PROVA 1- Maria, 45 anos, branca, casada, natural de São Paulo

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PROVA
1- Maria, 45 anos, branca, casada, natural de São Paulo, procurou atendimento médico por estar preocupada com a
sua saúde. Dona de casa, uma exímia cozinheira, relata que há alguns meses começou apresentar aumento
incomum da ingestão de água, além de seu volume urinário ter aumentado consideravelmente, o que a mesma
considerou anormal. Interrogada por você, ela relata que acorda toda noite para urinar, o que dificultou
consideravelmente ter um sono reparador. Preocupada, uma vez que tanto seu pai quanto sua mãe são diabéticos
tipo 2, resolveu seguir a orientação de seu Nestor, carpinteiro, mas “médico” nas horas vagas, e realizou a
mensuração da sua glicemia capilar com aparelho do seu pai, obtendo valor de 188 mg/dl em jejum de 8 h.
Baseado em evidências científicas, você diz a dona Maria que:
a) Eu posso afirmar que você tem diabetes mellitus tipo 2, uma vez que um valor >125 mg/dl somado a sintomas
característicos da doença, permite realizar o diagnóstico.
b) Eu posso afirmar que você tem diabetes mellitus tipo 2, uma vez que apenas a presença de sintomas
característicos da doença e história familiar positiva são suficientes para realizar o diagnóstico.
c) Não posso afirmar que você tem diabetes mellitus tipo 2, mesmo que sua chance de ter a doença apenas com
base na sua história familiar seja de 40%, uma vez que a glicemia capilar não pode ser utilizada para tal fim.
d) Não posso afirmar que você tem diabetes mellitus tipo 2, mesmo que sua chance de ter a doença apenas com
base em sua história familiar seja de 80%, uma vez que a glicemia capilar não pode ser utilizada para tal fim.
e) Não posso afirmar que você tem diabetes mellitus tipo 2, mesmo que sua chance de ter a doença apenas com
base em sua história familiar seja de 50%, uma vez que a glicemia capilar não pode ser utilizada para tal fim.
2- Gustavo, 60 anos de idade, militar aposentado e sem nenhuma patologia prévia ou uso regular de medicamentos,
é surpreendido com a notícia de que terá que tomar ad eternum, medicação para controle da sua pressão arterial,
uma vez que em uma consulta de rotina para check-up no PSF de seu bairro, apresentou valor de PA = 160 x 100
mmhg, valor esse obtido após uma sistemática técnica. Desolado e desconfiado com o diagnóstico, resolve
procurar o ambulatório de clínica médica de um referenciado hospital universitário. Durante a consulta, explica
com calma e em detalhes ao médico, que jamais apresentou um valor acima ou igual a 140 x 90 mmhg, uma vez
que cuida da sua saúde com exímia rigidez militar. Ao exame físico observa-se: paciente em bom estado geral,
acianótico, eupneico, corado, hidratado, anictérico, afebril, lúcido e orientado no tempo e espaço. PA = 160 x 105
mmhg, FC = 90 bom, FR = 18 irpm, TAX = 36,7 oc. Exames dos sistemas inalterados. Foi solicitado que
retornasse em algumas semanas para novas mensurações. Ao retorno, obteve o mesmo valor da consulta
anterior, obedecendo a técnica de aferição proposta pelas mais recentes evidências e recomendações. O médico
explica ao Sr. Gustavo que:
a) Infelizmente o senhor apresenta hipertensão arterial sistêmica essencial estágio 1, sendo necessário iniciar
imediatamente mudança do estilo de vida associada ao uso de anti-hipertensivo por via oral.
b) Infelizmente o senhor apresenta hipertensão arterial sistêmica essencial estágio 2, sendo necessário iniciar
imediatamente mudança do estilo de vida associada ao uso de anti-hipertensivo por via oral.
c) Infelizmente o senhor apresenta hipertensão arterial sistêmica secundária estágio 3, sendo necessário iniciar
imediatamente mudança do estilo de vida associada ao uso de anti-hipertensivo por via oral, além de ser
submetido a uma rigorosa investigação para causas de hipertensão arterial sistêmica secundária.
d) Infelizmente o senhor apresenta hipertensão arterial sistêmica secundária estágio 2, sendo necessário iniciar
imediatamente mudança do estilo de vida associada ao uso de anti-hipertensivo por via oral, além de ser
submetido a uma rigorosa investigação para causas de hipertensão arterial secundária.
e) Infelizmente o senhor apresenta hipertensão arterial sistêmica estágio 2, não sendo possível ainda definir o tipo.
De qualquer forma, será necessário iniciar mudança do estilo de vida e uso de anti-hipertensivo por VO, além de
ser submetido a uma rigorosa investigação para causas de hipertensão arterial secundária.
3– O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico que é caracterizado pelo fenótico de hiperglicemia. Estima-se
que em 2030 mais de 360 milhões de indivíduos terão diabetes. Está entre as dez principais causas primárias de
internações no Brasil e contribui indiretamente em 50% para outros fatores causais de internações, como
cardiopatia isquêmica, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. Pode ser classificada em quatro tipos de
acordo com a ADA (American Diabetes Association), sendo o tipo 1 e tipo 2 os mais prevalentes na prática
médica. Os estudos epidemiológicos sugerem que o diabetes mellitus tipo 2 pode estar presente em até 10 anos
antes da realização do diagnóstico, sendo assim, é necessário um rastreio sistemático para o diagnóstico precoce.
Sobre o rastreio para diabetes mellitus tipo 2, responda:
a) Todos os indivíduos acima de 43 anos devem ser submetidos a rastreio para a doença devendo repetir de 3/3
anos se negativo.
b) Todos os indivíduos acima de 45 anos devem ser submetidos a rastreio para a doença não sendo necessário
repetir em um futuro próximo se negativo.
c) Todos os indivíduos abaixo de 44 anos que tem sobrepeso e/ou fator de risco adicional para a doença devem ser
submetidos ao rastreio.
d) Todos os indivíduos acima de 45 anos devem ser submetidos a rastreio para a doença devendo repetir de 3/3
anos se negativo.
e) Não é necessário realizar rastreio para a doença, uma vez que o tratamento não altera a história natural.
4– João, 40 anos, negro, casado, natural de Itaperuna – RJ, açougueiro, foi diagnosticado com hipertensão arterial
sistêmica essencial estágio 1 não complicada há 1 ano, sendo prescrito em tal ocasião o uso de propranolol 40 mg
2x ao dia e sugerido a mudança do estilo de vida. Ao longo dos últimos 6 meses, descobriu que apresentava
critérios definidores para síndrome metabólica, sendo aconselhado a intensificar a atividade física e dieta. Sobre a
conduta adotada para João desde o diagnóstico, pode-se afirmar que:
a) O uso de beta-bloqueador como monoterapia para hipertensos em estágio 1 é uma conduta recomendada pelas
mais novas evidências disponíveis no VIII joint e VI diretrizes brasileiras para hipertensão arterial.
b) Os medicamentos bloqueadores do eixo renina/angiotensina constitui uma alternativa ideal para João levando em
consideração a raça.
c) O uso do propranolol é aconselhado em pacientes com síndrome metabólica, sendo uma importante alternativa
para aumentar a liberação de insulina.
d) Medicações da classe dos b-bloqueadores não mais fazem parte das medicações anti-hipertensivas de 1ª linha.
e) O estudo hypertension for life modificou o curso do tratamento da hipertensão arterial sistêmica nos últimos 2
anos, demonstrando que o uso de beta-bloqueador deve ser considerado em todos os pacientes recentemente
diagnosticados com hipertensão arterial sistêmica essencial independente do estágio e complicações.
5- Maria Fernanda, 60 anos, diabética tipo 2 de longa data, decidiu procurar Dr. Rafael para avaliar o tratamento
atual da sua doença, pois existiam excelentes referências do seu conhecimento médico. Durante a consulta, relata
que há 13 anos recebeu a notícia de que teria que controlar a sua alimentação, realizar atividades físicas e tomar
medicamentos para o resto da vida, pois apresentava uma importante doença que é reconhecida como um
equivalente coronariano. Mesmo sem entender tal informação, seguiu perfeitamente as recomendações do médico
que a atendera. Ao longo dos anos até a consulta atual, relata que jamais realizou nenhum exame adicional em
relação a doença, permanecendo a todo momento as recomendações da 1ª consulta, que são:dieta, atividade
física regular e metformina 500 mg 01 comprimido após o jantar. Em relação ao caso clínico, o Dr. Rafael
identificou um grave erro da abordagem inicial:
a)
b)
c)
d)
e)
Ter mantido apenas a metformina como tratamento medicamentoso.
Não ter iniciado o tratamento medicamentoso com uma droga da classe das sulfoniluréias (ex: glibenclamida).
Não ter iniciado o tratamento com insulina uma vez se tratar da melhor droga para controle da doença.
Não ter sido realizado rastreio para complicações microvasculares no momento do diagnóstico.
Não ter solicitado HbA1c para guiar a prescrição inicial.
6- Marcos, 50 anos, branco, advogado, tagabista de 45 maços/ano , procura atendimento médico por apresentar
tosse produtiva que o acompanhava há muitos anos, por no mínimo 3 meses consecutivos, já tendo procurado
diversos médicos, porém sem uma resposta definitiva para sua queixa, sendo sempre prescrito xaropes com o
intuito de controle de tal sintoma incômodo. Foi admitido no hospital municipal no último ano para tratar de
pneumonia adquirida na comunidade, fato este que não o traz boas recordações. Nas últimas semanas, além da
tristeza pela derrota do seu time de coração, algo o deixara tão ou mais triste: falta de ar para brincar com seu
neto. Relata que a falta de ar inicialmente era apenas com atividades extenuantes, porém com o passar do tempo
apresentava até para ir a padaria todos os dias às 18h. Com base na história clínica apresentada, responda:
a) A suspeita diagnóstica é de doença pulmonar obstrutiva crônica, podendo definir o diagnóstico apenas com a
queixa clínica apresentada. Está indicado o início imediato de corticoterapia inalatória por 3 meses com posterior
reavaliação.
b) A suspeita diagnóstica é de asma criptogênica, sendo necessário a solicitação de espirometria com prova
broncodilatadora mesmo com quadro clínico compatível. Está indicado o início imediato de beta 2- agonista de
longa ação inalatório diário.
c) A suspeita diagnóstica é de doença pulmonar obstrutiva crônica, sendo o diagnóstico definido apenas com a
espirometria com prova broncodilatadora. Está indicado o início imediato de corticoterapia inalatória por 3 meses
com posterior reavaliação.
d) A suspeita diagnóstica é de asma alérgica, não sendo necessário a realização de espirometria com prova
broncodilatadora. Está indicado o início imediato de corticoterapia inalatória por 3 meses com posterior
reavaliação.
e) A suspeita diagnóstica é de doença pulmonar obstrutiva crônica, sendo o diagnóstico apenas definido com a
realização de espirometria com prova broncodilatadora.
7- Estava tudo tão calmo na unidade de emergência que até deu tempo de explicar aos recepcionistas o quanto
que a dengue é uma doença negligenciada e mal conduzida na prática médica, tanto no âmbito da saúde pública
quanto privada. Porém, em poucos segundos, adentra a porta uma mulher de 40 anos, branca, casada, 2 filhos,
que relata início súbito de edema e cianose em seu membro inferior esquerdo, edema esse desde a raiz da coxa
até a região maleolar. Durante a anamnese, ela relata estar em uso de anticoncepcional oral. Ao exame físico
observa-se paciente em regular estado geral, taquipneica, cianose periférica em membro inferior esquerdo,
anictérica, corada, hidratada, afebril, lúcida e orientada no tempo e espaço. IMC = 31 kg/m2, PA = 130x80 mmhg,
FC= 110 bpm. Observa-se sensibilidade ao longo do trajeto das veias do sistema venoso profundo. Com base
apenas no quadro clínico, podemos concluir que:
a) Apresenta moderada probabilidade para trombose venosa profunda. Solicitar duplex-scan venoso de membros
inferiores para excluir trombose venosa profunda.
b) Apresenta baixa probabilidade para trombose venosa profunda, não sendo necessário realizar nenhum exame
complementar adicional para tal. Deve-se buscar outros diagnósticos diferenciais para o caso.
c) Apresenta moderada probabilidade para trombose venosa profunda. Solicitar d-dímero que é um produto de
degradação da fibrina para confirmar TVP.
d) Apresenta alta probabilidade para trombose venosa profunda. Solicitar d-dímero que é um produto de degradação
da fibrina para confirmar TVP. Iniciar heparina em dose plena.
e) Apresenta moderada probabilidade para trombose venosa profunda. Solicitar d-dímero pelo seu alto valor preditivo
negativo.
8- Bianca, 16 anos, negra, natural de Iguaí – BA, estava se recuperando de uma síndrome gripal que a acometera
há alguns dias. Após dois dias livres de qualquer dos sintomas que a incomodava, começou apresentar cefaléia,
febre, náusea e vômitos. Preocupada, sem saber se era a síndrome gripal que retornara, procurou assistência
médica. Ao exame físico: paciente em regular estado geral, febril, eupneica, acianótica, hipocorada ++/4+, lúcida e
orientada no tempo e espaço. Apresenta flexão involuntária da perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia ao se
tentar fletir a cabeça. Com base no quadro clínico, responda:
a) O provável diagnóstico é meningite viral por enterovírus sendo a principal via de transmissão a fecal-oral. Iniciar
medidas de suporte e orientar Bianca quanto ao prognóstico excelente.
b) O provável diagnóstico é meningite viral por enterovírus sendo a principal via de transmissão a respiratóra. Iniciar
medidas de suporte e orientar Bianca quanto ao prognóstico excelente.
c) O provável diagnóstico é meningite bacteriana aguda por s. pneumoniae sendo a principal via de transmissão a
respiratória. Solicitar tomografia computadorizada de crânio sem contraste antes de realizar a punção lombar,
coletar hemoculturas e iniciar antibioticoterapia empírica.
d) O provável diagnóstico é meningite bacteriana aguda por neisseria meningitidis. Solicitar punção lombar, coletar
hemoculturas e iniciar antibioticoterapia empírica.
e) O provável diagnóstico é meningite bacteriana aguda por listeria monocytogenes sendo a principal via de
transmissão a respirtória. Realizar punção lombar, coletar hemoculturas e iniciar antibioticoterapia empírica.
9- Viviane, enfermeira de um hospital privado, procura atendimento médico apresentando resultados de exames
complementares, que demonstram: hbsag negativo; hbeag negativo; anti-hbe negativo; anti-hbc igg positivo; antihbs positivo; anti-hav igg positivo; anti-hav igm negativo. Desejando entender o significado do resultado, você
deve dizer que:
a)
b)
c)
d)
e)
Você tem hepatite B aguda.
Você não tem hepatite B aguda, bem como nunca teve hepatite B anteriormente.
Você tem hepatite A aguda.
Você não tem hepatite A aguda, mas está suscetível a ter.
Você teve hepatite B, mas está curada.
10- A OMS estabeleceu como metas principais para 2015 em relação a tuberculose: detectar 70% dos casos
notificados, curar 85% dos casos notificados e reduzir o abandono do tratamento a menos de 5%. A tuberculose é
um problema de saúde prioritário no Brasil. Em 1999 foi implantado o programa nacional de controle da
tuberculose com a utilização da estratégia DOTS. Isso fez com que de 1990 a 2011 ocorresse uma queda
expressiva na incidência e mortalidade. Caio, 25 anos, policial, foi submetido recentemente a prova tuberculínica,
objetendo o seguinte resultado: 11 mm. Nega vacinação para a doença previamente. Curioso por ter realizado tal
exame, ele o questiona o motivo da realização. Você responde que:
a) Você realizou para a pesquisa do diagnóstico de infecção latente.
b) Você realizou para diagnóstico de tuberculose pulmonar primária.
c) Você realizou para diagnóstico de tuberculose pulmonar pós-primária.
d) Você realizou para diagnóstico de mycobaterium epolitium, pois se trata de um importante diagnóstico
diferencial da infecção pelo mycobacterium tuberculosis.
e) Nenhuma das anteriores.
11- Carlinha, 9 anos, foi recentemente diagnosticada com tuberculose pulmonar primária, sendo corretamente
assistida no PSF de seu bairro. Preocupada de Carlinha ter transmitido a doença para seus dois irmãos, dona
Maria o procura intensamente preocupada. Como a verdade deve sempre guiar a relação médico-paciente, você
diz que:
a) As crianças, com tuberculose pulmonar, geralmente não são infectantes.
b) As crianças, com tuberculose pulmonar, geralmente são infectantes, devendo nesse caso, ser solicitado o PPD
para os seus dois irmãos.
c) As crianças, com tuberculose pulmonar, geralmente são infectantes, mas não é necessário realizar PPD para os
seus irmãos, uma vez que eles não apresentam sintomas da doença.
d) As crianças, com tuberculose pulmonar, geralmente são infectantes, devendo realizar PPD para todos os
contactantes.
e) Nenhuma das anteriores.
12– Marcelo, 33 anos, solteiro, branco, professor universitário, começou apresentar febre alta há dois dias
associada a prostração, mialgia generalizada e diarréia não invasiva, com características incertas se alta ou baixa.
Nega patologias prévias. Nega uso regular de medicamentos. Nega alergia medicamentosa. No momento do
atendimento você observa um paciente em bom estado geral, acianótico, eupneico, corado, hidratado, anictérico,
febril, lúcido e orientado no tempo e espaço; ACV : ritmo cardíaco regular em dois tempos com bulhas cardíacas
hipofonéticas sem sopros; AR: inspeção estática sem alterações / inspeção dinâmica sem alterações/ murmúrio
vesicular audível bilateralmente sem a presença de ruídos adventícios; enchimento capilar < 2 segundos; abdome
flácido, indolor, traube timpânico, com ausência de massa abdominal palpável, sem sinais de ataque ao peritônio.
Foram solicitados os seguintes exames com respectivos resultados: - hemograma completo: hemácias = 4,55
milhões/mm3, hemoglobina 14 g/dl, hematócrito = 43,90%, VCM = 87 fl, HCM= 29 pg, CHCM = 33 g/dl, RDW=
13%, leucometria global = 9.000 /mm3, basófilos = 1%, eosinófilos = 4%, mielócitos = 0%, metamielócitos = 0%,
bastões = 4%, segmentados = 50%, linfócitos = 35%, monócios = 7%, plaquetas = 155.000. Com base no caso
clínico apresentado, responda:
a) O paciente apresenta critérios definidores de caso suspeito de dengue clássica. Realizar prova do laço. Notificar o
caso. Grupo A, devendo ser acompanhado ambulatorialmente. Prescrever hidratação oral 80 ml/kg/dia com
líquidos caseiros. Orientar quanto aos sinais de alarme.
b) O paciente apresenta critérios definidores de casos suspeito de dengue clássica. Não realizar prova do laço.
Notificar o caso. Grupo A, devendo ser acompanhado ambulatorialmente. Prescrever hidratação oral 80 ml/kg/dia
com líquidos caseiros. Orientar quanto aos sinais de alarme.
c) O paciente apresenta critérios definidores de caso suspeito de dengue clássica complicada. Realizar prova do
laço. Não notificar o caso, pois é apenas caso suspeito. Grupo B, devendo ser acompanhado com observação até
resultado de exames. Prescrever hidratação oral 80 ml/kg/dia com líquidos caseiros e soro de hidratação oral.
Orientar quanto aos sinais de alarme.
d) O paciente apresenta critérios definidores de caso suspeito de dengue clássica. Não realizar prova do laço. Não
notificar o caso, pois é apenas um caso suspeito. Grupo C, devendo ser acompanhado em regime de internação
hospitalar em enfermaria por período mínimo de 72h. Prescrever hidratação IV.
e) O paciente apresenta critérios definidores de caso suspeito de dengue clássica. Realizar prova do laço. Notificar o
caso. Grupo A, devendo ser acompanhado ambulatorialmente. Prescrever hidratação oral 80 ml/kg/dia com 1/3 de
soro de hidratação oral e 2/3 de líquidos caseiros. Orientar quanto aos sinais de alarme.
13- Referente ao caso clínico anterior, não faz parte dos sinais de alarme:
a)
b)
c)
d)
e)
Dor abdominal leve.
Vômitos persistentes.
Hipotermia.
Desconforto respiratório.
Sonolência.
14- Gabriela, 28 anos, solteira, branca, secretária, começou apresentar febre alta há dois dias associada a
prostração, mialgia generalizada e lipotímia. Nega patologias prévias. Nega uso regular de medicamentos. Nega
alergia medicamentosa. No momento do atendimento você observa um paciente em regular estado geral,
acianótica, eupneica, corada, hidratada, anictérica, febril, lúcida e orientada no tempo e espaço; ACV: ritmo
cardíaco regular em dois tempos com bulhas cardíacas hipofonética sem sopros; AR: inspeção estática sem
alterações / inspeção dinâmica sem alterações/ murmúrio vesicular audível bilateralmente sem a presença de
ruídos adventícios; enchimento capilar < 2 segundos; abdome flácido, indolor, traube timpânico, com ausência de
massa abdominal palpável, sem sinais de ataque ao peritônio. PA= 120 x 80 mmhg, FC= 120 bpm, FR= 16 irpm,
TAX= 39 oc. Foram solicitados os seguintes exames com respectivos resultados: - hemograma completo:
hemácias = 4,55 milhões/mm3 , hemoglobina 14 g/dl, hematócrito = 42%, VCM = 84 fl, HCM= 30 pg, CHCM = 32
g/dl, RDW = 11%, leucometria global = 4.200 com linfocitose; plaquetas = 5.000/mm3. Trouxe consigo exames
anteriores realizados há 1 semana para comparação com o atual: plaquetas = 200.000 /mm3. Pode-se afirmar
que:
a) Gabriela apresenta critério diagnóstico de caso suspeito de dengue com complicações. Apresenta dois sinais de
alarme, devendo ser internada em unidade de terapia intensiva.
b) Gabriela apresenta critério diagnóstico de caso suspeito de dengue clássica. Apresenta três sinais de alarme,
devendo ser internada em unidade de terapia intensiva.
c) Gabriela apresenta critério diagnóstico de caso confirmado de febre hemorrágica da dengue, uma vez que
plaquetas < 50.000 permite realizar o diagnóstico quando acompanhada de sinais específicos da doença, devendo
ser internada em unidade de terapia intensiva.
d) Gabriela apresenta critério diagnóstico de caso suspeito de dengue clássica sem complicações. Não apresente
sinais de alarme. Acompanhamento ambulatorial.
e) Gabriela apresenta critério diagnóstico de caso suspeito de dengue com complicações. Apresenta dois sinais de
alarme, devendo ser internada em enfermaria por período mínimo de 48h.
15– Julivan, 65 anos, contador, um exímio portador da síndromes do 3 h´s (hiperpensante, hiperpreocupado e
hipersenssível), síndrome essa a que ele atribuiu o diagnóstico de hipertensão arterial, IMC = 33 kg/m2 e o hábito
de fumar, dá entrada na unidade de emergência apresentando um sintoma que conhece bem: dor torácica. A dor
teve início há exatas 2 h após discussão com seu funcionário, sendo precordial e em aperto, que irradia para
queixo e membro superior esquerdo. Como das outras vezes que referiu tal sintoma, procurou se acalmar para
alívio do desconfortável sintoma, obtendo melhora discreta. Além da dor, refere palpitação, sudorese profusa e
náusea. Ao exame físico: paciente em regular estado geral, acianótico, taquipneico, afebril, hipocorado ++/4+,
anictérico, lúcido e orientado no tempo e espaço. Aparelho cardiovascular: ritmo cardíaco regular em dois tempos
com bulhas cardíacas hiperfonéticas e sopro sistólico em foco mitral 3+ /6+; aparelho respiratório = murmúrio
vesicular audível bilateralmente sem a presença de ruídos adventícios; adbome: globoso, indolor, traube
timpânico, ausência de massa abdominal palpável, sem sinal de ataque ao peritônio. PA = 130x 80 mmhg, FC=
110 bpm, FR= 26 irpm, SPO2= 92%, glicemia capilar= 160 mg/dl e TAX= 36oc. Julivan relata ter feito uso de
sildenafil nas últimas 24h. Não é necessário nesse caso:
a)
b)
c)
d)
e)
Oxigênio suplementar por cateter nasal 3 l/min.
Aas 200 mg, VO, “mastigar e engolir”.
Realizar eletrocardiograma nos primeiros 10 minutos.
Solicitar marcadores de necrose miocárdica.
Monitorização multiparâmetro.
16- Está contra-indicado para o caso clínico anterior:
a)
b)
c)
d)
e)
Uso de nitrato
Aas
Beta-bloqueador
Ieca
Clopidogrel
17- Mário, 55 anos, engenheiro civil, assintomático, sem antecedentes patológicos, procura atendimento médico
pois gostaria de ser submetido a screening para câncer de próstata. Baseado em evidências científicas, você deve
dizer que:
a) Existem estudos epidemiológicos que demonstraram que a adição de PSA ao toque retal consegue aumentar a
capacidade de exclusão de câncer de próstata, devendo esses dois métodos serem utilizados rotineiramente para
screening, uma vez que a identificação precoce reduz de forma significativa a morbimortalidade.
b) O PSA isoladamente é capaz de realizar o diagnóstico de câncer de próstata, devendo ser solicitado em todos os
indivíduos acima dos 38 anos.
c) Deve ser avaliada a possibilidade de hiperplasia prostática benigna, mesmo sem sintomas, uma vez que a HPB é
fator de risco para câncer de próstata.
d) Apesar de diversas sociedades médicas publicarem diferentes orientações a cerca do screening para câncer de
próstata, nenhum estudo epidemiológico demonstrou de forma inequívoca que o diagnóstico precoce no indivíduo
assintomático reduz morbimortalidade de maneira significativa.
e) Toque retal negativo exclui a possibilidade de câncer de próstata.
18– Fernanda, 22 anos, solteira, vida sexual ativa desde os 14 anos; procurou seu médico com queixa de
secreção vaginal do tipo “clara de ovo”, sem prurido, odor e sem sintomas infecciosos, tendo aumentado de
volume nos últimos 3 meses. Ao realizar exame ginecológico, observou a mucosa vaginal sem alterações. Qual é
a principal hipótese diagnóstica e tratamento?
a)
b)
c)
d)
e)
Cervicite / dose única de ciprofloxacino 500 mg e doxiciclina 100 mg 2 x ao dia durante 07 dias.
Candidíase / nistatina creme vagina.
Mucorréia / tranquilizar a paciente.
Vaginose bacteriana / metronidazol 500 mg VO de 12/12 h por 7 dias.
Tricomoníase / metronidazol 2 g VO dose única.
19- João Pedro foi diagnosticado com resfriado comum. Está no 4º dia de evolução da doença, obtendo melhora
clínica progressiva. O médico da família ao ser questionado se mesmo com a infecção por rinovírus pode ser
administrada as vacinas para a idade de acordo com o calendário nacional de imunizações, responderá que:
a) A presença de doença benigna comum não contraindica nenhuma vacina.
b) A presença de doença benigna comum contraindica qualquer vacina se no momento da aplicação existir febrícula.
c) A presença de doença benigna comum apenas por resfriado comum é uma contra-indicação absoluta para
administração de qualquer vacina.
d) Se existir história familiar de evento adverso à vacina a ser administrada, deve-se aguardar resolução da doença
atual.
e) Se João Pedro nasceu com baixo peso ao nascimento, na vigência de resfriado comum torna-se contra-indicada a
administração de qualquer vacina, devendo-se aguardar a resolução da doença atual para administração.
20– Lucas, 80 anos, hipertenso e diabético tipo 1 de longa data, tabagista inveterado no passado, com história
patológica de múltiplos acidentes vasculares encefálicos isquêmicos, é trazido ao PSF do seu bairro para
avaliação clínica. O familiar preocupado, relata que há 5 dias o paciente começou apresentar confusão mental,
esquecimento fácil, além de dormir durante o dia e ficar acordado à noite. Em alguns poucos momentos
apresentou alucinações. A principal hipótese diagnóstica para o caso é:
a)
b)
c)
d)
e)
Demência por corpúsculos de lewy
Delirium
Demência frontotemporal
Delírio
Demência de alzheimer
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