bacterias fastidiosas como agentes etiologicos - TCC On-line

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Daniela Reggiani
BACTERIAS
Monteiro
FASTIDIOSAS COMO AGENTES ETIOLOGICOS
INFECCOES URINARIAS
DE
Monografia
apresentada
como requisito
parcial
para a obtentyao do grau de Especiatista em
Analises
CHnlcas e Toxicol6gicas
do Curso de
P6s-Graduayao
em
Anc!.IIises Cllnicas
e
TOxicol6gicas de Universidade
Tuiuti do Parana.
Orientador: Prof. Msc. Car10s Augusto Albini
Co-orientadora:
Prof~. Msc. Helena Aguilar Peres
Homem de Mello de Souza
Curitiba
2005
SUMARIO
LIST A DE TABELAS
5
RESUMO
6
1 INTRODUCAO
7
2 CONSIDERACDES
SOBRE MICRORGANISMOS
3 PATOGENESE
DAS INFECCDES
3.1 SINDROMES
CLiNICAS ..
4.2 A IMPORTANCIA
5 BACTERIAS
5.1 Corynebacterium
5.2 Gardnerella
5.3 Mycoplasma
CLiNICAS
.
DO TRATO
28
URINARIO
31
............ 35
spp ...
vaginalis
38
hominis E Ureaplasma
urealyticum ..
..
39
........... 40
5.5 Lactobacillusspp...
..
..
40
..
5.7 BACTERIAS ANAEROBIAS..
5.8 OUTRAS BACTERIAS
20
..24
DE GRAM ..
E INFECCAO
5.6 COCOS GRAM·POSITIVOS
REFERENCIAS
DE ANALISES
13
DE AMOSTRAS ..
5.4 Haemophilus spp ..
6 CONCLUSAO:
11
.
DA COLORA9AO
FASTIDIOSAS
9
DO TRATO URINARIO
4 A ROTINA DA UROCUL TURA NO LABORAT6RI0
4.1 COLETA E TRANSPORTE
FASTIDIOSOS
FASTIDIOSAS
41
.. 43
..
.. 43
UMA REFLExAO
45
BIBLIOGRAFICAS
47
RESUMO
As jnfec~6es do trato urinario estao entre as mais freqOentes nos seres humanos.
Condic;oes predisponentes nos pacientes podem faverecer a infec980 por bacterias
de metabolismo complexo, pouco habituais neste 5[tio anat6mico. As metodologias
de cultivo de urina utilizadas em laboratorios clinicos propiciam 0 desenvolvimento
dos uropatogenos
mais comuns; no entante podem falhar quando a bacteria
causadora da infecc;a.o tratar-se de urna especie fastidiosa. Considerando
tal
problema realizou-se urn levantamento bibliografico no intuito de verifiear em quais
situac;Oes bacterias exigentes devem ser pesquisadas
e sugerir procedimentos
laboratoriais para a detecc;ao de tais especies em amostras de urina. 0 diagn6stico
laboratorial adequado melhora 0 progn6stico das infec90es do trato urinario.
1 INTRODU<;AO
Considerando-se
as infec90es humanas, as das vias urinarias estao entre as
mais comuns,
ocupando
(GOBERNADO
et a/., 2002). Estima-se a ocorrencia de 150 mil hoes de casas anuais
em lodo
0
de obtenyao
contingente
lugar depois
das infec90es
de exames
as culturas
urinarias
de urina representam
em laborat6rios
respirat6rias.
2004).
da grande frequElncia de infec90es
de amostras,
de microbialogia
e da facilidade
a maior parte do
cllnica
(CLARRIDGE;
PEZZLO, 1998).
Os metodos
diagn6sticos
bem como a sobrevida
microrganismos
imunologicamente
microrganismos
apresentar
segundo
mundo (TRABULSI; ALTERTHUM,
Como resultado
JOHNSON;
0
e terapeuticos
aumentada
de
metabolismo
comprometidos
nao
dificuldade
podem favorecer
complexo.
Alem
podem ser suscetiveis
usual mente
de
atuais, freqOentemente
da populayao,
patogenicos.
desenvolvimento
nos
disso,
a infec90es
Tais
invasivQs,
a infecc;:ao por
indivfduos
urinarias
microrganismos
meios
de
cultura
por
pod em
comumente
utilizados em protocol as de cultivo de amostras de urina.
As tecnicas rotineiras de coleta e cultivo de urina permitem a desenvolvimento
dos
uropatogenos
mais
comuns.
habituais
e necessaria
emprego
de meios de cultura
atmosferas
Para
a realizagao
a pesquisa
de
de procedimentos
enriquecidos,
aumento
microrganismos
diferenciados,
do tempo
pouco
como
0
de incubayao
e
especiais.
Considerando-se
as microrganismos
que as metodologias
exigentes
envolvidos
atualmente
utilizadas podem nao isolar
em infecyOes do trato urinario, a presente
trabalho objetiva atraves de revisa.o bibliogn3fica, verificar na literatura especializada
as situa90es e a frequencia
em que e recomendavel
a pesquisa de microrganismos
fastidiosos
assim como divulgar
trato urinario.
sua importancia
na patog~nese
das infecc;oes do
2 CONSIDERA90ES
o
termo
microrganismos
SOBRE MICRORGANISMOS
"bacteria
que
fastidiosa"
tern
nao se desenvolvem
as meios de cultura tradicionais
sido
FASTIDIOSOS
tradicionalmente
OU se desenvolvem
aplicado
fracamente
a
em todos
como agar sangue, agar chocolate au agar Mac
Conkey, requerem atmosfera capnofilica
au microaerofilica
e incubayao
prolongada.
As necessidades especiais de crescimento podem tambem dificultar a identific3c;ao
bioquimica
dos isolados (MURRAY,
No contexto
1999).
das ITU, bacterias
aquelas que requerem condiyoes
fastidiosas
de crescimento
pod em ser definidas
diferente
da tradicional
como
incubayao
aer6bia por 18 a 24 heras em melo de isolamento prima rio. Meies de cultura
adicionais
au incubar;:ao prolongada
necessarios
(MASKELL,
em atmosfera
contendo
CO2 podem
ser
1989).
Uma das raz6es para se considerar
que bacterias fastidiosas
podem ter
importa.ncia na patogenese das ITU e a existencia de divers as condi90es cHnicas,
caracterizadas
par evidencia
microrganismo causal
de doen9a
e detectado
inflamat6ria,
para
as quais
nenhum
bem como nenhuma outra causa nao infecciosa
e
encontrada. Estas condi90es incluem a cistite intersticial, a slndrome uretral aguda e
a
prostatite
apresentam
crOnica
idiopatica.
evidencias
clinicamente indistinguiveis
Outro
motive
Muitos
cllnicas
de
pacientes
inflama9ao
apresentam
alem
de
piuria,
sintomas
outros
que
sao
dos pacientes com pat6genos usuais (MASKELL, 1989).
para
0
reconhecimento
de
bacterias
fastidiosas
evidenciando
0 isolamento de tais agentes em muitos pacientes. Urna vez que tais
tern
sido
investigadas
0
numero crescente
como
importantes
bacterias
no trato urinario
e
clinicamente
e reconhecidas
como
causa
de publica90es
de
infecyOes
10
clinicamente
significantes
do trato urinario,
esfor90s para a sua detec9ilo
Microrganismos
patogenos
tratamentos
secundarios
fastidiosos
do
o
sitio
torna-se
presente
pod em em muitos
trato
urinario,
trabalho
(MASKELL,
consideradas
papel patoge!nico e ser relevantes
0 direcionamento
de
casas apresentar-se
resultado
nos multiplos
de
como
selec;ao apas
cursos de antibi6ticos
1989).
aqui bacterias
anatomica, embora conhecidamente
especies geralmente
como
tern como objetivo
em ITU. Incluem-se
natural
1989).
anti bacteria nos, principalmente
ut1lizados nas ITU recorrentes
fastidiosas
(MASKELL,
estudar
a ocorrencia
naD usualmente
patogemicas
como contaminantes
de bacterias
patogemicas
neste
em Qutros sitios, bern como
em urina e que poderao ter
em alguns casos que serao discutidos
a seguir.
II
3 PATOGENESE
DAS INFECC;:OES DO TRATO URINARIO
As infecc;6es
adquiridas
bacterianas
por via ascendente,
do trato
urinario
sao
na malaria
e menos
urinario superior (ureter, pelves renais e rins). A via hematogenica
mas pode acontecer
a dissemina~ao
de bacterias
cortex renal em pacientes com septicemia
no interior
(KONEMAN
comuns no sexo feminin~, sendo a colonizar;:8.o da
da uretra e regiao circundante
latores predisponentes
comum,
do glomerulo
e do
quatorze
vezes mais
area periuretral e as alterayoes
durante a relar;:8.o sexual as principals
(MIMS el a/., 1995).
As infecr;:oes urinarias
circuncidados,
vezes
et al. 1997).
As infecr;:oes do trato urinario sao aproximadamente
anat6micas
das
a partir da uretra, podendo atingir a bexiga e 0 trato
em crianr;:as sao mais comuns
pela colonizayao
da uretra e prepucio
em meninos
com microrganismos
nao
fecais
(MIMS et a/., 1995).
o f1uxo constante
de urina e
de prote9ao contra infec90es,
do flux a urinario
e uma
0
esvaziamento
regular da bexiga sao fatores
portanto urn comprometirnento
condi9ao importante
rnecanico au funcional
para a instalac;ao de um pat6geno.
fatores rnecanicos incluem calculo renal, refluxo vesicoureteral,
bexiga,
estrangulamento
fatores funcionais
pressao
da uretra, hipertrofia
prostatica
e cateterismo.
mais comuns estao a gravidez e as neoplasias
externa sabre as ureteres.
A osmolalidade
extrema
elevado de ureia e 0 baixo pH tambem sao fatores inibit6rios
bacterias,
as quais podem ser alterados
mucosa (KONEMAN
Entre os
pelvicas, devido a
da urina, 0 conteudo
para 0 crescimento
quando
ocorre
de
lesao na
et al., 1997).
A micro biota das membranas
desenvolvimento
principalmente
Os
obstru9ao do colo da
mucosas exerce papel de prote9ao,
inibindo a
de pat6genos pela competic;ao par nutrientes au sitias de ligac;ao e
12
pela produ9ao
de bacteriocin as (KONEMAN
produc;:ao de estr6genos
fertil, a
bacterias
usualmente
maiaria
das
naD patog~nicas
bacterias.
colonizac;::!Io da
estimula
et al., 1997). Em mulheres
a colonizaryao vaginal
que promovem
As mulheres
a pH acido inibitorio para a
na pos-menopausa
area periuretral par uropat6genos
em idade
com lactobacllos,
ficam
suscetiveis
a
devido ao deficit de estrogenia
e
conseqOente aumento do pH vaginal (McCUE, 1999).
As bacterias
estruturas
gram-negativas
especializadas
membrana que favorecem
possuem
chamadas
em estreptococos
fatar de virulencia
ou pili, e protelnas
a adesao as superficies
Fatores de adesa.o tambem sao encontrados
acidos lipoteicoicos
como importante
fimbrias,
externas
de
celulares mucosas ou cutaneas.
em bacterias gram-positivas,
e proteina M em estafilococos
como as
(KONEMAN
ef
al.1997).
Os fatores de virulencia
estabelecidos
seqOestradoras
como
e incluem
de ferro, elemento
a expressao
sensiveis
da ffmbria
sido associadas
necessario
e a produ~ao
de hemolisina.
Flmbrias
em especies
ascender
HORL, 1999). A produ~ao de hernolisina
(proteinas
da bacteria)
nao patogenicas
uropatogenicas.
pois tern a capacidade
e posteriormente
e enterobactina
para replica~ao
(tipo P) apenas em especies
a pielonefrite,
uroepiteliais
coli e Proteus mirabilis estao bern
de aerobactina
(tipo 1) tern sido encontradas
manose-resistentes
celulas
de Escherichia
a sintese
assim
manosee fimbrias
As ultimas
tern
de aderir aos receptores
das
da bexiga
para as rins (FRANZ;
esta associ ada a capacidade
de causar
lesao renal (MIMS et al., 1995).
Antigenos
polissacaridicos
habilidade de causar pielonefrite
resistencia
de Escherichia
capsula res
acidos
(K)
esta.o associ ados
e auxiliarn na inibiC;ao da fagocitose
coli aos mecanismos
favorecendo
de defesa do hospedeiro
a
a
(MIMS et
13
as
al., 1995).
polissacarfdeos
capsulares
bloqueiam a opsonizacao
interferirem com a deposi9ao do complemento
Estafilococos
as
aderemcia
fibronectina,
coagulase
vitronectina
com propriedades
da glandula prostatica.
antifagociticas,
0
HELLSTROM,
infectada
mecanisme
2004).
capacidade
celulares
incluindo
e antiproliferativas
as mecanismos
que afetam as
de defesa do hospedeiro
bacteriana
principal seja infecyao
nao esta bern definida, mas acreditauretral ascendente
ou refluxo de urina
pela uretra posterior.
A prostatite
bacteriana pode ocorrer tambem como complicac;:ao apes instrumentayao
0
que possuem propriedades
trato urinario normal, bacterias
os mecanismos
crian9as,
idosos,
transplantados
gravidas,
o
termo
Qualquer
diabeticos
e
estao
do trato urinario, ou
prejudicados,
imunocomprometidos
como em
como
os
CLiNICAS
"infecc;:ao do trato
clinicas
assintomatica,
do hospedeiro
uropatog€micas
renais (FRANZ; HORL, 1999).
3.1 SiNDROMES
s[ndromes
de defesa
uropatogemicas
nao reconhecidamente
podem causar infecc;:ao quando na presenc;:a de anormalidades
quando
ou cirurgia
(LIPSKY, 2003).
Assim como os microrganismos
infectam
e
1998).
da bexiga para os ductos prostaticos,
genitourinaria
de
laminina,
Ah~m disso, produzem substancias
antiquimiotaticas
A patogemese da prostatite
se que
ALTERTHUM,
apresentado
e colageno que podem permitir uma infeq::ao ascendente
e linf6citos, prejudicando
(DOMINGUE;
tern
celulas do epitelio uretral e a protefnas
subseqOente colonizacao
neutr6filos
(TRABULSI;
negativos
da bacteria par
sendo
a cistite
as
(incluindo
uma das sindromes
urinario"
mais
(lTU) inclui
comuns
a sind rome
pode ocorrer
na
uma ampla
pratica
uretral
cHnica
aguda)
em urn paciente
a
gama
de
bacteriuria
e a pielonefrite.
com anormalidades
14
urol6gicas
que predispOem
e
infec~ao
designada
encontradas
a ITU au dificultam
"complicada
•
incluem prostatite, abscessos
(CLARRIDGE;
JOHNSON;
tratamento,
0
Sindromes
D
renais e urossepsis
menes
cases
(ITU com bacteremia)
que possuem
0
sao comuns e estima-se que
trato gemito-urinario
normal apresentarao
pelo
estao
menes urn episodio de ITU aguda durante a vida. As ITU complicadas
associadas
a anormalidades
neurogenica,
funcionais
refluxo vesicQureteral,
au estruturais
rim esponjoso
estenose
da jungao
patogenos multirresistentes,
A diferenciagao
complicagOes
mais acurados
Usualmente,
a elevagao
leucocitose
sao invasivos
cateterizagao
a excreyao
aumentada
ou instrumentacao,
2003).
tendo em vista as
no entanto
os procedimentos
e apresentam
risco
(cateterizagao).
como a proteina
e rnais recentemente
de
cistos
urolitiase,
e importante
inflamat6rios
e febre, indicam ITU superior,
marcador
(bexiga
nefrocalcinose.
ou prostatite (HElLBERG,
renal na infecgao,
de parfl.metros
urinario
benigna da pr6stata,
entre ITU inferior e superior
do envolvimento
diagn6sticos
como
uretero-pelvica),
imunossupressao
do trato
medular,
renais, etc.), obstru9aO do trato urinario (hiperplasia
tumores,
a
comumente
PEZZLO, 1998).
As infec90es do trato urinario nao complicadas
50% das mulheres
e nestes
"ITU"
C reativa,
tern sido utilizada
A
N-acetil-beta-glucosaminidase.
resoluyao da bacteriuria ap6s urn dia ou ap6s tratamentos
curtos de tn§s dias condiz
com ITU inferior (FRANZ; HORL, 1999).
Murray (1999) cita como principais
Escherichia
patog€micas
coli, Proteus mirabilis, Klebsiella spp. Enterobacter
spp., Enterococcus
spp., Staphylococcus
Ureaplasma
Mycobacterium
encontrados
bacterias
spp.,
como
saprophyticus,
tuberculosis
microrganismos
spp., Pseudomonas
Staphylococcus
e Neisseria
comensais
no
no trato urinario
aureus,
gonorrhoeae.
trato
Sao
gemito-urinario,
15
Corynebacterium
spp., Lactobacillus
Neisseria
spp. nao patogemicas,
vaginalis,
microrganismos
Enterococcus
entericos,
A bacteriuria
controversa
tendo
consequ€mcias
assintomatica
Acinetobacter
spp.,
a progressao
em vista
de
sintomas.
que certes
Sua significancia
grupos
de
pacientes
clinica
podem
pode causar dana renal, e tambem gestantes,
na mae (CLARRIDGE;
e
JOHNSON;
nas
nas quais
limitada
a
bexiga, pela
(disuria, urgencia OUfrequemcia) e ausencia de
de inflamac;:Zlo em Qutros locais do tratc urinario (CLARRIOGE;
PEZZLO, 1998).
A sindrome uretral aguda, tambem conhecida
abacteriuria
e
sintomatica,
micc;:oes freqOentes)
com baixas
caracterizada
acompanhados
contagens
de colonias
tradicional
de col6nias
JOHNSON;
necessitam
por sind rome piuria-disuria
por sintomas
de leucocituria
de bacterias.
Atualmente
utilizado
uretral aguda e controverso
(CLARRIDGE;
de ITU (disuria,
urgencia,
e cultura de urina negativa
reconhece-se
para diferenciar
que
cistite
de tratamento
para
como
Chlamydia
trachomatis,
e
au
de
bacteriana
de
e que muitas mulheres disuricas
PEZZLO, 1998; HElLBERG,
au
criteria
0
com baixas
ITU bacteriana
aguda
2003).
A sind rome uretral aguda pode ser causada por bacterias fastidiosas
usuais
e
sofrer
PEZZLO, 1998).
definida como a infec9c3o presumivelmente
sintomas sugestivos
contagens
spp.,
da infecC;ao pode causar dana ao feto bern como aumentar 0 risco de
presen9a de sintomas caracteristicos
sindrome
Capnocytophaga
graves, como por exemplo, crian~as com refluxo vesicQureteral,
Cistite
contagem
spp.,
spp., Gardnerella
e definida pela presen~a de bacterias em algum
na ausencia
quais a infecvao silenciosa
JOHNSON;
spp., Streptococcus
spp., Ureaplasma
spp. e bacterias anaer6bias.
local do trato urinario
pielonetrite
spp., Staphylococcus
Mycoplasma
Ureaplasma
urealylicum,
ou nao
Neisseria
16
gonorrhoeae,
Mycoplasma
spp. Outras
luberculose
causas
incluem abscessos
renal (HEllBERG,
A inflamac;:ao
dor ou sensibilidade
resposta
spp., Mycobacterium
PEZZlO,
0
sistemica,
f1anco, frequentemente
incluindo
as quais naD acorrem
renal, condil'ao
completa
e
febre,
oeasiona sintomas de
acompanhados
calafrios,
em pacientes
par urna
indisposic;:ao,
com cistite.
dar de
Em alguns
sistemicas ocorrem sem sinais au sintomas locais de
denominada
de ITU febril (CLARRIDGE;
JOHNSON;
1998).
e
A cistite intersticial
bexiga, cuja causa
e dor abdominal
pacientes
ulceras
ureteral
dos rins e pelves renais (pielonefrite)
pacientes estas manifestar;oes
envolvimenlo
rena is, obstruc;ao
spp. au Candida
2003).
envolvendo
inflamat6ria
caber;a e nauseas,
spp., Trichomonas
urna
inflamac;:ao croniea e freqOentemente
e desconhecida.
ou perineal,
normalmente
e as culturas
apresentam
de urina sao raramente
pequenas
hemorragias
na bexiga, ah§m de diminui9aO da capacidade
dolorosas.
Muitos pacientes
ale a descoberta
recebem urn diagn6stico
do real diagn6slico
Muitos pacientes
severa da
Os sintomas primarios sao freqUelncia, urgencia
(OSBORNE,
positivas.
(glomerulayoes)
urinaria e rela90es
Os
ou
sexuais
prirnario de sind rome uretral,
2003).
com cistite intersticial tern urna hist6ria de ITU recorrente.
Alguns autores teorizarn que a bacteria causa dora pode ser urna especie fastidiosa
ou presente ern pequeno numero e que a sua presen9a pode na~ produzir a cistite
intersticial,
mas ser responsavel
p~r urna resposta
inflamat6ria
e imunol6gica
(BATRA,1999).
A infeC9aO bacteriana da glandula prostatica (prostatite)
resultado
ductos
de infeC9aO uretral ascendente,
prostaticos
via uretra posterior
pode ocorrer como
par refluxo de urina infectada
ou par via linfogenica
para as
ou hernatogenica.
A
17
prostatite
bacteriana
genitourinarios
caracterizada
prostcitica
por recidivas,
mesma
sindrome,
aguda
apas
a prostatite
a prostatodlnia)
urol6gicos
multiplos
inflamatorias
na secre9ao
HELLSTROM,
cursos
caracteriza-se
prostatica
de
crOniea
em
homens
com
e que nao apresentam
como prostatodlnia
etiol6gico
cronicas e Escherichia
prostatite
e sintomas
de celulas
laboratorialmente
negativas,
mas
leucocitose
predominante
expressam
fatores
Staphylococcus
estafilococos
coagulase
que
na secreC;ao prostatica
nas prostatites
bacterianas
agudas
de virulemcia
negativos
de
Escherichia
similares
causadoras
saprophyticus
e
spp ..
coli causadoras
as cepas
Staphylococcus
ocasionalmente
como algumas bacterias fastidiosas,
e
e menos
spp., Serratia spp. e Enterobacter
cepas
aureus,
cujas
et al. 1999).
(TANNER
demons tram
com
e a doenc;a naqueles
coli, seguido par especies de Proteus e Providencia
pielonefrite.
vaginalis
cultivclvel
culturas
nao bacteriana
cornu mente Klebsiefla spp., Pseudomonas
recentes
terceira
(mais de 10 leuc6citos por campo em aumento de
culturas sao negativas
Estudos
Urna
a urn grande numero
e a urna bacteria
como prostatite
agente
antibioticoterapia.
sut;l,
na secre9ao
par dor perineal persistente
1000X) e classificada
o
da bacteria
1998).
na secrec;ao prosttltica
classificada
urna enfermidade
e persistencia
ou nao estar associada
prostatite
e
a croniea
croniea idiopatica (inclui-se aqui a prostatite nao bacteriana e
(DOMINGUE;
A
inrdo de febre e sintomas
urn abrupto
enquanto
lTU recorrente
usualmente
podendo
leucocitose
promove
e constitucionais,
de
de
e
outros
podem causar prostatite,
assim
como por exemplo, corinebacterias,
Gardnerella
e Haemophilus influenza. (LIPSKY, 2003).
A prostatite
sintomatica
cronica
idiopatica
de causa discutivel.
(nao
Etiologias
bacteriana)
propostas
e uma condic;ao
multi-
sao infecc;oes par Chlamydia
18
trachomatis,
Mycoplasma
hominis,
Ureapfasma
urealyticum,
Trichomonas
au agentes virais, embora muitos estudos naD confirmem
microbiol6gicas
com prostatite
especiais
tecnicas moleculares
e
naD bacteriana,
baixa virulencia
tern demonstrado,
colonizaf!(80 prostatica
e tambem bacterias fastidiosas
vaginalis
lais dados. Tecnicas
com especies
sugerindo
em pacientes
bacterianas
etiologia
de
infecciosa
(LIPSKY, 2003).
Homens jovens com prostatite
bacterias
na
possivelmente
fastidiosos
tempo
urina,
quais
naD reportadas,
como Gardnerella
ou com
terapeutica
as
sao
inadequado
no tecido prostatico,
que
e
com microrganismos
nao atinge
periodo de
urna concentrac;ao
podem evoluir para uma
1989).
renais, embora os riscos estejam sendo
pelo uso de menores doses de imunossupressores
de antibioticos.
de
significantes
par insuficiente
tais pacientes
A ITU e comum apos transplantes
profilatico
como
au entao podem ser infectados
condi9ao de prostatite crOnica (MASKELL,
diminuidos
reconhecidas
vagina/is. Quando traladas
um antibiotico
adequada
aguda podem ter baixas concentrac;oes
nao
Entre os fatores
predisponentes
e tambern pelo uso
pode-se citar infecc;a.o
previa no rim do doador bern como alterac;ao do uroepitl~lio do receptor causada p~r
cateteres
geralmente
vesica is e stents
assintomaticas
e ha melhor
urol6gicas
impossivel
a antibi6ticos
como fistulas
pode promover
bacterias
resposta
ureterais.
Nos
e recidivantes,
primeiros
embora
e obstruc;oes.
Isquemia
ITU pela colonizac;ao bacteriana
comensais
ate que
(NABER et ai, 2004).
ou fastidiosas.
0
tr~s meses,
as
ITU sao
ap6s esse perlodo sao menos freqOentes
sejam
0
as, complicac;Oes
do tecido lesado, usualmente
A erradicac;ao
rim ou pelos menos
comuns
do orgao devido a dano arterial
das infecc;6es
segmento
prejudicado
por
pode tomar-se
seja removido
19
Lactobacilos,
corinebacterias
patogenos secundarios
tratamento
selecionados
fastidiosos
durante
urn periodo de cateterizayao.
em tratamento
long05 periodos
ainda levar a investiga90es
invasivas
uretral par
que tenham recebido
au antibioticoterapia
A falha na deteq::ao laboratorial
antimicrobiano
podem ser
da microbiata
antibi6tico. Tal situa~ao pade acorrer em pacientes
agentes antibacterianos
resultar
e alguns estreptococos
em ITU, originalmente
destas
inadequada,
exacerbando
desnecessiuias
(MASKELL,
aSSDciada a
especies pade
0 problema,
1989).
OU
20
4 A ROTINA DA UROCULTURA
CLiNICAS
o diagn6stico
na determinay80
apresenta
microbiol6gico
NO LABORATORIO
de uma infeq:a.o urinaria, mesma baseando-se
de microrganismos
dificuldades
DE ANALISES
em urn Hquido biologico
a
com relaC;ao
valoriz8gao
normalmente
dos resultados.
E
esteril,
sabido
que
existem microrganismos naturalmente residentes na uretra, regiao genital e perinea
que podem contaminar a urina acidentalmente,
temperatura
que estimula a proliferar;;::8o
somando-se
bacteriana.
coleta e cultivo de amastras devem ser direcionadas
Par outro
a issa a a9ao da
lado, as tecnicas
a pesquisa
pouco habituais, as quais podem ser importantes em determinadas
(GOBERNADO
de
de microrganismos
situar;;::oes.
ef al., 2002)
A decisao de como uma amostra deve ser cultivada depende do metoda de
coleta e dos sinais e sintornas cllnicos do paciente,
transmitidas
ao laboratorio
pelo
medico.
laborat6rio recebe informa~6es incompletas
de
muito
JOHNSON;
ou
pouco
com
que deveriam
na maioria
das
0
ou incorretas que resultam na realiza~ao
uma
determinada
amostra
(CLARRIDGE;
de culturas
seja direcionado
de urina por tipos permite que 0 manejo das
pela necessidade
clinica
e que 0 laborat6rio
escolher os meios de cultura e a quantidade
de inoculo mais apropriada.
nos dad os cllnicos
definir tres tipos de cultura
retina, inspe,ao
do paciente,
e invesligaliva
As culturas
podem-se
(CLARRIDGE;
JOHNSON;
de retina sao apropriadas
ITU nao complicadas.
geriatricos
ser
vezes
PEZZLO, 1998).
A classifica~ao
amostras
trabalho
informa~6es
Entretanto
e individuos
para pacientes
infec~ao por multiplos microrganismos
vesicais,
e comum.
de urina:
PEZZLO, 1998).
ambulatoriais
As culturas de inspe~ao devem ser realizadas
que utilizam cateteres
possa
Com base
e com
em pacientes
nos quais a caloniza~ao
Culturas investigativas
au
sao aquelas
21
direcionadas
para diagn6sticos
diferenciados
de pacientes.
especificos,
microrganismos
Devern ser realizadas
negativa, de falha na terapia antimicrobiana
uropat6geno
discrepimcia
naD
E
usual.
entre a
tambem
a sua
realiza980
quando
ha
apresentac;ao clinica do paciente au a colorac;ao de Gram e
JOHNSON;
Os meios de cultura m~is utilizados
seletivQs diferenciais,
como
Mac Conkey, associados
gram-negativas
ou grupos
au no case de suspeita de urn
apropriada
resultado previa da cultura (CLARRIDGE;
eletr61ito deficiente)
fastidiosos
nos casas de cultura previa
0
para semeadura
de urina
0 meio de CLEO (agar cistina
utilizado no Brasil e permite 0 crescimento
e gram-positivas.
bacteria atraves da colora98o
sao as
meio de Teague (agar eosin a azul de metileno) e de
ao agar sangue.
e muito
0
PEZZLO, 1998).
Tais meios auxiliam na identifica980
colonial, indicando
a capacidade
lactose
de bacterias
presuntiva
da
de fermenta980
da
lactose (ALBINI, 2004).
Segundo
Clarridge;
Johnson
e Pezzlo (1998), culturas
urinarias
de rotina
devem ser realizadas semeando as amostras em agar sangue de carneiro 5% e em
agar Mac Conkey eu um meio seletive similar, e incubando
laboratories
as placas por 18 a 24
37° C em ar ambiente. Ainda assim e meio de CLEO e preferido nos
horas a 35 -
brasileiros
agar chocolate
acido nalidixico)
fastidiosos,
0
deve ser utilizado em conjunto com agar CNA (Columbia-colistin
a-
eagar
pela sua versatilidade.
MacConkey,
Para microrganismos
devendo-se
utilizar a al93 calibrada
alem da al9a 0,001 ml. As placas de CNA e agar chocolate
de 0,01ml,
devem ser incubadas
em
5% CO2 por 48 horas.
Para
anatomicas,
popula96es
especificas
com
ITU
cronicas
pode ser apropriada a cultura visando microrganismos
cresci menta lento (CLARRIDGE;
JOHNSON;
PEZZLO, 1998).
ou
anormalidades
anaerobios
au de
22
Para popula90es
nas quais as culturas polimicrobianas
CNA pade ser utilizado para demonstrar
sao comuns,
a presenc;:a de enterococos,
0 agar
Qutros cocos
gram-positives au leveduras presentes nas culturas mistas. 0 agar CNA permite urn
born cresci menta de estreptococos,
corinebacterias
ser incubado por 48 horas a 35' C (CLARRIDGE;
JOHNSON;
Amostras obtidas par punc;:ao suprapubica
sindrome
uretral aguda devem ser semeadas
e Gardnerel/a
vaginalis e deve
PEZZLO, 1998).
au de pacientes com suspeita de
com al98 calibrada
de 0,01 ml, a1em
da al,a de 0,001 ml, em agar sangue (OPLUSTIL et al., 2004). Contagens
mesma multiplos tipos de microrganismos
(KONEMAN,
devem ser valorizados
baixas ou
em tais cases
1997).
Corynebacterium
ureafyticum e Qutras corinebacterias
desenvolvem-se
bem
em agar sangue de carneiro 5% au agar CNA, mas sao mais bern visualizadas ap6s
incuba,ao
de 48 horas (CLARRIDGE;
As calOnias de Gardnerella
JOHNSON;
vaginalis
PEZZLO, 1998).
sao fracamente
sangue ap6s 24 haras de incuba~ao, e recomenda-se
(agar sangue
tween
(CLARRIDGE;
JOHNSON;
as
bicamada)
tactabacilos
e incuba~aa
visiveis
em agar
a usa de agar CNA au HBT
par 48 haras em tensaa
de C02
em meias de isotamento
prima rio
PEZZLO, 1998).
podem ser isolados
utilizadas para urina, como a meio de CLEO, no entanto devem ser incubadas par 48
horas em atmosfera de CO, (MASKELL, 1989).
a resultada da cultura deve ser sempre carrelacianada
Gram. Caso
microscapia
nao haja crescimento
tenha sido observada
ap6s
com a leitura do
18 a 24 horas de incuba~ao
a presen~a
de microrganismas
e na
au numero
eleva do de leuc6citas, deve-se incubar as ptacas par mais 24 haras (OPLUSTIL
al.,2004).
et
23
A
piuMa esteril
antibioticoterapia,
e
urn
achado
importante
doenc;as como
outras
infecc;oes com microrganismos
que
neoplasias
po de
refletir
au calculos
que naD sao detectados
usa
de
urinarios,
au
par rnetodos
rotineiros
de
cultura (MIMS et aI., 1995).
o
conceito
tradicionalmente
de 1950,
de bacteriuria
baseado
permitindo
significativa
para
no criteria quantitativa
a distinc;ao
entre
diagn6stico
0
estabelecido
colonizar;ao
e
das
ITU
e
par Kass na decada
infecr;:ao. A utilidade
e a
consistemcia do criteria de contagem de colOnias superior OU igual a 105 par mililitro
tern sido validadas
repetidamente
par varios pesquisadores,
criterio nilo pode ser aplicado a todos os pacientes
A baixa especificidade
possivel
adil;ao
sensibilidade
intermitente
de
bacterias
dos resultados
demonstrando
da cultura
quantitativa
comensais
a urina
de jato medio
durante
de bacterias que pode ocorrer em determinados
Altas contagens
de bacterias
0
a
A baixa
excregao
sitlos do trato urinario,
bem como ao uso de meios de cultura que na.o proporcionam
todas as especies capazes de infectar
a
se deve
a coleta.
a 105 UFC/ml pode ser devida
inferiores
que tal
(FRANZ; HORL, 1999).
0
cresci menta de
trato urinario (FAIRLEY; BIRCH, 1989).
aer6bias
sao encontradas
em amostras
de
urina de jato medio quando os microrganismos
sao providos de 6timo substrato e de
ten sao de O2 relativamente
sltuagoes
prostatite,
infecgao
cicatrizes
renais
per
pielonefrite
multiplicar tao rapidamente
nas cistites
mesmas
agudas.
condigoes
alta. Em algumas
das glandulas
parauretrais
croniea.
os
favoraveis
de infecgao
de incubagao,
litiase
mierorganismos
e, pertanto nao apresentarem
Os sitlos
como infecgoes
em mulheres,
abaixe
podem
contagens
da bexiga
ah§>mdisso,
cronicas,
infecciosa
nao
e
se
tao altas quanta
nao fornecem
a velocidade
as
do fluxo
24
urinario e a freqO~ncia de micc;a.osao fatores que influem nas contagens bacterianas
(MASKELL,
1989).
Torna-se claro que considerar
baixas contagens
de pat6genos
aero bios em
culturas puras como contaminaC;ao e incorreto e pode levar a erros de diagn6stico,
pois infecc;oes de grande signific~ncia
igualmente
nao considerar
importante
col6nias como infecy8.o sem considerar
de antibi6ticos
automaticamente
urna alta contagem
tornando mais dificil
(MASKELL,
1989).
Alguns
considerados
procedimentos
inaceitaveis
tratamento
0
utilizados
atualmente
de infecgoes
para
pode selecionar
posteriores
diagnostico
0
e nao devem ser realizados,
como procedimento
obtida par cateteriza9ao,
de
duas
heras
sem
cepas
verdadeiras
das
ITU
urinario,
de rotina e em urina de jato media au
bem como cultura de urinas que tenham permanecido
refrigeragao
au
sao
como cultura de
cateter de Foley, cultura de urina em meios Hquidos, cultura de sedimento
pesquisa de anaer6bios
de
as condic;oes do paciente e da coleta. 0 usa
em resposta a urna alta contagem bacteriana
resistentes,
t;
cHniea pod em nao estar sendo detectadas.
canservagao
(CLARRIDGE;
mais
JOHNSON;
PEZZLO,1998).
4.1 COLETA E TRANS PORTE DE AMOSTRAS
A coleta e a trans porte inadequado
da amostra podem levar a um resultado
de diffcil interpreta9aO. Portanto, a medida mais importante para realizar uma cultura
de urina e estabelecer
para as profissionais
rfgidos criterios de coleta e propiciar treinamento
envolvidos
na realiza9aO da coleta (OPLUSTIL
Koneman et al. (1997) recomendam
coleta
impressas
inseguran9a
ap6s
receb~-Ias
au nao compreenda,
constante
et al., 2004).
que a paciente receba as instru90es
verbalmente.
urn profissional
Caso
0
paciente
de
demonstre
treinado deve explicar novamente
25
passo a passo ou se passivel
acompanhar
pessoalmente
a coleta (coleta
supervision ada).
Amostras de urina de jato media sao as amostras mais comumente
submetidas
a cultura.
De preferencia
deve ser colhida a primeira urina da manha
podendo ser aceitas urinas com pelo menos 2 heras de reten~ao. Ap6s higiene da
regia.o genital,
despreza-se
contaminantes
da uretra
apropriado,
0
primeiro
inferior
desprezando-se
jato -
que
auxilia
a eliminac;:ao dos
0 jato
media
em fraseD esteril
0
- e colhe-se
0 final da mic9ilo (OPLUSTIL
eJ al., 2004).
genital deve ser realizada com agua e sabao naD anti-septico,
vaginais
afastados
e
prepucio
0
retraido
A higiene
devendo ser as [abias
antes da micc;:a.o (GOBERNADO
et 81.,
2002).
Alguns
reatizada
autores
frequentemente
contaminada
Amostras
apos higiene
Troca-se
0
JOHNSON;
fecal. 0 coletor deve chegar fechado
sao
contaminadas
falso-positivos,
ser
0
portanto
com
0
maior significado
resultado negativo. (OPLUSTIL
confirmadas
por
metodos
(CLARRIDGE;
JOHNSON;
desinfecc;ao
a higiene e evitando-se
ao laborat6rio.
microrganismos
de
fecais,
Ta;s amostras
promovendo
clinico de amostras
et a/.,
obtidas
2004). Culturas positivas
cateterizac;ao
direta
ou
aspirac;ao
PEZZLO, 1998).
Em pacientes com sanda vesical permanente,
realiza-se
a urina apresenta-se
PEZZLO, 1998).
urinarias de crianc;as obtidas com saco coletor devem ser colhidas
com saco coletor e
suprapubica
(CLARRIDGE;
a coleta e meticutosamente
treinado,
da regiao genital e colocac;ao do saco coletor de forma asseptica.
freqOentemente
resultados
de um pro fissional
coletor a cada 45 minutos ou 1 h~ra, repetindo-se
contaminac;ao
devem
afirmam que mesma quando
com a assist~ncia
da canula com alcool
pinc;a-se a canula do coletor,
70% e punciona-se
com seringa
e
26
agulha estereis,
colocando-se
a amostra em frasee esteri!. Nunea se deve obter a
amostra do saco coletor de pacientes
fornecera
urn numero
sand ados porque a multiplica9ao
muito maior que aquele
real mente
presente
(OPLUSTIL et al., 2004). Tambem nao se reeomenda deseoneetar
coletor sob risco de introduya.o de microrganismos
tal coleta deve ser realizada
a
corresponde
JOHNSON;
do
pade
residir
pois urna microbiota
em cateteres
antigos
urina par representar
e considerada
a verdadeira
a metoda padrao auro para coleta de
bacteriuria
vesical
(CLARRIDGE;
PEZZLO, 1998). Calhe-se com seringa e agulha diretamente
procedimento
evita
problemas
de contamina9ao
crian9as ate dois anos, detec9ao de anaer6bios
com interpreta,oes
duvidosas
para homens de qualquer
de proeedeneia
A cateteriza9ao
deve
que naD
(CLARRIDGE;
PEZZLO, 1998).
A punyao suprapubica
repeti,~o
eateter do tubo
no sistema. Sempre que passivel
ap6s troea do cateter,
paciente
0
bacteriana
no paciente
ser
realizada
uretral
para
(OPLUSTIL et al., 2004). Pode tambem estar indieada
duvidosa (GOBERNADO
com finalidade
em pacientes
obstrutivos.
Caso seja necessaria,
quais
nao
neurologicos
devern-se
com bacteriurias
de
et al., 2002).
unica de obten9ao
nos
de urina, como doentes
seja
de amostras
possivel
somente
a elimina9aO
au com problemas
urol6gicos
utilizar tecnicas rigorosas de assepsia
por causa do alto risco de introdu9ao de rnicrorganismos
(KONEMAN
et a/., 1997;
tres amostras
de urina da
et a/. 2002).
Para a pesquisa de Mycobacterium
manha devem
e e recomendado
enos casos de repeti9ao de ex ames
idade com fimose e em mulheres
espontanea
GOBERNADO
JOHNSON;
par pun9ao vesical. Tal
ser coletadas
tuberculosis
em dias consecutivos:
as tecnicas
de cultivo
para
27
micobacterias
naD permitem a cresci menta de outros agentes e, portanto, a coleta
nac necessita de assepsia rigorosa (MIMS et al., 1995).
Caso naD seja passivel a processamento
da amostra de urina em
haras apas a coleta, a amostra deve ser refrigerada
24 haras, tempo maximo para manuten~ao
do preservativo
(2 a 80 C) e processada
da contagem
bacteriana
acido b6rico permite que a amostra
permane98
estavel.
a
ambiente (20 a 25' C) ate 24 horas antes de ser process ada (OPLUSTIL
CLARRIDGE;
JOHNSON;
ate 2
em ate
0 usc
temperatura
ef aI., 2004;
PEZZLO, 1998).
Sistemas de trans porte usanda acido b6rico podem ser metodos alternativQs
para coletas realizadas em casa au em locais distantes do laborat6ria,
tao efetivos quanta a refrigeragao
(KONEMAM
ef ai, 1997).
Oepois de coletada, a amostra de urina deve ser encaminhada
a
mais
rapido
processamento.
possivel
e
com
todas
Devem ser relatados
e mostram-se
as
informayoes
ao laboratorio
necessarias
reteny80 da urina, 0 tipo de paciente (por exemplo, urologico ou geriatrico),
o
sexo,
se
apresentay80
celulas
0
paciente
clinica (existencia
inflamat6rias)
JOHNSON;
informay80
quantidades
de sintomas),
resultados
ideal, as amostras
antimicrobiana.
antibioticoterapia
1995).
e
recebido
aumentadas
resultados
antecedentes
de
a idade,
Ifquido,
de urinalise (presen9a
de
cultura
de
(CLARRIDGE;
PEZZLO, 1998).
De maneira
terapia
tem
°
para
0 horario e 0 metodo da coleta, 0 tempo de
nas
Caso 0 paciente
48
horas
deve ser explicitada
devem
ser coletadas
ja esteja
antecedentes
recebendo,
a
realizay80
no formulario de requisiy80
antes
do inicio da
ou tenha
do
recebido
exame,
esta
do exame (MIMS et al.,
28
Recoletas
recebidas
devem ser solicitadas
quando amostras
2 horas ou mais ap6s a coleta au quando
horario e a forma de coleta. No entanto
antes do cantata
insubstituivel
Menos
apresentam
bexiga
com
medico
0
(CLARRIDGE;
de
5%
multiplos
infec,ao
usa
cranico
pade ser detectada
(CLARRIDGE;
Segundo
amostra
po is ela pade em alguns
casas ser
Exce~6es
sao amostras
de cateteres,
nos
adequadamente
de pacientes
quais
com
a bacteriuria
em 30 a 80% das culturas, freqOentemente
JOHNSON;
0
PEZZLO, 1998).
sem
PEZZLO, 1998).
Koneman et al. (1997), a acuracia
do procedimento
urina pode ser monitorada pela frequencia de exames com contagens
UFC/ml, que nao deve exceder
forem
comunicados
deve ser desprezada
coretadas e transportadas
urinas
microrganismos.
neurogemica au
polimicrobiana
solicitante,
JOHNSON;
das
nenhuma
nae refrigeradas
nac fcrem
5 a 10% se os procedimentos
de coleta de
entre 104 a 105
forem realizados
apropriadamente.
4.2 A IMPORTANCIA
DA COLORA<;:Ao DE GRAM
Durante as ultimas decadas, testes rapidos de triagem para bacteriuria foram
desenvolvidos
necessidade
com
0
propos ito de fornecer resultados
de cultivar
amostras
principalmente
pela incapacidade
(CLARRIDGE;
JOHNSON;
negativas.
mais rapid os e de eliminar a
Entretanto
seguros
e baratos
para
estimar
presenc;a de mais de 8 a 10 leucocitos/lJl.
coloca-se
e piuria.
PEZZLO, 1998).
A colorac;ao de Gram da urina nao centrifugada
rapidos,
sua utilizac;ao e limitada,
de detectar baixos niveis de bacteriuria
bacteriuria
e um dos metodos
superior
Homogeneiza-se
uma gota sobre lamina sem espalhar
e deixa-se
deve ser fixada par calor au metanol (CLARRIDGE;
a
105
mais
UFC/ml
e
muito bem a urina,
secar ao ar. A lamina
JOHNSON;
PEZZLO,
1998). A
29
presenc;a de uma ou mais celulas
vezes tern sensibilidade
bacterianas
de 94% e especificidade
de colOnias superior a 10' UFC/ml. (KONEMAN
Embora
seja urn metoda
apenas
pelo consumo
5
inferiores a 10 UFC/ml. Sugere-se
em
pacientes
principalmente
com
contagens
as assintomaticos
citocentrifuga
(CLARRIDGE;
laboratorios,
pela
em
a sua utilizac;ao como teste de triagem
de
col6nias
provavelmente
de pielonefrite.
a nlveis acima de 104 UFC/ml
JOHNSON;
e impropria
a coloraC;8o de Gram naD e
de tempo e baixa sensibilidade
altas,
Alguns
autores
com
usa de
0
PEZZLO, 1998).
A coloraC;ao de Gram do sedimento
muitos
de 90% em refletir uma contagem
e com suspeita
relatam melhora da sensibilidade
de 1000
ef al., 1997).
barato de triagem,
utilizada par muitos laborat6rios
contagens
per campo em aumento
urinario,
baixa
em bora ainda utilizada
reprodutibilidade
padronizac;:ao e correlac;:ao com os metodos de velocidade
por
e dificuldade
de
de excrec;:ao de leucocitos
au contagem em camara (ALBINI, 1994).
As informac;:6es fornecidas
microrganismo
e caracteristicas
pela cOlorac;:ao de Gram sobre a morfologia
na colorac;:ao sao extremamente
selec;:ao inicial da terapia antimicrobiana,
do resultado
da cultura
enquanto
e do antibiograma
importantes
do
para a
se aguarda 0 informe definitivo
(CLARRIDGE;
JOHNSON;
PEZZLO,
1998).
~ imprescindivel
bacterias fastidiosas
meios utilizados
a realizac;:ao da colorac;:ao de Gram
ou nao usuais. Devido a dificuldade
para a detecc;:ao de enterobacterias,
visualizac;:ao microscopica
em
nos
em alguns casos somente
a
indicarcfi a sua presenc;:a (FRANZ; HORL, 1999).
A observac;:ao microscopica
especialmente
para detecc;:ao de
de desenvolvimento
mulheres
nas
da urina permite verificar a qualidade da amostra
quais
a contaminac;:ao
vaginal
e frequente
30
produzindo
resultados
falso-positivos.
mais de urn tipo de microrganismo
decorrencia
A presen~a de muitas celulas epiteliais
no Gram sugere contamina9aO
da amostra
e de
em
da coleta (OPLUSTIL et ai., 2004).
Dutro aspecto importante
monitoramento
das culturas,
da
podendo-se
colorac;:ao de Gram e a sua utilidade no
pelo seu resultado
e ate mesmo troca de amostras (ALBINI, 2004).
detectar
erras tecnicos
31
5 BACTERIAS
FASTIDIOSAS E INFECc;,:AO DO TRATO URINARIO
Em 1989, Maskell citou a ocorrencia
especies
de
estreptococos,
Corynebacterium
de bacterias fastidiosas,
Gardnere/la
spp. e lactobacilos
vaginalis,
preseng8
de
tais
de tecido
bacterias
obtidas
na urina
freqOencia do que em nao-gestantes,
posteriormente
apresentavam
desenvolviam
per bi6psia
com sintomas
negativos
em culturas
contagens
de uropat6genos
de infec~ao
de rotina
fastidiosa.
mulheres
fastidiosas
como
ou
Foram
a
mais
bacteriuria
do que as que
e 300 homens,
abrigar
urinas
cultivadas
nao
a
superior
obtidas
105
UFC/ml
para uropat6genos
esta representada
resultados
na tabela 1.
ou baixas
incluidos
no
em culturas previas de
a 102 UFC/ml
por aspirayao
que
resultados
fastidiosas
Os pacientes
inconclusivos
inferior
utilizando in6culo que proporcionou
freqOencia de isolamentos
apresentando
bacterias
na bexiga.
resultados
a desenvolvimento
estudo demonstrando
do trato urinario
convencionais
desenvolvimento
avaiiadas
um importante
podem
estudo foram os que apresentaram
convencional
com
apresentando
com mais freqoencia
e
tambem
assintomaticas,
e que as gestantes
sintomas
supra-pubica
Relatou
bacterias na urina.
pacientes
medio,
aspiragao
vesical.
de gestantes
Fairley e Birch (1989) realizaram
jato
influenzae,
em infecgoes da bexiga e trato urinario superior,
isoladas de amostras de urina obtidas par cateteriz8gao,
tarn bam de amostras
como algumas
Haemophilus
de
um
pat6geno
de uma
suprapubica
convencionais
bacteria
de 1817
e bacterias
entre 101 e 107 UFC/ml. A
32
TABELA 1 - FREQUENCIA DE BACTERIURIA EM 2117 PACIENTES
(AMOSTRAS OBTIDAS POR PUNCAO SUPRAPUBICA) -1989
Culturas positivas
(n = 597)
$omente
uropat6genos
convencionais
n = 170
Uropat6genos
convencionais
$omente especies
fastidiosas
(n = 366)
e
especi-
Unica
especie
Pacientes
=
=
Mulheres (n
1817)
Homens (n 300)
FONTE:
especies
Unica
especie
191
0
148
17
370
36
The Royal Melbourne
Vinte e aito
Multiplas
Multiplas
especies
es
Unica
Multiplas
especie
especies
222
19
125
0
5
0
faslidio-
sas
61
0
Hospital
especies microbianas foram isoladas no trabalho em questao,
sendo Ureaplasma urealylicum, Gardnerella vaginalis, Escherichia coli, Mycoplasma
hominis
e Staphylococcus
epidermidis
as especies
mais isoladas.
oitenta e uma (70%) das 830 cepas isoladas pertenciam
Ureaplasma
urealyticum,
recuperadas
Gardnerella
vaginalis e Mycoplasma
em meies de cultura
canvencianais.
freqUente em mulheres, enquanto Ureaplasma
estatisticamente
apenas
significativa
uma ou duas
equisimifis,
Streptococcus
Peptococcus
enteritidis,
anaerobius,
sanguis,
Proteus
Pseudomonas
parainfluenzae
entre
Streptococcus
Morganella
vulgaris,
aeruginosa,
e Haemophilus
elas
Haemophilus
vagina/is
fcram
equi,
morgan;;,
Enterobacter
parahaemofyticus.
-
nao apresentou
entre os sexas. Treze esptkies
ocasioes,
e
fastidiosas
hominis - que nao sao
Gardnerella
urealyticum
Quinhentas
a especies
diferen9a
isoladas
Klebsiella
influenzae,
em
Streptococcus
aerogenes,
Anaer6bios
fai mais
oxytoca,
Salmonella
Haemophilus
estritos foram isolados
de apenas sete dos 597 pacientes (FAIRLEY; BIRCH, 1989).
Culturas polimicrobianas
feminino e nao foram verificadas
cenvencienais
e fastidiesos
foram obtidas em urn ten;o das pacientes
do sexo
no sexe masculino. A freqOencia de uropat6genos
encontra-se
na tabela 2.
33
TABELA 2 - FREQU~NCIA DE UROPATOGENOS CONVENCIONAIS
E BACTERIAS
FASTIDIOSAS
EM 191 PACIENTES
DO SEXO
FEMININO COM BACTERIURIA POL/MICROBIANA - 1989
Numero de
especies (numera
de pacientes)
Oois (153)
Tres (34)
Quatro (4)
Somente
uropat6genos
convencionais
9
Samente especies
fastidiosas
99
17
1
0
0
FONTE: The Royal Melboume
Especies
convencionais
fastidiosas
45
17
e
3
Hospital
Ureaplasmas au Gardnerella vaginalis fcram recuperados
em 179 das 191
mulheres com infecga.o polimicrobiana, estando presentes concomitantemente
100 das 191 amostras,
convencionais
casas
sugerindo
relac;:c3osimbi6tica.
por
usualmente
bacterias
envolvem
fastidiosas,
bacterias
na maiaria dos
indicando
fastidiosas
em
Uropat6genos
fcram isolados em pouco mais de 33% das mulheres,
acompanhados
polimicrobianas
urna passivel
que
infecc;:oes
(FAIRLEY;
BIRCH.
1989).
A contagem de col6nias excedeu
105 UFC/ml
apenas
na minoria dos
pacientes, portanto a bacteriuria nao seria detectada em muitos individuos caso 0
valor de ponto de corte tradicional tivesse sido utilizado. Os resultados tambem
mostraram que baixas contagens bacterianas podem acontecer com qualquer uma
das especies
bacterianas
isoladas, embora tenham sido mais freqoentes
Ureaplasma urealytieum e Mycoplasma hominis.
isolados apresentaram
pertencentes
contagens
a especies fastidiosas
Franz e HOrl (1999)
Haemophifus
pneumophila,
inferiores a 103 UFC/ml,
sendo
138
(84%)
(FAIRLEY; BIRCH, 1989).
citaram a ocorrencia de HaemophiJus influenzae
parainfluenzae,
Salmonella
para
Cento e setenta e quatro (21%)
spp.,
pneumococos,
Shigella
spp.,
Campy/obaeter,
Corynebacterium
e
Legionella
grupo
02,
34
Mycobacterium
tuberculosis,
micobacterias
atipicas
e fungos
como
causadores
ocasionais de ITU.
Domann
transplantados
et al. (2003) realizaram
e cromatografla
liquida de alta performance
metoda em 109 amostras, e observou-se
positivas.
Para as amostras
uropat6genos
vaginalis,
Bacteroides
Lactobacillus
iners, Leptotrichia
mas
tambem
vufgatus,
como
agentes
transplantados
oportunistas
de
e
intermedius,
renais,
e
nao
usuais
nao
usuais
invisus,
inicio
conveniente
para
do
detectados
0
como
e
AnaerocDCCUs
nuc/eaturn,
Prevotella
vez
de
pesquisa
correto
urealyticum
ruminicola,
como unicos pat6genos
Uma
precoce
a
a detecc;ao de
Fusobacterium
buccalis,
polimicrobianas.
com
a aplica,aD
Corynebacterium
agentes
Dia/isler
infecyoes
associadas
Foi avaliada
a DHPLC permitiu
como
amnionii, Prevotella
Rahnella aquatilis e Streptococcus
freqGentemente
(DHPLC).
conhecidos
Gardnerella
do trato urinario de
baseadas em 168 rRNA peR
100% de correlac;ao para amostras cultura-
cultura-negativas,
previa mente
laclolyticus,
ou
estudo em amostras
renais, utilizando tecnicas moleculares
que
rejeiyBo
de
as
agentes
direcionamento
ITU
cronica
do
sao
em
patogenicos
tratamento
antimicrobiano.
Quatro
casos
de
ITU com
bacteremia
pacientes do sexo feminino imunocompetentes
(2004). Todas as pacientes
por
Methylobacterium
foram reportados
tiveram hemoculturas
positivas
spp. e suas culturas de urina foram negativas ou positivas
crescimento
concomitante
de outro bacHo gram-negativ~
ignorado. Foram realizados experimentos
de acordo com os procedimentos
incubayao
especiais
spp.
em
por Lee, Tang e Uu
para Methylobacterlum
para Escherichia
coli com
em baixa contagem que foi
com os isolados indicando que,
padrao para culturas de urina, com 24 horas de
a 35°C as colonias de Methylobacterium
spp. nao sao visualizadas,
e
0
35
numero de col6nias observado
pequeno
temperatura
ambiente
Particularmente,
apenas
quando
concomitantemente
Methylobacterium
com
ap6s incuba~ao
sugere
especies
Escherichia
ser
de
a
adicional
especie
urn
Methyfobacterium
coli, ocorre
spp. tornando impassivel
de 24 heras a
contaminante.
estao
supressao
presentes
do cresci menta
de
a sua detecc;ao. 0 estudo conclui que a
falta de relatos de casas de ITU por Methylobacterium
a impossibilidade
spp deve-se
de detec~ao da especie por metodos padrao de cultura de urina, au ainda porque a
baixa virulelncia da bacteria pode produzir ITU autolimitadas
curadas com as antibi6tico5
variavelmente
resistentes
normalmente
utilizados.
as cefalosporinas,
sulfametoxazol-trimetoprim
e
100%
acido
suscetiveis
au talvez muitas vezes
As especies
estudadas
nalidixico,
a
fcram
nitrofurantoina
ciprofloxacin,
imipenem
e
e
aminoglicosideos.
5.1 Corynebacterium
Corynebaclerium
de ITU, variando
spp.
urealylicum
a freqOencia
popular;oes nao selecionadas.
em
pacientes
imunocomprometidos,
urologicamente
per
longos
manipulados
com pielonefrite
da urina mesmo sem antibioticoterapia
Corynebacterium
significativos
embora rara causa
de zero a 3,5% em
A bacteriuria por Corynebacterium
hospitalizados
tam bern tern sido associado
pode ser uma importante
de isolamentos
glucurone/yticum,
ou idosos.
e pode desaparecer
(CLARRIDGE;
urealyticum
perledes,
ocorre
severamente
Tal microrganismo
espontaneamente
JOHNSON;
PEZZLO, 1998).
chamado
Corynebacterium
tambem
semina/e, tern side iselade de semen e trate g~nite-urinarie
masculine e pede causar
prostatite
(CDC grupo F1) tambem
ou uretrite. Corynebacterium
tern sido reconhecido
PEZZLO, 1998).
como pat6gene
pseudogenitalium
do trato urinario
(CLARRIDGE;
JOHNSON;
36
Foi relatado por Soriano e Ponte (1992) um caso de cistite de incrusta~ao
causado
por urn corineforme
identificado
sofrido ITU previas persistentes
causadas
grupo 02). A cura bacteriol6gica
amoxicilina
por Corynebacterium
urea/yticum
apes urn mes de tratamento
foi alcan\=ada
havia
(CDC
com
e acido acetohidroxamico.
Meria at al. (1998) realizaram
1985
como CDC grupo F1. 0 paciente
levantamento
bibliografico
entre as anos de
a 1997 sabre casas de cistite e pielite de incrustac;:ao. Foi constatado a
aumento
progressive
imunodeprimidos
numero
no
e particularmente
estao associadas
cr6nicas
produtoras
de
cases
especialmente
em transplantados
renais.
com incrustac;:6es da mucosa
de urease, tendo sido as mais freqOentes especies
e
demonstrac;ao
alta mente
sugestiva
da bacteria
cultura enriquecidos.
e pode
envolvida
0 diagnostico
requer
auxiliar
culturas
Tais
causadas
grupo 02. A presenC;a de urina alcalina contendo abundantes
calcificados
em
no
pacientes
inflamac;:oes
por bacterias
de Corynebacterium
debris mucopurulentos
diagnostico
prolongadas
clinico.
A
em meios
de
precoce pode evitar falhas de tratamento
e uma
possivel rejeic;ao do orgao transplantado.
Em estudo realizado par Riegel et al. (1995), corineformes
significativas
(104a
105
UFC/ml) foram isolados em amostras de semen, uretra, urina
e sangue de homens inferteis com diagn6stico
realizadas
do genero
demonstraram
de prostatite. As analises genomicas
ser as cepas pertencentes
Corynebacterium.
As 12 amostras
simi lares, entre elas born crescimento
crescimento
em quantidades
pobre no mesmo
a uma mesma especie dentro
mostraram
padroes
bioquimicos
em agar sangue de carneiro em contraste com
meio suplementado
com Tween
80 1%, teste
de
CAMP positivo, fermentac;ao de glicose, sacarose e presenC;a de beta-glucuronidase.
Tais caracteristicas
permitiram
a distinc;ao destas
cepas dos outros membros
do
37
genera,
e
nome proposto
0
difter6ides
pass am fazer
significativas
destas
particularmente
foi Corynebacterium
parte da microbiota
especies
no
semen
semina/e.
uretral,
sugere
a
Embera
organismos
presenC;a de contagens
urna
implica~ao
infecciosa,
na prostatite.
Estudo
molecular
filogenetico
pacientes
com prostatite
pacientes
estudados.
especies bacterianas
Staphylococcus,
baseado
Foi constatada
a ocorr€mcia
genera Corynebacterium
realizado
de um amplo
no fluido prostatico dos pacientes,
PepiosfreptococGUS,
ainda nae descritas
em 16S rRNA peR
em
croniea demonstrou sinais bacterian05 em 65% dos
Streptococcus
foram encontradas
e n~o presentes
espectro
de
incluindo Corynebacterium,
e Escherichia.
Especies
do
em maior propon;:ao, incluindo especies
nas amostras
de controle,
sugerindo
que
possam ter um papel na doen~a au que sejam conseqOemcia da mesma. 0 estudo
mostreu
ainda
que
os microrganismos
ocorrem em comunidades
prostaticos
Domingue
de amostras
enriquecidos
e
Hellstrom
de secre~~o
sao essenciais
incubados
enriquecido
geralmente
em liquidos
a
observa<;i!o
a 35°C.
na qual a colora~ao
Houve
desenvolvimento
de 5% de CO2 a 35°C. A secregao
a presen~a de bacilos gram-varitlveis
em meios
Foi realizado estudo
de Gram apresentou
em meios de rotina
em meio
e sora de cavalo e incubado
repicada, produziu bacilos de crescimento
microsc6pica
bern como a inocula~~o
que nao se desenvolveram
com extrato de leveduras
horas em atmosfera
demonstrou
prestatite
encontradas
para a isolamento de corineformes.
gram Itlbeis pleom6rficos
por 72 horas
(1998).
prostatica
em uma amostra de secre~ao prostatica
cocobacilos
com
distintas daquelas
normais (TANNER ot al. 1999).
Segundo
cuidadosa
associ ados
microbianas,
de cultura
no minimo 72
inoculada em caldo triptose
(microscopicamente)
e, quando
lento em meios de retina e enriquecidos
38
(incubados
aerobicamente,
Corineformes
que
anaerobicamente
frequentemente
sao
ou sob tensao de CO2 par 72 haras).
"ocultos" pod em ser agentes etiol6gicos da prostatite idiopatica croniea
bacteriol6gicos
perdidos
au
nao
percebidos
em
procedimentos
de rotina.
5.2 Gardnerella vagina/is
o
significado
de Gardnerel/a
vagina/is
em urina e controverso,
pois a
associac;:ao patogElnica desta bacteria e com a vaginose na mulher. Embora
principal
baixas contagens
na urina
feminina, contagens
sintomatica,
ITU recorrente,
Entretanto,
cistite
na mulher,
me sma quando ern altas contagens,
leucocitaria.
pacientes
parec;:am refletir a micro biota da uretra masculina
aeima de 10.000 UFC/ml ja fcram associadas
Gardnerel/a vaginalis
com doen,a
e encantrada
uretrite
e prostatite
freqOentemente
no homem.
nao ha resposta
mais freqOentemente
renal e ap6s instrumenta,ao
ou
com bacteriuria
em mulheres e
(CLARRIDGE,
JOHNSON,
PEZZLO, 1998).
Estuda realizado par Agarwal e Dixon (2001) investigau
Gardnerella
vaginalis
na cistite
intersticial,
garantir a recuperaC;ao do microrganismo
usando
metodos
positivas
envalvimenta
para
Gardnerella
vagina/is
a que
papel de
maleculares
mesmo em baixas contagens.
das trinta e tres amastras de bi6psias de bexiga de pacientes
foram
a passivel
para
Nenhuma
com cistite intersticial
embora
nao
exclua
seu
na cistite intersticial diminui esta probabilidade.
Ginestre
Perez
et al. (2001) realizaram estudo de mil trezentas e setenta
amostras
de jato media de urina de pacientes
vaginalis,
cujo papel patagenica
lugar em freqOencia etiologica
(52,10%) e superando
com sintomas
no trato urinario e discutivel,
(17,63%)
microrganismos
ficando atras somente
cansiderados
de ITU. Gardnerella
ocupou
a segundo
de Escherichia
uropat6genas
classicos,
coli
como
39
Proteus
mirabifis
(7,63%),
Klebsiella
pneumoniae
e Pseudomonas
(6,84%)
aeruginosa
(3,68%).
jato media
urinario possa indicar contamina.yao vaginal, todos as cultivos positivos
Embera a presen~a de Gardnerella
para esta bacteria
provinham
apresentavam
de pacientes
contagens
sintomaticos,
vagina/is em amostras
superiores
representando
a 100.000
de
UFC/ml e
urna alta probabilidade
de
infec~ao urinaria verdadeira.
5.3 Mycoplasma hominis E Ureaplasma urealyticum
Especies patogenicas
ocorrem freqOentemente
mulheres
saudaveis.
imunossupressao,
urinario.
A ocorrencia
obstru~ao
Ureaplasma
pacientes
com
Mycoplasma
como Mycoplasma
como colonizantes
liHase
de infec~ao
ou procedimentos
urealyticum
hominis e Ureaplasma
esta provavelmente
sugerindo
relacionada
previos de instrumental):ao
tern sido encontrado
infecciosa,
urealyticum
do trato urogenital inferior de homens e
uma
em calculos
possivel
urinarios
associal):ao
ha resposta imunol6gica
de
causal.
hominis tern sido isolado do trato urinario superior em pacientes
sintomas de pielonefrite aguda. FreqOentemente
a
no trato
com
especifica
(MURRAY, 1999).
Foi pesquisada
a presen9a
de Ureaplasma
urealyticum
e Mycoplasma
hominis em amostras de jato medio de 314 mulheres e 52 homens sintomaticos
trata urin<ilria. Ureaplasma
urealyticum
(15,4%) dos hom ens e Mycoplasma
e 4 (7,7%)
Escherichia
dos
homens.
vaginalis
urealyOcum
em
ambos
foi
superado
grupas,
no sexo feminina e 58,5% e 30,8% no masculino.
partanto que a bacteriuria
e 8
hominis foi isolado em 12 (3,8%) das mulheres
Ureaplasma
coli e Gardnerella
respectivamente
fai isalada em 54 (17,1%) das mulheres
do
par ureaplasmas
e relativamente
apenas
36,6%
par
e 25,4%
Demonstrou-se,
co mum, porem nao e
40
detectada
por metodos
convencionais
de cultura de urina (AVILES;
ZARAGOZA,
1998).
A significancia
dificil
de micoplasmas
determinac;ao,
microrganismos
realizados
a
devido
colonizantes
em amostras
provavel
da
vagina
contaminac;ao
e
uretra
em amostras de aspirado suprapubico
desenvolvimento
apresentando
de pre-eclampsia
culturas positivas
mulheres com culturas negativas
5.4 Haemophilus
confirmadas.
para ureaplasmas
JOHNSON;
Haemophilus
par
estudos
demons tram que
0
em mulheres
no inicio da gestac;:ao do que em
no mesmo periodo (KONEMAN
ef a/., 1997).
spp.
a ITU, embora
Alguns
Haemophifus
sua freqOencia
pesquisadores
sugerem
parainfluenzae
influenzae e Haemophilus
e significancia
a inclusao
nae tenham
de agar chocolate
de Haemophilus
sido
em
influenzae e
com outras infec~6es nesta faixa etaria (CLARRIDGE;
PEZZLO, 1998).
Maskell (1989) citou a ocorrencia de certas bacterias fastidiosas
trato urinflrio
e de
amostra
Entretanto,
mais prov3vel
culturas de urina de crian~as, por causa da associa~ao
Haemophifus
da
distal.
em gestantes
e tres vezes
Existem varios estudos relacionando
parainfluenzae
de jato medic urinario
abaixe da bexiga,
como par exemple,
em cases
em sftios do
de prostatite
por
influenzae.
5.5 Lactobacillus spp.
Em estudo realizado
aguda, demonstrou-se
em pacientes
do sexe feminine
uma alta freqOencia de isolamentos
com sind rome uretral
de lactobacilos.
Durante
dois anos amastras de jato medic de tais pacientes foram cultivadas,
observando-se
a
nas
principio
sintomaticas.
alta
concentrac;ao
de
lactobacilos
principalmente
pacientes
Ao final do estudo, durante 0 qual foi impedido 0 usa de antibi6ticos,
os
41
lactobacilos
desapareceram
assintomaticas.
a
ser devidos
da urina de muitas
Os autores concluiram
multiplica~ao
desproporcional
resultado de antibioticoterapia,
mulheres,
de lactobacilos
frequentemente
administrada
para resolur;ao dos sintomas urinarios. Lactobacilos
amostras
as quais tornaram-se
que as sintomas da sindrome
de urina obtidas diretamente
na uretra distal como
em cursos prolongados
tambem tern sido relatados
da bexiga e de amostras
par bi6psia vesical, bern como ocasionalmente
idosas com sintomas urinarios (MASKELL,
uretra! podem
em
de tecido obtidas
isolados em urinas de mulheres
1989).
5.6 COCOS GRAM-POSITIVOS
Microrganismos
Globicatella,
dos
generos
Lactococcus,
embora possam estar presentes
como contaminantes
material clinico, tern sido isolados como patogenos
amostras de pacientes
realizados
quando
repetidamente
positivos
forem
oportunistas
com
mais
possivelmente
freq04§ncia
sao
Aerococcus
e
em culturas
de
ern urina e outras
Esforyos para identifica-Ios
clinicamente
significantes,
ou em cultura pura. Devido a semelhanya
isolados
estafilococos,
imunocomprometidos.
os isolados
Gemella,
como
confundidos
devem ser
e,
isolados
com outros cocos gram-
estreptococos,
com
isto
especies
enterococos
destes
e
generos
(MURRAY, 1999).
Golapachar
bacteremia
et al. (2004) relata ram um caso de infec9ao do trato urinario com
causa do por Aerococcus
em uma cUnica de repouso.
UFC/ml
de Aerococcus
microrganismo.
microrganismo
e rea,Des
viridans em um homem de 87 anos residente
A cultura
viridans
de urina apresentau
e a hemocultura
Os testes bioqulmicos
que
fai
leva ram
crescimenta
positiva
a
para
de 105
a mesmo
identificayao
do
faram reayoes negativas de catalase e LAP (Ieucina aminopeptidase)
positivas
para PYR (L-pyrrolidonyl-beta-naphtylamina),
fermenta,ao
de
42
trehalose e manese, resistencia
a optoquina, crescimento em agar bile esculina 40%
e cresci menta em cloreto de s6die 6,5%. As especies de Aerococcus
facultativas,
morfologia
a maioria catalase negativa, com tendemcia
microsc6pica,
enterococos
PYR positivo e LAP negativ~, a que as diferencia
A escassa
documentac;ao
a sua
e enterococos
amostras clinicas.
a respeito de infecyoes
similaridade
e possiveis
humanas
microbiol6gica
erras
por Aerocccus
aos estreptococos
na interpretac;ao
No casa acima descrito, a laborat6rio
reaHzar a antibiograma
alfa-
laboratorial
de microbiologia
de
nao pade
devido a natureza fastidiosa da bacteria, mas houve sucesso
ap6s administray8.o
terapeutico
de
e estreptococos.
sp. deve-se provavelmente
hemoliticos
sao anaer6bias
a formaC;ao de tetrades na
intravenosa
de levofloxacin
(GOLAPACHAR
et al.
2004).
Um caso de pielonefrite
e urossepsis
por Streptococcus
pneumoniae
foi
relatado em urn hornem de 82 anos com hist6ria clinica de leucemia linf6ide cronica
e diabetes mellitus. Exames radiograficos
mostraram
nenhum
uma imagem
outro
foco
transuretral
e
orofaringe,
escarro
normal
0
do trato
demonstraram
indicativa
de infecc;8.o.
material
purulento
e sangue.
respirat6rio,
0 abscesso
renal
obtido foi cultivado,
foi tratado
drenado
material
cocos gram-positiv~s
a 37°C. As col6nias eram fracamente
de ambos
materiais
e sensiveis
confirmaram
apenas
de
mierobiota
e as hemoculturas
aos pares e em eadeias,
havendo bom crescimento
agar sangue e nao muc6ides, catalase-negativas
sem
por drenagem
assim como materiais
enquanto
0
computadorizada
no rim esquerdo,
revelaram
microseopicamente
aglutinac;8.o sorologiea
e tomografia
pielonefrite
Esearro e orofaringe
alguns dos quais eram lanceolados,
carneiro e agar chocolate
abdominais
de extensa
em agar sangue de
alfa-hemoliticas
no
a optoquina. Testes de
a identificac;8.o e testes
43
moleculares
demonstraram
antimicrobiana,
sofreu
a paciente
uma parada
necessaria
cardiaca,
a nefrotomia
anteriores,
abscesso
ser as dois
desenvolveu
a paciente
sendo
isolados
identicas.
coagula98o
que
quadro
0
Apesar
da terapia
intravascular
disseminada
foi revertido,
mas tornau-se
para eliminar a foco da infecc;:ao. Em contraste
descrito
renal e urossepsis
apresentou
causados
par
um verdadeiro
casa
a estud05
de pielonefrite,
Streptococcus pneumoniae. A presenc;:a
de doenc;:as como leucemia linf6ide crOniea e diabetes mellitus fcram 5uficientes
causar um certa grau de imunossupressao
Streptococcus
pneumoniae,
pneumoc6cica,
trauma ou interven9ao
mesma
e
e predispor
a paciente
hist6ria
antecedente
sem
cirurgica
(DUFKE;
para
a infecc;:ao par
de
infecC;:8o
KUNZE-KRONAWITIER;
SCHUBERT,2004).
5.7 BACT~RIAS ANAER6BIAS
Tern sido descritos
anaer6bias,
casas de infec90es do trato urinario
com as mais diverses tipos de apresenta90es
crenicos e agudos. As bacterias recuperadas
Bacteroides
fragifis,
gram-positiv~s
Prevotella
e Actinomyces
mistas com coliformes
par bacterias
clinicas, entre processes
sao bacilos gram negativQs, incluindo
sp. e Porphyromonas
sp., Clostridium
sp. Em muitos casas sao recuperadas
e estreptococos
sp., cocos
em culturas
(BROOK, 2004).
5.8 OUTRAS BACT~RIAS FASTIDIOSAS
Foi descrita
"Actinobaculum
cr6nica.
ser
0
Os estudos
isolado
Actinobaculum
par Greub
e Raoult
massiliae", recuperada
urna
fenotipicos,
nova
genotfpicos
especie
e foi proposta
(2002)
uma nova
especie
bacteriana,
da urina de uma mulher de 81 anos com ITU
ainda
e filogeneticos
nao
a denominac;ao
realizados
recanhecida
Actinobaculum
cepa faj isolada tres vezes num perlodo de sete meses,
dentro
massiliae.
mostraram
do
genera
A mesma
mesmo apes tratamento
44
com amoxicilina,
microrganismo
devido
sulfametoxazol~trimetoprim
a Actinobaculum
col6nias
e rifampicina.
nao ser isolado em procedimentos
apresentam
massiliae
Devida
laboratoriais
pade ser mal diagnosticada.
heterogeneidade
morfol6gica
podendo levar a uma errOnea interpretaC(ao
ao fata do
de rotina, uma ITU
Alem
disso,
as
ap6s cinco dias de incubac;:ao
de contaminac;:ao
com duas especies de
badlas gram~positivos. 0 usa de agar sangue de carneiro e incubac;:ao prolongada,
motivado
de 106 leuc6cit05
pela presenca
desenvolvimento
per ml na urina da paciente,
da cepa. Houve cura ap6s tratamento
permitiu a
com doxiciclina
(GREUB;
RAOUL T, 2002).
Em estudo
clinico
e microbiol6gico
de mulheres
com sindrome
excluindo pacientes com cistite bacteriana - 41 pacientes foram comparadas
pacientes
incid~ncia
controle.
de
Nao foi encontrada
Chlamydia
trachomatis
sexual. 0 numero de lactobacilos
numero de leucocitos
sintomas
diferenc;:a entre pacientes
e outros
e outros microrganismos
na urina nao apresentaram
leves e intensos ou entre pacientes
hipotese da sindrome
uretral nao ser causada
(GILLESPIE et al., 1989).
microrganismos
uretral com 42
e con troles em
de transmiss;3o
fastidiosos,
bem como a
diferenc;:a entre pacientes
e controles.
com
Os auto res sustentam
por infecr;ao bacteriana
a
ou clamidial
45
6 CONCLUSAO:
E
UMA REFLExAO
indiscutivel
completas.
com
anormalidades
a importo1ncia para a laborat6rio
informayoes
sabre
do trata urinario
tradicionalmente
a microbiologista
quando observar
clinica,
de requisic;oes
existencia
e condh;:oes imunol6gicas
a maiaria dos medicos
paciente ao laborat6rio,
comunicac;ao
suspeita
de exame
de
nao fornega muitas informac;oes
pede incentivar
a necessidade
sintomas,
do paciente.
Embora
sabre
0
a criac;ao de urn canal de
de informagoes
sobre determinado
paciente.
Exames
consultados
recidivantes,
especies
importantes
o
anteriores
do
e comparados,
paciente
pois
bacterianas
sempre
informac;oes
envolvidas
que
sabre
disponiveis
devem
ser
recorrentes
au
de piuria esteril
sao
infecc;:6es
au presen9a
para direcionar a pesquisa para agentes fastidiosos.
metoda de coleta e as condi~6es
qualidade
da
amostra
e a quao
encontrados.
Considerando-se
contarninante
introduzida
ainda que uma especie
crescimento
torna-se
fastidiosas
em urina.
que urna bacteria
fastidiosa
patogenica
para bacteriuria
da urina deterrninam
as
microrganismos
normalmente
de crescimento
de crescimenta
urn fator de suma importancia
Como ja discutida,
Gram em amostras
serao
considerada
torna-se
indispensavel
a
nela
como
durante a coleta pode ser em alguns casos patogenica,
inibido par uma contaminante
adequada
de transporte
relevantes
ou
lento pode ter seu
mais rapido, a coleta
para a detec~ao
a realiza~ao
de especies
da calora~ao
de
de urina, pOis alem de ser urn teste de triagem rapida e barato
acima de 105 UFC/ml, pode ser 0 unica indicativa
urna especie fastidiosa.
da presen~a de
46
A comunica~ao
sucesso do diagn6stico
de bacterias
entre a microbiologista
e do tratamento
fastidiosas
laboratoriais
aos
e a medico pode determinar
como a viabilidade
para 0 laborat6rio,
pacientes
que
nao 56 a
economica
da pesquisa
urna vez que direciona
as esforyos
real mente
necessitam,
evitando
9a5t05
desnecessarios.
Bacte-rias fastidiosas
pat6genos
direcionada
convencionais
podem nao responder
do trato
para tais agentes
administrac;ao de antibioticos
Como
observado
urinario,
pode melhorar
inadequados
nos
as condi\=oes
do paciente
progn6stico
casas
reiatados,
0 entendimento
pod em ajudar
recuperar a bacteria do material clinico.
0
antibi6tico
a pesquisa
para
precocemente
das ITU, evitando
a
au desnecessarios.
diversos
ocorrem em cenaries clinicos especificos.
ao tratamento
portanto
muito
0
bacterias
fastidiosas
do processo da doen\=a e
laboratorio
no esfor\=o
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