CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ VIVIANE GARLA ROUPA “DIVERSIDADE DE BORBOLETAS E PLANTAS VISITADAS EM ÁREAS DE FLORESTA URBANA DO ESPAÇO VERDE CHICO MENDES, SÃO CAETANO DO SUL/SP E CAMPUS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ, SANTO ANDRÉ/SP”. SANTO ANDRÉ 2012 CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ VIVIANE GARLA ROUPA “DIVERSIDADE DE BORBOLETAS E PLANTAS VISITADAS EM ÁREAS DE FLORESTA URBANA DO ESPAÇO VERDE CHICO MENDES, SÃO CAETANO DO SUL/SP E CAMPUS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ, SANTO ANDRÉ/SP”. Relatório final de Iniciação Científica, apresentado à Pró-Reitoria de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Fundação André. Orientadora: Prof. Dra. Dagmar Santos Roveratti Co-orientadora: Vivian Santana Nascimento SANTO ANDRÉ 2012 Santo 1 RESUMO Na avaliação e monitoramento da perda de biodiversidade são imprescindíveis o estudo da riqueza de espécies e o desenvolvimento de diferentes tipos de pesquisas envolvendo vegetais e animais. As borboletas, por serem consideradas um grupo suscetível à destruição e fragmentação de habitats, fornecem respostas rápidas e diretas a distúrbios ambientais. Figuram entre um dos melhores grupos indicadores pois tem ciclo rápido, especificidade ecológica e são fáceis de ver e amostrar em qualquer época do ano. Ambientes urbanos como parques e jardins podem oferecer muitos recursos alimentares, além de abrigo e condições favoráveis para a sobrevivência de borboletas. Sendo assim, esses insetos podem se tornar fiéis a tais habitats desempenhando um importante papel na polinização de algumas espécies de plantas. Pretendeu-se com esta pesquisa elaborar um levantamento comparativo de espécies de borboletas visitantes florais e das plantas visitadas por estes insetos em dois locais: Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano do Sul-SP e no Campus do Centro Universitário Fundação Santo André, em Santo André - SP, duas áreas inseridas em ambiente urbano com vegetação bastante relevante. Buscou-se salientar o papel de florestas urbanas na conservação de espécies animais e suas interações com os vegetais presentes nestes lugares. Essas áreas são locais com habitats potenciais para várias espécies e possibilitam estudar a relação de comunidades de borboletas em função das ações antrópicas. O monitoramento da lepidopterofauna ao longo do tempo pode oferecer subsídios importantes para que medidas sejam tomadas antes que as consequências das perturbações ambientais sejam irreversíveis. Palavras-chave: Ambientes urbanos. Borboletas. Lepidopterofauna. 2 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Área do Centro Universitário Fundação Santo André. 08 Figura 2 – Área do Parque Espaço Verde Chico Mendes. 10 Figura 3 – Tabela com registro de espécies de borboletas e plantas visitadas. 16 Figura 4 – Gráfico demonstrando as espécies avistadas nos locais de pesquisa. 17 Figura 5 – Gráfico quantitativo dos meses de coleta. 18 SUMÁRIO 1. Introdução 1.1 Características da Classe Insecta e Ordem Lepidóptera 04 1.2 Insetos como indicadores de qualidade ambiental 05 1.3 Conceito de Florestas Urbanas 06 1.4 Local de estudo – Caracterização 07 2. Objetivos 2.1 Objetivo Geral 10 2.2 Objetivos Específicos 10 3. Atividades desenvolvidas 3.1 Pesquisa 11 3.2 Coleta de Dados 11 3.3 I Congresso Latino Americano de Ecologia Urbana 12 3.4 SPGABC Simpósio de Pesquisa do Grande ABC 12 3.5 VI SAPEX Simpósio de Pesquisa e Extensão 12 4. Métodos e Materiais utilizados 13 5. Resultados obtidos e eventuais problemas enfrentados 14 6. Possíveis alterações no plano de atividade ou nos procedimentos previstos no projeto de pesquisa 17 7. Discussões 18 8. Considerações Finais 20 Referências Anexos 4 INTRODUÇÃO 1.1. Características da Classe Insecta e Ordem Lepidoptera. Os insetos são animais extremamente bem sucedidos e, apesar do seu pequeno tamanho, estão associados a diversos aspectos da vida do ser humano. Todos os tipos de ecossistemas naturais e modificados, terrestres e aquáticos, apresentam comunidades de insetos que possuem grande variedade de estilos de vida, formas e funções. (GULLAN e CRANSTON, 2008). Esses animais desempenham importante papel na natureza, tendo na Entomologia a ciência que os estuda sob todos os aspectos, estabelecendo as relações com os seres humanos, plantas e animais. (MATOS et al., 2009). Dentre os diversos grupos de invertebrados que são afetados pela fragmentação florestal, as borboletas podem ser consideradas um ótimo modelo de estudo. Devido ao seu tamanho relativamente grande, sua aparência colorida, facilidade de amostragem e taxonomia bem resolvida, as borboletas estão entre os grupos de insetos mais bem conhecidos, mostrando um grande potencial para elucidar os padrões de diversidade e para estudos de conservação de insetos e de seus habitats. (RIBEIRO, 2006). As borboletas estão, assim, na seguinte classificação biológica: Filo Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Lepidoptera. (CARDOSO et al, 2005). A Ordem Lepidoptera possui 146.277 espécies descritas e 255.000 estimadas no mundo, sendo constituída por borboletas (13%) e mariposas (87%). As borboletas, cujos adultos são diurnos e coloridos, são bastante representativas na região neotropical que possui em torno de 7.100 a 7.900 espécies nessa área. O Brasil possui uma grande diversidade desses insetos, representando quase metade das espécies neotropicais, com 3.100 a 3.200 espécies. (LEMES et al., 2008). Lepidópteros mantêm estreita relação com as plantas e possuem importância econômica e ecológica em muitos ambientes. Muitas larvas são fitófagas, enquanto outras se desenvolvem no interior de frutos e sementes. Podem vir a se tornar pragas importantes, causadoras de enormes prejuízos econômicos na agricultura. 5 Os adultos também desempenham um papel fundamental na estabilidade das comunidades vegetais uma vez que são visitantes florais frequentes. Algumas borboletas apresentam certa constância e fidelidade a determinadas espécies vegetais, sendo que o comportamento dos visitantes florais é influenciado pela distribuição espacial da comunidade vegetal e pelo padrão de distribuição do recurso ao longo do tempo. (FONSECA et al., 2006). 1.2. Insetos como indicadores de qualidade ambiental. O estudo de organismos tem sido uma das técnicas utilizadas para se avaliar mudanças no ambiente. Dentre estes organismos, os insetos têm se mostrado indicadores apropriados para esta finalidade, tendo em vista sua diversidade e capacidade de produzir várias gerações, geralmente, em curto espaço de tempo. Os insetos fitófagos, quando específicos para determinadas plantas, são os organismos mais adequados, principalmente os lepidópteros, que são taxonomicamente bem estudados. (NETO et al., 1995). As espécies, ao longo do processo evolutivo, adaptaram-se a determinados conjuntos de condições ambientais. Quando ocorre uma mudança no ambiente afetando essas condições, as espécies ali presentes reagem de diversas maneiras, desde o desaparecimento total, indiferença ou até mesmo favorecimento. Certos grupos de organismos são usados em análises ambientais, representando os outros componentes do ecossistema. Esses organismos são chamados de indicadores biológicos e podem refletir tanto mudanças no estado abiótico como no estado biótico de um ambiente. Podem também refletir o impacto das mudanças ambientais em um habitat, comunidade ou ecossistema, ou podem ser indicativos da diversidade de um grupo ou taxa, ou da diversidade geral, dentro de uma área. (SILVA, 2008). As borboletas, além de serem um dos grupos de invertebrados mais estudados, apresentam características que as tornam excelentes ferramentas no monitoramento da qualidade ambiental (ISERHARD et al., 2010). Podem ser especialmente úteis como indicadores de mudanças ambientais. A justificativa para 6 tal se deve ao fato de se apresentarem como um grupo altamente diversificado, relativamente abundante no ambiente e de relativa facilidade de amostragem e identificação. A alta sensibilidade para as alterações ambientais demonstradas por estes organismos se deve, normalmente, ao rápido ciclo de vida e pela alta taxa de reposição nas comunidades locais. Além disto, possuem estreita associação com fatores físicos específicos e recursos vegetais, estando presentes ao longo do ano todo e, principalmente, respondem com rapidez a distúrbios ou alterações no ambiente. (FONSECA et al., 2006). Apesar de viverem melhor em ambientes naturais como florestas e campos, as borboletas também são encontradas nas cidades. A flora e a fauna urbanas são condicionadas não só pelos fatores abióticos de cada região mas, principalmente, pelas ações antrópicas. Embora a fauna urbana seja menos diversificada do que aquelas encontradas nos ambientes naturais circunvizinhos, vários grupos de animais estão nela representados. Muitas dessas espécies se mantêm em populações restritas aos parques e jardins públicos e privados, quer sejam ambientes artificialmente criados, ou fragmentos remanescentes de vegetação natural. A importância destes últimos ambientes na manutenção de pequenas populações de invertebrados é bastante relevante. (NASCIMENTO, 2010). O monitoramento de borboletas através de inventários pode detectar efeitos ambientais a longo prazo, tais como poluição atmosférica e da água, mudança de habitat, bem como verificar o tamanho adequado de fragmentos remanescentes através da observação na composição e diversidade das comunidades da região. (ISERHARD e ROMANOWSKI, 2004). 1.3. Conceito de Florestas Urbanas. Os espaços verdes podem ser definidos como o conjunto de áreas livres, ordenadas ou não, revestidas de vegetação e que exercem funções de proteção ambiental, integração paisagística ou arquitetônica e/ou de recreio. Podem afigurarse das seguintes formas: parques e jardins urbanos, públicos e privados; áreas de integração paisagística e de proteção ambiental de vias e outras infraestruturas 7 urbanas; taludes e encostas revestidos de vegetação; vegetação marginal dos cursos de água e de lagos; sebes e cortinas de proteção contra o vento ou a poluição sonora; zonas verdes de cemitérios; zonas agrícolas e florestais residuais no interior dos espaços urbanos ou urbanizáveis. Representam uma entidade que engloba a totalidade dos espaços ocupados com vegetação, constituindo o somatório das áreas e trechos naturais integrados ou integráveis no tecido urbano. (FADIGAS, 1993). As modificações humanas na paisagem e o processo de urbanização têm levado à destruição, fragmentação e ao isolamento de habitats naturais, com consequente prejuízo para a biodiversidade, aumentando a importância das áreas remanescentes como refúgio para a fauna e flora. Em relação às comunidades de borboletas, já existem trabalhos de inventariamento indicando a importância e efetividade desses habitats para manutenção da fauna regional. Reservas, parques, jardins e/ou outros tipos de áreas verdes localizadas dentro das cidades ou em seus arredores, podem oferecer um mosaico de recursos de alimentação, oviposição, abrigo e permanência para muitas espécies de borboletas. Tem sido proposto a revegetação dos parques urbanos com espécies de plantas hospedeiras potenciais e outros tipos de recursos de modo a incrementar o valor dessas áreas para conservação de borboletas e outros grupos faunísticos. (SACKIS e MORAIS, 2008). A preservação desses fragmentos é importante para a manutenção de uma alta riqueza de borboletas nas cidades, pois estes locais garantem uma fonte contínua de colonizadores potenciais. (FORTUNATO e RUSZCZYK, 1997). Habitats como ambientes urbanos, representam locais favoráveis onde as borboletas podem usar esses ambientes complexos, exibindo uma norma de reação que minimiza a competição e a ação de inimigos naturais. (DESSUY e MORAIS, 2007). 1.4. Local de estudo – Caracterização. A Fundação Santo André, é uma instituição de ensino superior criada em 1962. Sua finalidade foi a de manter a Faculdade de Ciências Econômicas e 8 Administrativas (FAECO). Em 1966, a Prefeitura autorizou a instalação da segunda unidade a ser mantida pela Fundação: a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL). No final da década de 80, a instituição criou sua escola de ensino médio, o Colégio da Fundação Santo André. No final dos anos 90, iniciou-se a transformação das faculdades isoladas, FAFIL e FAECO, em Centro Universitário, ocasião em que a terceira faculdade foi, também, criada: a Faculdade de Engenharia Celso Daniel FAENG. Com uma extensa área verde, atualmente a Fundação Santo André é mantenedora do Centro Universitário, que abriga as três faculdades e o colégio. O Centro Universitário Fundação Santo André possui de terreno em torno de 58,4 mil m², com área construída de 30,3 mil m². Figura 1 - Área do Centro Universitário Fundação Santo André – Santo André/SP. O município de São Caetano do Sul está localizado na região metropolitana de São Paulo. Com 15,3 km² é integrante da região do ABC paulista; situa-se a uma altitude média de 760 metros. A cobertura vegetal original do município de São 9 Caetano do Sul era a Mata Atlântica de planície. O intenso processo de urbanização das áreas situadas nos limites da cidade de São Paulo descaracterizou completamente as feições desta composição vegetal. São Caetano do Sul possui sete parques municipais, dentre eles o Espaço Verde Chico Mendes. Um recente levantamento divulgado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) mostra que os indicadores ambientais do município de São Caetano do Sul não são nada animadores: é a cidade com o ar mais poluído do Estado, com uma proporção de veículos de 1,22 carros por habitante. Além disto, São Caetano do Sul registra um índice de áreas verdes de 1,5 m² por habitante enquanto que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 12 m² por habitante. O Espaço Verde Chico Mendes é a maior área verdade do município e uma das principais áreas de lazer da cidade, com área de 140 mil m² de vegetação abundante. Oferece aos visitantes de todas as idades inúmeras atividades de lazer com intuito de manter a qualidade de vida e incentivar o contato da população com diversas espécies de plantas, árvores e animais. Conta com uma infraestrutura que incentiva a prática de esportes e possibilita aos usuários uma maior interação com a natureza. Localizado na Avenida Fernando Simonsen, 566, no Bairro São José, o parque funciona todos os dias da semana das 6 às 22 horas. 10 Figura 2 - Área do Parque Espaço Verde Chico Mendes – São Caetano do Sul/SP. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral Realizar o levantamento das espécies de borboletas presentes em áreas de floresta urbana do Grande ABC como o Espaço Verde Chico Mendes- São Caetano do Sul/SP e o Campus do Centro Universitário Fundação Santo André- Santo André/SP. 2.2. Objetivos Específicos Investigar a diversidade e riqueza de espécies presentes em áreas de floresta urbana, em cidades densamente urbanizadas, visando constatar espécies mais bem 11 adaptadas ao ambiente urbano. Comparar os dados com levantamentos anteriores executados no Bairro Cerâmica, tendo como foco principal a identificação de espécies presentes em área urbana. (ROUPA; NASCIMENTO; ROVERATTI; 2011). Verificar se, no ambiente urbano, locais com vegetação mais densa apresentam maior diversidade de espécies de borboletas. E se em áreas próximas podemos identificar a existência de espécies diferentes. Através deste levantamento será gerada uma lista de espécies ocorrentes e sua flora hospedeira, a fim de contribuir para um levantamento sistemático e o conhecimento da lepidopterofauna dos dois municípios envolvidos na pesquisa, lembrando que qualquer levantamento deste tipo é de suma importância, já que borboletas são tidas como bioindicadores da qualidade do ambiente, sendo relevantes para a geração de um diagnóstico ambiental. 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 3.1. Pesquisa Este projeto teve inicio através de consultas a trabalhos científicos e bibliografias específicas sobre o assunto abordado. A pesquisa inicial teve como foco principal o modo de vida de diversas espécies de lepidópteros e suas plantas de preferência. O referencial teórico foi utilizado para a identificação das espécies de borboletas observadas e de plantas hospedeiras em todo o período da pesquisa. 3.2. Coleta de dados Não houve alteração da data de inicio das coletas de dados. As observações deram inicio no mês de janeiro do ano de dois mil e doze, com término no mês de dezembro do mesmo ano. 12 3.3. I Congresso Latino Americano de Ecologia Urbana Participação no I Congresso Latino Americano de Ecologia Urbana, realizado nos dias doze e treze de junho do ano de dois mil e doze, na Universidad Nacional de General Sarmiento, Argentina, com apresentação dos resultados parciais do projeto em forma apresentação oral. 3.4. SPGABC Simpósio de Pesquisa do Grande ABC Participação no II SPGABC Simpósio de Pesquisa do Grande ABC, realizado no dia sete de novembro do ano de dois mil e doze, em São Bernardo do Campo, com apresentação dos resultados parciais do projeto em forma de banner. 3.5. VI SAPEX Simpósio de Atividades de Pesquisa e Extensão Participação no VI SAPEX Simpósio de Atividades de Pesquisa e Extensão, realizado no dia dez de novembro do ano de dois mil e doze, no Campus do Centro Universitário Fundação Santo André, com apresentação dos resultados preliminares do projeto em forma de banner. 13 4. MÉTODO E MATERIAIS UTILIZADOS O estudo foi desenvolvido no município de Santo André e no município de São Caetano do Sul simultaneamente, a fim de obtermos um comparativo entre as regiões. Iniciado em Janeiro de 2012 e finalizado em Dezembro de 2012 para que sejam apresentados resultados sazonais. O campus do Centro Universitário Fundação Santo André e o Parque Chico Mendes têm como vegetação, jardins com espécies ornamentais predominantemente exóticas, espécies arbustivas e várias espécies arbóreas; também são observadas áreas de vegetação espontânea. As observações consistem em circular pelas áreas verdes a fim de localizar indivíduos do grupo das borboletas. Os exemplares foram registrados através de fotografias e posteriormente identificados, por comparação, com material bibliográfico especializado ou consulta a especialistas. Também foram feitos registros das espécies vegetais visitadas por cada espécie de borboleta observada. 14 5. RESULTADOS OBTIDOS E PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS O esforço amostral foi de 68 horas no Parque Chico Mendes e de 65 horas e 30 minutos no Campus do Centro Universitário Fundação Santo André, durante o período de janeiro a dezembro de 2012, totalizando 24 dias de observação. Foram registradas no Campus do Centro Universitário Fundação Santo André 14 espécies de borboletas totalizando 1124 exemplares, sendo elas: Ascia monuste (Linnaeus, 1764); Junonia evarete (Cramer, 1779); Methona themisto; (Hübner, 1818); Hamadryas amphinome (Linnaeus,1767); Heliconius ethilla narcaea (Godart, 1819); Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775); Phoebis philea (Linnaeus, 1763); Papilio homothoas (Rothschild e Jordan, 1906); Papilio anchisiades (Fabricius, 1793); Actinote pratensis (Francini, Freitas e Penz, 2004); Agraulis vanillae (Stichel, 1907); Hemiargus hanno (Stoll, 1790); Danaus plexippus (Linnaeus, 1758) e Dryas iulia (Fabricius, 1775). Distribuídas em quatro famílias: Nymphalidae, Pieridae, Papilionidae e Lycaenidae. No Parque Chico Mendes foram registradas 15 espécies, totalizando 914 exemplares, sendo elas: Ascia monuste (Linnaeus, 1764); Junonia evarete (Cramer, 1779); Methona themisto; (Hübner, 1818); Heliconius ethilla narcaea (Godart, 1819); Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775); Phoebis philea (Linnaeus, 1763); Papilio homothoas (Rothschild e Jordan, 1906); Papilio anchisiades (Fabricius, 1793); Actinote pratensis (Francini, Freitas e Penz, 2004); Agraulis vanillae (Stichel, 1907); Hemiargus hanno (Stoll, 1790); Danaus plexippus (Linnaeus, 1758); Vanessa braziliensis (Moore, 1883); Marpesia petreus (Cramer, 1776) e Dryas iulia (Fabricius, 1775). Distribuidas em 4 famílias: Nymphalidae, Pieridae, Papilionidae e Lycaenidae. Em ambos os locais pesquisados foi observado que as espécies vegetais preferencialmente visitadas foram às espécies espontâneas, quando presentes sendo mais frequentes as visitas à: Rhododendron simsii; Ageratum conyzoides; Emilia sonchifolia; Oxalis latifolia; Ixora coccinea; Lotus corniculatus; Melinis minutiflora; Taraxacum officinale; Galinsoga ciliata; Lantana camara; Alternanthera ficoidea e Bidens pilosa. 15 Espécies Plantas Visitadas Ageratum conyzoides L; Emilia sonchifolia (L.) DC; Oxalis latifolia Kunth; Ascia monuste Galinsoga ciliata (Raf.) Blake ; Bidens pilosa L; Taraxacum officinale ; Alternanthera ficoidea (L.) Beauv. Melinis minutiflora Beauv; Bidens pilosa L; Taraxacum officinale; Junonia evarete Alternanthera ficoidea (L.) Beauv. Presentes no solo. Taraxacum officinale; Lantana camara L; Ixora coccinea L; Alternanthera Methona temisto ficoidea (L.) Beauv. Hamadryas amphinome Heliconius ethilla narcaea Heliconius erato phyllis Tronco de espécies arbóreas. Bidens pilosa L; Taraxacum officinale ; Lotus corniculatus L; Emilia sonchifolia (L.) DC. Galinsoga ciliata (Raf.) Blake; Lantana camara L; Bidens pilosa L; Emilia sonchifolia (L.) DC; Ageratum conyzoides L; Rhododendron simsii Planch. Ageratum conyzoides L; Emilia sonchifolia (L.) DC; Oxalis latifolia Kunth; Phoebis philea Galinsoga ciliata (Raf.) Blake ; Bidens pilosa L; Taraxacum officinale ; Alternanthera ficoidea (L.) Beauv; Impatiens Walleriana. Papilio homothoas Papilio anchisiades simsii Planch. Emilia sonchifolia (L.) DC; Taraxacum officinale. Galinsoga ciliata (Raf.) Blake; Lantana camara L; Bidens pilosa L; Emilia Actinote pratensis sonchifolia (L.) DC; Ageratum conyzoides L. Presentes no solo; Oxalis latifolia Kunth; Melinis minutiflora Beauv; Agraulis vanillae Taraxacum officinale ; Lantana camara L; Oxalis latifolia Kunth; Melinis minutiflora Beauv; Taraxacum officinale ; Hemiargus hanno Lantana camara L; Danaus plexippus Bidens pilosa L; Emilia sonchifolia (L.) DC; Presente s no solo; Galinsoga ciliata (Raf.) Blake; Lantana camara L; Dryas julia Bidens pilosa L; Emilia sonchifolia (L.) DC; Ageratum conyzoides L. Vanessa braziliensis Marpesia petreus Lantana camara L; Bidens pilosa L; Impatiens Walleriana; Rhododendron Emilia sonchifolia (L.) DC. Galinsoga ciliata (Raf.) Blake; Lantana camara L; Bidens pilosa L; Emilia sonchifolia (L.) DC; Ageratum conyzoides L. Presente no solo. Figura 3 - Tabela com registro de espécies de borboletas e plantas visitadas. 16 Verifica-se que a abundância e número de espécies avistadas variam dependendo da temperatura e umidade do ar. Havendo número menor de avistamentos quando a temperatura ultrapassou 27ºC, e diminuição da incidência de luminosidade solar. A tabela acima demonstra as plantas preferencialmente visitadas pelas espécies encontradas, tanto no Campus do Centro Universitário Fundação Santo André, como no Parque Chico Mendes. Na demonstração a seguir podemos verificar que o número de espécies encontradas é maior no Parque Chico Mendes em relação ao Campus do Centro Universitário, porém o número de avistamentos é consideravelmente maior no Campus do que no Parque. Isso provavelmente ocorre pela diferença de vegetação entre os dois locais. Demonstração gráfica das espécies avistadas 250 200 150 100 50 0 Parque Chico Mendes Centro Universitário Fundação Santo andré Figura 4 - Gráfico demonstrando as espécies avistadas nos locais de pesquisa. 17 Figura 5 – Gráfico quantitativo dos meses de coleta. O gráfico quantitativo dos meses de coleta demonstra os meses de maio e julho como os meses com menor incidência de borboletas. Pelos registros os dias que as coletas foram realizadas tiveram a temperatura mais baixa e menor luminosidade solar do que os outros meses. 6. POSSIVEIS ALTERAÇÕES NO PLANO DE ATIVIDADES OU NOS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO PROJETO DE PESQUISA Não houve alterações no plano de atividades ou nos procedimentos previstos no projeto de pesquisa apresentado, seguindo o cronograma de atividades. 18 7. DISCUSSÕES As borboletas, por serem consideradas um grupo suscetível a destruição e fragmentação de habitat, fornecem respostas rápidas e diretas a distúrbios ambientais, figuram entre um dos melhores grupos indicadores, pois tem ciclo rápido, especificidade ecológica, e são fáceis de ver e amostrar em qualquer época do ano. O monitoramento das populações e comunidades de borboletas ao longo tempo pode oferecer subsídios importantes para que medidas sejam tomadas antes que as consequências das perturbações ambientais sejam irreversíveis. (UEHARA PRADO et al. 2004). Para conter a perda da biodiversidade é necessário o desenvolvimento de programas de conservação e uso sustentável dos recursos naturais com ampliação dos conhecimentos nessa área. Sem um conhecimento mínimo sobre organismos que ocorrem em cada local, é impossível desenvolver qualquer projeto de conservação. (LANDA et al, 2007). Do ponto de vista da manutenção da diversidade de borboletas, a existência de áreas naturais nos espaços urbanos é fundamental, tendo em vista a observação de que os lepidópteros são encontrados em maior número de indivíduos e espécies, nos locais onde há vegetação natural espontânea e que as visitas são menos frequentes às espécies vegetais ornamentais artificialmente introduzidas. Observouse uma clara preferência das borboletas pelas espécies vegetais espontâneas em detrimento das ornamentais quando ambas estão disponíveis. Tal fato pode explicar, em grande parte, a existência de um menor número de espécies destes insetos nos espaços urbanos quando comparados com os ambientes naturais. (ROUPA et al, 2011). Em comparação com os levantamentos efetuados em áreas de São Caetano do Sul, a diversidade de espécies existentes nas áreas verdes da Fundação Santo André é menor. Porém foi registrado um número maior de avistamentos por espécie, indicando um número maior de indivíduos. Esta diferença pode ser atribuída à baixa diversidade de plantas existentes na 19 área, principalmente das espécies espontâneas, as quais são preferencialmente visitadas pelas borboletas como já verificado no estudo anterior. O favorecimento de algumas espécies pode, também, ser explicado pela presença de espécies arbóreas que não permitem a incidência de raios solares em muitos locais do campus, impedindo o desenvolvimento das espécies vegetais espontâneas. A escassez de vegetação nativa limita a distribuição de borboletas, visto que há uma alta especificidade referente aos seus recursos alimentares. 20 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pequena riqueza de espécies contabilizadas neste estudo demonstra o alto grau de impacto ambiental na área estudada, Para uma alta riqueza de espécies de borboletas em áreas urbanas faz-se necessário a presença de espécies de plantas espontâneas, além das espécies ornamentais, pois estas são espécies de maior atratividade para estes indivíduos, e, com isso, é possível haver a conservação das espécies existentes. (ROUPA; NASCIMENTO; ROVERATTI; 2011). Conclui que determinadas espécies de borboletas são avistadas em abundância nos locais dependendo da vegetação presente, meses do ano, temperatura ambiente e umidade do ar. Nos dias com temperaturas muito elevadas e com baixa umidade do ar observaram-se poucos exemplares. A maioria das espécies estudadas apresenta preferência por plantas espontâneas. Neste caso fazse necessário a conservação de áreas naturais em espaços densamente urbanizados. Este estudo mostra a necessidade da preservação dessas áreas dadas como “Florestas Urbanas” para a manutenção e conservação de espécies da fauna e flora nas grandes cidades. 21 REFERÊNCIAS CARDOSO, R.; RINO, M.M.; BARLETTA, F.; VENTURA, J.R.O. Plano de manejo do Borboletário Tropical Conservacionista Laerte Brittes de Oliveira, Diadema. SP, 2005. DALY, H.V.; DOYEN, J.T.; PURCEL, A.H. Introduction to insect Biology and Diversity. ed. Oxford University Press, Estados Unidos, 1998. DESSUY, M.B.; MORAIS, A.B.B; Diversidade de borboletas (Lepidoptera, Papilionoideae hesperioidea) em fragmento de Floresta Estacional Decidual em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Rio Grande do Sul, 2007. FADIGAS, L. S., 1993. A Natureza na Cidade, uma perspectiva para a sua integração no tecido urbano. Tese de Doutoramento, Faculdade de Arquitetura, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, p. 116. 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Diversidade de borboletas nymphalidae na mata atlântica do parque municipal da lagoa do Peri, Florianópolis, SC. 2008 Disponível em: http://www.cienciasbiologicas.ufsc.br/TCC-BIOLOGIAUFSC/TCCGabrielaCorsoda SilvaBioUFSC-08-2.pdf Acesso em: 18/07/2012. 24 UEHARA-PRADO, M.; A.V.L. FREITAS; R.B. FRANCINI; K.S. BROWN JR. Guia das borboletas frutívoras da reserva estadual do Morro Grande e região de Caucaia do Alto, Cotia (São Paulo). Biota Neotropica, Campinas, 2004. 25 ANEXOS 26 Anexo A– Fichas de identificação de espécies de lepidópteros. Nome cientifico: Actinote pratensis Nome Popular: Pratense Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Sub Familia: Heliconiinae Gênero: Actinote Ocorrência: São Paulo, Campinas, Rio Claro e Jundiaí e Águas da Prata. Características: Coloração escura com marcas avermelhadas e laranjas. Hábitos: Alimentação composta por pólen e néctar. 27 Nome cientifico: Ascia monuste Nome Popular: Praga da Couve Ordem: Lepidoptera Família: Pieridae Gênero: Ascia Ocorrência: Todo território Brasileiro Características: Borboleta diurna de coloração clara, podendo alcançar até 60mm de envergadura. Hábitos: Nectivoras, alimentação através de néctar de flores. Incluindo Lantana, Verbana suas larvas alimentam-se de Brassicae. Particularidades: Alcança até 60 mm de envergadura, muito comum, branca e pequena. Pode ser observada mesmo nas ruas das cidades grandes. Muito comum em todo o Brasil. Alimenta-se de couve. Os ovos são de cor amarela, são postos na superfície das folhas da couve ou de outras crucíferas. O ciclo do ovo até a forma adulta leva de 35 a 45 dias, ocorrendo várias gerações por ano. 28 Nome cientifico: Methona temisto Nome Popular: Borboleta do manacá Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Gênero: Methona Sub Família: Ithomiidae Ocorrência: Mata Atlântica Brasileira, porém convive em ambiente urbano por causa da presença de muitos manacás. Características: Possui asas de coloração amarelo translucido podendo atingir até 80mm de envergadura. Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores. Particularidades: É encontrada em áreas rurais ou urbanas em todo o Brasil. Pode voar grandes distâncias e agrupa-se a outras populações da espécie. Alimenta-se das folhas de manacá. O macho permanece próximo ao manacá, atento às jovens fêmeas. O acasalamento nesta espécie é brutal: durante o vôo, o macho segura a fêmea até que ela caia ao solo, onde se realiza a cópula. A postura dos ovos é no manacá. O desenvolvimento do ovo até a última muda da lagarta leva menos de 30 dias. Esta espécie está sendo ameaçada pela poluição das cidades. 29 Nome cientifico: Papilio anchisiades Nome Popular: Borboleta Rosa de Luto Ordem: Lepidoptera Família: Papilonidae Gênero: Papilio Ocorrência: Pode ser encontrada em quase todo o Brasil, desde matas até em ambientes urbanos. Características: Borboleta de tamanho considerável, podendo atingir até 100 mm de envergadura. Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores Particularidades: Este papilonídeo é encontrado desde as matas até aos locais abertos e de vegetação rasteira, onde, nas horas quentes do dia, procura o néctar de diversas flores de que se alimenta. 30 Nome cientifico: Papilio homothoas Nome Popular: Caixão de Defunto Ordem: Lepidoptera Família: Papilonidae Gênero: Papilio Ocorrência: Pode ser encontrada em muitas regiões brasileiras em maior quantidade no Rio Grande do Norte. Características: Borboleta de coloração preta e amarela, possui envergadura de até 90mm. Hábitos: Alimenta-se basicamente de néctar de flores. Particularidades: Conhecida popularmente como Borboleta Caixão-de-defunto, está presente desde as matas até regiões abertas e ensolaradas, onde procura o néctar de diversas flores, como o cambará, o hibisco e outras espécies que exalam perfume. 31 Nome cientifico: Phoebis sp Nome Popular: Gema Ordem: Lepidoptera Família: Pieridae Gênero: Phoebis Ocorrência: Ocorre em todo território brasileiro. Características: Coloração amarela com laranja voa rapidamente. Porte pequeno podendo chegar até 60mm de envergadura. Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores do gênero Hibiscus, Ixora, Ipatiens. Particularidades: Conhecida vulgarmente como "gema", encontrada em parques e jardins, voando rapidamente sobre as flores de diversas plantas cultivadas dos gêneros Impatiens, Hibiscus, Ixora, Duranta e Bougainvillea, entre outras. 32 Nome cientifico: Junonia evarete Nome Popular: Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Sub Família: Nymphalinae Gênero: Junonia Ocorrência: América Tropical Características: Pode chegar até 50mm de envergadura, coloração marrom com laranja. Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores e também absorve minerais do solo. Particularidades: É frequentadora de locais abertos e secos em toda a região da América tropical, voando baixo e pousando seguidamente com as asas abertas no chão ou sobre a vegetação herbácea. A borboleta gosta de pequenas flores silvestres, de onde tira seu sustento, se mostra mais ativa nas horas quentes do dia. Os ovos isolados são colocados sob folhas da planta alimento das lagartas. 33 Nome cientifico: Hamadryas amphinome Nome Popular: Estaladeira/ Borboleta assenta pau Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Gênero: Hamadryas Ocorrência: Encontrada da Argentina ao México e na bacia Amazônica e no sudeste do pais. Características: Borboleta que pode ter até 90mm de envergadura de coloração azulada com pontos claros. Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores e pólen. Particularidades: Vulgarmente denominada “estaladeira”, devido ao ruído que produz durante o voo, esta borboleta tem o costume de pousar de cabeça para baixo, com as asas abertas coladas ao substrato, geralmente um tronco de árvore, tornando-se então dificilmente difícil pela camuflagem do seu desenho. 34 Nome cientifico: Heliconius ethilla narcaea Nome Popular: Maria Boaba Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Gênero: Heliconius Ocorrência: Mais comum no centro oeste, nordeste e sudeste do Brasil. Características: Possui coloração amarela, clara com laranja e preto. Pode chegar até 50 mm de envergadura. Hábitos: Alimenta-se de néctar de plantas, procuram sempre as flores mais avermelhadas. Particularidades: São encontradas nas matas, jardins e parques, onde procuram flores, principalmente as vermelhas. A subespécie é comum no centro e sudeste do Brasil, sendo encontrada em vários habitats, voa baixo quando busca alimento. 35 Nome cientifico: Marpesia petreus Nome Popular: Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Gênero: Marpesia Ocorrência: Em todo território brasileiro. Características: Possui assas com contorno irregular coloração alaranjada seu voo é rápido, sua envergadura pode alcançar até 90mm. Hábitos: Sugam água e nutrientes do solo. Observações: Encontrada no solo. Particularidades: No voo, que é muito rápido, pode ser confundida com outras espécies de borboletas vermelhas. Nas horas quentes do dia, os machos costumam frequentar a beira dos rios, onde sugam a água e nutrientes do solo. As fêmeas retiram seu alimento do néctar de diversas flores e colocam seus ovos isolados em brotos e folhas novas de diversas moráceas como jaqueira e a figueira. O ciclo é rápido e a borboleta pode ser encontrada durante todo o ano, sobretudo nas regiões mais quentes e úmidos do pais. 36 Nome cientifico: Hemiargus hanno Nome Popular: Ordem: Lepidoptera Família: Lycaenidae Gênero: Hemiargus Ocorrência: Pode ser encontrada em ambientes abertos desde o Sul do Texas até a Argentina. Características: Borboleta pequena de coloração externa clara e interna azulada, possui voo rápido porém baixo. Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores. 37 Nome cientifico: Agraulis vanillae Nome Popular: Pingo de Prata Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Gênero: Agraulis Ocorrência: Desde Argentina até Estados Unidos Características: Coloração laranja com pontos prateados na parte externa das asas. Voa rapidamente e sua envergadura é de até 75mm. Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores como a zínia. Particularidades: Alcança até 75 mm de envergadura. Habita jardins, pomares e áreas abertas tanto rurais quanto urbanas. Espécie comum no Brasil. Possui voo rápido, irregular e baixo, rente à vegetação próxima do solo. Põe os ovos isoladamente em folhas ou ramos jovens, que servirão de alimento para suas lagartas. 38 Nome cientifico: Heliconius erato phyllis Nome Popular: Borboleta do Maracujá Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Gênero: Heliconius Ocorrência: Todo o território brasileiro com destaque no sudeste e centro oeste. Características: Borboleta com envergadura de até 70mm. Hábitos: Alimentação baseada em néctar de flores e pólen Particularidades: Informações complementares: Borboleta tropical com inúmeras variações e que apresenta cerca de 70 mm de envergadura. Voa durante o dia, e á noite reúne-se em pequenos grupos, pousando num mesmo galho. Alimenta-se de néctar e de pólen. Os ovos são colocados nos brotos ou nas gavinhas de diversas espécies de maracujazeiros. A lagarta, espinhosa, alcança até 40 mm e se alimenta das folhas do pé de maracujá. Pode ocorrer canibalismo entre lagartas. Está ameaçada pela destruição do habitat. 39 Nome cientifico: Vanessa braziliensis Nome Popular: Dama Maquiada Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Sub Família: Nymphalinae Ocorrência: São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Distrito Federal e Argentina Características: Borboleta de tamanho médio de coloração alaranjada com manchas na cor preta e branca. Hábitos: Alimentação baseada em néctar e pólen Particularidades: Ocorre principalmente em locais úmidos, voa pousando de asas abertas próxima ao solo ou sobre a vegetação que cobre esses ambientes. Prefere as horas quentes do dia mas pode ser vista em qualquer momento, mesmo com o tempo encoberto. Caracteriza-se pelos seus voos baixos em locais abertos. 40 Nome cientifico: Danaus plexippus Nome Popular: Monarca Ordem: Lepidoptera Família: Nymphalidae Sub Família: Danaíneos Gênero: Danaus Ocorrência: Podem ser encontradas em todas as Américas Características: Pode alcançar até 70mm de envergadura, possui coloração laranja com marcas pretas e brancas. É muito resistente podendo permanecer grandes períodos em jejum. Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores. Particularidades: A borboleta-monarca é uma borboleta da família dos ninfalídeos, da subfamília dos danaíneos, de ampla distribuição nas Américas. Tais borboletas têm cerca de 70 mm de envergadura, asas laranja com listras pretas e marcas brancas. 41 Anexo B– Fichas de identificação de espécies de plantas visitadas. Nome Científico: Bidens pilosa Nomes Populares: Picão-preto, Amor-de-burro, Amor-seco, Carrapicho, Carrapicho-agulha, Carrapicho-cuambu, Carrapicho-de-agulha, Carrapicho-de-duaspontas, Carrapicho-picão, Coambi, Cuambri, Cuambú, Erva-de-picão. Família: Asteraceae Categoria: Plantas Daninhas Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical Origem: América Central, América do Sul Altura: 0.6 a 0.9 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Bienal Informações: Embora no gênero Bidens existam diversas espécies ornamentais, a B. pilosa é muito conhecida em todo o mundo por ser uma invasora bastante agressiva. Presente em quase todos os continentes é considerada daninha principalmente em culturas anuais como soja, milho, algodão entre outras, sendo bastante comum em regiões de clima tropical e subtropical. Sem embargo é muito comum nas zonas urbanas como em praças, terrenos baldios, beiras de estrada e jardins. O picão-preto é extremamente prolífico: uma única planta pode produzir milhares de sementes. Uma curiosidade é que essas plantas distribuem a floração no tempo, ou seja, a floração dura aproximadamente 60 dias. 42 Nome Científico: Hemerocallis x hybrida Nomes Populares: Hemerocale, Hemerocális, Lírio, Lírio-amarelo, Lírio-de-sãojosé, Lírio-de-um-dia Família: Hemerocallidaceae Categoria: Bulbosas, Flores Perenes Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical Origem: Ásia, China, Europa, Japão, Sibéria Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene Informações: As folhas originam-se da base, são lineares e estreitas, com a nervura central bem marcada. A inflorescência surge de um longo escapo floral e contém de duas a cinco flores cada. As flores tem três sépalas e três pétalas e parecem com os lírios verdadeiros (da família Liliaceae). A floração é influenciada pela variedade hortícola, mas em geral ocorre nos meses mais quentes em climas subtropicais e temperados e durante o ano todo em regiões tropicais. Apresenta grande versatilidade e rusticidade no paisagismo, sendo uma excelente bordadura pelo efeito marcante de suas folhas, da mesma forma destaca-se em maciços ou grupos. É a flor eleita para jardins de pouca manutenção, como em condomínios e jardins públicos. No Oriente, sua utilização vai além do paisagismo, enriquecendo a culinária e a medicina popular. Devem ser cultivados em solos férteis, adubados com matéria orgânica e irrigados periodicamente. Não tolera terrenos encharcados. Algumas variedades apreciam o frio, outras apresentam boa tolerância. Multiplicamse pela divisão das touceiras, formando mudas com folhas e rizomas bem formados. 43 Nome Científico: Rhododendron simsii Nomes Populares: Azaléia, Azaléia-belga Família: Ericaceae Categoria: Arbustos, Cercas Vivas, Flores Perenes Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado Origem: Ásia, China Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros, 0.9 a 1.2 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene Informações: As azaléias são arbustos de folhagem verde-escura e floração abundante. Suas flores simples ou dobradas podem ter cores diferentes, como branco, rosa, vermelho ou mescladas. Há muitas variedades com portes diferentes também, umas mais pequenas para plantio em vasos e para formação de maciços e outras maiores capazes de formar cercas vivas. É uma planta muito utilizada também para a técnica milenar do bonsai. Devem ser cultivadas sob pleno sol, em solo composto de terra de jardim e terra vegetal, com regas regulares, não é necessária a calagem já que os rododendros e azaléias apreciam solos ácidos. As azaléias ainda apreciam o frio e podem ser podadas com cuidado e sempre no final da floração. Multiplicam-se por estaquia. 44 Nome Científico: Spathiphyllum wallisi Nomes Populares: Lírio-da-paz, Bandeira-branca, Espatifilo Família: Araceae Categoria: Flores Perenes, Forrações à Meia Sombra Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul, Colômbia, Venezuela Altura: 0.4 a 0.6 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra Ciclo de Vida: Perene Informações: Branca como a neve, a flor deste lírio é muito especial, pois simboliza a paz. Com o tempo e em ambientes mal iluminados ela pode se tornar esverdeada. Sua folhagem verde escura e brilhante é muito bonita. O lírio da paz é de crescimento rápido no verão, e tem um belo volume. Pode ser plantada em vasos decorando interiores ou em maciços e bordaduras protegidas por muros, árvores ou outras coberturas. Deve ser cultivada sempre à meia sombra, em substrato rico em matéria orgânica, com boa drenagem. Adubações anuais e regas frequentes garantem o visual do lírio da paz. Não tolera o frio. Multiplica-se por divisão das touceiras. 45 Nome Científico: Ageratum conyzoides Nome Popular: Agerato, Celestina, Mentrasto, Erva-de-são-joão, Erva-de-santalúcia, Mentraço Familia: Asteraceae Caracteristicas Gerais: Planta reproduzida por sementes. Folhas: Alternadas, opostas, ovadas; Ovada típica, peninérvea. Flor: Capitulo, monoperiantada, metaclamídea e hermafrodita. Fruto: Aquênio Origem: Planta nativa da América tropical. Ciclo de vida: Anual Informações: O agerato é uma planta herbácea, ereta, ramificada, de florescimento vistoso, ideal para a formação de maciços e bordaduras, em diferentes tipos de clima. Seu porte é pequeno, geralmente entre 20 e 30 centímetros de altura. A folhagem é densa, com folhas ovaladas a cordiformes, opostas e de cor verdebrilhante. As inflorescências surgem na primavera e permanecem até o final do outono. Elas são do tipo capítulo, compostas por numerosas flores felpudas, em diferentes tons de azul e lilás, mas que também podem ser róseas ou brancas, de acordo com a variedade. Deve ser cultivado sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Não tolera geada ou encharcamento. Em climas quentes, deve ser conduzido sob meiasombra, ou ao menos protegido do sol forte do meio-dia. Nos climas mais frios ou amenos, o cultivo deve ser sob sol pleno, para um intenso florescimento. A remoção das flores murchas, assim como a fertilização mensal, estimulam florações sucessivas no agerato. Multiplica-se por sementes postas a germinar no inverno, em ambiente protegido do frio intenso ou geadas. 46 Nome Científico: Brassica campestris Nome Popular: Mostarda Informações: Planta herbácea anual de caule ereto, folhas longas e estreitas com bordas serrilhadas. A planta atinge em torno de 1,0 m de altura. As flores são pequenas, amarelas, em inflorescência terminal, seguidas de frutos redondos, a mostarda em grão. 47 Nome Científico: Emilia sonchifolia Nome Popular: Bela emília, pincel, serralhinha. Família: Asteraceae Informações: Planta invasora largamente espalhada por todas as regiões agrícolas do país, infestando a maioria das culturas. Ocorre com maior frequência durante o período de maio a novembro. Durante o período de floração, confere às áreas infestadas coloração vermelha característica. 48 Nome Científico: Oxalis latifólia Nome Popular: Trevo, azedinha Informações: Planta invasora medianamente frequente, infestando gramados, jardins, pomares e cafezais. Devida a sua pequena altura, escapa ao corte pela ceifadeira nos gramados e, com isso, aumenta sua infestação. É uma invasora de muito difícil controle devido ao seu persistente meio de reprodução.Gênero composto por ervas caulescentes ou acaules. Folhas compostas, geralmente trifolioalares. Flores solitárias ou dispostas em umbelas, amarelas, brancas ou róseas. Fruto geralmente capsular, ovóide. Encontradas preferencialmente em lugares úmidos ou frescos, sendo consideradas "pragas" nos jardins. Crianças costumam mastigar as folhas de algumas espécies deste gênero devido ao sabor levemente azedo e agradável decorrente da presença de oxalato de potássio. O oxalato de potássio origina o ácido oxálico, o qual é responsável pela toxidez do gênero. 49 Nome Científico: Bougainvillea glabra Nomes Populares: Primavera, Buganvile, Buganvília, Ceboleiro, Flor-de-papel, Pataguinha, Pau-de-roseira, Roseiro, Roseta, Santa-rita, Sempre-lustrosa, Trêsmarias Família: Nyctaginaceae Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Trepadeiras Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul, Brasil Altura: 4.7 a 6.0 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene Trepadeira lenhosa, de florescimento abundante e espetacular. Sua folhas são pequenas, lisas, levemente alongadas e brilhantes, diferenciando-a da B. spectabilis. As flores são pequenas e projetadas, de coloração amarelo creme, envolvidas por brácteas róseas. Pode ser conduzida com arbusto, arvoreta, cerca-viva e como trepadeira, enfeitando com majestade pérgolas e caramanchões de estrutura forte. Devem ser cultivadas em solo fértil, previamente preparado com adubos químicos ou orgânicos, sempre a pleno sol. Oriunda de sul do Brasil, de característica subtropical, ela suporta muito bem o frio e às geadas, vegetando bem em áreas de altitude também. Requer podas de formação e de manutenção anuais, para estimular o florescimento e renovar parte da folhagem. Multiplica-se por sementes, alporquia e estaquia. 50 Nome Científico: Ixora coccínea Nomes Populares: Ixora, Icsória, Ixora-coral, Ixória Família: Rubiaceae Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Cercas Vivas, Flores Perenes Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical Origem: Indonésia, Malásia Altura: 0.9 a 1.2 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene A ixora é um arbusto muito apreciado nas regiões de clima quente. Seu aspecto é compacto e suas folhas têm uma textura de couro. A floração ocorre na primavera e verão, e apresenta inflorescências com numerosas flores de cor amarela, vermelha, laranja ou cor-de-rosa. Pode ser cultivada isoladamente ou em maciços, sendo ótimas para esconder muros e muretas. Atrai polinizadores. Deve ser cultivada sempre a pleno sol, e não é muito exigente em fertilidade, sendo bastante rústica. Dispensa maiores manutenções, mas deve ser regada a intervalos regulares. Multiplica-se por estacas e não tolera geadas. 51 Nome Científico: Lotus corniculatus Nome Popular: Cornichão. Família: Fabaceae Categoria: Herbácea Altura: 50 a 80 cm. Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene Informações: Trata-se de uma planta herbácea, perene, glabra, com folhas pinadas compostas de três folíolos apicais digitados e dois basais distanciados, assemelhando-se a estípulas. Possui folíolos sem nervuras visíveis ou com somente a principal aparente. Com inflorescência em umbelas de 4 a 6 flores amarelas, possui vagem linear, cilíndrica, deiscente e bivalva com falsos septos transversais entre as sementes. Tem uma raiz pivotante, o que confere tolerância a estiagens. A sua altura pode variar entre 50 e 80 cm quando não pastejada. É uma das poucas leguminosas que não é muito exigente com relação a solos. No entanto, mesmo sendo uma planta rústica, responde à correção de fertilidade, principalmente do fósforo. Dá-se bem em solos arenosos, argilosos, pobres, médios e tolera pH inferior a 6,0, até 4,8. Entretanto, sua produtividade é melhor se forem corrigidos o pH do solo, a drenagem e a fertilidade. O excelente valor nutritivo do cornichão deve-se aos elevados teores de proteína e digestibilidade. Até 24% de proteína bruta e 86% de digestibilidade. Além disso, o cornichão possui taninos condensados, responsáveis pelo aumento de 18% a 25% no aproveitamento de proteína, cujos teores atingem 28% quando em estádio bem jovem. 52 Nome Científico: Melinis minutiflora Nome Popular: capim-gordura,capim-meloso,capim-graxa, capim-melado. Família: Poaceae Informações: As raízes são fibrosas. Folhas com bainhas abertas, envolvendo os entrenós; freqüentemente o comprimento das bainhas excede o do entrenó correspondente. A bainha da última folha é particularmente comprida, podendo chegar a 30 cm, ou seja, 3 vezes o comprimento da respectiva lâmina. Coloração verde e intensa pilosidade. Junto aos nós os pêlos são mais compridos e formam uma coroa que se destaca visualmente. Lâminas com até 15 cm de comprimento, de base arredondada e mais larga, estreitando progressivamente até um ápice agudo;curtos pêlos brancos em ambas as faces porém mais intensos na fase dorsal; margens ciliadas. Na região do colar, do lado externo, freqüentemente ocorre um anel vermelho-escuro. Uma particularidade dessa espécie é que junto da base dos pêlos das folhas ocorrem glândulas que secretam um líquido pegajoso e adocicado, de odor característico. Inflorescência em panículas muito vistosas de coloração roxoavermelhada, na parte terminal dos colmos. Essas panículas chegam a 15 cm de comprimento. Inicialmente as ramificações se posicionam verticalmente, dando um aspecto compacto e ressaltado à coloração das panículas. Progressivamente, as ramificações nas panículas se abrem e todo o conjunto se apresenta mais frouxo, diminuindo com isso a intensidade da coloração. Dada a grande quantidade de panículas, uma área infestada apresenta um aspecto roxo-avermelhado. Os ramos são muito finos e apresentam espiguetas isoladas, geralmente longo. 53 Nome Científico: Taraxacum officinale Nome Popular: Taraxaco, salada-de-toupeira, alface-de-cão, amor-dos-homens. Família: Asteraceae Informações: Raiz mestra grossa, com exterior marrom e interior branco leitoso. Caule avermelhado oco e liso, ergue-se no meio de uma roseta de folhas junto ao solo. Folhas verde escuras, bem denteadas nos bordos, triangulares ou ovaladas; as flores são amarelas e se transformam em pompons com sementes aéreas que as crianças gostam de soprar... Origem: Até hoje se discute se o dente-de-leão é nativo das Américas ou aclimatada. A planta é encontrada e consumida em quase todo mundo (já a utilizavam os europeus, árabes, ingleses, americanos, chineses).Rico em vitaminas e sais minerais, o dente de leão tem propriedades diuréticas; é tônico, digestivo, estimulante do fígado e das glândulas linfáticas. Estimula os rins, ajuda eliminar uréia, colesterol e ácido úrico. Alivia anemia, insuficiência hepática, cistite, reumatismo, gota, etc. Combate gases e prisão de ventre. 54 Nome Científico: Raphanus sativus Nomes Populares: Rabanete, Rábano Família: Brassicaceae Categoria: Raízes e Rizomas Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical Origem: Ásia, Europa Altura: menos de 15 cm Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Anual O rabanete é uma hortaliça anual de raiz, cultivada desde à antiguidade e consumida no mundo todo por seu sabor adocicado, refrescante e picante. Ele pertence à família Brassicaceae, a mesma da couve, do nabo, da mostarda e do agrião. Inúmeras variedades de rabanete estão disponíveis, selecionadas principalmente por suas características e por época de plantio. Assim, há variedades próprias para plantar no verão, primavera, inverno ou outono. Da mesma forma, há grande variação no tamanho, na forma e nas cores das raízes, que na maioria das vezes são alongadas ou esféricas e de cor branca ou vermelha, incluindo mesclas. Há também variedades próprias para a produção de sementes, que podem ser utilizadas como tempero ou na extração de óleo. 55 Nome Científico: Bidens sulphurea Nomes Populares: Picão, Áster-do-méxico, Cosmo-amarelo, Picão-grande Família: Asteraceae Categoria: Flores Anuais Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical Origem: América do Norte, México Altura: 0.6 a 0.9 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Anual Extremamente rústica, esta planta apresenta folhas compostas e pilosas e longos pedúnculos florais. Suas flores reúnem-se em capítulos simples ou dobrados, de coloração laranja ou amarela, com as pontas dentadas. No paisagismo, o picão pode compor belos maciços e bordaduras, ou composições com outras flores de cores e texturas diferentes. Tem o mesmo estilo campestre das margaridinhas. Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, drenável, com regas regulares. Multiplica-se por sementes, com extrema facilidade, de forma que é considerada planta invasiva em determinadas situações. 56 Nome Científico: Impatiens walleriana Nomes Populares: Beijo-turco, Balsamina, Beijinho, Ciúmes, Impatiens, Maravilha, Maria-sem-vergonha Família: Balsaminaceae Categoria: Flores Anuais, Flores Perenes Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: África, Moçambique, Quênia Altura: 0.1 a 0.3 metros, 0.3 a 0.4 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra Ciclo de Vida: Perene Informações: O beijo-turco é uma planta herbácea de folhas macias, caule suculento e verde com floração abundante o ano todo. Apresenta folhas pecioladas, lanceoladas, com margens serrilhadas e de disposição alternada em sua maioria, com exceção das folhas do topo, que são opostas. As flores tem cinco pétalas cada e são providas de um esporão muito delgado e, dependendo da variedade, se exibem em cores sólidas ou belos degradeés e mesclas de branco, laranja, salmão, rosa, vermelho e vinho. Forma frutinhos do tipo cápsula, glabros, verdes, fusiformes, de casca suculenta e ocos. Quando maduros, explodem ao leve toque, lançando longe numerosas sementes e enroscando-se sobre si mesmo, elasticamente. Este comportamente é botanicamente conhecido como deiscência explosiva Muito fácil de cultivar, não exige cuidados especiais. É ideal para a composição de maciços e bordaduras em locais semi-sombredos. Também pode ser plantado em vasos, floreiras e cestas pendentes. É uma planta excelente para cultivar com as crianças. 57 Nome Científico: Calliandra tweedii Nomes Populares: Caliandra, Arbusto-chama, Diadema, Esponjinha, Esponjinhasangue, Esponjinha-vermelha, Mandararé, Topete-de-pavão Família: Fabaceae Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Cercas Vivas Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul, Brasil Altura: 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene Informações: A caliandra é uma planta arbustiva, lenhosa e muito florífera. Apresenta caule ramificado e folhas compostas, bipinadas e opostas, com folíolo pequenos, de cor verde escura. As inflorescências são do tipo umbela, com flores pentâmeras e vermelhas, caracterizadas pelos longos e sedosos estames, que dão ao conjunto da inflorescência um aspecto de pompom. É uma espécie muito ornamental, devido principalmente ao charme de suas flores felpudas. Ela é excelente para formar cercas vivas topiadas ou renques informais. Também pode ser plantada isolada, criando um certo destaque ao jardim quando está florida. Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, drenável, sem cuidados especiais pois é bastante rústica. As podas de formação estimulam o adensamento da planta. Multiplica-se por estacas e sementes e é tolerante ao frio. 58 Nome Científico: Eleusine indica Nomes Populares: Pé-de-galinha, Capim-da-cidade, Capim-de-burro, Capim-decoroa-d’ouro, Capim-de-pomar, Capim-d’ouro. Família: Poaceae Categoria: Plantas Daninhas Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical Origem: Ásia Altura: 0.4 a 0.6 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno Ciclo de Vida: Anual Informações: O pé-de-galinha é uma planta herbácea, da família das gramíneas, conhecido principalmente como erva invasora. Ele se desenvolve-se bem em qualquer tipo de solo, sendo presença marcante em beiras de estradas e terrenos baldios além de infestar diversas culturas. Relativamente resistente à seca e a alta umidade. Dissemina-se principalmente por ação de animais, visto que suas sementes não são digeridas. Hoje está distribuída pelas regiões tropicais, subtropicais e temperadas do mundo. No Brasil é encontrada em todo o território, sendo comum no sul, sudeste, centro-oeste e terras firmes da região Amazônica. 59 Nome Científico: Ipomoea cairica Nomes Populares: Ipoméia, Campainha, Corda-de-viola, Corriola, Glória-da-manhã, Jetirana, Jitirana Família: Convolvulaceae Categoria: Plantas Daninhas, Trepadeiras Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical Origem: América do Sul, Brasil Altura: 2.4 a 3.0 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Anual Informações: A ipoméia é uma trepadeira, de textura herbácea, muito rústica de rápido crescimento. Seu caule é volúvel, enroscando-se sobre os suportes. Possui flores de coloração rosa com o centro arroxeado, tendo outras variedades. Deve ser utilizada para cobrir treliças, cercas e muros. Também serve para esconder temporariamente entulhos e outras estruturas feias no jardim. Como perde a beleza com o tempo, não é indicada para cobrir estruturas mais caras e maiores, como pérgolas e caramanchões. Devem ser cultivadas a pleno sol, em solos drenáveis, com regas regulares. Não exige fertilidade, crescendo mesmo em solos pobres. É rústica e apresenta rápido crescimento, sendo freqüente sua utilização como trepadeira anual. Apesar de não tolerar o frio intenso, pode ser conduzida em clima temperado, durante a primavera e o verão. Multiplica-se por facilmente por sementes. 60 Nome Científico: Lantana camara Nomes Populares: Cambará, Bandeira-espanhola, Camará, Camaradinha, Cambará-de-cheiro, Cambará-miúdo, Cambará-verdadeiro, Cambarazinho, Chumbinho, Lantana, Lantana-cambará, Verbena-arbustiva Família: Verbenaceae Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Flores Perenes, Plantas Daninhas Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América Central, América do Sul Altura: 0.9 a 1.2 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene Informações: Arbusto florífero de efeito muito ornamental, o cambará é excelente para a formação de maciços e bordaduras. Suas folhas são opostas e muito pilosas, e os seus ramos flexíveis podem ser eretos ou semipendentes. As inflorescências são compostas por numerosas flores, formando mini-buquês das mais variadas cores, como laranja, rosa, vermelho, amarelo e branco; sendo comum observar, na mesma inflorescência, flores com colorações diferentes do centro para a periferia. Os frutos são do tipo drupa. Deve ser cultivado a pleno sol, em solo fértil enriquecido com composto orgânico, com regas periódicas. Tem grande potencial invasivo, tornando-se daninha em determinadas situações. Também é considerada planta tóxica e sua utilização terapêutica deve ter acompanhamento médico. Tolerante ao frio e às podas. Multiplica-se por estacas e sementes. 61 Nome Científico: Cyperus rotundus Nome popular:tiririca,junça, capim-alho ou barba-de-bode Familia: Cyperaceae Uma das plantas indesejáveis mais persistentes e difíceis de controlar é a tiririca (Cyperus rotundus). A tiririca é uma planta de estação quente, nativa da parte tropical da Ásia, mas pode ser encontrada em todos os países de clima tropical e subtropical. Pode ser identificada pelo formato triangular das suas hastes, pela coloração violeta das folhas do topo da planta, e pela coloração vermelho-escuro das inflorescências. A tiririca cresce bem em todos os tipos de solo, em todos os níveis de umidade de solo, pH e elevação. A planta pode sobreviver às mais altas temperaturas, entretanto não tolera áreas sombreadas. A tiririca é uma planta perene com estruturas especiais de crescimento subterrâneo, o que a torna super competitiva no gramado. Durante a primavera, os tubérculos subterrâneos, geralmente de 15 a 20 mm de comprimento e 10 mm de diâmetro, se espalham por rizomas, que alcançam a superfície do gramado no final da primavera. Culturalmente, não há meios efetivos de controlar a tiririca. O corte frequente e baixo do gramado pode auxiliar na redução da natureza competitiva da tiririca. O processo manual de extração da planta não é muito efetivo devido à permanência dos tubérculos no solo. Tratamentos com herbicidas são o meio mais efetivo, mas geralmente requerem aplicações anuais.