Conhecimento, acesso e aceitação do uso de plantas medicinais

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Conhecimento, acesso e aceitação do uso de plantas medicinais por
uma comunidade usuária do Sistema Único de Saúde na cidade de
Anápolis/GO.
Morganna da Silva Oliveira*¹ (IC), Danila Noronha Gonçalves² (IC), Cristiane Alves da Fonseca
do Espírito Santo³ (PQ), Jaqueline Gleice Aparecida de Fretas
4
(PQ) e Andréia Juliana
5
Rodrigues Caldeira (Orientadora).
[email protected]
Br 153 nº 3.105 - Fazenda Barreiro do Meio - Caixa Postal: 459. CEP: 75.132-903. Telefones:
(62)3328-1161/(62)3328-1116/Fax: (62)3328-1177. Anápolis - Goiás - Brasil
Resumo:
Apesar de recente, a fitoterapia tem o objetivo de melhora tanto do paciente como para o Sistema
Único de Saúde (SUS), proporcionando abrir novos caminhos para os tratamentos de diversas
enfermidades. Esta temática evidenciou-se quando foi constatado que, simultaneamente à utilização
de medicamentos alopáticos, a população atendida em Unidades Básicas de Saúde (UBS) fazia uso
de plantas medicinais com fins terapêuticos. Incorporou-se ao SUS por meio da 10ª Conferência
Nacional de Saúde, as terapias alternativas e práticas populares incluindo as plantas medicinais. Com
esse conhecimento prévio, foi elaborado um questionário e aplicou-o à uma amostra de pacientes.
Foram citadas espécies de plantas pelos entrevistados, o que ressalta a necessidade de se fazer
estudos em cima desses dados a fim de conhecer os possíveis riscos, as reações adversas,
interações medicamentosa no que se refere ao seu uso adjuvante em tratamento de alguma
enfermidade.
Palavras-chave: SUS. Plantas. Medicinais. Questionário. Pacientes.
Introdução
A fitoterapia é uma atividade nova e recente na saúde pública, porém surge
com o intuito de uma melhora tanto do paciente como para o Sistema Único de
Saúde (SUS), abrindo novos caminhos para os tratamentos de diversas
enfermidades (BOSSE, 2014). Esta temática tornou-se evidente quando foi
constatado que, simultaneamente à utilização de medicamentos alopáticos, a
população atendida em Unidades Básicas de Saúde (UBS) fazia uso de plantas
medicinais com fins terapêuticos. Na maioria das vezes, desconhecia a existência de
uma possível toxicidade e ação terapêutica comprovada, do preparo, de indicações
e contraindicações, por acreditar que não seriam prejudiciais à saúde, pelo fato de
serem plantas medicinais (CZELUSNIAK et al., 2012; TOMAZZONI, 2004).
Com a 10ª Conferência Nacional de Saúde, incorporou-se ao SUS as terapias
alternativas e práticas populares. Nesse programa, foram descritos os meios pelos
quais serão utilizadas essas plantas, que seja de suma importância a população,
que seja de indispensável melhoria do acesso à medicação, a inclusão social, ao
desenvolvimento industrial e tecnológico, à promoção da segurança alimentar e
nutricional e outros (ALMEIDA et al., 2011; BRASIL, 2006). Com isso, Surgiram as
Práticas Integrativas e Complementares que se enquadram no que a Organização
Mundial de Saúde denomina de medicina tradicional e medicina complementar e
alternativa (BRASIL, 2012).
Material e Métodos
Foi elaborado um questionário contendo questões objetivas e discursivas com
o objetivo de coletar dados sobre o uso de plantas medicinais por pacientes da rede
pública de saúde da cidade de Anápolis-GO.
Visitaram-se os seguintes locais; Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24
horas, Hospital Municipal Jamel Cecílio, Cais jardim progresso e Cais Abadia Lopes
da Fonseca e em seguida encaminhou-se à secretaria de saúde o projeto, o
questionário e uma solicitação de autorização para realizar a pesquisa nessas
unidades. O solicitado, diretor de Estratégia Saúde da Família: Ricardo Carvalho
Araújo aprovou o projeto e questionário e autorizou a pesquisa.
Os dados foram coletados por meio da aplicação previa do questionário, na
Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24 horas, Hospital Municipal Jamel Cecílio,
Cais jardim progresso e Cais Abadia Lopes da Fonseca, na cidade de Anápolis/GO
para validação do mesmo.
A amostra foi composta de pessoas que aceitaram
participar da pesquisa de livre e espontânea vontade.
Para a interpretação dos dados foi realizada uma analise estatística, expressa
em porcentual para se observar a qualidade e objetividade das questões elaboradas.
Resultados e Discussão
O questionário avaliativo contem questões objetivas e discursivas com o
objetivo de coletar dados sobre o uso de plantas medicinais por pacientes da rede
pública de saúde da cidade de Anápolis-GO (Quadro 1).
Quadro 1 – Relação entre a organização das questões e os objetivos do questionário.
Classe
Questões
Dados sóciodemográficos
1 a 13
1a6
7 a 12
Tratamento
13 a 33
34
Tratamento de doença
crônica
Fonte: A pesquisadora.
1a6
Objetivos
Analisar o perfil sóciodemográfico dos
pacientes.
Conhecer a causa da
busca pelo atendimento
médico e seu tratamento
medicamentoso.
Observar, se há
aparecimento de
reações adversas e se o
paciente possui
acompanhamento de
algum profissional da
saúde durante o
tratamento.
Observar se o paciente
faz uso de plantas
medicinais como
tratamento, como faz o
uso e por qual motivo
busca essa alternativa.
Tabela onde o paciente
descreve o nome da
planta que usa, bem
como sua indicação,
preparo, parte utilizada e
posologia.
Analisar se o paciente
possui doença crônica e
se faz tratamento
medicamentoso ou o uso
de plantas medicinais.
A fim de validar o questionário foi feita uma coleta de dados preliminar. O
Questionário foi aplicado para uma amostra de oito pacientes, incluindo homens e
mulheres, com faixa etária de 30 a 60 anos de idade, e com renda de até 3 salários
mínimos. Nessa amostra, levando em consideração que 20% não responderam todo
o questionário, as porcentagem seguintes, se referem à aqueles que seguiram até o
fim. Pode-se observar que, 100% desses pacientes fazem o uso de plantas
medicinais, 80% deles, relatam que as plantas fazem menos mal à saúde. 90%
relatam procurar a orientação de um profissional da saúde, receberam indicação de
amigos, vizinhos e familiares e não fazem o uso sem prescrição médica ou
farmacêutica. 100% dos pacientes entrevistados relatam não observar efeitos
adversos e citam os nomes das plantas que mais fazem uso. Apenas 10% possuem
doença crônica.
Embora a obtenção dos presentes resultados positivos, observou-se alguns
contras em relação à estrutura e organização das ideias do questionário, como por
exemplo, número muito grande de questões e falta de clareza em algumas, gerando
duvidas e até mesmo desistência dos pacientes em contribuir com a pesquisa.
Esses erros foram corrigidos e o projeto foi encaminhado ao comitê de ética para a
liberação oficial para coleta de dados com um número amostral representativo para
avaliação final dos resultados.
Considerações Finais
A etapa inicial do projeto foi de grande importância para a pesquisa, pois
através da amostra coletada, obtiveram-se dados significativos e foi possível
detectar erros presentes no questionário. Diante dos resultados expostos, e tendo
em vista a percepção de erros na composição e organização do mesmo, foi feita a
reformulação, analisando minunciosamente todas as questões, a fim de prosseguir,
visando manter o bem estar dos pacientes e alcançar os objetivos do projeto de
pesquisa.
Agradecimentos
Agradecemos as professoras Dra. Andréia Juliana Rodrigues Caldeira, MsC.
Cristiane Alves da Fonseca do Espírito Santo e Dra. Jaqueline Gleice Aparecida de
Fretas, pоr seus ensinamentos, paciência е confiança ао longo dа supervisão do
projeto, e à UEG, pela bolsa.
Referências
ALMEIDA, M. Z. et al. Fitoterapia no SUS no Estado da Bahia: contribuição para
valorização do conhecimento e das práticas tradicionais na rede básica de saúde.
Revista
Fitos,
Bahia,
v.
6,
n.
1,
p.29-34,
dez.
2011.
Disponível
em:
<www.fitoterapicos.ufpa.br/artigos/revista_fitos/FitoterapianoSUS61_Vol%207,%20N%C2%BA%201%20%E2%80%93%202012.pdf>
Acesso em: 13 de março de 2016.
BOSSE, S. T. FITOTERÁPICOS NO SUS. 2014. 42 f. Monografia – Especialista em
Farmacologia, Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, Criciúma , 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. O ensino e as pesquisas no âmbito da atenção
farmacêutica
no
SUS.
Brasília
(DF);
2007:86-88.
Disponível
em:
<http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&
uact=8&ved=0CB0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpu
blicacoes%2Fensino_pesquisa_farmaceutica_sus_1ed.pdf&ei=DvUVVfW8JJHIsATM
vYKgBw&usg=AFQjCNE52v0AAfAOCh9g0FXSIR2gA_X1hw&bvm=bv.89381419,d.c
Wc>. Acesso em: 13 de março de 2016.
CZELUSNIAK, K. E. et al. Farmacobotânica, fitoquímica e farmacologia do Guaco:
revisão considerando Mikania glomerata Sprengel e Mikania laevigata Schulyz Bip.
ex Baker. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 14, n. 2, p. 400- 409, 2012.
Disponível em: < > Acesso em: 13 de março de 2016.
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