os principais compostos presentes na atmosfera: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), hidrocarbonetos não metânicos (HCNM) e monóxido de carbono (CO). Desejamos discutir particularmente o dióxido de carbono (CO2). [14] A dissolução do CO2 no meio aquoso pode ser expressa pelas seguintes equações: CO2(g) → CO2(aq); CO2(aq) + H2O(l) →H2CO3 (aq); H2CO3(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + HCO3-(aq); HCO3-(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + CO32-(aq). A espécie predominante irá depender do pH da água e das respectivas constantes de equilíbrio das reações. De modo aproximado, a 15oC e valores de pH abaixo de 5,0, prevalece o CO2(aq), enquanto para pH acima de 10,5 prevalece o CO32-(aq). Para pH próximos a 8,0 praticamente só existe o íon HCO3- que tem impacto sobre sedimentação de carbonato de cálcio, CaCO3, presente nas rochas do patrimônio. De maneira a compreender a formação das “crostas negras” presentes em rochas carbonatadas devemos realizar pesquisas de forma a determinar quais os fenômenos que estão envolvidos na interface da rocha e atmosfera, principalmente o fenômeno de condensação do vapor d’água sobre as rochas e a formação películas de carbono que carregam com si metais como V, Pb, Ni, Cu ou Zn conforme a fonte de emissão dos poluentes. Pela referência [14] sabemos, por exemplo, que caldeiras de carvão emitem Ar, Cr, Hg, Mn, Ni, Pb, Sb, Se, V, Cl, e PM precursores de (SOx, NOx) porém o total de emissão é desconhecido, bem como combustão do óleo bruto emite Cr, Fe, Ni, Pb, V, Cl, PM precursores de (SOx, NOx), finalmente a Incineração de resíduos emite As, Be, Cr, Cd, Hg, Ni, Pb sendo o total desconhecido. A referência [14] mostra que a eficácia da prevenção e controle de tecnologias para a PM não tem sido bem pesquisado e documentado. © 2015 COPEC July 19 - 22, 2015, Porto, PORTUGAL XV Safety, Health and Environment World Congress 314 No Brasil não se observa uma atenção para a questão o que torna a pesquisa de metais presentes em ambientes onde o patrimônio histórico constituído de pedras está inserido, bastante duvidosa. Isto dificulta em muito a compreensão dos elementos que estão presentes e como eles atuam nas reações químicas causando a degradação do bem. CONCLUSÕES A importância da dinâmica atmosférica tem grande influência nas reações química a que são submetidas padras constituintes do patrimônio histórico. A medição dos gases provenientes da poluição causada pelo ser humano é crucial no estabelecimento de níveis seguros, compatíveis, para a diminuição do acelerado processo de degradação que o patrimônio pétreo é submetido. A degradação de pedras, para quem tem um olhar mais atento, é muito significativa em monumentos do patrimônio. A pedra pode fazer parte de um elemento de acabamento em uma parede ou uma escultura em alguma igreja, uma cantaria ou algum outro bem do patrimônio edificado e bens integrados, porém a deterioração ocorrerá em todas mais cedo ou mais tarde, no entanto, o que não podemos deixar acontecer é que a intenção que o artista deixou naquela obra, ou o que ela representa para a sociedade se perca também. E sabemos que uma grande parcela do patrimônio cultural do mundo é construída em pedra, e apesar de ser lenta sua degradação, está inexoravelmente desaparecendo. A consolidação deste patrimônio pétreo passa a ter importância visto que os níveis de poluentes na atmosfera tendem a se elevar, assim esta pesquisa tenta de alguma forma contribuir para que se possam esclarecer efeitos destes poluentes com os danos ao patrimônio histórico. [7] Mendonça, Mário, “Curso de degradação do patrimônio histórico”, UFBA, 2004. [8] INEA – Instituto Estadual do Ambiente, “Relatório Anual de Qualidade do Ar do Estado do Rio de Janeiro”, 2009, 108 pp. [9] PORG (United Kingdom Photochemical Oxidant Review Group) (1990) Department of the Environment, London. [10] Haneef, S.J. et al, “Effect of dry deposition of NOx and SO2 gaseous pollutants on the degradation of calcareous building stones”, Atmospheric Environment. Part A. General Topics, Volume 26, Issue 16, November 1992, Pages 2963–2974. [11] Mangio R. and Johansson L. G. “The influence of ozone on the atmospheric corrosion of Carrara marble in humid atmospheres containing sulphur dioxide; deposition studies of SO2 on marble”, 11 th Scandanavian Corrosion Congress, Stavanger, 1989. [12] Kamens R. M., Guo J., Guo Z. and McDow S. R., “Polynuclear aromatic hydrocarbon degradation by heterogeneous reactions with N2O5 on atmospheric particles”, Atmospheric Environment Volume 24, Issue 5, 1990, Pages 1161–1173. [13] Martins, Claudia R., et all, “Ciclos globais de carbono, nitrogênio e enxofre“, Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola N° 5 – Novembro 2003, 14 pp. [14] Tucker, W.Gene , “An overview of PM2.5 sources and control strategies”, Fuel Processing Technology, Volumes 65–66, June 2000, Pages 379–392. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense-UFF e ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais-CEFETMG principalmente a disponibilização do Portal de Periódicos da Capes. REFERÊNCIAS [1] Doehne, Eric, Ferguson; Price, Clifford, A., "Stone conservation: an overview of current research", 2nd ed., 2010, pp. 175. [2] Barros, Aires, “Os monumentos e as doenças da pedra”, Colóquio/Ciências: Revista de Cultura Científica, no. 9, 1991, pp.5974. [3] USA EPA. United States Environmental Protection Agency, http://epa.gov/airquality/urbanair/, Última atualização em 1 de julho de 2010. [4] CETESB (São Paulo), “Qualidade do ar no estado de São Paulo 2010 / CETESB”, São Paulo, CETESB, 2011, 234 pp. [5] Sharma, R. K., Gupta, H. O., “Dust pollution at the Taj Mahal: A case study”. In Conservation of Stone and Other materials, ed. M.-J. Thiel, 11-18. London: E & F N Spon, 1993. [6] BRASIL. Resolução CONAMA nº 03 de 28 de junho de 1990. Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR. Brasília – DF, 1990. © 2015 COPEC July 19 - 22, 2015, Porto, PORTUGAL XV Safety, Health and Environment World Congress 315