- UFCG/CSTR

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS – PB
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL
WILLIAM DE SOUSA SANTOS
ENTOMOFAUNA ASSOCIADA À CULTURA DA ROMÃZEIRA NO SEMIÁRIDO
PARAIBANO, COM ÊNFASE EM COLEOPTERA.
PATOS – PB – BRASIL
2015
WILLIAM DE SOUSA SANTOS
ENTOMOFAUNA ASSOCIADA À CULTURA DA ROMÃZEIRA NO SEMIÁRIDO
PARAIBANO, COM ÊNFASE EM COLEOPTERA.
Monografia
apresentada à
Universidade
Federal de Campina Grande, Unidade
Acadêmica de Engenharia Florestal, para
obtenção do Grau de Engenheiro Florestal.
Orientador: Rozileudo da Silva Guedes
PATOS – PB - BRASIL
2015
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSTR
S586e
Santos, William de Sousa
Entomofauna associada à cultura da romãzeira no semiárido paraibano,
com ênfase em Coleoptera / William de Sousa Santos. – Patos, 2015.
56f.: il. color.
Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Florestal) – Universidade
Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2015.
Referências.
1. Guarda-chuva entomológico. 2. Punica granatum. 3. Besouros.
I. Título.
CDU 591.9
WILLIAM DE SOUSA SANTOS
ENTOMOFAUNA ASSOCIADA À CULTURA DA ROMÃZEIRA NO SEMIÁRIDO
PARAIBANO, COM ÊNFASE EM COLEOPTERA.
Monografia
apresentada à
Universidade
Federal de Campina Grande, Unidade
Acadêmica de Engenharia Florestal, para
obtenção do Grau de Engenheiro Florestal.
APROVADA EM: 11/03/2015
Prof. M. Sc. ROZILEUDO DA SILVA GUEDES (UAEF/UFCG)
Orientador
Prof. Drª. FLÁVIA MARIA DA SILVA MOURA (UACB/UFCG)
1ª Examinadora
Prof. Drª. PATRÍCIA CARNEIRO SOUTO (UAEF/UFCG)
20 Examinadora
Dedico este trabalho aos meus pais, Antônio Bernardo dos
Santos e Francisca de Sousa Santos, ao meu irmão Wellington
de Sousa Santos e a minha namorada Amanda de Araújo Silva
pelo incentivo, colaboração e apoio e, partilhar comigo os
momentos de alegrias, estresses e tristezas, nesta etapa, em
que, com a graça de Deus, está sendo vencida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus;
A minha família, que sempre contribuiu para minha educação;
Ao professor Rozileudo da Silva Guedes, pela amizade e orientação nesta
monografia;
Aos professores Valdir Mamede e Lúcio Coutinho pelas oportunidades e
ensinamentos nos trabalhos de campo na área de inventário florestal, bem como ao
futuro doutor Pierre Farias.
Aos membros da Banca Examinadora, Prof.ª Drª. Flávia e Profª. Drª. Patrícia,
pela disponibilidade da participação e pelas valiosas contribuições;
Aos colegas de curso, Walleska, Raony, Fellipe Ragner, José yuri, Marcelo
Lucena, Átila, Cândido, Ikallo, Thalyta, ao mano Erik, e os demais que fizeram parte
da turma 2010.1;
Aos professores do Curso de Engenharia Florestal, pela contribuição para
minha formação, em especial ao professor Rozileudo e professora Patrícia pela
orientação nos projetos de Iniciação Científica.
Ao empresário e dono da Fazenda Águas da Tamanduá Pierre Landolt pela
concessão da área de estudo, e demais funcionários;
A todos aqueles que por acaso tenha esquecido de mencionar seus nomes e
que colaboraram, direta ou indiretamente, para a realização deste trabalho, os meus
sinceros agradecimentos.
“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência.
Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia
pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.”
―Mahatma Gandhi (1869 – 1948)
Santos, William de Sousa. Entomofauna associada à cultura da romãzeira no
Semiárido paraibano, com ênfase em Coleoptera. 2015. 46 folhas. Monografia
(Graduação) Curso de Engenharia Florestal. Universidade Federal de Campina
Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Patos-PB, 2015.
RESUMO
O levantamento populacional de insetos presente em monoculturas é um importante
passo para estudos de manejo de pragas, como também para estudos ecológicos.
Neste sentido, objetivou-se avaliar a entomofauna associada à cultura da romãzeira
(Punica granatum L.), com ênfase em Coleoptera, em um pomar orgânico na região
Semiárida da Paraíba. Coletas mensais foram realizadas no período de agosto/2012
a janeiro/2013, utilizando-se rede entomológica e guarda-chuva entomológico, em
doze plantas do pomar. Os indivíduos coletados foram preservados em potes
plásticos e conduzidos ao laboratório de Entomologia Florestal da Universidade
Federal de Campina Grande, Patos, PB, local onde se efetuou a triagem,
etiquetagem, contagem e identificação em nível de ordem e famílias de Coleoptera.
No total foram coletados 3.681 indivíduos, pertencentes a 13 ordens. Coleoptera
(57,5%), Hymenoptera (17,4%), Diptera (12,2%) e Hemiptera (8,0%) foram as que
apresentaram as maiores abundâncias, sendo responsáveis por 95,1% dos
espécimes coletados. O maior número de insetos foi capturado com a utilização do
guarda-chuva entomológico (61,75%), sendo mais eficiente para as ordens
Coleoptera e Hymenoptera, sendo a rede entomológica mais eficiente para a ordem
Diptera. Houve variação populacional na abundância dos insetos coletados ao longo
do período estudado, coletando-se durante o mês de agosto (19,9%) o maior
número de insetos e menor em janeiro (4,9%). Foram coletados 2.115 indivíduos
pertencentes a 15 famílias e 65 morfoespécies de Coleoptera. As famílias mais
abundantes foram Curculionidae (38,72%), Anthicidae (29,93%), Coccinellidae
(13%) e Chrysomelidae (10,17%), compreendendo 91,82% dos indivíduos coletados.
Esse trabalho é o primeiro a fornecer informações sobre a entomofauna associada à
cultura da romãzeira no Brasil.
Palavras-chave: Guarda-chuva entomológico. Punica granatum. Besouros.
Santos, William de Sousa. Insect fauna associated with the culture of the
pomegranate in semiarid Paraiba, with emphasis on Coleoptera. 2015. 46
sheets. Monograph (Graduation) Forestry Engineering. Federal University of
Campina Grande, Rural Health and Technology Center, Patos-PB, 2015.
ABSTRACT
The statistics of insect population found in monocultures is an important step in pest
management studies, but also for ecological studies. In this sense, the aim of this
paper is to assess the entomofauna associated with the pomegranate cultivation
(Punica granatum L.), emphasizing on Coleoptera, in an organic orchard located in
the semi-arid region of a Brazilian state, Paraíba. Every month, samples were
collected during the period of August 2012 to January 2013, using an entomological
net and a beating tray in twelve plants of the orchard. The individuals collected were
preserved in plastic pots and brought to the Forest Entomology Laboratory of the
Federal University of Campina Grande (UFCG), placed in the city of Patos in
Paraíba, where the screening, labeling, counting and identification at the level of
order and families of Coleoptera were performed. Altogether, 3,681 individuals were
collected, belonging to 13 orders. Coleoptera (57.5%), Hymenoptera (17.4%),
Diptera (12.2%) and Hemiptera (8.0%) were found in larger quantities, accounting in
total 95.1% of specimens. The largest number of insect were captured using the
beating tray (61.75%), that was more efficient for the Coleoptera and Hymenoptera;
the entomological net was more efficient for the order Diptera. There was a
population variation concerning the quantity of insects collected during the period of
this study: in August (19.9%) the larger quantity of insects was collected whereas the
lowest was in January (4.9%). We collected 2,115 individuals belonging to 15
families and 65 morphospecies of Coleoptera. The most abundant families were
Curculionidae (38.72%), Anthicidae (29.93%), Coccinellidae (13%) and
Chrysomelidae (10.17%), consisting in 91.82% of the collected individuals. This work
is the first to provide information on the entomofauna associated with the cultivation
of pomegranate in Brazil.
Keywords: Beating tray. Punica granatum. Beetles.
LISTA DE FIGURAS
Figura1 — Mapa da Paraíba e em destaque o município de
Sousa.........................................................................................................................25
Figura 2 — Vista parcial do plantio de Romã, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa,
Paraíba.......................................................................................................................26
Figura 3 — Coleta de insetos na cultura da romãzeira, Fazenda Águas da
Tamanduá,
Sousa-PB.
(A)
Rede
entomológica.
(B)
Guarda-Chuva
Entomológico..............................................................................................................27
Figura 4 — Pluviosidade, temperatura e umidade relativa médias e número de
insetos capturados associados à cultura da romãzeira, Fazenda Águas da
Tamanduá, Sousa, Paraíba........................................................................................30
Figura 5 — Flutuação populacional dos insetos das ordens mais abundantes
coletados associados à cultura da romãzeira, Fazenda Águas da Tamanduá,
Sousa, Paraíba...........................................................................................................33
Figura 6 — Quantidade de insetos capturados por horário de coleta no
período de estudo, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa-PB..................................36
Figura 7 — Morfoespécies de Coleoptera mais abundantes coletados associados à
cultura da romãzeira, de agosto a 2012 a janeiro de 2013, Fazenda Águas da
Tamanduá, Sousa, PB. (A, a) Curculionidae sp.1, (B, b) Anthicidae sp.1, (C,c)
Coccinellidae sp.1, (D,d) Curculionidae sp.2 e (E,e) Curculionidae sp.3.
Eixo dorsal – letras maiúsculas e Lateral – letra minúsculas.....................................40
Figura 8 — Percentual de morfoespécies de Coleoptera por categorias de
dominância associadas à cultura da romãzeira no período de agosto de 2012 a
janeiro de 2013, Fazenda Águas da Tamanduá Sousa, Paraíba..............................41
Figura 9 — Percentual de morfoespécies de Coleoptera por categorias de
constância associados à cultura da romãzeira no período de agosto de 2012 a
janeiro de 2013, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa, Paraíba.............................42
Figura 10 — Flutuação populacional das famílias de Coleoptera mais abundantes
capturados associados à cultura da romãzeira, Fazenda Águas da Tamanduá,
Sousa, Paraíba...........................................................................................................43
Figura 11 — Quantidade de insetos capturados por equipamento por família
associados à cultura da romãzeira, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa,
Paraíba.......................................................................................................................44
LISTA DE TABELA
Tabela 1 — Análise faunística da entomofauna associada à cultura da romãzeira,
Fazenda Águas da Tamanduá, no período de Agosto de 2012 a Janeiro de 2013,
Sousa, PB...................................................................................................................31
Tabela 2 — Número e percentual de insetos coletados associados à cultura da
Romãzeira por ordem e equipamento de captura no período de Agosto de 2012 a
Janeiro
de
2013,
Fazenda
Águas
da
Tamanduá,
Sousa
PB...............................................................................................................................34
Tabela 3 — Número de insetos capturados pela rede (R) e pelo guarda-chuva (G)
para as ordens mais representativas no levantamento associados à cultura da
romãzeira, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa-PB...............................................35
Tabela 4 — Número de insetos capturados por família de coleóptera associadas à
cultura da romãzeira, índices de diversidade (H’), equabilidade (J), frequência (F),
dominância (D), e constância (C)...............................................................................37
LISTA DE QUADRO
Quadro 1 — Índice de dominância de Simpson (S'), de diversidade de Shannon (H')
e de equabilidade de Pielou (J)..................................................................................29
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 16
2.1 Geral ................................................................................................................ 16
2.2 Específicos ....................................................................................................... 16
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 17
3.1 A cultura da romãzeira ..................................................................................... 17
3.2 Fatores que interferem no desenvolvimento dos insetos ................................. 18
3.3 Interações Inseto-Planta: importância ecológica e econômica ........................ 19
3.4 Amostragem de insetos ................................................................................... 22
3.5 Ordem Coleoptera............................................................................................ 23
4 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 25
4.1 Caracterização da área de estudo ................................................................... 25
4.2 Coleta, triagem e identificação dos insetos ...................................................... 26
4.3 Análise Faunística ............................................................................................ 28
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 30
5.1 Análise da entomofauna .................................................................................. 30
5.2 Análise da comunidade de Coleoptera ............................................................ 36
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 45
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 46
14
1 INTRODUÇÃO
Os insetos são considerados o maior grupo de animais do planeta em
termos de diversidade, com mais de um milhão de espécies catalogadas, possuindo
grande importância socioeconômica (RAFAEL et al., 2012). Muitas vezes são
considerados pragas, principalmente de plantações e/ou por transmitirem doenças
aos humanos. Mas, inúmeras espécies são importantes ecologicamente, agindo
como polinizadores de plantas, auxiliando na decomposição da matéria orgânica e
dispersando sementes, entre outros importantes serviços ambientais desenvolvidos.
A romãzeira (Punica granatum L.) é uma espécie originária do Oriente
Médio. Cresce em regiões áridas e a produção do fruto se dá no período de
setembro a fevereiro (MARTINS, 1995). É uma arvoreta ou arbusto de 3-6 m de
altura. Possui folhas simples e coriáceas de 5-7 cm de comprimento, flores
andróginas e unissexuais, formadas na primavera, dispostas solitariamente ou em
grupos de até 5. Os frutos da romã compõem-se de uma baga globosa, do tamanho
de uma laranja pequena, de casca coriácea, amarela ou avermelhada manchada de
escuro, multilocular, com inúmeras sementes angulosas, cobertas por tegumento
espesso, polposo, de sabor doce ligeiramente ácido (GOMES, 2007). O seu fruto é
consumido diretamente na forma de sementes frescas, bem como suco fresco, que
também pode ser usado em bebidas.
O manejo orgânico de frutíferas tem se destacado nos últimos anos na
região semiárida do estado da Paraíba, especialmente no perímetro irrigado das
várzeas de Sousa-PB. A procura por este tipo de alimento vem ganhando espaço no
mercado brasileiro, por apresentarem as mesmas propriedades nutricionais dos
alimentos inorgânicos, com produção livre de agrotóxicos. Diferente da produção
convencional, no manejo orgânico de pomares são utilizadas técnicas para suprir a
utilização dos insumos sintéticos (DUARTE et al., 2012).
No Brasil, a romãzeira é uma espécie exótica, a qual requer práticas
culturais de produção mediante a adaptação da mesma ao ambiente. A utilização de
determinadas práticas culturais possibilita a redução da ocorrência de altas
populações de insetos pragas, diminuindo a possibilidade de surtos (PICANÇO,
2010). Calore et al. (2013) ressaltam que a introdução de novas cultivares, irrigação
e mudanças no sistema de podas dos pomares, visando o aumento da produtividade
15
e o fornecimento de frutas o ano todo, agravam consideravelmente os danos diretos
e indiretos ocasionados pelas pragas.
Por essa razão, o levantamento populacional de insetos presente na cultura
da romãzeira se torna importante para estudos de manejo de pragas, como também
para estudos ecológicos. Este estudo permitirá conhecer a entomofauna,
especialmente a de Coleoptera associada à cultura da romãzeira em produção
orgânica e representará o primeiro levantamento para esta cultura na região
semiárida do Brasil.
16
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Avaliar a entomofauna associada à cultura da romãzeira (Punica granatum
L.), com ênfase em Coleoptera, em um pomar orgânico na região Semiárida da
Paraíba.
2.2 Específicos
 Identificar quais as ordens de insetos estão associadas à cultura em
estudo;
 Determinar a frequência de ocorrência e a abundância dos insetos;
 Avaliar a flutuação populacional mensal dos insetos relacionando com
os fatores ambientais;
 Avaliar a eficiência de dois equipamentos na captura da entomofauna e
particularmente dos coleópteros;
 Avaliar a riqueza de Coleoptera presente na cultura estudada.
17
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 A cultura da romãzeira
O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas frescas do mundo, produzindo
cerca de 35 milhões de toneladas anualmente e gerando cerca de 4 milhões de
empregos diretos, sendo que o Nordeste brasileiro destaca-se como um dos maiores
produtores e exportadores de frutas do país (MOURA; MOURA, 2006).
Na região Nordeste do país a exploração de fruteiras tropicais vem se
destacando no panorama nacional de produção de frutas, cuja área irrigada
cultivada vem aumentando a cada ano (ZAMBOLIM et al., 2009). Entretanto, o
fruticultor ainda enfrenta diversos problemas que interferem na produtividade e
qualidade das frutas, principalmente os relacionados com a área fitossanitária, que
direta ou indiretamente tem comprometido as exportações brasileiras (SOUZA
FILHO; COSTA, 2012), sendo os insetos um dos principais responsáveis por essa
causa.
A romãzeira (Punica granatum) é uma frutífera pertencente à família
Lythraceae, a qual compreende cerca de 30 gêneros e 600 espécies. Esta família
possui distribuição pantropical, mas com espécies nativas da região temperada
(SOUZA; LORENZI, 2008). No Brasil, é uma fruteira exótica, cultivada desde os
tempos coloniais, porém principalmente em pomares domésticos. Compreende uma
arvoreta ou arbusto grande de folhas semidecíduas, de 3-6 m de altura. Possui
folhas simples e coriáceas, de 5-7 cm de comprimento, flores andróginas e
unissexuais, formadas na primavera, dispostas solitariamente ou em grupos de até
5. Os frutos amadurecem durante o verão e são do tipo balaústa, cuja parte
comestível é denominada de “testa”, de aspecto semelhante a uma gota cheia de
polpa sucosa adocicada com 1 semente. Os frutos são consumidos in natura, na
forma de geleias e de um vinho denominado “grenadine” (LORENZI et al., 2006).
Poucos estudos foram encontrados na literatura a respeito das interações
inseto-planta na cultura da romãzeira no Brasil. Contudo, alguns autores como,
Derin e Eti (2001) em estudo na fazenda experimental da universidade de Çukurova
na Turquia, relatam que as flores desta frutífera são atrativas aos polinizadores.
Adhikari e Adhikari (2009) observaram principalmente abelhas Apis cerana (73,8%),
Apis mellifera (20,4%) e algumas espécies de Diptera, Hymenoptera (Vespidae e
18
Formicidae), além da abelha Bombus sp visitando a referida flor dessa frutífera.
Esses autores consideraram as abelhas do gênero Apis, os polinizadores primários
da romãzeira no Vale Katmandu, no Nepal. Malerbo-Souza (2011) em estudo em um
pomar no município de Ribeirão Preto, SP, relatou que os visitantes florais mais
frequentes da romãzeira foram às abelhas (78,1%), no entanto a espécie
africanizada Apis mellifera foi responsável por apenas 0,4% dos insetos observados
visitando as flores.
Kozina et al. (2011) relataram que algumas espécies de Coleoptera das
famílias Scarabaeidae, Buprestidae e Bostrichidae podem causar danos a plantas
hospedeiras. Bonsignore (2012) registrou na região do Sul da Itália uma espécie de
coleobroca, Apate monachus (Bostrichidae) causando danos em romãzeiras. No
entanto, Ananda et al. (2009) registraram a presença de cinco espécies de
coleópteros da família Coccinellidae atuando como inimigo natural de pragas em
pomar na Índia.
3.2 Fatores que interferem no desenvolvimento dos insetos
Os principais fatores do meio ambiente que influem na distribuição e
abundância dos organismos são: temperatura, umidade, precipitação, fotoperíodo,
vento e alimento, bem como suas interações (GALLO et al. 2002; PERONI;
HERNÁDEZ, 2011; COSTA et al. 2011), onde cada espécie age diferente,
apresentando uma tolerância ecológica e reações próprias (GALLO et al., 2002).
A temperatura tida como ótima no desenvolvimento de grande parte dos
insetos é de 25ºC, sendo a mínima 15ºC e a máxima de 38ºC. Ultrapassando essas
faixas de temperaturas os insetos ficam
sujeitos à paralisação do seu
desenvolvimento, seja pelo aumento da temperatura (estivação) ou pela diminuição
(hibernação) (COSTA et al., 2011).
A umidade relativa do ar está inteiramente relacionada à variação da
temperatura, não podendo ser avaliada separadamente, estando esta favorável aos
insetos entre 40% e 80%, podendo proporcionar maior rapidez de desenvolvimento,
maior longevidade e fecundidade (COSTA et al 2011).
Marques e Del-Claro (2010) estudando a sazonalidade, abundância e
biomassa de insetos de solo em reserva de cerrado (MG) destacaram que tanto o
número de insetos quanto a sua biomassa sofre influência dos fatores climáticos,
19
possuindo baixa frequência nos meses frios e secos (junho e julho), aumentando
nos meses úmidos e quentes (março, abril e maio). Em estudo semelhante Ott et al.
(2006), observaram maior abundância de cigarrinhas (Hemiptera, Cicadellidae,
Cicadellinae) durante a primavera e o verão, devido ao tempo quente e seco
registrado nestas estações.
O fator mais previsível a essa mudança de estação é o fotoperíodo, ou seja,
o comprimento de luz diária, sendo a maioria dos insetos tidos como espécies de
dias longos, com crescimento e reprodução no verão e dormência iniciada conforme
a redução da luz durante o dia, principalmente em regiões temperadas (GULLAN;
CRANSTON, 2012).
O vento por sua vez também interfere na temperatura e umidade relativa do
ar, bem como na disseminação dos insetos, que através de fortes correntes são
lançados a grandes distâncias (COSTA et al., 2011).
Outro fator que regula a distribuição, abundância e as atividades
comportamentais dos insetos é quantidade e o tipo de alimento, interferindo no ciclo
biológico (longevidade, rapidez de desenvolvimento e reprodução) (PANIZZI;
PARRA, 2009).
3.3 Interações Inseto-Planta: importância ecológica e econômica
Registros fossilizados de associações entre insetos e plantas aconteceram a
aproximadamente 300 milhões de anos, visto os danos provocados por estes ao se
alimentarem das plantas ou parte delas (GULLAN; CRANSTON, 2012), como é o
caso de larvas de besouros escarabeídeos que se alimentam do sistema radicular
das plantas causando sérias injúrias, prejudicando o desenvolvimento da planta
hospedeira (RODRIGUES et al., 2011).
Outro caso, insetos Cerotoma arcuata (Coleoptera: Chrysomelidae) atacam
plantas de soja para se alimentarem, podendo os adultos comprometer,
principalmente, folhas e vagens de plantas hospedeiras (HEINECK-LEONEL;
CORSEUIL, 1997).
Na natureza as interações entre insetos e plantas abrangem além da
hebivoria, a polinização e a disseminação de sementes. Sendo a polinização por
insetos o impulso para a evolução e diversificação das angiospermas. Essa
interação procedeu-se com a atração de insetos das ordens Coleoptera, Diptera
20
Lepidoptera e Hymenoptera nos Períodos Permiano e Jurássico, respectivamente,
sendo estes atraídos por grãos de pólen ou néctar produzidos pelas flores das
angiospermas, os quais serviam de alimento (LIMA, 2000).
Uma associação marcante entre insetos e plantas ocorre pelas formigas, as
quais forrageiam as plantas em busca de alimento, desempenhando um efeito
protetor sobre a planta, bem como dispersando suas sementes ao retornarem ao
ninho, sendo o néctar extrafloral o mecanismo responsável por atraí-las (DÁTTILO et
al., 2009).
Os insetos também atuam como indicadores ambientais, contribuindo para
avaliações de áreas ecologicamente degradadas, por possuir grande diversidade de
espécies e hábitat, além de contribuírem nos processos biológicos dos ecossistemas
naturais (WINK et al., 2005).
Dentre as diversas funções desempenhadas pelos insetos, o processo de
ciclagem de nutrientes, o qual se tem início com a decomposição de plantas e
animais é um deles. Cruz e Vasconcelos (2006) estudando os Artrópodes de solo
associada à decomposição de carcaça de suíno verificaram que 89,06% destes
pertencem a Classe Insecta, destacando as ordens Hymenoptera, Coleoptera e
Diptera. Contudo, insetos de outras ordens também podem contribuir para o
processo, como é o caso das ordens Lepidoptera e Hemiptera, as quais foram
observadas por Ferro (2011) associadas à decomposição de carne bovina.
Com relação aos organismos atuantes na decomposição de material vegetal,
Oliveira (2013) verificou que os insetos são o grupo de organismos mais abundantes
no processo de decomposição foliar em Igarapé impactado e em Igarapé preservado
em
Manaus-MT,
representando
mais
de
99%
e
60%
dos
indivíduos,
respectivamente. Portanto, a confirmação de que os insetos são responsáveis por
grande parte do fornecimento orgânico e mineral ao solo por meio da ciclagem de
nutrientes é verdadeira, contribuindo para que estes estejam disponíveis as plantas
após sua mineralização.
Neste sentido, os benefícios econômicos estimados com relação às
atividades desempenhadas por esses animais aos ecossistemas e agroecossistema
giram em torno de US$ 33 trilhões de dólares por ano (COSTANZA et al., 1997).
Sendo o valor da contribuição anual global de polinizadores estimada em mais de
US $ 54 bilhões de dólares (KENMORE; KRELL, 1998).
21
Em meio às várias espécies de animais polinizadores de plantas em todo
mundo, os insetos são responsáveis pela grande maioria, sendo as abelhas o
principal grupo de insetos responsável por essa atividade, estando presente em
praticamente todas as culturas (FREITAS; PEREIRA, 2004; OLIVEIRA et al., 2012;
BRITO, 2013). Pereira Vieira et al. (2010) em estudo realizado em Viçosa-MG na
determinação do valor econômico anual da polinização por abelhas mamangavas
em plantio de maracujá-amarelo, calcularam o valor econômico da polinização pelas
abelhas em torno de R$ 33.777,85 reais para 2,3 ha de plantio. Avaliando a
polinização por Apis mellifera L. na cultura do meloeiro em Mossoró, RN, Trindade et
al. (2004) concluíram que esta espécie é extremamente importante para essa
cultura, sendo sua presença no processo de polinização indispensável, já que na
ausência, praticamente, não há produção.
Entretanto, insetos de outras ordens também desempenham bons trabalhos
nesse quesito, como é o caso da espécie Elaeidobius kamerunicus (Coleoptera:
Cuculionidae), que segundo Moura et al. (2008) estudando os benefícios da
polinização dessa espécie em dendezeiros no sul da Bahia estimaram o ganho em
reais após a sua introdução em aproximadamente R$ 404.800,00. Os autores ainda
salientam que se a variedade de dendezeiro fosse Tenera esse valor poderia atingir
R$ 1.500.000,00, apenas com o óleo de palmiste.
É de conhecimento os benefícios gerados pelos insetos com a polinização
das plantas, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos agroflorestais,
bem como na dispersão de sementes, contribuindo para variabilidade genética das
plantas e auxiliando na decomposição da matéria orgânica. Mas, é de comum
acordo que muitos destes animais causam imensos prejuízos econômicos aos
produtores pelo mundo a fora, sendo estes considerados pragas de plantações. O
fator principal ao favorecimento e surgimento destes insetos como pragas é o
desequilíbrio provocado pela monocultura, a qual favorece sua ocorrência,
originando a necessidade de se desenvolver técnicas culturais adequadas, para
mitigar os danos causados (OLIVEIRA et al., 2001).
Araujo et al. (2013) e Silva (2013) destacaram que a ocorrência das moscasdas-frutas (Diptera: Tephritidae) em plantios de goiaba reduz significativamente a
sua produção, principalmente na fase larval, as quais perfuram e consomem a polpa
dos frutos, tornando-os indevidos para a ingestão in natura ou industrialização.
22
Garlet et al. (2009), observaram o ataque de Diloboderus abderus
(Coleoptera: Melolonthidae), em mudas de eucalipto híbrido (Eucalyptus grandis x
Eucalyptus urophylla), no município de Manoel Viana, Rio Grande do Sul, onde 30%
das plantas atacadas por estes foram mortas, causando sérios prejuízos. Cantarelli
et al. (2008), quantificando as perdas causadas por ataque de formigas cortadeiras
em plantio de Pinus taeda concluíram que existe redução significativa no
desenvolvimento das plantas durante os primeiros dois anos de idade, afetando o
crescimento em diâmetro e altura, bem como o seu índice de produtividade.
Com relação à cultura da romãzeira, Kozina et al. (2011) expõe as mais
importantes pragas dessa cultura em vários países e apontam espécies das famílias
Aleyrodidae,
Aphididae,
Coccidae,
Coreidae,
Lygaeidae
e
Pentatomidae
(Hemiptera), Thripidae (Thysanoptera), Scarabaeidae, Buprestidae e Bostrichidae
(Coleoptera), Pyralidae, Lycaenidae, Cossidae, Tortricidae, Noctuidae e Riodinidae
(Lepidoptera) e Tephritidae (Diptera), causando danos como, redução da produção e
qualidade dos frutos.
Contudo, Santana et al. (2005) ressaltam que a intensidade dos danos
provocados as culturas são variáveis com relação as espécies de insetos, densidade
populacional, duração de ataque, estágio e desenvolvimento vegetal atacada, e da
susceptibilidade aos fatores ambientais.
3.4 Amostragem de insetos
A análise populacional de insetos por meio de amostragem possui grande
importância em estudos ecológicos, pois é praticamente impossível a contagem do
número total de indivíduos em um dado hábitat (SILVEIRA NETO et al., 1976). Por
isso, torna-se necessário sua estimativa, relacionando-a aos componentes
estatísticos, mecânicos e econômicos, não havendo um método de amostragem
universal, estando cada grupo de insetos sujeito a diferentes métodos de acordo
com os objetivos do trabalho ou inseto a ser coletado (PAZ et al., 2008). Sendo,
portanto, empregada em estudos para determinação de densidades, flutuações e
migrações de populações de insetos (GALLO et al. 2002).
Dependendo do(s) método(s) empregado(s), as coletas podem ser
classificadas em passivas e ativas. Nas coletas passivas, os equipamentos
empregados são as armadilhas, as quais capturam os insetos sem a presença
23
constante do coletor. Por outro lado, nas coletas ativas faz-se necessário a presença
do coletor, podendo este explorar diferentes hábitats, utilizando equipamentos como,
redes e guarda-chuvas entomológicos conforme os objetivos de estudo. Esses dois
métodos podem ser utilizados ao mesmo tempo dependendo da biologia dos
insetos, pois muitos equipamentos são seletivos e coletam em abundância alguns
grupos particulares (RAFAEL et al., 2012).
Na literatura são encontrados diversos tipos de armadilhas utilizadas em
levantamentos de insetos pelo método passivo, sendo estas usadas tanto na coleta
geral de insetos quanto para determinado grupo e/ou ambiente de coleta: Pitfall
(MARQUES; DEL-CLARO, 2010), Malaise (FRANÇA et al., 2014), McPhail
(ARAUJO et al., 2013), Luiz de Queiroz (BRANCO et al., 2010), armadilhas amarelas
Biotrap® (DUARTE et al., 2013), Berlese-Tullgren (ALMEIDA et al., 2013), dentre
outras.
Na coleta ativa o uso da rede entomológica faz-se necessário quando se
pretende coletar o inseto durante o voo (BUZZI, 2010; RAFAEL et al., 2012;
GULLAN; CRANSTON, 2012).
Outro equipamento utilizado é o guarda-chuva, comumente empregado nas
coletas de pequenos insetos, com pouca ou nenhuma habilidade de voo, como por
exemplo, os coleópteros (BUZZI, 2010; COSTA et al., 2011; TRIPLEHORN;
JOHNSON, 2011; RAFAEL et al., 2012;).
3.5 Ordem Coleoptera
Os coleópteras conhecidos popularmente como besouros representam cerca
de 23% de todos os animais catalogados do planeta e 35% de todos os insetos, não
havendo nenhum outro grupo de animais mais diverso em número de espécies do
que esses organismos (BUZZI, 2010). O fator mais importante para o sucesso
desses insetos é o revestimento da estrutura do primeiro par de asas espessado,
rígido e quebradiço (élitros), servindo-os de escudo, sendo mantidos imóveis durante
o voo (RAFAEL et al., 2012). Além desse caractere singular, os coleópteros
possuem uma câmara de ar entre o élitro e o abdome, devido à posição dos
espiráculos abdominais, evitando a perda de água, o que permite a presença de
várias espécies em locais vaiados, inclusive secos (MARINONE, 2001).
24
Estes insetos podem ser encontrados em qualquer parte do planeta e em
quase todos os lugares, alimentando-se de todos os tipos de materiais vegetais e
animais; muitos são fitófagos, predadores, detritívoros e alguns são parasitas,
possuindo hábitats variados (subterrâneos, aquáticos, semiaquáticos, etc.) (LIMA et
al., 2010; TRIPLEHORN; JOHNSON, 2011).
A ordem Coleoptera é dividida em quatro subordens: Archostemata possui
somente
26
espécies
distribuídas
em
duas
famílias,
Cupedidae
(25)
e
Micromalthidae (1); Myxophaga contém 22 espécies distribuídas em quatro famílias,
Sphaeridae, Lepiceridae, Hydroscaphidae e Torridincolidae; Adephaga possui cerca
de 30.200 espécies distribuída em uma superfamília e oito famílias; e Polyphaga
que é a mais diversificada e contém aproximadamente 247.800 espécies (GALLO et
al. 2002; BUZZI, 2010).
Em função do grande número de espécies, a ordem Coleoptera é uma das
mais importantes no setor agroflorestal. O ataque de insetos praga dessa ordem
pode causar danos parciais ou totais nas plantas. Costa et al. (2011) destacaram
algumas das principais famílias de importância econômica: Cerambycidae (serrapau), Platypodidae (besouros-da-ambrósia), Lyctidae, Bostrychidae e Anobiidae
(besouros pulverizadores), Chrysomelidae (besouros desfolhadores) e Curculionidae
(brocas e besouros de folhas).
25
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Caracterização da área de estudo
A pesquisa foi realizada na Fazenda Águas da Tamanduá (6°47'46.95" S e
38° 8'51.78" W), localizada no Perímetro Irrigado Várzeas de Sousa, município de
Sousa, Paraíba, Brasil (Figura 1).
Figura 1 — Mapa da Paraíba e em destaque o município de Sousa.
Fonte — Wikimedia Commons (2015).
A região apresenta relevo plano a suavemente ondulado, com vegetação de
baixo a médio porte, hiperxerófila e caducifólia. O clima é do tipo Aw’ pela
classificação de Köppen (1996), com uma evapotranspiração de 2.937 mm/ano para
uma precipitação média anual de 780 mm (Araújo et al., 2003), concentrando-se nos
meses de janeiro a maio e temperaturas médias anuais atingindo 27ºC.
A Fazenda Águas da Tamanduá com área de 324,5 hectares, apresenta a
integração das várias atividades, entre elas o cultivo da romãzeira, cultivares Mollar
e Wonderful, do arroz castanho e arroz negro, da goiaba, cultivar Paluma, e, bem
como a criação de ovinos das raças Santa Inês e Dorper para produção de carne.
Não são utilizados na propriedade fertilizantes químicos sintéticos, herbicidas ou
fungicidas e todos os produtos da Fazenda atendem às Normas de Produção
DEMETER, selo para agricultura biodinâmica.
26
A cultura estuda pertence à variedade Molar, a área de plantio ocupada é de
aproximadamente 40 hectares, com espaçamento de 4m x 3,5m entre plantas. O
pomar é irrigado por microaspersão (Figura 2). Não houve aplicação de nenhum tipo
de tratamento inseticida, fungicida ou herbicida, uma vez que se tratava de uma
cultura orgânica. Nas proximidades do plantio da romã há o cultivo do sorgo
forrageiro, goiaba e arroz, assim como, a vegetação nativa pertencente à reserva
legal.
Figura 2 — Vista parcial do plantio de Romã, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa,
Paraíba.
Fonte — Santos (2015).
4.2 Coleta, triagem e identificação dos insetos
Os insetos foram coletados mensalmente de agosto de 2012 a janeiro de
2013, estação seca da região, mediante observações diretas em 12 plantas da
cultura estudada a cada horário de coleta, as quais foram escolhidas aleatoriamente
e apresentavam flores e frutos obrigatoriamente. As coletas foram subdivididas em
três horários de acordo com a seguinte sequência: tarde (14h:30min. às 16h:00min),
noite (22h:30min. às 24h:00min) e manhã (6h:30min. às 8h:00min.) para se ter maior
homogeneidade da diversidade diária.
Para a captura dos insetos foram utilizados dois equipamentos: rede e
guarda-chuva entomológico (Figura 3), sendo utilizadas seis plantas para cada
27
equipamento. Para a coleta com a rede, com aro de 40 cm de diâmetro e haste
confeccionada de cabo de madeira (Figura 3/A), dava-se um giro de 360º na planta.
O guarda-chuva, constituído por duas varas de madeira em forma de X e pano de
algodão com dimensões de 1 m², posicionava-se o mesmo na base da copa da
planta e balançavam-se seus ramos de modo que os insetos caíssem no pano
(Figura 3/B), esse procedimento era realizado em quatro pontos da planta (norte,
sul, leste e oeste). As plantas foram devidamente marcadas com uma placa de
madeira fixada ao chão, contendo o número da planta e o nome do equipamento
utilizado, de modo que ao inicio de cada seção de coleta (horário) fosse possível à
captura dos insetos na mesma planta.
Figura 3 — Coleta de insetos na cultura da romãzeira, Fazenda Águas da
Tamanduá, Sousa-PB. (A) Rede entomológica. (B) Guarda-chuva Entomológico.
Fonte — Santos (2015).
Para avaliar a eficiência dos referidos equipamentos em relação à
quantidade de insetos capturados das ordens mais representativas no levantamento,
foi aplicado à análise de variância (ANOVA) e em seguida o teste de Tukey (p <
0,05), onde o delineamento experimental utilizado foi o casual simples com seis
repetições cada, utilizando o programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2011).
Os insetos capturados foram sacrificados em tubos mortíferos com cianeto
de potássio e conservados em álcool a 70%, sendo estes conduzidos para o
laboratório de Entomologia Florestal, da Universidade Federal de Campina Grande
no Campus de Patos, PB, onde foram triados, montados e etiquetados. Para a
28
montagem
desses
indivíduos
foram
utilizados,
pinças,
pinceis,
alfinetes
entomológicos, microscópios estereoscópicos, placas de Petri, papel cartão e cola
branca.
Após a montagem, os insetos foram separados em nível de ordem, dando
maior ênfase para a ordem Coleoptera, a qual tiveram seus indivíduos separados
por morfoespécies, catalogados e identificados em nível de família, com a utilização
de chaves entomológicas de literaturas especializadas (CONSTANTINO et al., 2002;
BUZZI, 2010; TRIPLEHORN; JOHNSON, 2011; RAFAEL et al., 2012).
4.3 Análise Faunística
Na análise faunística, foram considerados os índices: dominância,
abundância, frequência, constância, equabilidade (J) de Pielou e diversidade
Shannon-Weaver (H’) empregando-se o software Palaeontological Statistics (Past)
(HAMMER et al., 2001).
A dominância das ordens e das espécies de Coleoptera foi definida de
acordo com as categorias estabelecidas por Friebe (1983), a partir da abundância
relativa de cada espécie, sendo eudominante > 10%, dominante > 5-10%,
subdominante > 2-5%, recessiva = 1-2% e rara < 1%, calculada pela fórmula:
Onde, (i) é o total de indivíduos de uma espécie;
(t) o total de indivíduos coletados.
A frequência das ordens e das espécies de Coleoptera foi determinada por
meio da porcentagem dos indivíduos de uma dada ordem/espécie em relação ao
total de indivíduos coletados.
A constância das ordens e das espécies de Coleoptera, que demonstra a
relação entre a proporção dos dias em que a espécie (i) foi coletada e o número total
de dias amostrados, foi categorizada conforme Silveira Neto et al. (1976), sendo
constante, as espécies presentes em mais de 50% das coletas; acessória, entre 25
e 50%; e acidental, em menos de 25% das coletas.
A diversidade das espécies de Coleoptera foi estimada utilizando-se os
índices de Shannon-Weaver (H’), de Simpson_1-D (S’) e da Equabilidade de Pielou
(J) (Quadro 1).
29
Quadro 2 — Índice de dominância de Simpson (S'), de diversidade de Shannon (H')
e de equabilidade de Pielou (J).
Índice
Designação
Dominância
Simpson (S’)
Diversidade
Shannon (H’)
Equabilidade
Equabilidade de Pielou (J)
Fórmula
Em que: S = número total de espécies amostradas; N = número total de indivíduos
amostrados; ni = número de indivíduos amostrados para a i-ésima espécie;. Ln = logaritmo
nepiteriano.
Com base nas condições climáticas da região foi realizada a correlação do
número de insetos com as variáveis climáticas, temperatura e umidade relativa do ar
e precipitação, coletadas na estação meteorológica existente na própria Fazenda
para verificar a influência destas com a quantidade de insetos coletados durante o
período de estudo.
A influência dos parâmetros climáticos na flutuação populacional dos insetos
foi analisada pela Correlação de Pearson (r), sendo considerados significativos
valores de p < 0,05 ao teste de t.
30
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Análise da entomofauna
Foram coletados 3.681 insetos distribuídos em 13 ordens (Tabela 1) com
maior abundância no mês de agosto (19,9%) e menor no mês de janeiro (4,9%).
Entretanto, notou-se um grande número de insetos coletados durante o período
estudado, que corresponde à estação seca da região. A quantidade de insetos
coletados apresentou pequenas diminuições populacionais ao longo do estudo,
havendo maior redução nos meses de dezembro e janeiro (Figura 4).
Figura 4 — Pluviosidade, temperatura e umidade relativa médias e número de
insetos capturados associados à cultura da romãzeira, Fazenda Águas da
Tamanduá, Sousa, Paraíba.
Fonte — Santos (2015).
Ao correlacionar as variáveis climáticas, temperatura média e umidade
relativa do ar média e precipitação acumulada com o número de insetos capturados
nos meses de coleta, verificou-se uma correlação negativa (temperatura r = -0,7185;
umidade relativa r = - 0,8035; precipitação r = - 0,6597), porém em nenhum dos
casos houve diferença significativa (p<0,05). A diminuição populacional observada
nos dois últimos meses de estudo, também pode estar associada a outros fatores,
como, alimento, uma vez que, após as primeiras chuvas ocorridas nos meses de
dezembro (1 mm) e janeiro (45,6 mm) a vegetação de caatinga ao redor do plantio
31
começou a regenerar-se. Com isso, houve maior diversidade de locais com alimento,
o que pode ter contribuído para haver a dispersão dos insetos a estes locas (Figura
4). Vasconcellos et al. (2010) expuseram que, o aumento da biomassa vegetal
durante a estação chuvosa representa um aumento de recursos para muitos insetos
Diptera,
Orthoptera,
Homoptera,
Lepidoptera,
Hymenoptera
e
Coleoptera.
Entretanto, a diminuição ao longo do período estudado registrada também é
observada fortemente na estação seca em vegetação de caatinga na região
(VASCONCELLOS et al., 2010).
De acordo com a quantidade de insetos coletados, as ordens mais
abundantes foram: Coleoptera, Hymenoptera, Diptera e Hemiptera, representando
95,1% dos insetos capturados durante o período de coleta (Tabela 1).
Tabela 1 — Análise faunística da entomofauna associada à cultura da romãzeira,
Fazenda Águas da Tamanduá, no período de Agosto de 2012 a Janeiro de 2013,
Sousa, PB.
Táxons
Nº de indivíduos
Frequência
Dominância
Constância
Coleoptera
2115
57,5
Ed
C
Hymenoptera
639
17,4
Ed
C
Diptera
450
12,2
Ed
C
Hemiptera
295
8,0
D
C
Blattodea
72
2,0
Rc
C
Collembola
24
0,7
Rr
As
Orthoptera
23
0,6
Rr
C
Lepidoptera
16
0,4
Rr
C
Mantodea
16
0,4
Rr
C
Neuroptera
14
0,4
Rr
C
Thysanoptera
13
0,4
Rr
C
Ephemeroptera
3
0,1
Rr
Ac
Odonata
1
0,03
Rr
Ac
Total
3.681
100,0
S’
0,62
H’
1,32
J’
0,51
* Constância: C: Constante; As: Acessória; Ac: Acidental.
** Dominância: Ed: Eudominante; D: Dominante; Sd: Subdominante; Rc: Recessiva; Rr:
Rara
Fonte — Santos (2015).
Essas ordens estão entre as principais em importância ambiental e
econômica, sendo encontradas em levantamentos de insetos em diversas culturas,
seja agrícolas, frutíferas ou mesmo florestais, como: Milho (RAMOS; SILVA, 2012),
Cana-de-açúcar (BRANCO et al., 2010), Manga (FEITOSA et al., 2008), Goiaba
32
(BAPTISTA, 2010; CALORE, 2011), Eucalipto (PAZ et al., 2012) e Teca (PAES et
al., 2014).
Esses resultados assemelham-se aos de Almeida et al. (2012), os quais
constataram estas ordens como sendo as mais numerosas em plantios de algodão
agroecológico e de Mata nos municípios de Prata e Remígio na Paraíba. Da mesma
forma Spassin et al. (2013) avaliando dois tipos de armadilhas (Carvalho – 47
adaptada e bandeja amarela) em plantio de Eucalyptus benthamii em Irati-PR,
verificaram a presença de insetos destas ordens como sendo as mais abundantes,
com sequência de Coleoptera, Diptera, Hemiptera, Hymenoptera e Lepidoptera.
Porém, as ordens e a abundância de cada táxon estão ligadas ao tipo de
equipamento utilizado na amostragem.
O predomínio dessas ordens na cultura da romãzeira, pode ser explicado
pelos tipos de equipamentos utilizados na coleta e pela grande quantidade de
espécies que as compõem, sendo tidas como megadiversas. Estes insetos atuam de
maneira significativa em inúmeras interações ecológicas fundamentais ao equilíbrio
do ecossistema, como por exemplo, regulação da abundância de organismos
indesejáveis aos seres humanos e animais, polinização e ciclagem de nutrientes,
além de algumas espécies se apresentarem como pragas de várias frutíferas, assim
como de culturas agrícolas e florestais (LARA, 1992; GALLO et al., 2002; COSTA et
al., 2011; GULLAN e CRANSTON, 2012), o que torna fundamental o conhecimento
dessa diversidade e flutuação populacional no agroecossistema da romãzeira para
melhor manejá-lo visando a sustentabilidade do cultivo orgânico no semiárido do
estado do Paraíba.
Referente à dominância das ordens amostradas, observou-se que Coleoptera,
Hymenoptera e Diptera foram consideradas eudominantes, sendo que esses três
táxons totalizaram 87% dos indivíduos coletados; Hemiptera foi dominante e
Blattodea foi recessiva; as demais ordens foram consideradas raras, representando
61,5% do total de ordens coletado (Tabela 1). Oliveira et al., (2013) observaram
resultados parecido quanto a dominância e diversidade das ordens ao analisarem a
diversidade da entomofauna em vegetação de caatinga em Bom Jesus-PI, sendo
três ordens eudominantes (Diptera, Hymenoptera e Trichoptera), duas dominantes
(Coleoptera e Lepidoptera) e mais de 50% de ordens raras.
Em termos de constância, dos 13 táxons amostrados, 10 deles foram
categorizados como constantes sendo coletados em mais da metade do número
33
total de coletas, o que representou 99,2% da entomofauna coletada. A ordem
Collembola foi considerada acessória e as ordens Ephemeroptera e Odonata foram
acidentais (Tabela 1).
Com base nos dados acima, infere-se que as três ordens mais abundantes
na cultura da romãzeira (Coleoptera, Hymenoptera e Diptera) foram as mais
importantes em termos de constância, estando presentes durante todo o período de
estudo. Também, esses táxons apresentaram maior dominância em relação aos
demais, demonstrando o alto grau de adaptação ao ambiente fornecido pelo pomar
de romã.
A flutuação populacional dos táxons mais abundantes pode ser observada
na Figura 5. A ordem Coleoptera se destacou pelo grande número de indivíduos
coletados, sendo registrada a maior abundância e pico populacional no mês de
agosto 2012, apresentado diminuição populacional nos meses seguintes. Contudo, a
população de coleópteros permaneceu bem superior às demais ordens, exceto no
mês de janeiro de 2013, no qual a ordem Diptera a superou. A ordem Hymenoptera,
segunda mais abundante, apresentou pico populacional em outubro e a ordem
Diptera apresentou dois picos populacionais, novembro e janeiro. Do mesmo modo a
ordem Hemiptera apresentou picos populacionais nos meses de outubro e
dezembro.
Figura 5 — Flutuação populacional dos insetos das ordens mais abundantes
coletados associados à cultura da romãzeira, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa,
Paraíba.
Fonte — Santos (2015).
34
Quanto ao número de insetos coletados por ordem e por equipamento,
observa-se na Tabela 2 que o guarda-chuva capturou o maior número de indivíduos
quando comparado à rede entomológica 61,75% e 38,25%, respectivamente. As
maiores capturas realizadas pelo guarda-chuva foram os insetos das ordens
Coleoptera e Hymenoptera, representando 84,2% dos indivíduos coletados por este
equipamento. Percebe-se também que dentre os insetos capturados pela rede
entomológica a ordem Coleoptera seguida da ordem Diptera foram às mais
abundantes, representando 75,1% dos indivíduos coletados.
Tabela 2 — Número e percentual de insetos coletados associados à cultura da
Romãzeira por ordem e equipamento de captura no período de Agosto de 2012 a
Janeiro de 2013, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa-PB.
Ordens
Coleoptera
Hymenoptera
Diptera
Hemiptera
Blattodea
Collembola
Orthoptera
Lepidoptera
Mantodea
Neuroptera
Thysanoptera
Ephemeroptera
Odonata
Total
Guarda-Chuva
Nº de insetos
%
1.450
63,8
463
20,4
58
2,6
179
7,9
54
2,4
18
0,8
12
0,5
10
0,4
15
0,7
6
0,3
6
0,3
2
0,1
0
0,0
2.273
100
Rede
Nº de insetos
665
176
392
116
18
6
11
6
1
8
7
1
1
1.408
%
47,2
12,5
27,8
8,2
1,3
0,4
0,8
0,4
0,1
0,6
0,5
0,1
0,1
100
Fonte — Santos (2015).
Para melhor avaliar a eficiência dos equipamentos com relação às quatro
principais ordens de insetos no levantamento, foi aplicada a análise de variância
seguida do teste de Tukey a 5% de probabilidade, sendo constatado que o Guardachuva (G) prevaleceu significativamente a relação à Rede entomológica (R) durante
todo o período de coleta para Coleoptera e Hymenoptera. Do contrário, para ordem
Diptera a rede prevaleceu ao guarda-chuva na captura dos insetos. Quanto à ordem
Hemiptera não houve diferença significativa entre os equipamentos na captura da
sua entomofauna (Tabela 3).
35
Tabela 3 — Número de insetos capturados pela rede (R) e pelo guarda-chuva (G)
para as ordens mais representativas no levantamento associados à cultura da
romãzeira, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa-PB.
Ordem/equipamento
Mês
Coleoptera
Hymenoptera
Diptera
Hemiptera
R
G
R
G
R
G
R
G
Ago.
222
342
22
64
17
6
8
32
Set.
121
376
20
81
22
6
8
33
Out.
117
295
29
123
19
1
26
45
Nov.
83
230
35
104
144
19
8
10
Dez.
64
147
25
53
62
15
44
24
Jan.
58
60
45
38
128
11
22
35
Total 665 b
1450 a
176 b
463 a
392 a 58 b
116 ns
179 ns
* As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si.
** As letras comparam as médias das colunas para cada táxon.
Fonte — Santos (2015).
Em diversos trabalhos de levantamentos de insetos encontrados na
literatura, pelo menos um dos dois equipamentos utilizados nesse estudo foi
empregado, estando estes entre os mais utilizados no método de coleta ativa
(SCHMIDT; BARCELLOS 2007; LUTINSKI et al., 2011; MILLÉO et al., 2013;
FRANÇA et al., 2014).
Quanto ao número de insetos capturados com relação ao horário de coleta, a
maior quantidade foi período da noite com 1.423 insetos, sendo os meses de
setembro e novembro responsáveis pelo maior número de capturas. No período da
tarde houve 103 insetos a menos que o horário da noite, tendo as maiores capturas
nos meses de agosto e outubro. Já o período com menor captura foi o da manhã
com 938 insetos, com apenas o mês de outubro responsável pela maior quantidade
de insetos capturados (Figura 6).
36
Figura 6 — Quantidade de insetos capturados por horário de coleta no período de
estudo, Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa-PB.
Fonte — Santos (2015)
Entretanto, há uma grande variação no número de insetos por ordem com
relação ao horário de coleta, visto que os fatores abióticos podem interferir no ritmo
das atividades diárias desses animas. Santos e Sofia (2002), estudando o horário de
atividade de Euglossinae (Hymenoptera, Apidae) em floresta semidecídua no
Paraná relataram que após as 14h há diminuição no ritmo da atividade desses
insetos, podendo estar relacionada ao aumento da temperatura ou mesmo da
diminuição da umidade relativa do ar. Mussury et al. (2003) e Gonçalves et al.,
(2008) constataram que há relação das atividades diárias dos insetos com os fatores
ambientais, temperatura e da umidade relativa do ar, interferindo, principalmente, na
busca por alimento.
5.2 Análise da comunidade de Coleoptera
Foram coletados 2.115 indivíduos pertencentes a 15 famílias e 65 espécies,
todos pertencentes à subordem Polyphaga. As famílias mais abundantes foram
Curculionidae (38,72%), Anthicidae (29,93%), Coccinellidae (13%) e Chrysomelidae
(10,17%), compreendendo 91,82% dos coleópteros coletados (Tabela 4). Esse
grande número de indivíduos distribuídos em apenas quatro famílias pode estar
associada ao hábitat, estando à riqueza de espécies e famílias relacionada com a
diversidade ambiental.
37
Tabela 4 — Número de insetos capturados por família de coleóptera associadas à
cultura da romãzeira, índices de diversidade (H’), equabilidade (J), frequência (F),
dominância (D), e constância (C).
Nº de
Nº de
F (%)
D
C
morfoespécies
indivíduos
Curculionidae
4
819
38,72
Ed
C
Anthicidae
2
633
29,93
Ed
C
Coccinellidae
8
269
12,72
Ed
C
Chrysomelidae
34
215
10,17
Ed
C
Lathridiidae
2
80
3,78
Sd
C
Anobiidae
3
25
1,18
Rc
C
Nitidulidae
2
25
1,18
Rc
C
Dermestidae
1
23
1,09
Rc
C
Elateridae
2
11
0,52
Rr
C
Aderidae
1
4
0,19
Rr
As
Phalacridae
2
6
0,28
Rr
As
Lampyridae
1
2
0,09
Rr
Ac
Mordellidae
1
1
0,05
Rr
Ac
Staphilinidae
1
1
0,05
Rr
Ac
Buprestidae
1
1
0,05
Rr
Ac
Total
65
2.115
100
S'
0,85
H'
2,46
J’
0,59
* Constância: C: Constante; As: Acessória; Ac: Acidental.
** Dominância: Ed: Eudominante; D: Dominante; Sd: Subdominante; Rc: Recessiva; Rr:
Rara.
Famílias
Fonte — Santos (2015).
Utilizando armadilhas luminosas Paes et al. (2014) verificaram maiores
abundância das famílias Scarabaeidae, Bostrichidae e Cerambycidae associadas a
plantio de Teca em duas localidades, Alegre e Cachoeiro de Itapemirim, Sul do
Espirito Santo. Lima et al. (2010) estudando a riqueza de famílias e hábitos
alimentares de coleópteras em quatro áreas, três monoculturas (coqueiro anão
verde, coqueiro híbrido gigante, cajueiro anão precoce) e um fragmento de Mata
Atlântica, registraram Elateridae, Chrysomelidae, Coccinellidae, Mordelidae e
Curculionidae como as mais abundantes dentre 30 famílias encontradas no
levantamento.
Esses resultados evidenciam a grande diversidade de famílias, bem como a
variação das mesmas de uma cultura para outra, mostrando cada vez mais a
necessidade de se conhecer os diferentes métodos de coleta, bem como as
interações existentes, benéficos ou não, entre insetos e plantas.
38
Curculionidae, a família mais abundante nesse estudo, está entre as
principais famílias de importância econômica, causando grandes danos em culturas
agrícolas e florestais. Possuem hábitos alimentares diversificados entre adultos e
larvas, alimentando-se de raízes, folhas e estruturas reprodutivas (RAFAEL et al.,
2012). Grigolli et al. (2013), relataram a presença de Anthonomus grandis
(Curculionidae) causando danos em quatro cultivares de algodoeiro (NuOPAL,
DeltaOPAL, FMT-701, FMX-910 e FMX-993) durante a fase de reprodução, floração
e frutificação, ao se alimentarem e ovipositarem nos botões florais das plantas. Lima
et al. (2009) expõem que os adultos do Chalcodermus bimaculatus Fiedler
(Coleoptera: Curculionidae), fazem perfurações nas vagens do feijão-caupi para se
alimentar e ovipositarem, provocando danos e reduzindo a produção ao consumirem
os grãos. No entanto, Moura et al. (2008) mostram que besouros da espécie
Elaeidobius kamerunicus da mesma família trazem grandes benefícios econômicos
aos produtores de dendezeiro no sul da Bahia ao realizarem a polinização das
flores.
Quanto aos insetos da família Anthicidae, a maioria é onívora, alguns são
predadores de pequenos insetos, mas também podem alimentar-se de pólen,
exsudados de plantas ou hifas e esporos de fungos (RAFAEL et al., 2012).
Com relação aos insetos da família Coccinellidae, estes, atuam em sua
maioria como predadores, apresentando grande diversidade ambiental em busca de
suas presas, mostrando serem bastante hábeis no controle biológico de pragas
(ZAWADNEAK et al., 2008; AKHAVAN et al., 2013), atacando especialmente,
insetos fitófagos como, pulgões, cochonilhas, ovos e larvas de lepidópteros e outros
animais como, ácaros e falsos ácaros (AZEVEDO et al., 2000; FIORENTIN; PINNO;
AVILA, 2013; GUEDES, 2013). Os insetos desta família podem ser encontrados
predando em diversas culturas como, goiaba (DUARTE et al., 2012), manga
(OLIVEIRA et al., 2013), algodão (COSTA et al., 2010), citros (GUERREIRO et al.,
2005; SILVA et al., 2005; RODRIGUES et al., 2008;) e Nectarina (ZAWADNEAK et
al., 2008).
Uma das maiores e mais diversas famílias de besouros, Chrysomelidae
possui cerca de 35.000 espécies descritas (PIMENTA, 2011), possui hábito polífago,
alimentando-se, quando adulto, de folhas, brotações, vagens ou frutos das plantas
(LAUMANN et al., 2004), enquanto que em seu estágio larval alimenta-se,
preferencialmente, de raízes (AVILA; PARRA, 2002). Oliveira e Costa (2009)
39
verificaram a espécie Stator limbatus (Horn, 1873) atacando sementes de acácianegra, consumindo mais de 60% do peso das sementes, perdendo seu potencial
germinativo. Andrade et al. (2013) analisando frutos e sementes de Licuri em
Caetés, Pernambuco, verificaram a presença da larva de Pachymerus nucleorum
(Fabricius) (Coleoptera: Chrysomélidae) causando danos aos mesmos.
Outro crisomelídeo causador de grandes danos econômicos, principalmente
em plantios de soja, é o Cerotoma arcuata (Coleoptera: Chrysomelidae), se
alimentar das folhas, flores e vargens das plantas hospedeira (HEINECK-LEONEL;
CORSEUIL, 1997). Lenzi, Orth e Guerra (2005) relataram a presença da espécie
Diabrotica speciosa (Chrysomelidae) e outros crisomelídeos visitando as flores de
melão-de-são-caetano, contribuindo para a polinização.
Referente
à
dominância
das
famílias
amostradas,
observou-se
que
Curculionidae, Anthicidae, Coccinellidae e Chrysomelidae foram consideradas
eudominantes, representando 91,8% dos indivíduos coletados; Lathridiidae foi
subdominante; Anobiidae, Nitidulidae e Dermestidae recessiva; e as demais famílias
foram consideradas raras. Em termos de constância, das 15 famílias amostradas, 9
delas foram categorizadas como constantes, coletadas em mais da metade das
coletas, o que representou 99,3% da entomofauna coletada. Aderidae e Phalacridae
foram consideradas acessórias, e as demais famílias foram acidentais (Tabela 4).
Quanto à diversidade das espécies estimada pelo índice de Shannon (H’)
para a área de estudo, o valor foi de 2,46, e o índice de dominância de Simpson (C)
e a equabilidade de Pielou (J) foram 0,85 e 0,59, respectivamente (Tabela 4).
Esses índices refletem a intensa dominância de Curculionidae (38,72%) e
Anthicidae (29,93%) que somadas totalizam 68,65% dos indivíduos coletados,
indicando maior grau de certeza de se coletar aleatoriamente dois indivíduos de uma
dessas famílias, podendo esta superioridade estar relacionada aos fatores tróficos
do ambiente favorecendo-as em relação às demais. Almeida et al. (2012) realizando
levantamento da entomofauna associada a plantios de algodão agroecológico no
município de Remígio-PB, verificaram uma diversidade de 2,6, estando esse valor
próximo ao encontrado neste estudo.
Com relação à riqueza de morfoespécies por família, Chrysomelidae foi a
mais diversa com, 34, seguida por Coccinellidae e Curculionidae oito e quatro,
respectivamente (Tabela 4). Pinheiro et al. (1998), utilizando rede de varredura,
verificaram as famílias Chrysomelidae e Curculionidae apresentando maiores
40
riquezas de espécies em vegetação de cerrado. Ganho e Marinoni (2005), utilizando
armadilha do tipo malaise observaram as famílias Curculionidae e Chrysomelidae
como sendo as mais ricas em número de espécies no Parque Estadual de Vila
Velha, Ponta Grossa, Paraná.
Com relação à abundância das espécies coletadas, as cinco mais
representativas (Figura 7) foram responsáveis por 71,7% do total de indivíduos,
pertencentes às famílias Curculionidae (3 spp.), Anthicidae (1 spp.) e Coccinellidae
(1 spp.). Branco et al. (2010) também observaram comportamento semelhante com
poucas espécies sendo responsáveis por um elevado percentual de indivíduos em
levantamento de insetos associados à cultura de cana-de-açúcar no Piauí.
Figura 7 — Morfoespécies de Coleoptera mais abundantes coletadas associadas à
cultura da romãzeira, de agosto a 2012 a janeiro de 2013, na fazenda Águas da
Tamanduá, Sousa, PB. (A, a) Curculionidae sp.1, (B, b) Anthicidae sp.1, (C,c)
Coccinellidae sp.1, (D,d) Curculionidae sp.2 e (E,e) Curculionidae sp.3. Vista dorsal
– letras maiúsculas e Lateral – letras minúsculas.
Fonte — Santos (2015).
41
Quanto à dominância das 65 morfoespécies coletadas, duas foram
eudominante, duas dominantes, cinco recessivas e 51 foram raras; 25 foram
constantes, oito acessória e 35 acidentais (Figuras 8 e 9). Lopes et al. (2007) em
estudos com insetos antófilos em reflorestamento com eucalipto no Rio Grande do
Sul não registraram nenhuma espécie categorizada como eudominante ou
dominante e parecido a esse estudo também amostraram um grande número de
espécies raras. Guedes (2010) estudando visitantes florais em vegetação de
caatinga verificou comportamento parecido quanto ao aparecimento de espécies
raras, estando estas na maioria das vezes representadas por apenas um indivíduo.
Da mesma forma, estes grandes números de espécies raras foram observadas
Oliveira et al. (2013) estudando a diversidade da entomofauna em área de Caatinga
no município de Bom Jesus-PI.
Figura 8 — Percentual de morfoespécies de Coleoptera por categorias de
dominância associadas à cultura da romãzeira no período de agosto de 2012 a
janeiro de 2013, Fazenda Águas da Tamanduá Sousa, Paraíba.
Fonte — Santos (2015).
42
Figura 9 — Percentual de morfoespécies Coleoptera por categorias de constância
associados à cultura da romãzeira no período de agosto de 2012 a janeiro de 2013,
Fazenda Águas da Tamanduá, Sousa, Paraíba.
Fonte — Santos (2015).
A flutuação populacional dos táxons mais abundantes pode ser observada na
Figura 10. A família Curculionidae se destacou pelo grande número de indivíduos
coletados 38,72%, sendo registrada a maior abundância e pico populacional nos
meses de setembro e outubro de 2012, apresentado diminuição na densidade
populacional nos meses seguintes. A família Anthicidae representando 29,93%, teve
o seu maior pico populacional nos meses de agosto e novembro. Coccinellidae
obteve picos populacionais em agosto e outubro, todas no ano de 2012. Diferente, a
família Chrysomelidae teve picos populacionais em agosto de 2012 e janeiro de
2013.
43
Figura 10 — Flutuação populacional das famílias de coleópteras mais abundantes
capturados associados à cultura da romãzeira, Fazenda Águas da Tamanduá,
Sousa, Paraíba.
Fonte — Santos (2015).
Com relação ao número de insetos coletados por equipamento das famílias
mais representativas, pode-se observar na Figura 11 que o Guarda-chuva
prevaleceu em relação à Rede entomológica durante todo o período de estudo para
todas as famílias, principalmente Curculionidae e Anthicidae que tiveram a maioria
dos indivíduos capturados com o guarda-chuva, 73,6% e 69,8% respectivamente. A
presença desses indivíduos pode estar relacionada ao hábito de se alimentarem de
partes da planta (galhos, folhas e flores) e por apresentarem pouca mobilidade de
voo, ficando susceptíveis de serem capturados pelo guarda-chuva quando há
agitação de alguma parte da planta no ato da captura.
44
Figura 11 — Quantidade de insetos capturados por equipamento por família de
coleópteras associados à cultura da romãzeira, Fazenda Águas da Tamanduá,
Sousa, Paraíba.
Fonte — Santos (2015).
Por se tratar de um cultivo de produção orgânica, recomenda-se o
monitoramento das populações de insetos, a fim de diagnosticar e solucionar com
rapidez o aumento de populações de insetos com potencial de danos que possam
surgir e limitar a produção de frutas. Além disso, a manutenção e até o incremento
de fragmentos de vegetação nativa no entorno do plantio que vão auxiliar na
manutenção de inimigos naturais ao longo do ano que serão vitais no equilíbrio das
populações de insetos presentes no pomar.
Estudos dessa natureza são de significativa relevância, visto que na medida
em que ocorre aumento da área cultivada, há desequilíbrios ambientais no
agroecossistema, culminando no surgimento e na adaptação de novas pragas. A
geração do conhecimento das espécies, do seu potencial de dano e de suas
interações
no
agroecossistema
poderá
assim,
futuramente,
contribuir
no
desenvolvimento de um programa de manejo integrado aplicável à cultura da
romãzeira.
45
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foram amostradas 13 ordens de insetos associados à cultura da romãzeira
no semiárido da Paraíba, sendo as mais abundantes: Coleoptera, Hymenoptera,
Diptera e Hemiptera;
Houve variação populacional do número de indivíduos por ordens de insetos
durante o período de estudo;
O guarda-chuva entomológico foi mais eficiente na captura da entomofauna
com relação à rede entomológica para as ordens Coleoptera e Hymenoptera, sendo
a rede entomológica mais eficiente para a ordem Diptera;
As famílias da ordem Coleoptera mais abundantes foram: Curculionidae,
Anthicidae, Coccinellidae e Chrysomelidae.
A família Chrysomelidae foi a mais rica em número de morfoespécies
coletadas associadas á cultura da romãzeira.
46
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