FRANCIS BRÍGIDA KROETZ As crucíferas e sua ação quimiopreventiva alguns tipos de câncer em Trabalho de Conclusão do Curso de Nutrição Setor de Ciências Biológicas e Saúde Universidade Tuiuti do Paraná. Orientadora: NUT 435 CONSULTA Prof. Sabrina CURITIDA FEVEREIRO 2003 do da Mendes Ortega Lyng. As crucíferas e sua ação quimiopreventiva em alguns tipos de câncer ABSTRACT Thc neoplasics continue to be lhe biggcst cause af death in \Vestern countrics. estimale is related to diet which, according factor and al50 as having a health prcventive and protective originates mainly fTOm lhe consumption This lo researchers has becn shown as a cancer risk af Cruciferous possess olher non nourishing substances (phytochemicals) action. This prcvcntivc vegetables, lhat show this suggestive chemical prcventive role. Scientists are amazed at lhe action from these vegetables, cnzymc producing substances and that encaurage action which besides nUlrients, lhe production which are rich in af cancer tighting enzyrnes. Such enzymes inhibit cancer causing substances before they may damage the DNA ofheallhy cells. In lhis texto evidence lhat ali the broccoli family vegetables (cauliflower, cabbage, kale) fighl assorted cancers, such as mammary, prostate, lung and colon, nas been found. Kcy Words: cruciferous, carcinogenesis, enzymes phase I and phaseIl, glucosinolate, canccr. RESUMO As neoplasias continuam sendo a segunda maior causa de morte nos países ocidentais. Correlacionada a esta estimativa está a dieta que, segundo constatação dos pesquisadores, apresenta-se tanlo como fator de risco para câncer como fator preventivo c protetor da saúde. Esta ação preventiva advém principalmente do consumo de vegetais das Crucíferas que detém além dos nutrientes outras substâncias não nutritivas (fitoquímicos), sugestivo papel quimiopreventivo. Cientistas surpreenderam-se os quais apresentam este com a ação dessas hortaliças que são ricas em substâncias que estimulam a produção de enzimas que combatem a formação do câncer. Essas enzimas neutralizam substâncias que causam o câncer antes que as mesmas possam danificar o DNA de células saudáveis. Neste texto foram encontradas evidências de que todos os vegetais da família do brócolis (couve-Oor, repolho e couve) combatem várias formas desses cânceres, incluindo de mama, próstata, pulmão e cólon. PalavrdS ch~lves: erucífems, c~lrcinogêncse, enzimas da fase 1 e fase U, glucosinolato, c:lncer. 1. lNTRODUÇÃO É oportuno considerar que, no começo deste novo milênio, o câncer continua sendo a segunda causa de morte no mundo, incluindo países em desenvolvimento e principalmente aqueles com hábitos alimentares ocidentais, como o Brasil. A presença e a atuação da dieta tem sido progressivamente sugerindo sua capacidade objeto de pesquisas científicas, epidemiológicas e experimentais, de criar situação de risco e de proteger e prevenir contra muitos tipos de cânceres. Procurou-se, então, instrumentos válidos para desencadear o conhecimento do caráter preventivo da dieta como redutora do risco de câncer. A leitura diversificada sobre o tema no que tange a preocupação de dar respostas à questão da prevenção do câncer, mostrou em vários estudos que é de particular relevância o efeito protetor mostrado por individuas que consumiram vegetais, comparado aumentadas quantidades com aqueles com baixa ingestã?/ (SINGLETARY, de frutas e 2000). Com base nesses dados a Organização Mundial da Saúde tem dado grande ênfase ao consumo de frutas e vegetais. Pesquisadores a 50% de qualquer quimioprotelora estimaram recetemente que dietas baseadas em vegetais previne 20 tipo de câncer. do câncer. Eles foram considerados especialmente Os vegetais cruciferos utilizados como estratégia tem um excepcional papel na amplitude reconhecida de efeitos reducionistas as do gênero Brassica processo anticancerígeno nesse artigo pelo emprego (brócolis, como componente couve, e o significado que têm, repolho e couve-de-Bruxelas) da dieta alimentar. no A dieta pois apresentada contrapõe a dieta consideradas como potencial mutagênico as Bras.\·ica e carcinogênico, (particulannente se o brócolis), como fonte de compostos protetores naturais reduzindo o risco de ocorrência de diversas enfermidades. comparação como grande rica em alimentos Uma grande proporção de cânceres está sendo bloqueada hoje, em ao que ocorria antes. Contudo, a cada ano milhares de pessoas ficam sabendo que têm algum tipo de câncer. Felizmente, muitos destes tumores podem ser curados e evitados. Uma proteção identificada para toda a vida é requerida e administrada humana. (TALALAY, que já estão presentes na dieta é o estudo do risco do câncer a nível molecular, que é, o 2000) 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia e pode ser mais regular e seguramente pelos agentes quimioprotetores molecular estudo da carcinogênese MOLECULAR humana em órgãos-alvo e macromoléculas críticas (DNA, RNA e proteína). Estudos foram baseados no mecanismo a partir de hipóteses, numa expectativa da variação entre indivíduos no risco de câncer assinalando o processo de múltiplos estágios da carginogênese. Embora muitas técnicas epidemiológicas sejam derivadas de uma epidemiologia diferente estrutura. Por outro aplicado para a epidemiologia tradicional moleculares não sejam novas e/ou a hipótese ronnulada evoluiu para uma lado todos partem de um válido principio epidemiológico molecular, como do uso da informação para avaliar ou estimar a causa. (LA 1 & SHIELDS, 1999) Vários tipos de biomarcadores Estes incluem marcadores DNA (ex: DNA adulterado), destruidores foram usados em estudos epidemiológicos de exposição (ex: níveis séricos de nutrientes), precoces efeitos patobiol6gicos de tumor, mudanças na estrutura cromossomal (ex: mutações ou mudanças uso de biomarcadores podem ajudar a elucidar de dano do DNA pode aperfeiçoar mecanismos expansão causais estimada nos genes na morfologia) heranças suscetíveis (herança de mutações de linhas de gene e polimorfismos Biomarcadores moleculares. perda ou dano do genéticos). de carcinogênesc. (ex: caracterizando e O baixa dose de exposição ou baixo risco populacional), do carcinógcno nitrosamina fornecendo uma relativa contribuição químico individual para uma mistura complexa (ex: tabaco específico de N- em cigarros) e estimada carga total de uma exposição numerosas fontes (ex: benzoapirene de biomarcadores estatísticas, nos estudos da epidemiologia aumentando a avaliada exposição pelo qual há Embora a incorporação molecular mostrem fortalecidas associações e medição de resultados, para tendência e confusão. (LAI & SHIELDS, oportunidades particular para ar, tabaco, dieta e ocupação). há também, novas 1999) 2.2. CARCINOGÊNESE A carcinogênese acumulação é um complexo processo de múltiplos estagios de mudanças genéticas; portanto o câncer é primeiramente envolvendo a uma doença genética. Uma acumulação de dano no DNA permite para uma ruptura de funções normais das células e habilita uma expansão clonal de células anormais para formar um tumor. O mais convincente conceito de carcinogênese considera que genes com câncer podem ser classificados ambos "genes carelaker ou genes gatekeeper; embora a sobreposição alguns genes. O conceito de conhecimento como existe claramente para dos genes vigias é a manutenção da integridade genômica (ex: reparação do DNA) e genes porteiros é a proliferação celular respectivamente. Alguns exemplos de "genes carelakel)' DNA, ativação do carcinogênio porteiros são aqueles envolvidos disfunções dos galekeeper", "genes são aqueles envolvidos ou de detoxificação. no controle caretaker' aumenta iniciando e promovendo em ambas as reparações Por outro lado, exemplos do ciclo celular e replicação a probabilidade do de genes do DNA. As de mutações em "genes a patogênese molecular do câncer. (LAI & Sl-nELDS, 1999) O surgimento células anormais, exposição existe, a carcinógenos. sendo especialmente controle de neoplasias causada por intrínsecos A possibilidade mais comum aqueles expostos imunológico, é conscqilência CITOS em tecidos pois, da proliferação na replicação de surgimento que apresentam a fatores ambientais. a apoptose, descontrolada de do DNA ou induzida por de uma célula maligna renovação celular No entanto no organismo que detecta e elimina numerosas sempre freqüente, existe um células cancerígenas. Quando este sistema se encontra momentaneamente debilitado, uma célula maligna pode vencer esta defesa imunológica. ou há um defeito funcional, Também é importante para as células malignas que o sistema imune não as reconheça de imediato. Essas células apresentam mecanismos ncoplásicas de escape do sistema imunológico. Posteriormente, com as células do sistema imunológico dependerá o conflito das células da persistência desses dois adversário~ 2.2.1. FASES DA NEOPLASlA As mulliplas etapas envolvidas no processo neoplásico estágios assim definidos: iniciação, promoção e progressão. têm sido alinhadas em três A iniciação refere-se à fase onde ocorre dano irreversível no material genético da célula, por ação de um agente carcinogênico, que pode ser de natureza promoção química, física (radiações) por expansão ou biológica (vírus). lesões pré- neoplásicas, na sua grande maioria, de caráter reversível. Na fase de progressão, lesões pré- ncoplásicas resistentes invasivo e irreversível. As alLerações genéticas e epigenéticas evoluem do controle clonal de células "iniciadas", A etapa de gerando em perda é caracterizada para a fonna neoplásica, da proliferação de modo autônomo, características e diferenciação da carcinogênese, celulares, e da morte resultam celular programada, ou apoPto~ A quimioprevenção do câncer, que se caracteriza pela administração de um ou mais agentes químicos, constitui a foona mais potente e viável de controle da doença, inibindo ou revertendo o processo neoplásico, especialmente nas fases de iniciação e promoção. (NA VES, 1998) Este processo comportamento de multiplos passos de graduais mudanças carcinogênicas no biológico de uma população c1onogênica de células pode estender-se por anos ou décadas. (GO, WONG & BUTRUM, 2001) O encaminhamento desses passos tem sido bem investigado em tumores epiteliais comuns. Entre os c<1nceres epiteliais, tais como coloretal, mama, próstata, pulmão, pâncreas e outros se apresenta, característicos progredindo uma difusa instabilidade genômica depois exposta para agentes e principais da expansão clonal neoplásica de um ou mais locais no epitélio independentes em diferentes lugares. Este é um exemplo de desenvolvimento de neoplasia intraepitelial será precursora o pré-invasiva. uma expansão monoclonal, começo da neoplasia intraepitelial é precurssora a qual progride por evolução clonal. Esta progressão para aumentar entre o valor total e extensão da disseminação de neoplásica (encontrada clinicamente como neoplasma aumentado no estágio e grau no tempo). Tecidos de eâncer são agora vistos como complexos adquirem certas capacidades tecidos com biologia eelular heterotípica. para serem auto-suficientes, Células cancerosas nos sinais de tumor e insensíveis para sinais de antitumor e tem potencial de menos límite rcplicativo. Invadem apoptose, tem esquivada angiogênese mctástase. Um alvo molecular e conduzem para invasão tecid,ual e conseqüentemente por múltiplos passos da carcinogênese desenvolvimento de apropriadas desenvolvimento de drogas e com algum sucesso tem sido realizado. multieentricidade características fórmulas para parar carcinogêneses de neoplasia intraepitelial provêm oportunidades objetivo de programas de tltoquímicos de prevenção do câncer tem necessidade a com tem agora focalizado o Portanto, há também que pode ser inativa depois para modulação aconteçe continuada, de anos. Estas bioativos na dieta. O de suplementos dietéticos, alimentos funcionais e drogas para prevenir o começo da neoplasia interepitelial ou eliminar ou prevenir estas progressões para câncer invasivo. (GO, WQNG & BUTRUM, 2001) 2.2.2. FASE I E FASE IJ A exposição a carcinógenos geralmente requer ativação metabólica para tomar-se um perigo e isto ocorre como parte de um processo natural que serve para excretar compostos estranhos. Este processo de ativação e conjugação lI, respectivamente (FIGURA e governado I). No geral, a enzima fase pelas enzimas da fase 1 e fase r converte relativamente químicos inertes para dentro dos eletrófilos por intermédio de reações de oxidação. Enzima da fase 11 remove a atividade de intermédio de reações do corpo por conjugações como as glutationas. (LAI & SHlELDS, 1999) para carregá-Ias, tal FIGURA O I - FASE I E rASE 11DA PREVENÇÃO PARA O CÃNCER Figura 1. Esta figuru mostl".l caminhos hipotéticos de exposição da célula para o desenvolvimento câncer ou monc da cêlula com possivcis nu:canislllOS preventivos. (Fase I e Fase 11). de Fonte: LAI & SI-I1ELDS, 1999. É notável a habilidade usando animais metabolismo tratados de alguns isotiocianatos com carcinogênios carcinogênico. Virtualmente são expostos requerem transformação mais comum processo enzimático P4S0. Isto geralmente toda dieta ou carcinógenos efeitos faz a molécula mctabolismo formados neste processo podem ser eletrofilicos, O pela enzima citocromo mais polar e conseqüentemente é referida como no ambientais pelos quais enzimáticas para exercer seus efeitos carcinogênicos. lugares nuclcofiJicos em macromoléculas estas macromoléculas câncer em laboratório pelos seus favoráveis é através da adição de oxigênio excretada. Este tipo de transformação intermediários para prevenir ambientais mais prontamente na fase I. Alguns destes os quais podem reagir em críticas como DNA, RNA e proteína. A rcação com resullam em covalentes produtos ligados chamados adulterados. DNA adulterado que persiste na não reparação pode causar perda de código e deste modo produzir mutações nos genes críticos como oncogêneses e tumor supressor de genes. A conversão de um carcinogênio ativação para uma macromolécula metabólica. metabólitos Competindo da fase 1 são detoxificados reações em direção a macromoléculas de enzimas encontradas UDP-glucoronosil adulterada com a ativação pelo metabolismo metabólica é chamada é a detoxificação. de Alguns porque a adição de oxigênio rende então menos quanto ao propulsor carcinógeno. Um segundo grupo como enzimas da fase" transferases e sulfotransferases, e tipificada pela glutationa-S-transferase, adicionam porções indefinidas polares para o carcinógeno oxigenado geralmente produzindo moléculas altamente polares que serJ.o prontamente excretadas. (HECHT, 1999) Uma associação entre risco reduzido do câncer e dietas com grandes quantidades frutas e vegetais tem sido bem estabelecido vários mecanismos envolve que podem um mecanismo membros da família reductase). em estudos epidemiológicos. contribuir com esta associação, de defesa na indução glutatione S-transferase Estas enzimas são geralmente catalisam esta conversão de metabólitos mutagênicos redutase incluindo (quinone ou seus precursores para combinações excretados. Esta função de detoxificação contraste para a fase I das enzimas, tal como o citocromo para metabólitos de enzimas, quinona referidas como enzimas da Fase 11 porque elas que são menos reativos elou mais prontamente bioativo alheios uma boa caracterização de dctoxificação e NAD(P)H: de Quando existem de DNA reativos é um P-450s, o qual é um complexo e contribuem para a carcigogênese. (KIRLlN, el ai, 1999) Mais que 40 compostos indutores foram identificados pela tonte dietética desta função como da enzima da fase 11. Muitos desses compostos encontrados exemplo, a ditioltionas, recdutase, inibindo a formação de DNA adulterado aumenta câncer em ratos e camundongos. químicos foram testados em animais e para aumentar atividades da enzima da fase 11 e proteger contra o câncer. Por específicos detoxificação genotóxicas, de a glutationc desse modo e/ou atividade da quinone e inibe a incidência e multiplicidade Obtidos junto com na dieta protegem enzimas, S-transferase O dado epidemiológico, contra o câncer pelo aumento decrescem as concentrações que será por outro lado causado por mutações carcinogênicas. de estes estudos de atividades de de substâncias (KIRLIN, et ai, 1999) A indução da fase 11abrange uma ampla faixa de estruturas químicas, mas geralmente, uma parte das propriedades são diretamente afetadas pelo peol da glut'ationa celular, qualquer um destes substratos de glutationa S transferase ou diretamente mecaniscistas nível transcripcional mecanismos sinalizado pela depleção podem ser de particular glutationa têm também encaminhado indicados reagindo com ela. Estudos mostram que o aumento nas atividades das enzimas podem ser controladas de desenvolvimento falhas de uma ou oxidação do pool da glutationa. a Estes importância porque depleção ou oxidação do pool da para a apoptose em vários sistemas. Acumulando apoptosc nonnal, há um importante mecanismo dados no do tumor. Agentes que estimulam a apoptose em células pré-cancerígenas por essa razão podem ser preventivos tumoregênicas. pelo aumento da apoptose nas populações de células (KIRLTN, et ai, 1999) O comum aspecto da depleção/oxidação ativação da apoplose em ambos indução da enzima da fase 11 e conduz para examinar se indução poderia ativar a apoptose sobre a da classe que aumenta a atividade da enzima. (KfRLLN et ai, 1999) mesma concentração 2.3. AS CRUCÍFERAS As cruciferas são uma família de plantas extensa e homogênea que se compõem de mais de 2.000 espécies incluindo várias plantas cultivadas importantes. Consumidas são uma fonte concentrada de nutrientes como vitaminas, fitoquímicas não nutritivas como por exemplo os compostos comestíveis estão o repolho, a couve-de-Bruxelas, minerais, como verduras fibras e substâncias azufrados. Entre as crucíferas o brócolis, a couve, a couve-rábano, o agrião, o rabanete, o nabo e as mostardas. Das cmcíferas pode-se comer as folhas, as gemas e as flores cruas ou cozidas, fermentadas e às vezes secas. (MAZZA, 2,000) Alguns dos produtos pela hidrólise da mirosinase, particularmente indóis contribuem das plantas recém cozidas contém concentrações quantidades conseqüência térmica apreciáveis como resultado durante a cocção. baixas desses compostos. da senescência das operações do processamento glucosinolatos os isisoticionatos e os de forma significativa dando sabor às cruciferas processadas. O conteúdo individuais são características elemento que contém maior concentração durante Os tecidos Podem liberar o annazenamento como que rompem a estrutura, ou por degradação de glucosinolatos e a proporção relativa de específicas de cada espécie. Na dieta humana o de glucosinolatos Bruxelas, que pode conter entre 600 e 3.900J.Lg de glucosinolato/g é o que parece, a couve de de tecido fresco. (MAZZA, 2,000) As crucíleras sabor sulfuroso enzimáticas e não fisiológicamcnte isioticionatos frescas, ao serem cortadas para seu preparo, desprendem característico. enzimáticas Esse sabor e odor são conseqUência que ativos. Os produtos normalmente intervêm nos um forle odor e de completas compostos reações azufrados da hidrólisc catalizada pela mirosinasa sobre todos os e nitrilos, tem uma forte influência nas características sensoriais das cruciferas. Um componente volátil fundamental da couve cozida é o disulfuro de dimetil, que se produz pela hidrólise enzimática do SMCSO (suIS-metil cisteína). Os isoticionatos e índóis dão lugar a sabores picantes e amargos e odores entre o azedo e sulfuroso. picantes e amargos salada de couve glucosinolatos sensoriais produtos são armazenamento picantes se deve a acumulação de isioticionatos. As alterações da couve podem portanto ter uma influência significativa dos processados A produção de sabores não desejáveis que, as vezes, se produz durante o armazenamento derivados detectados da mesma. incrementos Também do em outros conteúdo de que podem dar lugar a defeitos de qualidade. nas flores do brócolis incrementos de glucosinolatos. armazenados em condições nas características produtos glucosinolatos O aparecimento aeróbicas da do perfil de crus ou durante o de sabores são associados ao (MAZZA, :4000) As cruciferas são boas fontes de vitamina C e outras vitaminas hidrossolúveis como a ribotlavina, niacina e tiamina. da dieta As crucíferas são também uma boa fonte do grupo de vitaminas lipossolúveis conhecidas como vitamina A, que engloba um conjunto de compostos com estrutura e atividades similares e que inclui o beta-caroteno, atividade de vitamina (fitoquinona).( A). As crucíferas também contém retinol e retinal (aldeído com a vitamina lipossolúvel K1 MAZZA, 2,000) 2,3,1. GLUCOSINOLATOS Todas as espécies de crucíferas contém glucosinolatos, vacúolos que constam de um grupo P-tioglucosídio, Tem-se identificado mais de cem compostos lateral se distingue entre glucosinolatos que são glicosídios contidos nos uma cadeia lateral R e um resto de oxima. deste tipo. Segundo a estrutura de sua cadeia de aril, de alquil, de aromáticos ou de indo!. (MAZZA, 2000) Glucosinolatos funcionam como protetores e tem um papel importante na evolução das plantas. (TALALAY, 2001) Brotos glucosinolato de brócolis e outros e seus precurssores impulsiona o estado antioxidante vegetais isoticionatos do gênero Brassica são uma rica fonte de que induzem a detoxificação da Fase 11, e da enzima e protege animais contra a indução química do lO câncer. Os brotos de brócolis proporção desintoxicando aumentam a atividade carcinogêneses.(SHAPIRO Nos estudos em série de laboratório descobriu-se que induzem atividade essa detoxificação antioxidante são em maior que o brócolis é rico em fitoquímicos e reforçam Quase toda essa atividade annazenados como precursores inertes chamados é e outro de glucosinolatos. uma enzima que coexiste nas crucíferas (FIGURA 2), FAHEY et ai, 1997 demonstrou brócolis de 3 dias contêm níveis de 10 a 100 vezes maiores de glucorafanina do sulforafano) que o correspondente a indutora o qual é um isoticionato. Na planta intacta o sulforafano Isoticionatos são liberados quando sofrem hidrólise da mirosinase, nos glucosinolatos enzimático na Fase 11 da carcinogênese das células nos mamíferos. atribuída pelo sulforafano isoticionato das enzimas do sistema el ai, 2001) que brotos de (o glucosinolato na planta madura. (FAHEY et ai, 1997). Por outro lado, brócolis maduro contêm uma quantidade significativa de compostos anormais que induzem as enzimas tanto da fase-l com da fase-2. (NESTLE, 1998) A observação com a dieta com glucosinolatos não são detectadas na urina sugerindo que não sejam absorvidas. Além disso, com exceção de uma pequena informação, toda a evidente avaliação sugerida convertido por tecidos de mamíferos em isotiocionatos. fato convertidas Entretanto, em isotiocionatos pela atividade da mirosinase e metabolizados conjugado com o glucasinolato. lsoticionatos benzenoditiol Nesta informação e seus mctabólitos reproduzido para quantificação metabólitos ditiocarbamatos urinarias excreção do ditiocarbomato para fumantes. isotiocianatos adulterada e subscqUente reagem quantitativamente c isotiocianatos nas plantas, e também seus sensível para consumo decai para níveis indetectáveis Dezenas de resultados coletivos UV(ultra um método versátil e altamente na urina. Em estudos clínicos anteriores, são um indicador com 1,2- um produto cíclico que é prontamente tem abastecido de gluoosinolatos são (SHAPIRO et ai, 2001) de alta performance de luz) e pela espectroscopia violeta). Esta reação de cic1ocondensação ditiocarbamatos a glutationa ditiocarbamatos para formar 1,3-benzenoditiol-2-tiona, são de é mediada seqUenciais, sendo que o primeiro é chamados de ditiocarbamatos. separado do HPLC (cromatografia cruciferas intestinal. Uma vez gerado, pelas reações enzimáticas mctabólitos são coletivamente não podem ser que dietas com glucosinolatos em animais e humanos, e que esta conversão da microflora absorvidos conclui que glucosinolatos mostrou-se descobriu-se de crucíferas que os e que a na ausência de uma dieta com com voluntários não-fumantes 11 mantidos sob dietas livres de glucosinolato endógenas de ditiocarbamatos ou isoticionato indicaram não existir fontes urinários. (SHAPIRO et ai, 200 I) FIGURA 02 - PRODUTO DA REAÇÃO DO GLUCOSINOLATO HzO gluco.· ~~OH ",.R t / / IIC \/~OH MirosimLSc 110 1\ s J -- ~ ~ ~ - oSOJ os N=C=S -R l Isotieionato Glueosinolato Figura 2. Os glucosinolatos Fonte: SHAPIRO são convertidos para isotiocianatos pela ação enzimática da mirosinasc. el aI. 2001. 2.4. CONSIDERAÇÕES DOS AGENTES QUIMIOPREVENTIVOS DOS VEGETAIS CRUCÍFEROS A seguir a ação dos agentes fitoquímicos quimioprevenção e na modulação derivados da dieta dos vegetais crucíferos na da ação do processo de desenvolvimento do câncer de mama, próstata, cólon e pulmão. 2.4.1. CÂNCER DE MAMA Indol-3-carbinol (BC) é um fitoquímico que advém e ocorre naturalmente crucíferos. Um número de estudos desenvolvimento de câncer com in vitro e in vivo tem descoberto estrógenos aumentados, incluindo em vegetais que 13C previne o câncer de mama, endométrio e cervical. (MENO et aI, 2000) O I3C exerce profundas atividades antitumores, incluindo bloqueamcnto da progressão do ciclo celular, eliminando apoptoses, reduzindo tumor invasivo e metástase. (MENO et ai, 2000) 12 o controle na exposição do estrógeno é o principal rator na estratégia dc quimio- prevenção de câncer de mama. (KELLOF et ai, 2000) 13C é um produto da autólise do glucobrassicin, que é um componente a incidência de câncer de mama mediante modulação metabolismo do estradiol pelo aumento estrógeno) à custa do 16 a hidroxilação do citocromo do 2- hidroxiestrone que pode reduzir J>450 - dependente (antagonista do do receptor do (agonista do receptor de eSlr6geno). (KELLOF et ai, 2000) O indole-3 quimiopreventivas carbinol (l3C) está atualmente do câncer, particulannente J e " das reações de desintoxicação, metabolismo dependentes do estrogênio. sob investigação por suas propriedades da glândula mamária. Além da indução da fase o l3C pode reduzir o risco de câncer por modular o As hidroxiJações do C-16 e C-2 do estrogênio do citocromo P-450 rivais, cada uma compartilhando envolvem vias um estrogênio comum do pool do substrato. Estudos sugerem que a fonnação aumentada dos metabólilos do estrogênio 2-hidroxilado conforme, (catecol) em relação as formas 16-hidroxilada, o estrogênio pode proteger contra o câncer e catecol pode agir como anti-estrogênio contraste, o 16-hidroxiestrona em cultura de células. Em é estrogênico e pode se ligar ao receptor do estrogênio. (MENO el ai, 2000) 2.4.2. CÂNCER o antigeno consideradas DE PRÓSTATA específico da próstata (PSA) e a neoplasia intraepitelial prostática (PlN) são pela intermediação primária de biomarcadores câncer de próstata, potencializando para a evolução a eficácia quimiopreventiva. do risco do Contudo, elas são debatidas no seu uso. Assim, com os avanços na identificação de sintomas e no tratamento os niveis gerais de mortalidade permaneceram que sugere uma intensificação vegetais. nas pesquisas Com base nestas evidências do Câncer, inalterados desde o inicio da década de 70, tato de prevenção pesquisadores com ênfase no consumo estimaram recentemente de que dietas baseadas em vegetais previnem de 20-50% de qualquer tipo de câncer. (KELLOF et ai, 2000) Portanto baseado na otimização combate transrerase às células protege malignas contra através as células da capacidade de hábitos funcional do sistema imunológico alimentares carcinogênicas saudáveis, do stress oxidativo no a glutatione S conjugado ao 13 elctrófilo para reduzir a glutationa. A regulação das enzimas da fase 11incluindo a gentatrone transferase podem prevenção carcin6gena~indutiva proteger as células contra vegetais que possuem o sulforafano transferase. e tem sido documentada e alto consumo a animais. Baseada no fato de que induz modesto aumento da expressão Alguns estudos tem encontrado câncer de próstata carcinogênes de tumores de variados uma associação de vegetais crucíferos. do glutatione entre o decrescimo Estes contém S de risco de altos níveis de isoticionatos sulforafane é a mais potente agente da enzima da fase 11(mono funcional) assim identificado. (KELLOF et ai. 2000) 2.4.3. CÂNCER DE PULMÃO Aproximadamente 87% das pessoas que morrem de câncer de pulmão, são atribuídos ao hábito de fumar. Assim, uma maneira de se prevenir deste câncer é parar de fumar. (HECHT, 1999) Entretanto, parar de fumar não tem sido fácil e igual sucesso para os viciados pelo fumo, muitos dos quais estão subjugados pela nicotina. Para estes fumantes que não conseguem parar de fumar mesmo usando terapias de nicotina, a quimioprevenção tem sido uma possível caminho para a prevenção do câncer ou para prolongar a vida. (HECHT, 1999) A quimioprevenção do câncer de pulmão tabaco, o 4~(mell nitrosamino)~I-(3 polinucleares baseia~se nos carcen6genos piridil)-I-butanona (PAH). O NNK e o PAI-I (especificado (NNK) e o hidrocarbonos pelo benzo[a]pireno DNA da célula e, relevantes doses destes carcenógenos presentes no aromáticos (8al») adulteram o podem causar câncer de pulmão. (KELLOF et ai, 2000). Estudos provam que múltiplas mutações críticas podem ser causadas pela ativação metabólica dos carcinógenos expostos diariamente. É pelo bloqueamento da detoxificação do tabaco sobre os quais os fumantes de algum ponto durante a indução destas múltiplas mudanças que se poderá diminuir ou parar este processo de adulteração metabólica de NNK de pulmão encontrado carcinogenese nos estão do processo da ativação metabólica ou o aumento vegetais do DNA da célula. Esta inibição da ativação é dada pelo fenetil isotiocianato crucíferos, e possuem isioticianato do NNK de pulmão e outraS nitrosaminas. (PEITC). que é um O PEITC é inibidor de Estudos em ratos e camundongos 14 têm claramente demonstrado efeitos não tóxicos de PEITC, desde que sejam consumidos estes vegetais. (HECHT, 1999) Em outros estudos com ratos, notou-se que o PEITC inibe a ativação metabólica de NNK em pulmão e inibe o metabolismo oxidativo em vários outros tecidos, sob as condições empregadas para inibição de tumorigcncsis tumorigenesis metabólicos. pelo NNK. Tem-se mostrado que a inibição da de pulmão pelo NNK induzido não resulta numa redistribuição Estes resultados administração são consistentes de NNK e com outros dados que demonstram de PEITC causa uma persistente que a inibição de ativação metabólica de NNK do pulmão de rato e é dado que o PEITC é um inibidor seletivo de certas enzimas P450 em figado e pulmão de rala, agindo pelo mecanismo competitivo como também pela inativação covalente. (HECHT, 1999) 2.4.4. CÂNCER o câncer DE CÓLON colorrctal é o segundo tipo de tumor maligno mais comum no Brasil. A faixa etária com maior incidência é entre os 50 e 70 anos, embora possa ocorrer desde a segunda década da vida. (LESER & SOARES, 2001) No cólon proliferativas humano, células epiteliais da cripta invaginada formam uma única camada. e células diferenciadas com as células sobre a supcrficie luminal. A migração das células da base da superficie da cripta é estimado e requer de 3 a 8 dias, o tempo do ciclo da haste da célula é de aproximadamente 36 horas. A taxa de proliferação tardia em associação com a diferenciação é onde as células são vagarosas dentro do lúmen. A expressão da detoxificação da enzima é baixa na cripta da célula normal e aumenta na superficie da célula diferencial. paralelamente Portanto, diminui há um aumento a taxa de proliferação na expressão da detoxificação da enzima que e progressão das células na diferenciação Para os compostos do alimento serem quimiopreventivos, mediante o relevante consumo terminal. (KIRLlN et ai, 1999) de crucíferas será suficiente para alcançar a concentração indução da enzima. Não obstante, múltiplas distribuições relevantes concentrações celular de indutores precisos para a isto não pode ser prognosticado da biovalidade, e taxa de clerancc disponivel, prontamente porque as indica a evidência que são prováveis para serem realizadas sobre uma condição biológica 15 normal. Por exemplo, um estudo detectou que potentes valores da indução da quinona redutase é notavel que em 10.000 unidadeslg do brócolis. uma unidade foi definida como uma amostra de indução requerida de células cultivadas em 150 J.lL. Uma média da medida da porção para o brócolis é 85g então uma porção poderia conter 850.000 composto relevante é 100% absorvido e unifonnemente unidades. Se o distribuido dentro do total de 50litros de água do corpo, uma pessoa precisaria de 50 UO,OOOl5L, ou 333,333 unidades para 2 dobras de indução. Assim, a amostra em porções normais de brócolis parece ser suficiente para causar a indução. Visto que o epitélio do instestino é exposto para altas concentrações que são distribuídas uniformemente para concentrações através do corpo, pelo menos esses tecidos serão expostos suficientes de indução. (K IRLlN et ai, 1999) O National Rescarch Councit citou varias estudos de caso-controle e correlacionou uma relação inversa entre ingestão de alimentos com alto teor de fibras e risco de câncer de cólon mas, notou que estes alimentos eram de fontes ricas de constituintes nutritivos e não nutritivos os quais pOderiam ser inibidores do câncer. Então os efeitos não poderiam ser atribuídos só às fibras. Outros estudos sugerem que os vegetais crucíferos tem um efeito protetor contra o câncer ce cólon. (KIRLlN et ai, 1999) 3. CONCLUSÃO A dieta quimiopreventiva normais para iniciação literatura substancial é nonnalmente de eventos usada no contexto que induzem está disponível para mostrar mutações de produção oncogênicas. de células Contudo, que a carcinogênese representa uma um progresso na mudança celular, e agentes que rompem esta progressão em algum ponto podem ser considerados quimiopreventivos. No presente estudo sugere-se o consumo das crucíferas, como sendo estes agentes quimiopreventivos. Assim, conclui-se que estes agentes seriam efetivos na prevenção da formação do câncer porque aumentaria a eliminação das células précancerosas. Nessa visão epidemiológicos orgânica dos diferentes moleculares em camundongos conceitos a confirmação e estudos epidemiológicos dos estudos em humanos vem provar a eficiência dos vegetais crucíferos no combate ao câncer. 16 É fundamental enfennidades saber que a dieta alimentar pode incorrer na ação inibidora de muitas degenerativas. A necessidade de divulgação do valor dos vegetais crucíferas na fomlatação de novos padrões de dieta podem atender às necessidades da população de risco e da população em geral, sugerida por órgãos govemamentais 4. REFERÊNCIAS de saúde. BIBLIOGRÁFICAS BROOKS, James D., PATON, Vicent G. e VIDANES, Genevieve (2001) Polent Induclion of Phase 2 Enzymes in Human Prostate Cells by Sulforaphane. Biomarkers e Prcvention, vol 10,949-954, Septembcr. ---t;-FAHEY, Jed W, ZHANG, Yuesheng e TALALAY, exceptionally Paul (1997) Epidemiology, Broccoli sprouts: An rich source of inducers of enzymes that proteet against chemical carcinogens. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, vaI 94, pp. 10367-10372, ~y Caneer September. Uang W., \VONG, Oebra A. e BUTRUM, Ritva (2001) Oiet, Nutrition and Cancer Prevcntion: Where Are We Going from Here? J. Nutr. HECHT, Stephen S. (1999) Chemoprevention 131: 3121 S-3126S. of Canccr by Isothiocyanates, Modifiers of Carcinogen Metabolism. J. Nutr. 129: 7685-7745. 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