centro universitário fundação santo andré

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ
VIVIANE GARLA ROUPA
“DIVERSIDADE DE BORBOLETAS E PLANTAS VISITADAS
EM ÁREAS DE FLORESTA URBANA DO ESPAÇO VERDE
CHICO MENDES, SÃO CAETANO DO SUL/SP E CAMPUS
DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ,
SANTO ANDRÉ/SP”.
SANTO ANDRÉ
2012
CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ
VIVIANE GARLA ROUPA
“DIVERSIDADE DE BORBOLETAS E PLANTAS VISITADAS
EM ÁREAS DE FLORESTA URBANA DO ESPAÇO VERDE
CHICO MENDES, SÃO CAETANO DO SUL/SP E CAMPUS
DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ,
SANTO ANDRÉ/SP”.
Relatório final de Iniciação Científica,
apresentado
à
Pró-Reitoria
de
Pós
Graduação, Pesquisa e Extensão do
Centro
Universitário
Fundação
André.
Orientadora:
Prof. Dra. Dagmar Santos Roveratti
Co-orientadora:
Vivian Santana Nascimento
SANTO ANDRÉ
2012
Santo
1
RESUMO
Na avaliação e monitoramento da perda de biodiversidade são imprescindíveis o
estudo da riqueza de espécies e o desenvolvimento de diferentes tipos de pesquisas
envolvendo vegetais e animais. As borboletas, por serem consideradas um grupo
suscetível à destruição e fragmentação de habitats, fornecem respostas rápidas e
diretas a distúrbios ambientais. Figuram entre um dos melhores grupos indicadores
pois tem ciclo rápido, especificidade ecológica e são fáceis de ver e amostrar em
qualquer época do ano. Ambientes urbanos como parques e jardins podem oferecer
muitos recursos alimentares, além de abrigo e condições favoráveis para a
sobrevivência de borboletas. Sendo assim, esses insetos podem se tornar fiéis a tais
habitats desempenhando um importante papel na polinização de algumas espécies
de plantas. Pretendeu-se com esta pesquisa elaborar um levantamento comparativo
de espécies de borboletas visitantes florais e das plantas visitadas por estes insetos
em dois locais: Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano do Sul-SP e no
Campus do Centro Universitário Fundação Santo André, em Santo André - SP, duas
áreas inseridas em ambiente urbano com vegetação bastante relevante. Buscou-se
salientar o papel de florestas urbanas na conservação de espécies animais e suas
interações com os vegetais presentes nestes lugares. Essas áreas são locais com
habitats potenciais para várias espécies e possibilitam estudar a relação de
comunidades de borboletas em função das ações antrópicas. O monitoramento da
lepidopterofauna ao longo do tempo pode oferecer subsídios importantes para que
medidas sejam tomadas antes que as consequências das perturbações ambientais
sejam irreversíveis.
Palavras-chave: Ambientes urbanos. Borboletas. Lepidopterofauna.
2
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Área do Centro Universitário Fundação Santo André.
08
Figura 2 – Área do Parque Espaço Verde Chico Mendes.
10
Figura 3 – Tabela com registro de espécies de borboletas e plantas visitadas.
16
Figura 4 – Gráfico demonstrando as espécies avistadas nos locais de pesquisa.
17
Figura 5 – Gráfico quantitativo dos meses de coleta.
18
SUMÁRIO
1.
Introdução
1.1 Características da Classe Insecta e Ordem Lepidóptera
04
1.2 Insetos como indicadores de qualidade ambiental
05
1.3 Conceito de Florestas Urbanas
06
1.4 Local de estudo – Caracterização
07
2. Objetivos
2.1 Objetivo Geral
10
2.2 Objetivos Específicos
10
3. Atividades desenvolvidas
3.1 Pesquisa
11
3.2 Coleta de Dados
11
3.3 I Congresso Latino Americano de Ecologia Urbana
12
3.4 SPGABC Simpósio de Pesquisa do Grande ABC
12
3.5 VI SAPEX Simpósio de Pesquisa e Extensão
12
4. Métodos e Materiais utilizados
13
5. Resultados obtidos e eventuais problemas enfrentados
14
6. Possíveis alterações no plano de atividade ou nos procedimentos
previstos no projeto de pesquisa
17
7. Discussões
18
8. Considerações Finais
20
Referências
Anexos
4
INTRODUÇÃO
1.1.
Características da Classe Insecta e Ordem Lepidoptera.
Os insetos são animais extremamente bem sucedidos e, apesar do seu
pequeno tamanho, estão associados a diversos aspectos da vida do ser humano.
Todos os tipos de ecossistemas naturais e modificados, terrestres e aquáticos,
apresentam comunidades de insetos que possuem grande variedade de estilos de
vida, formas e funções. (GULLAN e CRANSTON, 2008).
Esses animais desempenham importante papel na natureza, tendo na
Entomologia a ciência que os estuda sob todos os aspectos, estabelecendo as
relações com os seres humanos, plantas e animais. (MATOS et al., 2009).
Dentre os diversos grupos de invertebrados que são afetados pela
fragmentação florestal, as borboletas podem ser consideradas um ótimo modelo de
estudo. Devido ao seu tamanho relativamente grande, sua aparência colorida,
facilidade de amostragem e taxonomia bem resolvida, as borboletas estão entre os
grupos de insetos mais bem conhecidos, mostrando um grande potencial para
elucidar os padrões de diversidade e para estudos de conservação de insetos e de
seus habitats. (RIBEIRO, 2006).
As borboletas estão, assim, na seguinte classificação biológica: Filo
Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Lepidoptera. (CARDOSO et al, 2005).
A Ordem Lepidoptera possui 146.277 espécies descritas e 255.000 estimadas
no mundo, sendo constituída por borboletas (13%) e mariposas (87%). As
borboletas, cujos adultos são diurnos e coloridos, são bastante representativas na
região neotropical que possui em torno de 7.100 a 7.900 espécies nessa área. O
Brasil possui uma grande diversidade desses insetos, representando quase metade
das espécies neotropicais, com 3.100 a 3.200 espécies. (LEMES et al., 2008).
Lepidópteros mantêm estreita relação com as plantas e possuem importância
econômica e ecológica em muitos ambientes. Muitas larvas são fitófagas, enquanto
outras se desenvolvem no interior de frutos e sementes. Podem vir a se tornar
pragas importantes, causadoras de enormes prejuízos econômicos na agricultura.
5
Os adultos também desempenham um papel fundamental na estabilidade das
comunidades vegetais uma vez que são visitantes florais frequentes. Algumas
borboletas apresentam certa constância e fidelidade a determinadas espécies
vegetais, sendo que o comportamento dos visitantes florais é influenciado pela
distribuição espacial da comunidade vegetal e pelo padrão de distribuição do recurso
ao longo do tempo. (FONSECA et al., 2006).
1.2.
Insetos como indicadores de qualidade ambiental.
O estudo de organismos tem sido uma das técnicas utilizadas para se avaliar
mudanças no ambiente. Dentre estes organismos, os insetos têm se mostrado
indicadores apropriados para esta finalidade, tendo em vista sua diversidade e
capacidade de produzir várias gerações, geralmente, em curto espaço de tempo. Os
insetos fitófagos, quando específicos para determinadas plantas, são os organismos
mais adequados, principalmente os lepidópteros, que são taxonomicamente bem
estudados. (NETO et al., 1995).
As espécies, ao longo do processo evolutivo, adaptaram-se a determinados
conjuntos de condições ambientais. Quando ocorre uma mudança no ambiente
afetando essas condições, as espécies ali presentes reagem de diversas maneiras,
desde o desaparecimento total, indiferença ou até mesmo favorecimento. Certos
grupos de organismos são usados em análises ambientais, representando os outros
componentes do ecossistema. Esses organismos são chamados de indicadores
biológicos e podem refletir tanto mudanças no estado abiótico como no estado
biótico de um ambiente. Podem também refletir o impacto das mudanças ambientais
em um habitat, comunidade ou ecossistema, ou podem ser indicativos da
diversidade de um grupo ou taxa, ou da diversidade geral, dentro de uma área.
(SILVA, 2008).
As borboletas, além de serem um dos grupos de invertebrados mais
estudados, apresentam características que as tornam excelentes ferramentas no
monitoramento da qualidade ambiental (ISERHARD et al., 2010). Podem ser
especialmente úteis como indicadores de mudanças ambientais. A justificativa para
6
tal se deve ao fato de se apresentarem como um grupo altamente diversificado,
relativamente abundante no ambiente e de relativa facilidade de amostragem e
identificação. A alta sensibilidade para as alterações ambientais demonstradas por
estes organismos se deve, normalmente, ao rápido ciclo de vida e pela alta taxa de
reposição nas comunidades locais. Além disto, possuem estreita associação com
fatores físicos específicos e recursos vegetais, estando presentes ao longo do ano
todo e, principalmente, respondem com rapidez a distúrbios ou alterações no
ambiente. (FONSECA et al., 2006).
Apesar de viverem melhor em ambientes naturais como florestas e campos,
as borboletas também são encontradas nas cidades. A flora e a fauna urbanas são
condicionadas não só pelos fatores abióticos de cada região mas, principalmente,
pelas ações antrópicas. Embora a fauna urbana seja menos diversificada do que
aquelas encontradas nos ambientes naturais circunvizinhos, vários grupos de
animais estão nela representados. Muitas dessas espécies se mantêm em
populações restritas aos parques e jardins públicos e privados, quer sejam
ambientes artificialmente criados, ou fragmentos remanescentes de vegetação
natural. A importância destes últimos ambientes na manutenção de pequenas
populações de invertebrados é bastante relevante. (NASCIMENTO, 2010). O
monitoramento de borboletas através de inventários pode detectar efeitos
ambientais a longo prazo, tais como poluição atmosférica e da água, mudança de
habitat, bem como verificar o tamanho adequado de fragmentos remanescentes
através da observação na composição e diversidade das comunidades da região.
(ISERHARD e ROMANOWSKI, 2004).
1.3.
Conceito de Florestas Urbanas.
Os espaços verdes podem ser definidos como o conjunto de áreas livres,
ordenadas ou não, revestidas de vegetação e que exercem funções de proteção
ambiental, integração paisagística ou arquitetônica e/ou de recreio. Podem afigurarse das seguintes formas: parques e jardins urbanos, públicos e privados; áreas de
integração paisagística e de proteção ambiental de vias e outras infraestruturas
7
urbanas; taludes e encostas revestidos de vegetação; vegetação marginal dos
cursos de água e de lagos; sebes e cortinas de proteção contra o vento ou a
poluição sonora; zonas verdes de cemitérios; zonas agrícolas e florestais residuais
no interior dos espaços urbanos ou urbanizáveis. Representam uma entidade que
engloba a totalidade dos espaços ocupados com vegetação, constituindo o
somatório das áreas e trechos naturais integrados ou integráveis no tecido urbano.
(FADIGAS, 1993).
As modificações humanas na paisagem e o processo de urbanização têm
levado à destruição, fragmentação e ao isolamento de habitats naturais, com
consequente prejuízo para a biodiversidade, aumentando a importância das áreas
remanescentes como refúgio para a fauna e flora. Em relação às comunidades de
borboletas, já existem trabalhos de inventariamento indicando a importância e
efetividade desses habitats para manutenção da fauna regional. Reservas, parques,
jardins e/ou outros tipos de áreas verdes localizadas dentro das cidades ou em seus
arredores, podem oferecer um mosaico de recursos de alimentação, oviposição,
abrigo e permanência para muitas espécies de borboletas. Tem sido proposto a revegetação dos parques urbanos com espécies de plantas hospedeiras potenciais e
outros tipos de recursos de modo a incrementar o valor dessas áreas para
conservação de borboletas e outros grupos faunísticos. (SACKIS e MORAIS, 2008).
A preservação desses fragmentos é importante para a manutenção de uma
alta riqueza de borboletas nas cidades, pois estes locais garantem uma fonte
contínua de colonizadores potenciais. (FORTUNATO e RUSZCZYK, 1997).
Habitats como ambientes urbanos, representam locais favoráveis onde as
borboletas podem usar esses ambientes complexos, exibindo uma norma de reação
que minimiza a competição e a ação de inimigos naturais. (DESSUY e MORAIS,
2007).
1.4.
Local de estudo – Caracterização.
A Fundação Santo André, é uma instituição de ensino superior criada em
1962. Sua finalidade foi a de manter a Faculdade de Ciências Econômicas e
8
Administrativas (FAECO). Em 1966, a Prefeitura autorizou a instalação da segunda
unidade a ser mantida pela Fundação: a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
(FAFIL). No final da década de 80, a instituição criou sua escola de ensino médio, o
Colégio da Fundação Santo André. No final dos anos 90, iniciou-se a transformação
das faculdades isoladas, FAFIL e FAECO, em Centro Universitário, ocasião em que
a terceira faculdade foi, também, criada: a Faculdade de Engenharia Celso Daniel FAENG. Com uma extensa área verde, atualmente a Fundação Santo André é
mantenedora do Centro Universitário, que abriga as três faculdades e o colégio. O
Centro Universitário Fundação Santo André possui de terreno em torno de 58,4 mil
m², com área construída de 30,3 mil m².
Figura 1 - Área do Centro Universitário Fundação Santo André – Santo André/SP.
O município de São Caetano do Sul está localizado na região metropolitana
de São Paulo. Com 15,3 km² é integrante da região do ABC paulista; situa-se a uma
altitude média de 760 metros. A cobertura vegetal original do município de São
9
Caetano do Sul era a Mata Atlântica de planície. O intenso processo de urbanização
das áreas situadas nos limites da cidade de São Paulo descaracterizou
completamente as feições desta composição vegetal.
São Caetano do Sul possui sete parques municipais, dentre eles o Espaço
Verde Chico Mendes.
Um recente levantamento divulgado pela Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (CETESB) mostra que os indicadores ambientais do município de São
Caetano do Sul não são nada animadores: é a cidade com o ar mais poluído do
Estado, com uma proporção de veículos de 1,22 carros por habitante.
Além disto, São Caetano do Sul registra um índice de áreas verdes de 1,5 m²
por habitante enquanto que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) é de 12 m² por habitante. O Espaço Verde Chico Mendes é a maior área
verdade do município e uma das principais áreas de lazer da cidade, com área de
140 mil m² de vegetação abundante. Oferece aos visitantes de todas as idades
inúmeras atividades de lazer com intuito de manter a qualidade de vida e incentivar o
contato da população com diversas espécies de plantas, árvores e animais. Conta
com uma infraestrutura que incentiva a prática de esportes e possibilita aos usuários
uma maior interação com a natureza. Localizado na Avenida Fernando Simonsen,
566, no Bairro São José, o parque funciona todos os dias da semana das 6 às 22
horas.
10
Figura 2 - Área do Parque Espaço Verde Chico Mendes – São Caetano do Sul/SP.
2. OBJETIVOS
2.1.
Objetivo geral
Realizar o levantamento das espécies de borboletas presentes em áreas de
floresta urbana do Grande ABC como o Espaço Verde Chico Mendes- São Caetano
do Sul/SP e o Campus do Centro Universitário Fundação Santo André- Santo
André/SP.
2.2.
Objetivos Específicos
Investigar a diversidade e riqueza de espécies presentes em áreas de floresta
urbana, em cidades densamente urbanizadas, visando constatar espécies mais bem
11
adaptadas ao ambiente urbano.
Comparar os dados com levantamentos anteriores executados no Bairro
Cerâmica, tendo como foco principal a identificação de espécies presentes em área
urbana. (ROUPA; NASCIMENTO; ROVERATTI; 2011).
Verificar se, no ambiente urbano, locais com vegetação mais densa
apresentam maior diversidade de espécies de borboletas. E se em áreas próximas
podemos identificar a existência de espécies diferentes.
Através deste levantamento será gerada uma lista de espécies ocorrentes e
sua flora hospedeira, a fim de contribuir para um levantamento sistemático e o
conhecimento da lepidopterofauna dos dois municípios envolvidos na pesquisa,
lembrando que qualquer levantamento deste tipo é de suma importância, já que
borboletas são tidas como bioindicadores da qualidade do ambiente, sendo
relevantes para a geração de um diagnóstico ambiental.
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.1.
Pesquisa
Este projeto teve inicio através de consultas a trabalhos científicos e
bibliografias específicas sobre o assunto abordado. A pesquisa inicial teve como
foco principal o modo de vida de diversas espécies de lepidópteros e suas plantas
de preferência. O referencial teórico foi utilizado para a identificação das espécies de
borboletas observadas e de plantas hospedeiras em todo o período da pesquisa.
3.2.
Coleta de dados
Não houve alteração da data de inicio das coletas de dados. As observações
deram inicio no mês de janeiro do ano de dois mil e doze, com término no mês de
dezembro do mesmo ano.
12
3.3.
I Congresso Latino Americano de Ecologia Urbana
Participação no I Congresso Latino Americano de Ecologia Urbana, realizado
nos dias doze e treze de junho do ano de dois mil e doze, na Universidad Nacional
de General Sarmiento, Argentina, com apresentação dos resultados parciais do
projeto em forma apresentação oral.
3.4.
SPGABC Simpósio de Pesquisa do Grande ABC
Participação no II SPGABC Simpósio de Pesquisa do Grande ABC, realizado
no dia sete de novembro do ano de dois mil e doze, em São Bernardo do Campo,
com apresentação dos resultados parciais do projeto em forma de banner.
3.5.
VI SAPEX Simpósio de Atividades de Pesquisa e Extensão
Participação no VI SAPEX Simpósio de Atividades de Pesquisa e Extensão,
realizado no dia dez de novembro do ano de dois mil e doze, no Campus do Centro
Universitário Fundação Santo André, com apresentação dos resultados preliminares
do projeto em forma de banner.
13
4. MÉTODO E MATERIAIS UTILIZADOS
O estudo foi desenvolvido no município de Santo André e no município de
São Caetano do Sul simultaneamente, a fim de obtermos um comparativo entre as
regiões. Iniciado em Janeiro de 2012 e finalizado em Dezembro de 2012 para que
sejam apresentados resultados sazonais. O campus do Centro Universitário
Fundação Santo André e o Parque Chico Mendes têm como vegetação, jardins com
espécies ornamentais predominantemente exóticas, espécies arbustivas e várias
espécies arbóreas; também são observadas áreas de vegetação espontânea.
As observações consistem em circular pelas áreas verdes a fim de localizar
indivíduos do grupo das borboletas. Os exemplares foram registrados através de
fotografias
e
posteriormente
identificados,
por
comparação,
com
material
bibliográfico especializado ou consulta a especialistas. Também foram feitos
registros das espécies vegetais visitadas por cada espécie de borboleta observada.
14
5. RESULTADOS OBTIDOS E PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS
O esforço amostral foi de 68 horas no Parque Chico Mendes e de 65 horas e
30 minutos no Campus do Centro Universitário Fundação Santo André, durante o
período de janeiro a dezembro de 2012, totalizando 24 dias de observação. Foram
registradas no Campus do Centro Universitário Fundação Santo André 14 espécies
de borboletas totalizando 1124 exemplares, sendo elas: Ascia monuste (Linnaeus,
1764); Junonia evarete (Cramer, 1779); Methona themisto; (Hübner, 1818);
Hamadryas amphinome (Linnaeus,1767); Heliconius ethilla narcaea (Godart, 1819);
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775); Phoebis philea (Linnaeus, 1763); Papilio
homothoas (Rothschild e Jordan, 1906); Papilio anchisiades (Fabricius, 1793);
Actinote pratensis (Francini, Freitas e Penz, 2004); Agraulis vanillae (Stichel, 1907);
Hemiargus hanno (Stoll, 1790); Danaus plexippus (Linnaeus, 1758) e Dryas iulia
(Fabricius,
1775).
Distribuídas
em
quatro
famílias:
Nymphalidae, Pieridae,
Papilionidae e Lycaenidae.
No Parque Chico Mendes foram registradas 15 espécies, totalizando 914
exemplares, sendo elas: Ascia monuste (Linnaeus, 1764); Junonia evarete (Cramer,
1779); Methona themisto; (Hübner, 1818); Heliconius ethilla narcaea (Godart, 1819);
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775); Phoebis philea (Linnaeus, 1763); Papilio
homothoas (Rothschild e Jordan, 1906); Papilio anchisiades (Fabricius, 1793);
Actinote pratensis (Francini, Freitas e Penz, 2004); Agraulis vanillae (Stichel, 1907);
Hemiargus hanno (Stoll, 1790); Danaus plexippus (Linnaeus, 1758); Vanessa
braziliensis (Moore, 1883); Marpesia petreus (Cramer, 1776) e Dryas iulia (Fabricius,
1775). Distribuidas em 4 famílias: Nymphalidae, Pieridae, Papilionidae e Lycaenidae.
Em ambos os locais pesquisados foi observado que as espécies vegetais
preferencialmente visitadas foram às espécies espontâneas, quando presentes
sendo mais frequentes as visitas à: Rhododendron simsii; Ageratum conyzoides;
Emilia sonchifolia; Oxalis latifolia; Ixora coccinea; Lotus corniculatus; Melinis
minutiflora; Taraxacum officinale; Galinsoga ciliata; Lantana camara; Alternanthera
ficoidea e Bidens pilosa.
15
Espécies
Plantas Visitadas
Ageratum conyzoides L; Emilia sonchifolia (L.) DC; Oxalis latifolia Kunth;
Ascia monuste
Galinsoga ciliata (Raf.) Blake ; Bidens pilosa L; Taraxacum officinale ;
Alternanthera ficoidea (L.) Beauv.
Melinis minutiflora Beauv; Bidens pilosa L; Taraxacum officinale;
Junonia evarete
Alternanthera ficoidea (L.) Beauv. Presentes no solo.
Taraxacum officinale; Lantana camara L; Ixora coccinea L; Alternanthera
Methona temisto
ficoidea (L.) Beauv.
Hamadryas amphinome
Heliconius ethilla narcaea
Heliconius erato phyllis
Tronco de espécies arbóreas.
Bidens pilosa L; Taraxacum officinale ; Lotus corniculatus L; Emilia
sonchifolia (L.) DC.
Galinsoga ciliata (Raf.) Blake; Lantana camara L; Bidens pilosa L; Emilia
sonchifolia (L.) DC; Ageratum conyzoides L; Rhododendron simsii Planch.
Ageratum conyzoides L; Emilia sonchifolia (L.) DC; Oxalis latifolia Kunth;
Phoebis philea
Galinsoga ciliata (Raf.) Blake ; Bidens pilosa L; Taraxacum officinale ;
Alternanthera ficoidea (L.) Beauv; Impatiens Walleriana.
Papilio homothoas
Papilio anchisiades
simsii Planch.
Emilia sonchifolia (L.) DC; Taraxacum officinale.
Galinsoga ciliata (Raf.) Blake; Lantana camara L; Bidens pilosa L; Emilia
Actinote pratensis
sonchifolia (L.) DC; Ageratum conyzoides L.
Presentes no solo; Oxalis latifolia Kunth; Melinis minutiflora Beauv;
Agraulis vanillae
Taraxacum officinale ; Lantana camara L;
Oxalis latifolia Kunth; Melinis minutiflora Beauv; Taraxacum officinale ;
Hemiargus hanno
Lantana camara L;
Danaus plexippus
Bidens pilosa L; Emilia sonchifolia (L.) DC;
Presente s no solo; Galinsoga ciliata (Raf.) Blake; Lantana camara L;
Dryas julia
Bidens pilosa L; Emilia sonchifolia (L.) DC; Ageratum conyzoides L.
Vanessa braziliensis
Marpesia petreus
Lantana camara L; Bidens pilosa L; Impatiens Walleriana; Rhododendron
Emilia sonchifolia (L.) DC.
Galinsoga ciliata (Raf.) Blake; Lantana camara L; Bidens pilosa L; Emilia
sonchifolia (L.) DC; Ageratum conyzoides L. Presente no solo.
Figura 3 - Tabela com registro de espécies de borboletas e plantas visitadas.
16
Verifica-se que a abundância e número de espécies avistadas variam
dependendo da temperatura e umidade do ar. Havendo número menor de
avistamentos quando a temperatura ultrapassou 27ºC, e diminuição da incidência de
luminosidade solar.
A tabela acima demonstra as plantas preferencialmente visitadas pelas
espécies encontradas, tanto no Campus do Centro Universitário Fundação Santo
André, como no Parque Chico Mendes.
Na demonstração a seguir podemos verificar que o número de espécies
encontradas é maior no Parque Chico Mendes em relação ao Campus do Centro
Universitário, porém o número de avistamentos é consideravelmente maior no
Campus do que no Parque. Isso provavelmente ocorre pela diferença de vegetação
entre os dois locais.
Demonstração gráfica das espécies avistadas
250
200
150
100
50
0
Parque Chico Mendes
Centro Universitário Fundação Santo andré
Figura 4 - Gráfico demonstrando as espécies avistadas nos locais de pesquisa.
17
Figura 5 – Gráfico quantitativo dos meses de coleta.
O gráfico quantitativo dos meses de coleta demonstra os meses de maio e
julho como os meses com menor incidência de borboletas. Pelos registros os dias
que as coletas foram realizadas tiveram a temperatura mais baixa e menor
luminosidade solar do que os outros meses.
6. POSSIVEIS ALTERAÇÕES NO PLANO DE ATIVIDADES OU NOS
PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO PROJETO DE PESQUISA
Não houve alterações no plano de atividades ou nos procedimentos previstos
no projeto de pesquisa apresentado, seguindo o cronograma de atividades.
18
7. DISCUSSÕES
As borboletas, por serem consideradas um grupo suscetível a destruição e
fragmentação de habitat, fornecem respostas rápidas e diretas a distúrbios
ambientais, figuram entre um dos melhores grupos indicadores, pois tem ciclo
rápido, especificidade ecológica, e são fáceis de ver e amostrar em qualquer época
do ano. O monitoramento das populações e comunidades de borboletas ao longo
tempo pode oferecer subsídios importantes para que medidas sejam tomadas antes
que as consequências das perturbações ambientais sejam irreversíveis. (UEHARA
PRADO et al. 2004).
Para conter a perda da biodiversidade é necessário o desenvolvimento de
programas de conservação e uso sustentável dos recursos naturais com ampliação
dos conhecimentos nessa área. Sem um conhecimento mínimo sobre organismos
que ocorrem em cada local, é impossível desenvolver qualquer projeto de
conservação. (LANDA et al, 2007).
Do ponto de vista da manutenção da diversidade de borboletas, a existência
de áreas naturais nos espaços urbanos é fundamental, tendo em vista a observação
de que os lepidópteros são encontrados em maior número de indivíduos e espécies,
nos locais onde há vegetação natural espontânea e que as visitas são menos
frequentes às espécies vegetais ornamentais artificialmente introduzidas. Observouse uma clara preferência das borboletas pelas espécies vegetais espontâneas em
detrimento das ornamentais quando ambas estão disponíveis. Tal fato pode explicar,
em grande parte, a existência de um menor número de espécies destes insetos nos
espaços urbanos quando comparados com os ambientes naturais. (ROUPA et al,
2011).
Em comparação com os levantamentos efetuados em áreas de São Caetano
do Sul, a diversidade de espécies existentes nas áreas verdes da Fundação Santo
André é menor. Porém foi registrado um número maior de avistamentos por espécie,
indicando um número maior de indivíduos.
Esta diferença pode ser atribuída à baixa diversidade de plantas existentes na
19
área, principalmente das espécies espontâneas, as quais são preferencialmente
visitadas pelas borboletas como já verificado no estudo anterior. O favorecimento de
algumas espécies pode, também, ser explicado pela presença de espécies arbóreas
que não permitem a incidência de raios solares em muitos locais do campus,
impedindo o desenvolvimento das espécies vegetais espontâneas. A escassez de
vegetação nativa limita a distribuição de borboletas, visto que há uma alta
especificidade referente aos seus recursos alimentares.
20
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pequena riqueza de espécies contabilizadas neste estudo demonstra o alto
grau de impacto ambiental na área estudada, Para uma alta riqueza de espécies de
borboletas em áreas urbanas faz-se necessário a presença de espécies de plantas
espontâneas, além das espécies ornamentais, pois estas são espécies de maior
atratividade para estes indivíduos, e, com isso, é possível haver a conservação das
espécies existentes. (ROUPA; NASCIMENTO; ROVERATTI; 2011).
Conclui que determinadas espécies de borboletas são avistadas em
abundância nos locais dependendo da vegetação presente, meses do ano,
temperatura ambiente e umidade do ar. Nos dias com temperaturas muito elevadas
e com baixa umidade do ar observaram-se poucos exemplares. A maioria das
espécies estudadas apresenta preferência por plantas espontâneas. Neste caso fazse necessário a conservação de áreas naturais em espaços densamente
urbanizados. Este estudo mostra a necessidade da preservação dessas áreas dadas
como “Florestas Urbanas” para a manutenção e conservação de espécies da fauna
e flora nas grandes cidades.
21
REFERÊNCIAS
CARDOSO, R.; RINO, M.M.; BARLETTA, F.; VENTURA, J.R.O. Plano de manejo
do Borboletário Tropical Conservacionista Laerte Brittes de Oliveira, Diadema.
SP, 2005.
DALY, H.V.; DOYEN, J.T.; PURCEL, A.H. Introduction to insect Biology and
Diversity. ed. Oxford University Press, Estados Unidos, 1998.
DESSUY, M.B.; MORAIS, A.B.B; Diversidade de borboletas (Lepidoptera,
Papilionoideae hesperioidea) em fragmento de Floresta Estacional Decidual em
Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Rio Grande do Sul, 2007.
FADIGAS, L. S., 1993. A Natureza na Cidade, uma perspectiva para a sua
integração no tecido urbano. Tese de Doutoramento, Faculdade de Arquitetura,
Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, p. 116.
FONSECA, N.G.; KUMAGAI, A.F.; MIELKE, O.H.H. Lepidópteros visitantes florais
de Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl (Verbenaceae) em remanescente
de Mata Atlântica, Minas Gerais, Brasil. 2006. Rev. Bras. entomol. vol.50 nº3 São
Paulo.
FORTUNATO, L. & RUSZCZYK, A. Comunidades de Lepidópteros frugívoros em
áreas verdes urbanas e extraurbanas de Uberlândia, MG, Revista Brasileira de
Biologia, n57, 1997.
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São Paulo: Roca, 2008. 440p.
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22
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24
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Alto, Cotia (São Paulo). Biota Neotropica, Campinas, 2004.
25
ANEXOS
26
Anexo A– Fichas de identificação de espécies de
lepidópteros.
Nome cientifico: Actinote pratensis
Nome Popular: Pratense
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Sub Familia: Heliconiinae
Gênero: Actinote
Ocorrência: São Paulo, Campinas, Rio Claro e Jundiaí e Águas da Prata.
Características: Coloração escura com marcas avermelhadas e laranjas.
Hábitos: Alimentação composta por pólen e néctar.
27
Nome cientifico: Ascia monuste
Nome Popular: Praga da Couve
Ordem: Lepidoptera
Família: Pieridae
Gênero: Ascia
Ocorrência: Todo território Brasileiro
Características: Borboleta diurna de coloração clara, podendo alcançar até 60mm
de envergadura.
Hábitos: Nectivoras, alimentação através de néctar de flores. Incluindo Lantana,
Verbana suas larvas alimentam-se de Brassicae.
Particularidades: Alcança até 60 mm de envergadura, muito comum, branca e
pequena. Pode ser observada mesmo nas ruas das cidades grandes. Muito comum
em todo o Brasil. Alimenta-se de couve. Os ovos são de cor amarela, são postos na
superfície das folhas da couve ou de outras crucíferas. O ciclo do ovo até a forma
adulta leva de 35 a 45 dias, ocorrendo várias gerações por ano.
28
Nome cientifico: Methona temisto
Nome Popular: Borboleta do manacá
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Gênero: Methona
Sub Família: Ithomiidae
Ocorrência: Mata Atlântica Brasileira, porém convive em ambiente urbano por
causa da presença de muitos manacás.
Características: Possui asas de coloração amarelo translucido podendo atingir até
80mm de envergadura.
Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores.
Particularidades: É encontrada em áreas rurais ou urbanas em todo o Brasil. Pode
voar grandes distâncias e agrupa-se a outras populações da espécie. Alimenta-se
das folhas de manacá. O macho permanece próximo ao manacá, atento às jovens
fêmeas. O acasalamento nesta espécie é brutal: durante o vôo, o macho segura a
fêmea até que ela caia ao solo, onde se realiza a cópula. A postura dos ovos é no
manacá. O desenvolvimento do ovo até a última muda da lagarta leva menos de 30
dias. Esta espécie está sendo ameaçada pela poluição das cidades.
29
Nome cientifico: Papilio anchisiades
Nome Popular: Borboleta Rosa de Luto
Ordem: Lepidoptera
Família: Papilonidae
Gênero: Papilio
Ocorrência: Pode ser encontrada em quase todo o Brasil, desde matas até em
ambientes urbanos.
Características: Borboleta de tamanho considerável, podendo atingir até 100 mm
de envergadura.
Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores
Particularidades: Este papilonídeo é encontrado desde as matas até aos locais
abertos e de vegetação rasteira, onde, nas horas quentes do dia, procura o néctar
de diversas flores de que se alimenta.
30
Nome cientifico: Papilio homothoas
Nome Popular: Caixão de Defunto
Ordem: Lepidoptera
Família: Papilonidae
Gênero: Papilio
Ocorrência: Pode ser encontrada em muitas regiões brasileiras em maior
quantidade no Rio Grande do Norte.
Características: Borboleta de coloração preta e amarela, possui envergadura de até
90mm.
Hábitos: Alimenta-se basicamente de néctar de flores.
Particularidades: Conhecida popularmente como Borboleta Caixão-de-defunto, está
presente desde as matas até regiões abertas e ensolaradas, onde procura o néctar
de diversas flores, como o cambará, o hibisco e outras espécies que exalam
perfume.
31
Nome cientifico: Phoebis sp
Nome Popular: Gema
Ordem: Lepidoptera
Família: Pieridae
Gênero: Phoebis
Ocorrência: Ocorre em todo território brasileiro.
Características: Coloração amarela com laranja voa rapidamente. Porte pequeno
podendo chegar até 60mm de envergadura.
Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores do gênero Hibiscus, Ixora, Ipatiens.
Particularidades: Conhecida vulgarmente como "gema", encontrada em parques e
jardins, voando rapidamente sobre as flores de diversas plantas cultivadas dos
gêneros Impatiens, Hibiscus, Ixora, Duranta e Bougainvillea, entre outras.
32
Nome cientifico: Junonia evarete
Nome Popular:
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Sub Família: Nymphalinae
Gênero: Junonia
Ocorrência: América Tropical
Características: Pode chegar até 50mm de envergadura, coloração marrom com
laranja.
Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores e também absorve minerais do solo.
Particularidades: É frequentadora de locais abertos e secos em toda a região da
América tropical, voando baixo e pousando seguidamente com as asas abertas no
chão ou sobre a vegetação herbácea. A borboleta gosta de pequenas flores
silvestres, de onde tira seu sustento, se mostra mais ativa nas horas quentes do dia.
Os ovos isolados são colocados sob folhas da planta alimento das lagartas.
33
Nome cientifico: Hamadryas amphinome
Nome Popular: Estaladeira/ Borboleta assenta pau
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Gênero: Hamadryas
Ocorrência: Encontrada da Argentina ao México e na bacia Amazônica e no
sudeste do pais.
Características: Borboleta que pode ter até 90mm de envergadura de coloração
azulada com pontos claros.
Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores e pólen.
Particularidades: Vulgarmente denominada “estaladeira”, devido ao ruído que
produz durante o voo, esta borboleta tem o costume de pousar de cabeça para
baixo, com as asas abertas coladas ao substrato, geralmente um tronco de árvore,
tornando-se então dificilmente difícil pela camuflagem do seu desenho.
34
Nome cientifico: Heliconius ethilla narcaea
Nome Popular: Maria Boaba
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Gênero: Heliconius
Ocorrência: Mais comum no centro oeste, nordeste e sudeste do Brasil.
Características: Possui coloração amarela, clara com laranja e preto. Pode chegar
até 50 mm de envergadura.
Hábitos: Alimenta-se de néctar de plantas, procuram sempre as flores mais
avermelhadas.
Particularidades: São encontradas nas matas, jardins e parques, onde procuram
flores, principalmente as vermelhas. A subespécie é comum no centro e sudeste do
Brasil, sendo encontrada em vários habitats, voa baixo quando busca alimento.
35
Nome cientifico: Marpesia petreus
Nome Popular:
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Gênero: Marpesia
Ocorrência: Em todo território brasileiro.
Características: Possui assas com contorno irregular coloração alaranjada seu voo
é rápido, sua envergadura pode alcançar até 90mm.
Hábitos: Sugam água e nutrientes do solo.
Observações: Encontrada no solo.
Particularidades: No voo, que é muito rápido, pode ser confundida com outras
espécies de borboletas vermelhas. Nas horas quentes do dia, os machos costumam
frequentar a beira dos rios, onde sugam a água e nutrientes do solo. As fêmeas
retiram seu alimento do néctar de diversas flores e colocam seus ovos isolados em
brotos e folhas novas de diversas moráceas como jaqueira e a figueira. O ciclo é
rápido e a borboleta pode ser encontrada durante todo o ano, sobretudo nas regiões
mais quentes e úmidos do pais.
36
Nome cientifico: Hemiargus hanno
Nome Popular:
Ordem: Lepidoptera
Família: Lycaenidae
Gênero: Hemiargus
Ocorrência: Pode ser encontrada em ambientes abertos desde o Sul do Texas até a
Argentina.
Características: Borboleta pequena de coloração externa clara e interna azulada,
possui voo rápido porém baixo.
Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores.
37
Nome cientifico: Agraulis vanillae
Nome Popular: Pingo de Prata
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Gênero: Agraulis
Ocorrência: Desde Argentina até Estados Unidos
Características: Coloração laranja com pontos prateados na parte externa das
asas. Voa rapidamente e sua envergadura é de até 75mm.
Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores como a zínia.
Particularidades: Alcança até 75 mm de envergadura. Habita jardins, pomares e
áreas abertas tanto rurais quanto urbanas. Espécie comum no Brasil. Possui voo
rápido, irregular e baixo, rente à vegetação próxima do solo. Põe os ovos
isoladamente em folhas ou ramos jovens, que servirão de alimento para suas
lagartas.
38
Nome cientifico: Heliconius erato phyllis
Nome Popular: Borboleta do Maracujá
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Gênero: Heliconius
Ocorrência: Todo o território brasileiro com destaque no sudeste e centro oeste.
Características: Borboleta com envergadura de até 70mm.
Hábitos: Alimentação baseada em néctar de flores e pólen
Particularidades: Informações complementares: Borboleta tropical com inúmeras
variações e que apresenta cerca de 70 mm de envergadura. Voa durante o dia, e á
noite reúne-se em pequenos grupos, pousando num mesmo galho. Alimenta-se de
néctar e de pólen. Os ovos são colocados nos brotos ou nas gavinhas de diversas
espécies de maracujazeiros. A lagarta, espinhosa, alcança até 40 mm e se alimenta
das folhas do pé de maracujá. Pode ocorrer canibalismo entre lagartas. Está
ameaçada pela destruição do habitat.
39
Nome cientifico: Vanessa braziliensis
Nome Popular: Dama Maquiada
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Sub Família: Nymphalinae
Ocorrência: São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Distrito Federal e
Argentina
Características: Borboleta de tamanho médio de coloração alaranjada com
manchas na cor preta e branca.
Hábitos: Alimentação baseada em néctar e pólen
Particularidades: Ocorre principalmente em locais úmidos, voa pousando de asas
abertas próxima ao solo ou sobre a vegetação que cobre esses ambientes. Prefere
as horas quentes do dia mas pode ser vista em qualquer momento, mesmo com o
tempo encoberto. Caracteriza-se pelos seus voos baixos em locais abertos.
40
Nome cientifico: Danaus plexippus
Nome Popular: Monarca
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Sub Família: Danaíneos
Gênero: Danaus
Ocorrência: Podem ser encontradas em todas as Américas
Características: Pode alcançar até 70mm de envergadura, possui coloração laranja
com marcas pretas e brancas. É muito resistente podendo permanecer grandes
períodos em jejum.
Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores.
Particularidades: A borboleta-monarca é uma borboleta da família dos ninfalídeos,
da subfamília dos danaíneos, de ampla distribuição nas Américas. Tais borboletas
têm cerca de 70 mm de envergadura, asas laranja com listras pretas e marcas
brancas.
41
Anexo B– Fichas de identificação de espécies de plantas
visitadas.
Nome Científico: Bidens pilosa
Nomes Populares: Picão-preto, Amor-de-burro, Amor-seco, Carrapicho,
Carrapicho-agulha, Carrapicho-cuambu, Carrapicho-de-agulha, Carrapicho-de-duaspontas, Carrapicho-picão, Coambi, Cuambri, Cuambú, Erva-de-picão.
Família: Asteraceae
Categoria: Plantas Daninhas
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: América Central, América do Sul
Altura: 0.6 a 0.9 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Bienal
Informações: Embora no gênero Bidens existam diversas espécies ornamentais, a
B. pilosa é muito conhecida em todo o mundo por ser uma invasora bastante
agressiva. Presente em quase todos os continentes é considerada daninha
principalmente em culturas anuais como soja, milho, algodão entre outras, sendo
bastante comum em regiões de clima tropical e subtropical. Sem embargo é muito
comum nas zonas urbanas como em praças, terrenos baldios, beiras de estrada e
jardins. O picão-preto é extremamente prolífico: uma única planta pode produzir
milhares de sementes. Uma curiosidade é que essas plantas distribuem a floração
no tempo, ou seja, a floração dura aproximadamente 60 dias.
42
Nome Científico: Hemerocallis x hybrida
Nomes Populares: Hemerocale, Hemerocális, Lírio, Lírio-amarelo, Lírio-de-sãojosé, Lírio-de-um-dia
Família: Hemerocallidaceae
Categoria: Bulbosas, Flores Perenes
Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Ásia, China, Europa, Japão, Sibéria
Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Informações: As folhas originam-se da base, são lineares e estreitas, com a nervura
central bem marcada. A inflorescência surge de um longo escapo floral e contém de
duas a cinco flores cada. As flores tem três sépalas e três pétalas e parecem com os
lírios verdadeiros (da família Liliaceae). A floração é influenciada pela variedade
hortícola, mas em geral ocorre nos meses mais quentes em climas subtropicais e
temperados e durante o ano todo em regiões tropicais. Apresenta grande
versatilidade e rusticidade no paisagismo, sendo uma excelente bordadura pelo
efeito marcante de suas folhas, da mesma forma destaca-se em maciços ou grupos.
É a flor eleita para jardins de pouca manutenção, como em condomínios e jardins
públicos. No Oriente, sua utilização vai além do paisagismo, enriquecendo a
culinária e a medicina popular. Devem ser cultivados em solos férteis, adubados
com matéria orgânica e irrigados periodicamente. Não tolera terrenos encharcados.
Algumas variedades apreciam o frio, outras apresentam boa tolerância. Multiplicamse pela divisão das touceiras, formando mudas com folhas e rizomas bem formados.
43
Nome Científico: Rhododendron simsii
Nomes Populares: Azaléia, Azaléia-belga
Família: Ericaceae
Categoria: Arbustos, Cercas Vivas, Flores Perenes
Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado
Origem: Ásia, China
Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros, 0.9 a 1.2 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Informações: As azaléias são arbustos de folhagem verde-escura e floração
abundante. Suas flores simples ou dobradas podem ter cores diferentes, como
branco, rosa, vermelho ou mescladas. Há muitas variedades com portes diferentes
também, umas mais pequenas para plantio em vasos e para formação de maciços e
outras maiores capazes de formar cercas vivas. É uma planta muito utilizada
também para a técnica milenar do bonsai.
Devem ser cultivadas sob pleno sol, em solo composto de terra de jardim e terra
vegetal, com regas regulares, não é necessária a calagem já que os rododendros e
azaléias apreciam solos ácidos. As azaléias ainda apreciam o frio e podem ser
podadas com cuidado e sempre no final da floração. Multiplicam-se por estaquia.
44
Nome Científico: Spathiphyllum wallisi
Nomes Populares: Lírio-da-paz, Bandeira-branca, Espatifilo
Família: Araceae
Categoria: Flores Perenes, Forrações à Meia Sombra
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Colômbia, Venezuela
Altura: 0.4 a 0.6 metros
Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra
Ciclo de Vida: Perene
Informações: Branca como a neve, a flor deste lírio é muito especial, pois simboliza
a paz. Com o tempo e em ambientes mal iluminados ela pode se tornar esverdeada.
Sua folhagem verde escura e brilhante é muito bonita. O lírio da paz é de
crescimento rápido no verão, e tem um belo volume. Pode ser plantada em vasos
decorando interiores ou em maciços e bordaduras protegidas por muros, árvores ou
outras coberturas.
Deve ser cultivada sempre à meia sombra, em substrato rico em matéria orgânica,
com boa drenagem. Adubações anuais e regas frequentes garantem o visual do lírio
da paz. Não tolera o frio. Multiplica-se por divisão das touceiras.
45
Nome Científico: Ageratum conyzoides
Nome Popular: Agerato, Celestina, Mentrasto, Erva-de-são-joão, Erva-de-santalúcia, Mentraço
Familia: Asteraceae
Caracteristicas Gerais: Planta reproduzida por sementes.
Folhas: Alternadas, opostas, ovadas; Ovada típica, peninérvea.
Flor: Capitulo, monoperiantada, metaclamídea e hermafrodita.
Fruto: Aquênio
Origem: Planta nativa da América tropical.
Ciclo de vida: Anual
Informações: O agerato é uma planta herbácea, ereta, ramificada, de florescimento
vistoso, ideal para a formação de maciços e bordaduras, em diferentes tipos de
clima. Seu porte é pequeno, geralmente entre 20 e 30 centímetros de altura. A
folhagem é densa, com folhas ovaladas a cordiformes, opostas e de cor verdebrilhante. As inflorescências surgem na primavera e permanecem até o final do
outono. Elas são do tipo capítulo, compostas por numerosas flores felpudas, em
diferentes tons de azul e lilás, mas que também podem ser róseas ou brancas, de
acordo com a variedade. Deve ser cultivado sob sol pleno ou meia-sombra, em solo
fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Não tolera
geada ou encharcamento. Em climas quentes, deve ser conduzido sob meiasombra, ou ao menos protegido do sol forte do meio-dia. Nos climas mais frios ou
amenos, o cultivo deve ser sob sol pleno, para um intenso florescimento. A remoção
das flores murchas, assim como a fertilização mensal, estimulam florações
sucessivas no agerato. Multiplica-se por sementes postas a germinar no inverno, em
ambiente protegido do frio intenso ou geadas.
46
Nome Científico: Brassica campestris
Nome Popular: Mostarda
Informações: Planta herbácea anual de caule ereto, folhas longas e estreitas com
bordas serrilhadas.
A planta atinge em torno de 1,0 m de altura.
As flores são pequenas, amarelas, em inflorescência terminal, seguidas de frutos
redondos, a mostarda em grão.
47
Nome Científico: Emilia sonchifolia
Nome Popular: Bela emília, pincel, serralhinha.
Família: Asteraceae
Informações: Planta invasora largamente espalhada por todas as regiões agrícolas
do país, infestando a maioria das culturas. Ocorre com maior frequência durante o
período de maio a novembro. Durante o período de floração, confere às áreas
infestadas coloração vermelha característica.
48
Nome Científico: Oxalis latifólia
Nome Popular: Trevo, azedinha
Informações: Planta invasora medianamente frequente, infestando gramados,
jardins, pomares e cafezais. Devida a sua pequena altura, escapa ao corte pela
ceifadeira nos gramados e, com isso, aumenta sua infestação. É uma invasora de
muito difícil controle devido ao seu persistente meio de reprodução.Gênero
composto por ervas caulescentes ou acaules. Folhas compostas, geralmente
trifolioalares. Flores solitárias ou dispostas em umbelas, amarelas, brancas ou
róseas. Fruto geralmente capsular, ovóide. Encontradas preferencialmente em
lugares úmidos ou frescos, sendo consideradas "pragas" nos jardins. Crianças
costumam mastigar as folhas de algumas espécies deste gênero devido ao sabor
levemente azedo e agradável decorrente da presença de oxalato de potássio. O
oxalato de potássio origina o ácido oxálico, o qual é responsável pela toxidez do
gênero.
49
Nome Científico: Bougainvillea glabra
Nomes Populares: Primavera, Buganvile, Buganvília, Ceboleiro, Flor-de-papel,
Pataguinha, Pau-de-roseira, Roseiro, Roseta, Santa-rita, Sempre-lustrosa, Trêsmarias
Família: Nyctaginaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Trepadeiras
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: 4.7 a 6.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Trepadeira lenhosa, de florescimento abundante e espetacular. Sua folhas são
pequenas, lisas, levemente alongadas e brilhantes, diferenciando-a da B. spectabilis.
As flores são pequenas e projetadas, de coloração amarelo creme, envolvidas por
brácteas róseas. Pode ser conduzida com arbusto, arvoreta, cerca-viva e como
trepadeira, enfeitando com majestade pérgolas e caramanchões de estrutura forte.
Devem ser cultivadas em solo fértil, previamente preparado com adubos químicos ou
orgânicos, sempre a pleno sol. Oriunda de sul do Brasil, de característica
subtropical, ela suporta muito bem o frio e às geadas, vegetando bem em áreas de
altitude também. Requer podas de formação e de manutenção anuais, para
estimular o florescimento e renovar parte da folhagem. Multiplica-se por sementes,
alporquia e estaquia.
50
Nome Científico: Ixora coccínea
Nomes Populares: Ixora, Icsória, Ixora-coral, Ixória
Família: Rubiaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Cercas Vivas, Flores Perenes
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: Indonésia, Malásia
Altura: 0.9 a 1.2 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A ixora é um arbusto muito apreciado nas regiões de clima quente. Seu aspecto é
compacto e suas folhas têm uma textura de couro. A floração ocorre na primavera e
verão, e apresenta inflorescências com numerosas flores de cor amarela, vermelha,
laranja ou cor-de-rosa. Pode ser cultivada isoladamente ou em maciços, sendo
ótimas para esconder muros e muretas. Atrai polinizadores.
Deve ser cultivada sempre a pleno sol, e não é muito exigente em fertilidade, sendo
bastante rústica. Dispensa maiores manutenções, mas deve ser regada a intervalos
regulares. Multiplica-se por estacas e não tolera geadas.
51
Nome Científico: Lotus corniculatus
Nome Popular: Cornichão.
Família: Fabaceae
Categoria: Herbácea
Altura: 50 a 80 cm.
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Informações: Trata-se de uma planta herbácea, perene, glabra, com folhas pinadas
compostas de três folíolos apicais digitados e dois basais distanciados,
assemelhando-se a estípulas. Possui folíolos sem nervuras visíveis ou com somente
a principal aparente. Com inflorescência em umbelas de 4 a 6 flores amarelas,
possui vagem linear, cilíndrica, deiscente e bivalva com falsos septos transversais
entre as sementes. Tem uma raiz pivotante, o que confere tolerância a estiagens. A
sua altura pode variar entre 50 e 80 cm quando não pastejada.
É uma das poucas leguminosas que não é muito exigente com relação a solos. No
entanto, mesmo sendo uma planta rústica, responde à correção de fertilidade,
principalmente do fósforo. Dá-se bem em solos arenosos, argilosos, pobres, médios
e tolera pH inferior a 6,0, até 4,8. Entretanto, sua produtividade é melhor se forem
corrigidos o pH do solo, a drenagem e a fertilidade. O excelente valor nutritivo do
cornichão deve-se aos elevados teores de proteína e digestibilidade. Até 24% de
proteína bruta e 86% de digestibilidade. Além disso, o cornichão possui taninos
condensados, responsáveis pelo aumento de 18% a 25% no aproveitamento de
proteína, cujos teores atingem 28% quando em estádio bem jovem.
52
Nome Científico: Melinis minutiflora
Nome Popular: capim-gordura,capim-meloso,capim-graxa, capim-melado.
Família: Poaceae
Informações: As raízes são fibrosas. Folhas com bainhas abertas, envolvendo os
entrenós; freqüentemente o comprimento das bainhas excede o do entrenó
correspondente. A bainha da última folha é particularmente comprida, podendo
chegar a 30 cm, ou seja, 3 vezes o comprimento da respectiva lâmina. Coloração
verde e intensa pilosidade. Junto aos nós os pêlos são mais compridos e formam
uma coroa que se destaca visualmente. Lâminas com até 15 cm de comprimento, de
base arredondada e mais larga, estreitando progressivamente até um ápice
agudo;curtos pêlos brancos em ambas as faces porém mais intensos na fase dorsal;
margens ciliadas. Na região do colar, do lado externo, freqüentemente ocorre um
anel vermelho-escuro. Uma particularidade dessa espécie é que junto da base dos
pêlos das folhas ocorrem glândulas que secretam um líquido pegajoso e adocicado,
de odor característico. Inflorescência em panículas muito vistosas de coloração roxoavermelhada, na parte terminal dos colmos. Essas panículas chegam a 15 cm de
comprimento. Inicialmente as ramificações se posicionam verticalmente, dando um
aspecto compacto e ressaltado à coloração das panículas. Progressivamente, as
ramificações nas panículas se abrem e todo o conjunto se apresenta mais frouxo,
diminuindo com isso a intensidade da coloração. Dada a grande quantidade de
panículas, uma área infestada apresenta um aspecto roxo-avermelhado. Os ramos
são muito finos e apresentam espiguetas isoladas, geralmente longo.
53
Nome Científico: Taraxacum officinale
Nome Popular: Taraxaco, salada-de-toupeira, alface-de-cão, amor-dos-homens.
Família: Asteraceae
Informações: Raiz mestra grossa, com exterior marrom e interior branco leitoso.
Caule avermelhado oco e liso, ergue-se no meio de uma roseta de folhas junto ao
solo. Folhas verde escuras, bem denteadas nos bordos, triangulares ou ovaladas; as
flores são amarelas e se transformam em pompons com sementes aéreas que as
crianças gostam de soprar...
Origem: Até hoje se discute se o dente-de-leão é nativo das Américas ou aclimatada.
A planta é encontrada e consumida em quase todo mundo (já a utilizavam os
europeus, árabes, ingleses, americanos, chineses).Rico em vitaminas e sais
minerais, o dente de leão tem propriedades diuréticas; é tônico, digestivo,
estimulante do fígado e das glândulas linfáticas. Estimula os rins, ajuda eliminar
uréia, colesterol e ácido úrico. Alivia anemia, insuficiência hepática, cistite,
reumatismo, gota, etc. Combate gases e prisão de ventre.
54
Nome Científico: Raphanus sativus
Nomes Populares: Rabanete, Rábano
Família: Brassicaceae
Categoria: Raízes e Rizomas
Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Ásia, Europa
Altura: menos de 15 cm
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Anual
O rabanete é uma hortaliça anual de raiz, cultivada desde à antiguidade e
consumida no mundo todo por seu sabor adocicado, refrescante e picante. Ele
pertence à família Brassicaceae, a mesma da couve, do nabo, da mostarda e do
agrião. Inúmeras variedades de rabanete estão disponíveis, selecionadas
principalmente por suas características e por época de plantio. Assim, há variedades
próprias para plantar no verão, primavera, inverno ou outono. Da mesma forma, há
grande variação no tamanho, na forma e nas cores das raízes, que na maioria das
vezes são alongadas ou esféricas e de cor branca ou vermelha, incluindo mesclas.
Há também variedades próprias para a produção de sementes, que podem ser
utilizadas como tempero ou na extração de óleo.
55
Nome Científico: Bidens sulphurea
Nomes Populares: Picão, Áster-do-méxico, Cosmo-amarelo, Picão-grande
Família: Asteraceae
Categoria: Flores Anuais
Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: América do Norte, México
Altura: 0.6 a 0.9 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Anual
Extremamente rústica, esta planta apresenta folhas compostas e pilosas e longos
pedúnculos florais. Suas flores reúnem-se em capítulos simples ou dobrados, de
coloração laranja ou amarela, com as pontas dentadas. No paisagismo, o picão
pode compor belos maciços e bordaduras, ou composições com outras flores de
cores e texturas diferentes. Tem o mesmo estilo campestre das margaridinhas.
Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, drenável, com regas regulares.
Multiplica-se por sementes, com extrema facilidade, de forma que é considerada
planta invasiva em determinadas situações.
56
Nome Científico: Impatiens walleriana
Nomes Populares: Beijo-turco, Balsamina, Beijinho, Ciúmes, Impatiens, Maravilha,
Maria-sem-vergonha
Família: Balsaminaceae
Categoria: Flores Anuais, Flores Perenes
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: África, Moçambique, Quênia
Altura: 0.1 a 0.3 metros, 0.3 a 0.4 metros
Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra
Ciclo de Vida: Perene
Informações: O beijo-turco é uma planta herbácea de folhas macias, caule
suculento e verde com floração abundante o ano todo. Apresenta folhas pecioladas,
lanceoladas, com margens serrilhadas e de disposição alternada em sua maioria,
com exceção das folhas do topo, que são opostas. As flores tem cinco pétalas cada
e são providas de um esporão muito delgado e, dependendo da variedade, se
exibem em cores sólidas ou belos degradeés e mesclas de branco, laranja, salmão,
rosa, vermelho e vinho. Forma frutinhos do tipo cápsula, glabros, verdes, fusiformes,
de casca suculenta e ocos. Quando maduros, explodem ao leve toque, lançando
longe numerosas sementes e enroscando-se sobre si mesmo, elasticamente. Este
comportamente é botanicamente conhecido como deiscência explosiva Muito fácil de
cultivar, não exige cuidados especiais. É ideal para a composição de maciços e
bordaduras em locais semi-sombredos. Também pode ser plantado em vasos,
floreiras e cestas pendentes. É uma planta excelente para cultivar com as crianças.
57
Nome Científico: Calliandra tweedii
Nomes Populares: Caliandra, Arbusto-chama, Diadema, Esponjinha, Esponjinhasangue, Esponjinha-vermelha, Mandararé, Topete-de-pavão
Família: Fabaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Cercas Vivas
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Informações: A caliandra é uma planta arbustiva, lenhosa e muito florífera.
Apresenta caule ramificado e folhas compostas, bipinadas e opostas, com folíolo
pequenos, de cor verde escura. As inflorescências são do tipo umbela, com flores
pentâmeras e vermelhas, caracterizadas pelos longos e sedosos estames, que dão
ao conjunto da inflorescência um aspecto de pompom. É uma espécie muito
ornamental, devido principalmente ao charme de suas flores felpudas. Ela é
excelente para formar cercas vivas topiadas ou renques informais. Também pode
ser plantada isolada, criando um certo destaque ao jardim quando está florida.
Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, drenável, sem cuidados especiais pois
é bastante rústica. As podas de formação estimulam o adensamento da planta.
Multiplica-se por estacas e sementes e é tolerante ao frio.
58
Nome Científico: Eleusine indica
Nomes Populares: Pé-de-galinha, Capim-da-cidade, Capim-de-burro, Capim-decoroa-d’ouro, Capim-de-pomar, Capim-d’ouro.
Família: Poaceae
Categoria: Plantas Daninhas
Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado,
Tropical
Origem: Ásia
Altura: 0.4 a 0.6 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Anual
Informações: O pé-de-galinha é uma planta herbácea, da família das gramíneas,
conhecido principalmente como erva invasora. Ele se desenvolve-se bem em
qualquer tipo de solo, sendo presença marcante em beiras de estradas e terrenos
baldios além de infestar diversas culturas. Relativamente resistente à seca e a alta
umidade. Dissemina-se principalmente por ação de animais, visto que suas
sementes não são digeridas. Hoje está distribuída pelas regiões tropicais,
subtropicais e temperadas do mundo. No Brasil é encontrada em todo o território,
sendo comum no sul, sudeste, centro-oeste e terras firmes da região Amazônica.
59
Nome Científico: Ipomoea cairica
Nomes Populares: Ipoméia, Campainha, Corda-de-viola, Corriola, Glória-da-manhã,
Jetirana, Jitirana
Família: Convolvulaceae
Categoria: Plantas Daninhas, Trepadeiras
Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: 2.4 a 3.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Anual
Informações: A ipoméia é uma trepadeira, de textura herbácea, muito rústica de
rápido crescimento. Seu caule é volúvel, enroscando-se sobre os suportes. Possui
flores de coloração rosa com o centro arroxeado, tendo outras variedades. Deve ser
utilizada para cobrir treliças, cercas e muros. Também serve para esconder
temporariamente entulhos e outras estruturas feias no jardim. Como perde a beleza
com o tempo, não é indicada para cobrir estruturas mais caras e maiores, como
pérgolas e caramanchões.
Devem ser cultivadas a pleno sol, em solos drenáveis, com regas regulares. Não
exige fertilidade, crescendo mesmo em solos pobres. É rústica e apresenta rápido
crescimento, sendo freqüente sua utilização como trepadeira anual. Apesar de não
tolerar o frio intenso, pode ser conduzida em clima temperado, durante a primavera e
o verão. Multiplica-se por facilmente por sementes.
60
Nome Científico: Lantana camara
Nomes Populares: Cambará, Bandeira-espanhola, Camará, Camaradinha,
Cambará-de-cheiro,
Cambará-miúdo,
Cambará-verdadeiro,
Cambarazinho,
Chumbinho, Lantana, Lantana-cambará, Verbena-arbustiva
Família: Verbenaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Flores Perenes, Plantas Daninhas
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: América Central, América do Sul
Altura: 0.9 a 1.2 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Informações: Arbusto florífero de efeito muito ornamental, o cambará é excelente
para a formação de maciços e bordaduras. Suas folhas são opostas e muito pilosas,
e os seus ramos flexíveis podem ser eretos ou semipendentes. As inflorescências
são compostas por numerosas flores, formando mini-buquês das mais variadas
cores, como laranja, rosa, vermelho, amarelo e branco; sendo comum observar, na
mesma inflorescência, flores com colorações diferentes do centro para a periferia.
Os frutos são do tipo drupa.
Deve ser cultivado a pleno sol, em solo fértil enriquecido com composto orgânico,
com regas periódicas. Tem grande potencial invasivo, tornando-se daninha em
determinadas situações. Também é considerada planta tóxica e sua utilização
terapêutica deve ter acompanhamento médico. Tolerante ao frio e às podas.
Multiplica-se por estacas e sementes.
61
Nome Científico: Cyperus rotundus
Nome popular:tiririca,junça, capim-alho ou barba-de-bode
Familia: Cyperaceae
Uma das plantas indesejáveis mais persistentes e difíceis de controlar é a tiririca
(Cyperus rotundus). A tiririca é uma planta de estação quente, nativa da parte
tropical da Ásia, mas pode ser encontrada em todos os países de clima tropical e
subtropical.
Pode ser identificada pelo formato triangular das suas hastes, pela coloração violeta
das folhas do topo da planta, e pela coloração vermelho-escuro das inflorescências.
A tiririca cresce bem em todos os tipos de solo, em todos os níveis de umidade de
solo, pH e elevação. A planta pode sobreviver às mais altas temperaturas, entretanto
não tolera áreas sombreadas.
A tiririca é uma planta perene com estruturas especiais de crescimento subterrâneo,
o que a torna super competitiva no gramado. Durante a primavera, os tubérculos
subterrâneos, geralmente de 15 a 20 mm de comprimento e 10 mm de diâmetro, se
espalham por rizomas, que alcançam a superfície do gramado no final da primavera.
Culturalmente, não há meios efetivos de controlar a tiririca. O corte frequente e baixo
do gramado pode auxiliar na redução da natureza competitiva da tiririca. O processo
manual de extração da planta não é muito efetivo devido à permanência dos
tubérculos no solo. Tratamentos com herbicidas são o meio mais efetivo, mas
geralmente requerem aplicações anuais.
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