V CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS NA AMAZÔNIA O documento expõe informações relacionadas aos Cursos do V CIELLA Os cursos do V CIELLA acontecerão na Universidade Federal do Pará (Campus Básico) Os horários serão manhã e tarde Investimentos R$30,00 – Um Curso R$50,00 – Dois Cursos Inscrição pelo site: http://www.ciella.com.br/ Na aba minicurso – sub aba inscrição E-mail: [email protected]/[email protected] Cursos – Estudos Linguísticos Profa. Dra. Nilsa Brito Ribeiro-UNIFESSPA TÍTULO: A escrita de si em contextos de formação EMENTA: O curso tem o objetivo de discutir as bases teórico-metodológicas que favorecem análises de processos de formação por meio de escritas autobiográficas, sob o pressuposto de que esta prática – resultante de uma experiência ética e estética da existência- se constitui também como espaços de formação, na medida em que institui um mundo e encoraja o sujeito para um deslocamento, uma mudança de si. Tomaremos as reflexões de Foucault acerca da “escrita de si “ para fundamentar a nossa perspectiva de abordagem da escrita, entendida como uma estética que se manifesta, tanto na convergência dos controles institucionais como nas resistências que se inscrevem nos processos de singularização e de constituição do sujeito escrevente. O curso mobilizará análises de relatos autobiográficos produzidos por sujeitos em contextos de experiências formativas, focalizando, nos rearranjos escriturais, sentidos que remetam, tanto ao trabalho de produção da escrita quanto à constituição de subjetividades. Profa. Dra. Ana Paula Barros Brandão (UFPA) TÍTULO: Documentação linguística e os programas computacionais EMENTA: O curso tem o objetivo de apresentar o conceito de documentação linguística e a metodologia utilizada, com o foco na apresentação dos principais programas computacionais usados, entre eles: ELAN e FLEx. A documentação linguística atualmente consiste na coleção de dados primários (gravações em áudio e vídeo) e dados secundários (informações sobre os dados primários, os metadados- anotações e explicações do conteúdo). A metodologia usada em vários projetos envolve passos, tais como: 1) gravação em áudio e/ou vídeo; 2) transcrição e anotações de textos; 3) organização de banco de dados; e 4) criação de metadados. Veremos como os programas computacionais podem auxiliar o trabalho com os passos 2 e 3. O programa ELAN permite criar anotações de áudio e vídeo, já o programa FLEx auxilia principalmente na criação de banco de dados lexicais e interlinearização de textos. Destina-se a alunos que estejam trabalhando com transcrição de dados, com banco de dados lexicais/textuais, e/ou com línguas indígenas. Prof. Dr. Marcos André Dantas Cunha (UFPA) TÍTULO: O ACONTECIMENTO DA TRADIÇÃO: CONSTRUÇÕES DE PODER NAS PRÁTICAS E SABERES CULTURAIS EMENTA: Discurso e relações de colonização. Práticas de saberes e construções de poder. A estrutura social do saber. Tensões entre culturas grafocêntricas e orais. Espaços e lugares Identidade e dispersão em enunciações de saberes. Multicuturalidade, intercuturalidade e Globalização. Indústria Cultural, capitalismo e legimitação. Hegemonias e heterogeneidade. Sujeito fragmentado. Saberes constitutivos e mediação. Repetição e resistência; entre o progresso e a reação. Diferença, desigualdade na era da conectividade instantânea. O curso pretende discutir as relações entre saber e poder. Pensar as práticas culturais se constituindo nas implicações dos espaços/lugares em que os saberes se estabelecem e circunscrevem, mas simultaneamente podem se implicar, se interpenetrar. Propõe-se ainda a refletir acerca da tensão entre saberes que se submetem e outros que se resistem à mediação hegemônica de certas ordens de poder. Os saberes diferentes em interposição se fazem cooptados, legitimados em objetos de consumos que tende inseri-los no espaço do instantâneo das virtualidades que tendem a absorver as identidades a pretexto de divulgação e ou preservação. Prof. Dr. Alcides Fernandes de Lima (UFPA) TÍTULO: METODOLOGIA SOCIOLINGUÍSTICA Aplicação na Pesquisa e no Ensino de Língua EMENTA: Língua, sistema, norma e fala. Fundamentos teóricos da variação e da mudança linguística. Padrões linguísticos e adequação discursiva. Variação dialetal e variação estilística: aspectos da variação Geossociolinguística do Português Brasileiro e abordagem da variação em sala de aula. Resumo: Neste minicurso, mostraremos como a variação linguística é constitutiva da língua e como os vários padrões de linguagem são funcionais para a comunicação verbal. Mostraremos também por que a variação faz parte da competência linguística dos falantes. Com base nos trabalhos de Labov (2008, 2006), Trudgill (2000), Bagno (2011), Bortoni-Ricardo (2004), Braga e Molica (2011), Brito (2000), dentre outros, apresentaremos a metodologia da sociolinguística, discutindo a relevância dessa metodologia para a pesquisa linguística e para o ensino de língua. No que diz respeito, especificamente, ao ensino de língua, argumentaremos, como base no que se convencionou chamar de sociolinguística educacional, que o ensino dos aspectos linguísticos (léxico e gramática) e discursivos (condições de produção) é pouco fecundo para o indivíduo aprender uma língua ou um padrão de linguagem (o “culto”, por exemplo), se o ensino desses aspectos não estiver articulado a atividades, efetivas, de práticas de linguagem. As evidências mostram que os seres humanos possuem uma aptidão especial para a linguagem, mas tal aptidão precisa da interação social para que seja desenvolvida. Isso não significa dizer, obviamente, que tudo na língua seja espontâneo e que o conhecimento declarativo sobre os aspectos linguísticos e textuais e sobre as condições de produção dos discursos não seja importante para um uso competente da comunicação verbal. Mas significa dizer, por exemplo, que um aluno não dominará a modalidade escrita padrão do português, se ele não for exposto a atividades de linguagem próprias dessa modalidade (tais como, leitura e releitura, e escrita e reescrita de textos de vários gêneros). O presente minicurso discutirá essas questões, tendo como objetivos principais levar os participantes a: (i) compreender os padrões de linguagem como normas sociais de uso da língua, criando-se, com isso, uma consciência reflexiva que relativize o conceito de “erro” e de “prestígio”; (ii) elaborar uma metodologia de pesquisa variacionista que permita investigar aspectos da variação linguística em determinada comunidade de fala. Profa. Dra. Isabel Cristina França dos Santos Rodrigues (UFPA) /Prof. Dr. José Anchieta de Oliveira Bentes (UEPA) TÍTULO: Carnavalização, manifestações de rua e cultura popular EMENTA: As manifestações carnavalescas da Idade Média e as manifestações de rua da atualidade são objetos deste minicurso. A finalidade é analisar e discutir as diversas manifestações culturais que acontecem na atualidade à luz de uma obra do filósofo da linguagem Mikhail Bakhtin (18951975), mais especificamente a obra “A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais”. Os principais conceitos a serem trabalhados: vocabulário da praça pública, o riso, as festas populares, a carnavalização, o banquete e o estilo grotesco. Destina-se a professores da língua materna e estudantes universitários interessados e que se aproximam dos estudos dialógicos do discurso. Profa. Dra. Márcia Ohuschi e Profa. Dra. Zilda Paiva TÍTULO: ANÁLISE LINGUÍSTICA: A CONSTRUÇÃO DE ATIVIDADES REFLEXIVAS A PARTIR DE ASPECTOS SOCIAIS E LINGUÍSTICOS DO TEXTO EMENTA: No processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa, construir questões reflexivas sobre a língua tem sido uma das dificuldades mais recorrentes entre os profissionais da área. Nesse sentido, este minicurso tem como objetivo auxiliar os professores (em formação inicial ou continuada) a desenvolverem questões gramaticais a partir de um texto de determinado gênero discursivo, considerando seus aspectos sociais e linguísticos. Desse modo, propomo-nos a apresentar uma abordagem sobre a prática de análise linguística, tendo como base as reflexões de Geraldi (1997), a visão dialógica da linguagem (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1992) e as perspectivas dos gêneros discursivos (BAKHTIN, 2003) e da variação e consciência linguísticas (BAGNO, 2007; DUARTE, 2008). Para tanto, partiremos de uma breve reflexão teórico-prática acerca de conceitos como gramática e análise linguística. Nessa reflexão, serão contemplados aspectos epilinguísticos e metalinguísticos no processo de compreensão textual, por meio de uma sequência de encaminhamentos (roteiro) elaborada por Ohuschi e Paiva (2014). Em seguida, os participantes, em grupos, receberão um material de apoio para, a partir dele, construir atividades de análise linguística com o auxílio do roteiro apresentado. As atividades serão apreciadas por todos, para a sistematização das possibilidades de trabalho com os aspectos gramaticais abordados. Ministrante: Ronaldo Almeida Pereira - Mestrando em Arquitetura e Urbanismo - PPGAU TÍTULO: Oficina de Apresentação Plataformas para Sistemas de Informações Geográfica SIG para sistematização dados e apresentação de resultados em Estudos Linguística EMENTA: Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são um conjunto de tecnologias desenvolvidas para armazenagem, sistematização e tratamento de dados com alguma relevância espacial. O uso dessas tecnologias atualmente tem se difundido em diversas áreas do conhecimento; entre as mais usadas estão as voltadas ao planejamento, urbano e ambiental, a saúde, educação entre tantas outras. Esta oficina tem o propósito estabelecido em três objetivos:• Difundir o conhecimento introdutório sobre os componentes de um Sistema de Informações Geográficas e sua importante utilização no meio acadêmico para sistematização de dados espaciais de pesquisa e apresentação de resultados;• Apresentar as diferentes plataformas (aplicativos) de um SIG de uso aberto e plataformas comerciais;• Apresentar alguns conceitos básicos e procedimentos necessários para uso de um SIG - escolha da plataforma, compatibilização entre hardware e software, e a modelagem inicial para um estudo. Cursos – Estudos Literários Prof. Dr. Augusto Sarmento-Pantoja (UFPA) TÍTULO: Cinema e Literatura na ditadura brasileira: questões de resistência. EMENTA: Durante os 21 anos de ditadura civil-militar brasileira o cinema utilizou de várias estratégias para realizar a resistência contra a repressão ditatorial, nesse caminho a literatura teve grande importância na construção desse espaço de resistência. O curso buscará analisar de que maneira o cinema se apropria da Literatura em vários momentos diferentes da ditadura e como essas obras contribuíram para a manutenção de uma arte preocupada em questionar o autoritarismo da ditadura brasileira. Profa. Dra. Martha Pulido (Universidade de Antioquia) TÍTULO: La Vorágine del escritor colombiano José Eustacio Rivera (18881928): un análisis desde la traducción EMENTA: La perspectiva del relato de viaje y de su traducción se acerca a lo intercontinental en lo referente a la traducción interlingüística; pero se ocupa también de lo intercultural criollo-indígena, ciudad-selva, sociedad urbanasobrevivencia selvática. En la novela con la que se ilustra la hipótesis, la narración evidencia el encuentro de culturas tan diferentes como la Americana y la indígena, la cultura americana de la ciudad, de lengua castellana, y la cultura americana de aquellos que habitan en la selva y en la llanura, y cuya lengua castellana es muchas veces de difícil comprensión por parte de los que he llamado los americanos nuevos. Leeremos detenidamente fragmentos del texto, poniendo en contexto el lenguaje analizado, sirviéndonos de la traducción al inglés, para subrayar la intención del autor. Prof. Dr. Manuel Antônio de Castro (UFRJ) TÍTULO: O humano, o poético e o corpo: leituras EMENTA: O que é leitura e como ela se relaciona com o humano? A identidade e a diferença do humano nas diferentes leituras: as culturas. Como o ser humano se diferencia dos demais entes? As três respostas essenciais: A cura, o logos e a ek-sistencia. A questão do universal, diferença e identidade: pensar e ser. A questão da referência entre humano e poético. O humano, o poético e a verdade: método e leitura. O humano, o corpo e as identidades. O corpo e o poético como diferenças Poemas de leitura e reflexão: - “A constante aprendizagem”, de Cecília Meireles - “Motivo”, de Cecília Meireles - “Gato que brincas na rua”, de Fernando Pessoa - “O mito de Cura”, de Higino - Poemas sobre o Corpo Profa. Dra. Maria Sylvia Trusen (UFPA-Campus Castanhal) TÍTULO: O maravilhoso: uma poética da alteridade? EMENTA: É conhecida a definição dada por Todorov ao fantástico, distinguindo a literatura do gênero de outros dois vizinhos: o estranho e maravilhoso. No entanto, o Introdução à literatura fantástica, embora reconhecido em seu afã por criar um modelo que explicite as leis do fantástico, é criticado por Victor Bravo (Los poderes de la ficción), uma vez que sua teoria estaria assentada sobre a figura do leitor – para o crítico venezuelano, de cunho extra-literário. Nesse sentido, partindo das premissas lançadas por Victor Bravo, propõe-se para este mini curso, o estudo da noção de alteridade, como operador textual que permita reler o insólito maravilhoso. Para este fim, propomos o exame de alguns textos dos estudos literários e da psicanálise, centrados na questão da alteridade, além de obras da literatura que encenem o maravilhoso. Prof. Dr. Cesar Luís Seibt (UFPA) TÍTULO: Linguagem e poesia em Martin Heidegger EMENTA: O pensamento desenvolvido por Martin Heidegger no decorrer do século XX se constitui numa grande desconstrução do universo compreensivo já sempre pressuposto em tudo que fazemos e pensamos. Essa desconstrução implica num trabalho profundo com a própria linguagem, de superação das objetificações ou reificações de que essa é vítima no modo de pensar metafísico. Analisaremos e pensaremos sobre e a partir de alguns de seus textos (A caminho da linguagem e Ser e Tempo) essa situação e nos aproximaremos do movimento para a arte, sobretudo para o poetar. Prof. Dr. Jorge Fernandes da Silveira (UFRJ) TÍTULO: O RETORNO DO ÉPICO EMENTA: Desde a publicação d‟Os Lusíadas, 1572, fixações e deslocamentos de imagens entre a desejada liberdade pela criação de um corpus de figuras do imaginário, isto é, a Literatura, e a reivindicada libertação da humanidade por meio da fundação de um corpo político real, isto é, a Revolução, é dos temas mais interessantes em língua portuguesa. Da imagem do escritor contemporâneo (as)sentado entre os discursos das vanguardas revolucionárias modernas e os discursos das vanguardas literárias pós-românticas, levanta-se a hipótese de leitura deste curso. Em síntese, interessa: levantar novas hipóteses e considerar outros modos de escrever a história portuguesa, calcada, arbitrariamente, n‟Os Lusíadas, como a História de “barões assinalados”; investigar o que é próprio da modernidade na poesia de acontecimentos na literatura portuguesa, isto é, em poemas em que há relatos de situações de tensão entre o sujeito e a sua circunstância; propor mecanismos de interlocução entre esses textos e pesquisas e estudos do público presente ao curso. O proposto implica a leitura e/ou apresentação, com diferentes critérios de seleção, dos textos: Os Lusíadas, Luís de Camões, “O Sentimento dum Ocidental”, Cesário Verde, Mensagem, Fernando Pessoa, “Opiário”, Álvaro de Campos Metamorfoses, Jorge de Sena, Navegações, Sophia de Mello Breyner, Dezanove Recantos e Os Sítios Sitiados, Luiza Neto Jorge, Novas visões do passado, Fiama Hasse Pais Brandão. - Florência Garramunõ (UBA) TÍTULO: DIMENSÕES CONTEMPORÂNEA DA VIDA ANÔNIMA NA CULTURA EMENTA: Sustentado na análise de materiais heterogêneos, o curso aspira a construir um marco de leitura para uma série de práticas culturais latino- americanas que pensam a experiência para além do prisma da consciência individual, pensando a vida na sua densidade anônima e impessoal. O curso se sustenta na hipótese de que várias transformações sobre os modos de se conceber a subjetividade, a escrita, e a comunidade podem ser apreendidas a través de práticas culturais cada vez mais numerosas que registram a transformação de uma paisagem social onde os deslocamentos, o nomadismo, e a contingencia das relações pessoais são cada vez mais numerosas. Algumas intervenções radicais na cultura latino-americana contemporânea apontam para uma desconstrução da categoria de pessoa que exploram formas do impessoal ou anônimo e insistem em interrogar a intensidade de uma experiência que é irredutível a um eu ou individuo. Trabalharemos com textos e práticas de Teixeira Coelho, Veronica Stigger, Diamela Eltit, Claudia Andújar, Gian Paolo Minelli, Rosangela Rennó, Sergio Chejfec, Egardo Dobry e Marília Garcia. 1.Para além do romance e do sujeito. a. Crisis de la novela y del sujeto: Barthes, La preparación de la novela. Walter Benjamin, “Crisis de la novela.” Eduardo Cadava, Who Comes After the Subject? b. Descentramiento narrativo, temporal y espacial. Teixeira Coelho, Historia natural da ditadura c. El texto como escucha y el narrador testigo: Veronica Stigger, Delírio de Damasco Sergio Chejfec, Modo linterna 2. Uma vida a. Gilles Deleuze. Immanence. A Life b. A poesia contemporânea como confim. Edgardo Dobry, Cosas c. Diálogos e interferencias. Marília Garcia, Engano geográfico. 3. A exposição do ser em comum. Povos, comunidades a. O ser-em-comum: Jean-Luc Nancy, “Ser singular-plural”. b. Entre a série e o retrato: Claudia Andújar, Marcados. c. Relevamento de lugares, montagem de corpos. Gian Paolo Minelli, Zona Sur – Barrio Piedra Buena. Prof. Dr. Wilberth Salgueiro (UFES) TÍTULO: “SÓ AOS POUCOS É QUE O ESCURO É CLARO” – GRANDE SERTÃO: VEREDAS, CONSIDERAÇÕES EM TORNO DE UMA CONSTELAÇÃO EMENTA: Esse minicurso se propõe a realizar uma leitura de Grande sertão: veredas (1956), de Guimarães Rosa, com o apoio de textos críticos sobre o romance, a partir da análise de certos pares suplementares: deus e demo, senhor e leitor, fala e escrita, prosa e poesia, monólogo e diálogo, folhetim e romance, história e mito, sertão e cidade, sertão e veredas, saber e não-saber, mandar e obedecer, jagunço e letrado, sistema e fragmento, totalidade e ambiguidade, infinito e finitude, presente e passado, amor e amizade, ficção e vida. Haverá a leitura e o comentário de fragmentos do romance e de trechos críticos, a partir de uma metodologia sugerida por Theodor Adorno em “O ensaio como forma” (Notas de literatura I): “O ensaio incorpora o impulso antissistemático em seu próprio modo de proceder, introduzindo sem cerimônias e „imediatamente‟ os conceitos, tal como eles se apresentam. Estes só se tornam mais precisos por meio das relações que engendram entre si”. Da vasta fortuna crítica do romance, recomendam-se: As formas do falso [1970], Walnice Galvão; O recado do nome [1976], Ana Maria Machado; A cultura popular em Grande sertão: veredas [1984], Leonardo Arroyo; Em busca da terceira margem [1993], Eduardo Coutinho; Grandesertão.br: o romance de formação do Brasil [2004], Willi Bolle. Profa. Dra. Maria do Socorro Simões (UFPA) TÍTULO: MITO E IMAGINÁRIO AMAZÔNICOS EMENTA: Os relatos, que fazem parte do acervo do Projeto: “O imaginário nas formas narrativas orais populares da Amazônia paraense”, constituem uma amostra da multiplicidade do viver amazônico, envolvendo as emoções, os sonhos, os devaneios, as aspirações, ideais, realizações e frustrações, encantos e desencantos... enfim, toda vida e utopia de um homem dividido entre a floresta e as águas desta vasta planície. O minicurso propõe-se a fazer uma leitura acerca de alguns mitos amazônicos, a partir da visão de Leminski (1994), que considera o mito como a “palavra fundadora, a fábula matriz, a estrutura primordial, leitura analógica do mundo e da vida.