universidade candido mendes pró-reitoria de planejamento e

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA E QUESTÕES ÉTICAS
JOÃO CARLOS DA MOTTA
ORIENTADORA:
PROFª. Ms. MARY SUE CARVALHO PEREIRA
RIO DE JANEIRO
FEVEREIRO/2002
I
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA E QUESTÕES ÉTICAS
JOÃO CARLOS DA MOTTA
Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
em Docência do Ensino Fundamental e Médio.
RIO DE JANEIRO
FEVEREIRO/2002
II
AGRADECIMENTOS
Aos meus filhos Erick Cristian, Anna
Kablina e Yohannan Eduardo, queridos no meu
coração.
Aos meus amados netos, Erick Cristian,
Rafael Motta, presentes de Deus em Cristo Jesus,
ao meu ser.
III
DEDICATÓRIA
Aos
mestres
com
carinho,
professores Nilson, Maria Ester, Fátima, Vera
Lúcia, Mary Sue e Sarita.
E aos meus colegas.
IV
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
06
CAPÍTULO I
Justificativa
08
CAPÍTULO II
Relação entre a Psicologia, a Antropologia e outras ciências
17
CAPÍTULO III
Tarefa da ética e da meta-ética conforme a tradição
31
CAPÍTULO IV
Relação da ética com outras ciências
37
CAPÍTULO V
O pensamento e sua duração
52
CAPÍTULO VI
O ensino de Jesus sobre a família
58
CAPÍTULO VII
Sobre a bibliografia consultada
63
CONCLUSÃO
64
BIBLIOGRAFIA
65
ÍNDICE
67
ANEXOS
70
FOLHA DE AVALIAÇÃO
71
V
6
INTRODUÇÃO
O que se pode falar acerca do homem? Da sua origem? Das suas
características? Das suas funções no universo e do seu futuro?
Todas estas inquirições, fazem-se aos cientistas, leigos ou afina, a admitirem
a complexidade do ser humano, da eterna indagação que se coloca ao mesmo instante,
ou momento no tempo, como o centro do planeta (o antropocentrismo), ou apenas como
uma criatura capaz de transformar o habitat para sobreviver e desenvolver, na
perspectiva ridícula de eliminar a morte física e ser eterno biologicamente.
O homem é o único animal racional, e mesmo assim, é o único que se volta
contra a sua própria espécie, por puro prazer de suplantar-se ou eliminar o seu
semelhante; que sem dúvidas quaisquer, é o único parceiro que poderá auxiliá-lo na
melhoria do seu próprio mundo, esta seria uma cosmovisão irrefutável, diante de tanta
intempéries às vezes imprevisíveis, apesar de toda modernidade atual.
Isso posto, para que serve o homem? Lembrar-se-ia, o mesmo para qual
atividade principal, fora criado?
Este trabalho acadêmico tem o propósito final, ou último, de trazer à luz os
aspectos sobre a abordagem, também, da ciência disciplinar, chamada ética. O tema
anda em voga nos últimos instantes da vida brasileira, (o que mais se indagou, o cidadão
comum, ou seja, o povão... nestes aludidos lapsos de tempo foi, há ética na política? – O
político brasileiro é ético?).
Na antropologia filosófica, poderá prever-se uma ação ética mais profícua
do homem, em relação ao seu próprio conhecimento sobre si mesmo. Contudo, a nossa
preocupação está baseada na seguinte conceituação:
7
“A ética cristã está na explanação
sistemática do exemplo e ensinos morais de
Jesus, aplicados a vida total do indivíduo na
sociedade, e realizados com o auxílio do
Espírito Santo”. (H. H. Barnette)
Mas, dada a não universalidade da ética, pois o que se é ético na sociedade
brasileira, não se configura o mesmo comportamento, a ação semelhante, em uma outra
sociedade, exemplificando, numa sociedade islâmica é lícito ao esposo aprisionar a sua
esposa... no Brasil, isso seria cárcere privado ilícito, sugerível ao infrator, um processo
criminal, com seqüestro e constrangimento ilegal da vida humana, previsto no código
penal brasileiro. Porém, é excitante... aprofundar-se pelos meandros da ética, no sentido
de melhorar-se as relações interpessoais. A antropologia filosófica e as questões éticas
se resolvidas, possibilitarão um avanço considerável na melhoria dos seus padrões ou
dos seus paradigmas atuais adotados, ou voltar-se-ia ao nível “zero”!
8
CAPÍTULO I
JUSTIFICATIVA
A razão do tema, Antropologia Filosófica e Questões Éticas, relaciona-se
com o contexto histórico político brasileiro, (em outras paisagens!).
Os questionamentos nascem quando o homem atinge um alto grau
tecnológico... eticamente, tem-se aplicado ao crescimento da espécie humana, todos os
benefícios oriundos deste imenso desenvolvimento da tecnologia?
- Antropologicamente, dentro da filosofia, que é a busca do conhecimento
na arte de bem pensar...para que servirá a clonagem ou o projeto genoma, na
capacitação da humanidade no labor pela felicidade eterna; estará inclusa a
possibilidade de clonar-se o ser humano?
- Será isso ético?
E, Sócrates, dizia “agora sei, que nada sei”! ainda, “homem conhece-ti a ti
mesmo”...
O homem do Brasil, genericamente, olhando para o seu mundo interior,
numa reflexão profundamente constrangedora; poderá inferir se há uma ética relacional
entre os políticos do Brasil?
Qual seria a sua resposta?
- Desde que, o homem é membro efetivo do seu grupo, em quaisquer
regiões...haverá, pois uma ética da religião, ou será um questionamento improcedente –
relativo?
1.1. O HOMEM É O PRODUTO DO MEIO
Análise criteriosamente, a frase de Protágoras: “O homem é um produto do
meio.” Com a frase de Protágoras: “O homem é o princípio de todas as coisas”?
Resp.: Segundo a hipótese criacionista ou a tese dos filósofos e teólogos
criacionistas sobre a origem do homem, a frase de Protágoras, “o homem é um produto
do meio: contrária a palavra de Deus no seu Bereshit, ou no Gênesis. 1.27; “... Deus
criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea o criou.”
9
Em, “qual seria então a característica do ser humano”?
Resp.: “J. J. Rosseau defende o princípio de que o homem é nascido bom, a
sociedade, porém, o corrompe.” (‘Apesar de reconhecer-se as autoridades, a força do
meio, não se pode concordar que seja o meio o fator principal para a corrupção da raça
humana, o ambiente é apenas o caldo de cultura, favorável ou desfavorável ao
desenvolvimento do pecado, proliferando ou estacionando ou mesmo afastando-o.’)
O meio é o terreno; o pecado é a semente, é o gérmen. (‘Aliás a nossa
consciência nos acusa da prática de atos para os quais somos induzidos sem termos
forças para dominar essa situação. Rm. 5.19’).
E, “esse fenômeno se explica pela conexão de temperamento e caracteres
que se perpetuam através das gerações. Essa tendência para o mal não é o pecado
presente, mas a tendência para fazer o mal”. (M. F. Leal)
1.2. BIBLICAMENTE, O HOMEM NÃO É O PRINCÍPIO DE TODAS
AS COISAS
Biblicamente, o homem não é o princípio de todas as coisas, “no princípio
criou Deus os céus e a terra”(gênesis 1.1) com: “Então disse Deus: Façamos o homem
as nossa imagem, conforme a nossa semelhança, domine ele sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra, e sobre todos os
répteis que se arrastam sobre a terra.” “Assim Deus criou o homem à sua imagem, à
imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”. (Gên. 1.26, 27)
Como poderia algo criado, ser o princípio de todas as coisas?
O homem é chamado de a coroa da criação, o principal ser criado entre
todas as criaturas, de conformidade com os textos acima. Agora, vejam quem é o
princípio de todas as coisas...“no princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o
verbo era Deus”; “Ele estava no princípio com Deus” “todas as coisas foram feitas por
meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez” com :
“ainda:
Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obras de tuas mãos.”
(Hb 1.10) – como isso aconteceu? – Compare o seguinte; “a nós falou-nos nestes
10
últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez o mundo” (Hb
1.2) – Então, por quem foi feito o mundo?
“...Eu sou o alfa e o ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim.” (Ap.
22.13).
1.3. O QUE DIZ O ANTROPOCENTRISMO SOBRE O HOMEM
No antropocentrismo, sim, o homem é o princípio de todas as coisas...
principalmente do seu pecado, o original, que se alastrou para toda a humanidade; o
homem no centro das decisões, (inclusive para “alguns” indivíduos o homem jamais
cometeu pecado...).
Deus fez o homem bom, porém ele se meteu em muitíssimas astúcias,
inclusive escolheu pecar ou transgredir a vontade de seu criador, vejam o texto sagrado;
depois de dar ouvidos a serpente...ao diabo, Eva, a mulher de Adão, duvidando da
palavra sagrada e do seu autor age assim; “vendo a mulher que aquela árvore era boa
para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou
do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, que estava com ela, e ele comeu”
(Gen. 3.6).
Ambos, não se tornaram produto do meio; o seu habitat, o jardim do Éden
era aprazível, foram os mesmos que deliberaram sobre a sua capacidade de
transgredirem a lei. Se, o meio influenciassem sobre a alma do homem, sobre a
formação final do seu caráter, como se sete fosse um objeto de consumo... dos morros
do Rio de Janeiro ou de quaisquer favelas de uma outra grande cidade, não se acharia
nenhuma pessoa de bem, honrada, produtiva e de bons testemunhos. Então diante disso
faz-se necessário ir-se mais além.
1.4. O HOMEM E A SUA INVENÇÃO
Analisando criticamente a seguinte frase: “Se o homem não existisse, seria
necessário inventá-lo.”
Resp.: “Se” é uma partícula de indeterminação do sujeito em uma oração.
Quem diria então assim, inventá-lo?
11
Se, é uma partícula condicional, ou um pronome que irá indeterminar o
sujeito da ação... uma regra em português diz que não se deve iniciar a construção de
um período pela negativa; “Se” é uma condicional de negação, porém, ela, “Se”,
poderia ser explicativa, caso viesse, o homem precedido por uma virgula, Se, ... o
homem, ...
Contudo, o que faz o homem, genericamente, necessário?
Mas, caso fosse o mesmo, o primeiro de todas as coisas, quem iria inventálo?
Somente Deus o criador eterno, o Deus Espírito Santo, e o Deus Filho, em
uma só essência e unicidade eterna, que existe antes de tudo.
O homem não existia em Deus, em sua eterna sabedoria, portanto, não seria
necessário a Deus, como uma imposição ao seu ato criacional, que o homem fosse
preciso ser inventado.
O homem, a imagem e semelhança de Deus, somente passou a existir nos
atos da vontade do seu criador. O antropocentrismo, opõe-se ao teocentrismo.
1.5. A RELEVÂNCIA DO SER... DO HOMEM
Discorrendo sobre a frase: “O homem é tudo diante do nada e é nada diante
do tudo”?
Resp.: É uma questão... onde se deve situar primeiramente, o que é tudo?
E, diante do nada, o nihil, o vazio, ou a ausência do ser essencial, o ente... o
homem materialmente, conquanto seja matéria, ocupa um espaço, espiritualmente,
poder-se-á estar lado-a-lado com o seu criador ou separado deste, então ele é nada. E
não é tudo. Tudo... o absoluto é Deus. Deus no dinamis, é todo o poder. Deus é Espírito,
em verdade... Ele é tudo, menos o deus panteísta, ou a sua idéia, aliás, Deus estando em
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tudo é, o Deus pessoal dos cristãos e dos judeus, embora, seja o autor da natureza, Ele
não está nela... e, isso não o diminui em nada.
O Deus criador, fez tudo do nada e criou o homem do pó da terra... assim
sendo, o homem não é Deus, muito embora tenha uma essência divina, por isso, o
homem não é tudo e o nada não está no homem.
Se, o tudo é o absoluto divino, certo será dizer que ontologicamente, o
homem nada é, pois o seu brilho está ofuscado pelo pecado, por sua incapacidade para
gerir em sua intimidade, o ato do pecado.
1.6. A POSIÇÃO DA CIÊNCIA EM RELAÇÃO A ORIGEM
HUMANA
A ciência apresenta o homem como resultado de uma evolução de espécies
inferiores, a teologia bíblica conclui, que a origem do homem é, explicada por uma ação
espontânea de deus, como um “artesanato divino”, o misticismo ufológico, acredita que
o homem é resultado de uma semeadura extraterrestre. Consideradas estas teorias. Qual
a sua posição a respeito?
Resp.: Seguramente, seguir o que expõe o teólogo batista, Banhoroft,
“afirma, o mesmo, que a Bíblia mostra ter havido uma criação imediata e não
processual”.
Porém, reportando a questão anterior, (à primeira) o homem não é “o
produto” do meio, pois este não é somente matéria ou o pó da terra... holisticamente, o
homem é integral diante daquele que o criou, com aspirações e necessidades, (o homem
não é o resultado de uma soma de fatores, ou de sua multiplicação, portanto, não podese “dividi-lo” ou esfacelá-lo como se fez com Osires, segundo a saga egípcia, que o
esquartejaram e o esparramaram ao longo do rio Nilo, o homem uno, é o produto da
ação criacionista de Deus, segundo o Bereshit, Gn. 1.26,27).
13
Porém, o homem quando criado por Deus, não era seu “BIBELÔ” ou
“MARIONETE”...Foi feito um ser moral livre, após a sua transgressão, no segundo
caos, perdem a sua livre vontade para fazer o bem...agora, só faz o mau moral.
1.7. CRENDO NA ETERNIDADE DO HOMEM
Se o homem é composto de uma parte material: o corpo, de uma parte
racional; a alma: de uma parte espiritual: o espírito. o que o leva a acreditar numa
eternidade?
Resp.: O homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, segundo textos
citados anteriormente, (a semelhança com Deus criador Gen. 1.26,27; é o espírito...
Deus é Espírito, e é verdade absoluta nascida Dele mesmo), somente Deus era eterno,
antes da sua obra... a matéria não é eterna, não poderia haver Deus eterno e outra pessoa
lado-a-lado em sua eternidade, como ou igual a matéria em si mesma. O homem é o
único ser eterno além de Deus, por causa do próprio Deus que o criara em sua
semelhança espiritual, (“a carne e o sangue... os quais não podem herdar o reino de
Deus, nem a corrupção herda a incorrupção, (Ico 15.50); e agora digo isto, irmãos”...
palavras do Apóstolo Paulo aos Coríntios.)
Então, veja-se... “e o pó – volte a terra, como o era, e o espírito volte a
Deus, que os deu” (Eclesiaste 12.7).
E, a alma...a vida que pecar, esta morrerá, (separada de Deus a alma, igual a
vida, está morta, é o que o versículo 7, anterior, ensina, o espírito eterno no homem
entrará na eternidade espiritual de Deus, o seu criador).
1.8. DEUS, UMA CRIAÇÃO DO HOMEM
Se Deus é uma criação do homem, quem criou o homem para conceber a
idéia de um “deus”?
Resp.: “Os homens têm-se denominado deus, desde que começou a pensar,
a formular teorias e criar histórias (“aliás o homem é o único animal que se preocupa
14
em relatar a sua história”), se por um lado a evolução tornou os homens capazes de
transformar a realidade, em benefício próprio, por outro, a evolução o fez regredir na
busca dos valores humanos espirituais, mesmo que se tenha como fonte a estatística
crescente de maior número de seitas ou crenças religiosas.”
Foi Feuerbach, filósofo contemporâneo de Karl Marx, quem disse que o
homem por necessidades ou por sua solidão ontológica, veio a criar “deus”, segundo sua
análise, desde que o homem inventou o fogo, em sua primitividade, inicia-se a adoração
a um deus de conformidade tribais, indo mais além, diz-se o analista, que uma noção ou
idéia sobre o nouminoso, historicamente se deus assim, nascendo-se uma idealização
sobre o totalmente transcendente, o outro ente. (Rudolfo Otto – Editora Edições Loyola,
1988). – Quem criou o homem? – Segundo a hipótese materialista, o homem foi fruto
de uma geração espontânea sem um causador inicial ou ainda, que o homem seria o
resultado de uma seleção natural entre as espécies, onde sobrevivem os mais fortes, a
teoria da evolução está embasada nestes pressupostos “científicos”, cresce então a
necessidade de se prosseguir mais detidamente nas análises e nas pesquisas.
1.9. DIFERENÇAS ENTRE AS ANTROPOLOGIAS CULTURAL E
SOCIAL
Quais as diferenças entre antropologia cultural e antropologia social?
Resp.: A antropologia significa o estudo do homem, portanto, poder-se-ia
dizer que somente haverá cultura segundo a própria história do homem. Então,
antropologicamente, qual é a história sobre o homem?
Para se fazer a história, precisa-se da antropologia cultural, que é uma das
ciências auxiliares da história.
E somente, se faz a história, se o fato social é cientificamente observado.
A antropologia social irá tratar-se do fato social de persi, ou seja, em suas
relações humanas.
15
A antropologia cultural irá estudar ou se deter, sobre a sedimentação do
conhecimento humano, gerando a sistematização sobre os atos culturais do homem, ou
seja, a cultura delimitará as fronteiras entre a espécie. A antropologia social fará com
que as trocas de experiências mostre um sistema de classes ou castas, no meio
observável.
16
CAPÍTULO II
RELAÇÃO ENTRE A PSICOLOGIA, A ANTROPOLOGIA
E OUTRAS CIÊNCIAS
Explique a relação entre psicologia, antropologia, filosofia, paleontologia,
história, sociologia e teologia no estudo acerca do homem.
Resp.: Todas estas disciplinas relacionadas são ciências que se interrelacionam.
A psicologia estuda o comportamento do ser humano diante das suas
necessidades relacionais, enquanto, a antropologia estuda o homem ontologicamente.
E, em relação a questão anterior, (a sétima) a antropologia ou esta expressão
composta, “reúne várias disciplinas, cujas finalidades comuns são descrever o homem e
analisá-lo, com base nas características biológicas (“antropologia física”) e culturais
(“antropologia cultural”) dos grupos em que se distribui dando ênfase, através das
épocas, as diferenças e variações entre esses grupos.”
A filosofia é chamada de mãe de todas as ciências. Por isso, têm-se a
antropologia filosófica que estuda o homem, segundo as suas reflexões ou, o
desenvolvimento lógico do seu modo de pensar, ou filosofar intrinsecamente.
Por outro lado, a paleontologia estuda os fósseis, neste particular, precisará
ela da arqueologia, também, uma ciência auxiliar de ambas, incluindo-se a história.
A história se relaciona com todas, haja visto que se faz necessário estudar
todas estas disciplinas. Como nasceram? Quando foram que nasceram? Porque foram
nascidas?
17
Quanto a sociologia, esta observa-se os fatos, seus agentes, suas causas, seus
efeitos, sem contudo prescrever nenhum remédio ou paliativo social.
A teologia estuda as relações de Deus-Homem e faz o caminho em seu
inverso.
A palavra do Senhor, em provérbios 9.10 declara: “O temor do Senhor é o
princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência”.
Todo o conhecimento... inclusive o saber científico nasce de Deus, portanto,
justificado está, dizer-se que todas as ciências acima são relacionadas com a sua matriz
teológica.
2.1. O HOMEM TEM BUSCADO RESPOSTAS FORA DE SI
MESMO
Por que o homem tem buscado respostas no universo e não dentro de si
mesmo para a sua existência no mundo?
Resp.: Assim cantava, Raul Seixas, o maluco beleza, “para o mundo que eu
quero descer”... Então, desceria para onde? Qual seria o seu referencial, se ele assim
expressa a sua vontade? – As estrelas, quais seriam estas estrelas, as de quinta grandeza,
talvez?
Portanto, “o homem não é, somente, um conjunto de tecidos e órgãos vivos
que funcionam harmoniosamente por um simples acaso, não é uma máquina biológica
perfeita que foi criada do nada ou, que veio a evoluir para...não sabendo-se, o porquê?
Contudo, “existem outros motivos que explicam a saga humana no universo:
a)
algo além das meras especulações assimila o microcosmo, tanto
fisicamente, quanto espiritualmente;
18
b)
guarda-se no mais íntimo do ser, este medo da realidade além, da
impossibilidade do ser de enfrentar o que não se conhece ou, de conhecer o limite
deste mesmo ser;
c)
a humanidade tem buscado respostas no cosmo para fugir das
perguntas que não podem ser respondidas acerca de si mesmo.”
Enquanto isso, “não há, pelo menos até o presente momento, como fugir da
realidade, de que são limitados ao espaço-tempo – forma, de que são dependentes de
uma conscientização axiológica – moral e espiritual, de um aperfeiçoamento físico e
mental para se compreenderem a sua conjectura como um ser, que é capaz, porém
limitado”...
2.2. A COMPREENSÃO SOBRE O SER HUMANO É COMPLEXA
É preciso que se explique o motivo da complexidade em compreender o ser
humano.
Resp.: “O homem continua sendo a maior incógnita do próprio homem. Sua
origem e seu destino encontram-se fundamentados na especulação científica, filosófica
e religiosa.”
Por isso, “eis o porque de compreender-se o universo humano é tão
complicado e antagônico, a história tentará harmonizar esta dialética, porém
compatibilizar ideologias está muito além das perspectivas racionais e espirituais.”
Porém, “quando se fala acerca do homem, o máximo que se pode chegar são
inúmeras argumentações cujo fundamento maior, não pode ser conclusivo, devido a um
simples detalhe: Falta de provas experimentais.” – Portanto:
Filosoficamente, “Sócrates, filósofo grego, escreveu por cima da porta do
templo de Delfos: (“conhece-te a ti mesmo”). “Conhecer a si mesmo.” Conhecer as suas
19
tendências, as suas falhas, as suas possibilidades deve ser o ideal para todo o ser
humano.
Essa árdua tarefa tem sido a meta da psicologia, parapsicologia e a
psicanálise. Mas será que conhece-se a sua origem? (“Qual a natureza da duração do ser
humano, do tempo psicológico e do tempo fisiológico? Será o homem “um composto de
tecidos, de órgãos, de líquidos e de consciência...”, porém, não se sabe de onde provém
toda a maravilhosa composição biofísica do seu corpo ou da capacidade racional, que se
dispõem para raciocinar e formular tão complexas teorias e axiomas espirituais.”
Conseqüentemente, “as três perguntas fundamentais de um ser humano
inteligente são: (“donde venho? Quem sou eu? Para onde vou?”) “Podem-se dar várias
respostas a estas perguntas, mas qual delas poder-se-ão provar? Apesar de todas as
formulações tendenciosas não se conseguirão quaisquer respostas convincentes.”
E, dentro desta complexidade de homem, conquanto seja um ser racional
lógico ou, que exerce a sua racionalidade, veja-se a seguir sua posição contraditória.
Pois, “no esoterismo moderno tende a explicação da origem extraterrestre
para o surgimento da vida no planeta, por intermédio de uma semeadura evolutiva, pela
qual os primeiros seres cruzaram entre si, até chegarem-se a ser ao que são hoje.
“(“Qualquer espécie determinada que possa ser lançada na terra, provavelmente, sempre
se cruzará com sua própria espécie. Sob certas condições, uma espécie pode modificarse gradualmente a fim de se adaptar melhor ao seu ambiente”)”.
Agora, do ponto de vista e da pesquisa científica, da antropologia filosófica,
todos os conceitos desenvolvidos até aqui; não envolvem as outras questões da ética?
Então, não seria antiético afirmar atualmente que o homem evoluiu-se de
um primata na longínqua descrição da história sobre os grupos humanos...
A antropologia filosófica e a ética juntas poderão auxiliar na delimitação das
ações do ser humano, contribuindo sistematicamente para o desenvolvimento das
sociedades.
20
2.3. OS CONCEITOS SOBRE A ÉTICA
Quais os conceitos apresentados por Paulo Wailler da Silva?
Resp.: São: “ciência que trata das origens, princípios e práticas do que é
certo e o que é errado, à luz das Santas Escrituras, em adição à luz da razão e da
natureza.” (L. S. Keyser).
“Um estudo sistemático do modo de viver exemplificando, e ensinado por
Jesus, aplicando aos múltiplos problemas e decisões da existência humana” (Geórgia
Harkness).
“Explanação sistemática do exemplo e ensinos morais de Jesus aplicados à
vida total do indivíduo na sociedade, e realizados com o auxílio do Espírito Santo” (H.
H. Barnette).
“A ciência da conduta humana, determinada pela conduta divina” (Emil
Brunner).
2.4. DIFERENCIAÇÕES SOBRE AS ÉTICAS
Será necessário que se explique o que é ética secular, cristã e qual o nome
que recebeu?
Assim:
Resp.: “A ética secular, ou filosófica, é a ciência dos costumes ou hábitos. É
uma ética que busca a verdade e o bem, pela razão e não à luz da Bíblia ou,
ensinamentos de Jesus. Essa ética varia muito de acordo com hábito da época.”
21
“Por outro lado, a ética cristã não é uma mera ciência de costumes e hábitos.
A ética cristã não exclui a razão, mas a leva cativa à obediência de Cristo (2Co 10.5). É
normativa em sua essência enquanto a ética secular é mais descritiva.”
Pode se fazer um paralelo:
ÉTICA SECULAR
ÉTICA CRISTÃ
Ciência de costume e hábitos
Revelação da vontade
Relativa
Divina. Absoluta
Imanente
Transcendente
Situacionista
Direcionista
Mutável
Imutável
“Então, a ética cristã recebeu diversos nomes na história:
a)
Sitten Lehre – Ciências de costumes desde Mosheim, Wuttke
Schmid e principalmente Schleiermacher.
b)
Moral – especialmente Kant. Os teólogos católicos romanos
geralmente usam a expressão “Teologia Moral”.
c)
Ethic – ética – derivado diretamente do texto bíblico e usado
desde Hegel, Rothe, Harless e Martensen.
Aqui cabe uma explicação: O uso do termo “ética” foi se generalizando,
sendo mundialmente aceito, pelo menos entre os teólogos evangélicos do século XX.
”Há teólogos que usam a expressão “ética” e outros “ética cristã”. Na segunda
expressão há uma distinção entre ética vista e ética secular ou filosófica.”
2.5. COMENTÁRIOS SOBRE OS SISTEMAS ÉTICOS
Aqui cabe-se um comentário ou mais, sobre os sistemas éticos.
Sendo cristão:
22
Quatro são os sistemas éticos:
a)
Ética Antinomista – o antinomista – declara; ‘não há normas’. A
própria palavra ‘anti-nomes’ quer dizer ‘sem lei’, falta de lei, contra lei, etc. permite
segundo o professor Reifler, que cada indivíduo se torne seu próprio paradigma ou
siga suas próprias diretrizes e normas. Soren Kierkegaard, Friedrich Nietzche e Jean
Paul Satre ainda que não tecnicamente antinomistas manifestaram uma tendência
ascendente nesta direção. A. J. Ayer da escola do positivismo lógico cuja ética é
conhecida como emotivismo também têm pontos de vista antiniomistas.
b)
Ética Legalista – Consiste em dar prioridade a um conjunto de
regras e leis pré-fabricadas que é supostamente capaz de orientar, não pelo espírito
de seu sentido, mas pela letra morta da sua formulação, pela conduta mecânica e
obediência cega. Norman Geisler o define como a lei sobre o amor. Os fariseus pósmacabeus são apontados como exemplos clássicos do legalismo. Para o legalista
prevalece a letra da lei e não o espírito da lei.
c)
Ética Teonômica – É aquela em que Deus, ou melhor, o Deus da
Bíblia é o elemento decisivo nas revoluções éticas do cristão. A teonomia obedece a
Deus, tendo uma noção de resposta, de relacionamento pessoa, de comunhão entre
Deus e o homem numa realidade comunitária. Centraliza-se Deus, e o homem em
Deus é um ser livre e responsável, viver como nove criatura de Deus é um princípio
da ética teonômica cristã, segundo o professor Reifler (2Co 5.15).
d)
Ética Situacionista – Para o situacionista as leis morais não tem
valor moral absoluto. As regras morais, princípios e valores não são eternos,
somente são válidos quando se encontram a serviço do amor. Somente o amor e o
bom senso devem ser levados em conta em nossa conduta. Seu expoente é Joseph
Fietcher. Os antinomistas não possuem leis, os legalista têm leis para tudo, já o
situacionista tem uma lei só.
e)
Ética Marxista – Marx nega a existência de quaisquer princípios
eternos e mutáveis sobre os quais um sistema ético possa fundamentar-se, uma vez
23
que as próprias idéias se encontram em contínuo estado de mudança. São expoentes
desta ética, Marx, Lennin, Trotsky etc., a ética marxista afirma que todos os
sistemas éticos refletem o interesse da classe dominante conta a qual se insurge em
defesa do proletariado.
2.6. NOÇÕES E NATUREZA SOBRE A ÉTICA
Diante disso faz obrigatório que se explique as noções e naturezas da ética.
A ética – “Definição. Ética ou moral é o estudo da ação humana enquanto
livre e pessoal. Sua finalidade é traçar normas à vontade na sua inclinação para o bem.
Pode, portanto, ser definida como a ciência que trata do uso que o homem deve fazer da
sua liberdade para atingir seu fim último.”
“Contudo, alguns filósofos definem s moral como a ‘ciência dos costumes’
(Durkheim, Lévy, Bruhl). Esta definição é incompleta, uma vez que a moral não se
limita apenas a conhecer ou descrever os costumes, visando antes a dirigi-los e orientálos de acordo com os princípios da ética.”
2.7. A METODOLOGIA APLICADA PELA ÉTICA
“O Método – O método da moral, ciência normativa,
deve ser,
necessariamente, misto, isto é, ao mesmo tempo, indutivo ou experimental e dedutivo
ou racional. Segundo Spencer, para quem a moral é simples fato da natureza, o método
da ética é a posteriori. (‘este ponto de vista é criticável, pois da experiência não se pode
tirar normas de ação’).”
“Ao contrário Spencer, Kant, postula que a moral é um problema puramente
metafísico e que, por conseguinte, se método deve ser a priori e independente do
conhecimento da natureza humana. (‘Neste caso, estabelecido o princípio da obrigação,
basta apenas deduzir do mesmo as normas da ação prática’)’.
24
“Esta teoria é também criticável, de vez que é impossível estabelecer como
o homem deve agir, sem conhecer o que ele é e como pode agir.”
2.8. AS CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA VIDA MORAL
Três condições são necessárias para o exercício da vida moral:
a)
a razão, pois só por meio da inteligência pode um homem
conhecer o fim para que é inclinado, a lei que deve observar e as conseqüências
resultantes do seu cumprimento ou da sua transgressão;
b)
o livre arbítrio, pois seria contraditório e inútil obrigar a seguir a
lei moral quem se acha de antemão determinado; por outro lado, não se pode tornar
ninguém responsável por atos alheios à sua vontade;
c)
a inclinação, pois se não tivesse uma tendência natural para o
bem, o homem nunca o poderia alcançar, uma vez que, para isso ‘não é suficiente
conhecer a lei pela razão, nem submeter-se a ela, sem constrangimento, pela
liberdade”.
2.9. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ÉTICA
Evolução – Quatro doutrinas básicas poderão ser assinaladas ao longo da
evolução histórica da ética: a ética empírica, a ética dos bens, a ética formal e a ética
dos valores.
a)
Ética empírica – Seu fundamento é a experiência. Seu ponto de
vista é que a teoria da conduta humana deve partir do exame da vida moral. As
normas do comportamento ético derivam da própria atividade livre do homem. A
observação dos fatos é, portanto, o caminho para se atingir os princípios e as regras
morais. A idéia do dever perde, nesta doutrina, toda significação, uma vez que o
homem deve ser como é, (iniciada pelos artistas sofistas, a ética empírica de todos
os tempos).
25
b)
Ética dos bens ou dos fins – O contrário do empirismo relativista,
esta doutrina admite a existência de um valor absoluto que é o bem supremo. Seu
ponto de partida é a natureza essencialmente finalista da atividade humana. O
homem age teologicamente, isto é, se propõe fim para cuja realização empregada
certos meios. A realização do fim de cada atividade constitui o bem específico da
mesma. O que se afirma de cada ato particular, pode-se afirmar da existência inteira.
O bem supremo da vida consiste na realização do fim último e absoluto do homem,
que é Deus. (esta doutrina ética iniciada pela filosofia grega, sobretudo por
Aristóteles, encontrou sua expressão mais perfeita no pensamento de santo Tomás
de Aquino.)
c)
Ética formal – Esta doutrina, construída por Kant, admite que a
significação moral dos atos humanos reside, não na retidão dos propósitos. Dentro
deste ponto de vista, “a concordância externa entre a conduta e a norma é simples
legalidade. Que nada indica sobre o valor ético da ação”. Esta só é moralmente
valiosa quando, além de concordar com que a norma prescreve, realiza o dever pelo
próprio dever, isto é, pelo respeito a exigência ética, independentemente de qualquer
interesse ou prazer. A norma básica da ética formal de Kant é o imperativo
categórico que assim se formula: “Processa sempre de tal modo que o princípio de
sua ação possa ser levado à categoria de lei universal”.
d)
Ética de valores – Esta doutrina estabelece o fundamento do ato
moral se encontra no valor. Só deve ser o que é valioso e o que é valioso deve ser.
Os atos são qualidades objetivas das coisas e pessoas. Não resultam de apreciações
subjetivas, existindo, pelo contrário, por si mesmos. Os valores possuem uma
harmonia com a qual se relacionam os atos morais. A significação ética dos atos
humanos depende da maneira pela qual os valores são realizados pela personalidade.
Max Scheler e Nicolai Hartmann são representantes mais autorizados da ética dos
valores, que vem exercendo uma influência cada vez maior sobre certas correntes do
pensamento filosófico contemporâneo.
Divisão – “Há na vida moral dois aspectos essenciais a considerar:
a)
necessárias;
o dever, considerado em si mesmo e em suas conseqüências
26
b)
os atos diversos, dirigidos pelo dever.
Há, portanto, na lei moral uma forma imutável e uma matéria variável. Daí
suas grandes divisões da moral:
a)
“Moral formal geral, que investiga qual é para o homem o bem
absoluto e universal: é a ciência do dever e suas conseqüências”.
b)
“Moral material ou particular, que determina, para todo domínio
das ações morais, o que, nos casos particulares, é o verdadeiro
bem do homem, conforme o bem absoluto e universal
previamente estabelecido, é a ciência dos deveres.”
Porém, “quanto a natureza da ética”, sem caráter científico:
“Diz-se que a ética é ciência porque constitui um sistemas de conclusões
certas baseadas em princípios universais. Por isso, assim como a lógica se distingue do
simples bom senso, a ética se distingue do senso moral, que é uma espécie de
moralidade natural”.
“A ética é uma ciência normativa porque estuda os princípios que devem
governar a ação humana. Apesar da ciência normativa, o moral visa, antes de tudo, a
formular princípios universais, (‘mas nos princípios se referem à atividade prática, pois
representam as normas universais que devem orientar a ação livre e penal do homem’).”
“A existência de uma ciência moral ou ética não significa a possibilidade de
uma moral científica. (‘os positivistas e os evolucionistas, como Augusto Comte, Stuart
Mill, Herberte Spencer e Emílio Durkheim concebem a ética como ciência positiva dos
fatos morais ou das leis empíricas da conduta humana’).”
“Dentro desta concepção, a ética constitui uma ciência natural como a física,
a química ou a biologia, este ponto de vista colide, entretanto, com o que existe de mais
característico no fato moral que é o sentimento do dever.”
“É ilusória, portanto, a pretensão de se construir uma ‘moral científica’,
baseada exclusivamente na observação dos fatos e prescindindo de qualquer
fundamento metafísico”. “Dos fatos jamais se poderá tirar as noções de autoridade e de
27
obrigação, sem as quais a moral é inconcebível.” “É por isso que Boutroux dizia que
‘qualquer moral científica está condenada a não ser moral ou a deixar de ser
científica...a razão é simples: A ciência verifica, não nos prescreve nada; a moral, pelo
contrário, não se contenta em observar, ‘obriga’. E, pelo mesmo motivo, Poincaré
acentuava que ‘não há ciência imoral, como não pode haver moral puramente
científica...a ciência limita-se a verificar o que é, danos indicativos, quando muito,
optativos mas nunca imperativos”.
Importância da ética – Alguns filósofos consideram a ciência moral como
“condição suficiente de virtude”. “É o caso de Sócrates e Platão, que admitiram a
maldade como resultado da ignorância. Não basta, porém, conhecer o dever para
cumpri-lo, é necessário ainda esforço da vontade para subordinar a conduta ao mesmo,
outros filósofos, como Rousseau, concluíram pela inutilidade prática da moral como
ciência, na convicção de que bastam a consciência e as nossa boas inclinações para
conduzir nossos atos ao caminho do bem”, (sem dúvida, nosso senso moral inato nos
pode levar a praticar boas ações. Mas é inegável que o conhecimento das normas do
dever facilita o seu cumprimento. A ciência moral mostra, com clareza, os princípios
que devem orientar nossa conduta e justifica, racionalmente, o dever que devemos
cumprir, evitando que a nossa ação seja dominada pelos sofismas da paixão).
“Além disso, a moral é um complemento indispensável a todas as outras
ciências. O progresso da inteligência e da cultura seria supérfluo e até prejudicial, se não
concorresse para melhorar o homem e encaminhá-lo à prática do bem. A ciência só
contribui para o engrandecimento do indivíduo e da sociedade quando o serviço dos
valores morais. Por isso, dizia Sócrates, com razão: “Quem sabe se todas as ciências,
sem a ciência do bem, seriam mais nocivas do que úteis”.
2.10. A ÉTICA SEGUNDO A CONCEPÇÃO FILOSÓFICA
O que é a ética na concepção filosófica?
Resp.:
“Nossa definição de ética, como o
estudo crítico da moralidade, indica a
possibilidade de ser encarada como ramo da
filosofia, cujo propósito, neste setor, é o exame
sistemático da vida moral. Como tal, ela
28
analisa e avalia os vários conceitos do bem e
da vida ideal, reconhecidos pelos homens, e
levanta importantes questões metafísicas e
teológicas acerca da significação da
experiência moral para que o homem
compreenda a sua própria natureza e a do
universo em que vive” (Gardner, E. C. Fé
bíblica e ética social. São Paulo: ASTE, 1965,
p.27).
A ética na concepção filosófica, trabalha as idéias e o sujeito destas ações
em seu meio. Portanto, racionaliza o pensamento e procura dá-lo certo padrão no
sentido de se achar sempre um paradigma novo... em suas inquirições filosóficas.
29
CAPÍTULO III
TAREFA DA ÉTICA E DA META-ÉTICA
CONFORME A TRADIÇÃO
Tradicionalmente qual é a tarefa da ética e da meta-ética?
Resp.: “Em virtude do fato que na meta-ética a lógica da ética normativa é
estudada em suas várias fases, essas duas partes da filosofia moral estão intimamente
relacionadas.”
“Os filósofos contemporâneos discordam entre si no que tange à natureza
lógica precisa desta conexão – particularmente quanto a se a meta-ética é ou pode ser
neutra com relação, à ética normativa.”
“Esta questão, por sua vez, suscita duas sub-questões:
a)
Se afirmação de uma doutrina específica no campo da meta-ética
logicamente implica na adoção de uma doutrina específica no campo da ética
normativa e vice-versa.
b)
Alguns filósofos têm dado respostas negativas a tais sub-questões,
assinalando que vários tipos de combinação, de fatos, ocorreram entre os filósofos
morais: Alguns intuicionistas”, (que dão ênfase à percepção direta de qualidades
morais) no campo da meta-ética têm sido teleologistas (que dão ênfase aos fins
objetivos) na área da ética normativa, outros têm sido deontologistas (que dão
ênfase às obrigações), e assim por diante.
“Tais filósofos também demonstraram que há uma diferença do tipo lógico
entre as afirmações da meta-ética e na ética normativa: “a primeira constitui uma análise
lógica e conceitual da segunda e, conseqüentemente, as afirmações da meta-ética, como
tais, não fazem qualquer asseveração moral normativa”.
30
c)
Outros filósofos tem dado respostas afirmativas, destacando que
as doutrinas meta-ética dos congnitivistas (aqueles que afirmam que as afirmações
éticas são um tipo de conhecimento’) preocupam-se em estabelecer justamente
aqueles significados das noções de “bem” ou “dever”, assim como se ocupam
justamente com aqueles métodos de justificar os juízos morais que mais se ajustam
as suas doutrinas éticas normativas e as doutrinas meta-ética derivadas da análise de
suas doutrinas normativas.
“Os proponentes de uma resposta afirmativa também assinalam que, muito
embora os não-cognitivistas, que filósofos não apresentam doutrinas éticas normativas,
suas posições meta-ética não-cognitivistas algumas vezes tem implicações lógicas para
os juízos éticos normativos concernentes às condições psicológicas ou outras requeridas
para que se obtenha o bem moral.
d)
Os filósofos morais têm perseguido esta dupla tarefa relacionada
à meta-ética e a ética normativa de um modo variado e com ênfase variada, uma
variedade que tem duas dimensões, principais: “Uma contida dentro da própria
ética; outra deriva da relação existente entre a ética e os ramos do saber como a
filosofia, a ciência ou a experiência humana em geral, (‘muito embora essas
dimensões sejam de alguma forma distintas, a questão da relação precisa ou
apropriada entre elas mesmas reflete divergências importantes entre os filósofos
morais’).
3.1. O PENSAMENTO ÉTICO AMERICANO
Qual era o pensamento ético no ângulo americano?
Resp.: A grosso modo, “os meios justificam os fins”... pois,
“as
teorias
que
viemos
considerando contam-se entre as que negam,
ou parecem negar, que a conduta certa seja
aquela que mais provavelmente favoreça ao
bem geral. A primeira, a que chamamos
31
imperialismo esclarecido, de fato não faz essa
negativa; ela afirma que quando se toma em
consideração o futuro, há um grupo (ao qual,
por boa sorte a pessoa que proclama essa
doutrina pertence) cujos desejos, quando
satisfeitos, trarão mais satisfação às gerações
futuras que os desejos de qualquer outro
grupo. Essa doutrina se verdadeira na prática,
justifica seus adeptos ao considerarem que ao
buscar seus próprios alvos estão buscando o
bem geral. Em tais bases, podem-se justificar a
conquista do oriente por Alexandre e a
conquista da Gália por César; talvez também a
expulsão dos índios pelos brancos da maior
parte do território dos Estados Unidos.”
(Russel Bertrand, 1977)
Os americanos justificam, sua política intervencionista e o seu imperialismo
econômico, nas nações pobres e dominadas pelo capital estrangeiro como sendo o irmão
bondoso da América do Norte, (“protegendo-se assim os seus aliados...os atos lesapátria, se justificam”).
3.1.1. Definição da ética por William Lillie
Como William define a ética?
Resp.: “William Lillie define ética como a ciência normativa da conduta dos
seres humanos que vivem em sociedade – uma ciência que julga se sua conduta é boa ou
má, certa ou errada.”
3.1.2. Relação lógica entre a ética normativa e a meta-ética
Faça uma relação lógica entre a ética normativa e a meta-ética.
Resp.: “Mas talvez seja melhor procurar-se uma definição a partir do
problema básico, pois ao conceituar ética com ciência normativa ele já se enquadra
dentro de uma corrente filosófica, e a meta-ética está para além das normas descritivas,
esta é a sua relação”.
32
3.1.3. Tipos que refletem diferenciações intra-ética
Quais os tipos que refletem diferenças intra-ética e que consiste sua
dimensão?
Resp.: “Tipos que refletem diferenças intra-ética, (são): 1 - cognitivista
versus não-cognitivistas. A primeira, dimensão intra-ética, consiste primariamente das
várias doutrinas que foram afirmadas tanto na meta-ética como na ética normativa.”
Na meta-ética o que os filósofos diferem entre si?
Resp.: São, “(‘na meta-ética os filósofos diferem entre si no que diz respeito
ao status lógico dos conceitos e juízos morais’).”
3.1.4. Afirmações dos filósofos naturalistas descritivos
O que os filósofos naturalistas descritivos afirmam?
R. “Alguns filósofos, os naturalistas descritivos afirmam que os conceitos
morais descrevem entidades naturais e sobrenaturais no mundo.”
3.1.5. Afirmações dos filósofos não-descritivos
O que os filósofos não-descritivos tem afirmado?
Resp.: “Por suas vezes, outros filósofos, os não-descritivos ou os nãonaturalistas descritivos, ao passo que concordam com os conceitos morais não
descritivos de entidade no mundo, afirmam que essas entidades são completamente
únicos em espécie. Ainda outros filósofos têm sido não-descritivos (morais) afirmando
que os conceitos morais têm como função primária não o descrever qualquer coisa se
não, antes, expressar atitudes e emoções, contudar ou prescrever ou recomendar ou
condenar”. Deontologistas – versus teleologistas. – “Na ética normativa a divisão
principal situa-se entre os deontologistas e os teleologistas, os quais diferem sobre os
33
que constitui o critério primário pelo qual as ações devem ser classificadas como
moralmente certas e erradas e o fundamento de suas diferenças deriva daquilo que eles
assumem ser os conceitos básicos do discurso e da justificação moral”.
3.1.6. Os deontologistas assumem conceitos
O que os deontologistas assumem?
Resp.: São, “os deontologistas – (do grego deôntico)” do obrigatório,
“assumem os conceitos de certo dever como básicos, e afirmam que outros conceitos
morais são definíveis em termos desses conceitos ou, pelo menos, que os juízos morais
que utilizam outros predicados morais devem ser justificados por meio de juízos
baseados nesses conceitos deônticos. Entretanto por outro lado”:
3.1.7. Afirmações dos teleologistas
O que os teleologistas afirmam?
Resp.: “Os teleologistas – (do grego teleyo) igual a (“trazer ao sem fim ou
objetico”), por outro lado, terão como básicos tais conceitos axiológicos (valor, morais)
como os de bem e valor; afirmam que os conceitos deônticos devem ser definidos em
termos desses conceitos e que os juízos morais devem ser justificados com referência a
bondade inerente dos propósitos ou conseqüência alcançadas por tais ações”.
3.1.8. Diferenças entre deontologistas e teleologistas
Qual a diferença entre os deontologistas e os teleologistas?
Resp.: “Esta diferença entre os dois grupos determina em grande parte suas
perspectivas quanto ao que possibilita a classificação de certos tipos de ações de
imoralmente corretas. Exemplos:
34
a)
Os deontologistas “afirmam tipicamente que certos tipos de ações
são inerentemente corretas por questão de princípio em virtude de serem o tipo de
ação que são ou porque elas se conformam a algum princípio formal.
b)
Os teleologistas por outro lado, afirmam tipicamente que as ações
são corretas devido à bondade ou virtude de suas conseqüências ou efeitos.” Então,
estas são as diferenças entre os mesmos.
35
CAPÍTULO IV
RELAÇÃO DA ÉTICA COM OUTRAS CIÊNCIAS
Comentários sobre a relação da ética com a psicologia (a antropologia
filosófica), filosofia, ciência natural, sociologia e teologia.
Resp.: “Todas as ciências são inter-relacionadas. Nenhuma pode existir
isoladamente das outras; elas se integram e completam mutuamente."
Pode-se “fazer uma diferenciação entre as várias áreas do saber do ponto de
vista de sistema de pensamento, mas é difícil separá-las na prática. Isto se verifica na
relação da ética com outras disciplinas.”
4.1. RELAÇÃO COM A PSICOLOGIA
A medida em que à ética trata de constituição moral do homem”(‘a
inteligência racional, a consciência e a vontade’). “Ela necessariamente, invade o
terreno da psicologia”. (‘Conseqüentemente, é importante que o estudante de ética
tenha algum conhecimento dessa disciplina, pois a consciência e a vontade e as suas
finalidades não podem ser bem compreendidas sem um conhecimento do conjunto das
faculdades mentais e suas inter-relações’).
“Entretanto, o principal interesse da Ética não se localiza na Psicologia e
nem em formular um sistema de ciência mental, mas somente no funcionamento moral
de várias faculdades e em relação à consciência e à vontade, ou seja, a Ética estuda as
faculdades físicas com um interesse primariamente ético, e apenas incidentalmente com
um interesse psíquico”.
4.2. RELAÇÃO COM A FILOSOFIA
“Sempre que a ética procura a origem última e o princípio do direito e a
base da lei moral e do imperativo moral no homem, ela penetra na esfera da filosofia e
36
aborda um dos seus principais problemas. A diferença entre a filosofia e a ética teórica
é”:
“A filosofia procura resolver o problema ético, isto é, determinar o que é o
bem; tendo feito isto, ela passa para a discussão dos seus outros problemas quais sejam,
o problema do ser (ontologia), o problema do conhecimento (epistemologia), etc”.
“A ética teórica procura resolver o problema do certo e errado, e
posteriormente reúne a organiza todos os dados da moralidade visando a formação de
um sistema”.
“Conseqüentemente, a filosofia é de grande valor para o estudante de ética.
“
4.3. RELAÇÃO COM A CIÊNCIA NATURAL
“A ética, como disciplina filosoficamente orientada, aceita com alegria, os
resultados estabelecidos da pesquisa científica, os quais muitas vezes são úteis na
solução de problemas éticos. Se a ética não se mostrar disposta a aceitar a verdade, onde
quer que esta se encontre, ela não poderia ser chamada apropriadamente de ética. Uma
das qualidades da verdadeira moralidade é a abertura da mente e da receptividade à
verdade”.
“Entretanto, a ética não pode aceitar mera especulações não comprovadas
em qualquer área de investigação. Quando a ciência natural procura fornecer os dados
básicos da ética em bases puramente naturais, deixa o seu campo específico – o do
mundo físico e material – para invadir a esfera da ética e da filosofia”.
“E, não se nega o direito de uma outra ciência fazer tal coisa, mas ao fazêlo, ela deve ser completa e abrangente e levar em conta todo o fenômeno ético e não
somente as condições físicas, (‘o indivíduo que labora no campo da ética deve
desempenhar um importante papel na análise de hipótese científico modernas’)”.
37
4.4. RELAÇÃO COM A SOCIOLOGIA A ÉTICA
Como disciplina filosoficamente orientada, aceita com alegria, os seguintes
preceitos; a sociologia é uma das ciências mais importantes do ponto de vista pratico,
que possui também, seus princípios básicos profundos, e, conseqüentemente, tem um
fundamento filosófico.”
E, “qual é sua relação com a ética? – Ao tratarmos de problemas
sociológicos a questão do certo e do errado deve sempre ser uma questão
básica, a sociologia, que trata do homem em suas relações recíprocas, não
deve tornar-se puramente utilitaristas, econômica e materialista, ela deveria
procurar basear todas as relações sociais em princípios de justiça.”
4.5. RELAÇÃO PARA COM A TEOLOGIA (E A ÉTICA CRISTÃ)
“Impossível evitar um relacionamento entre a ética e essas áreas. A ética
não pode ignorar a existência do cristianismo. Dessa forma, embora o eticista procure
trabalhar apenas em termos da razão natural, ele inconscientemente é influenciado pela
revelação cristão que o circunda.”
E, “não se pode negar que os mais claros sistemas de ética geral têm sido
iluminados pelo ensino bíblico.”
Pois, “a ética cristã é mais ampla do que a ética geral, porque aceita
toda a luz e dados que podem ser derivados da natureza e razão e então opera
a luz da revelação divina.”
4.6. RESUMO SOBRE A TEORIA E SISTEMAS ÉTICOS
Portanto, cabe aqui que se faça um resumo sobre a teoria e sistemas éticos.
Os sofistas, hippias, protágoras, viveram durante o quinto século a. C. , ao
tempo do surgimento da democracia na Grécia; (‘provavelmente, foram os primeiros dar
séria atenção a base da moralidade’).
38
A grande questão era: “Se há um elemento permanente (constante) – na
moralidade, qual é ele?
Hippias, “afirmou que (‘há princípios subjacentes de justiça que são
reconhecidos tacitamente em toda a parte e que são os ditames espontâneos da natureza
humana’.)”
Contudo, “Hippias não esclareceu qual era esse padrão moral natural”.
Então por sua vez, “Protágoras afirmou que o elemento permanente em
moralidade são os sentimentos morais da vergonha e justiça, os quais não são inatos,
mas passam de geração em geração por tradição e educação. Esta posição foi rejeitada
pelo sofista cético Trasímaco que afirmou ser (“o interesse do mais forte”) o único
elemento que perdura um tipo de (“teoria do tipo”) e, (“o poder determina a justiça”).
Críticas ao sistema:
“As perspectivas são flutuantes, vagas e superficiais. Falham em definir a
fonte última do direito, de determinar clara e positivamente a lei moral objetiva, de
apreciar ou considerar a justiça por causa da justiça e por não afirmarem de modo claro
a função da consciência.”
Sócrates (470-300 a. C). A consciência moral dos gregos fora elevada
racionalmente. A razão é o fundamento lógico, para o sistema de Sócrates. O
conhecimento.
“O princípio central do seu ensino é que (“toda virtude é conhecimento”).
O que se tem; (“o remédio para o mal é um tipo de intelectualismo moral”).
Mas,
“deve-se
ressaltar
que
Sócrates
procurou
distinguir
entre,
(‘conhecimento’ e ‘opinião’) mas o seu argumento não foi convincente.
Críticas ao sistema:
Somente o conhecimento ou a cultura intelectual não será suficiente para
gerar um padrão de vida ético verdadeiro.
39
“A maior parte das pessoas possui muito mais conhecimento ético do que
estão dispostos a colocar em prática. Alguns dos maiores lideres da humanidade são
pessoas de elevado conhecimento, no entanto, unem seu conhecimento superior para
explorar os menos informados. Jesus disse: (“se saber tais coisas, sois felizes se as a
praticardes” João 13.17)”.
“A declaração de Jesus implica claramente que pode haver um cisma entre o
conhecer e o fazer, Ovídio declarou: (“Eu vejo o bem e o aprovo, mas deliberadamente
pratico o erro”).
E, “até mesmo Aristóteles criticou Sócrates por ensinar como se (“a
fraqueza da vontade não existisse”).”
O, “outro problema da ética de Sócrates foi que, embora ele reconhecesse o
seu supremo mais ou menos claramente, ele nunca parece elaborar os conceitos de
justiça e da lei moral com base nesse ser supremo, como a fonte e fundamento de todo
bem. Nem fez ele qualquer declaração clara e positiva a respeito da autoridade da
consciência.”
4.6.1. Platão
“A substância da filosofia de Platão, inclusive do seu ensino ético era esta:
(“O cosmo é a expressão de idéias divinas; compreender e colocar em prática essas
idéias divinas é o bem supremo que o homem pode alcançar e deve procurar”).
E, “conseqüentemente, seu sistema é considerado teísta e é profundamente
baseado na filosofia. É famosa a sua quádrupla classificação das virtudes, a saber:
sabedoria, coragem, auto-controle e justiça.”
Então, “A República ideal representa sua mais elevada concepção dos
princípios, os éticos aplicados aos problemas práticos da vida.”
Este é o kosmos, o mundo das idéias de Platão.
40
Críticas ao sistema:
E, “embora ele tenha defendido uma perspectiva teísta do mundo, sua
filosofia foi fundamentalmente defeituosa por ter considerado a matéria como eterna e
má; conseqüentemente, a matéria está eternamente oposta a Deus ou pelo menos, foi
considerada como um problema nas mãos de Deus.”
Pois, “a matéria não pode ser eterna, porque não pode haver dois eternos,
dois infinitos, dois absolutos. Além do mais, fazer da matéria a fonte do mal moral é ser
superficial, pois qual moral não pode ser inerente as coisas impessoais e racionais."
Assim, “em sua (“República”), Platão transformou ou deu ao Estado a
condição de soberano, defendendo a idéia de que somente como cidadão o indivíduo é
capaz de realizar a verdadeira moralidade. Mesmo nesse contexto, somente as classes
intelectuais e aristocráticas, a elite, eram capazes de virtude ao passo que as demais
estavam destinados à servidão. Suas classificações das virtudes poder ser categorizadas
sob aqueles quatro cabeçalhos sem que se faça violência ao significado dos termos. O
amor, por exemplo, é uma virtude cardeal, mas parece que não há lugar para ele no
sistema ético de Platão.”
4.6.2. Aristóteles
“Este grande filósofo descobriu a fonte e as normas das idéias morais na
espírito racional do homem.” E, “conseqüentemente, o bem supremo consistia no pensar
e viver em conformidade com a constituição racional de que se encontra dotado o ser
humano."
E, “ele cria em Deus, mas defendeu a idéia de que Deus não foi o criador.
Deus foi somente o ARTÍFICE, o SISTEMATIZADOR que deu ordem ao cosmo;
conseqüentemente ele acreditava que a matéria fosse eterna. Mas, diferentemente de
Platão ele não ensinou que Deus e a matéria fossem antagônicas.”
41
Pois, “o mal moral não é inerente a matéria. Deriva de irracionalidade do
homem. Aristóteles e sua escola ensinaram que a vida em seu grau mais elevado é
aquela que procura situar-se na era média, evitando todos os extremos. (“A virtude está
no meio’).”
Críticas ao sistema:
Então, “a idéia de Aristóteles a respeito do bem não foi o suficientemente
fundamental. Ele a colocou na constituição nacional do homem, mas falhou em mostrar
de onde o homem deriva a sua racionalidade; conseqüentemente, ele não aprofunda o
seu sistema até a Fonte Última do Bem, a qual é o bom e supremo Deus”.
Quanto a “sua concepção da eternidade da matéria, muito embora esta não
fosse considerada como a fonte do mal, foi pouco filosófica, pois não pode haver dois
eternos coexistindo lado a lado. Por outro lado, se a matéria fosse eterna, Deus não
poderia ser completamente soberano, e conseqüentemente, a matéria poderia constituirse num eterno obstáculo à sua vontade e poder.
Porém, “embora menos idealista e mais prático que Platão, sua perspectiva
do Estado na realidade, dava margens ao absolutismo civil. O homem foi feito para o
estado e não o estado para o homem. Esta concepção não é a melhor nem muito
verdadeira, no que concerne à relação do homem para com as instituições sociais e
cívicas.”
Assim, “o estado existe somente para orientar os quefazeres do indivíduo e
da coletividade. É um meio e não um fim.”
4.6.3. Hedonismo
“Hedonismo (de Hedon – suave, agradável) pode ser chamado de Teoria o
Prazer da Vida. O bem supremo consiste em assegurar-se o prazer e evitar o sofrimento,
(“o que torna a vida feliz e digna de viver é o prazer encontrado”) (Aristippus).
Sendo que, “alguns dos hedonistas foram crassos e grosseiros em suas idéias
de prazer, preocupando-se apenas com os deleites do momento passageiro, quaisquer
que fossem eles; mas muito deles fizeram uma diferenciação entre prazer
42
caracterizando-se (o) como de elevado e baixa qualidade. Tais hedonistas colocaram os
prazeres da vida intelectual e social acima dos capítulos e paixões físicas.”
Portanto, “os principais expoentes do hedonismo foram Aristippus, Epícuro
e Platão, (“nos seus primeiros anos como pensador”).”
Mas, “esta teoria antiga de valores morais tem sido classificada de modo
variado por autores diferentes no campo da ética. Um método é o de chamar de
epicurus, (“de Epícuro, um dos principais advogados da teoria”), os quais são
subdivididos em hedonistas os que fazem uma distinção qualitativa dos prazeres mais
grosseiros – e os endomonistas, (de seu eiydemon – um gênio bom e feliz) – ou seja, os
que fazem uma distinção qualitativa nos prazeres, e ensinam que os mais elevados
devem ser procurados. As escolas, estabelecidas por Aristippus, de Cirene, na África,
foram chamados de cirenaicos.
“Todavia, “a última forma de classificação encontrada entre os estudiosos
de ética prefere incluir todas essas escolas sob o designativo de Hedonistas.”
Críticas ao sistema:
Mas, “parece-se fundamentalmente errado fazer do prazer ou felicidade –
quer de um tipo de finalidade elevada ou baixa – a norma moral. É que tal proceder
vicia o padrão de moralidade por tornar a motivação da ação moral em algo calculista e,
conseqüentemente, mercenário e egoísta.”
Porquanto, “a excelência moral em si mesma deveria ser o principal fim da
vida quer ela redunde em alegria ou sofrimento. A experiência nos ensina que, com
freqüência, na vida o bem é resultado de fatos alegres e, algumas vezes nos vem ao
custo do sofrimento. Isto prova, ipso facto, que, o certo está acima da outorga do prazer
e não é idêntico por se a ele.”
Ainda, “o modo estóico (“a virtude por causa da virtude”) é um padrão mais
elevado e mais puro do que (“a virtude por causa do prazer que ela provoca”).
43
Evidentemente, “a teoria hedonista reverte a ordem verdadeira; coloca o
prazer primeiro ao passo que a excelência moral deveria ter a primazia. A felicidade
com a freqüência é, e pode em última análise ser o resultado da justiça, mas a justiça
não pode ser o resultado da mera busca de felicidade.
“Conseqüentemente, “o simples fato que os henistias – ao menos, os
melhores deles – fizeram uma diferença qualitativa entre os vários prazeres,
denominado alguns mais elevados que os outros na escala, prova que eles não foram
consistentes ao fazer o prazer a norma real do bem supremo, pois se alguns prazeres são
de uma qualidade mais nobre do que outros, então a qualidade moral deve ser o padrão,
depois de tudo, pelo qual os próprios prazeres são julgados.”
Finalmente “uma vez que os hedonistas não reconheceram qualquer padrão
moral real, eles não procuram pela fonte última da justiça. Na realidade, eles não
demonstram interesse em encontrar a fonte e rationale do prazer que eles tomam como
o bem supremo na vida. Os hedonistas reduzem a ética ao mero expediente.”
4.6.4. Estoicismo
No estoicismo (‘os cínicos podem ser chamados de uma ala extrema da
Escola Estóica) os gregos e romanos atingiram seus mais elevados ideais éticos. Essa
teoria era diretamente oposta ao hedonismo. De fato foram escolas antagônicas.”
Portanto, “seus principais defensores foram:
3 Na Grécia: Antístenes, Zenão.
3 Entre os romanos: Sêneca, Cícero, Epictetus, Marco Aurélio.
Mas, “a máxima estóica era (“a virtude por causa da virtude”).
“Transformaram o caráter virtuoso e a conduta virtuosa como o bem supremo, a melhor
realização. Isto, diziam eles, deveria ser procurado, se necessário, como o sacrifício do
prazer. Na realidade, os estóicos foram adversários destacados das teorias da escola de
Epícuro, afirmando que elas eram erradas. Diziam os estóicos, (“O sofrimento, se está
no caminho do dever e da retidão, deve ser suportado com heróica resignação”). Não há
44
dúvidas de que há pessoas hoje que procuram viver por este padrão, sem se
preocuparem em pensar mais profundamente a respeito do principal problema ético.”
Críticas ao sistema:
Sendo que, “o estoicismo não procurou encontrar a origem última da ética,
aceitando simplesmente a virtude de um modo geral como a ordem normal da vida
moral e racional,” (“falhou por não relacionar a virtude com o Ser Supremo. Não
procurou correlacionar com compleição suficiente a verdadeira felicidade. Na realidade
colocou um grande abismo entre elas. Em sua oposição ao hedonismo se radicalizaram
chegando mesmo a ensinar que os homens deveriam desprezar o prazer; toda procura do
prazer era egoísta e conseqüentemente imoral. Percebe-se porque o movimento ou esta
filosofia degenerou no estoicismo popular, onde a resignação ao sofrimento e o controle
das emoções foram altamente valorizados.”)
Por isso, “ele levou o ascetismo, ao pessimismo e ao cinismo.
Tornou-se um sistema frio e rígido – um sistema de rigorismo – onde faltou o
calor e a alegria da verdadeira concepção da virtude.”
4.6.5. Absolutismo divino
“Esta teoria fundamenta o comportamento ético completamente na vontade
de Deus. O bem é bem simplesmente porque Deus o deseja.” (“O bem não é bem em
seu caráter por se. De acordo com este sistema não se procura a razão pela qual Deus
deseja que uma coisa seja boa e outra seja má”).”
Então, “essa foi a perspectiva dos escotistas (‘a escola de Dus Scotus’) na
Idade Média. Essa concepção se ajusta a concepção maometana de Deus que o
considera meramente como um soberano arbitrário que não conhece outra regra a não
ser a sua própria vontade.”
Críticas ao sistema:
Teologicamente
ou
escriturísticamente,
“Deus
não
determina
arbitrariamente o que é bom e ó que é mau. Ele é santo e justo em sua própria natureza,
45
inclusive a sua vontade, e, dessa forma, Ele age livremente e sua vontade expressa
aquilo que está em harmonia com sua essência moral e espiritual.”
4.6.6. Autoridade civil
E, “de acordo com essa teoria, a autoridade civil ou a autoridade do Estado é
o único padrão de conduta ética. Foi advogada essa teoria por Tomás Hobbes, os
doutros Foy Valentine definiu assim essa perspectiva: (“A noção do dever depende do
estatuto legal, cuja perspectiva é final. Não há lei maior")."
Críticas ao sistema:
Contudo, “deve-se tomar como assentado em ética que o homem deve ser
patriota e obediente à lei. Jesus Cristo, o grande mestre ético declarou: (“Daí a César o
que é de César e a Deus o que é de Deus”). A Bíblia nos ensina a que nos sujeitemos às
autoridades. A liberdade regulamentada pela lei é um modo necessário à cidadania.”
Porém, “a devoção à lei civil e o país não deve ser cega. Da mesma forma
que a devoção à igreja não deve ser cega. Nenhum cidadão deve fazer das leis do seu
país o árbitro final em todas as questões de obrigação moral, pois as leis, pelo fato de
serem formuladas pelos homens, são falíveis.”
Entretanto, “na história do mundo, em várias circunstâncias a autoridade
civil tem ordenado que os homens façam coisas contrárias as suas consciências. Em tais
casos a lei ética superior deve ser obedecida. O exemplo é do Novo Testamento:
(“Devemos obedecer antes a Deus do que aos homens” – Atos 4.19)’.
Outrossim, “um princípio básico pode er formulado: (“Quando a lei civil
estiver de acordo com princípios revelados e com a consciência do indivíduo deve ser
alegremente obedecida. Em casos de dúvida, o indivíduo deve conceder ao Estado o
direito de decidir, nos casos em que as leis do Estado estiverem em flagrante violação à
consciência não me permite obedecer”) .”
4.6.7. Altruísmo
Então, “Jeremy Bentham (1.748 – 1832) foi um dos advogados pioneiros ao
altruísmo (“do latim Alter – outro”). Pode ser definido como alterismo, ou seja, a
46
procura do bem dos outros sem pensar em si mesmo. Quando usado no sentido popular
como algo contrário ao egoísmo, é uma nobre perspectiva e pode ser completamente
recomendado. Mas como teoria científica e usada no sentido absoluto, tem defeitos
fundamentais.”
Críticas ao sistema:
Porém é um idealismo refinado e impossível. “E, constitui-se num,
encorajamento de imposição e exploração por parte do outro, encorajamento do
egoísmo da parte do outro, (“amarás o teu próximo como a ti mesmo”.)”. Tudo quanto
quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também.
4.6.8. Utilitarismo - Geisler
Por conseguinte, “é a teoria que defende a idéia que o bem, supremo é
simplesmente útil, o que traz benefícios; conseqüentemente, não há uma noção absoluta
do certo ou errado, nem noção de certo ou errado de Perci. Modernamente falando é o
pragmatismo na esfera da ética, pois, está sempre procurando alguma vantagem (“teoria
da Vila Rica”). E, (“que benefício isso me traria?”) “É a preocupação primária”.
Críticas ao sistema:
Sobretudo, “é superficial – (“não se preocupa em descobrir a razão pela qual
algumas coisas promovem o bem-estar do homem e outros o mal”).
Continuando-se “(“não está em harmonia com o testemunho da consciência,
a qual tem o sentido da obrigação de fazer o certo e evitar o errado porque o errado, sem
pensar imediatamente no problema da mera utilidade ou não-utilidade. As duas
questões: “É certo? E é útil?” embora se apresentam à primeira vista acarretam uma
profunda diferenciação entre si. Elas não podem ser identificadas.”)”.
Por isso, “reverter as posições das noções do certo será sempre visto como o
mais útil, em última análise. Mas, nem sempre o que é útil é certo. “ E, (“algo é útil
porque é certo”), mas não: (“algo é certo porque é útil”).
Finalmente, “baseia-se num motivo egocêntrico, pois procura sempre a
vantagem.”
47
CAPÍTULO V
O PENSAMENTO E SUA DURAÇÃO
Pensamento é a capacidade de refletir, de fazer incursões sobre áreas
desconhecidas, exercitar a razão. Formular conceitos, ou idéias, noções sobre a matéria
observada, analisada em laboratório. Um postulado ou arcabouço científico. É a
atividade psíquica que abarca os fenômenos cognitivos, distinguindo-se do sentimento e
da vontade. São diversos os objetos do pensamento, tais como, pensamento empírico,
pensamento lógico, ou científico, pensamento ético social e político, o pensamento
filosófico, da ciência da psicologia. Renée Descartes, “penso logo existo”, o
pensamento existencialista...levou assim as conexões das idéias para um postulado,
onde, somente o ser humano pensa logicamente.
5.1. OS TRÊS MAIORES FILÓSOFOS DA ANTIGÜIDADE
Comentários sobre Sócrates, Platão e Aristóteles.
Sócrates (470 – 399 a.C). “É chamado por alguns de (“o primeiro pensador
ético entre os gregos”). “Para ele, o elemento ético está fundamentado no conhecimento.
A ignorância é a origem de todas as distorções e vícios. Se os homens forem educados,
ensinados e iluminados com um conhecimento racional serão virtuosos ou terão ipso
facto um comportamento moral correto.”
E, Sócrates foi condenado a tomar cicuta, acusado de haver corrompido a
juventude grega.
Será que o conhecimento aliado a educação plena do homem mudará o seu
comportamento, melhorará o caráter daquele que em si mesmo é perverso e corruptor
das consciências ingênuas e livres?
Platão, contemporâneo de Sócrates, sendo apontado como seu discípulo
mais próximo. Criador do mundo das idéias e idealizador da “República”, pensava que
48
se houvesse um governo centrado nos filósofos, o planeta terra seria melhor
administrado, isso implicaria em uma justiça para todos. Será?
Contudo, não havia espaço ou lugar para o sentimento d’alma, do ser, do
coração, o amor.
Contrariando, assim... a expressão, “ah, ele vive um amor platônico”.
Aristóteles instituiu sua ética sobre o espírito racional do homem. Os
homens de bem, a aristocracia, a arte, a elite, os melhores...deveriam governar a
sociedade ou o Estado institucionalizado. A filosofia deve ser vista assim; antes de
Aristóteles, a. A e d. A., tanto que o sistema será revivido por Santo Tomás de Aquino
em seu tratado, a Summa Teológica. Aristóteles fundamenta a ciência matemática e
influenciam por longos tempos a humanidade com seus tratados e axiomas.
5.2. UM RESUMO CRÍTICO
Convém que se faça um resumo sobre as críticas.
Sobre Sócrates e o seu sistema: “Identificar conhecimento e moralidade ou
fazer do primeiro a única base do último é laborar em erro, pois a experiência ensina
que a simples cultura intelectual não é suficiente para assegurar uma vida ética
verdadeira. ”O postulado de Sócrates não garante a autenticidade das ações do sujeito
homem, enquanto seja o mesmo, o agente sobre o seu mundo.
Platão, conquanto, suas postulações sejam legítimas na área da idealização
humana referindo-se a sua própria autonomia, a sua obra, “A República” é uma utopia,
pois nada garante de per si que a aristocracia, a elite, segundo ele, seriam os filósofos,
gerirá um governo equilibrado e justo. Faltou-lhe a sedimentação de amor.
Aristóteles, um dos cérebros mais ilustres da humanidade trouxe a
supremacia da razão sobre as emoções.
49
Contudo, o homem deveria ser tratado, ou observado a partir do prisma
holístico, integralizado, homogeneamente e não bipartido ou como querem outros
pensadores, impartido.
O homem não é somente um ente racional... este ser pensante vai mais além,
transcende ao mero jogo das palavras.
A maior virtude do homem hodierno ou contemporâneo é se ver, se
encontrar integralmente em si mesmo. Por isso faz-se preciso aprofundar o estado da
sua antropologia filosófica.
5.3. CARACTERIZAÇÃO SOBRE A MORALIDADE HEBRAICA
A questão é, qual a caracterização da moralidade hebraica?
Resp.: Assim, “a ética hebraica baseia-se fundamentalmente na pessoa de
Deus. Deus é a fonte de toda a exigência moral, e é o supremo bem. Ele é o Deus
criador, soberano, governador, santo (é) justo, (Dt 6.4; Is 40.28; Ml 2.10; Jr 10.10; Lv
19.2; Is 45.21; Am 5.24).
Portanto, “o amor resultou na escolha de Israel devia ser correspondido
através de um grande amor (de) a Deus, que devia ser expresso por meio de uma vida
santa. Dt 10.12.”
Ainda, “o amor que motivou a escolha de Israel, deveria ser correspondido
através de profundo amor ao próximo, inclusive os inimigos. (Lv 19.18 e Ex 223.4)”.
Também, “a moralidade hebraica é prática, de práxis. “Exige ação”.
Exemplificando: “Os dez mandamentos”.
E, de conformidade com a análise anterior, “os dez mandamentos traçam
uma ética logo no início da história de Israel voltada a uma moralidade santa e justa.
Tem se chamado a atenção para o fato (de) que os dez mandamentos, são tão relevantes
50
na vida do povo de Israel como o sermão do monte o é, no cristianismo. Os dez
mandamentos exerceram e exercem uma profunda influência em toda a concepção ética
mundial. Para melhor compreensão da ética dos dez mandamentos, recomenda a leitura
do livro do professor Hans Ulrich Reifler – (“A Ética dos Dez Mandamentos” – Edições
Vida Nova, 1992”).
5.4. SOBRE A ÉTICA DOS PROFETAS
Comentários sobre a ética dos profetas:
Então se, “três afirmações são enfatizadas pelos profetas do Canon do Velho
testamento, a respeito de Deus: Deus é único, Deus é santo, Deus é o Deus da história”.
A posição de um profeta “(Isaías é um dos grandes profetas de Israel que
aborda especialmente unicidade de Deus, veja-se 44.8; 45.18. “E, (“já a santidade de
Deus é argumento comum entre todos os profetas. Eles criam que tal santidade refletia
diretamente na ética judaica, tornando-se uma exigência moral do povo. Vejam-se
também 15.5.4. Verifica-se ainda na mentalidade de todo o povo hebreu e
especialmente dos profetas, que Deus é o Deus da história, como planejador e
controlador. Ensinam que as nações acabam cumprindo ao plano mestre de Deus. Vejase (Am 1.3; Is 7.17-20; Jr 18; Ez 25 a 29 etc. Para melhor estudo da ética dos profetas
leia-se Ética cristã de Paulo Wailler da Silva, JUERP.”).
Um dos exemplos da aplicação da ética, em ralação a sua defesa, como o
profeta de Deus, foi o ministério de Elias; que lutou bravamente contra Jezabel
E os profetas de Baal.
5.5. SOBRE A ÉTICA DOS SÁBIOS
Comentários sobre a ética dos sábios e onde elas estão expostas.
Assim, diríamos, “a ética (dos santos) sábios”... está, “fartamente expostas
nos livros de Jó, certos Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos. Certos
sempre que a ética e sabedoria de Israel são a natureza prática e não especulativa. Digna
51
de nota especial é a ética de provérbio, pois é rica e diversificada. Provérbio desenvolve
a ética da família” (22.6; 13.24; 19.18; etc.). “a ética econômica” (22.28; 11.1; 22.16;
30.8,9)” e “a ética política” (28.15; 16.10; 20.26,28; 31.1.9) “com peculiaridade.”
Um dos maiores sábios de todos os tempos, Salomão compôs salmos,
provérbios, escreveu o Eclesiastes, “O Pregador”... e, fez uma ode ao amor, entre um
homem e uma mulher, “a Sunamita” e “o Rei”; o Cântico dos Cânticos.
5.6. SOBRE A ÉTICA NEO TESTAMENTÁRIA
Comentários sobre a ética do novo testamento:
Sendo que, “a ética dos sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas. Os três
primeiros Evangelhos colocam em relevo segundo Paulo Wailler da Silva, certos
conceitos chaves: Disciplinas “(Mateus 16.24)”, base religiosa, ou seja, ética e religião
estão vitalmente relacionadas interioridade” (Marcos 7.15; Mateus 15.17-20);
“princípios, ou seja (“idéias diretoras”) para a conduta “(Mt 6.19-34; Mt 6.19-21; Lc
6.31, etc.), “perfeição (Mt 5.48; Jo 15.12)” no sentido de busca constante “(Fl 3.12-14)”
e coerência entre o ensino e prática (Fl 2.8).” Contudo, um outro aspecto da ética do
Novo Testamento, precisa-se ser relembrado com toda ênfase possível...
5.7. SOBRE A ÉTICA PAULINA
Comentários sobre a ética do apóstolo Paulo.
Por isso mesmo, “na sua ética, Cristo é central, é vital a atuação do Espírito
Santo, o amor é a virtude por excelência” (Ico 13; Rm 13.8). “A ética de Paulo é
riquíssima e merece maior aprofundamento.”
Outrossim, “ainda encontra-se princípios éticos na literatura joanina, em
Atos, em Pedro, Hebreus, especialmente, em Tiago, cabendo uma análise mais
detalhada, porém, não se têm espaços maiores neste trabalho monográfico.”
52
CAPÍTULO VI
O ENSINO DE JESUS SOBRE A FAMÍLIA
Comentários sobre o que Jesus ensina sobre a família.
Portanto, cabe-se neste contexto, a seguinte inquirição; “o que a revelação
divina de onde nasce, nossa ética, tem a dizer sobre a família? Outra questão, “o que diz
a Bíblia?”
Então, “eis os conceitos básicos sobre a família: É estabelecida por Deus
(Gn 1.26-28); o lar foi honrado por Jesus, criado em um lar, obediente, Lc 2.51,
relacionou-se com outros lares, realizou milagres restaurando a alegria nos lares,
ensinou sobre a família: (João 2.1-11; Lc 5.29-32; Mt 8.14; Mt 19.4,5 etc.). O lar foi
honrado pelos apóstolos.” Diante destes ensinos pode-se haver uma outra perspectiva
para a família”.
6.1. CAUSAS QUE ESFACELAM A FAMÍLIA
Comentários das causas que desintegram a família.
Ainda, “as causas abaixo desintegram a família e são combatidas pela ética
cristã: agressividade, relações sexuais pré-maritais, adultério, divórcio, a respeito do
divórcio existem ainda menos quatro posições cristãs modernas: Desaprovação total do
divórcio; somente no caso de adultério; sim, mas sem direito a novo casamento;
somente na base do privilégio paulino (1 Co 7.15). “A ética cristã luta pela manutenção
da família e oferece recursos para reconstrução de lares e de casamentos. Neste ponto,
cada denominação se posiciona”, diferentemente. O zelo pela família é recomendado
em (I Tm 5.8). Pode-se ver a seguir outros ensinos a respeito do comportamento do
homem em todos os níveis da sociedade.
6.2. ALERTAS AOS INDOLENTES
Comentários sobre, o que o livro de provérbios de II Tessalonicenses alerta
aos preguiçosos?
53
R. Portanto, “o trabalho na ética econômica cristã, o trabalho do indivíduo
recebe total atenção. A Bíblia não afirma que o trabalho é fruto do pecado, pois já
existia antes (Gn 2.15) Deus e Jesus trabalham (Jo 5.17) “provérbio alerta ao preguiçoso
(Pv 6.6-8) e Paulo completa com II Ts 3.10. “A Bíblia, exige ainda respeito e fidelidade
“Ef 6.5-9. E, se alguém não quer trabalhar, deliberadamente, diz o texto, não coma.
6.3. ADVERTÊNCIAS PAULINAS SOBRE A RIQUEZA
Comentários sobre, o que o apóstolo Paulo nos adverte a respeito da busca
pela riqueza?
Resp.: Antes de quaisquer debates sem o desenvolvimento do trabalho não
se pode gerar a riqueza, e agora? Então, cabe-se um paralelo entre, “a riqueza e a
pobreza as leis da economia devem estar calçadas nas leis da moral e da justiça.
Segundo a Bíblia nem riqueza nem pobreza são virtudes em si mesmas. Paulo em (I Tm
6.10) coloca o (“Amor ao dinheiro”) como raiz do mal, ensina-nos ainda no mesmo
capítulo que a busca pela riqueza traz tentação a armadilhas e ensina-nos a nos contentar
com a satisfação das necessidades básicas (I Tm 6.6-10).” O amor e as riquezas...é que
poderão desvirtuar os caminhos entre o bem e o mal.
6.4. SOBRE A ÉTICA ECOLÓGICA
Comentários sobre a ética ecológica.
Igualmente, como as éticas anteriores, “a Bíblia e a ética cristã orienta o
homem e em primeiro lugar honrar o criado, e então valorizar sua criação e recursos
naturais dela provenientes. Certamente existem muitos pecados ecológicos. A
preocupação do criador era não só com a exploração do jardim, mas também com sua
guarda e cuidado da parte do homem”(Gn 2.15). “Destruir a natureza é um pecado que
afeta diretamente o bem-estar do próximo, veja-te Eclesiastes 5.9 E é em Levíticos 25.14, que se vê Deus instruir um ano inteiro de descanso para a terra demonstrando seu
cuidado com sua criação. É preciso lutar ainda contra toda a espécie de poluição: da
miséria, do lar, das matas, das águas, do solo etc. (Sl 19.1).
54
6.5. SOBRE A ÉTICA DO USO CORPORAL
Comentários sobre a ética da corporalidade.
Sobretudo, “a ética da corporalidade vai além da preocupação só com o
corpo humano. Trata-se da integração corpo, alma e espírito, pois fomos feitos integrais.
A ética cristã da corporalidade tem em comum com a medicina a prevenção da
enfermidade e a promoção da saúde. A ética da corporalidade visando assim o bemestar do homem com Deus, com o próximo e consigo mesmo, vem denunciar males que
atacam seu bem-estar físico, tais como: vícios dos mais diversos, drogas, álcool, fumo,
homossexualismo, prostituição, glutonaria, etc. Lembrando ainda que o corpo do cristão
chega a ser chamado de templo do Espírito Santo e que a destruição do corpo traz juízo
divino, (I Co 3.16,17).
6.5.1. Sobre a guerra
Comentários sobre a guerra segundo Norman L. Geisler.
R. “A guerra segundo Norman L. Geisler, para responder a questão se um
cristão deve participar de guerras, tirando a vida de outras pessoas, há pelo menos três
argumentos: O ativismo, que sustenta que o cristão deve ir para todas as guerras em
obediência ao seu governo, porque o governo é ordenado por Deus: O pacifismo, que
argumenta que os cristãos não deve participar em guerra alguma ao ponto de tirara vida
dos outros, visto que Deus ordenou aos homens nunca tirarem a vida de outra pessoa;
finalmente há o seletivismo, que argumenta que os cristãos devem participar de algumas
guerras, das guerras justas, visto que fazer doutra forma e recusar fazer o bem maior que
Deus ordenou.”
Fazer ou não, o jogo da guerra? – Também, fazer ou não...e, consentir no
aborto?! – Ainda, qual dos dois dilemas afetam mais a alma humana?
6.5.2. Sobre o aborto
Comentários sobre o aborto:
Então, somente a criação de uma legislação específica resolveria o caso
dramático sobre o aborto... é ético? – Esta é uma questão dificílima de ser resolvida sem
deixar traumas, seqüelas para o interior do ser humano.
55
Contudo, “este assunto de polêmica apreciação, gira em torno do controle da
natalidade. Há de um lado os contrários a todos e qualquer tipo de controle da
natalidade, por outro lado, há os favoráveis e há ainda os favoráveis, mas não em
quaisquer circunstâncias. Neste último há maior coerência, porém repudiamos o aborto
como controle de natalidade. Há, porém segundo N. Geisler casos em que é viável o
aborto: por razões terapêuticas; aborto por razões eugênicas; em caso de estupro; caso
de incesto. Creio, porém, que o segundo motivo, raramente se justifica. A ética cristã
valoriza a vida desde a sua concepção no útero pois entende já se tratar de um ser
humano, veja-se Salmo 139, Lucas 1.41, etc.”
56
CAPÍTULO VII
SOBRE A BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
A bibliografia traz ainda outros assuntos sobre a ética que são relevantes,
“nossa ética cristã. Em termos metodológicos nossa ética cristã é teológica, cristã e
evangélica.”
Na óptica cristã há o julgamento geral sobre à aplicação da pena de morte. O
Estado, a justiça do homem deve executar o sentenciado a morte?
Esta questão é polêmica e sua solução se torna complicadíssima, se for
analisada com os ditames de diversos pressupostos, ou com preconceitos.
Quem pode ou tem o direito de tirar a vida de quem?
Então, a bibliografia tem um ótimo material didático e serve como
referencial para os professores das disciplinas, antropologia filosófica e as questões
éticas.
57
CONCLUSÃO
O homem é um ente complexo, pois trata-se de uma obra prima de Deus, as
Escrituras Sagradas, tratam-no como a coroa da criação...A antropologia filosófica
chega-se a uma oposição ou confrontação com a sua congênere, a antropologia bíblica,
contudo, “o homem corre contra o tempo, caminha com a insegurança. Dorme com a
incerteza e descansa no desespero.”
A teologia bíblica não labora do lado oposto a teologia sistemática, a
filosofia é aliada sua...
Os diversos ramos do conhecimento científico são parceiros nas alucinações
sobre este intrigado ser chamado homem...Genericamente, quais são as soluções
cabíveis? Será o homem voltar-se para o Deus criador e para si mesmo num
antropocentrismo cristológico, encarnação do verbo.
Quiçá num modernismo humanista cristão.
A presente monografia sobre a antropologia filosófica e às questões éticas,
(tanto a ética geral e cristã) têm os objetivos de informar, instruir e formar uma
concepção segura sobre o papel que cada um, como ser humano venha, ter condições de
traçar o seu próprio destino e seu perfil, diante de questões as vezes intricadas, as quais
chegam ao ponto da desvalorização do ser, conquanto pessoa participante do processo
de aprendizagem, no meio em que limita e luta.
58
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São Paulo: Editora Mandarim, 2001.
THIELICKE, Hemult. Theological ethics. Eerdmans: Grand Repids, 1980.
THOMAS, Henry. A História da Raça Humana. v. 6, Porto Alegre: Editora
Globo, s/d.
TILLICH, Paul. Teologia Sistemática. 2. ed., São Paulo: Editora Sinodal,
Edições Paulinas, 1987.
WILSINSON, Loren. el Earth Keeping. Christian istewardship at natural
source. Eerdmans: Grand Rapids, 1980.
60
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
AGRADECIMENTO
DEDICATÓRIA
INTRODUÇÃO
II
III
IV
06
CAPÍTULO I
Justificativa
08
1.1.
1.2.
09
1.3.
1.4.
1.5.
1.6.
1.7.
1.8.
1.9.
O homem é o produto do meio
Biblicamente, o homem não é o princípio
de todas as coisas
O que diz o antropocentrismo sobre o homem
O homem e a sua invenção
A relevância do ser... do homem
A posição da ciência em relação a origem humana
Crendo na eternidade do homem
Deus, uma criação do homem
Diferenças entre as antropologias cultural e social
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11
11
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16
CAPÍTULO II
Relação entre a Psicologia, a Antropologia e outras ciências
2.1. O homem tem buscado respostas fora de si mesmo
2.2. A compreensão sobre o ser humano é complexa
2.3. Os conceitos sobre a ética
2.4. Diferenciações sobre as éticas
2.5. Comentários sobre os sistemas éticos
2.6. Noções e natureza sobre a ética
2.7. A metodologia aplicada pela ética
2.8. As condições para o exercício da vida moral
2.9. A evolução histórica da ética
2.10. A ética segundo a concepção filosófica
17
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25
26
26
30
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CAPÍTULO III
Tarefa da ética e da meta-ética conforme a tradição
3.1. O pensamento ético americano
3.1.1. Definição da ética por William Lillie
3.1.2. Relação lógica entre a ética normativa e a meta-ética
3.1.3. Tipos que refletem diferenciações intra-ética
3.1.4. Afirmações dos filósofos naturalistas descritivos
3.1.5. Afirmações dos filósofos não-descritivos
3.1.6. Os deontologistas assumem conceitos
3.1.7. Afirmações dos teleologistas
3.1.8. Diferenças entre deontologistas e teleologistas
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34
34
34
35
35
36
36
CAPÍTULO IV
Relação da ética com outras ciências
4.1. Relação com a Psicologia
4.2. Relação com a Filosofia
4.3. Relação com a Ciência Natural
4.4. Relação com a Sociologia a ética
4.5. Relação para com a Teologia (e a ética cristã)
4.6. Resumo sobre a teoria e sistemas éticos
4.6.1. Platão
4.6.2. Aristóteles
4.6.3. Hedonismo
4.6.4. Estoicismo
4.6.5. Absolutismo divino
4.6.6. Autoridade civil
4.6.7. Altruísmo
4.6.8. Utilitarismo – Geisler
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37
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38
39
39
40
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50
50
CAPÍTULO V
O pensamento e sua duração
5.1. Os três maiores filósofos da Antigüidade
5.2. Um resumo crítico
5.3. Caracterização sobre a moralidade hebraica
5.4. Sobre a ética dos profetas
5.5. Sobre a ética dos sábios
5.6. Sobre a ética neo testamentária
5.7. Sobre a ética paulina
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56
56
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62
CAPÍTULO VI
O ensino de Jesus sobre a família
6.1. Causas que esfacelam a família
6.2. Alertas aos indolentes
6.3. Advertências paulinas sobre a riqueza
6.4. Sobre a ética ecológica
6.5. Sobre a ética do uso corporal
6.5.1. Sobre a guerra
6.5.2. Sobre o aborto
58
58
59
59
60
60
61
61
CAPÍTULO VII
Sobre a bibliografia consultada
63
CONCLUSÃO 64
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
FOLHA DE AVALIAÇÃO
65
70
71
63
ANEXOS
64
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Instituto de Pesquisa Sócio-Pedagógicas
Pós-Graduação “Latu Sensu”
Título da Monografia
Data da Entrega: ___________________________
Avaliado por: ______________________________Grau: ________________
Rio de Janeiro, ______ de ______________________ de ________
_______________________________________________________________
Coordenação do Curso
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