Conteúdo sobre Geografia do Piauí

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COLÉGIO PRO CAMPUS - “A PAZ ESTÁ NA BOA EDUCAÇÃO” - GEOGRAFIA DO PIAUÍ
GEOGRAFIA DO PIAUÍ
PIAUÍ - HIDROGRAFIA
Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba
O Estado do Piauí abrange que totalmente a bacia do Parnaíba, cuja área de
ocupação superficial é 380.000 km2, ficando uma pequena faixa para o
Maranhão e Ceará. Possui o Piauí 72,7% da bacia do grande rio, compreendendo todos os rios (afluentes) da margem direita, que correm do sul, sudeste e leste para o norte piauiense, limitando-se com faixa mais larga ao
sul pela chapada das Mangabeiras e estreitando para o norte, indo desembocar no Oceano Atlântico.
Apresenta a bacia do Parnaíba 1.485 km, que separa o Piauí do Maranhão
até desaguar no Oceano Atlântico, ao longo desta drenagem o rio Parnaíba
(o principal) com seus afluentes da margem direita correspondem a 99,33%
da área do Estado.
O rio Parnaíba nasce na chapada das mangabeiras como o nome de riacho
Olho D’agua Quente, a 709m de altitude, com a fusão dos riachos: Corriola,
Boi Pintado, Surubim, etc.. Na realidade o Rio Parnaíba passa receber “esse”
nome quando deságua no seu leito rio Parnaibinha e principalmente o rio
Uruçui Vermelho. Ao longo do seu curso antes de desemborcar no Oceano
Atlântico em forma de um belíssimo Delta, drena vinte e seis municípios
piauienses, dos quais 16 têm as sedes municipais em suas margens.
municípios piauienses banhados pelo Rio Parnaíba:
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Baixo Parna ba
MØdio Parna ba
Alto Parna ba
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- Barreiras do Piauí
- Gilbués
- Santa Filomena
- Ribeiro Gonçalves
- Uruçui
- Antônio Almeida
- Porto Alegre do Piauí
- Guadalupe
Pela Riacho Olho D’agua Quente
- Jerumenha
- Floriano
- Amarante
- Palmeirais
- Teresina
- União
- Miguel Alves
- Porto
- Campo Largo do Piauí
- Matias Olimpio
- Madeira
- Joca Marques
- Luzilândia
- Joaquim Pires
- Murici dos Portelas
- Buriti dos Lopes e Ilha Grande (na região do Delta)
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A bacia de velho monge (rio Parnaíba) apresenta regimes hidrológicos desigual ao longo do seu curso: nos curso superior, região que recebe afluentes
perenes, as vazões máximas e mínimas, pouco se afastam da média anual,
ao contrário dos médio e inferior (baixo rio), apresentando-se estas vazões
distantes muito da média anual, decorrente das variações climáticas de semiáridas, que acentuam o regime irregular (semi-perene ou temporário). dos
grandes afluentes da margem direita, onde se encontram as maiores
ocilações entre as máximas e mínimas.
O alto curso, que abrange 23,3% da bacia, detém 80% da vazão total da
mesma, sendo os maiores contribuidores, os rios Balsas, pelo lado do
Maranhão e o Gurguéia (no Piauí)
Incluídos as nascentes, mede esta seção 784 km. Caracterizada pela abundância de brejos, ribeirões, corredeiras, cachoeiras e rios, que nela
desemborcam.
Destacamos nessa região a cachoeira da Apertada Hora (ponto extremo
Oeste-PI) e Banco de Areia (com a barragem de Boa Esperança) onde se
encontra a Usina Hidroeletrica de Castelo Branco - Guadalupe.
Alguns municípios que se situam às margem do rio, neste trecho, são:
1. Barreiras do Piauí, das nascentes até um ponto a juzante da barra do
sucuruiu na extensão de 76 km)
2. Gilbués (até a foz do Uruçui Vermelho 31 km);
3. Santa Filomena (.... até a foz c/ Riozinho - 183 km; município com maior
extensão banhado pelo Rio Parnaíba);
4. Ribeiro Gonçalves (do riozinho até um ponto entre o São Miguel e o volta
- 177km);
5. Uruçui (... até a Barra das Cataporas 122km);
6. Antonio Almeida (até a barra do Pindoba - 71 km)
7. Porto Alegre do Piauí (da Barra do Pindoba a um ponto desconhecido);
8. Guadalupe (... até a Barragem da Boa Esperança);
9. Jerumenha (da Barragem à Foz do Gurguéia c/ 181 km)
Obs: * Ficam às margens do rio as cidades piauienses de Santa Filomena,
Ribeiro Gonçalves e Uruçui, Antônio Almeida, Porto Alegre do Piauí e
Guadalupe se localizam às margens do lago artificial da Barragem de Boa
Esperança - U.H. de Castelo Branco). As outras Barreiras do Piauí, Gilbués
e Jerumenha são interioranas.
* O Alto Parnaíba corre, geologicamente, primeiro sobre a formação sambaíba,
até pouco acima da foz do Uruçui Vermelho; daí vai sobre a Pedra de Fogo
até a falha de Curimatá, junto à Foz do Riozinho, onde passa a correr sobre
a formação Piauí; volta à Pedra de Fogo, pouco acima da cidade de Uruçui,
indo até a barragem da Boa Esperança; daí sai novamente sobre a Piauí até
a foz do gurguéia.
Afluentes da margem Esquerda (MA): Pedra Funda, Balsas e Curimatá
No médio curso (48,5% da bacia) o percentual da vazão total cai para 9,6%
(o menor de toda a bacia), sendo o rio Piauí, o de menor contribuição unitária.
A foz do Gurguéia, que marca o início do que convencionamos chamar de
Médio Parnaíba; fica na fronteira dos municípios de Jerumenha e Floriano.
Ao receber o Gurguéia, o Parnaíba tem largura média aumentada para 200
m, ampliando-se até 350m, na foz do Poti. Há lugares, entretanto, onde esta
largura é ultrapassada, como em Teresina, onde alcança 374m é ai na Capital, cortado por duas pontes (e um terceira em construção “Da Amizade):
uma cerca de concreto armado, com 650 m de vão, que serve à rodovia BR
- 316 e outra, de ferro para uso da ferrovia São Luiz - Teresina, com altitude
de 66m e que tem o nome de João Luiz Ferreira. A de concreto armado
recebeu o nome de Antonio Alves Noronha.
Essa região distingue do curso superior por duas razões:
. Não recebe mais nenhum afluente maranhense de importância e as cacho-
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eiras são menos frequentes. É a parte mais seca do rio e em compensação,
a mais povoada e apresenta uma extensão de aproximadamente 290 Km
Afluentes da margem direita (Piauí):
. Itaueira
. Canindé
. Mulato
. Poti
São os seguintes municípios que ficam às suas margens:
1.Floriano (da Barra do Gurguéia à foz do Picos, com 54 km de extensão)
2.Amarante (da foz do Picos a um ponto pouco abaixo da foz do Riachão,
com 74Km)
3. Palmeirais (do Coroatá à Foz do Poti com 67 km)
As quatro sedes municipais, incluida a capital do Estado, se localizam às
magens do rio.
O médio Parnaíba tem seu leito sobre a formação Piauí do início até a foz do
Itaueira; aí volta a formação Pedra de Fogo, que cobre até pouco acima de
Amarante, nesta cidade corre sobre basalto (falha de São Francisco) e passa à formação Piauí até 30 km a vazante de amarante (falha do Descanço):
passa, novamente, a correr sobre a Pedra de Fogo até a foz do Poti.
O baixo curso abrange 28,2% da bacia do Parnaíba, registra 10,14% da
vazão total da mesma, aparecendo o rio Longá com a maior contribuição
unitária. Nesse trecho predominam coroas, praias fluviais e seu leito é bastante largo, desaparecem as cachoeiras e mais ou menos a extensão chega
411km.
Após os riachos Buriti(Ma) e Pirangi(Pi) inicia a formação do delta distas do
oceano atlântico aproximadamente 17 km.
Os municípios piauienses que se encontram as margens do rio baixo curso
parnaibano, em direção a Foz são:
- Teresina
- União
- Miguel Alves (menor leito com o parnaíba)
- Porto
- Matias Olímpio
- Madeiro
- Luzilândia
- Joaquim Pires
- Murici dos Portelas
- Buriti dos Lopes
- Parnaíba
- Ilha Grande (no Delta)
Municípios com suas sedes distintas do leito do rio Parnaíba: Matias Olímpio,
Joaquim Pires e Buriti dos Lopes, Murici dos Portelas, Largo do Piauí.
Neste (baixo) encontramos os rios Poti e Pirangi provenientes do Ceará com
suas águas e se desemborca no bar
O curso inferior do Parnaíba corre sobre a formação geológica Piauí até
acima de Miguel Alves e pra frente passa a correr sobre o terreno quaternário
de aluviões até sua foz (Delta)
O rio Parnaíba é o segundo maior do nordeste perdendo para o São Francisco, e o principal do nordeste ocidental, Meio Norte (Ma/Pi), pode ser considerado de planície em maior parte do seu leito
O regime dos rios piauienses sofre influência do clima, isto é, das chuvas
(pluvial) como também do homem (antrópica) este através do desmatamento
das cabiceiras e margens proporcionando graves problemas, como
assoreamento, inundações, redução do nível de suas águas, etc... A
pluviosidade oferece ao rio Parnaíba e seus afluentes cheias de verão-outo-
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no (janeiro a maio) e vazantes de inverno-primavera (julho a setembro).
Nos períodos de cheias, o Velho Monge(parnaíba) vence suas margens, fertilizando solo de várzea para as mais diversas culturas, esse fenômeno se
estende pelos afluentes como Gurguéia, Canindé e outras.
Atualmente a maior importância econômica do rio Parnaíba encontra-se, na
barragem de Boa Esperança com sua “Usina Hidroelétrica “Castelo Branco”
gerando 216.000 quilowatts, que localiza maior parte, nos municípios de
Guadalupe - Pi e Nova Iorque (Ma), além Uruçui, Antônio Almeida-Pi e Benedito Leite-Ma, Cachoeira foi construída precisamente na região denominada
Banco de Areia. A área coberta com lençol d’água é de 384 km2, com um
volume aproximado de 5.000.000.000 m3
A navegação do Rio Parnaíba já desempenhou papel muito mais importante
que a atual, principalmente com o sistema de colonização e povoamento,
para o Piauí, Maranhão, Bahia e Pernambuco, podemos ainda ver algumas
barcas navegando a montante da barragem, uma vez que esse processo
deu-se as margens dos nossos principais rios.
De Boa Esperança, em detrimento ao mal sistema rodoviário da região sul
do Estado. A navegação é mais usada para a Travessia de pessoas, principalmente entre as cidades: Santa Filomena(Pi) e Alto Alegre(Ma), Floriano(Pi)
e Barão de Grajaú(Ma), Amarante(Pi) e São Francisco do Maranhão e
Teresina(Pi) e Timon(Ma).
A atividade da pesca do rio Parnaíba é mal explorada, sendo geralmente
desorganizada e de subsistência.
Os rios piauienses que não formam a bacia parnaibana: São Miguel,
Camurupim, Ubatuba ( ou São João da Barra), que são os litorâneos em
geral e exorréicos, ou melhor, desemborcam diretamente no Oceano Atlântico.
O Delta e o Litoral do Piauí
A pequena faixa litorânea do Estado do Piauí com cerca de 66Km, situa-se
entre o Rio Ubatuba na divisa com o Estado do Ceará e o Rio Parnaíba, na
divisa com o Estado do Maranhão. Merece destaque especial o Delta do
Parnaíba, com área total de 2.700 m2. O rio Parnaíba nasce na serra das
Mangabeiras e atinge 1.486 Km de extensão até a Barra de Tutóia, onde
bifurca-se em vários braços a noroeste da ilha de Tucuns da Mariquita, dando origem a uma das mais perfeitas formações deltaicas da costa brasileira.
O delta é um magnífico ecossistema aquático (hoje ecoturismo) com labirintos de rios e igarapés, florestas de restingas e mangues, cerca de 73 ilhas,
praias desertas e dunas com 40m de altura, abriga e protege espécies de
nossa fauna e flora ameaçados de extinção.
A atividade da região estão ligada e influenciadas por cinco municípios:
Parnaíba-Pi, Luiz Correia-Pi e Ilha Grande-Pi além de Tutóia-Ma e AraiozesMa. As principais atividades econômicas desenvolvidas na região são a pesca, carcinocultura (criação de camarão), a agricultura extensiva, a extração
de sal marinho. A pesca contribui com mais de 30% da arrecadação dos
municípios e sustenta uma mão-de-obra informal de mais de 4.000 famílias;
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destaca-se a coleta de caranguejo - uça que nos últimos anos contribuiu
com 40% do total do pescado produzido na região. O turismo vem sendo
incentivado pelos governos do Piauí e Maranhão, podendo vir a ocupar o
primeiro lugar em arrecadação no futuro para região.
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A maior cidade é Parnaíba, que funciona como centro receptor e difusor do
desenvolvimento da região. Possui uma infraestura urbana com hospitais,
escolas, campus da UFPI e UESPI, comércio, indústrias e uma boa rede
hoteleira. As outras cidades dependem a infraestrutura já implantada em
Parnaíba.
O Delta funciona como estuário, área de reprodução de diversas espécies
como o caranguejo-uça (ucilas cordatus), o Guiamus (cardiosoma guanhami),
o siri (callinectes sapidus), o camarão rosado (penaeus brasilienses), Camarão Branco (Penaenssehimit); além de espécies de peixes, répteis e aves
que se utilizam do Delta na fase reprodutora e como refúgio.
O rio Longá entra como o principal contribuinte a formação do Delta, logo em
seguida aparece o canal de São josé, cortando a ilha Grande de Santa
Isabel e encurtando a distância entre as cidades vizinhas. Os principais
braços do delta após a bifurgação do rio Parnaíba em Santa Rosa e Igaraçu,
são:
Braços Maranhenses:
* Santa Rosa
* Santa Rita
* Gado Bravo
* Guará
* Guirido
* Maria Eugrácia (ou Boca da Velha)
* Montible
* Malhada
* Carrapato
* Caju
Braços Piauienses:
* Igaraçu
* Trindade
* Morros
* São José
Obs: A barra (ou braço) das Canárias separa os Estados do Maranhão e Piauí,
completando assim o Delta. Com suas Ilhas adjacentes. É bom lembrar que
alguns riachos se desemborcam nesta região, onde se destacam manga,
cajazeiras, Barro Duro, Bom Gosto e Comum do lado no Santa Rosa (MA) e
Portinho e outras menores no braço do Igaraçu.
Cinco cidades ficam no delta: duas maranhenses (Araiozes e Tutóia) e três
piauienses (Parnaíba, Ilha Grande e Luís Correia)
ILHAS MARANHENSES DO DELTA
ILHAS PIAUIENSES (ENTRE AS BARRAS DAS CANÁRIAS E DO IGARAÇU):
* Na Barra das Canárias: Trindade, Batatas, Goiabeiras, Morros, Camarço e
Santo Estevão.
* Na Barra do Igaraçu: Palha, Cágado, Ferreira, Chafariz, Bom Jesus, Costa,
São Roque e Meio.
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OS AFLUENTES DO PARNAÍBA
O Parnaíba funciona como coletor central da bacia sedimentar e tectônica
do Meio-Norte, localizado sobre o Planalto do Maranhão - Piauí. O próprio Itapicuru
(rio maranhense) parece ter sido afluente do Parnaíba, como procura indicar o
cotovelo que ele forma junto à cidade de Caxias.
Alguns destes afluentes são importantes, quer historicamente, geográfica
ou economicamente. Citaremos aqui os importantes:
1. Uruçuí Vermelho, nasce na chapada das Mangabeiras próximo ao município
de Santa Filomena. As sedes dos municípios de Gilbués e Santa Filomen a
estão em seu Vale. É responsável pela cor barrenta do Velho Monge.
2. Taguará, nasce nas quebradas da Serra do Riachuelo (Sa das Guaribas), em
Santa Filomena.
3. Riozinho, nasce a norte da Serra do Riachuelo.
4. Volta, nasce na Serra Grande, na ladeira do Barro, no município de Ribeiro
Gonçalves.
5. Uruçuí Preto, nasce na fronteira de Santa Filomena com Gilbués entre as
serras do Riachuelo, Caracol das Guaribas, seu curso, de foz às nascentes,
serve de limites ao Polígono das Secas. Banha os municípios de Santa
Filomena, Gilbués, Bom Jesus, Ribeiro Gonçalves, Uruçuí e outros.
6. Cataporas, nasce na Serra Vermelha e se lança no Parnaíba, é perene e tem
regular volume d’água, tem o nome de São Francisco, de seus nascentes até
o encontro com o Tamboril. Tem como seus principais afluentes Tamboril e o
Sangue onde é muito densa a população rural em seus vales.
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7. Prata, nasce no município de Uruçuí, nas ramificações da Serra Vermelha,
com o nome de Irapurá. Na sua foz forma-se uma cachoeira dando origem a
inúmeras lagoas das quais se destacam: a da Caiçara e a Velha e a do Piripiri.
O rio passa pelos municípios de Uruçuí, Bertolínia, Antônio Almeida, Landri
Sales, Marcos Parente, Guadalupe e Jerumenha, onde desemboca, acima do
povoado Veados, próximo da foz do Gurguéia.
8. Gurguéia, nasce com o nome de Brejão, numa das vertentes norte da chapada
das mangabeiras, que tem o nome de Galhão.
É um rio muito extenso que banha 21 municípios piauienses dos quais quatro
tem sede em suas margens e orge em seu vale, sendo em sua margem,
Redenção, Bom Jesus, Cristino Castro e Jerumenha; em seu vale Corrente,
Gilbués, Parnaguá, Cristalândia, Curimatá, Avelino Lopes, Monte Alegre, Elizeu
Martins, Palmeira, Manoel Emídio, Bertolínia, Floriano, Itaueira, Canto do
Buriti, Caracol, Rio Grande e Santa Luz. É o maior afluente do Parnaíba pela
margem direita, tem um curso repleto de curvas o que não impede a direção
geral que é sempre de sul a norte. A maior parte de suas terras se situa na
formação Poti. Vários poços artesianos jorram junto ou próximo às suas margens.
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ALGUNS AFLUENTES DO GURGUÉIA:
MARGEM DIREITA:
* Parim
* Cajasinhas
* Santana
* Corrente, etc.
MARGEM ESQUERDA:
* Contrato
* Matões
* Anajá
* Flores, etc.
* Paraim, afluente do Gurguéia, nasce no município de Corrente e possui
seu curso de grande atenção com águas negras, em contraste com as do
Gurguéia, que são barrentas e assim continuam depois da junção dos dois.
Esse rio corta a maior lagoa do Piauí: “Parnaguá”, formando transposição das
águas.
9. Itaueira, nasce na lagoa de Pavaçu no município de Rio Grande com direção
Sul-Norte.
10.Canidé, nasce na serra dos Dois Irmãos, no município de Paulistana. Destacam-se dois riachinhos que podem ser considerados os formadores do rio, o
Ingá e o Chapéu. Sua Bacia é a maior das dos afluentes do Parnaíba; formando um leque cujo o vértice fica na cidade de Amarante e cujo o arco começa
em Caracol e termina em Pio IX. Seu vale é muito habitado, até desembocar
junto à cidade de Amarante, que lhe fica à juzante, no Parnaíba.
Foi no vale do Canidé que se instalaram as primeiras povoações do estado e
onde o Piauí teve sua primeira capital Oeiras.
ALGUNS AFLUENTES DO CANIDÉ:
MARGEM DIREITA:
* Itaim (rio)
* Jacaré
* Talhado
* Parnaíba, etc.
MARGEM ESQUERDA:
* Piauí (rio)
* Salinas
* Mocha
* Areia, etc.
Destes destacam-se o Piauí e o Itaim.
* Piauí, nasce na serra das Confusões no município de Caracol. Seu curso toma
a direção leste e, lançado entre as serras que fazem fronteira com a Bahia e a de
Bom Jesus do Gurguéia, banha as cidades de São Raimundo Nonato, São João
do Piauí, São José do Peixe, São Francisco e Nazaré. O Piauí é o mais importante para a região.
AFLUENTES DO PIAUÍ:
MARGEM DIREITA:
* Fidalgo
* Lages
* Canário
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* Canarinho, etc.
MARGEM ESQUERDA:
* Trempes
* Cachoeira
* Gameleira
Nova Olinda, etc.
* Itaim, nasce no município de Paulistana junto à fronteira da Bahia, em
um prolongamento da serra dos dois Irmãos.
AFLUENTES DO ITAIM:
MARGEM DIREITA * Salgadinho
* Pagéu
* Lavoldino, etc
MARGEM ESQUERDA
* Itainzinho
* Serra
* Jardim
11. Mulato, nasce a duas léguas acima da cidade de Regeneração com o nome
de Cocos. O Mulato corre por três municípios, Angical, Regeneração e Amarante,
que fica a montante de sua foz. As terras que corta são férteis e cheias de
grandes rentabilidade, principalmente em Regeneração.
12. Poti, nasce na serra de Joaninha, no Ceará formado por dois riachos, fundo e
Cipó, ele penetra no Piauí pelo município de Castelo.
Ao penetrar no Piauí, depois de atravessar a zona litigiosa, em 11 km, forma um
verdadeiro “canion” de 300m de altura, que vai do povoado Oiticica até a foz do
cais. Recebe inúmeros afluentes:
No Ceará: Margem Esquerda
- Maratona
- Santo André
- São Francisco, etc.
Margem Direita
- Aroeira
- Independência
- Pinheiro, etc.
No Piauí Margem Esquerda
- Sambito
- Berlengas
- Prata
Margem Direita
- Curralinho
- Capivara
- Canudos
Ficam na bacia do poti, cinco municípios cearenses: Crateús, Novo oriente, Independência, Tamboril e Nova Russas. Também muitos municípios
piauienses:Buriti dos Montes, Pedro II, Alto Longá, Valença, São João da Serra,
Barro Duro. Monsenhor Gil, Regeneração, Varzea Grande, Prata, Aroazes,
Beneditinos, Demerval Lobão, Agua Branca, Hugo Napoleão, Teresina e outros.
O poti corta na sua parte média, na época das secas, sendo por isto, inavegável.
Junto a Teresina não corta, mas neste mesmo período, dá passagem para pedestres.
O poti, pelo seu boqueirão, serviu de ingresso as hostes de Domingos
Jorge Velho, em 1671. Era chamado de lamarões (Poti em tupi), Potingi ou Itaimapu; as suas margens se encontraram Jorge Velho e Afonso Mafrense e daí
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partiu o primeiro para os Palmares. Despeja suas águas no Parnaíba, junto à
cidade de Teresina, a 9 km do centro, no bairro Poti Velho.
* Sambito, nasce na Serra das Almas a 550 m de altura, no município de
Pimenteiras. Não é perene, embora suas margens sejam férteis. Do vale do
sambito sairam as tribus que Jorge Velho levou para lutar nos Palmares.
* Berlengas, nasce no município de Novo Oriente, na serra da Lagoa Funda.
13. Raiz, nasce no município de José de Freitas na serra do Alegre e corre para
o município de União.
14. Piranhas, nasce e desemborca no município de Miguel Alves, o rio não é
perene e suas nascentes ficam na região conhecida por Matões.
15. Longá, nasce na lagoa do Mato ou de Longá, no município de Alto Longá.
Não é rio perene, na época chuvosa neste rio, a 28 km abaixo de Esperantina e
a Jusante, fica a cachoeira do Urubu, entre os municípios de Esperantina e
Batalha. Desemborca no Parnaíba no município de Buriti dos Lopes, são seus
afluentes:
Margem Direita
- Jenipapo
- Piracuruca
- Gavião
- Caldeirão, etc.
Margem Esquerda:
- Surubim
- Velame
- Taquari
- Maratoâ, etc.
* Jenipapo, nasce em Alto Longá, às suas margens, em 1823, realizou-se a
batalha do mesmo nome, a 9 km de Campo Maior, onde hoje existe um marco
comemorativo.
* Surubim, nasce em Alto Longá, cuja sede é banhado pelo seu afluente, o cipó;
banha Campo Maior, onde é açudado e desemborca junto ao Jenipapo.
* Maratoã, nasce no local de Quintas entre Altos e José de Freitas. Sua bacia
abrange os municípios de Altos, Campo Maior, José de Freitas, União, Miguel
Alves e Barras.
* Piracuruca, nasce no município de Domingos Mourão na Ibiapaba, desagua no
Longá sendo muito encaichoeirado em suas nascentes
ALGUNS DE SEUS PRINCIPAIS AFLUENTES:
Margem Esquerda
- Pauã
- Cajueiro
- Riachão, etc.
Margem Direita
- Jacarei.
- Santa Rosa
- Pau Ferrado, etc
16.Pirangi, nasce no local Pirapora, no estado do Ceará, penetra no Piauí, pelo
município de Cocal. Desagua no município de Buriti dos Lopes.
17. Portinho, nasce no local Espírito Santo, final da serra Grande no município
de Parnaíba. O portinho desemborca junto a cidade de Luís Correia.
18. Igaraxu, é um braço do Parnaíba e banha a cidade do mesmo nome. *Os rios
S. Miguel, Camurupim e S. João, desembocam diretamente no Oceano
Atlântico..
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LAGOAS
As lagoas do Piauí ou são de erosão ou de acumulação pluvial. Existindo
mais de 130 lagoas, a maioria seca com a ausência de chuvas;.entretanto, cita
-se aqui as que mais se destacam pelo seu tamanho, fazendo-se uma descrição
geral de cada uma.
1. Parnaguá - a maior lagoa do Piauí, situa-se no município do mesmo nome,
cuja sede fica às suas margens; seu principal formador é o Paraim. Recebe os’
riachos: Frio, Mimoso e Vereda, em sua face Oeste; e o Fresco, no vértice Sul;
além destes, o riacho fundo, que desemboca no Paraim, pouco a juzante da
lagoa, apresentando um fenómeno interessante de reversão de águas: despeja
durante todo o tempo na lagoa., exceção durante as chuvas, quando as águas da
lagoa sobem e se torna afluente do Paraim. É uma barragem de acumulação
fluvial.
2. Ibiraba - situada no município de Parmaguá, a 36 km da lagoa deste nome,
é formada pelo riacho Samambaia, que a atravessa. As pescarias são fáceis na
estação seca, porque, com a distribuição das águas, a lagoa fica pouco profunda
e as redes e tarrafas podem ser lançadas sem grandes dificuldades. Tem mais
de 5 km de extensao, forma alongada e fica à altitude de 375 m.
3. Riacho - formada pelo Fidalgo (tecnicamente afluente do Piauí, mas que,
de fato, só nos grandes invernos é que aí despeja suas águas). Forma com as
outras, também cortadas pelo rio, uma série que nos invernos copiosos, constituem
uma só lagoa de mais de 30 km de extensão. Quando as chuvas são fracas ou
na estiagem, subdivide-se em várias, destacando-se as do Canto da Velha, Poço
Comprido, Fazenda velha e Vasco.
4. Pavuçú - situada no município de Rio Grande, nela nasce o rio Itaueira. É
grande e notável, mas nos anos de seca prolongada fica completamente seca.
Tem mais de 1 km de comprimento, sendo um pouco estreita (200 a 300 m).
Situa-se a 260 m de altitude. Acima da lagoa, para o sul, existem três pequenas
lagos de inverno, que para ela desaguam a 200 m da carroçável que liga Elizeu
Martins a Rio Grande, banhando a mais próxima das fazendas, a Boqueirão.
5. Nazaré - situa-se no município do mesmo nome e é formada pelo rio Piauí.
É uma grande lagoa, cercada de carnaubais e muito piscosa, que origina-se do
fato de a jusante dela desembocar no Piauí o riacho Mucaitá, cujas cheias
torrenciais e impetuosas carreiam imensa quantidade de areia e detritos, de modo
que obstruindo o leito, fazem uma espécie de barragem natural.
6. Abóboras - situada no município de Picos, tem uma história original. A
Serra das Almas, em sua parte norte apresenta dois contrafortes para oeste: o
do Jacu, setentrional e o do Olho D’água, meridional; entre eles se situa um
baixão, cujas encostas são densamente povoadas, com terras bastante férteis,
por onde corriam as águas, sem retenção. Este baixão é conhecido como Saco
do Engano. Nas secas prolongadas, secava. Os moradores locais tomaram
uma providência: barraram as águas com uma parede que, progressivamente,
iam levantando, ano a ano, dando origem a um reservatório que tomou o nome de
Abóboras. O Abóboras tem uma queda de 260 m de altitude e com pequena
declividade; suas águas descem à Lagoa Comprida, daí indo ter ao coleta da
região, o rio Guaribas.
7. Estivas - pequena lagoa a 32 km de altitude, formada por dois riachinhos: o
Padre (com 12 km de curso, que banha a cidade de N. S. dos Remédios) e o
Jurema (com outros 12 km, entrando na lagoa pelo leste); tem um comprimento
estimado em 8 km, mas a sua largura não alcança 800 m. Seu sangradouro
desce ao rio Parnaíba a menos de 1 km de distância.
8. Cajueiro - grande lagoa entre Joaquim Pires e Luzilândia. Lago de várzea
do Parnaíba, tem a cidade de Joaquim Pires na extremidade inferior. Possui uma
pequena ilha: a das Graças. Vários são os seus formadores, destacando-se o
São Nicolau e o Cajueiro. Sangra para o Parnaíba pelo igarapé Forquilha,
espécie de canal onde as águas vão até à Lagoa.
9. Grande do Buriti - também chamada Lagoa de São Domingos, situa-se no
município de Buriti dos Lopes, a uma distância de km da sede, que fica em seu
lado norte. É cortada pelo Longá, que nela penetra vindo do sul. Deságua no
Parnaíba pelo desaguadouro do Longá. É bastante piscosa e tem suas margens
cultivadas com vasta área destinada ao plantio de arroz e pequena parte com a
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cultura do algodão.
10. Sobradinho - lagoa litorânea de Luiz Correia. Em forma de “ U “, lança
seus dois braços para o sul, formando uma bacia hidrográfica pequena que começa
na fronteira com o município de Parnaíba. Tem mais de 20 km de extensão e sua
largura é variável (entre 200 a 400 m). Nas secas prolongadas, o sal seca e
coalha em grande extensão, transformando-a em imensa salina que chega a
apresentar 30 cm de expessura.
Apesar das dunas, é cercada de vegetação, principalmente coqueiros, dando a
impressão de um oásis, para quem vem chegando.
11. Santana - situa-se no litoral do município de Luís Correia, é formada por
dois braços que se ligam próximo ao mar, como um “U” mais aberto, com a curva
para o norte. Um dos braços segue paralelo ao Camurupim (o braço dos Tocos) e
o outro acompanha o Ubatuba (o de Santana). São densamente povoadas as
suas margens. Sua vegetação tem predominância de carnaubais. Fornece, se
tratadas as suas águas adequadamente, sal, cuja colheita, em face às marés,
podem ser feitas entre novembro e dezembro.
além dessas lagoas, podemos destacar as seguintes:
1. Boqueirãozinho - cortada pelo Caché, afluente do Piauí.
2. Campo Maior - formada pelo Longá, ao norte da cidade do mesmo nome,
na junção das águas do Surubim e do Jenipapo.
3. Choro - cortada pelo Esfolado, afluente do Gurguéia, no município de
3
2
Bertolínia, lago muito piscoso. Reservas Prováveis (m / ano / Km )
4. Esperantina - formada pelo Longá, junto à cidade do mesmo nome, é
piscosa e excelente para banho; é cortada pela rodovia Luzilândia - Batalha, por
ponte de concreto armada de 165 m de vão.
5. Feitosa - pequena lagoa do município de Oeiras, formada pelo Salinas,
afluente do Canindé; é o habitat de belas e alvas pernaltas; fica a 190 m de
altitude.
6. Felix - situa-se nas nascentes do Uruçui Preto, em Santa Filomena, à
altitude nas nascentes de 560 m, talvez a mais alta do Estado.
7. Teiú - na Serra da Tapera, a 210 m de altitude, entre os vales do Corrente
e do Itaueiras, no município de Floriano. Banha Teiú e São Raimundo.
8. Mato - pequena lagoa nas nascentes do Longá, no município de Alto Longá,
a 36 km da cidade.
9. São Bento - lagoa formada pelo rio São Miguel, em um lonto estirão,
também conhecida por João Bento.
10. Sete Lagoas - nas nascentes do Riozinho, a 500 m de altitude, na fronteira
de Ribeiro Gonçalves e Santa Filomena.
11. Velha - uma das inúmeras do Vale do Prata, no município de Landri
Sales; há no centro dessa bela lagoa um morro desnudo, em torno do qual se
tecem muitas lendas.
3.3.1. INVENTÁRIO DOS AÇUDES PÚBLICOS
Possui o Piauí um número reduzido de açudes, sendo que quase todos foram
construídos pelo DNOCS, existindo alguns que ainda não acumularam água.
Destacando-se os principais temos:
1. Açude Caldeirão - localizado em Piripiri, com capacidade de 54.600.000
m3. Suas águas são utilizadas para irrigação de culturas implantadas no perímetro
irrigado caldeirão, bem como o abastecimento da sede do município e do núcleo
residencial do próprio perímetro. Além destes usos, ainda é explorado para a
pesca, como também irrigação nas áreas a jusante e das vazantes a montante,
através do Programa de Produção de Alimentos.
2. Açude Barreiras - localizado em Fronteiras, com capacidade de 52.800.000
m3. Serve para abastecimento da cidade de Fronteiras, exploração de pesca e
uso de águas a montante por pequenas vazanteiros.
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3. Açude Ingaseiras - localizado em Paulistana, com capacidade de
25.720.000 m3. O açude vem sendo explorado com o uso da pesca, abastecimento
d’água da cidade de Paulistana, bem como irrigação às áreas a montante através
do Programa de Produção de Alimentos.
4. Açude Cajazeiras - localizado em Pio IX, com capacidade de 24.700.000
m3, suas explorações principais são: pesca, uso de áreas a montante por pequenos
vazanteiros e abastecimento d’água da sede do município
5. Açude Boa Esperança - localizado em Guadalupe, com capacidade de
5.000.000.000 m3, é o maior açude do Piauí, onde se encontra a Barragem do
mesmo nome, ocupando uma área de 384 Km2. Aqui está localizada a Usina
Hidrelétrica de Boa Esperança. Com a inauguração em 1.970, as sedes de
distribuição das Centrais Elétricas do Piauí S/A - CEPISA estenderam-se
rapidamente a todos os municípios, estimulando a implantação de novas indústrias.
Possuindo o potencial hidrelétrico de 216.000 Kw. Estão situados no açude cinco
colônias de pescadores, organizados pela administração da Barragem.
3.4. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
O Piauí é um Estado rico em águas subterrâneas, em função de sua formação
geológica em terrenos sedimentares. Em 1966, CUNHA REBOLÇAS informou
que uma das reservas armazenadas de águas subterrâneas no Nordeste (cerca
de 12 trilhões de metros cúbicos), 76% pertenciam à bacia geológica do Parnaíba.
Apresentando-se as condições de alimentação dos aquíferos deste domínio, podese obter razões expontâneas da ordem de 100 m3/h sobre cerca de 70% da sua
área de ocorrência. Diz, ainda, que até 600 m de profundidade, em média, as
águas subterrâneas da bacia são excelentes. Por esta razão, Raimundo Lopes
chamava as peneplanícies de Chapadas Filtros e Sampaio de Chapadas
Esponjosas. É destas chapadas que, por infiltração, vem a água subterrânea
que em lençois freáticos que espalha por todo o Estado, permitindo os poços.
Em 1.973, Albuquerque * apresentava uma tabela das reservas prováveis das
principais formações:
a) Dois no local da violeta, um com 735 mil litros/hora e outro com 540. O
primeiro da formação Serra Grande e ambos no município de Cristino Castro:
b) a do morro do Cavalo, a 3 km de Simplício Mendes, com 200 litros/hora de
jorro d’água.
c) os dois de Cristino Castro, dentro da cidade, um com 144 mil litros/hora
que abastece a cidade e outro explorado por particulares.
d) dois poços em Picos, um no Distrito Monsenhor Gil (62,4 mil litros/hora) e
outro particular na rodovia que vai para Bocaina.
Uma pesquisa feita em 96 município piauienses, deu a profundidade média
destes poços em torno de 102,6 m para o dinâmico, com vazão horária em torno
de 6.450 litros. O nível estático se apresenta mais profundo em Flores (64), São
Gonçalo (60) e Marcos Parente (55,5 m), este nível se apresenta raso em Paes
Landim (0 m); mantém-se em uma média de 15 m na bacia Alta do Longá, vindo
até Teresina.
O lençol freático além de alimentar a bacia do Parnaíba na estiagem a irrigação
e desmatamento representa as maiores atividades consumidoras, serve também
para abastecimento de vilas e cidades.
* FUNDAÇÃO CEPRO. Estudos Diversos, Teresina, 1.983. Pág. 58/59
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População: Piauí
Os grupos étnicos dominantes na população piauiense são oriundos da
miscegenação dos europeus e indígenas, resultando os mamelucos.
A Pecuária, tradicional atividade econômica têm contribuido para a formação de latifúndios, evitando a concentração demográfica, na distribuição da população piauiense.
A estrutura etária da população do Piauí, como dos outros estados brasileiros, é jovem, acarretando elevado potencial de mão-de-obra desqualificada,
para o trabalho. Contudo, o mercado de trabalho reduzido provoca enorme encargo econômico. O padrão de vida da população decresce a cada no sobretudo em
virtudes das grandes estiagens e péssimas administrações (no setor social).
Fonte: IBGE - 2000
TOTAL
PIAU˝ 2.843.278
TERESINA 715.360
30 a 39
ANOS
362.171
106.264
40 a 49
ANOS
271.682
76.603
50 a 59
ANOS
188.415
43.104
60 a 69
ANOS
236.954
44.436
A população total do Piauí, de acordo com a contagem oficial do IBGE /
2000, é de 2.843.278 habitantes e corresponde a aproximadamente 7% da população residente do nordeste e a, 1,9% da população do Brasil (IBGE-2000).
Os municípios mais populosos são:
Fonte: IBGE-CENSO DEMOGRÁFICO 2000.
TERESINA
PARNA˝BA
PICOS
PIRIPIRI
FLORIANO
CAMPO MAIOR
BARRAS
UNIˆ O
PEDRO II
ALTOS
POPULA˙ ˆ O
715.360
132.282
68.974
60.154
54.591
43.126
40.891
39.801
36.201
39.122
DESIDADE DEMOGRÁFICA: Embora em extensão territorial, seja o terceiro
maior estado do nordeste, perdendo em área apenas para os estados da Bahia e
do Maranhão, o Piauí ainda é pouco populoso. A densidade demográfica do
estado fica em torno de 11,51 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a menor do nordeste, onde existe uma variação entre 20 e 90 hab/km2.
As maiores densidades demográficas estão nas microregiões norte e centro-norte nos municípios de Teresina (427,25 hab/km2) e Parnaíba (307,10 hab/
km2). No Sudoeste piauiense existem municípios com características de vazio
demográfico/menos de 2 hab/km2), como:
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MUNIC˝PIOS
BAIXA GRANDE DO RIBEIRO
RIBEIRO GON˙ ALVES
SANTA FILOMENA
URU˙ U˝
DENSIDADE DEMOGR` FICA EM 2000
2
0,98 Hab/km
2
1,48 Hab/km
2
1,12 Hab/km
2
1,99 Hab/km
Fonte: IBGE-2000
MIGRAÇÃO INTERNA - 8,2% (1998)
(dh - 0,55% (1997)
PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL.
Ocorre no Piauí, como no restante do país, um significativo crescimento dos
centros urbanos e uma redução da população na zona rural. O deslocamento de
migrantes alcança números apreciáveis, principalmente para as redes municipais mais desenvolvidas, que oferecem maiores atrativos, sobretudo em emprego.
São as maiores cidades, como Teresina, Parnaíba, Piripiri, Picos e Floriano
que concentram a maior parte da população na zona urbana.
ESTRUTURA POR SEXO - 2000
PIAU˝
TERESINA
HOMENS
1.398.290
417.192
MULHERES
1.444.988
461.314
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA - 2000
TOTAL
PIAU˝ 2.843.278
TERESINA 715.360
0a4
ANOS
301.954
69.121
5a9
ANOS
302.741
67.207
10 a 19
ANOS
695.387
167.622
20 a 29
ANOS
483.974
141.003
O Estado apresenta o menor índice de desenvolvimento humano ((IDH:
0,53 (1996) entre todos os estados brasileiros.
A taxa de motalidade infantil é de 51,33 mortes de crianças menores de 1
ano para cada mil nascidos vivos. (IBGE - 1998).
POPULAÇÃO
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Agricultura e Pecuária do Piauí
Agricultura
A agricultura no Piauí desenvolveu-se paralelamente a pecuária como atividade
de subsistência. Mas tarde adquiriu caráter comercial. Em nosso Estado, a
agricultura apresenta características próprias, como abundantes recursos hidrícos
no solo e subsolo representados por 2.650 Km de rios perenes, por grandes
lagoas que concentram a grande força produtiva do Estado, uma planície que vai
do litoral até o sul do estado, margeando o Parnaíba, formado por recentes, areia
e argila.
Na agricultura, destacam-se as culturas temporárias de arroz, feijão, algodão,
milho, mandioca, cana-de-açúcar e soja e as culturas permanentes de caju,
banana, manga, coco da baia, laranja e limão.
Principais Produtos:
* Milho, a produção de milho é destinada a comercialização ainda verde
aumentando o consumo deste produto sob forma assada e cozida, propriedades
maior rentabilidade a essa cultura. O volume médio da produção de milho está
situado em torno de 450.000t /Ano e se equipara ao volume da produção individual
registrado no Ceará, Maranhão e Bahia, que são os maiores produtores do
nordeste.
* Feijão, embora em menor escala segue a tendência do milho, em que o
produto é vendido em vagens ou em grãos ainda vende. A maior produtividade em
feijão é de Teresina, que obtém uma média de 521 quilos por hectare.
* Mandioca, seu cultivo é realizado para o aproveitamento de subprodutos,
como a farinha e a goma. O município de Altos destaca-se no grupo dos maiores
produtores de mandioca.
* Arroz, os maiores níveis de produtividade são registrados pelos municípios
de Uruçui, Bom Jesus, Parnaíba, Buriti dos Lopes, Porto, Miguel Alves, Luzilândia
e Joaquim Pires, em Teresina o cultivo é exclusivamente em baixão, sendo a
produção muito pequena.
* Algodão, a produção algodoeira, concentra-se mais na região sudeste do
Piauí, compreendendo as microregiões de Picos, Pio IX e alto médio Canindé.
Até o ano de 1996. Constituia-se numa das maiores culturas de importância
sócio-econômica para o estado, chegando a contribuir 13% da renda bruta do
sub-setor da lavoura e participando com cerca de 30% do ICMS arrecadado pelo
setor agropecuário(as sementes são siridó e mocó).
A agricultura piauiense tem respondido de modo satisfatório aos investimentos
em que cresceu a uma tara médio anual de 5,2% no período de 1985/1999. Esse
desempenho vem sendo superior à média do nordeste. O carro chefe para esse
desenvolvimento é a soja.
* Soja, em termos de nordeste, é produzida no Maranhão, Piauí, Bahia. No
Piauí situam-se no sul e sudeste do Estado, possuem uma área de 8,5 milhões
de hectares de terras situadas entre as bacias hidrográficas dos rios
Guerguéia, Uruçuí Preto e Parnaíba, representa cerca de 29% da área total do
cerrado setentrional brasileiro, que se localiza em: Minas Gerais, Tocantins, Bahia,
Piauí e Maranhão. Só no Piauí, cerca de 5 milhões de hectares de cerrados
poderão ser explorados especialmente a soja. A soja parece matéria-prima para
as indústrias de óleos e rações, constitui importante item da alimentação humana,
suprindo principalmente, as carências protéicas observadas nas regiões.
* No Piauí, a produção dos municípios que apresentam maior potencialidade:
encontra-se em Uruçuí, Ribeiro Gonçalves, Baixa Grande do Ribeiro, Santa
Filomena, Gilbués, Corrente e Canto do Buriti, como mostra o gráfico
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PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO URUÇUÍ-GURGUÉIA
* Copreende uma área de 66.116,7 km2, abrangendo 23 município. De acordo
com os encontros realizados no polo, foi delineada a seguinte visão de futuros
para o ano 2003: a região será a maior produtora de grãos e carne do estado do
Piauí, além de produtos originados da agricultura irrigada, com alta competitividade
e forte inserção no mercado internacional.
PRODUTIVIDADE DA SOJA EM ALGUNS ESTADOS NORDESTE E EM
TOCANTINS, NO PERÍODO 1991-2000.
*O gráfico mostra o destoque do crescimento da produtividade no Piauí, não
distante a experiência temporal menos em relação aos demais Estados onde
aquela leguminosa e cultivada.
Para que se tenha uma idéia concreta da vantagem comparativa da soja
produzida no cerrado piauiense, vale citar um estudo da Cia. Vale do Rio Doce,
segundo o custo de transporte da tonelada de soja São Luís(MA) a
Roterdam(Holanda) é de UR$ 34,00, enquanto a exportação pelo porto de
Paranaguá(PR) a Roterdam é de US$ 63,00, ou seja, custando US$ 29,00 mais
caro. A competitividade da soja piauiense é indiscutível, porém, depende do custo do sistema de transporte entre a área de produção e o porto de São Luís. No
certo prazo, em termos de transporte, seria fundamental a conclusão da estrada
Uruçuí/Ribeiro Gonçalves e, a imediata operação da ponte sobre o Rio Parnaíba,
em Ribeiro Gonçalves, bem como, a implantação do rodovia transcerrados. Essas providências facilitariam o escoamento da produção em direção a Bolsas(MA)
e, daí para Estreito, Imperatriz e São Luís(Porto de Itaquí). Ao lado dessas rodovias / pontes, a conclusão do que os técnicos chamam “Y” - Jerumenha/Bertolinia/
Uruçuí, é fundamental que assegurar o fluxo de escoamento da produção do
cerrado, além da pavimentação da rodovia PI 254, no trecho Gilbués / Santa
Filomena, com 254 km.
A Família paulista, dona da fazenda Canel, que fica no município de Uruçuí,
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a 500 km de Teresina, encontrou na região boa luminosidade chuvas estáveis.
Em que lá as horas de sol chegam a 9 mil por ano, enquanto nas regiões CentroOeste e são a média anual é de 2 mil, onde é uma das maiores produtoras de
soja do estado nordestino, com mais de 8 mil hectares plantados. Ou seja está
trabalhando para uma produtividade semelhante à melhor do Brasil e acima da
média norte americana. Vale destacar, ainda, que no Piauí a produtividade chega
a 2.548 kg/ha, equipando-se ao rendimento da soja norte americana - 2.590 kg/
ha, enquanto o rendimento na Bahia oscila em torno de 1.617 kg/ha e em Goiás
1.799 kg/ha.
PRINCIPAIS CULTURAS PERMANENTES 1995-1999 “UM ESTADO DIFERENTE”
BABAÇU (Orbignya Martiana)
O babaçu (7) é uma das principais riquezas do Piauí e sua exploração,
antes limitada à produção do óleo, extraído da amêndoa, e dos resíduos resultantes - torta e farelo - apresenta inúmeras possibilidades de aproveitamento industrial.
Palmeira nativa do Meio-Norte e Centro-Oeste, o babaçu ocupa cerca de
20.000 km2 no Piauí e 93.000 km2 no Maranhão, ocorrendo ainda nos Estados de
Goiás e Mato Grosso, conferindo a Teresina uma importante vantagem de ser um
centro das regiões produtoras.
A amêndoa, que representa apenas 6% do peso do côco, tem uma produção média da ordem de 20.000 toneladas.
A produção do óleo e do carvão destina-se basicamente aos mercados do
Centro-Sul do País e para o exterior.
Pesquisas realizadas nos últimos anos pelo Instituto de Pesquisas
Tecnológicas de São Paulo (IPT) e Centro de Tecnologia de Minas Gerais (CETEC),
entre outros órgãos públicos e empresas, confirmam o enorme potencial de aproveitamento do babaçu. O Governo do Estado, com o apoio do IPT, instalou em
Teresina uma unidade de demonstração, produzindo inicialmente carvão, alcatrão e gás.
COMBUSTÍVEL
* Banana - No Piauí, conforme IBGE, existem mais de 4.508 hectares, sendo
grande parte destes localizados em Teresina, que apresenta elevado potencial
para o cultivo dessa fruta, com solo adequado e clima favorável a produção de
boa qualidade.
* Caju - O Piauí é atualmente o maior produtor brasileiro de caju. Segundo a
Embrapa, embora o Ceará tenha atingido 348 mil/ha de terrenos plantados e o
Piauí 215,1 mil/ha, os pomares cearenses deram 109 quilos de caju por hectare,
enquanto os do lado piauiense renderam 192 quilos. Apesar do estado apresentar um enorme potencial produtivo na cajucultura, o aproveitamento industrial de
seus produtos é reduzido. Nos últimos 8 anos surgiu no Piauí precisamente em
Teresina, pequenas agroindústrias com produtos diversificados de boa qualidade.
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O maior produtor individual de castanha de caju brasileiro, Jaime Tomás de Aquino,
responsável por 14% da produção do Piauí, a fazenda de Aquino é líder disparada
no estado.
* Manga - O Piauí apresenta uma área cultivada de 3.557 hectares com mangueiras. Com produção de 182 milhões de frutos e produtividade de 51,196 frutos
por hectares. A capital contava com 370 hectares cultivados, uma produção de
17 milhões de frutos e uma produtividade de 50.000 frutos por hectares. Em
Teresina está situado o maior cultivo contínuo de manga do nordeste. A Tropical
Frutos Canaã Ltda., maior produtora de mangas do Piauí, que exporta 40% de
sua produção para os mercados Europeu e Canadense, onde acaba de ingressar
no selecionado grupo de brasileiros com credencial para exportar o produto para
os norte-americanos, mostrando a grande força da fruticultura no Piauí.
Além destes frutos, já citadas, o coco-da-baía e melancia tem apresentado resultados muito bons, e suas áreas de plantiovem se expandido ano a ano.
Agricultura Irrigada
Diferentemente de outros estados da região, um trinômio se destaca no
Piauí quando o assunto é irrigação: terra, água e sol, todos em abundânciacom
excessos. No Piauí está o equilíbrio do clima para a produção irrigada, onde as
terras não tem os padrões de sais que inutilizam a produção ou a unidade relativa
tão alta que favorece a rápida poliferação de doenças fúndicas das plantas e
conseqüente elevação dos custos de produção.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS ÁREAS IRRIGADAS NO PIAUÍ, POR BACIA HIDROGRÁFICA. 1999.
Um dos melhores exemplos de áreas irrigadas, é o Vales do Gurguéia,
famoso pelos seus extraordinários manarciais de águas subterrâneas e pelas
boas terras para a produção sustentada. No Alto Gurguéia, particularmente nos
municípios de Parnaguá, Corrente, Curimatá e Avelino Lopes, solo e água formam um conjunto indissociável, com formidáveis vantagens para a agricultura
moderna e propriedades físicas e químicas ideais para a produção de frutas,
hortaliças, grãos, raíizes e forrageiras. Enfim, a irrigação no Piauí e fácil e barata:
terras fartas, água abundante e sol o ano inteiro.
SOLOS
São bastante diversificados os mais de vinte e cinco milhões de hectares
de solos do Piauí, e para quase todas as situações existem alternativas econômicas de utilização.
Uma de suas características básicas é a profundidade, pelo que as raízes
das plantas podem se desenvolver sem dificuldades. Outras não menos importantes são o relevo plano ou dominantemente plano e a boa drenagem.
Entre a diversificação apontada acima é possível selecionar alguns dos
solos mais importantes:
→ Latossolos - são , provavelmente, os solos mais utilizados no Piauí.
Aparecem em todo o estado, desde o sul até o norte, representando cerca de 10
a 11 milhões de hectares. Sua fertilidade natural é baixa, podendo apresentar
elevado grau de acidez. São de texttura média ou argilosa, facilmente trabalháveis
com máquinas e equipamentos mecanizados, e com cuidados conservacionistas,
embora necessários, de pequena magnitude.
→ Posdzólicos - surgem com mais freqüência no Médio e Baixo Parnaíba.
Estão geralmente associados a relevo movimentado, mas sempre em condições
de utilização. Apresentam textura média e argilosa e níveis de fertilidade até
maiores que os Latossolos, especialmente no semi-árido, onde são derivados de
rochas do cristalino. Representam cerca de 3 milhões de hectares.
→ Litólicos - são solos rasos e pedregosos que ocupam, geralmente as
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áreas de relevo mais acidentado, não se prestando, portanto, para o aproveitamento agrícola. Ocupam cerca de 6 milhões de hectares.
→ Areias Quartzosas - representam outra classe de grande interesse.
Apresentam boa profundidade, fertilidade natural baixa, relevo plano e quase nenhum obstáculo à mecanização. Presentes em diversas regiões, com aptidão
voltada para atividades de agricultura perene adaptada e para a pecuária. Seu
uso é limitado pela sua baixa retenção de água (permeáveis), exigindo pequenos
intervalos entre as chuvas ou sessões de irrigação. Área estimada: entre 4 e 4,5
milhões de hectares.
→ Brunos não-cálcicos - originados de rochas do cristalino, apresentam
textura média a argilosa, sendo muito férteis. Podem apresentar problemas de
utilização como o relevo acidentado e a pedregosidade. Ocupam cerca de 600
mil hectares no sudeste do estado.
→ Vertissolos - originários do diabásio ou do basalto. São os solos
essencialmente argilosos e se desenvolvem em pontos isolados do estado. Excepcionalmente ricos em minerais para as plantas e capazes de proporcionar,
sob irrigação, produtividades particularmente elevadas (de arroz, por exemplo).
Sua fertilidade pode ser comparada à da Terra Roxa, da Bacia do Paraná. Seu
manejo é difícil: são muito pegajosos quando molhados e muito duros quando
secos. Sua área é estimada em 700 mil hectares.
→ Aluviais - intensamente utilizados na produção de arroz no norte do
estado, com excelente desempenho em termos de produtividade. São os solos
mais estudados do Piauí em virtude de seu potencial econômico. Ocupa uma
área estimada de 250 mil hectares.
Pecuária do Piauí
Foi a primeira atividade econômica desenvolvida no estado, que desenvolveu-se, principalmente nas regiões dos campos e das chapadas, mais natural
para a criação. É o setor mais forte da economia primária e se destaca cada vez
mais pela introdução de novas raças de melhor qualidade. /as áreas, com maiores concentrações de gado situam-se no município de Campo Maior, Picos e
São Raimundo Nonato, que abrigam mais da metade de todo rebanho do Piauí.
Os principais rebanhos são: bovino (mestiço, crioulo, nelore, holandês, gir e
gugerat) o suíno, o caprino, além dos equinos, assaninas e muares. Entre os
derivados da produção animal, o leite e os ovos de galinha e o mel de abelha tem
sido os mais importantes.
EFETIVO DOS REBANHOS
O Piauí apresenta o segundo maior rebanho de caprinos do Brasil (IBGE1994). Teresina apresenta um tímido rebanho de caprinos e ovinos, com especialização em caprinocultura leiteira, onde o leite de cabra já pode ser pasteurizado, empacotado e rotulado proveniente de micro-unidades de processamento
instaladas na zona rural da capital.
As microregiões do Alto médio Canindé, Campo Maior e Picos concentram os maiores rebanhos de caprinos e ovinos, o que torna o Piauí um dos
maiaores produtores da região nordeste.
A Elevação do padrão racial da pecuária de Corte nas regiões CentroOeste e do Médio-Parnaíba está sendo divulgada através da realização de feiras
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e de exposições de matrizes.
Estão se formando dessas novas bacias leiteiras (Pecuária e intensiva)
uma, no município de Teresina, outra no baixo Parnaíba piauiense (Luis Correia e
Buriti dos Lopes) nos Campos de Campo Maior a pecuária conta com campos e
áreas inundáveis, os quais propiciam boas condições de desenvolvimento. No sul
do estado a pecuária é a tradicional base da economia.
* A Ovinocultura é explorada de forma extensiva na capital, tendo como finalidade
principal a produção de carne e pele.
* A Suinocultura, no Piauí ainda predomina a criação de animais mestiços com
alta produção de banha. O efetivo suíno de Teresina mantém-se instável desde
1987, representando 2,5% do rebanho total do estado (IBGE-1999).
O consumo da carne suína na capital é expressivo, pois além da carne
sob forma “in natura” existe um amplo mercado para embatidos.
* A Avicultura, apresenta-se como imortante segmento da pecuária piauiense. A
produção avícola é um dos ramos da atividade econômica que apresenta maior
dinamismo, com excelentes condições para a avicultura, as aves são mais saudáveis no Piauí, resultando-se em menores custos de produção e melhores condições de competitividade.
Teresina caracteriza-se como pólo irradiador da avicultura no Piauí, contribuindo de maneira significativa com a produção estadual, dentre os fatores que
contribuíram para o crescimento desta atividade destacam-se a produção em
grande escala o elevado preço da carne bovina e o sistema de cooperativa representado pela COAVE.
Com a pecuária, ainda destacam-se: apicultura, carcinicultura, pesca
marítima e pesca de águas interiores.
* Apicultura - O Piauí é o maior produtor de mel de abelha do nordeste e um dos
grandes do país, com 2,9 milhões de quilos, em 1999.
Trata-se de abundante pasto apícola, um verdadeiro eudorado de flor das
sucessivas, onde se podem obter até três safras por ano, atingindo uma produtividade de 100 kg / colméia / ano, quase o dobro da obtida pelo Canadá 155 kg/
colméia / ano), pois oficialmente reconhecido como de maior produtividade mundial. A produção piauiense está concentrata nas microrregiões de Picos e Valença
do Piauí e é comercializada totalmente in natura para os estados do Sudeste.
Um dos mais importantes instrumentos governamentais de ajuda à produção
apícola é o Protocolo da Apicultura, firmado entre o Banco do Nordeste e governo
do estado. Esse protocolo põe à disposição ao empresariado recursos para o
desenvolvimento da produção e transformação do mel de abelha, podendo não
apenas ampliar a cadeia de comercialização mas também promover a substancial melhoria de qualidade e agregação de valor ao produto final. Pode transformar
o estado efetivamente no maior produtor de mel de abelha do país.
* Carcinicultura - O cultivo do camarão marinho tanto no sistema extensivo
quanto no semi intensivo, representa hoje, uma das mais interessantes alternativas de negócio do setor, pois o mercado internacional é francamente receptivo
face à demanda insatisfeita. A área potencial para exploração no Estado estava
estimada em 5.000 ha.
Estudos mostram que pelo menos mais 15.000 hectares serão aproveitados para o cultivo, desta vez nas margens deltaicas e trechos mais a metade
delas, no rio Parnaíba. Para que se tenha uma idéia da importância dessa atividade econômica, basta atentar para as exportações totais, do Piauí, que em 1999
foram de US$ 50 milhões, em números redondos. Em 2.000, o montante previsto
de expórtações deverá ser de US$ 5 milhões, e para 2001, estão previstos US$
15 milhões.
A criação de camarão no litoral piauiense apresenta diversas vantagens
locacionais, entre os quais se destacam:
Áreas de exploração concentradas, exigindo baixos níveis de investimentos em infra-estrutura.
Excelente áreas para o cultivo fora dos denominados salgados;
Disponibilidade da energia elétrica e estradas asfaltadas.
Baixo preço da terra e proximidade dos centros urbanos de Parnaíba, Luís
Correia e Cajueiro da Praia.
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Salinidade ideal das águas marinhas para a carcinicultura.
Existência de indústrias de rações e fornecimento de pós-larvas na região.
Apoio e assistência técnica através da Secretaria da Agricultura do Estado e do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER).
Pesca Marítima - É possível notar que, apesar da estreita faixa litorânea
de (66 km), o Piauí é detentor de um inesgatável potencial pesqueiro, onde sua
costa litorânea é propícia a pesca devido à existência de substâncias estualinas
formados pelo delta de Parnaíba e mais quatro rios que desembocam no litoral,
lançando grande quantidade de matéria orgânica ao mar e quando condições
favoráveis ao desenvolvimento de peixes custáceos e moluscos. O desembarque
da pescaria é feito em nove localidades espalhadas pelos municípios de Ilha
Grande, Luis Correia e Cajueiro da Praia. A maior estrutura da indústria da pesca
concentra-se em Luís Correia, tendoe mais de vinte anos de atividade. Estatísticas recentes indicam a existência de vinte e seis ou mais espécies de peixes de
valor comercial, destacando-se: Cavala, Serra, Pescado, Pargo, Garoupa,
Camulim, Cação, Bagre e Camurupim. Dentre os crustáceos, o caranguejo-uçá
representa o maior volume de toda a produção, seguido de três espécies de
camarões (Sete Barbas, Rosa e Branco) e, finalmente de duas espécies de lagostas, a vermelha e a verde.
* Pesca de Águas Interiores - É uma pesca extrativa que constitui uma atividade econômica piauiense, envolvendo pescadores que também quase sempre são
agricultores, com dedicação em tempo parcial ou integral. Essa atividade estende-se por todos os rios perenes ou semiperenes do Estado, com destaque para
o rio Parnaíba e seus afluentes como o Longá, Poty, Gurguéia e outros.
O lago de Boa Esperança têm um potencial de pesca estimado somente
nesse lago, é de 2.100 toneladas/ano representando 52,7 kg de pescado / ha /
ano. Algumas espécies ali encontradas: curimatá, curvina, surubim, matrinchan,
piratinga, mandubé e branquinha.
A Pesicultura no Piauí está apenas começando, e o mercado é absolutamente franco e aberto. O Estado conta com 3 unidades de produção de alevinos,
as quais podem produzir até 6 milhões alevinos por ano.
Foi sancionada a Lei 4.859 de 27 de Agosto de 1996, que dispõe sobre a
concessão de incentivos fiscais de dispensa do pagamento do ICMS para empreendimentos industriais e agroindustriais estabelecidos no Estado.
Essa lei atraiu empresas do sul do sul do país a se instalarem no estado,
quando cerca de 3.400 empresas diretos e mais 11 mil empregos indiretos.
Foram investidos mais de R$ 31 milhões, segundo o levantamento feito
pela comissão de incentivos fiscais da Secretaria de Indústria e Comércio do
Piauí. O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) investiu R$ 157 milhões no Piauí, no
ano de 1996, deixando o estado em 4º lugar no nordeste. Com esses investimentos foram implantados dois Shopping centros, agroindústrias na região dos cerrados e hotéis no litoral e em áreas de proteção ambiental.
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RECURSOS MINERAIS
Apesar dos levantamentos básicos e específicos realizados pelo Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM, Cia. de Desenvolvimento do Estado do Piauí - COMDEPI e outros órgãos e empresas ligados à mineração, ainda
não se atingiu um estágio de desenvolvimento mineral importante, o que poderá
ocorrer dentro de curto período, com a evolução dos trabalhos de prospecção em
execução no Estado.
Os principais recursos minerais e a sua respectiva área de ocorrência no
Estado estão a seguir relacionados.
1. Não metálicos
MINERAIS
` gua Mineral
Amianto
Ard sia
Argila de Queima
Vermelha
Argila de Queima
Branca
Atapulgita
LOCAL DE OCORR˚ NCIA
Teresina (02)
Picos (01)
S. Joª o do Piau (01)
Sª o Raimundo Nonato (01)
Pio IX (04
Front eiras (06)
Paulistana (01)
Cristal ndia (02)
Piracuruca
PRODU˙ ˆ O
(Atual e/ou potencial em reserva)
Em 1987 foram produzidos e
engarrafados 9.585 milhı es de litros
de Ægua mineral no Estado
As reservas sª o da ordem de 884
mil toneladas de minØrio, das quais
588 mil toneladas com teor de fibra
de 4,07%
567.000 toneladas inferidas e
102.271 toneladas medidas.
Teresina, Campo Maior, O parque ceramista piauiense Ø de
Picos, Piracuruca, Jaic s, 20 cer micas distribu das por 9
Parna ba, Valen a, Floriano munic pios. A produ ª o de cer mica
e JosØ de Freitas
vermelha Ø da ordem de 35.000
t/ano, com cerca de 135 milhı es de
pe as
produzidas
anualmente.
Teresina res ponde por 85% da
produ ª o
Oeiras (01)
A produ ª o ocorre em Oeiras e Sª o
Jaic s (03)
JosØ do Piau e Ø 100% exportada
S. JosØ do Piau (02)
na forma bruta
Nova Guadalupe (20)
As reservas sª o calculadas em
20.000.000 t e as jazidas estudadas
ainda nª o entraram em fase de
produ ª o.
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Brita
CalcÆrio
Caulim
Diamante
Fosfato
Granito Ornamental
Gipsita
Marm re
Opala
Sal-Gema
Talco
Vermiculita
Parna ba (02)
Picos (01)
Demerval Lobª o (01)
Teresina (01)
Pio IX (12)
Sª o Juliª o (01)
Fronteiras (17)
Simı es (01)
S. Joª o do Piau
Sª o Raimundo Nonato(11)
Caracol (02)
CurimatÆ(03)
Santa Filomena (10)
JosØ de Freitas (03)
Francisco Aires (01)
Barro Duro (01
Demerval Lobª o (01)
Luzil ndia (01)
Palmeirais (05)
GilbuØs e Monte Alegre
Sª o Miguel do Tapuio (01)
Caracol (01)
An sio de Abreu (01)
Pimenteiras (01)
Paulistana (12)
S. Joª o do Piau (07)
Sª o Raimundo Nonato (06)
Padre Marcos (03)
Parna ba (04)
Lu s Correia (03)
Simı es
Pio IX
Fronteiras
Paulistana
Pedro II (19)
Piripiri (01)
Alto LongÆ(01)
Beneditinos (01)
Castelo do Piau (01)
Oeiras (01)
Picos (01)
VÆrzea Grande (01)
Lu s Correia
Paulista
Sª o Raimundo Nonato
Sª o Juliª o
Simı es
Fronteiras (01)
Simı es (01)
Sª o Raimundo Nonato (01)
An sio de Abreu (01)
Paulistana (02)
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A produ ª o ocorre
Parna ba e Teresina
em
Picos,
As jazidas em explora ª o se situam
em JosØ de Freitas, Santa Filomena
e
Ant nio
Almeida,
estando
previstas para breve as explora ı es
em Fronteiras e Pio IX.
A reserva de Palmeirais Ø de
285.000 toneladas e estÆ sendo
explorada por uma empresa de
produ ª o de lou as. A implanta ª o,
no Estado, de outras empresas
similares certamente viabilizarÆ a
pesquisa de outras ocorrŒncias.
Nª o hÆempresas estabelecidas no
local. A explora ª o Ø feita por
garimpagem e sem controle oficial.
Reservas medidas de 16.000 t com
teor mØdio de 15,4% de p205.
Nª o Mensurada.
VÆrias empresas detŒm alvarÆs de
pesquisas e as perspectivas para
atendimento do mercado interno sª o
excelentes, uma vez que a
demanda Ø suprida, em 100%, com
gesso importado de Pernambuco.
Encontra-se em explora ª o uma
ajazida em Pio IX, com reserva
medida,
indicada
e
inferida,
respectivamente, de 39,4; 36,4 e
3
32,7 milhı es de m
O munic pio de Pedro II Ø o mais
expressivo centro de produ ª o de
opala e coloca o Brasil como o œnico
produtor dessa gema na AmØrica
Latina. A produ ª o, feita por
garimpo, destina-se
exporta ª o
para a Europa, Estados Unidos,
AustrÆlia e Japª o.
O sal-gema de Lu s Correia poderÆ
ser explorado para produ ª o de sal
comum (NACl), atravØs de salinas.
Uma jazida em Sª o Raimundo
Nonato apresenta reservas medidas
e indicadas, respectivamente, de
58,6 mil e 38,7 mil toneladas.
A explora ª o Ø feita pelo grupo
EUCATEX, em Paulistana. A jazida
possui reservas medidas, indicadas
e inferidas, respectivamente, de 1,5
milhª o, 1,3 milhª o e 59 mil
toneladas. O Piau Ø o primeiro do
Brasil em produ ª o de vermicultita,
produzindo, em 1987, 117,4 mil
toneladas contra 5,4 mil toneladas
dos demais estados produtores.
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2. METÁLICOS
Minerais Pesados
N quel
Lu s Correia
Sª o Joª o do Piau
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Encontra-se em fase de estudos
preliminares o Projeto Lu s Correia,
com vida œtil de 10 anos, cujo
objetivo Ø a produ ª o de limenita
(70.000 t/ano); zirc nio (26.00
t/ano); rutilo (16.000 t/ano) e
monazita (3.000 t/ano).
Reserva da ordem de 20.000
toneladas, com teor mØdio de 1,5%.
Uma das trŒs maiores jazidas do
Brasil
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Indústria no Piauí
As primeiras indústrias no Piauí surgiram na segunda metade do século
XVIII através de atividadesde fabricação e comercialização do charque no Estado, localizados na Vila de São João da Parnaíba, que se tornaria o principal
centro industrial e comercial do Piauí até a metade do século atual.
A partir desse período teve falência total no setor primário exportador com
queda de preços de cera de carnaúba e da amêndoa de babaçú, registra-se a
decadência de Parnaíba, que vivia desse modelo, e a ascenção de Teresina dentro do Estado, facilitada pela abertura de novas estradas e meios de comunicação, ligando-a com as demais regiões do país. Em 1970 foi criada a companhia
de desenvolvimento industrial do Piauí (CODIPI), órgão responsável pela implantação e distribuição de distritos industriais no Piauí.
O Parque industrial instalado no Piauí está constituído de um conjunto de
micro, pequenas e médias empresas predominantemente individuais, caracterizados pelo uso intensivo de mão-de-obra e baixos níveis de capitalização.
Predominam indústrias de transformação e extrativa, com destaque para
produtos alimentares (óleo, macarrão, biscoito, laticínios), bebidas, vestuário,
têxteis calçados, plásticos, químicos, móveis, cerâmicos, além de outros.
Praticamente tudo o que se consome no Piauí, com exceção dos itens
mencionados e importado dos centros nacionais mais alcançados e, ultimamente, do exterior. Com a abertura dos mercados externos. Os produtos aqui industrializados são consumidos internamente ou exportados para alguns estados
vizinhos, em escala ainda pequena.
Na agroindústria predominam os manufaturados de produtos agrícolas locais, destacando-se: algodão, cana-de-açúcar, mandioca, milho, arroz, castanha de cajú, frutos, couros, soja e amêndoas de babaçú. Esse segmento industrial apresenta grande potencial de crescimento, especialmente com a utilização
do arroz, castanha e polpa de cajú, frutos e soja. Frutas nativas exóticos, tais
como o bacuri e o buriti, representam um potencial na área de alimentos ainda
insuficientemente explorado.
A infra-estrutura industrial está constituída por 5 distritos industriais nas
cidades de Teresina (I e II), Parnaíba, Picos e Floriano. Além disso, encontra-se
em implantação em Teresina o Pólo Industrial Sul, iniciativa da prefeitura municipal, situado no Bairro Santa Maria da CODIPI, no norte da capital.
* DISTRITO DE TERESINA - Situado às margens da rodovia PI 113 a 6 km do
centro da cidade, sua área é de 245 hectares.
* DISTRITO DE PICOS - Com área de 104 hectares, contando com um conjunto
habitacional. Localiza-se no parque a indústria Coelho, um dos maiores parques
têxteis do Piauí.
* DISTRITO DE PARNAÍBA - Possui uma área de 260 hectares, incluindo um
conjunto habitacional. A indústria alimentícia é a principal, em seguida a madeireira.
* DISTRITO DE FLORIANO - Com área de 60 hectares.
O Parque industrial de Teresina, de 90 a 91, apresentava-se composto por
698 empregos, sendo os setores com maior número de estabelecimentos:
- Indústria da Construção Civil (25,93%)
- Indústria de Produtos Alimetícios (17,91%)
- Indústria Metalúrgica (10,17%)
Com a criação de programas básicos de infra-estrutura - energia (construção da usina de Boa Esperança), transportes, comunicação, formação de mãode-obra, implantação de distritos industriais e política de incentivos fiscais pelo
governo federal e estadual, houve um impulso no processo de industrialização no
Piauí.
Foi sancionada a lei 4.859 de 27 de Agosto de 1996, que dispõe sobre a
concessão de incentivos fiscais de dispensa do pagamento do ICMS para empreendimentos industriais e agro industriais estabelecidos no Estado. Essa lei já
atraiu empregos do sul do país a se instalarem no Estado, gerando cerca de
3.400 empregos diretos e mais de 11 mil empregos indiretos; em que foram
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investido mais de R$ 31 milhões, segundo levantamento feito pela comissão de
incentivos fiscais da Secretaria de Indústria e Comércio do Piauí.
O (BNB) Banco do Nordeste do Brasil investiu R$ 157 milhões no Piauí, no
ano de 1996. deixando o estado em 4º lugar no nordeste. Com esses investimentos, foram implantados dois shopping Centers, agroindústrias na região dos cerrados e hoteis rio litoral e em áreas de proteção ambiental.
Algumas Indústrias Piauienses
* Indústria Cerâmica: As cerâmicas piauienses concentram-se na região de
Teresina, principalmente para a confecção de produtos da argila de queima vermelha verificando-se ocorrência desse material nos municípios de Campo Maior,
Picos. Piracuruca, Jaicós, Parnaíba, valença do Piauí, Floriano e José de Freitas.
A exploração da argila de queima branca ocorre nos municípios de Oeiras e São
José do Piauí de onde a produção é exportada na forma bruta. O Parque Cerranista
Piauiense, situado entre os dez maiores do país engloba 28 empresas formais,
atingindo produção mensal de 15 milhões de peças de boa qualidade, além de
dezenas empresas informais produzindo as mais variadas peças como tijolos,
telhas, manilhas, lajes, filtros, jarros e peças de artesanato. Além do mercado
estadual, a produção piauiense exportada para os estados do Maranhão, Bahia,
Pernambuco, Pará e em menor escala para o Ceará e Amapá.
• CIL - Cerâmica Industrial Ltda.
- Atividade: Fabricação de telhas, tijolos, lajotas, pisos e outros materiais
cerâmicos.
- Empregos Diretos: 250
- Empregos Indiretos: 150
- Produção Anual: 25 milhões de peças
- Destino da Produção: 10% para o mercado do Estado e 90% para outros Estados.
• Guadalajara S.A Indústria de Roupas
- Atividade: Confecção de Roupas da marca Ônix Jeans
- Empregos Diretos: 2.510
- Empregos Indiretos: 9.135
- Produção Anual: 4.000.000 peças
- Destino da Produção: 90% para mercado nacional e 10% para exportação
• 14 Bis Indústria de Confecções Ltda.
- Atividade: Confecção de Roupas
- Empregos Diretos: 250
- Empregos Indiretos: 1.000
- Produção Anual: 500.000 peças
- Destino da Produção: 15% para o mercado local e 85% para o mercado nacional.
• Curtume Europa Ltda.
- Atividade: Beneficiamento de couros e peles
- Empregos Diretos: 200
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- Empregos Indiretos: 500
- Produção Anual: Couros - 260.000; Peles - 1.150.000
- Destino da Produção: 40% para o mercado nacional e 60% para exportação.
• Guará Ltda.
- Atividade: Confecção de casacos de pele
- Empregos Diretos: 32
- Produção Anual: 3.600 casacos
- Destino da Produção: 100% para exportação
• Oliver e Cia. Ltda.
- Atividade: Fabricação de calçados masculinos e femininos
- Empregos Diretos: 130
- Empregos Indiretos: 60
- Produção Anual: 250.000 pares
- Destino da Produção: 10% para mercado nacional e 90% para exportação.
• Plast-Dop - Pláticos do Nordeste Ltda.
- Atividade: Fabricação de sacos, sacolas, bobinas e outras utilidades de plástico
- Empregos Diretos: 140
- Produção Anual: 2.280 toneladas
- Destino da Produção: Piauí e outros estadosdo nordeste.
• COMVAP - Açúcar e Álcool Ltda.
- Atividade: Fabricação de álcool hidratado
- Empregos Diretos: 2.200
- Empregos Indiretos: 1.500
- Produção Anual: 30 milhões de litros de álcool hidratado
- Destino da Produção: 95% para o mercado do Piauí e 5% para o Maranhão
• Durreino S.A Derivados de Óleos Vegetais.
- Atividade: Produção de óleos vegetais e seus derivados (óleo, farelo e sabão)
- Empregos Diretos: 155
- Empregos Indiretos: 1.500
- Produção Anual: 38.000 toneladas
- Destino da Produção: No Piauí: óleo - 50%, farelo, sabão - 70% nos estados
vizinhos: o resto da produção.
• Europa Indústria de Castanhas Ltda.
- Atividade: Beneficiamento da castanha do cajú
- Empregos Diretos: 260
- Empregos Indiretos: 1.500
- Produção Anual: 37.800 Caixas (862 toneladas)
- Destino da Produção: Parte para o mercado nacional e parte para exportação.
Indústria do Turismo
• O mundo todo se volta hoje para a prática do turismo inteligente, de pesquisas,
informações informados pela televisão, computador (Internet), etc. É o turismo
ecológico que cresce a cada dia, realizando por um número cada vez maior em
pessoas interessados em conviver com a natureza em sua forma plena e aprender com os estudos e descobertas.
• O turismo no Estado, além das belezas naturais reconhecidos de suas praias,
oferece o que não se encontra em nenhum outro porto do país: mistérios, emoções, aventura nas “
“Sete Cidades Encontrados”, nas gutas da Serra da Capivara, com sítios arqueológicas de incalculável valor histórico, e apresenta, ainda, cidades que ficavam
famosos, entre elas Oeiras por ter sido a primeira capital e ainda hoje guardar os
seus antigos casarões, testemunhos da história piauiense.
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Comércio e Serviços do Piauí
• Os centros comerciais mais importantes são Teresina, Picos, Parnaíba, Floriano
e são Raimundo Nonato, em virtude de concentrarem o maior número de estabelecimentos comerciais atacadistas e varejistas. Como também as maiores parcelas de arrecadação de imposto de circulação de mercadorias e serviços - ICMS
do Estado. O Piauí exporta pele, algodão, Óleo e cera de Carnaúba, oiticica,
mamona, mel e cera de abelha, arroz, feijão e farinha de mandioca e ( ) soja. No
comércio de importação destacam-se os produtos manufaturados, tais como:
máquinas de tecidos, aparelhos eletrodomésticos, produtos petrolíferos, ferramentas e outros materiais para construção.
• A atividade varejista detém maior número de unidades comerciais, especialmente nas áreas periféricas e nos bairros de maior crescimento. O comércio
atacadista tinha sua localização principalmente no centro da cidade. Nos últimos
anos, vêm surgindo novos espaços, como as avenida Maranhão e Barão de Gurguéia
e a Piçarra, além do Grande Dirceu. Em virtude da falta de espaço físico no
centro. Os ramos de atividade que mais se destacavam eram os de agenciamento
e representação e o de consertos de máquinas e veículos.
• Teresina possui a melhor infra-estrutura e é o maior pólo de geração de produtos, serviços, empregos, renda e impostos do Estado. Esse acelerado crescimento urbano da capital e as características do estado fizeram com que o comércio fosse o setor de atividade que mais se desenvolvesse nos últimos anos.
Tomando-se o número de firmas registradas por setores da atividade econômica,
observa-se que o setor terciário responde por 89,7% das firmas registradas na
Secretaria da Fazenda, contra 8,5% do setorsecundário e 1,8% do primário.
- NÚMERO DE FIRMAS REGISTRADAS POR SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA 1997
Outro indicativo do crescimento do comércio em Teresina é a evolução
anual das consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito - SPC. No ano de 1996
houve um crescimento de 134,41% em relação ao total de consultas feitas em
1992. Este aumento ocorreu do crescimento do comércio e da mudança da economia com o advento do plano real, que aumentou o poder de compra da população de baixa renda.
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TERESINA
SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - SPC
Na zona leste, o comércio atingiu níveis mais avançados de solicitação na
forma de pequenos complexos comerciais com características de Shopping, cuja
aceitação foi de tal ordem que animou grupos de empresariais analizarem passo
bem mais audacioso lanndo empreendimentos de grande parte, dos quais se
destacam a construção de dois shoppings centeres:
Teresina Shopping, obra financiada pelo Grupo Claudino, com área
construída de 37.000 m2; 174 lojas; capacidade do público de 10.000 pessoas /
dia; estacionamento para 1.500 veículos e serviços na área de comércio, alimentação, serviços bancários; saúde e lazer;
Riverside Wolk Shopping, obra financiada pelo Grupo Guimarães, com
área construída de 40.000 m2, 230 lojas; capacidade de atendimento para 20.000
pessoas e diversos serviços na área de comércio, postais, eventos, etc.
Teresina, possui uma completa rede de prestação de serviços de saúde,
construída por diversos hospitais, clínicas, policlínicas, unidades mistas, centros
e postos de saúde, pertencente ao Estado, ao município e a iniciativa privada, o
que torna a capital um importante centro de atendimento médico. É uma tendência crescente da cidade, não só pelo fato de sediar uma das mais conceituadas
faculdades de medicina do país, mas também pela excelente qualidadede serviços prestados de serviços prestados pelos profissionais de saúde, inclusive com
habilitação para fazer as mais unidades intervenções cirúrgicas, incluindo transplante de órgãos.
• Ainda na área de prestação de serviços Teresina se destaca no setor educacional, mantendo uma boa estrutura de ensino privado em todos os níveis. A rede
hoteleira de Teresina é constituída por 15 unidades totalizando 577 apartamentos
e 1.129 leitos. Existe um significativo número de pequenas “pensões” que hospedam pessoas oriundas do interior do Piauí e de Estados vizinhos em busca de
serviços de saúde em Teresina.
NÚMEROS DE HOTÉIS, APARTAMENTOS E LEITOS POR MUNICÍPIO
PIAUÍ
Sistema Viário e de Transporte do Piauí
• O Piauí se integra ao sistema viário nacional por meio de rodovias, ferrovias e
aerovias.
SISTEMA RODOVIÁRIO - A malha rodoviária do nosso Estado compõe-se
de rodovias federais (velhos e em péssimo estado de conservação), estaduais e
municipais. Informações referentes ao ano de 1998, colhidas no banco de dados
do DER/PI, o Piauí têm uma malha viária composta por 3.121 km de estradas
federais, 10.600 km de estradas estaduais e 46.459 km de estradas municipais.
RODOVIAS FEDERAIS - As principais são representadas pelas BR 343.316
e 230, dão acesso a importantes cidades piauienses, destacando-se como entroncamentos rodoviários os municípios de Teresina (BR 316 e 343), Floriano (BR
343 e 230), Piripiri (BR 222, 316 e 404) e Picos (BR 020, 230 e 407)
RODOVIAS ESTADUAIS - Principais rodorivas estaduais:
• PI 112: “Rodovia do Vale do Parnaíba”, liga Teresina a União.
• PI 113: “Rodovia do Babaçu” liga Teresina a José de Freitas.
• PI 115: De São Miguel do tapuio à fronteira com o Ceará.
• PI 140: De Floriano a Canto do Buriti.
• PI 145: Liga Oeiras a Simplício Mendes e a Conceição do Canindé.
• PI 135: Liga Elizeu Martins à Cristalândia.
• PI 213: De Esperantina a Cocal; e outros.
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SISTEMA FERROVIÁRIO - É feito através da Rede Ferroviária S/A e do PréMetrô de Teresina, que interliga o centro da capital com alguns bairros. O Piauí é
cortado por 538 km de ferrovias, assim distribuídas: Teresina - Fortaleza: 738 km;
Teresina - São Luís: 453 km; Teresina - Parnaíba: 338 km.
SISTEMA AEROVIÁRIO - O Piauí interliga-se ao sistema aeroviário brasileiro através de várias empresas de aviação, que interligam a nossa capital as
principais cidades do país. O Estado conta com várias empresas de táxi-aéreo.
A estrutura aeroportuária do Piauí conta com os aeroportos de Teresina e de
Parnaíba, bem como com campos de pouso em várias cidades, como em Picos,
Floriano, Guadalupe, Gilbués, Corrente, Bom Jesus, São Raimundo Nonato e
Uruçuí.
• O aeroporto de Teresina é administrado pela empresa INFRAERO.
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MEIO AMBIENTE: PIAUÍ
. O Piauí está situado entre o meio norte úmido e o Nordeste semi-árido.
Apresenta variações altimétricas diferenciadas, como as altas chapadas do sulsudoeste, com altimetria em torno dos 600 metros e que vai descendo à proporção que se aproxima do norte até chegar no mínimo no litoral. Ao longo desse
trajeto, têm-se chapadas tabulares, com vertentes íngremes, valor interplanálticos
e superfícies de erosão.
Os solos do estado do Piauí, são bastante diversificados devido a função da
sua formação. Os solos que merecem destaque em extensão são os solos com
horizonte B latossólicos; são profundos com transição gradual ou difusos em
horizontes e perfis do tipo A/B/C. Caracterizam-se pela predominância de argila
laolinita muito porosa e muito viável quando úmida. Revelam baixos teores de
silte e argila natural e muito viável quando úmida.Revelam baixos teores de silte
e argila natural com elevados valores de graus de floculação.
Na região sudeste e parte do extremo sul é onde estão localizados as principais áreas de cerrados piauienses, constituido de elementos de pequeno porte,
de tronco tortuoso, revestimento espesso e folhas geralmente duras e ásperas.
No trecho central ocorre uma vegetação de transição, em que se misturam elementos dos cerrados e outros sujeitos às imposições climáticas de menores
volumes de chuva, associadas a vegetação da caatinga, típica do semi-árido. No
sudeste e leste com enclaves no norte, predominam os elementos da vegetação
da caatinga na qual se destacam as leguminosas e as cactáceas, todos providos
de espinhos. Na margem do rio parnaíba, a partir do município de Regeneração e
se estendendo até as proximidades de Buriti dos Lopes desenvolve-se a vegetação decidual mista, onde predomina o babaçu.
O Piauí apresenta diferenças climáticas entre algumas regiões: clima quente e úmido ao norte, sul e sudoeste, e clima semi-árido no leste, centro-sul e
sudeste, segundo o esquema climático descrito por Köeppen. No semi-árido
evapora mais do que chove, provocando um agravamento crescente do déficit
hídrico, espalhando também de maneira crescente e seus efeitos nocivos sobre
as demais partes do estado
Existem dois regimes chuvosos no estado: a partir de novembro chove no
sul do estado em decorrência de frentes frias provenientes das latitudes altas do
hemisfério sul que se prolonga até março; no centro e norte, as chuvas têm início
em dezembro, janeiro e estão associadas ao deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o atlântico equatorial. Essa estação chuvosa
tem o seu clímax no trimestre fevereiro - março - abril.
As temperaturas são elevadas apresentando média anual de 280C. A umidade relativa média é de 60%.
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
No extremo sul do Piauí, no município de Gilbués a degradação do solo vem
aumentando gradativamente atraindo uma área contínua de 250 mil hectares. Em
1920, com a descoberta do diamante, começou intensamente a exploração e o
esgotamento da capacidade de recuperação do solo. Áreas exploradas foram
altamente erodidas e se expandiram, tanto por processos naturais quanto pela
seca de 1978 à 1983. Como pela exploração mineral residual, que ainda hoje
persiste, inclusive no povoado Bouqueirão do garimpo, a 9km da cidade, onde a
maior parte da população sobrevive da exploração do diamante. Estes são alguns fatores que contribuem para a evolução dos processos de desertificação
neste município.
Causas Fundamentais Pelo Processo de Desertificação
→ Vocação Pré-Desértica (equilíbrio ecológico instável)
→ Criação Extensiva
→ Derrubada Generalizada da Cobertura Vegetal
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→ Queimadas
→ Manejo incorreto do solo
Danos causados à Bacia do Rio Parnaíba com a desertificação
. Desertificação
gera acúmulo de
areia na bacia do
rio Parnaíba a
partir de afluentes
. Areia em excesso
provoca a
formação de
“coroas”,
dificultando a
nevegabilidade e
afetando a
produção
pesqueira
. Acúmulo de areia
no leito do rio
diminui a
quantidade de
nutrientes para
alimentar a vida
aquática
. A partir da
diminuição do leito
ocorrem os
transbordamentos
e conseqüentes
inundações
. Toda a areia
acumulada no leito
do rio em razão
dos sedimentos
resultantes da
desertificação é
transportada para
o Delta do
Parnaíba.
. No período
chuvoso, a água
lava o leito
transportando tudo
que ali existe
seguindo o curso
do rio em direção
ao Delta e ao
Oceano Atlântico
. Dunas da Lagoa
do Portinho e Luís
Correia seriam
decorrência do
processo em
Gilbués
Conclui-se que a desertificação em Gilbués está caracterizada pela perda
física e química do solo com erosão e incapacidade de uma sustentação mínima
de qualquer cobertura vegetal que gera má qualidade de vida a comunidade. São
quase 1.200 hectares de áreas em processos de desertificação, atingindo em
média 40% do território piauiense.
Salientamos duas regiões afetadas
pelo
processo
da
desertificação associadas aos climas das regiões diferentes. A primeira delas se caracteriza como
sub-úmida seca e com ecossistema
do cerrado, com o avanço da fronteira agrícola de soja, a mineração antiga.
Nessa área onde se encontra a
micro-região chapadas do Extremo
Sul Piauiense (55), mais especialmente no núcleo de desertificação
de Gilbúes (770 km de Teresina)
onde a mineração do diamante foi a
principal atividade econômica, atraindo grande contigente populacional
e gerando uma exploração
desordenada dos recursos. Com a
que da mineração, as áreas
exploráveis foram ocupadas com
grandes projetos agrícolas e com
utilização da prática de queimadas
(roças) e de mecanização pesada.
A segunda caracteriza-se pelo seu clima semi-árido. Aqui, o uso do solo se
dá pela agricultura do sequeiro (arroz), de subsistência, pecuária extensiva de
bovinos e caprinos e mineração localizado de calcário e amianto, tudo dentro de
um sistema de propriedade altamente concentrado e com movimentos
emigratórios fortes. Além do desmatamento, encontram-se processo generalizados de erosão dos solos e assoreamento dos principais cursos d’água.
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A degradação dos solos piauienses se faz presente em toda a sua extensão, a começar pelo sul, onde as queimadas, são constantes principalmente nas
nascentes do Rio Parnaíba.
A fauna piauiense, tem sido dizimada através das temperaturas em virtude
das grandes caçadas, desmatamento e das queimadas, sendo as caçadas as
principais causadoras do processo de extinção da nossa fauna. Existem duas
classes de caçadores: Os caçadores profissionais, com interesses voltados para
a comercialização, as quais promovem a caça predatória, e as que predam afim
de sobreviver.
Animais ameaçados de extinção no Piauí:
* Tatu-canastra (vulnerável)
* Tatu-bola (em perigo)
* Tamanduá-bandeira (vulnerável)
* Lobo-guará (vulnerável)
* Cachorro-do-mato-vinagre (vulnerável)
* Onça-parda ou suçuarana
* Jaguatirica
* Gato-do-mato
* Gato-maracajá
* Onça-pintada, jaguar
* Peixe-boi marinho
* Capivara
* Preguiça
* Gambá
* Anta
* Quati
* Arara
* Veado-campeiro
* Ararinha-azul
* Tartaruga-verde
* Tartaruga-gigante
* Tartaruga-de-pente
* Surucucu
Fonte: IBAMA
Quanto a fauna aquática do Piauí (peixes cada vez mais escassos em números e espécies). Já se encontram facilmente, o branquinho, cará, mandi,
matrinchã, mandubé, pacu, parambebe, fidalgo, corvina, bagre, serra, piau, sendo este último o peixe que deu origem ao nome do estado - Piauí.
Postos de Reservas Florestais
São 7 áreas de preservações florestais das quais duas se encontram em
Teresina e o restante, nos municípios do estado. As áreas são de caráter público
e se encontram sob a responsabilidade da IBDF.
1º Posto de fomento floresta de Teresina.
→ Tem uma área de 253 hectares localiza-se no bairro Jóquei Clube, a uma
distância do centro da capital de 6km. É ai que se encontra a delegacia estadual
do IBDF.
2º Posto de fomento florestal do Buenos Aires.
→ Possui uma área de 40 ha. localizado no bairro Buenos Aires distante do
Centro 9km.
3º Posto de fomento florestal do Palmares.
→ Possui área de 170 ha situado a margem da BR-222 no município de
Altos a 24 km da capital.
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4º Posto de fomento florestal de Campo Maior.
→ Área de 53.258 ha em Campo Maior à distância de 83 km da capital.
5º Posto de fomento florestal José de Freitas.
→ Área de 44.082 à distância de 66 km da capital.
6º Posto de fomento florestal Piripiri.
→ Área de 293.979 ha, é a maior área de preservação pública localizada no
município de Piripiri à uma distância de 183 km.
7º Posto de fomento florestal de Pedro II
→ É o menor em área, com 3 ha, porém é o mais distante da capital com
230 km de distância.
ALGUMAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL
* PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA
Localização: situado na região de São Raimundo Nonato, abrangendo áreas dos
municípios de São Raimundo Nonato, São João do Piauí, João Costa, Coronel
José Dias e Brejo do Piauí. Compreende uma área de 130.000 hectares, em
ecossistema de caatinga.
Geologia: A região do Parque estende-se sobre três conjuntos geomorfológicos:
→ A oeste, os planaltos areníticos (chapadas)
→ No centro, a cuesta, um dos mais importantes relevos do nordeste.
→ A leste uma grande planície de erosão, coberta pelo pendimento.
Flora: A cobertura vegetal do Parque Nacional é formada pela caatinga, formação
caducifólica, típica do sertão nordestino, com frequência de espécies espinhosas, de cipós, de cactáceas e bromeliáceas.
Fauna: A fauna do Parque foi dizimada pela capa intensiva. Entre os mamíferos,
os roedores são comuns, principalmente cotias e mocós. Manadas de veados
começam a se fazer notar nas áreas preservadas do Parque. Foram identificados
na região 208 espécies de aves muitas idênticas do semi-árido.
Pintura Rupestre: No Parque existem cerca de 300 sítios arqueológicos são
abrigos que apresentam pinturas em suas paredes.
Constituem o mais importante acervo de pinturas rupestres do continente.
Mais de 30 sítios arqueológicos estão preparadas para a visitação; neles o visitante verá parte desse imenso acervo inscrito pela UNESCO na lista do patrimônio
cultural da humanidade
PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES
→ Situado em Piripiri, Piracuruca e Brasileira a 196 km da capital, com área de
6.221 hectares, em ecossistema de cerrado. Contém sítios arqueológicos, com
inscrições rupestres. Possui um hotel fazenda, com importante estrutura em
lazer. Possui um conjunto rochoso em que, ao longo dos anos, as forças da
natureza esculpiram as mais estranhas formas que encantam a vista e despertam idéias de mistérios. Diz-se até que por ali estiveram os fenícios, milhares de
anos passados.
ALGUMAS ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
* Estação Ecológica Uruçui - una, em Ribeiro Gonçalves e Uruçui.
* Área de proteção ambiental serra das Mangabeiras - no extremo sul do estado.
* Área de Proteção do Delta do Parnaíba, em Parnaíba, sendo o único das américas
em mar aberto.
* Área de Proteção da Cachoeira do Urubu, em Esperantina e Batalha.
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