A RTI GO MAIO | 2015 MARCADORES ÓSSEOS NA OSTEOPOROSE Dr. Erik Barbosa, Osteoporose é um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento. Sua principal consequência é o aumento da fragilidade óssea e da susceptibilidade a fraturas, provocando também , dor crônica, deformidade, perda da independência, depressão e aumento da mortalidade. de maior risco para que sejam implantadas medidas preventivas de fraturas osteoporóticas. De acordo com o Ministério da Saúde, ��% das mulheres e ��% dos homens com idade igual ou superior a �� anos sofrerão fratura osteoporótica ao longo da vida. Pesquisa realizada em hospitais públicos do Rio de Janeiro, apontou um índice de mortalidade de ��,�% nos � meses subsequentes à fratura de femur. Nos Estados Unidos, aproximadamente �% dos indivíduos que apresentam fratura de quadril morrem durante a internação hospitalar, ��% morrem nos � meses seguintes e ��% morrem no ano seguinte ao da fratura. O osso saudável é continuamente remodelado, com um equilíbrio mantido entre reabsorção e formação de um novo osso. Especialmente em doenças como a osteoporose, quando este equilíbrio é pertubado, marcadores ósseos de confiança podem ajudar ao médico a entender mais sobre a condição do seu paciente e sua resposta à terapia. A osteoporose é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em idosos. A dificuldade e o alto custo do tratamento para o sistema de saúde tornam pertinente o desenvolvimento de métodos capazes de identificar o grupo de maior risco para que sejam implantadas medidas preventivas de fraturas osteoporóticas. Remodelamento ósseo e marcadores ósseos: O C-Telopeptideo (CTX) marcador de reabsorção e o Propeptídeo amino-terminal do procolagéno total tipo � (P�NP total) marcador de formação óssea, são sensíveis marcadores bioquímicos que refletem processos chave do metabolismo ósseo. A International Osteoporosis Foundation (IOF) recomenda os marcadores ósseos para a monitorização terapêutica e a predição de suscetibilidade à fraturas. Liberação do CTX Aplicação clínica dos marcadores de reabsorção óssea na avaliação de risco de fratura: Estudos sugerem que o aumento da reabsorção óssea medida pelos marcadores ósseos como CTX são preditivos de risco de fratura independente do resultado da densidade mineral óssea (DMO). Na pré-menopausa, valores elevados de marcadores ósseos foram associados com um maior risco de fraturas vertebrais, não vertebrais e no quadril. No estudo americano intitulado OFELY, as mulheres que tiveram baixa DMO do quadril e CTX sérico elevado, apresentaram um risco de fratura de ��% em � anos, significativamente maior do que o risco associado com uma baixa DMO (��%) ou de alto valor de CTX (��%) sozinhos. Uma combinação entre marcadores de reabsorção óssea e DMO podem ajudar a identificar mulheres com maior risco de fratura. *Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico. (31) 2104-5700 | wwwhumbertoabrao.com.br Whatsapp: (31) 9707-9945 A RTI GO MAIO | 2015 MARCADORES ÓSSEOS NA OSTEOPOROSE Uso dos marcadores ósseos no monitoramento de terapias: Os marcadores ósseos como o CTX e o P�NP total, proporcionam uma vantagem de tempo significativo para a monitorização terapêutica. Estes marcadores apresentam resultados confiáveis de resposta terapêutica logo aos � meses após o inicio da terapia. Já o primeiro acompanhamento com a DMO somente é possível depois de � a � anos após o início da terapia. Bom resultado da resposta inicial ao tratamento pode motivar o paciente e o médico e contribuir para o cumprimento do tratamento. Resultados de um grande estudo (Delmas PD) realizado com ���� mulheres na pós-menopausa, sugerem que o uso de marcadores ósseos no monitoramento de terapias está associado à maior persistência a terapia em relação aquelas não monitoradas. Outros importantes marcadores ósseos: Formação óssea: Reabsorção óssea: Fosfatase alcalina Cálcio urinário (amostra única ou ��h) Fosatase alcalina óssea Hidroxiprolina Osteocalcina Piridinolina e deoxipiridinolina A IOF recomenda os marcadores ósseos para a monitorização terapêutica e a predição de suscetibilidade à fraturas. O NCCLS recomenda os marcadores ósseos para a gestão de doenças ósseas e fornece orientação para a correta aplicação e interpretação. Dr. Erik C. Barbosa Bioquímico Coordenador do Departamento de Hormônios Referências: Delmas, P.D. et al: Effect of monitoring bone turnover markers persistence with risedromate treatment of postmenopausal osteoporosis. J Clin Endocrinol. Metab. ����; ��:����-����. National Committee for Clinical Laboratory Standarts (NCCLS) – Guideleines Document C��-A, ISBN �-�����-���-�. Kanis JA et al: Assessment of frature risk. Osteoporos Int ����;��:���-�. Garnero P Biochemical markers of bone turnover, endogenous hormones and risk of fractures in postmenopausal women: the OFELY study. J Bone Miner Res ����; ��:����-��. MINISTÉRIO DA SAÚDE - Secretaria de Atenção à saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Osteoporose. Disponível em: <http://u.saude.gov.br/images/pdf/����/abril/��/pcdt-osteoporose-����.pdf>. Acesso: �� de maio.����. ABC da Saúde. Osteoporose - O que é osteoporose? Disponível em: <http://www.abcdasaude.com.br/reumatologia/osteoporose>. Acesso: �� de maio.����. International Osteoporosis Foundation. Disponível em: <http://www.iofbonehealth.org/>. Acesso: �� de maio.����. *Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico. (31) 2104-5700 | wwwhumbertoabrao.com.br Whatsapp: (31) 9707-9945