Problemas Notacionais da Língua - Engenharia NM

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Problemas Notacionais
da Língua
Problemas Notacionais da Língua - Aula 07
Problemas Notacionais da Língua
Neste encontro, analisaremos algumas particularidades que nossa língua
apresenta e, muitas vezes, devem ter deixado você com dúvidas. É muito comum
encontrarmos pessoas com dúvidas a respeito de determinados termos. Então,
vamos estudar o emprego correto deles?
É muito provável que você já tenha estudado muitos deles nas aulas do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, mas nunca é demais revisar seu uso e
diagnosticar se você comete erros ou está com segurança ao utilizá-los. Leia este
texto refletindo sobre o que você sabe e o que ficou esquecido pela sua memória.
A ou há?
Você deve usar “há” quando fizer referência a tempo passado. Usará “a” quando a
referência for a um tempo futuro. Veja:
Há dias que não saio de casa.
Daqui a pouco vamos nos reunir na UNINASSAU para estudar.
Afim ou A fim?
Você deve ficar muito atento a essas peculiaridades. “A fim de” é uma locução
prepositiva, ou seja, indica uma finalidade. Por exemplo:
Vim a fim de vê-lo antes da viagem.
“Afim”, por sua vez, é um adjetivo, que indica “semelhante”. Leia:
O professor e o aluno tinham gênios afins.
01
Comunicação e Expressão | EAD
Problemas Notacionais da Língua - Aula 07
A par ou ao par?
Uma pessoa que está “a par” de algo pode ser considerada alguém bem informada,
ciente de algo.
Fiquei a par da decisão do júri.
“Ao par” tem o significado de equivalência cambial, ou seja, O dólar e o euro estão
ao par. Significa que têm mesmo valor.
A princípio ou em princípio?
A expressão “a princípio” significa “no começo”, “inicialmente”. Exemplo:
A princípio, o casal foi muito feliz.
“Em princípio”, por sua vez, tem o significado de “em tese”. Assim:
Em princípio, o preço não foi adulterado.
A cerca de, acerca de ou há cerca de?
“Acerca de” é uma locução prepositiva, correspondente a “a respeito de”, “sobre”.
O diretor falou-me acerca de seu pedido.
“A cerca de” significa distância. Exemplo:
Caruaru fica a cerca de uma hora da capital pernambucana.
02
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Problemas Notacionais da Língua - Aula 07
“Há cerca de” significa que faz ou existe(m) aproximadamente. Veja a diferença:
Moro em Recife há cerca de um ano.
Ao invés de ou em vez de?
“Ao invés de” é semelhante a “ao contrário de”.
Ao invés de subir, o carro desceu a rampa.
“Em vez de”, por sua vez, significa “no lugar de”. Veja:
Em vez de refrigerante, prefiro suco de fruta.
Aonde ou onde?
“Aonde” só deve ser utilizado com os verbos que dão a ideia de movimento.
Exemplo:
Aonde ele vai assim tão tarde? Aonde você passeou com o bebê?
Verbos que não expressam ideia de movimento usam “onde”. Exemplo:
Onde você está? Onde ficou até essa hora?
03
Comunicação e Expressão | EAD
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Ao encontro de ou de encontro a?
“Ao encontro de” significa favorável a, para junto de. Exemplo:
Essa resolução vem ao encontro do desejo da turma.
“De encontro a”, por sua vez, quer dizer contra. Exemplo:
Uma moto foi de encontro à outra.
Bem-vindo ou Benvindo?
“Bem-vindo” é um adjetivo composto.
“Benvindo”, por sua vez, é um nome próprio masculino. Exemplos:
Bem-vindo
Benvindo
Seja bem-vindo à nossa aula.
Conheci José Benvindo na Faculdade Maurício de Nassau.
Demais ou De mais?
“Demais” é utilizado para indicar intensidade, como “muito”.
Esse aluno é estudioso demais!
“Demais” também pode ser pronome, sendo sinônimo de “os outros”. Veja:
O bom amigo está sempre perto enquanto os demais somem
nas atribulações.
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“De mais”, separado assim, é o contrário da expressão “de menos”.
Precisamos de mais pessoas gentis como você.
Entre eu e tu ou entre ti e mim?
O correto é dizer: Entre mim e ti, está tudo acertado.
As outras preposições essenciais também só aceitam as formas mim e ti.
Exemplos: de mim, de ti, para mim, para ti, por mim, por ti, em mim, em ti, etc.
A diabetes ou o diabetes?
Aceitam-se os dois gêneros, entretanto o masculino é o mais indicado, o diabetes.
Disenteria
Não existem as formas “desenteria” e “desinteria”. O correto é disenteria.
Enfarte, enfarto ou infarto?
As três formas são admitidas. Exemplo: O técnico sofreu um enfarte/enfarto/infarto
durante o jogo.
Enfisema
A palavra é masculina e não existe a forma “efisema”. Exemplo: O cigarro provoca
enfisema pulmonar.
Espectador ou expectador
Aquele que vê ou assiste é o espectador. O expectador, por sua vez, é aquele que
tem expectativa ou está na expectativa de que algo aconteça.
Os espectadores gostaram da exibição de gala da seleção de voleibol feminina.
A expectadora aguardava o momento da divulgação dos resultados.
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Estada ou estadia
Estada designa permanência de pessoas e estadia para a de navios ou veículos.
Exemplo:
A estada na Costa do Marfim proporcionou-me alegrias.
Antecipei o pagamento da estadia do meu carro no estacionamento
do Aeroporto.
Enfim ou em fim?
“Enfim” significa “finalmente”, enquanto “em fim” é semelhante a “no final”.
Enfim sós! Ou esses jogadores estão em fim de carreira.
Haver ou ter?
Embora o verbo ter seja largamente usado na fala diária, a gramática não aceita
a substituição do verbo haver por “ter”. Você deve dizer, portanto, “Não havia
mais ingressos para o show”. (É gramaticalmente incorreto dizer: Não tinha mais
ingresso para o show).
Mal ou mau?
A palavra mal pode ser:
1 - Advérbio de modo, com o significado de “erradamente”, “incorretamente”,
sendo antônimo de “bem”. Exemplo: A redação estava mal redigida.
A atividade está mal corrigida.
2 – substantivo, significando algo prejudicial, nocivo, “doença”. Também é
antônimo de “bem”.
Seu mal era deixar as decisões sempre para terceiros.
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3 – conjunção subordinativa temporal. Equivale a “assim que”, “logo que”.
Mal chegaram de viagem, trocaram de roupa e foram à praia.
A palavra “mau” pode ser:
1 – adjetivo, com significado de ruim, antônimo de bom.
Ele demonstrou um mau comportamento durante a aula.
2 – substantivo, indicando pessoa ou algo com índole negativa. Exemplo:
Os maus sempre serão derrotados.
Mais, mas ou más?
“Mais”, com “i”, é um advérbio e indica soma, acréscimo ou aumento. O contrário de
menos. Exemplo:
Quero comer um pouco mais de carne.
“Mas” é uma conjunção adversativa, que expressa ideia contrária. Pode ser
substituída por “entretanto”, “contudo”, “não obstante”, “porém”, “todavia”. Exemplo:
Você se recuperou da contusão, mas ainda não deve
fazer grandes esforços.
“Más” (com acento mesmo!) é um adjetivo feminino que significa “ruins”. É o
feminino de “maus”.
Elas são más alunas.
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Nada a ver ou nada haver?
Usa-se, sempre, o verbo “ver” e não “haver”. Portanto, o correto é nada a ver.
Também é aceita a forma “nada que ver”. Exemplo:
Seus filhos não tinham nada a ver (ou nada que ver) com isso.
Nem um ou nenhum?
“Nem um” significa “nem um sequer”. Com a palavra um expressando quantidade.
Exemplo:
Nem um aluno ajudou o coordenador do curso a organizar o Congresso.
“Nenhum”, por sua vez, é um pronome indefinido variável em número e gênero.
Geralmente, é usado antes de um substantivo e é antônimo de “algum”. Exemplo:
Nenhum jornal noticiou a morte da cantora Whitney Houston.
Por ora ou por hora?
A expressão “por ora” equivale a “por este momento”, “por enquanto”. Exemplo:
Não preciso da sua ajuda por ora.
A locução “por hora” corresponde a “a cada sessenta minutos”. Exemplo:
Paga-se o estacionamento do shopping por hora.
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Por que, por quê, porque ou porquê?
Se você tem dúvidas na utilização desses quatro “porquês”, não se sinta
constrangido(a)! Muitas pessoas se confundem e fazem a maior bagunça
gramatical... Vamos entender cada um?
1. Por que – pode ser utilizado de duas formas diferentes:
a) Iniciando uma pergunta:
Por que você ainda não revisou as aulas?
b) Como pronome relativo, retomando um termo utilizando antes. Ele pode
ser substituído por “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas quais”.
As dificuldades por que passamos nos fortalecem.
Perceba que “por que” pode ser substituído por “pelas quais”: As dificuldades pelas
quais passamos nos fortalecem.
2. Por quê – é utilizado no final de uma pergunta, junto ao ponto de
interrogação.
Você ainda não revisou as aulas, por quê?
Observe que repetimos a mesma frase do “por que” separado. Basta mudar a
ordem dos termos para colocarmos o “por quê” no final da frase e com acento.
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3. Porque – é utilizado no início de uma resposta ou explicação.
Júlia estudou porque precisa de informação!
4. Porquê – é um substantivo e significa “motivo”. A dica é observar a existência
do artigo “o” à sua frente.
Ninguém entendeu o porquê da sua atitude agressiva.
Privilégio
Essa é a grafia correta. A grafia com “e”, previlégio, não existe! Exemplo:
Foi um privilégio recebê-lo em nossa Faculdade.
Então? Quantas dessas estruturas deixavam você com grande confusão na hora de
escrever? O mais importante é que agora você pode revisar essas estruturas e não
mais errá-las.
Revise esta aula, realize os exercícios e reforce seu conhecimento.
No próximo encontro virtual, trataremos de um assunto muito importante: A
Concordância! Seja nominal ou verbal, a falta de concordância tem provocado
muitos prejuízos nas comunicações. Continue seu estudo com afinco e atenção!
Até a próxima aula!
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