AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO DE PRÍMULA (Oenothera biennis) GARVIL, Mariana Pacifico (UNITRI) Correspondência: [email protected] ARANTES, Delaine Euripedes (UNITRI) [email protected] QUEIROZ, Deborah (UNITRI)[email protected] SILVA, Rayane Borges da (UNITRI) [email protected] Resumo: O uso de plantas medicinais tem sido uma das alternativas utilizadas na terapia medicamentosa, sendo uma alternativa a mais, além do uso de antibióticos. Com o avançar da tecnologia obtém-se, extratos e detalhes característicos das plantas. Este trabalho teve como objetivo analisar a atividade antimicrobiana do óleo de Oenotherabiennis (prímula) contra cepas bacterianas de Staphylococcus aureus e Esherichia coli, foram feitos antibiogramas, usando a metodologia de difusão de discos em dois testes para comprovação.Porém o óleo em questão não apresentou capacidade de controlar o crescimento de uma ou mais espécies de microrganismos, mostrando não ter aplicação como antimicrobiano. Palavras-chave: prímula, resistência bacteriana, antimicrobiano. 1 INTRODUÇÃO Em muitas comunidades e grupos étnicos, o conhecimento sobre plantas medicinais simboliza geralmente oúnico recurso terapêutico. O uso de plantas no tratamento e nacura de enfermidades é tão antigo, quanto à espécie humana(BERTINI et al., 2005). Com o passar do tempo aumenta-se o número de pesquisas feitas para o melhor entendimento, modo de uso, precauções, indicações de plantas medicinais neste caso em específico óleo de prímula, que foi analisado contra infecções bacterianas.As inúmeros patologias que afetam a saúde pública no mundo são de origem bacteriana (ALVARENGA et al.,2007). Um grande problema hoje é a resistência microbiana, que está aumentando cada dia mais. Para isso, algumas ações devem ser tomadas a fim de reduzir esse problema, como por exemplo, controlar o uso de antibióticos, desenvolver pesquisas para melhor compreender o mecanismos genético de resistência e continuar os estudos de desenvolvimento de novas drogas, sejam sintéticas, sejam naturais(BERTINI et al., 2005). O óleo de Oenothera biennis, é mais conhecido como óleo de prímula, tem algumas finalidades comprovadas, sendo eficaz contra artrite reumatoide, dor no peito, eczema, diabetes, alívio dos sintomas da tensão pré-menstrual. Este trabalho tem como objetivo analisar a atividade antimicrobiana do óleo deOenothera biennis (prímula) contra cepas bacterianas de Staphylococcus aureus e Esherichia coli, através de experimentos in vitro, realizados no laboratório de microbiologia do Centro Universitário do Triângulo. A maioria dos cocos Gram-positivos de importância médica são membros dos gêneros Staphylococcus e Streptococcus(TORTORA et al., 2003).O gênero compreende várias espécies, sendo três delas de interesse médico: S. aureus, S. epidermidis e S. saprophyticus (TRABULSI, 2004) Os Staphylococcus ocorrem em grupos que se assemelham a cachos de uva. A espécie estafilocócica mais importante é o Staphylococcus aureus, denominado assim por causa da pigmentação amarela das colônias (aureussignifica dourado). Os membros desta espécie são anaeróbicos facultativos, porém crescem melhor aerobicamente (TORTORA et al., 2003). O S. aureus é o agente mais comum de infecções piogênicas. Estas infecções podem se localizar na pele ou em regiões mais profundas. Quando na pele, recebem diferentes designações, de acordo com a localização e outras características (TRABULSI, 2004). O diagnóstico das infecções estafilocóccias é feito pelo isolamento e identificação do germe. O isolamento é realizado nos meios de cultura comuns, como ágar sangue. A diferenciação do S. aureus, das outras espécies do gênero, é feita pela pesquisa de coagulase e pelo teste de sensibilidade à novobiocina (TRABULSI, 2004). O S. aureus é sensível a vários antibióticos, porém adquiri facilmente uma resistência praticamente irreversível aos mesmos. Sendo a saída para este problema o uso de extratos vegetais. Do ponto de vista médico, os bastonetes Gram-negativos anaeróbicos facultativos são um grupo muito importante de bactérias. Muitos deles causam 2 doenças do trato gastrintestinal e de outros órgãos. Aqui será analisada a Enterobacteriacea Escherichia coli(TORTORA et al., 2003). O gênero Escherichia compreende as espécies E. coli, E. fergsonii, E. hermanii, E. vulneris. Porém a única espécie de importância prática é a E. coli. Esta espécie compreende grande número de grupos e tipos sorológicos, identificados por meio de anti-soros (TRABULSI, 2004). A bactéria anaeróbica facultativa E. coli é um dos habitantes mais comuns do trato intestinal, e provavelmente o organismo mais familiar da microbiologia. Sua presença na água e nos alimentos é um importante indicador de contaminação fecal. A E. coli não é normalmente considerada patogênica. Entretanto, pode ser uma causa comum de infecções do trato urinário, e certas linhagens produzem enterotoxinas que comumente causam diarreia e ocasionalmente causam doenças graves de origem alimentar (TORTORA et al., 2003) Para se prescrever um antimicrobiano é necessário determinar previamente se a amostra bacteriana, responsável pela infecção, é sensível ou resistente a ele. Esta informação é muito importante, principalmente com relação às espécies bacterianas que englobam muitas amostras resistentes, como os estafilococos e as enterobacteriáceas(TRABULSI et al., 2000). A concentração inibitória dos antimicrobianos pode ser determinada direta ou indiretamente. A determinação é feita pelos chamados métodos de diluição, e, a indireta, pelo método de difusão em placa (métodos dos discos).O método de diluição pode ser realizado em meios de cultura líquidos ou sólidos. Consiste em preparar diluições sucessivas do antimicrobiano, semeando frente a cada diluição o inóculo bacteriano em número padronizado, e, após a incubação, verificar a menor concentração do antimicrobiano que inibiu a multiplicação bacteriana. Esta concentração é chamada concentração inibitória mínima. As concentrações nas quais não existe multiplicação bacteriana devem ser ressemeadas em meios isentos do antimicrobiano para se determinar se houve nelas um efeito bactericida (falta de crescimento na ressemeadura) ou bacteriostático (crescimento a partir das concentrações onde bactéria foi inibida) (TRABULSI et al, 2000). A determinação da sensibilidade pelo método de difusão em placa tem por base dois fatos bem estabelecidos: • Quando se coloca um disco de papel filtro impregnado com um antimicrobiano na superfície de um meio de cultura sólido, em placa previamente semeada com uma bactéria, o crescimento bacteriano poderá ser inibido, formando-se então um halo de inibição em torno do disco (zona onde há crescimento bacteriano), cujo diâmetro varia de acordo com a velocidade de difusão do antimicrobiano e a sensibilidade da bactéria. Se a bactéria for muito resistente, não haverá formação de halo de inibição(TRABULSI, 2004). • O diâmetro do halo de inibição é inversamente proporcional à concentração inibitória mínima do antimicrobiano, isto é, quando maior é o diâmetro do halo, menor a concentração inibitória(TRABULSI, 2004). Tomando-se por base o tamanho do halo de inibição, é possível inferir se a bactéria é sensível, moderadamente resistente, ou resistente a este microbiano, comparando os halos obtidos com tabelas padronizadas internacionalmente.O método de difusão em placa pode ter numerosas 3 variáveis na tecnologia empregada. Por este motivo, para poder-se obter resultados comparáveis entre os diferentes laboratórios, foi padronizada internacionalmente a técnica descrita por Bauer e Kirby. Nesta técnica são estabelecidas normas para as concentrações a serem utilizadas nos discos de cada antimicrobiano, padronização do inóculo bacteriano testado e tipo de meio de cultura a ser utilizado. Também recomenda-se fazer um rigoroso controle de qualidade da técnica empregada, utilizando-se cepas bacterianas de sensibilidade conhecida, frente às quais os antimicrobianos devem ser produzir determinados halos de inibição se a técnica empregada foi correta (TRABULSI et al, 2000). De modo geral, é bastante alta a correlação entre os resultados obtidos no antibiograma e os da terapêutica. Quando a bactéria infectante é sensível ao antimicrobiano e este é escolhido de acordo com suas características farmacológicas, ocorre cura na grande maioria dos pacientes. Ao contrário, quando é resistente, a possibilidade de cura é bastante remota. As exceções que ocorrem podem ser facilmente explicadas, uma vez que as condições encontradas no laboratório não são as mesmas do organismo humano (TRABULSI et a.l, 2000). A Oenothera biennis da família Onagraceae é conhecida como prímula ou “evening primrose” = estrela da tarde. Este nome provém da característica de suas flores abrirem ao entardecer.Nativa da América do norte foi introduzida na Europa no século XVII como planta ornamental. Os índios americanos usavam a planta como alimento, faziam também extratos ou infusões adstringentes e sedativas. Cultivada nos jardins dos mosteiros do século XIX esta planta foi negligenciada por Gregor Mendel, um monge austríaco, na escolha de plantas para as suas famosas experiências sobre hereditariedade. Contudo ela é cultivada por geneticistas na demonstração de princípios hereditários (TESKE;TRENTINI, 1995). Esta planta tem sido tema de centenas de estudos científicos, o que tem tornado um dos fitoterápicos mais largamente prescritos na fitoterapia norte americana(ROSA;MACHADO, 2007). Constituintes da planta • • • • • Fitosterol; Oenoterina; Taninos; Compostos flavônicos; Mucilagens. Constituintes do óleo da semente de prímula • • • • • Ácido oléico 8 – 12%; Ácido linoleico 65 – 75%; Ácido gama linolênico 8 – 11%; Ácido palmítico 5 - 8%; Ácido esteárico 1,5%; 4 As ações descritas para o óleo de prímula são decorrentes de atividade hepatoprotetora, anti-inflamatória, sedativa, antiespasmódica, demulcente, nutritiva, adstringente suave, vulnerária, anticoagulante, suplemento nutricional, vasodilatadora (TESKE;TRENTINI, 1995). A raiz da prímula é usada em associação com saponina no combate à bronquite aguda e crônica, em casos raros são administradas as flores. Usada também em associação com o ácido salicílico e a casca do salgueiro (TESKE; TRENTINI, 1995). O óleo da semente de prímula apresenta uma grande quantidade de ácidos graxos essenciais, em especial o ácido gamolênico responsável pela atividade terapêutica. O ácido gamolênico está envolvido na biossíntese de prostaglandinas, com redução da inflamação(ROSA;MACHADO, 2007). O óleo mantém a elasticidade e controla a oleosidade da pele, intervém nos mecanismos vasodilatadores e inibe a agregação plaquetária. Atua na síndrome da hiperatividade infantil, normalizando os níveis de serotonina. A deficiência ou ausência de precursores das prostaglandinas conduzem a distúrbios que levam ao envelhecimento ou ressecamento da pele, distúrbios cardiovasculares, hipertensão e colesterolemia. Poucos alimentos são fornecedores diretos de ácidos graxos insaturados em quantidades suficientes para produzir esses precursores. O óleo deOenothera biennis(prímula) é um agente ideal como fonte de ácido gama linolênico, reduz a perda de água através da pele, aumenta a tolerância à exposição dos raios ultravioleta, melhorando a integridade, elasticidade e flexibilidade das membranas celulares. O ácido gama linolênico é essencial na síntese das prostaglandinas, e sua reposição a causa primária de alterações metabólicas(TESKE;TRENTINI, 1995). O óleo deOenothera biennis(prímula), devido a sua constituição, ameniza a carência de ácidos graxos insaturados, quando a dieta alimentar é deficiente. A raiz de prímula atua como antiflogística, devido a mucilagente desenvolve boa ação emoliente. Folhas, flores e caule atuam como sedativos da tosse e estimulam a circulação sanguínea, sendo, também, importantes nutrientes capilares e tópicos (TESKE;TRENTINI, 1995). Este trabalho teve como objetivo analisar a atividade antimicrobiana do óleo de Oenotherabiennis (prímula) contra cepas bacterianas de Staphylococcus aureus e Esherichia coli. METODOLOGIA A metodologia usada para realização desse trabalho foi baseada nos métodos propostos pela Farmacopéia Brasileira, 5 ed., parte I., 2011. Pode ser encontrada nos Anexos XIII.1 intitulado Metodologia para o Teste de Sensibilidade aos Antibacterianos (Antibiograma). Teste I O primeiro teste feito foi o método de difusão do disco, onde discos especiais de papel-filtro com a concentração padronizada do óleo de prímula foram colocados sobre duas placas de ágar Mueller-Hinton, previamente semeada com uma suspensão padronizada da bactériaEscherichia coli e outra com a suspensão padronizada da bactéria Staphylococcus aureus. E a 5 utilização de uma placa controle com apenas a concentração do óleo de Oenothera biennis (prímula prímula),para ara verificar a esterilidade do óleo em questão.Após Após incubação de 24 horas, o halo de inibição foi medido e interpretado como sensível, intermediário ou resistente (OPLUSTIL OPLUSTIL et al., 2004) Preparo do inóculo Com o auxílio de um fio bacteriológico foi tocado na superfície de quatro colônias com a mesma morfologia e inoculou-se inoculou se em 3ml de caldo MuellerMueller Hinton. Incubou-se se a 35°C até a turbidez atingir a escala 0,5 de McFarland, que ocorreu em 30 minutos. O inóculo foi ajustado com a escala de McFarland colocando os tubos lado a lado contra um cartão de fundo preto com tiras brancas. Inoculação nas placas Dentro de 15 minutos após o ajuste do inóculo foi feito a semeadura introduzindo um “swab” estéril na suspensão ajustada, o “swab” foi comprimido na parede interna do tubo para retirar o excesso do do inóculo e foi semeado na superfície do ágar Mueller-Hinton Mueller Hinton em três direções diferentes. As placas semeadas foram deixadas por 10 minutos à temperatura ambiente, para que o inóculo pudesse ser completamente absorvido pelo ágar. Aplicação dos discos Foram colocados três discos de óleo de prímula nas placas e pressionados levemente com o auxílio de uma pinça na superfície de cada disco. Incubação das placas As placas foram transferidas para a estufa na temperatura de 35°C com o tempo de incubação ncubação de 24 horas e logo depois foram retiradas para análise. Figura 1: Placas de petri com meio Miller Hinton inoculadas com bactérias Gram negativoe Gram positivo contendo óleo de prímula. 6 Figura2: Placas de petri com Miller Hinton e Placa Controle. Teste II O segundo teste feito foi o método da difusão do disco, onde discos especiais de papel-filtro com a concentração padronizada do óleo de prímula e do antibiótico amicacina foram colocados sobre dez placas de ágar MuellerHinton, previamente semeada com suspensão de bactérias não identificadas. Após incubação de 24 horas, o halo de inibição foi medido e interpretado como sensível, intermediário ou resistente (OPLUSTIL et al., 2004) Preparo do inóculo Com o auxílio de um fio bacteriológico foi tocado na superfície de quatro colônias com a mesma morfologia e inoculou-se em 3ml de caldo MuellerHinton em 5 tubos . Incubou-se a 35°C até a turbidez atingir a escala 0,5 de McFarland, que ocorreu em 30 minutos. O inóculo foi ajustado com a escala de McFarland colocando os tubos lado a lado contra um cartão de fundo preto com tiras brancas. Inoculação nas placas Dentro de 15 minutos após o ajuste do inóculo foi feito a semeadura espalhando o inoculo com uma alça de drigalski por toda a placa, sendo a alça de drigalski passada no álcool e flambada, a cada placa, repetindo este procedimento em dez placas. Aplicação dos discos Foi colocado um disco de óleo de prímula, um disco do antibiótico amicacina nas placas e pressionados levemente com o auxílio de uma pinça na superfície de cada disco. E foi colocado uma gota do óleo de prímula perfurando a placa com Mueller-Hinton. Incubação das placas As placas foram transferidas para a estufa na temperatura de 35°C com o tempo de incubação de 24 horas e logo após retiradas para análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO Teste I 7 Foi feito um antibiograma utilizando 4 placas o meio de ágar MuellerHinton é o mais recomendado para os testes de antibiograma, ele contém em sua composição por litro: infusão de carne 300 g; hidrolisado de caseína 17,5 g; amido solúvel 1,5 g e ágar 10 g; seu pH gira em torno de 7,2-7,4 após a esterilização (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 2011). Ágar padronizado por Kirby e Bauer e pelo NCCLS que oferece condições de crescimento das principais bactérias.Por isso sendo o mais compatível pra ser usado neste teste. Após as placas serem tiradas da estufa foi visto que o óleo de prímula foi ineficaz pra matar as bactérias selecionadas Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Não se formou halos em volta do óleo de 20 ml de 50ml e da gota do óleo de prímula colocados nas placas. As placas que não foram colocadas às bactérias apenas o óleo, foi comprovado que o mesmo não estava contaminado. Questionamentos foram feitos observando detalhes que talvez possam ter influenciado no resultado negativo. O erro operacional foi uma opção descartada, poiso teste feito no laboratório foi executado com a devida cautela e por profissionais habilitados. Para a confirmação de que o óleo de prímula foi realmente ineficaz e esclarecer quaisquer dúvidas de que seu uso seria indevido com antimicrobiano foi feito um segundo teste. Teste II No teste I as bactérias utilizadas foram apenas Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Então para um novo teste foram utilizados vários tipos de bactérias e mais quantidade de amostras de placas foram analisadas sendo desta vez 10 amostras.Também foi colocado o antibiótico Amicacina na mesma placa que o óleo de prímula para comparação. O antibiótico matou as bactérias formando o halo em volta, como era o esperado, e o óleo de prímula teve o mesmo resultado que o teste I, porém agora sabe-se que ele além de ser ineficaz para Staphylococcus aureus e Escherichia, também não apresenta nenhum efeito sobre os demais tipos de bactérias. Em todas as placas cresceram bactérias normalmente e também sobre óleo, em algumas placas além do crescimento das bactérias teve o aparecimento inesperado de fungos. Figura 3: Crescimento bacteriano em placas com óleo de prímula e eficácia da Amicacina. 8 Um dos questionamentos feitos sobre o óleo de prímula foi sua alta concentração e sua insolubilidade, então foi realizado a quebra do mesmo com a substância tween 80, e o teste feito desta vez foi em tubos com bactérias e o óleo menos concentrado, mesmo assim o resultado continuou sendo o crescimento bacteriano e a falta de ação antimicrobiana do óleo. Testes mais detalhados poderão ser feitos no óleo de prímula para comprovar outras ações, mas a utilização do óleo de prímula com a finalidade antimicrobiana está descartada. Pois não apresentou nenhum resultado expressivo de ação antimicrobiana para que possa ser feitos novos testes. Fatores que podem afetar o resultado de antibiograma • Inóculo fora do padrão; • Inóculo com mais de um microrganismo; • Formulação do meio e pH; • Espessura do meio; • Tempo e atmosfera de incubação (incubação prolongada pode resultar em inativação dos antimicrobianos); • Concentração inadequada no disco; • Armazenamento inadequado dos discos; • Critérios inadequados para medir halos de inibição de algumas drogas. CONSIDERAÇÕES FINAIS As bactérias quando são ameaçadasdentro de seu hospedeiro procura de todas as formas se defenderem, sofrendo mutações, procurando tornar-se impermeável, inativando o agente que a agride, sendo assim mais difícil sua destruição. A preocupação de pesquisadores e cientistas aumenta, que correm contra o tempo pra obtenção de mais saídas contra a resistência bacteriana, considerando o efeito que tem na saúde humana e o impacto econômico que ela representa. Bactérias conhecidas como resistentes a um número maior de antibióticos como o Staphylococcus aureus e Escherichia coliqueé o alvo mais comum de pesquisas, o entendimento do funcionamento da patogenicidade desses perigosos agentes infecciosos pode orientar os profissionais de clínica na racionalização de sua antibioticoterapia, minimizando, assim, as chances de seleção de cepas resistentes (e multirresistentes) aos antimicrobianos. Um dos maiores benefícios do Brasil é que o país possui uma grande variedade de espécies vegetais que podem ser exploradas sendo somadas aos antibióticos ajudando contra várias infecções existentes. A planta explorada neste trabalho foi aOeneohera biennis(prímula) sendo testado o óleo que contém um número considerado de finalidades, porém não apresentou ação bactericida e nem bacteriostática, o que mostra que as suas propriedades farmacológicas não estão ligadas ao nível microbiano. . 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARENGA. A. L.; SCHWAN, R. F.; DIAS, D. R.; SCHAWAN-ESTRADA, K. R. F.; BRAVO-MARTINS, C. E. C. Atividade antimicrobiana de extratos vegetais sobre bactérias patogênicas humanas. Rev Bras Plant Med, v. 9, p. 86-91, 2007. Disponível em: <www.ibb.unesp.br/servicos/publicacoes/rbpm/pdf.../artigo14_v9_n4.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2011. BERTINI. L. M.; PEREIRA. A. F.; MENEZES. E. A.; MORAIS. S. M.. Perfil de sensibilidade de bactérias frente a óleos essenciais de algumas plantas do nordeste do Brasil. Infarma, v. 17, n. 34, 2005.Disponível em: www.cff.org.br/sistemas/geral/revista /pdf/17/perfil_bacterias.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2011. 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