geografia geral e do brasil

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GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
CAPÍTULO III – NOÇÕES DE GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA, SOLOS E ROCHAS
• Orgânicas: carvão mineral, calcário, dolomito.
• Químicas: estalactite, estalagmite, sal-gema.
MINERAIS E ROCHAS
- Mineral: toda a substância natural presente na crosta
terrestre. Consiste em um elemento ou composto
químico, resultante, principalmente, por processos
inorgânicos. Os minerais apresentam uma composição
química definida.
Excetuando a água e o mercúrio, os minerais se
encontram em estado sólido e apresentam uma série de
características específicas, como a estrutura (estado
cristalino, com os átomos dispostos de forma regular); a
clivagem (possibilidade de divisão em planos
específicos, como se fosse em planos paralelos);
fraturas (rompimento de forma irregular); dureza
(resistência ao risco, avaliada pela escala de Mohs, na
qual o talco corresponde à classificação 1 e o diamante,
à classificação 10).
Exemplificando: o granito é uma rocha,
composta pelos seguintes minerais: feldspato
(composto pelos elementos químicos oxigênio, alumínio
e potássio); quartzo (oxigênio e silício) e mica (oxigênio,
silício, alumínio e potássio).
Os minerais podem ser classificados em minerais
metálicos (abundantes, como o ferro e o manganês e
raros, como o ouro e a prata) e não-metálicos, como os
fosfatos, nitratos, gesso, petróleo, gás natural, etc.
- Minério: mineral do qual se extrai, com aproveitamento
econômico, uma substância química de interesse na
utilização industrial.
Exemplificando: a bauxita, que consiste numa rocha,
é formada por substâncias compostas, chamadas
minerais, entre os quais se encontra se o óxido de
alumínio, além de outras substâncias, como óxidos de
ferro, sílica, etc. O processo de purificação industrial
resulta na alumina, óxido de alumínio puro, que,
submetido a uma reação química, produz o alumínio
metálico (substância simples), com maior valor
agregado e de utilização econômica nas industriais.
Concluindo: a bauxita é o principal minério de alumínio.
- Rochas: são agregados naturais formados por um ou
mais minerais.
- Classificação: podem ser classificadas com base em
vários critérios. Para o nosso estudo, a mais importante
é a classificação quanto à origem:
→ Magmáticas ou ígneas: resultantes da solidificação
do magma pastoso, sendo bastante resistentes e
antigas. Podem ser:
• Plutônicas ou intrusivas (formação no interior da
crosta terrestre, como o granito, o diorito e o gabro).
• Extrusivas ou vulcânicas (formação no exterior
da crosta, devido ao contato da lava com a atmosfera,
como o basalto, o diabásio e a obsidiana).
→ Sedimentares: são resultantes do processo de
litificação, ou seja, são formadas pela deposição de
partículas ou sedimentos originários de processos
erosivos atuantes sobre outras rochas. Podem ser:
• Clásticas: arenito, areia, argilito, etc.
→ Metamórficas: resultantes do processo de
transformação de outras rochas devido à ação de altas
pressões e temperaturas, como o gnaisse, a ardósia e o
mármore.
As rochas metamórficas e magmáticas são
designadas como rochas cristalinas devido à
organização molecular regular na forma de cristais. É
importante considerar o denominado ciclo das rochas ou
petrológico em que, devido a processos erosivos, de
transporte e de cristalização, as rochas podem se
transformar em outras rochas, chegando, inclusive, a ser
reabsorvidas no manto pastoso, como ilustrado na figura
abaixo.
Fonte: Coelho, Marcos de Amorim. Geografia Geral. Editora Ática, São Paulo, 1992.
SOLOS
"O solo não é estável, nem inerte; muito pelo
contrário: constitui um meio complexo em perpétua
transformação, submetendo-se a leis próprias que
regem sua formação, sua evolução e sua destruição.
Forma-se no ponto de contato da atmosfera, da litosfera
e da biosfera; participa intimamente nesses mundos tão
diversos, pois mantém relações constitutivas com o
mundo mineral, assim como com os seres vivos."
Extraído de DORST, Jean. "Antes que a natureza morra: por uma ecologia
política." São Paulo: EDUSP, 1973.
A Pedologia ou Edafologia corresponde à
ciência que estuda os solos, sua morfologia,
composição, distribuição espacial e classificação.
Os solos correspondem à camada superficial da
crosta terrestre e são formados por ação do
intemperismo, processo que corresponde ao conjunto
de fenômenos físico-químicos responsável pela
desagregação das rochas. Podem-se identificar duas
etapas no processo de formação dos solos, a saber:
1) o processo de decomposição das rochas,
fase em que ocorre a sua desintegração, originando os
minerais.
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GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
2) o processo de incorporação de material
orgânica (vegetal e animal), conferindo a coesão ao solo
e a fertilidade através do húmus.
Diversos fatores contribuem para a formação
dos solos, como os elementos climáticos (temperatura,
ventos, chuvas), o tipo de rocha matriz, o tipo de
vegetação, e a topografia. A ação de todos estes fatores
combinada dá origem a diferentes tipos de solo quanto
à espessura, como solos rasos (que medem apenas
alguns centímetros); médios e profundos (que podem
atingir alguns metros de profundidade).
Diversos são os elementos constituintes dos
solos, a saber:
- a água do solo, fundamental para a absorção dos
nutrientes por parte das plantas e para fazer a
distribuição da seiva produzida por elas;
- o ar do solo, fundamental para as trocas gasosas e
para promover a respiração das raízes;
- os elementos e partículas minerais, como a argila,
a areia, o potássio, o fósforo e o cálcio. Estes últimos
atuando como nutrientes.
- a matéria orgânica, relacionada a ação dos
microorganismos que proporcionam a fixação do
nitrogênio do ar e o restitui, assim como fósforo e o
enxofre quando da decomposição.
Considera-se fértil um solo rico em nutrientes. Os
nutrientes são classificados em macronutrientes
(nitrogênio, fósforo e potássio) e micronutrientes (Fe,
Mg, Zn e Cu).
Se observarmos uma coluna de solo, dependendo
de sua maturidade e profundidade, podemos observar
que ele se apresenta dividido em horizontes, como
demonstrado na ilustração abaixo.
Fonte: Unicamp
- Horizonte A: corresponde ao solo superficial que
apresenta a maior quantidade de matéria orgânica
decomposta que se encontra misturada aos elementos
minerais. É importante para a prática agrícola e pode
sofrer processos de lixiviação e erosão.
- Horizonte B: trata-se de um horizonte já bastante
intemperizado, correspondendo ao subsolo. Apresentase constituído, principalmente, por minerais e com
menor percentual de matéria orgânica. Sofre uma ação
menos intensa dos agentes erosivos.
- Horizonte C: corresponde à rocha fragmentada,
constituindo o material original do solo.
- Horizonte D: corresponde à rocha matriz não alterada.
Os solos podem apresentar vários graus de
profundidade, podendo ir de alguns centímetros a vários
metros. O solo que só apresenta o horizonte A é um solo
jovem (litossolo). O solo com os horizontes A e C é um
solo raso, como o cambissolo. O solo com a presença
de todos os horizontes é um solo já maduro, como o solo
podzólico.
Podem-se classificar os solos dentro de três
grupos:
- zonais: consistem em solos bem formados e maduros
que apresentam os horizontes A, B e C e que possuem
como principal elemento formador o clima. Podemos
citar como exemplos destes solos o latossolo, o podzol,
os solos de tundra e os solos desérticos.
- Interzonais: consistem em solos que refletem a
influência do relevo local e o tipo de rocha matriz. Como
exemplos, podemos citar os solos hidromórficos e os
grumossolos (massapé).
- Azonais: são solos pouco desenvolvidos e recentes,
como os litossolos, os solos aluviais e os cambissolos.
Um dos aspectos mais preocupantes em
relação à questão ambiental é o intenso processo de
erosão que caracteriza determinadas áreas do planeta.
A
erosão
elimina,
segundo
levantamentos,
aproximadamente 11 milhões de hectares de terras
cultiváveis. Projeta-se que, se este processo continuar,
275 milhões de hectares de terras agricultáveis serão
perdidos até o ano 2025, representando em torno de
18% das terras agricultáveis. As estimativas dão conta
que a perda de solos atinge a ordem de 75 milhões de
toneladas/ano no mundo. Além da questão ambiental, a
erosão, com as suas conseqüências, tem profundas
implicações sociais, agravando a pobreza, encarecendo
os produtos agrícolas e promovendo o desemprego e o
êxodo rural.
Além das chuvas, a ação antrópica é a principal
responsável pelo processo de erosão, como o
desmatamento; as queimadas; o manejo inadequado do
solo; a exploração excessiva através da agropecuária
extensiva e a prática da monocultura.
O desmatamento, além de retirar os elementos
nutrientes, empobrecendo os solos, desprotege-os, pois
a matéria orgânica é um importante elemento de coesão.
O solo fica, também, submetido ao impacto direto da
chuva. Este processo também conduz ao aumento do
escoamento superficial, reduzindo a infiltração das
chuvas e os lençóis freáticos, e acarretando no aumento
da lixiviação e da laterização. A lixiviação consiste na
lavagem dos sais minerais pelas águas correntes. Este
fenômeno é mais característico dos climas intertropicais
em que a evaporação é menor que a quantidade de
água que chega ao solo. Este fenômeno acentua o
assoreamento dos rios, o que, por sua vez, reduz a
navegabilidade dos rios, reduz a pesca e provoca
enchentes. A lixiviação está associada ao fenômeno da
laterização. As lateritas consistem em crostas
ferruginosas, devido à elevada concentração de
hidróxidos de ferro e de carbono, dando origem ao que,
no interior do Brasil, é denominado canga, tipo de solo
avermelhado impróprio à prática agrícola.
É comum, devido à erosão, o surgimento de
voçorocas ou barrocas que constituem grandes fendas
que se abrem no manto superficial do solo.
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clima subtropical e o Podzol Acinzentado, no Nordeste.
Também podem ser suscetíveis à erosão.
- Cambissolo: também se encontra em quase todo o
território, sendo mais característico nas porções
orientais dos planaltos do Sul, como na Serra do Mar e
da Mantiqueira. Apresenta o horizonte B incipientemente
desenvolvidos. A suscetibilidade à erosão depende de
sua profundidade.
As queimadas, prática relacionada à agricultura
itinerante, destrói os sais minerais do solo, tornando-o
infértil devido ao seu rápido esgotamento. As práticas
agrícolas têm uma relação direta com os impactos aos
solos, seja pela inadequação das técnicas e do
manuseio do solo, como a utilização de máquinas
pesadas, seja pela sua contaminação por agrotóxicos e
pelo seu empobrecimento devido à monocultura e ao
tipo de cultura praticada. A ilustração abaixo mostra a
perda de solo em função do tipo de prática agrícola.
Entre as práticas alternativas que são indicadas
para reduzir os processos erosivos citam-se a rotação
de culturas, a utilização de práticas agrícolas mais
orgânicas, com cultivos mais compatíveis com o tipo de
solo e clima e a utilização do terraceamento e das curvas
de níveis em áreas inclinadas.
No Brasil, a EMBRAPA tem contribuído, de
forma significativa para o conhecimento do assunto e
pelo desenvolvimento de novas tecnologias de forma a
evitar ou minimizar os problemas relativos à erosão,
bastante expressivos no país devido às características
dos nossos solos e climas, aspectos agravados pelas
praticas agrícolas desenvolvidas.
Principais classes de solos do Brasil
- Planossolo: é encontrado, principalmente, na região
Nordeste; área do Pantanal Matogrossense, na
Amazônia, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro,
em regiões mais planas. Apresenta uma drenagem
deficiente em função de um horizonte B argiloso.
Bastante suscetível à erosão.
- Bruno Não-Cálcico: característico do Sertão
Nordestino. Apresenta horizonte A com cor clara e que
se torna endurecido na ausência de água. Apresenta
grande suscetibilidade à erosão.
- Regossolo: é um solo raso, com ausência do horizonte
B e C, portanto, pouco desenvolvidos. Apresentam
estrutura bastante arenosa e com variação de cor. É
encontrado em áreas de colinas e declives suaves, no
Sertão e Agreste nordestinos e na região serrana do
Sudeste.
Outros solos encontrados em território brasileiro
são: o Litossolo, o Vertissolo, o Gleissolo, o Plintossolo,
os solos Aluviais, etc.
Os mapas abaixo mostram a relação entre a
suscetibilidade à erosão e as principais linhas do relevo
do Brasil (classificação de Jurandir L. S. Ross).
Podemos perceber que as áreas de maior risco
à erosão são as áreas de Planaltos e as áreas das
Chapadas da Bacia do Paraná.
Identificam-se, no Brasil, trinta e seis classes de
solos principais. O sistema brasileiro de classificação de
solos permite relacionar, em linhas gerais, as classes de
solos aos domínios morfoclimáticos. Abaixo, estão
relacionados alguns dos principais solos brasileiros e
suas características genéricas.
- Latossolo: encontrado em amplas áreas do país, em
áreas de florestas, de cerrado, portanto, são
encontrados na Amazônia, no Planalto Central e no
Sudeste, na áreas de Mares de Morros. Apresentam o
horizonte B, sendo bastante intemperizados, maduros e
profundos, com elevado índice de acidez. Há diversos
tipos de Latossolos em função de sua composição e cor,
como o Latossolos Bruno, Latossolo Ferrífero, Latossolo
Roxo, etc. São menos suscetíveis à erosão
- Podzol: trata-se de solo com grande teor de argila, o
que diminui a permeabilidade e favorece o escoamento
superficial e a erosão. Também se encontram vários
tipos de Podzóis, como o Podzol Vermelho-Amarelo,
encontrado em quase todo o território e o mais comum;
o Podzol Amarelo, nas zonas úmidas costeiras e na
Amazônia; o Podzol Bruno-Acinzentado, em áreas de
MAPA 1
1- Fraco
2- Fraco a moderado
3- Moderado a forte
4- Forte a muito forte
5- Extremamente forte
MAPA 2
Planaltos
1- Em bacias sedimentares
2- Em estruturas cristalinas e
dobradas antigas
Depressões
3- Em estruturas sedimentares
4- Em estruturas cristalinas
Planícies
NOÇÕES DE GEOLOGIA
A Geologia é a ciência que tem por objeto de
estudo a estrutura e a evolução física do planeta, desta
forma, dedica-se a estudar a totalidade dos fenômenos
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que atua no interior e no exterior do planeta. Pode ser subdividida em Geologia Histórica, Geologia Física, Geologia
Econômica, etc.
Para maior orientação no estudo das estruturas geológicas, observar o quadro abaixo que retrata a escala
geológica de tempo com as suas subdivisões e características principais, objeto de estudo da Geologia Histórica.
Observar que estamos diante de um sistema em que as eras se dividem em períodos, estes em épocas; as épocas
em idades e estas em fases.
A Geologia identifica três tipos de estruturas
geológicas ou unidades geotectônicas que marcam as
áreas continentais:
- Bacias Sedimentares: podem datar de diferentes eras
geológicas. As bacias sedimentares das eras
Paleozóica e Mesozóica são consideradas antigas e as
bacias da era Cenozóica são modernas, algumas ainda
em processo de formação. Consistem em grandes
depressões que foram preenchidas, ao longo do tempo
geológico, por sedimentos e detritos provenientes de
áreas contíguas que se estruturam numa disposição
horizontal. Apresentam o predomínio de rochas
sedimentares e possuem as reservas de combustíveis
fósseis, como o petróleo e o carvão mineral. Podemos
citar como exemplos, as bacias Amazônica, Parisiense
e Russa.
- Áreas Cratônicas: consistem no embasamento
rochoso fundamental da crosta terrestre. São as mais
antigas estruturas do planeta, datando da era PréCambriana. Os Escudos Cristalinos são estruturas
antigas, correspondendo aos primeiros afloramentos da
crosta terrestre. São constituídos, predominantemente,
por rochas magmáticas e metamórficas e apresentamse bastante estáveis e consolidados. Exemplos
característicos são os escudos Brasileiro, Canadense,
das Guianas e Patagônico. São áreas ricas em minerais
metálicos, como o ferro, o manganês, etc.
- Dobramentos: são estruturas resultantes de
movimentos tectônicos que, devido a pressões
horizontais sofre estruturas rochosas mais flexíveis,
promovem dobramentos da crosta terrestre e
possibilitam a formação de cordilheiras e montanhas. Os
Dobramentos Modernos são resultantes da orogenia
terciária (período Terciário da era Cenozóica). São
áreas de grande instabilidade geológica, sujeitas aos
abalos sísmicos e ao vulcanismo. Exemplos
significativos de Dobramentos Terciários são o
Himalaia, as Montanhas Rochosas e os Andes.
O mapa a seguir permite visualizar, de forma
genérica, estas estruturas distribuídas pelo planeta.
Fonte: "Collins-Longmans Planned Atlas", Londres: Collins- Longmans, 1988
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ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL
Das três estruturas geológicas identificadas
anteriormente, o Brasil só apresenta as bacias
sedimentares e os maciços antigos. O território brasileiro
não apresenta orogenia terciária. Os dobramentos
brasileiros são antigos, já bastante erodidos e que
remontam à Era Pré-Cambriana, , como é o caso das
Serras do Mar e da Mantiqueira (Era Arqueozóica) e da
Serra do Espinhaço (Era Proterozóica). Os terrenos do
território brasileiro apresentam-se bem consolidados e
pouco suscetíveis à ação de movimentos tectônicos,
ainda que, às vezes, ocorram abalos sísmicos,
geralmente de pequena intensidade. Além da
antiguidade dos terrenos, esta estabilidade se deve ao
fato de o Brasil se encontrar no interior da Placa SulAmericana, ou seja, distante da área de instabilidade no
limite das placas de Nazca Sul-Americana, como se
pode observar no mapa que retrata as estruturas
geológicas da Plataforma Sul-Americana, constituída
pelas áreas de escudos cristalinos e bacias
sedimentares.
grande importância econômica devido à ocorrência de
recursos fósseis como o carvão mineral nas estruturas
sedimentares da região Sul do país e o petróleo, na
Bacia do Recôncavo e nas bacias marítimas, como a
Bacia de Campos. É importante ressaltar, no entanto,
que os núcleos de algumas destas bacias já podem ser
encontrados em períodos geológicos anteriores, como
no caso das Bacias do Parnaíba, Amazônica e do
Paraná.
Entre os eventos importantes na histórica
geológica do Brasil, podemos destacar, além da
formação das bacias sedimentares, ao longo do tempo
geológico, como visto acima, a transgressão marinha
que submeteu o imenso continente de Gondwana,
formando o denominado mar Devoniano. A
individualização das bacias sedimentares brasileiras só
ocorreu após e epirogênese da América do Sul que
provocou a regressão marinha.
Outro evento
significativo foi a ocorrência de derrames vulcânicos
durante o Jurássico e o Cretáceo (Era Mesozóica), na
região Centro-Sul, formando os basaltos e diabásios
que, com o intemperismo, deram origem à terra roxa.
Os Escudos Cristalinos do Brasil perfazem 36%
do território brasileiro, sendo que 32,1% correspondem
a terrenos arqueozóicos, constituindo o denominado
Complexo Cristalino Brasileiro e 3,9% correspondem a
terrenos proterozóicos. Os crátons apresenta-se
distribuídos por dois grandes grupos: o Escudo das
Guianas, com terrenos arqueozóicos, e o Escudo
Brasileiro que se encontra subdividido em vários
núcleos, alguns com terrenos arqueozóicos (Xingu e
São Francisco) e outros com terrenos proterozóicos
(Tocantins, Mantiqueira, Borborema). Os terrenos
proterozóicos destacam-se pelo fato de abrigarem as
principais reservas minerais do país, fato que se explica
pela intensa movimentação tectônica durante a era
Proterozóica que conduziu à concentração acentuada
de recursos minerais nas camadas mais superficiais da
crosta terrestre. Pesquisas mais recentes também
demonstraram a ocorrência de importantes reservas
minerais em terrenos arqueozóicos. O mapa a seguir
mostra a relação entre as estruturas geológicas e a
ocorrência mineral.
Fonte: CUNHA, Sandra Baptista da e GUERRA, Antonio J. Teixeira (Org.). Geomorfologia
do Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
As bacias sedimentares ocupam posição
predominante na estrutura geológica do Brasil.
Corresponde a 64% da área total do país. Estas bacias
representam diversas eras geológicas. As mais antigas
são da Era Paleozóica, como a bacia do São-Francisco
e a bacia do Paraná e da Era Mesozóica, como a bacia
do Parnaíba. As bacias sedimentares mais recentes,
datando da Era Cenozóica são as bacias do Xingu e
Costeira (terciárias) e da Amazônia e do Pantanal
(quaternárias), que ainda se encontram em processo de
consolidação. As bacias sedimentares apresentam
Fonte: SIMIELLI, M.E. "Geoatlas". São Paulo: Ática, 2002. p. 82, 83.
NOÇÕES DE GEROMORFOLOGIA
A Geomorfologia corresponde a uma
especialização da Geografia Física e da Geologia,
relacionando-se intimamente com elas e que tem por
objeto de estudo o relevo.
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GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
O
relevo
corresponde
às
diferentes
configurações que a crosta terrestre assume. Procura,
portanto, descrever, classificar e explicar as diferentes
formas da superfície terrestre, sua origem e sua
evolução.
Dois conjuntos de fatores contribuem para a
estruturação e modificação do relevo:
- Agentes internos ou endógenos: são denominados
estruturantes, pois dão origem a novas formas de relevo
e estão relacionados às forças internas que atuam no
planeta, como a ação das correntes de convecção e a
pressão do magma pastoso e o deslocamento das
placas tectônicas. Os agentes internos são os seguintes:
1. Tectonismo: relacionam-se às pressões magmáticas
sobre a crosta terrestre, provocando deformações na
superfície. Podemos identificar dois tipos principais de
tectonismo:
a. Orogênese: originam-se de pressões horizontais
sobre estruturas geológicas flexíveis e ocasionam o
surgimento de dobramentos. A expressão significa a
formação ou surgimento de montanhas.
b. Epirogênese: originam-se de pressões verticais
sobre estruturas geológicas rígidas e ocasionam as
falhas e fraturas da crosta terrestre. Correspondem ao
soerguimento dos terrenos. Este movimento ocasiona,
com frequência o surgimento de falhas.
Entre as consequências deste fenômeno
podemos destacar as diáclases (formação de fendas,
sem que ocorra o desnivelamento do terreno) e
paráclases (deslocamento caracterizado pela posição
de nível diferente no terreno, ocasionando degraus).
Cabe destacar, no caso das falhas que a
estrutura conhecida como graben, quando serve de leito
a um rio, constitui o denominado rift valley com mais de
9 mil quilômetros na África.
As ilustrações a seguir exemplificam as
principais formas e estruturas relacionadas às falhas e
aos dobramentos.
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
As montanhas podem ser formadas a partir de
dobramentos, falhas ou blocos e do vulcanismo.
2. Vulcanismo: os principais aspectos relacionados ao
vulcanismo já foram estudados na unidade sobre a
Tectônica das Placas. Correspondem a crateras ou
fissuras que ocorrem na crosta terrestre através das
quais o magma pastoso sobe até a superfície em forma
de lava, constituindo uma forma semelhante a um cone
e produzindo uma série de fenômenos associados.
A maioria das montanhas vulcânicas forma-se
ao longo dos limites das placas tectônicas
Observar, nas ilustrações a seguir, alguns
aspectos característicos da formação das montanhas.
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
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passam a
meandros.
fluir
mais calmamente,
formando
os
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
Agentes externos ou exógenos: são denominados
agentes modeladores e estão correlacionados à energia
solar que se manifesta através dos elementos climáticos
e suas conseqüências. Estes agentes se manifestam,
sobretudo, através de processos erosivos, de transporte
e de sedimentação ou acumulação.
Podem-se identificar diversos destes agentes.
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
1. Intemperismo ou meteorização. Consiste no
processo em que a ação dos agentes atmosféricos e
biológicos ocasiona alterações químicas e físicas nos
minerais e rochas, decompondo-os e desintegrando-os.
O intemperismo físico pode ser ocasionado por
mudanças de temperatura (termoclastia), por
congelamento e degelo (crioclastia) e pela abrasão dos
materiais carregados por rios, ventos e geleiras. O
intemperismo químico provoca a alteração na
composição química das rochas, como a dissolução de
minerais pela água.
2. Ação das Águas
a. Águas subterrâneas. Podem modificar alterações
nas formas dos terrenos em função da ação mecânica e
química que exercem, como na formação de cavernas e
grutas.
b. Águas superficiais. Podem ser citadas as
enxurradas e as torrentes, que correspondem a
temporários e violentos cursos d’água que podem
ocasionar deslizamentos e processos erosivos. A ação
das águas pluviais também é significativa no processo
erosivo. Cabe destacar a erosão fluvial: os rios exercem
uma ação destrutiva, de transporte e acumulação. Neste
processo, se desenvolvem os vales em V, planícies
aluviais e deltas. No curso superior, devido a maior
declividade, os fluxo fluvial é mais intenso, provocando
maior ação erosiva. Os rios, ao atingirem um patamar de
estabilidade ou se deslocarem sobre áreas mais planas,
c. Águas do mar. As águas do mar podem exercer uma
ação erosiva (abrasão marinha) em associação com as
características geológicas da área. A abrasão marinha
ocasionada pelo solapamento das ondas sobre a costa
provoca as falésias ou barreiras (altos paredões
escarpados próximos ao litoral).
O trabalho de acumulação marinha tem como
resultantes o surgimento de bancos de areia, praias,
restingas (faixas de areia depositadas de forma paralela
ao litoral pelas correntes marinhas, nas entradas de
baías e enseadas que quando se fecham fazem surgir
lagoas litorâneas – lagunas) e tômbolos (formação
arenosa que une uma ilha ao continente).
A transgressão marinha ocasiona a formação de
estuários, enseadas e baías e a regressão marinha
ocasiona a formação de deltas, ilhas e arquipélagos.
Cabe acentuar que o desenvolvimento de restingas
conduz à retificação da linha de litoral.
As ilustrações a seguir mostram a ajudam a
entender estes fenômenos.
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Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
4. Geleiras. A erosão glacial ou das geleiras é
ocasionada pela infiltração da água nas fendas do
terreno e seu posterior congelamento, gerando o
estriamento das rochas, a erosão e a sua destruição.
Este trabalho erosivo ocasiona os denominados vales
em forma de U e os fiordes (golfo profundo, estreito e
sinuoso, formado por braço de mar que penetra no
continente) . As geleiras também exercem uma ação de
deposição, ocasionando, por exemplo, as colinas
morainicas (acumulação
de
material rochoso
transportado pelas geleiras). Visualizar alguns destes
processos nas ilustrações a seguir.
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
3. Ventos. A ação dos ventos é bastante significativa em
regiões áridas e semi-áridas. Podemos identificar vários
processos relacionados à sua ação, como a deflação
que corresponde aos detritos decompostos das rochas
carregados pelos ventos (trabalho de limpeza); a
corrosão que corresponde ao trabalho erosivo
provocado pela colisão dos grãos de areia e a ablação,
correspondendo ao trabalho de escavamento.
Os ventos exercem, portanto, uma ação erosiva
e também um trabalho de transporte e de acumulação
que tem como resultado a formação de dunas. Observe
as ilustrações abaixo para melhor compreensão desta
ação.
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
Fonte: Atlas Visuais, a Terra. Editora Ática. São Paulo, 1995 (adaptado pelo autor).
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GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
RELEVO BRASILEIRO
O território brasileiro foi submetido a uma ação
intensa dos agentes externos, sendo, marcado,
portanto, pela grande variedade morfológica, com a
existência de planaltos, planícies, depressões,
chapadas, etc. Seu território, como já estudado, não se
encontra submetido à ação recente de agentes internos,
como o vulcanismo e o tectonismo, desta maneira, não
apresenta formas oriundas da atuação destes agentes,
como elevadas cordilheiras.
No estudo do relevo, é de fundamental
importância entender os conceitos morfológicos básicos
e não confundi-los com as estruturas geológicas que
lhes servem de substrato rochoso.
PEQUENO DECIONÁRIO TÉCNICO TROCADO EM
MIÚDOS
Fonte: Nova Escola. Ano X, n0 88, outubro de 1995.
Deve-se considerar que a antiguidade dos
terrenos brasileiros, com intensos processos erosivos,
facilitados pela ação das forças internas da Terra e da
sucessão de ciclos climáticos, cuja alternância de climas
quentes e úmidos com climas áridos ou semi-áridos,
justifica uma modesta altimetria, pois 99% do território
encontram-se abaixo de 1.200 m de altitude sendo que
58,5% do território do Brasil encontra-se entre 201 m e
1.200 m. Este território foi submetido intensamente a
processos modeladores durante a Era Cenozóica. É
importante destacar que apesar do ponto culminante do
país encontrar-se ao norte (Pico da Neblina, com 3.014
m), as terras mais elevadas concentram-se na Região
Sudeste.
CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO
O desenvolvimento tardio dos estudos
geológicos e geomorfológicos, no Brasil, se refletiu na
precariedade das classificações do relevo levadas a
efeito a partir da 1a metade do séc. XIX. Além de
omitirem unidades de relevo importantes, confundiam,
por vezes, na classificação, conceitos geológicos com
conceitos geomorfológicos.
A classificação de Aroldo de Azevedo (criada em
1949) passou a ser amplamente utilizada, pois, além de
simples, mostrava inovações significativas ao incorporar
uma terminologia geomorfológica, pelo menos em
relação às principais unidades de relevo. Tratou-se de
uma classificação em que o relevo do Brasil era
visualizado em grandes unidades de planaltos e
planícies O Planalto Brasileiro era dividido em Planalto
Atlântico, Planalto Central e Planalto Meridional. Essa
classificação teve por base a altimetria do relevo: as
planícies são áreas aplainadas que alcançam até 200 m
de altitude; os planaltos são áreas aplainadas acima de
200 m. Percebe-se que os 4 planaltos (das Guianas,
Atlântico, Meridional e Central) e as 4 planícies
(Costeira, Amazônica, do Pantanal e dos Pampas)
Prof.: Carlos Alberto (Cacá)
9
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
coincidiam, de forma geral, com a estrutura geológica do
território.
planícies (que correspondem a 5%), ou seja, 28
unidades de relevo no total.
A tipologia do professor Aziz Nacib Ab'Sáber,
criada em 1958, manteve essa divisão em planaltos e
planícies, porém dividiu o Planalto Brasileiro em Planalto
Central, Planalto do Maranhão-Piauí, Planalto
Nordestino, Planalto do Leste e Sudeste e planalto
Meridional. Esses cinco planaltos foram definidos
segundo critérios geomorfológicos estruturais, ou seja
foram combinadas as formas com base em sua
geologia. Nessa classificação, os planaltos são áreas
em que o processo de erosão é mais intenso do que o
de sedimentação e as planícies são as áreas em que
ocorre o contrário. O professor Aziz Ab’Sáber já contou,
para o estudo de algumas regiões, com levantamentos
de aerofotogrametria.
Fonte: ROSS, J.L.S. (Org.), Geografia do Brasil.
20 ed. São Paulo: Edusp, 1998 (Adaptado)
Em 1995, surgiu a classificação proposta pelo
prof.: Jurandyr Ross, cuja equipe contou com um imenso
acervo de informações possibilitado pelo Projeto
Radambrasil (Um Radar para a Amazônia) do Ministério
das Minas e Energia, levantamento realizado entre 1970
e 1985. Este projeto que, a princípio estaria restrito à
Amazônia, acabou fazendo levantamentos em todo o
território brasileiro e contou com recursos de
aerofotogrametria, fotografando o solo brasileiro com um
equipamento especial de radar instalado num avião.
Essa nova tipologia levou em consideração
fatores especiais, que atuaram como critérios
taxonômicos: a origem e evolução geológica das
diversas áreas, o processo de erosão/sedimentação que
ocorrem nos tempos atuais, a atuação dos climas e o
nível altimétrico do lugar. Com isso, o relevo brasileiro é
formado por 11 planaltos e 11 depressões (que
correspondem a 95% do território nacional) e 06
A complexidade desta classficação, quando
comparada às anteriores, pode oferecer certas
dificuldades ao estudo, portanto, é importante ressaltar
alguns tópicos que podem servir como referências
importantes de estudo. Considerar os critérios de
classificação apontados acima; lembrar que esta
classificação introduziu o conceito de depressão, ou
seja, grande quantidade de terrenos planos de
inclinação suave, que antes eram confundidos com
planícies, foram redefinidos como depressões; as áreas
de planícies foram substancialmente reduzidas. Um
aspecto muito importante é comparar as diferentes
classificações.
O antigo Planalto Central nào mais existe: foi
dividido em treze unidades distintas, pois não era
apenas constituído por chapadas, mas também por
planatos, depressões e planície (Planície do Araguaia).
Algumas destas áreas foram integradas aos Planaltos e
Chapadas da Bacia do Parnaíba, aos Planaltos e Serras
de Goiás-Minas e à Bacia do Paraná. A Chapada dos
Parecis foi individualizada.
O antigo Planalto das Guianas foi subdividido
em duas unidades: a Depressão Marginal NorteAmazônica(200 e 300 metros) e os Planaltos Residuais
Norte-Amazônicos (médias de 1 200 metros), onde se
encontram os pontos mais elevados do país.
Prof.: Carlos Alberto (Cacá)
10
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
O antigo Planalto Nordestino passou a ser
designado como Depressão Sertaneja e do São
Francisco, variando de 80 m a 450 m. No Sertão do
Nordeste há relevos residuais chamados de “inselbergs”
ou “montanhas-ilhas”, originários de erosão diferencial
das rochas que as constituem; como, por exemplo, as
chapadas
do
Araripe
e
do
Apodi.
Esta
unidadeiIncorporou áreas do antigo Planalto Central e a
Borborema foi individualizada como Planalto da
Borborema.
O antigo Planalto Meridional também deixou de
existir. Foi subdividido em duas unidades: Planalto e
Chapadas da Bacia do Paraná, variando de 400 a 1 500
metros e a Depressão Periférica da Borda Leste da
Bacia do Paraná, variando de 600 a 900 metros. Na
zona de contato entre estas duas unidades, surgem as
denominadas cuestas que constituem um relevo
dissimétrico produto de erosão diferencial sobre
camadas de rochas de resistências diferentes aos
agentes externos do relevo. As “cuestas” apresentam
uma encosta íngreme de um lado (frente de cuesta) e
outra levemente inclinada. Esta escarpa levemente
inclinada é constituída de rochas magmáticas
metamórficas mais resistentes à erosão; por outro lado,
a frente de cuesta é formada de terrenos menos resistentes.
Observar, a partir do mapa de classificação do
relevo, que o relevo brasileiro pode ser visualizado a
partir de três recortes transversais ou perfis
fundamentais, como ilustrado a seguir.
Fonte: ROSS, J.L.S. (Org.), Geografia do Brasil.
20 ed. São Paulo: Edusp, 1998 (Adaptado)
Fonte: SALLES, Ignez Helena. Conceitos de Geografia Física. Ícone Editora, São Paulo,
1907 (Adaptado).
A antiga Planície Amazônica dividida em três
unidades: a Depressão da Amazônia Ocidental (100 m
a 200 m); o Planalto da Amazônia Oriental (400 m a 500
m) e a Planície Amazônica que foi reduzida a
aproximadamente 5% da antiga área, pois a planície
típica corresponde a faixa estreita que acompanha o
vale dos cursos d’água, conforme pode ser visto na
ilustração abaixo.
Fonte: Puccamp
O antigo Planalto Uruguaio-Sul-Rio-Grandense
também foi subdividido em duas novas unidades: o
Planalto Sul-Rio-Grandense (média de 450 m) e a
Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense (até 200 m).
Os planaltos brasileiros apresentam altitudes
superiores a 300 m, não são uniformes; apresentam
diferenças, de acordo com sua estrutura geológica e sua
evolução geomorfológica:
- Os planaltos em bacias sedimentares: limitados
por depressões periféricas ou marginais; com relevos
escarpados representados por frentes de cuestas.
Exemplos: planaltos da Amazônia Oriental, os planaltos
e chapadas da bacia do Parnaíba e os planaltos e
chapadas da bacia do Paraná.
- Os planaltos em intrusões e coberturas
residuais de plataforma: resultado de ciclos erosivos
variados e se caracterizam por uma série de morros e
serras isolados, relacionados a intrusões graníticas,
derrames vulcânicos antigos e dobramentos précambrianos, a exceção do planalto e chapada dos
Parecis, que é do Cretáceo (mais de 65 milhões de
anos). Exemplos: os planaltos residuais norteamazônicos e os planaltos residuais sul-amazônicos.
- Os planaltos em núcleos cristalinos arqueados:
planalto da Borborema e planalto sul-rio-grandense.
Ambos fazem parte do cinturão orogênico da faixa
Atlântica.
- Os Planaltos em cinturões orogênicos: ocorrem
nas faixas de orogenia antiga e se constituem de
relevos residuais apoiados em rochas geralmente
metamórficas, associadas a intrusivas.
Nesses
planaltos, localizam-se inúmeras serras, geralmente
associadas a resíduos de estruturas intensamente
dobradas e erodidas. Como exemplos, temos os
planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste,
sobressaindo as serras do Mar, da Mantiqueira e do
Espinhaço, e as fossas tectônicas como o vale do
Prof.: Carlos Alberto (Cacá)
11
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
Paraíba do Sul; os planaltos e serras de Goiás e Minas,
que estão ligados à faixa de dobramento do cinturão de
Brasília, destacando-se as serras da Canastra e
Dourada, e as serras residuais do Alto Paraguai que
fazem parte do chamado cinturão orogênico ParaguaiAraguaia, com dois setores, um ao sul e outro ao norte
do Pantanal Mato-grossense, com as denominações
locais de serra da Bodoquena e Província Serrana,
respectivamente.
A ação intensa da erosão, típica dos climas
úmidos, fica evidente nos denominados “mares de
morros” ou “morros em meia-laranja” da Serra da
Mantiqueira, marcados pela topografia arredondada
devido ao intenso intemperismo, como ilustrado na foto
a seguir.
As montanhas brasileiras, com altitudes
superiores a 1.200 m, estendem-se por apenas 0,5% do
nosso território. Elas podem aparecer tanto nas áreas
cristalinas como nas sedimentares, mas raramente
ultrapassam a cota de 3.000 m – são, portanto, de
altitudes muito baixas quando comparadas aos
dobramentos terciários em outras regiões do planeta.
As planícies brasileiras são terras baixas e
geralmente planas, de sedimentação recente, em pleno
processo de formação, que ocorre por causa da
sucessiva deposição de material de origem marinha,
lacustre ou fluvial em áreas planas como se verifica nas
várzeas e “igapós” da Amazônia, no Pantanal
Matogrossense ou planície Mato-Grossense
com
oscilação de altitude entre 100 e 150 m.
As Depressões brasileiras são áreas
rebaixadas, entre 100 e 500 m, formadas pela atividade
erosiva entre as bacias sedimentares e as estruturas
geológicas mais antigas, com exceção da Amazônia
ocidental. Nessas unidades de relevo as marcas dos
climas do passado e a alternância das diversas fases de
erosão são mais facilmente notadas. Algumas das
depressões localizadas às margens de bacias
sedimentares são chamadas de depressões marginais e
periféricas. O Brasil não apresenta depressões
absolutas (abaixo do nível do mar), mas apenas
depressões relativas.
TEXTOS COMPLEMENTARES
ENTREVISTA
JURANDYR ROSS
Professor do Departamento de Geografia da
Universidade de São Paulo (USP) desde 1983, o
geógrafo é destaque na área no Brasil. Nesta entrevista
inédita, ele fala sobre sua trajetória, suas classificações
do relevo nacional e por que é tão difícil ensinar
geomorfologia nas escolas.
Discutindo a Geografia - Primeiramente fale um pouco
sobre sua origem, onde nasceu e estudou...
Jurandyr Ross - Nasci em 1947, no município de
Promissão, no interior de São Paulo, mas passei minha
infância na porção norte do Estado do Paraná. Sou um
produto da migração do café. Cresci na zona rural até os
16 anos. Com essa idade, vim para São Paulo. Sempre
estudei em escola pública. Durante seis meses, fiz um
curso preparatório para o vestibular. Inicialmente a
minha idéia era prestar vestibular para agronomia. Foi
no cursinho que eu mudei o rumo da minha vida para a
geografia.
DG - o que levou o sr. a essa mudança?
JR - Comecei a perceber que eu havia perdido o vínculo
com o meio rural. Já era um rapaz urbanizado. Além
disso, chamava muito a minha atenção as discussões
que a geografia humana realizava. Fui atraído pelos
debates que ela enfatizava, sobretudo por meio de um
autor, Yves Lacoste, e um livro de sua autoria que
discutia o mundo subdesenvolvido.
DG - E como foi a faculdade?
JR - Fiz graduação na Universidade de São Paulo e no
terceiro ano comecei a me interessar pela geografia
física, em especial pelas disciplinas de geomorfologia e
climatologia.
DG - E o que levou o sr. a se especializar em
geomorfologia (ciência que estuda as formas do relevo
terrestre)?
JR - Na USP, fui aluno do professor Aziz Ab'Saber. Suas
aulas eram magníficas. Ele descrevia as coisas do Brasil
de uma forma maravilhosa.
DG - Isso o ajudou a despertar o fascínio pela
geomorfologia?
JR - Sim. Como fazia diversas viagens pelo Brasil no
período de férias, passei a me interessar pela
geomorfologia para compreender aquilo que eu
estudava na sala de aula e o que via em minhas
andanças. Outro fator que me levou a estudar com mais
profundidade a área foi a necessidade de ensinar meus
alunos a compreender melhor o que estava no livro
didático, pois havia uma grande distância entre a teoria
e a prática.
DG - O sr. participou do chamado Projeto Radambrasil.
O que foi esse projeto?
JR - Foi um projeto desenvolvido no período militar para
mapeamento dos recursos naturais, principalmente os
existentes na Amazônia. Foram feitos estudos
geológicos, geomorfológicos, botânicos e climáticos.
Todos com base nas imagens e estudos de campo.
Posteriormente foram realizados levantamentos de
praticamente todo o território. A duração do projeto foi
de aproximadamente 15 anos.
Prof.: Carlos Alberto (Cacá)
12
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
DG - E como o projeto contribuiu em seu trabalho para
uma nova classificação do relevo brasileiro?
JR - Eu transmitia para os meus alunos grande parte das
informações que obtive no Radambrasil, mas de uma
forma fragmentada, uma informação oral sem nenhuma
base bibliográfica para consulta. Pensei então em fazer
um mapa pequeno com um texto sucinto. A
concretização da idéia consumiu um tempo razoável
para avaliar os levantamentos sistemáticos que foram
realizados
pelo
Radambrasil
somados
aos
conhecimentos que adquiri no meu trabalho de
mapeamento e a síntese que tinha na cabeça. Com base
nisso produzi um documento pensando em auxiliar o
curso de graduação de geografia da USP. Vale lembrar
que eu não estava desprezando as outras contribuições,
a dos professores Aroldo de Azevedo e Aziz Ab'saber.
Mas estava tentando dar um avanço nas discussões e
estudos geomorfológicos sobre o país. Com essa nova
proposta de classificação, trabalhada em gabinete e em
sala de aula, resolvi publicá-Ia
na revista do
Departamento de Geografia (número 4) e apresentá-Ia
no Simpósio de Geografia Física Aplicada (ocorrido em
Nova Friburgo, em 1989), para que assim o debate
acadêmico fosse mais amplo. Posteriormente, a reitoria
da Universidade de São Paulo propôs a realização de
um livro de geografia do Brasil com tudo aquilo que o
departamento realizava de mais avançado e atualizado.
Um dos capítulos que o compõe faz uma abordagem dos
principais aspectos metodológicos para a realização
dessa nova classificação. Paralelamente a isso, duas
revistas de grande circulação nacional publicaram
reportagens abordando as propostas que havia
desenvolvido e aío debate e o conhecimento sobre elas
tomaram corpo.
Além disso, encaminhei uma cópia dessas
informações para no mínimo 20 autores de livros
didáticos. Só dois responderam algo a respeito, Melhem
Adas e Celso Antunes.
DG - Quais são as principais características de sua
classificação?
JR - A classificação foi feita com base em mapeamentos
sistemáticos, não se preocupando em fazer apenas um
reconhecimento geral do campo, estabelecendo
contornos de unidades em limites duvidosos,
imaginários e com grau de imprecisão muito grande.
Além disso, procurei hierarquizar as unidades por meio
dos aspectos morfoestruturais, ou seja, das
macroestruturas geológicas que definem as grandes
formas do relevo e, dentro desse contexto, as formas
menores que são decorrentes da ação escultural
(morfoesculturas), realizadas pelas erosões química e
física. É lógico que pode ser uma generalização. Você
deixa de informar detalhes porque não há possibilidade
efetiva de estabelecer tudo num trabalho de síntese,
mas as grandes linhas, os grandes compartimentos do
relevo brasileiro estão lá, explicados e demarcados: os
planaltos, as planícies e as depressões. Gostaria de
ressaltar um outro aspecto ainda não compreendido por
todos: não fui eu que criei o conceito de depressão
contido no relevo nacional. Quem fez isso foi o professor
Aziz Ab'Saber, que publicou um trabalho no início da
década de 20, nos Cadernos do Instituto de Geografia
da USP. O que eu fiz foi ressaltar as depressões como
unidades de compartimentos de relevo. Houve uma
celeuma que alguns quiseram estabelecer entre mim e
o professor Aziz que não tem a menor lógica, pois há de
minha parte um grande respeito pelo seu trabalho.
Absorvi seus estudos, incorporei-os e fui para frente.
DG - Por que há uma grande aversão dos alunos do
Ensino Médio em estudar geomorfologia?
JR - Porque ensiná-Ia é uma coisa difícil. Tanto é que
entrei na geografia e não gostava de geomorfologia. Mas
acredito que há um grande problema na forma como os
professores ensinam o assunto. Ou não ensinam ou
transmitem as idéias quase sempre na base da
memorização. Esse é o pior modo de ensinar, pois se
você quer que um aluno fuja desse assunto é só obrigáIo a decorar as unidades de relevo do Brasil ou nomes
de serras, rios... Cria-se assim uma grande aversão ao
tema.
DG - E qual é o seu conselho para os professores
melhorarem
a
transmissão
das
informações
geomorfológicas?
JR - O grande segredo é mostrar ao aluno em que
ambiente geomorfológico ele está, como é o seu espaço,
o seu lugar. A partir desse contato é que se podem
buscar novos ambientes, novos lugares e utilizar o livro
didático como ferramenta que auxilie novas
compreensões.
DG - E quais serão suas próximas realizações
científicas?
JR - Em pesquisa, quero desenvolver uma produção na
chamada linha de geografia construtiva. Ou seja,
incorporar a geografia da natureza aos interesses da
sociedade. O produto dela é o planejamento territorial
com base no potencial dos recursos, nas
potencialidades humanas em explorar os elementos
naturais levando também em consideração as
fragilidades dos ambientes.
I
sso converge para o zoneamento ecológico
econômico, para o desenvolvimento de análises
integradas entre sociedade e natureza. Dessa maneira
fortalece-se o papel do pesquisador na construção de
uma geografia com ampla aplicação.
Fonte: Discutindo a Geografia. Ano 1 – N0 1. Ed. Escala, São Paulo, julho de 2004
QUESTÕES OBJETIVAS
1.(UFF) A letra da canção enfoca o tempo e o espaço
que transcorrem e transformam tanto a matéria quanto
o
pensamento. Os versos da canção de Gilberto Gil, “Pães
de Açúcar/Corcovados/Fustigados pela chuva e pelo
eterno vento”, podem referir-se a um conceito da
geografia física, o qual “constitui o conjunto de
processos operantes na superfície terrestre que
ocasionam a decomposição dos minerais das rochas,
graças à ação de agentes atmosféricos e biológicos”
(Leinz, V. e Amaral, S. Geologia Geral).
O conceito acima referido é o:
a) intemperismo
b) metamorfismo
c) magmatismo
d) organicismo
e) tectonismo
Prof.: Carlos Alberto (Cacá)
13
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
2) (UNICAMP SP) Em 1902 os paulistas organizam o
primeiro campeonato de futebol no Brasil. No mesmo
ano, surgem os primeiros campos de várzea, que logo
se espalham pelos bairros operários, e já em 1908/1910,
a várzea paulistana congregava vários e concorridos
campeonatos, de forma que São Paulo não é apenas
pioneira nacional no futebol “oficial”, mas também, e
sobretudo, no “futebol popular”. A retificação dos rios
Pinheiros e Tietê, a partir dos anos 1950, eliminou da
paisagem urbana inúmeros campos de várzea,
provavelmente mais de uma centena.
(Adaptado de G.M. Jesus, “Várzeas, operários e futebol: uma outra
Geografia”. Geographia. Rio de Janeiro, v. 4, n. 8, p. 84-92, 2002.)
b) Glaciação havida no período Carbonífero, propiciando
o surgimento de fontes de energia.
c) Dobramentos típicos da era Cenozóica, responsáveis
pelo surgimento do Aqüífero Guarani.
d) Transgressão marinha do período Devoniano, que
resultou em grandes depósitos de sais minerais.
e) Derrame basáltico ocorrido na era Mesozóica, com a
decorrente formação de solos férteis.
4. As áreas assinaladas no mapa por X-Y-Z
correspondem, respectivamente, às seguintes unidades
do relevo brasileiro:
Várzea é uma forma geomorfológica associada às
margens de rios caracterizadas pela topografia plana (o
que facilita o uso como campos de futebol) e
a) sujeita a inundações periódicas anuais, quando
ocorre a deposição de sedimentos finos. Está
posicionada entre o terraço e o rio.
b) sujeita a inundações apenas em anos muito
chuvosos, quando ocorre a deposição de sedimentos
grossos. Está posicionada entre o terraço e o rio.
c) sujeita a inundações periódicas anuais, quando
ocorre a deposição de sedimentos finos. Está
posicionada entre a vertente e o terraço.
d) sujeita a inundações apenas em anos muito
chuvosos, quando ocorre a deposição de sedimentos
finos. Está posicionada entre a vertente e o terraço.
3.(UFF) Entre 1800 e 1850, a cafeicultura expandiu-se
pelo vale do Paraíba a partir do Rio de Janeiro. Nos 40
anos seguintes ela avança pelo interior paulista na
região dominada pela depressão periférica da borda
leste da bacia do Paraná. A partir de 1900, o café
prossegue sua marcha em direção à porção ocidental do
Estado de São Paulo, atingindo o vale do Rio Paraná.
Em meados do século XX, todo o extremo oeste paulista
e parte expressiva do noroeste paranaense já haviam se
inserido nessa produção.
O mapa seguinte assinala um importante fator
natural relacionado à expansão da cafeicultura descrita
acima.
a) Planaltos Residuais Norte-Amazônicos / Planaltos e
Chapadas da Bacia do Parnaíba / Planaltos e Chapadas
da Bacia do Paraná.
b) Depressões Marginais Amazônicas / Depressão
Sertaneja e do São Francisco / Depressão Periférica
Sul-Rio-grandense.
c) Planaltos Residuais Norte-Amazônicos / Depressão
Sertaneja e do São Francisco / Chapadas da Bacia do
Paraná.
d) Depressões Marginais Amazônicas / Planaltos e
Chapadas da Bacia do Parnaíba / Chapadas da Bacia
do Paraná.
e) Planaltos Residuais Norte-Amazônicos / Planalto da
Borborema / Depressão Periférica Sul-Rio-grandense.
5. Observe o mapa abaixo:
No trecho compreendido entre os pontos A e B, na
figura, verificam-se as seguintes formas de relevo:
planície, planalto em bacia sedimentar, depressão,
depressão, planalto em bacia sedimentar e depressão.
De acordo com a classificação de Ross (1990), tais
formas de relevo correspondem, respectivamente, às
unidades do relevo brasileiro indicadas em uma das opções
abaixo. Marque-a.
UNIDADES DO RELEVO BRASILEIRO
Fonte: LEINS, Viktor, AMARAL, Sérgio, Geologia Geral, Editora Nacional, pág. 284.
Assinale a alternativa que aponta esse fator, bem como
o aspecto particular dele originado, que propiciou essa
influência sobre a cultura cafeeira.
a) Soeguimento do período Terciário, favorecendo o uso
dos rios para obtenção de energia.
Prof.: Carlos Alberto (Cacá)
14
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
a) Pantanal do rio Guaporé; planalto e chapada dos
Parecis; depressão Sul - Amazônica; depressão
periférica da borda leste do rio Paraná; planaltos e
chapadas da bacia do Parnaíba e depressão Sertaneja
- São Francisco.
b) Pantanal Mato - Grossense; planaltos e chapadas da
bacia do Paraná, depressão do Araguaia - Tocantins;
depressão do Tocantins; planaltos e chapadas da bacia
do Parnaíba e depressão Sertaneja - São Francisco.
c) Pantanal Mato - Grossense; planaltos e chapadas da
bacia do Paraná; depressão Cuiabana; depressão
Araguaia - Tocantins; planaltos e chapadas do Parnaíba
e depressão do rio Miranda.
d) Pantanal do rio Guaporé; planaltos e chapadas da
bacia do Paraná; depressão Cuiabana; depressão do
Tocantins; planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba e
depressão Sertaneja - São Francisco.
e) Pantanal Mato - Grossense; planalto e chapadas dos
Parecis; depressão do Araguaia - Tocantins; depressão
do Tocantins; planaltos e chapadas da bacia do
Parnaíba e depressão do rio Miranda.
Sobre os processos endógenos ativos de estruturação
do relevo, pode-se afirmar que
I - os movimentos epirogenéticos são responsáveis por
falhamentos na crosta terrestre.
II - os abalos sísmicos são provocados por processos de
lixiviação e laterização do solo.
III - os dobramentos são resultantes de pressões
horizontais em estruturas rochosas.
IV - os vulcanismos são mais comuns em áreas de
contato entre as placas tectônicas.
Quanto às afirmações acima, são verdadeiras apenas
a) I, II e IV
b) I, II e III
c) II, III e IV
d) I, III e IV
8. (UFRS) Observe a figura a seguir, que representa
uma paisagem com modificações nas suas formas de
relevo.
6. (FUVEST SP) Esta foto ilustra uma das formas do
relevo brasileiro, que são as chapadas.
Fonte: SUERTEGARAY, D. (org.). "Terra: feições ilustradas." Porto Alegre: UFRGS, 2003.
Com base na figura e no comportamento dos processos
geomorfológicos, são feitas as seguintes afirmações.
É correto afirmar que essa forma de relevo está
a) distribuída pelas regiões Norte e Centro-Oeste, em
terrenos cristalinos, geralmente moldados pela ação do
vento.
b) localizada no litoral da região Sul e decorre, em geral,
da ação destrutiva da água do mar sobre rochas
sedimentares.
c) concentrada no interior das regiões Sul e Sudeste e
formou-se, na maior parte dos casos, a partir do
intemperismo de rochas cristalinas.
d) restrita a trechos do litoral Norte-Nordeste, sendo
resultante, sobretudo, da ação modeladora da chuva,
em terrenos cristalinos.
e) presente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, tendo
sua formação associada, principalmente, a processos
erosivos em planaltos sedimentares.
7. (UFU) O relevo terrestre, conjunto de formas
apresentadas pela litosfera, "[...] é fruto da atuação de
duas forças opostas - a endógena (interna) e a exógena
(externa)".
ROSS, J. L. S. (org). "Geografia do Brasil". São Paulo: Edusp, 1995, p.33.
I - Os degraus de cortes, realizados para a criação de
superfícies planas necessárias à construção de
moradias e arruamento, modificam a geometria e a
declividade das vertentes, expondo o solo aos efeitos da
ação direta dos agentes climáticos.
II - As modificações ocasionadas pela ocupação
humana proporcionam uma diminuição do escoamento
superficial decorrente da impermeabilização da
superfície pela compactação do solo.
III - As alterações realizadas nas formas de relevo não
alteram a estabilidade das vertentes que possuem
cobertura vegetal de gramíneas e matas naturais.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
9. (MACKENZIE) Os processos exógenos são
responsáveis pelo modelado do relevo terrestre e sua
atuação varia de acordo com o clima. Portanto, é correto
afirmar que:
Prof.: Carlos Alberto (Cacá)
15
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
a) é muito comum, em áreas de clima tropical, a
presença de solos profundos, em virtude da intensa
ação de intemperismo químico.
b) em áreas desérticas, a grande amplitude térmica
entre o dia e a noite dificulta a meteorização física.
c) em área de clima equatorial, o processo de
intemperismo químico é mais lento, por não existirem
grandes oscilações térmicas diárias.
d) a má infiltração e má drenagem da água em áreas de
clima de altas montanhas favorecem tanto o
intemperismo químico como a erosão.
e) em áreas de clima polar, a ação do intemperismo
químico se faz mais presente em virtude do
congelamento da água que se expande em seu volume.
10. (UFES) No mapa a seguir, estão representados
compartimentos do relevo brasileiro segundo a
classificação de Jurandyr Ross, que é baseada em
critérios morfogenéticos.
a) as formas do relevo regional devem-se a um longo
processo de formação, resultante de uma orogênese
extremamente antiga e um longo processo erosivo, o
que explica suas altitudes modestas.
b) a compartimentação do relevo regional deve-se, entre
outras coisas, a movimentos de blocos que criaram
desníveis, rejuvenescendo velhas formas de relevo
arrasado; por isso, alternamse cristas graníticas mais
elevadas, planaltos e depressões.
c) a estruturação do relevo regional deve-se à sujeição
a agentes tectônicos e esforços compressivos
alternantes, em épocas recentes, conforme atesta sua
altimetria.
d) a configuração do relevo regional deve-se a uma
atuação preponderante, nos últimos milhões de anos, de
agentes exógenos diversos, tais como água, vento e
gelo, o que condicionou o arredondamento e
modelagem de suas formas.
12. (FATEC) Considere o mapa adiante para responder
à questão.
(Simielli, M. E. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2000:80. Adaptado)
A legenda CORRETA do mapa é:
a) 1 - Depressões em estruturas sedimentares e 2 Planaltos em bacias sedimentares.
b) 1 - Planaltos em estruturas cristalinas e dobradas
antigas e 2 - Depressões em estruturas sedimentares.
c) 1 - Planaltos em estruturas cristalinas e dobradas
antigas e 2 - Planaltos em bacias sedimentares.
d) 1 - Planaltos em estruturas cristalinas e dobradas
antigas e 2 - Planícies em estruturas sedimentares
recentes.
e) 1 - Planícies em estruturas sedimentares recentes e
2 - Depressões em estruturas sedimentares.
11. (PUCMG) Observe o perfil topográfico da região
Sudeste brasileira. Sobre os processos que conduziram
à configuração do relevo regional, NÃO se pode afirmar
que:
Simielli, M.E. - Geoatlas, São Paulo, Ática, 2000, p. 83
Está correta a alternativa
a) Tipo de rocha - Sedimentar
Ocorrência mineral - petróleo/carvão
b) Tipo de rocha - Cristalina
Ocorrência mineral - bauxita/carvão
c) Tipo de rocha - Metamórfica
Ocorrência mineral - petróleo/bauxita
d) Tipo de rocha - Cristalina
Ocorrência mineral - carvão/ferro
e) Tipo de rocha - Sedimentar
Ocorrência mineral - ferro/bauxita
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13. (UFMG) Analise este mapa, em que está
representada a distribuição de uma das grandes
unidades geológicas da América do Sul:
fragmentos desagregados que nela se encontram são
removidos pelo escoamento superficial da água."
(Tricart, Jean - adaptado IBGE, 1970)
O texto acima trata:
FONTE: SCHOBBENHAUS, Carlos et al. (Coords.). Geologia do Brasil. Brasília:
Departamento Nacional da Produção Mineral, 1984. Cap. I, p. 10.
A partir da análise feita, é CORRETO afirmar que, nas
áreas hachuradas nesse mapa, predominam
a) bacias sedimentares paleozóicas e mesozóicas, que
abrigam importantes jazidas de petróleo e gás, o que as
torna áreas alvo de interesse para a exploração
econômica.
b) escudos e maciços antigos submetidos a intensa e
prolongada ação erosiva ao longo do tempo geológico.
c) cadeias de montanha localizadas em limites de placas
litosféricas, que, em razão de seu posicionamento
latitudinal, quebram a zonalidade climática.
d) derrames vulcânicos atualmente modelados em
planaltos de topografia pouco acidentada e revestidos
por solos de fertilidade elevada.
14. (UFC) A formação dos solos é condicionada,
essencialmente, pelos climas. Neste contexto, os solos
zonais refletem este condicionamento. Com base
nessas informações, assinale a alternativa correta.
a) Latossolo, podzólico, desértico e tundra são exemplos
de solos Zonais.
b) O solo aluvial constitui um dos melhores exemplos de
solos Zonais.
c) Os latossolos, que ocorrem na maior parte da Zona
Temperada, são solos típicos de climas quentes e
úmidos ou subúmidos.
d) Os latossolos são solos rasos das áreas tropicais,
submetidos à alternância entre estações chuvosas e
secas, portanto não enfrentam problemas de lixiviação.
e) Os podzólicos são constituídos por grãos finíssimos,
originários da fragmentação das rochas, durante as
glaciações
quaternárias.
Mantêm-se
sem
desmoronamentos, em paredões verticais de até 150
metros.
15. (PUCPR) Leia o texto:
"Em uma região, o microclima da superfície do solo varia
profundamente - sob a floresta e sobre a rocha nua, por
exemplo. A superfície da rocha nua é submetida a
freqüentes e grandes variações de temperaturas e de
umidade que lhe facilitam a desagregação. Quando ela
é batida pela chuva, por ocasião dos aguaceiros, os
a) do processo erosivo, típico das áreas cobertas por
florestas aciculifoliadas, que, substituídas pela atividade
agrícola intensiva, expõem o solo à ação da lixiviação,
resultando em intensa sedimentação.
b) do intemperismo, iniciando o processo de erosão,
num ambiente tropical quente e úmido.
c) do ambiente mediterrâneo, onde as rochas expostas
sofrem desgaste, formando solos eluviais de média
fertilidade.
d) do processo de formação dos solos nas zonas
intertropicais, onde a rocha matriz destruída produz uma
camada mineral, caracterizada pela presença de
material orgânico em decomposição, constituindo o
latossolo.
e) do processo de formação de planícies aluvionais em
ambientes climáticos com períodos alternados seco e
úmido, comuns nas zonas tropicais.
16. (FGV) A combinação correta entre o ambiente
climático, processos erosivos e formas de relevo
resultantes dessa interação está contida na alternativa:
a) ambiente climático: tropical (quente e úmido);
processo exógeno predominante: intemperismo químico
das águas fluviais e pluviais; exemplos de formas de
relevo: topos arredondados nas áreas de serras e
planaltos.
b) ambiente climático: árido e semi-árido; processo
exógeno predominante: intemperismo químico maior
que a ação eólica; exemplos de formas de relevo:
campos e dunas e inselbergs surgidos após a
pediplanação.
c) ambiente climático: tropical (quente e úmido);
processo exógeno predominante: intemperismo físico
decorrente das variações térmicas; exemplos de formas
de relevo: vales em U e depressões interplanálticas.
d) ambiente climático: frio e seco; processo exógeno
predominante: intemperismo químico maior que a ação
eólica; exemplos de formas de relevo: topos
arredondados nas áreas de serras e planaltos.
e) ambiente climático: árido e semi-árido; processo
exógeno predominante: intemperismo químico das
águas fluviais e pluviais; exemplos de formas de relevo:
vales em U e depressões interplanálticas.
17. (CESGRANRIO) Sobre os agentes que modelam o
relevo terrestre, as modificações que ocorrem na crosta
e as formas que assumem essas alterações, é
INCORRETO afirmar que:
a) os movimentos tectônicos, que provocam dobras e
falhas, são os mais duradouros e os que mais profundas
alterações determinam nas paisagens.
b) o vulcanismo extrusivo determina derrames de rochas
ácidas e básicas, sendo que as últimas formam
depósitos mais extensos.
c) os falhamentos ocorrem, de um modo geral, em
terrenos pouco resistentes, e são responsáveis pela
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17
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formação de "horts" (blocos deprimidos) e "graben"
(blocos levantados).
d) as águas correntes são os mais importantes agentes
de erosão o sedimentação, exercendo sua ação
sobretudo através do trabalho fluvial.
e) a erosão eólia dá lugar a formas pitorescas (mais
estreitas na base), em virtude de a ação do vento ser
mais intensa na superfície.
18. (UEFS BA) Os principais tipos de relevo do Brasil
foram esculpidos sobre rochas de milhões e milhões de
anos. (TERRA..., 2010, p. 36).
Sobre os tipos de relevo, no Brasil, é correto afirmar:
a) A forma dominante do relevo é o planalto, onde os
processos erosivos predominam sobre os processos de
sedimentação.
b) As depressões da Amazônia Oriental, da Borborema
e da borda oeste do rio Paraná merecem destaque entre
as depressões brasileiras.
c) Os picos da Bandeira e Agulhas Negras, os mais
elevados do país, sobressaem-se nas formações jovens
do Sudeste.
d) Os dobramentos modernos atingiram duramente a
região serrana do extremo norte do país.
e) As planícies típicas ocupam grande parte do território
brasileiro, principalmente na Amazônia Ocidental.
19. (UNESP SP) Euclides da Cunha em Os Sertões
descreve a campanha de Canudos. No esboço
geológico do Sertão de Canudos, feito por ele, é possível
distinguir a região.
b) ao Planalto Arenítico-Basáltico na região Sul, no
estado de Santa Catarina, da vegetação de campos, da
bacia hidrográfica do rio Paraná, de clima de altitude –
tropical de altitude.
c) ao Planalto das Guianas na região Nordeste, da
caatinga, da bacia hidrográfica do rio São Francisco e
bacias secundárias, de clima equatorial.
d) ao Planalto Atlântico na região Sudeste, da mata
atlântica, da bacia hidrográfica do rio Paraná e bacias
secundárias, de clima árido.
e) ao Planalto Central Brasileiro na região Norte, da
bacia hidrográfica do rio Tocantins, da vegetação de
campos, de clima de altitude – tropical de altitude.
20. (UFPE) Observe o bloco-diagrama e assinale a
alternativa correta:
a) O n0 01 corresponde a um planalto, onde a deposição
de materiais ou detritos é maior que o desgaste ou
erosão.
b) O n0 02 refere-se à escarpa do planalto, onde ocorre
um processo de deposição de detritos.
c) O n0 03 corresponde a uma planície, onde o desgaste
ou erosão é maior que a deposição de materiais ou
detritos.
d) O n0 01 corresponde a um planalto, cujo topo é uma
superfície de arrasamento, no qual ocorre um processo
de desgaste ou erosão.
e) O n0 03 indica uma área de planície, onde se
apresenta a rede hidrográfica, e corresponde a uma
superfície de arrasamento.
QUESTÕES ANALÍTICAS
1. (UNICAMP SP) Rocha é um agregado natural
composto por um ou vários minerais e, em alguns casos,
resulta da acumulação de materiais orgânicos. As
rochas são classificadas como ígneas, metamórficas ou
sedimentares.
(Euclides da Cunha, 1866 – 1909. Os Sertões,
cópia de Alfredo Aquino, 1979. Adaptado.)
Em seu livro, abordava e enfatizava os elementos
geográficos que dificultavam as rotas dos que se
dirigiam para Canudos. A descrição refere-se
a) à Depressão Sertaneja e Sanfranciscana na região
nordestina, no estado da Bahia, da caatinga, da bacia
hidrográfica do rio São Francisco, de clima nordestino –
semiárido.
a) Quais são os processos de formação das rochas
metamórficas?
b) A Região Sul do Brasil destaca-se na produção de
carvão mineral, que é extraído de rochas sedimentares
do período Carbonífero. Que condições ambientais
permitiram a acumulação desse material orgânico e que
processos levaram à posterior formação do carvão
mineral?
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GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
2. (UNESP SP) Observe o segmento de reta AB traçado
no mapa. A sua extensão é de 1.425 km e percorre o
rumo Noroeste-Sudeste.
a) Identifique corretamente as formas de relevo I e II
apontadas na figura.
b) Explique o processo de formação das formas de
relevo I e II.
5. Nos climas tropicais úmidos, são comuns os solos
espessos. Entretanto, alguns fatores naturais podem
mudar essa tendência geral. Observe a figura a seguir,
representativa dessas áreas.
(Graça Maria Lemos Ferreira, Atlas Geográfico. São Paulo, Moderna, 1998. Adaptado.)
Adaptado de LEPSCH, 2001
Mencione as principais bacias hidrográficas e as
principais unidades de relevo atravessadas pelo
segmento AB.
3. (FUVEST SP)
Considere a figura e seus
conhecimentos para responder.
a) Cite dois fatores que causam a diferença de
espessura do solo entre o perfil I e II.
b) Explique um dos fatores citados.
6. (UNICAMP SP) O relevo cárstico ou karst refere-se
predominantemente a feições subterrâneas, como
cavernas. Observe a representação na figura abaixo e
responda às questões:
a) Anote, na folha de respostas, os números de 1 a 5
correspondentes a cada unidade de relevo ou de
estrutura geológica.
b) Compare as áreas A e B quanto às atividades agrárias
espacialmente predominantes, relacionando essas
atividades a características do relevo.
4. (UNIFESP SP) Observe a figura.
(Adaptado de W. Teixeira et al., Decifrando a Terra.
São Paulo: Oficina de Textos, 2000, p. 131.)
a) Quais as condições básicas para o desenvolvimento
do modelado cárstico?
b) Defina os nomes dos espeleotemas indicados na
figura pelos números 1 e 2.
7. (UNICAMP) O gráfico a seguir indica, segundo as
latitudes terrestres, as principais características de
(As grandes unidades de relevo. Penteado, 1994.)
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GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
formação do solo. Com o auxílio do gráfico, faça o que
se pede:
O Aqüífero Guarani é o maior reservatório de água doce
da América do Sul, com 45 quatrilhões de litros.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente.
(Adaptado de Jornal do Brasil, 06/08/2000.)
Adaptado de Wilson Texeira, Maria Cristina Motta de Toledo, Thomas Rich Fairchild e Fábio
Taioli (orgs.), "Decifrando a Terra". São Paulo: Oficina de Textos, 2000, p. 154.
A figura acima representa o maior reservatório
de água doce da América do Sul.
a) Explique como a precipitação e a quantidade de
matéria orgânica interferem na intensidade de
intemperismo da rocha e na formação do solo.
A sua formação ocorreu em determinado tipo de
terreno e, mais tarde, através de derrames, foi criado
uma espécie de tampão que cobriu o aqüífero,
contribuindo para a boa qualidade de suas águas.
b) Observa-se, no gráfico, que nas regiões equatoriais
os solos, são mais profundos e com elevados teores de
alumínio. Por que isso ocorre?
Identifique o tipo de rocha que cobriu o aqüífero
e a estrutura geológica da sua formação.
c) A salinização do solo é um dos principais problemas
ambientais que atingem as sociedades modernas, pois
inviabiliza a produção agrícola nas áreas onde a mesma
ocorre. Dentre as zonas bioclimáticas representadas no
gráfico, indique em qual delas ocorre o processo de
salinização. Justifique sua resposta.
8. (UFU) Observe a figura a seguir e faça o que se pede:
Unidades do Relevo Brasileiro
10. (UFSCAR) Esse domínio paisagístico possui formas
de relevo conhecidas como "meias-laranjas", que têm
origem em serras localizadas sobre terrenos cristalinos,
que foram fortemente erodidas, principalmente pelas
chuvas. Ele constitui, do ponto de vista das construções
humanas, o meio físico mais complexo e difícil, se
comparado ao de outras paisagens naturais do Brasil.
a) Como se chama esse domínio morfoclimático e onde
se localiza?
b) Explique por que essa paisagem natural é a mais
problemática do país, do ponto de vista das construções
humanas.
11. (UNICAMP) "O entendimento do relevo é
fundamental para solucionar os problemas relativos à
expansão dos sítios urbanos."
(Jurandyr L. S. Ross, "Geomorfologia, ambiente e planejamento", São Paulo, Contexto,
1990, p. 18.)
Fonte: Adaptado de ROSS, J.L.S (org). "Geografia do Brasil". São Paulo: Edusp, 1995, p. 53
a) Quais as unidades de relevo representadas na figura
pelos números 3 e 26?
b) Cite duas características físicas de cada uma delas.
Considerando a afirmação e a figura anterior,
responda:
9. (UERJ) RIQUEZA SUBTERRÂNEA
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GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL
a) Quais são as três diferentes formas de relevo
apresentadas na figura?
b) analise o papel do relevo na distribuição das
precipitações pluviométricas.
b) Que unidades de relevo não são propícias à
urbanização? Justifique sua resposta.
c) Por que muitos assentamentos humanos foram
historicamente desenvolvidos nas várzeas dos rios?
12. (UNESP) Analise os perfis 1, 2 e 3. Observe o mapa.
a) Relacione cada perfil aos traçados identificados, no
mapa, com as letras a, b e c.
b) Considerando a altitude, destaque a principal
diferença entre eles.
13. (FUVEST) "...e ostentou-se aos nossos olhos um
profundo vale alegre... . O próprio vale ... estende-se
entre as últimas vertentes da Serra do Mar e da ...
Mantiqueira, para o Sul. O Paraíba corre nele, depois de
sair dos estreitos vales da primeira cadeia de
montanhas, e toma em Jacareí direção justamente
oposta à anterior"
(Adap. SPIX E MARTIUS: 1823)
O texto anterior reproduz a impressão causada pelo vale
do Rio Paraíba do Sul aos viajantes que, vindos do Rio
de Janeiro, o avistavam a partir de seu extremo NE. A
partir do mapa, do texto e do perfil A - B,
a) identifique no mapa as unidades de relevo I, II e III e
mencione os processos que deram origem a elas.
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