Flutuações Econômicas de Curto Prazo 31. Oferta e Demanda Agregadas Flutuações econômicas ocorrem de ano para ano Flutuações Econômicas de Curto Prazo Três Fatos Sobre Flutuações Uma recessão é um período qualquer de redução do PIB real, das rendas dos indivíduos e de aumento de desemprego Uma depressão é uma recessão severa e longa Flutuações – PIB real 1980 1985 A maioria das variáveis macroeconômicas, como já vimos, flutuam juntas (principalmente as relacionadas a renda e produção) Embora flutuem juntas, elas flutuam em diferentes quantidades A redução da produção gera um aumento do desemprego Flutuações - Investimento PIB real 1975 Em economia são chamadas de “ciclos de negócio” Bilhões de 1992 Dolares $1,100 1,000 900 800 700 600 500 Recessões 1970 São irregulares e imprevisíveis Bilhões de 1992 Dolares $7,000 6,500 6,000 5,500 5,000 4,500 4,000 3,500 3,000 2,500 1965 Na maioria dos anos a produção de bens e serviços aumenta Em alguns anos esse crescimento não acontece, causando recessão 1990 1995 400 300 1965 Recessões Investmento 1970 1975 1980 1985 1990 1995 1 Flutuações - Desemprego Longo e Curto Prazos Recessões 12 10 Taxa de desemprego 8 6 A maioria dos economistas acredita que a Teoria Clássica (que viemos estudando) descreve o mundo no longo prazo, mas não no curto prazo 4 2 0 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 Modelo Básico de Flutuação Econômica Duas variáveis são utilizadas para se estudar as flutuações de curto peazo A produção de bens e serviços de uma economia (PIB real) O nível geral de preços medido por um índice de inflação, ou mesmo, o deflator do PIB Oferta e Demanda Agregadas Nível de Preços Modelo Básico de Flutuação Econômica Economistas utilizam o modelo de demanda e oferta agregada para tentar explicar as flutuações econômicas no curto prazo A curva de demanda agregada mostra a quantidade de bens e serviços que as famílias e firmas querem adquirir a cada nível de preço A curva de oferta agregada mostra a quantidade de bens e serviços que as firmas querem vender a cada nível de preço Demanda Agregada Oferta Agregada Y = C + I + G + EL Porque ela é inclinada negativamente? Nível de Preços de Equilíbrio Demanda Agregada 0 Produção de Equilíbrio Mudanças na oferta de moeda afetam apenas variáveis nominais A premissa da neutralidade monetária não vale para o curto prazo Consumo: Efeito da Riqueza de Pigou Investimento: Efeito da Taxa de Juros de Keynes Exportação Líquida: Efeito da Taxa de Câmbio de Mundell-Flemming Quant. Produção 2 Efeito da Taxa de Juros de Keynes Efeito da Riqueza de Pigou Uma redução no nível de preços levam os indivíduos a se sentirem mais ricos e os encorajam a gastar mais Aumentar os gastos significa demandar mais bens e serviços Efeito da Taxa de Câmbio de Mundell-Flemming Uma redução no nível de precos reduz a taxa de juros que deprecia a taxa de câmbio, levando a um aumento das exportações líquidas Esse aumento das exportrações líquidas significa um aumento da quantidade demandada de bens e serviços Oferta e Demanda Agregadas Nível de Preços Como a Curva de Demanda Pode se Mover Mudanças Mudanças Mudanças Mudanças no Consumo no Investimento nos Gastos do Governo nas Exportações Líquidas Oferta Agregada P1 Uma redução no nível de precos reduz a taxa de juros, que encoraja um aumento nos gastos com investimento Um aumento do investimento significa que uma maior quantidade de bens e serviços vão ser demandados No longo prazo a curva de oferta é perfeitamente inelástica No curto prazo a curva de oferta é positivamente inclinada D2 D1 0 Y1 Y2 Quant. Produção 3 Oferta Agregada – Longo Prazo Oferta Agregada – Longo Prazo No longo prazo a produção de bens e serviços de uma economia depende da quantidade de fatores de produção (trabalho, capital, tecnologia, recursos naturais) disponíveis O nível de preços não afeta essas variáveis no longo prazo Oferta Agregada – Longo Prazo Nível de Preços A curva de oferta agregada ocorre na taxa natural de produção Esse nível de produção é também chamado de produto potencial ou produto de pleno emprego Como a Curva da Oferta Pode se Mover Oferta Agregada P1 Mudanças Mudanças Mudanças Mudanças no Capital no Trabalho na Tecnologia nos Recursos Naturais P2 0 Quant. Produção Taxa natural de produção Crescimento de Longo Prazo e Inflação Nível de Preços O1 O3 O2 P3 P2 P1 Flutuações de curto prazo no nível de preços e produção devem ser vistos como um “desvio” da tendência de longo prazo de aumento de produção e do nível de preços D3 D1 0 Crescimento de Longo Prazo e Inflação Y1 Y2 Y3 D2 Quant. Produção 4 Oferta Agregada – Curto Prazo No curto prazo um aumento no nível geral de preços tende a aumentar a quantidade de bens e serviços ofertados No curto prazo uma diminuição no nível geral de preços tende a diminuir a quantidade de bens e serviços ofertados Oferta Agregada – Curto Prazo Porque ela é inclinada positivamente? Oferta Agregada – Curto Prazo Nível de Preços Oferta Agregada P1 P2 0 Salários nominais são lentos em se ajustar, ou são “fixos” no curto prazo Salários não se ajustam rapidamente a uma redução no nível de preços Que por sua vez torna os custos de produção mais altos e menos lucrativo Isso induz as firmas a reduzirem a sua produção Y1 Quant. Produção Teoria das Percepções Equivocadas Teoria das Percepções Equivocadas Teoria Keynesiana dos Salários Rígidos Nova Teoria Keynesiana dos Preços Rígidos Teoria Keynesiana dos Salários Rígidos Y2 Mudanças no nível de preços temporariamente enganam as firmas sobre o que realmente está acontecendo no mercado Uma redução no nível de preços causa as firmas a pensar que os preços relativos caíram o que os induz a reduzir a sua produção Nova Teoria Keynesiana dos Preços Rígidos Preços de alguns bens e serviços são lentos para se ajustar Uma redução inesperada no nível geral de preços deixam algumas firmas com preços acima do desejado Isso reduz as vendas, que induzem as firmas a reduzir a quantidade de bens e serviços produzidos 5 Como a Curva da Oferta de Curto Prazo Pode se Mover Mudanças Mudanças Mudanças Mudanças Mudanças Preços no Capital no Trabalho na Tecnologia nos Recursos Naturais nas Expectativas do Nível de Equilíbrio de Curto e Longo Prazo Nível de Preços Expectativas do Nível de Preços Um aumento na expectativa do nível de preços de uma economia reduz a quantidade de bens e serviços ofertados, movendo a curva de oferta agregada de curto prazo para a esquerda Uma diminuição na expectativa do nível de preços de uma economia aumenta a quantidade de bens e serviços ofertados, movendo a curva de oferta agregada de curto prazo para a direita Redução na Demanda Agregada Oferta Agregada de Longo Prazo Oferta Agregada de Longo Prazo Nível de Preços Oferta Agregada de Curto Prazo Nível de Preços de Equilíbrio Oferta CP1 Oferta CP2 P1 A A P2 B P3 Demanda Agregada C DA1 DA2 0 Produção de Equilíbrio Quant. Produção Mudanças na Demanda Agregada No curto prazo, deslocamentos da demanda agregada provocam flutuações na produção de bens e serviços No longo prazo, deslocamentos da demanda agregada afetam o nível geral de preços mas não a produção Produção de Equilíbrio 0 Quant. Produção Redução na Oferta Agregada de Curto Prazo Uma redução de qualquer determinante da oferta agregada desloca a curva de oferta para a esquerda Prdução cai abaixo da taxa natural de produção Desemprego cresce Nível de preços aumenta 6 Redução na Oferta Agregada de Curto Prazo Oferta Agregada de Longo Prazo Oferta CP2 Oferta CP1 Nível de Preços P2 P1 Estagflação Redução na oferta agregada de curto prazo causa estagflação B A Demanda Agregada 0 Y2 Y1 Quant. Produção Políticas Anti-Recessivas Aumento do nível de preços com redução da produção Políticas que podem influenciar a demanda agregada não consegue cancelar ambos os efeitos ao mesmo tempo Não fazer nada e esperar que a curva de oferta agregada de curto prazo retorne à posição anterior, já que preços e salários irão se ajustar Tentar implementar políticas monetárias e/ou fiscais para aumentar a demanda agregada Aumento da Demanda Agregada – Política Anti-Recessiva P3 P2 P1 Deslocamentos da curva de oferta agregada de curto prazo pode levar à estagflação – combinação de recessão com inflação Políticas que podem influenciar a demanda agregada não conseguem eliminar os dois problemas ao mesmo tempo C B A DA2 DA1 0 Efeitos do Deslocamento da Oferta Agregada de Curto Prazo Oferta Agregada de Longo Prazo Oferta CP2 Oferta CP1 Nível de Preços Y2 Y1 Quant. Produção Resumo Todas as economias experimentam flutuações de curto prazo “ao redor” de uma tendência de longo prazo Essa flutuações são irregulares e imprevisíveis Quando uma recessão ocorre, PIB real e outras variáveis de renda, gastos e produção caem, e desemprego aumenta 7 Resumo Economistas analisam essas flutuações utilizando o modelo de oferta e demanda agregada De acordo com esse modelo, o nível de preços e da produção se ajustam para equilibrar a oferta e a demanda agregada Resumo No longo prazo a curva de oferta é vertical (perfeitamente inelástica), não depende do nível de preços No curto prazo a curva de oferta é positivamente inclinada: Teoria das percepções equivocadas Teoria dos salários rígidos Teoria dos preços rígidos Resumo A curva de demanda agregada tem inclinição negativa devido a três efeitos: Efeito da renda Efeito da taxa de juros Efeito da taxa de câmbio Qualquer evento ou política que mude o consumo, investimento, compras do governo ou exportações líquidas irá deslocar a curva da demanda agregada Resumo Eventos que alterem a capacidade produtiva de uma economia irá deslocar a curva de oferta agregada de curto prazo A curva de oferta agregada de curto prazo depende do nível de preços Uma outra possível causa de flutuação econômica é o deslocamento da curva de demanda agregada Resumo Uma segunda possível causa das flutuações econômicas é o deslocamento da curva de oferta agregada Estagflação é aquele período com recessão (queda da produção) com aumento do nível de preços (inflação) 8