Aplicações da Ecologia Regeneração das Espécies Autóctones após perturbação Indicadores de Poluição Repovoamento Areas protegidas Ecohidrologia Controlo de pragas Construção de casas ecológicas Controlo de pragas Pressupostos/considerações gerais 1- A relação entre o homem e a praga é uma relação de competição por um recurso, eg. o alimento 2- Deve existir um conhecimento aprofundado da autoecologia, demoecologia sinecologia da cultura, da praga e do inimigo natural, para a aplicação ter sucesso. Assim é imprescindível o: - conhecimento factores ambientais que são susceptíveis de provocar a diminuição ou eliminação da espécie– Autoecologia - conhecimento da dinâmica das espécies de praga, p.ex. da sua taxa de crescimento e dos factores que a determinam – Demoecologia - conhecimento da relação que se estabelece entre a espécie inimiga a introduzir e a praga e também com as outras espécies presentes no local, em termos das consequências para o equilíbrio do ecossistema - Sinecologia 1 Controlo de pragas Pressupostos/considerações gerais 3- O objectivo é eliminar ou reduzir a densidade da população da praga Deve-se escolher os tipos de “inimigos naturais” a usar: -predadores carnivoros parasitas, parasitoides, herbivoros -agentes patogénicos 4- Quanto mais especifico for o inimigo melhor o resultado (predadores especificos ou selectivos) 1- Besouro do solo, 2- Mosca que paira no ar 3- Asa redonda, 4- Louva a deus, 5- Percevejo Assassino (pulgões), 6- Aranha caçadora, 7-Joanhinha,8- Vespa parasitoide, 9- Formiga predadora Controlo de pragas Pressupostos/considerações gerais 5- Não devem existir grandes flutuações ambientais pois o “inimigo” introduzido pode não as suportar, pois a pragas que já está há mais tempo no local pode estar melhor adaptada e sobreviver a essas variações 6- É necessário existirem laboratórios biofabricas, preferencialmente locais, que produzam os “inimigos naturais” em grandes quantidades e com a antecedencia necessária 2 Controlo de pragas Luta biológica Tipos: 1- Controlo biológico (Luta biológica) 1-Importação 2-Inoculação 3-Intensificação 4-Inundação 2- Controlo genético 3- Controlo de culturas (protecção integrada) Controlo de pragas Luta biológica 1.1-Importação ⇓ é a introdução de um inimigo natural de outra área geográfica numa zona onde não existiam inimigos naturais que controlem a praga Ex. introdução noutras zonas do globo de plantas comestíveis transportando insectos, levou a existência de pragas intensas já que não existiam inimigos naturais que limitassem a abundância dessas espécies de insectos. necessário importar inimigos naturais da praga 3 Controlo de pragas 1-Luta biológica 1.1-Importação ⇓ Califórnia: praga de citrinos-pulgões Australia: joaninha Azya luteipes preda activamente cochonilha ou lapa das plantas Larvas joaninha Azya atacando cochonilha verde em citros Joaninha Azya fase adulta em citro Controlo de pragas 1-Luta biológica Joanhinha é muitas vezes o simbolo da luta biologica, pois além da praga da cochonilha também preda os pulgões, praga muito vulgar em vários vegetais cultivados 4 Controlo de pragas 1-Luta biológica 1.2 – Inoculação ⇓ requere a libertação periódica do agente de controlo, no caso de ele ser incapaz de persistir ao longo do ano permite um maior controlo da abundância dos inimigos introduzidos e um melhor controlo do equilíbrio do ecossistema Larva de sirfideo alimentando-se de pulgões Controlo de pragas 1-Luta biológica 1.1 Inoculação ⇓ China- carpa herbivora Grã-bretanha- controla a proliferação de algas libertado periodicamente, pois a carpa não se reproduz neste clima 5 Controlo de pragas 1-Luta biológica 1.3 – Intensificação ⇓ consiste na adição de indivíduos “inimigos” de espécies já presentes no local com capacidade de controlar a praga. Coccinella septempunctata Joaninha das sete pintas Adição de mais predadores: Joaninhas da espécie local se a praga for de afideos Ouriços se a praga for de gafanhotos Acáro predador na praga do aranhiço vermelho do morangueiro Controlo de pragas 1-Luta biológica 1.3 – Intensificação Adição de mais parasitoides*: Vespinhas parasitoides de lagartas *Parasitoides são insetos que depositam os ovos no interior de noutros insetos (fase pupa) causando-lhes a morte. O desenvolvimento completo ocore no interior do hospedeiro, saindo apenas quando atingir seu desenvolvimento completo. Parasitoide introduzindo um ovo numa pupa de insecto 6 1.3 – Intensificação Adição de mais parasitoides: Vespinhas parasitoides de lagartas La avispa apantel (Apanteles glomeratus) es un parasitoide que pone sus microscópicos huevos alrededor y sobre las piel repleta de pliegues de la mariposa de la col (Pieris brassicae). vespinha (Apanteles glomeratus) 1.3 – Intensificação Adição de mais parasitoides: Um sirfídeo a injectar ovos nos afídeos que desenvolverão no seu interior uma larva parasita. Moscas parasitoides de pulgões Os sirfídeos também conhecidos como moscas-das-flores constituem uma família de moscas (ordem Diptera), são encontradas, junto a flores, onde estes insectos, na sua forma adulta, se alimentam de néctar e de pólen. As larvas têm vários tipos de alimentação, consoante a espécie: algumas são saprófitas, alimentando-se de plantas e animais em decomposição, ou em locais alagadiços; outras são insectívoras, tomando como presas afídios, tripes e outros insectos que parasitam e sugam a seiva das plantas. As moscas das flores e as joaninhas constituem meios naturais de controlo da população de pulgões. 7 Resumo parasitoide O parasitoidismo é uma relacão interespecífica intermedia entre a carnivoria e o parasitismo. Os parasitoides (maioria insectos)em parte de seu ciclo de vida depositan o ovo, sobre ou no interior, do seu hospedeiro (generalmente um insecto), assim as larvas são ectoparasitas o endoparasitas, dependendo da especie. O parasitoide adulto é um animal de vida livre que pode ser tanto herbívoro, nectívoro ou predador. As características distintivas dos parasitoides são: No final do seu ciclo larvar o hospedeiro morre (característica que o diferencia dos parasitas comuns). Cada parasitoide utiliza só um hospedeiro durante seu ciclo de vida (diferença relativa aos carnivoros, que matam varias vitimas durante a vida) Os parasitoides são mais específicos que os carnivoros, e podem procurar as presas dispersando-se activamente o que não acontece com os parasitas. Por estas razões têm uma grande importancia como agentes de controle biológico de insectos praga, principalmente na agricultura Controlo de pragas 1-Luta biológica 1.4 – Inundação ⇓ consiste na libertação de um grande número de “inimigos” naturais por forma a provocar uma diminuição imediata da praga. Não possibilita um controlo a longo prazo já que tal implicaria uma manutenção das populações de “inimigos”. Ex. Bacillus thuringiensis controla as pragas de insectos Processionaria. 8 O que é a processionária ou lagarta-do-pinheiro? Os pinheiros e cedros servem de hospedeiros a uma lagarta da família Thaumetopoidea, género Thaumetopoea, e espécie Thaumetopoea pityocampa, que causa por vezes grandes danos em vastas áreas florestais, sendo por muitos considerada o agente mais destrutivo dos pinhais a seguir aos incêndios. Os seus efeitos nefastos não se restringem a estas espécies florestais mas a muitas espécies animais que com ela contactam. No seu habitat natural, as raposas, os ginetes e os texugos são muitas vezes afectados por este ser rastejante. Cavalos, ovelhas e porcos são também surpreendidos durante a pastagem, bem como diversas espécies de aves que, na procura de alimento, são afectadas por esta lagarta. Na fauna doméstica, o cão e o gato são objecto de consulta veterinária frequente pelos efeitos alérgicos que a processionária neles provoca. 9 Controlo de pragas 1-Luta biológica Porque é que as lagartas do pinheiro se tornaram uma praga? Na agricultura tal aconteceu devido á importação de especies para produção, porque o pinheiro é tipico do mediterrâneo A construção de urbanizações dentro de matas provocou o desaparecimento do chapim, por perturbação de habitat A largarta desfolhador de pinheiros é a presa preferencial dos chapim, das poucas aves adaptadas a ingerir esta tipo de insecto O ciclo de vida da processionária Thaumetopoea pityocampa Compreende diversas fases ao logo de todo o ano, algumas delas inofensivas A lagarta propriamente dita eclode dos ovos depositados nas copas dos pinheiros pela borboleta em meados de Setembro. Em meados de Novembro as lagartas provenientes de diversas posturas constroem o seu ninho de resistência enterrado capaz de enfrentar o frio do Inverno que se avizinha, na fase de pupa ou crisália. Em Junho, quando emergem os primeiros adultos 10 Como é que o conhecimento do ciclo de vida da lagarta do pinheiro pode ser usado para combater esta praga? Conforme a fase do ciclo biológico desta praga assim será o meio de luta a utilizar: Fevereiro-Março, quando o último instar larvar começa a descer o pinheiro, em "procissão", a caminho do solo onde irá pupar, pode-se instalar uma armadilha com cola, tipo rolo, em redor do tronco. Zona com cola inodora Como é que o conhecimento do ciclo de vida da lagarta do pinheiro pode ser usado para combater esta praga? Conforme a fase do ciclo biológico desta praga assim será o meio de luta a utilizar: No Verão quando a borboleta já depositou os seus ovos dentro dos seus típicos ninhos há quem recorra ao corte a extremidade dos ramos infestados \ 11 Como é que o conhecimento do ciclo de vida da lagarta do pinheiro pode ser usado para combater esta praga? Conforme a fase do ciclo biológico desta praga assim será o meio de luta a utilizar: A melhor época é em Setembro, quando as pequenas e frágeis lagartas, dos primeiros instares, andam na extremidade das copas. Nessa fase é extremamente eficaz pulverizar-se (inundação) com insecticida biológico de Bacillus thuringiensis. Controlo de pragas 1-Luta biológica 12 Controlo de pragas 2 - Controlo genético Pode efectuar-se a 2 níveis: 2.1- manipulação genética das culturas Ex. tornando-as resistentes às pragas 2.2- manipulação genética das pragas. Ex. libertação de machos estéreis resulta numa diminuição da taxa de natalidade Controlo de pragas 2 - Controlo genético Sexo infrutífero na luta biológica Numa biofábrica da Ilha da Madeira produzem-se diariamente cerca de 5 milhões de moscas do Mediterrâneo. O objectivo é combater a maior praga mundial de frutos frescos. 13 Controlo de pragas 2 - Controlo genético Sexo infrutífero na luta biológica A mosca do Mediterrâneo Ceratitis capitata existe nos cinco continentes e é a maior praga mundial da fruticultura, pois ataca mais de 250 espécies de zonas tropicais, subtropicais e temperadas. Só na Ilha da Madeira causa prejuízos em cerca de 50 espécies frutícolas. Com esta táctica, o programa Madeira Med “pretende colocar os níveis de infestação inferiores a dois por cento em dez espécies frutícolas (anona, araçá, damasco, figo, goiaba, laranja, manga, nêspera, pêra e pêssego)” A produção desta unidade tem crescido desde 1997 e ao todo, até Julho de 2002 já foram criados mais de 7 mil milhões de indivíduos. Destes, cerca de 184 milhões foram exportados para Israel (entre Dezembro de 1997 e Junho de 1998), no âmbito de um programa de cooperação científica. Controlo de pragas 2 - Controlo genético Para combater este flagelo, foi instalada na Ilha uma biofábrica que produz cerca de 50 milhões de insectos por semana. Duas vezes por semana efectuam-se largadas aéreas numa avioneta que “pulveriza” a ilha com milhões de machos de mosca do Mediterrâneo. Todos os insectos libertados são machos estéreis que vão competir com os animais selvagens pelo acasalamento com as fêmeas. Os ovos resultantes destas “uniões” não são viáveis e por isso não surgem as larvas que se iriam alimentar dos frutos e causar elevados prejuízos. 14 Controlo de pragas 2 - Controlo genético A biofábrica utiliza a Técnica do Insecto Estéril. As moscas são de uma estirpe geneticamente alterada, em que as fêmeas são sensíveis à temperatura. Ainda na fase de ovo, parte da produção é mantida para assegurar a reprodução, enquanto que a restante é seleccionada – as fêmeas morrem acima dos 34ºC. A fase de ovo dura dois dias após os quais emergem as larvas (dura 6 a 7 dias) que são colocadas em prateleiras de tabuleiros, com uma dieta à base de farelo de trigo, levedura de cerveja e açúcar. O estado seguinte é a pupa que dura duas semanas. Controlo de pragas 2 - Controlo genético É nos últimos dois dias desta etapa que se formam os orgãos sexuais. É portanto, a altura ideal para esterilizar os machos através de uma radiação de cobalto. As pupas são então colocadas em sacos de papel semi-abertos de modo a permitir a emergência dos adultos. Cada uma das caixas utilizada nas largadas pode conter 5,5 milhões de moscas. 15 Controlo de pragas 2 - Controlo genético A avioneta "bombardeia" a ilha a cerca de 700 metros de altitude em linhas que distam 250 metros entre si. A dispersão aérea é mais homogénea, eficaz e barata que a terrestre, usada no início do funcionamento da biofábrica. Para que esta estratégia resulte, os machos estéreis têm que existir numa razão de 9 para 1 face aos selvagens. As estimativas levam a que sejam largados cerca de 50 mil machos por quilómetro quadrado. A operação tem que ser realizada duas vezes por semana porque há que contar com a constante emergência de fêmeas selvagens e com o tempo de vida do adulto que é bastante curto (7 a 14 dias). Uma das grandes vantagens de usar só machos é evitar as “picadas estéreis” que as fêmeas fariam e que danificariam os frutos; outra vantagem está subjacente ao princípio da luta biológica: não usar produtos químicos, com todos os benefícios inerentes para o ambiente. Resumo de como é que libertação de insectos machos estéries (largada de aviões) faz baixar a taxa de natalidade Machos na natureza Femeas na natureza Reprodução com sucesso Reprodução sem sucesso Machos estéreis produzidos em laboratório (9X+) 16 Controlo de pragas 3- Controlo de culturas São desenvolvidas várias práticas por forma a tornar o ambiente desfavorável para a praga (PROTECÇÃO INTEGRADA) ⇓ pragas reguladas por factores independentes da densidade (abióticos) e depedentes da densidade (adição de inimigos) Controlo de pragas 3- Controlo de culturas Tipos de acções sobre as culturas que permitem controlar as pragas e o ambiente: a) fazendo a rotação de culturas por forma a evitar que uma determinada praga associada a uma determinada cultura atinja densidades muito elevadas b) removendo (ex. compostagem) os restos de culturas incluindo plantas não colhidas, pois são rapidamente colonizadas por pragas c) semeando intercaladamente espécies de plantas que atraiam os “inimigos” das pragas, mesmo que não sejam da cultura d) atrasando o desenvolvimento da cultura até que a praga se desenvolva e desapareça (surgimento sazonal das pragas) e) fazendo pousios, semeando espécies que enriquecem o solo como leguminosas que fixam o azoto f) aplicando técnicas de solarização para eliminar pragas do solo (eg nematodes, cochonilhas subterraneas, que atacam a videira) 17 Controlo de pragas 3- Controlo de culturas Tipos de acções sobre as culturas que permitem controlar as pragas: a) fazendo a rotação de culturas por forma a evitar que uma determinada praga associada a uma determinada cultura atinja densidades muito elevadas b) removendo (ex. compostagem) os restos de culturas incluindo plantas não colhidas, pois são rapidamente colonizadas por pragas Controlo de pragas 3- Controlo de culturas Mas o que é o composto? O composto é uma substância semelhante ao solo, resultante da decomposição de matérias orgânicas. A compostagem é uma maneira natural de reciclar as plantas, fácil e barata. Só é preciso tempo, algum espaço na horta, acesso a materiais de desperdício que se decomponham facilmente e água. A compostagem leva cerca de 3 meses, dependendo das condições criadas para facilitar a decomposição rápida da matéria orgânica, evitando a perda de nutrientes. 18 Controlo de pragas 3- Controlo de culturas As plantas e outras matérias orgânicas são empilhados sobre uma superfície ampla, e arejada. Uma camada de terra de 2 a 3 cm, sobre cada camada de materiais, como mostra a figura, serve de inoculante, adicionando microorganismos ao monte. Picar, ripar ou partir o material que é colocado na pilha, acelera a decomposição da matéria orgânica transformando-a em composto, ou seja uma substância fina e de cor escura, semelhante ao húmus. Controlo de pragas 3- Controlo de culturas Porque é importante controlar a temperatura e a humidade durante a compostagem? Uma vez constituído, o monte de composto começa a aquecer, atingindo temperaturas entre 60-80º C. Esta temperatura alta vai pasteurizar o composto, destruindo os elementos patogénicos. Passados cerca de 15 dias, a temperatura diminui, e o monte deve ser virado, de modo a que as camadas do fundo sejam viradas para cima. Cerca de 5 semanas depois, o monte deve ser virado de novo. Os materiais que se encontram na parte de fora do monte devem ser colocados no meio; o teor de humidade deve ser verificado, e, se necessário, adiciona-se água. Um monte de composto deve ser mantido sempre húmido (cerca de 45 a 65 % de humidade), visto que a humidade é necessária ao processo de fermentação. 19 Controlo de pragas 3- Controlo de culturas c) atracção de inimigos naturais da praga e de espécies de insectos que ajudem à polinização. P.ex. através da sementeira de plantas cujo odor os atrai Controlo de pragas 3- Controlo de culturas d) atrasando o desenvolvimento da cultura até que a praga se desenvolva e desapareça (surgimento sazonal das pragas) e) fazendo pousios, semeando espécies que enriquecem o solo como leguminosas que fixam o azoto Beldroega da praia espécie que ajuda a preparar o solo para outras espécies 20 Efeito da presença de Sesuvium portulacastrum nas caracteristicas do solo 1 2 3 4 5 6 7 %N-0cm %N-10cm %N-50cm %C-0cm %C-10cm %C-50cm TOC [%] 0.4 4 0.2 2 THAA [mg/g dw] 0.6 6 TN [%] 8 0 cm 10 cm 50 cm 0.0 0 1 2 3 4 5 6 25 20 15 10 5 0 7 1 Station 2 3 4 5 6 7 Station PhD Thesis B.B. Schmitt, 2006 Porque é que Sesuvium portulacastrum enriquece o solo? bacterias contagem Total Fixação de azoto Sesuvium roots Epiphytes Surface sediments 60 106 cells/mg dw µg Ethylene/mg dw azoto 80 40 20 0 120 80 40 0 0 6 12 24 36 48 Time [hrs] Uma simbiose fungo-planta:micorriza m ia ium nn viu su cm suv re ice Se 10 Se sphe Av zo rhi Rizoesfera- Região do solo influenciada pelas raizes, com maximo de actividade microbiana, que decompõem compostos orgânicos em nutrientes inorgânicos PhD Thesis B.B. Schmitt, 2006 Micorriza-Associação entre certos fungos e algumas raizes de plantas, e que aumenta a área de captação de água e sais da raiz 21 Sesuvium Aumenta a quantidade de azoto, carbono, aminoacido total, no solo "Sesuvium " Fungo Bacteria Micorriza N2-Fixação Sesuvium portulacastrum melhora as condições do solo e facilita o desenvolvimento de outras espécies PhD Thesis B.B. Schmitt, 2006 Controlo de pragas 3- Controlo de culturas f) aplicando técnicas de solarização para eliminar pragas do solo (eg nematodes, cochonilhas subterraneas, que atacam a videira) 22 Controlo de pragas 3- Controlo de culturas solarização para eliminar pragas do solo Controlo de pragas 3- Controlo de culturas Balanço da utilização da protecção integrada Vantagens: 1- evita a utilização de pesticidas que têm efeitos de acumulação na teia alimentar 2- evita a adubação excessiva com quimicos, que causa eutrofização dos corpos de água 3-A nível internacional, já se produzem industrialmente mais de 15 espécies de insectos e aranhas para serem usados no controlo biológico. Desvantagens: 1 - necessita um conhecimento muito aprofundado da ecologia das espécies e dos factores que regulam o equilíbrio dos ecossistemas 2 - no caso de pragas importadas é difícil caracterizar o ambiente original da praga e determinar quais os factores que a podem controlar 3 - proporciona resultados menos rápidos do que a utilização de pesticidas 23 Controlo de pragas 3- Controlo de culturas Balanço da utilização da protecção integrada - 1945 (antes da aplicação de pesticidas sintéticos) – 7 % das culturas perdiam-se devido a pragas de insectos - 1991 (depois da aplicação de pesticidas sintéticos) – 13 % das culturas perdiam-se devido a pragas de insectos -1997 (EUA), lançaram para o ambiente 2,5 milhões de toneladas de pesticidas e outros produtos químicos. Cerca de 672 milhões de aves foram contaminadas. Controlo de pragas 3- Controlo de culturas Situação em Portugal A técnica do insecto estéril usada na Madeira é talvez o exemplo mais significativo devido aos números envolvidos. Mas por todo o País se faz e desenvolve o controlo biológico. Nos Açores introduziram-se 150 mil joaninhas para combater afídeos (uma praga de citrinos) e em Trás-os-Montes usam-se larvas de joaninha para eliminar aranhiços-vermelhos (pragas das macieiras). Aliás, na Europa, Portugal foi pioneiro neste tipo de luta quando, em 1897, se introduziram joaninhas para combater icérias (cochonilhas praga dos citrinos), tal como se fizera em 1888 na Califórnia. 24 Controlo de pragas 3- Controlo de culturas É ainda difícil ter grandes explorações agrícolas sem recurso a pesticidas, mas…. Uma solução possivel é fazer uma protecção integrada das culturas: - Através da atracção dos predadores e parasitas naturais das espécies praga, de modo a reduzir ao mínimo a aplicação de pesticidas. - Utilização de formas de fertilização natural, através da compostagem dos restos das culturas, da alternancia de culturas com interesse comercial com outras enriquecedoras do solo de modo a reduzir ao mínimo a aplicação de quimicos. 25