práticas de biologia celular aula 03 - Web Giz

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BIOLOGIA CELULAR
Profª.: Drd. Mariana de F. Gardingo Diniz
PRÁTICAS DE BIOLOGIA CELULAR
AULA 03
Matipó/MG
2014
www.univertix.com.br
BIOLOGIA CELULAR
Profª.: Drd. Mariana de F. Gardingo Diniz
Aula Prática - 04
Observação e Diferenciação das Células Eucariontes
Introdução
Há dois tipos de células eucarióticas: animaise vegetais. Apesar de terem três partes
bem diferenciadas e comuns a todas elas (a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo),
apresentam diferenças: existem estruturas exclusivas das células animais e outras exclusivas
da células vegetais.
Seja qual for o tipo de ser vivo que apresenta células como a dos animais, essas células
têm uma série de características que as distinguem das plantas. Por exemplo, são desprovidas
de parede celular e de cloroplastos, mas apresentam centríolos, estruturas ausentes nas
plantas mais complexas.
Em praticamente todas as células podemos distinguir três partes: a membrana
plasmática, o citoplasma e o núcleo. A membrana celular ou plasmática é uma estrutura que
delimita a célula e a separa do meio onde se encontra, mas não isola completamente a célula,
pois permite o intercâmbio de substâncias do interior ao exterior e vice-versa.
O citoplasma ocupa o espaço situado entre a membrana e o núcleo. Esse espaço está
preenchido de um fluido, o hialoplasma (ou citosol), no qual se encontram os orgânulos
celulares ou citoplasmáticos e o citoesqueleto (uma série de microfilamentos e microtúbulos
que dão forma à célula).
O núcleo é uma estrutura mais ou menos esférica que se encontra no interior da
célula, delimitado por uma estrutura membranosa (o envoltório nuclear). Assim como a
membrana celular, o envoltório nuclear permite o intercâmbio de determinadas substâncias
entre o núcleo e o citoplasma.
Cada uma das partes tem sua função. A célula é uma unidade biológica de
funcionamento: realiza as três funções vitais (nutrição, relação e reprodução). Caso uma célula
pertença a um ser pluricelular, ela pode ser especializada no desempenho de uma
determinada função.
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ESTRUTURA DE UMA CÉLULA ANIMAL:
1. Membrana celular. É formada por uma camada dupla de fosfolipídios, com colesterol e
proteínas. É uma capa dinâmica e flexível, na qual podem ser formadas vesículas para englobar
substâncias; essas vesículas podem se unir a outras no interior da célula. Substâncias podem
atravessar a membrana celular por simples difusão (como o gás oxigênio) ou mediante
transporte ativo, com consumo de energia.
2. Citosol. Fluido que ocupa o citoplasma; imersos nele encontram-se os orgânulos celulares.
3. Núcleo. Delimitado por um envoltório nuclear, no interior do núcleo há o nucléolo e os
filamentos de material genético.
4. Retículo endopiasmático. Conjunto de membranas que formam sáculos e tubos conectados
entre si com a membrana celular e o envoltório nuclear. Há dois tipos: o RE rugoso, que tem
ribossomos, e o RE liso, sem eles. Transporta, armazena e modifica proteínas e lipídios pela
célula.
5. Complexo golgiense. Conjunto de cinco a dez sáculos achatados. Realiza secreção celular.
6. Centríolos. Presentes em células animais e ausentes em plantas mais complexas, são
formados por tubos de proteínas; estão relacionados à organização do citoesqueleto e aos
movimentos (cílios e flagelos).
7. Vesículas. Estruturas membranosas pequenas que transportam substâncias, podem se unir
à membrana e eliminar seu conteúdo para fora da célula.
8. Ribossomos. Pequenos orgânulos cuja função é produzir proteínas. Na ilustração, aparecem
formando cadeias.
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9. Citoesqueleto. Filamentos proteicos que constituem uma rede, dão forma à célula e
participam do transporte de substâncias.
10. Mitocôndrias. Encarregadas de realizar respiração celular, um conjunto de reações
químicas mediante as quais a célula obtém energia.
Algumas células animais também possuem estruturas relacionadas com movimento (cílios ou
flagelos),
que
não
existem
em
plantas
mais
complexas.
A célula vegetal constitui o organismo das plantas. Células vegetais têm uma parede
celular que recobre sua superfície, proporcionando proteção e resistência. No citoplasma,
abrigam orgânulos exclusivos delas, oscloroplastos, responsáveis pela fotossíntese.
Estruturas únicas das células vegetais:
Parece celular: a parede das células vegetais é uma parte essencial delas, além de ser um
elemento diferenciador em relação às células animais. Tem funções de proteção e
sustentação. Embora seja formada por celulose, há casos em que se apresenta impregnada
com uma substância mais rígida, a lignina. Isso ocorre em muitas células componentes da
madeira do tronco das árvores. Em razão de sua presença na parede das células vegetais, a
celulose é, sem dúvida, o polissacarídio mais abundante na Terra.
Além da parede celular, as células vegetais caracterizam-se pela presença de orgânulos
chamados plastos (ou plastídios) e pela existência de grandes vacúolos.
Os plastos são característicos de células vegetais e das algas; podem ser de vários tipos e
realizam muitas funções. Os amiloplastos, por exemplo, são importantes, pois armazenam
amido como substância de reserva. Os plastos mais importantes, contudo, são os cloroplastos,
os orgânulos que realizam fotossíntese. Têm um pigmento verde, a clorofila, substância-chave
na captação de luz solar. A maioria das plantas é verde em razão da presença desse pigmento.
As células vegetais também se distinguem das animais pela presença de estruturas com forma
de bolsas, os vacúolos, que podem apresentar grande volume.
Os vacúolos armazenam substâncias (água, moléculas orgânicas, substâncias residuais). A
célula vegetal adulta tem a presença de um único vacúolo central e o núcleo deslocado para a
periferia.
As partes de uma célula vegetal:
De modo semelhante ao das células animais, nas células vegetais podem-se distinguir três
partes.
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A membrana é muito parecida com a das células animais e apresenta as mesmas funções,
ainda que esteja recoberta pela parede celular. A rigidez dessa cobertura complexa exige
mecanismos de união e comunicação entre as células vegetais que constituem um tecido.
O citoplasma contém diversos orgânulos e é preenchido pelo fluido chamado citosol.
No interior celular encontra-se o núcleo, que realiza exatamente as mesmas funções
desempenhadas pelo núcleo das células animais.
ESTRUTURA DE UMA CÉLULA VEGETAL:
1. Conjunto de membrana celular e parede celular. Na ilustração, aparecem também as
paredes das células vizinhas, assim como as estruturas que permitem a união das células e a
passagem de determinadas substâncias entre elas.
2. Citosol. Fluido que ocupa o citoplasma, similar ao das células animais. Em razão da
existência do grande vacúolo, o espaço ocupado pelo citosol é proporcionalmente menor em
determinadas células vegetais.
3. Vacúolo. É uma grande vesícula que armazena substâncias. Por exemplo, na epiderme da
laranja, o vacúolo acumula o óleo essencial responsável pelo odor característico do fruto. Em
outros casos, simplesmente armazena água. Nas células animais, encontram-se pequenas
vesículas, envolvidas com empacotamento de materiais, seu transporte e secreção.
4. Cloroplastos. São orgânulos com uma membrana que os separa do citoplasma e em cujo
interior há acúmulos de sáculos formados também por membranas; nesses sáculos encontra-
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se a clorofila. Os cloroplastos estão presentes em células de partes verdes das plantas - folhas
e caules jovens - e não são encontrados em outras regiões da planta. Em órgãos destinados a
armazenar reservas (como os tubérculos das batatas), os plastos presentes são chamados
amiloplastos, orgânulos especializados em acumular glicídios na forma de amido.
5. Complexo golgiense. Conjunto de cinco a dez sáculos achatados, com as mesmas funções
principais executadas nas células animais.
6. Mitocôndrias. Como ocorre em células animais, esses orgânulos encarregam-se da
respiração
celular.
A diferença é que, nas células vegetais, os glicídios que participam das reações da respiração
celular provêm do metabolismo autótrofo e não da matéria orgânica conseguida no ambiente.
7. Retículo endoplasmático. Com as mesmas funções que desempenha em células animais,
também se distinguem o retículo endoplasmático liso e o rugoso. No rugoso, aderidos às
membranas encontram-se ribossomos, cuja função é a síntese de proteínas.
8. Núcleo celular. De mesma estrutura e função que nas células animais. Em células vegetais,
não se encontra no centro celular, mas deslocado para a periferia, como conseqüência do
crescimento do vacúolo.
Objetivo
Diferenciar as estruturas que compõem célula animal e célula vegetal.
PRÁTICAS
Prática - Observação da mucosa bucal.
Raspar a mucosa bucal com o auxílio de uma espátula de madeira. Com o material colhido
fazer um esfregaço fino e transparente sobre uma lâmina seca. Deixar a lâmina secar
movimentando-a no ar. Corar o material com azul de metileno ou orceína acética durante 5
minutos. Cobrir com lamínula e observar ao microscópio com objetivas de 10x e 40x.
Esquematizar o material observado.
Prática - Observação da epiderme de pimentão (Capsicum annuum).
Faça um corte fino, pequeno e transparente na casca do pimentão. Deposite sobre a lâmina e
adicione uma gota de cloreto de zinco iodado. Cubra com lamínula (retirar excesso de corante
com papel filtro se necessário) e observe ao microscópio com objetivas de 10x - 40x e 100x. Na
objetiva de 40x fechar levemente o diafragma. Faça outro corte, corando-o com hidróxido de
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amônia. Aguarde alguns segundos, cubra com lamínula (retirar excesso de corante com papel
filtro se necessário) e observe ao microscópio como anteriormente. Esquematize as
observações.
Prática - Células da epiderme inferior de Setcreasea purpurea.
Retirar um pedaço da epiderme inferior da folha de Setcreasea e colocar em uma lâmina
contendo uma gota de água destilada. Cobrir com lamínula. Retirar o excesso de água se
necessário. Observar ao microscópio com objetivas de 10x - 40x e 100x. Retirar a lâmina do
microscópio e pingar uma gota de cloreto de zinco iodado ao lado da lamínula. Sem retirar a
lamínula e com o auxílio de papel filtro, faça o cloreto de zinco substituir a água debaixo da
lamínula. Aguarde alguns minutos e observe novamente ao microscópio.
Esquematize as observações.
Prática - Epiderme do catáfilo de Allium cepa (cebola)
Destacar um pedaço da epiderme do catáfilo da cebola e colocar em uma lâmina contendo
uma gota de cloreto de zinco iodado. Não deixar o catáfilo enrugado, esticando-o se
necessário. Cobrir com lamínula (retirar excesso de corante com papel filtro se necessário) e
observar ao microscópio com objetivas de 10x e 40x. Esquematize as observações.
Prática - Folha de Anacharis sp (Elódea)
Destacar um folíolo de Anacharis e colocar em uma lâmina contendo água. Cobrir com
lamínula e observar em objetiva de 10x e 40x. Esquematize as observações.
Prática - Células de levedo.
Tome uma porção de fermento de pão, dissolvendo-o em água morna. Junte açúcar, deixando
descansar por 15 a 20 minutos. Pingue uma gota da suspensão sobre uma lâmina, cubra com
lamínula e observe ao microscópio. Em seguida, fixe o material passando a lâmina sobre uma
chama. Corar 5 minutos com violeta genciana. Lavar rapidamente em água corrente, cobrir
com lamínula e observar ao microscópio com as objetivas de 10x e 40x. Esquematize as
observações.
Prática - Identificação de vários tipos de protistas.
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Com antecedência de 6 a 7 dias prepare as culturas A e B. Coloque alface picada em uma
frasco (A) e grama picada em outro (B). Acrescente a ambos alguns grãos de arroz cru e 100 ml
de água filtrada. Deixe os frascos em local arejado e iluminado, sem exposição direta ao sol.
Depois de alguns dias cobrir os frascos com papel filtro ou algodão. Coloque uma gota da
cultura (A ou B - colha a película que se forma na superfície ou o sedimento do fundo) em uma
lâmina, cubra com lamínula e observe ao microscópio com objetivas de 10x e 40x. Esquematize
as observações.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
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