Os Metais e a Sinfonia - Orquestra Metropolitana de Lisboa

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METROPOLITANA
Temporada |  Anos – Idade Maior
Direcção artística: Cesário Costa
Os Metais e a Sinfonia
Alfred Reed | Gunther Schuller | Jan Koetsier | Eric Ewazen
Brass Ensemble da Metropolitana
Reinaldo Guerreiro direcção musical
Sexta-Feira,  de Maio, h Museu do Oriente
Sábado,  de Maio, h Sala Elíptica do Convento de Mafra
Domingo,  de Maio, h Teatro López de Ayala (Festival Ibérico de Badajoz )
PROGRAMA
Brass Ensemble da Metropolitana
Reinaldo Guerreiro direcção musical
Alfred Reed (-)
– Sinfonia para Metais e Percussão n.º 
I. Maestoso - Allegro non troppo
II. Largo
III. Con moto
Gunther Schuller (n. )
– Sinfonia para Metais e Percussão, Op. 
I. Andante - Allegro - Andante
II. Vivace
III. Lento Desolato
IV. Quasi cadenza - Allegro
Intervalo
Jan Koetsier (-)
– Sinfonia para Metais, Op. 
I. Allegro
II. Larghetto
III. Rondo
Eric Ewazen (n. )
– Sinfonia para Metais
I. Andante - Allegro
II. Andante con moto
III. Allegro vivace
MAIS INFORMAÇÕES
www.metropolitana.pt
Telefone:   
Travessa da Galé  | - Lisboa
É proibido filmar, fotografar, gravar, fumar, comer ou beber dentro da sala de concerto.
Não é permitida a entrada na sala durante o concerto.
Não se esqueça de desligar o telemóvel ou outros aparelhos sonoros antes do início do concerto.
Notas ao programa por Rui Campos Leitão
Para um melómano mais desatento a música escrita para bandas
de sopros até pode parecer repertório «menor». Com efeito, a
sua dimensão simbólica fica muito aquém, por exemplo, do
incomensurável património que decorre das tradições seculares da
ópera e dos diferentes formatos orquestrais. Porém, os parâmetros
de avaliação estética e cultural são neste caso (tal como noutros)
muito relativos. Para além dos rituais de reconhecimento instituídos
nas mais prestigiadas salas de concerto, nas revistas da especialidade
e, sobretudo, no discurso público dominante que tende a globalizar
tendências, existem muitos outros critérios que compete a cada
um de nós determinar. O grau de comprazimento que cada
momento musical nos proporciona será seguramente um deles.
Assim, este programa desafia ideias feitas – preconceitos, portanto.
Confronta-nos com música originalmente escrita para os chamados
metais – as trompetes, os trombones, as trompas, etc. –, mas num
formato que não estamos habituados a associar a agrupamentos
exclusivamente compostos por instrumentos de sopro. Afinal, a
Sinfonia tem sido o principal «veículo» da música orquestral nos
últimos dois séculos e meio, sendo num contexto dominado pelas
cordas que mais depressa lhe identificamos o nome. Surpreendenos, todavia, a riqueza dos efeitos musicais e a clareza do discurso
que se consegue obter com este dispositivo instrumental. Stravinski
já havia inaugurado esse propósito em , com a sua Sinfonia para
Instrumentos de Sopro, em memória de Debussy. Tratava-se, ainda
assim, de um peça com um só andamento e apenas dez minutos de
duração. Já as quatro sinfonias que se escutam neste programa são
bem mais fiéis ao modelo instituído. Alternam andamentos lentos
com outros rápidos, manifestando uma coerência temática bastante
vincada, correspondendo inteiramente à designação de que se
apropriam.
Destaca-se igualmente neste programa o facto de se apresentarem
quatro compositores praticamente desconhecidos do grande
público, dois dos quais recentemente desaparecidos. São,
porém, nomes recorrentes no repertório de referência para estes
instrumentos. Alfred Reed foi um compositor norte-americano que
assinou cerca de duzentas obras para orquestra, agrupamentos de
música de câmara, coro, e, naturalmente, bandas de sopros. Foi,
para além disso, um maestro de craveira internacional, formado na
Juilliard School, em Nova Iorque. Nesta mesma prestigiada escola
formou-se Eric Ewazen, um dos mais importantes compositores
do panorama musical americano na actualidade. Depois,
Gunther Schuller, um trompista que integrou orquestras como
a Metropolitana Opera, mas que em muitos momentos da sua
carreira mergulhou no universo do Jazz. Por último, Jan Koetsier,
compositor holandês que desenvolveu grande parte da sua carreira
na Alemanha, na cidade de Munique. A fundação com o seu nome,
e que estabeleceu ainda em tempo de vida, está sediada na Escola
Superior de Música e Arte Dramática desta cidade, tendo como
desígnio apoiar os estudos de jovens trompetistas, trompistas,
trombonistas e tubistas, para além de promover a música de câmara
para estes instrumentos.
É tarefa impossível num simples parágrafo fazer uma apresentação
condigna com a importância destas personalidades. Felizmente,
podemos aqui escutar a sua música. A sinfonia de Reed foi escrita
em  e explora todas as possibilidades de conjugação entre
os sopros e a percussão. É música que remete para um universo
cinematográfico, dispondo sucessivos efeitos dramáticos que
reconhecemos das telas de cinema. Já na obra escrita por Schuller
em , ouve-se uma demonstração da complexidade de escrita
que este tipo de agrupamentos proporciona. Reflecte em cada
momento o uso ostensivo das técnicas de composição que se
estabeleceram ao longo dos séculos e que constituem hoje o corpus
de formação dos compositores e maestros nos conservatórios
de todo o mundo. Na música de Koetsier vagueia-se entre climas
festivos e passagens onde prevalece a expressão de pendor lírico.
Trata-se de uma partitura que coloca à prova o virtuosismo dos
intérpretes. Por último, a sinfonia de Ewasen. Apresenta-se aí
uma grande dinâmica rítmica e melódica, no caso ao serviço do
desenvolvimento das ideias musicais e da construção das mais
variadas ambiências sonoras. É hoje uma obra incontornável no
repertório deste tipo de agrupamentos. No seu todo, estas quatro
sinfonias testemunham um acentuado compromisso com a herança
da música ocidental dos últimos três séculos. Mas demonstram
também uma enorme vitalidade, conforme à renovação dos cânones
instituídos pela tradição, aqui por intermédio de uma banda de
sopros... de grande fôlego.
© André Nacho
Reinaldo Guerreiro direcção musical
Nasceu em  e iniciou os seus estudos musicais aos oito anos
na Sociedade Filarmónica Operária Amorense sob a orientação
do Prof. Manuel Barros Seabra, tendo estudado mais tarde com o
Maestro António Gonçalves.
Em  obteve o .º Prémio ex-æquo no .º Concurso Jovens Músicos
dos concelhos do Seixal e de Almada. Aos dezoito anos ingressou na
Banda do Exército onde permaneceu  anos, exercendo as funções
de Trombone Solo e de professor nos diversos cursos aí ministrados
(em diversas disciplinas: Trombone, Música de Câmara, História da
Música, Transcrições, Análise e Técnicas de Composição e Acústica e
Organologia desde o Curso de Formação de Sargentos até ao Curso
de Promoção a Sargento-Chefe).
Após ter estudado com os professores Emidio Coutinho e
Hermenegildo Campos, concluiu em  o .º grau de Trombone na
Escola de Música do Conservatório Nacional, com a média final de
dezassete valores.
No ano  concluiu o Curso Superior de Instrumentista de
Orquestra da Academia Superior de Orquestra, que lhe confere o
grau de licenciatura com a classificação final de dezassete valores, na
classe do professor Stéphane Guiheux.
Frequentou masterclasses com os trombonistas Jon Petterson ();
Ivan Meylemans, Jorgen Van Rijen e Raymond Munnecon (Trombone
trio da Orquestra do Royal Concertgebouw de Amesterdão, );
Stefan Legée e Gilles Lallemant, membros dos «Sacqueboutiers
de Toulouse»; Gilles Millière (professor do Conservatório Superior
de Paris, ); David Taylor (trombone baixo, ), Joseph Alessi
(Trombonista solo da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque, );
Scott Hartman (professor das Universidades de Boston e Yale, ) e
Enrique Crespo (German Brass, ).
Na sua actividade, já colaborou com as orquestras Gulbenkian,
Sinfónica Juvenil, Metropolitana de Lisboa, Académica Metropolitana.
Tocou como solista na Orquestra de Sopros de Sintra, Orquestra
Académica Metropolitana e Banda do Exército.
Já orientou masterclasses de trombone durante o .º Curso
Internacional de Técnica e Aperfeiçoamento Instrumental realizado
pela Artave; na Escola Profissional de música de Mirandela e em todas
as Bandas do Exército. Ainda como docente, exerceu actividade no
Conservatório Regional de Setúbal entre  e .
Durante o período entre  e  foi primeiro trombone da
Orquestra Metropolitana de Lisboa, tendo neste contexto aparecido
frequentemente em recitais a solo e música de câmara nas mais
variadas salas de Lisboa.
Desde o ano de  desempenha as funções de Professor da classe
de trombone (incluindo repertório e excertos de orquestra e música
de câmara) da Academia Superior de Orquestra da Metropolitana.
Actualmente acumula as funções de docente da Escola Profissional
Metropolitana
Em  participou, em colaboração com a RTP , na série intitulada
«Sons da Música», nomeadamente no episódio dedicado ao
trombone, no qual aparece a solo com piano e também em quarteto
com a classe de trombone da Academia Superior de Orquestra.
Em  concluiu a Licenciatura em Direcção de Orquestra, na classe
do maestro Jean Marc Burfin, com média final de dezassete valores.
Durante  anos dirigiu a Banda da Sociedade Recreativa Musical
Trafariense, desde Janeiro de , com a qual já fez aparições na rádio
e televisão; tendo editado um disco intitulado Jazz, Latino & Rock.
Actualmente, dirige o Brass Ensemble da Metropolitana, a Orquestra
de Sopros da Escola Profissional Metropolitana, a Orquestra de
Câmara de Sintra e a Banda da Sociedade Filarmónica União
Arrentelense.
Em  foi agraciado pela Câmara Municipal de Almada com a
Medalha de Ouro de Mérito Cultural.
© André Nacho
Brass Ensemble da Metropolitana
A mais recente formação musical da Metropolitana é também um
exemplo do invulgar elo que se estabelece entre a prática musical e o
ensino de música neste projecto. O Brass Ensemble da Metropolitana
consiste num agrupamento de metais formado por alunos e
professores das três escolas (Academia Superior de Orquestra,
Conservatório e Escola Profissional Metropolitana), membros da
Orquestra Metropolitana de Lisboa e ex-alunos dos naipes de metais
e percussão.
Sob a direcção do trombonista e maestro Reinaldo Guerreiro
(licenciado em Direcção de Orquestra pela Academia Superior de
Orquestra), o agrupamento assume uma dimensão sinfónica e está
vocacionado para o grande repertório das bandas de sopros. Assim,
veio preencher um vazio existente no panorama musical nacional.
A sua estreia aconteceu no Festival Música nas Praças, ocorrido no dia
 de Outubro de , em espaços públicos da Baixa lisboeta. Para
além do elevado nível técnico e artístico em que assenta o projecto,
realça-se o entusiasmo dos seus músicos e a grande empatia que
estabelece com o público em cada apresentação.
BRASS
ENSEMBLE DA
METROPOLITANA
TROMPAS
Rodrigo Carreira *
José Abreu **
Gonçalo Pedrosa **
Pedro Pereira *
Thomas Gomes
Nuno Vaz *
METROPOLITANA
DIRECÇÃO
Cesário Costa (Presidente)
Fátima Angélico (Vogal)
Paulo Pacheco (Vogal)
PRODUÇÃO
TROMPETES
Ricardo Carvalho*
Milagros Castro
Óscar Carmo *
Filipe Coelho*
Sérgio Charrinho *
Rui Mirra *
TROMBONES
Pedro Santos
Vítor Ferreira
José Cardoso *
Tiago Noites *
João Pires (Coordenador)
João Barradas (Secretário de Orquestra)
Carina Bravo (Brass Ensemble)
Artur Raimundo (Chefe de Palco)
TÉCNICOS DE PALCO
Alberto Correia
Amadeu Mineiro
José Garcia
Luís Alves
EUFÓNIOS
Rui Nascimento
Pedro Cordeiro ***
TUBA
Adélio Carneiro *
João Costa
TÍMPANOS
Sandro Andrade
PERCUSSÃO
José Carlos Almeida
Miguel Herrera
Tiago Loureiro ***
Joana Costa
*Convidado
**Conservatório de Música da Metropolitana
***Escola Profissional Metropolitana
PRÓXIMOS CONCERTOS METROPOLITANA
Sábado,  de Maio, h, Sede da Metropolitana
CONCERTO DE FINAL DE ANO LECTIVO DO
CONSERVATÓRIO METROPOLITANO DE MÚSICA DE LISBOA
E DA ESCOLA PROFISSIONAL METROPOLITANA
Sábado,  de Maio e Quarta-feira,  de Junho, h
Domingo,  de Maio e Quinta-Feira,  de Junho, h
Grande Auditório do CCB
A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA
Olga Roriz direcção/coreografia
Cesário Costa direcção musical
OrchestrUtopica
Companhia Olga Roriz
Orquestra Sinfónica Metropolitana
Luís Tinoco - Before Spring (estreia absoluta)
Igor Stravinski - A Sagração da Primavera
Co-produção: CCB | Companhia Olga Roriz | OrchestrUtopica | Metropolitana
Quinta-Feira,  de Junho, h
Grande Auditório do Centro Cultural de Belém
METROPOLITANA 18 ANOS | IDADE MAIOR
Concerto Comemorativo do .º Aniversário da Metropolitana
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Orquestra Metropolitana de Lisboa, Professores, Alunos e Ex-Alunos da Metropolitana
Joana Carneiro direcção musical
METROPOLITANA
FUNDADORES
PATROCINADOR
Turim Hotéis
Câmara Municipal de Lisboa
PROMOTORES REGIONAIS
Câmara Municipal de Azambuja
Câmara Municipal do Bombarral
Câmara Municipal de Caldas da Rainha
Câmara Municipal de Cartaxo
Câmara Municipal de Lourinhã
Câmara Municipal de Mafra
Câmara Municipal de Montijo
Câmara Municipal de Sesimbra
Ministério da Cultura
Ministério da Educação
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – INATEL
Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto
Secretaria de Estado do Turismo
Secretaria de Estado da Segurança Social
MECENAS EXTRAORDINÁRIO
Caixa Geral de Depósitos
PARCERIAS
Centro Cultural de Belém
São Luiz Teatro Municipal
EGEAC
El Corte Inglés
Universidade Nova de Lisboa
Universidade Lusíada
Casa Pia de Lisboa
Fundação Oriente
Instituto dos Museus e da Conservação
Festival Música Viva
Cultivarte | Encontro Internacional de Clarinete de Lisboa
Embaixada do Brasil em Lisboa
Casa da América Latina
Rui Pena, Arnaut & Associados - Sociedade de Advogados, RL
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