Absorção e Utilização de Nitrogênio e Atividade da Glutamina Sintetase e Nitrato Redutase em Milho Rodrigo O. DeLima, Glauco V. Miranda2, Lucimar R. de Oliveira3, João C.C. Galvão2, Jardélcio D. C. Ervilha4 e Débora S. Caixeta4 1 Doutorando em Genética e Melhoramento, 2Professor Associado do Departamento de Fitotecnia, 3Pós-doutoranda em Fitotecnia, 4Acadêmicos de Agronomia, Universidade Federal de Viçosa, CEP 36570-000, Viçosa-MG. [email protected] Palavras-chave: Zea mays, melhoramento, estresse abiótico, seleção. O nitrogênio é considerado um dos principais nutrientes que limitam o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade das culturas. Plantas cultivadas em solos pobres em nitrogênio têm crescimento retardado e, conseqüentemente, não expressam o seu potencial produtivo, pois podem ocorrer reduções significativas na taxa fotossintética, um dos principais determinantes do crescimento vegetal (Taiz & Zeiger, 2008). A influência da deficiência de nitrogênio sobre a taxa fotossintética está relacionada à redução no conteúdo de clorofila (Ciompi et al., 1996), na expansão foliar, e na atividade de algumas enzimas do ciclo redutivo do nitrogênio, como a nitrato redutase (NR). Essa enzima é a primeira e mais importante no processo de redução e assimilação do nitrato nas plantas (Purcino et al., 1994). A atividade da NR depende, principalmente, da luz e do contínuo suprimento de nitrato através do xilema (Kawachi et al., 2002). Evidências sugerem ser essa a principal enzima que limita a absorção do nitrogênio em muitas plantas (Lea, 1997). A glutamina sintetase (GS) é outra enzima importante no processo de incorporação do nitrogênio, pois catalisa a etapa chave da assimilação do nitrogênio inorgânico: a incorporação do amônio ao glutamato, que resulta em glutamina. Assim, a síntese de glutamina pela GS é considerada processo chave para que as plantas expressem seu máximo potencial produtivo (Unno et al., 2006). Hirel et al. (2001) encontraram correlações significativas entre caracteres fisiológicos (atividades de NR e GS, teor de nitrato na parte aérea das plantas) e caracteres agronômicos e, ainda, essas correlações foram influenciadas pela disponibilidade de nitrogênio no solo (Gallais e Hirel, 2004). Em alto nitrogênio, a eficiência no uso de nitrogênio foi explicada pela variação da capacidade da planta em absorver nitrogênio, enquanto em baixo nitrogênio, esta foi atribuída à variação da eficiência de utilização de nitrogênio. Assim, é provável que parte dos genes que controlam a eficiência no uso do nitrogênio na planta são expressos em resposta à disponibilidade de nitrogênio no solo à planta (Borges, 2006; Souza et al., 2008). A existência de variabilidade genética para a atividade das enzimas NR e GS é relatada em alguns estudos, a qual parece ser em função da disponibilidade de nitrogênio no solo e do genótipo (Gallais & Hirel, 2004; Ervilha et al., 2009). Hirel et al. (2001) sugerem que plantas de milho selecionadas para eficiência no uso de nitrogênio possuem alta capacidade de absorver nitrogênio e armazená-lo nos primeiros estádios de crescimento vegetativo e que nesse estádio, sua atividade da NR seria baixa, o que favoreceria o acúmulo de nitrato no vacúolo para posteriormente ser usado no estádio reprodutivo. A avaliação da capacidade de absorção e de utilização do nitrogênio em cada estádio do desenvolvimento da planta pode ser utilizada nos programas de melhoramento como ferramenta auxiliar à obtenção de cultivares que sejam mais eficientes no uso de nitrogênio. XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 2010, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom 2561 Objetivou-se nesse trabalho caracterizar linhagens de milho quanto à absorção e utilização de nitrogênio e a atividade das enzimas glutamina sintetase e nitrato redutase em alto e baixo nitrogênio e estimar a correlação fenotípica entre os caracteres. Material e Métodos Sementes de 10 linhagens de milho foram semeadas em vasos opacos de polietileno preenchidos com 5 dm3 de areia lavada e desinfetada. Utilizou-se o delineamento inteiramente ao acaso com três repetições. O experimento foi conduzido em outubro de 2008, na casa de vegetação do Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Viçosa. Cada unidade experimental foi constituída por um vaso de polietileno com três plantas. As linhagens foram avaliadas em alto e baixo nitrogênio. Para caracterizar as condições de alto e baixo nitrogênio, foram utilizadas duas doses de N (1 mM e 15 mM), sendo 75% na forma nítrica e 25% na forma amoniacal. Todas as unidades experimentais receberam, a partir da germinação, 250 mL vaso-1 de solução nutritiva, em intervalos de dois dias, até a coleta das plantas. As plantas foram coletadas no estádio de quatro folhas completamente desenvolvidas. Foram avaliados os seguintes caracteres: atividade das enzimas nitrato redutase (NR, µmoles de NO2-/hora/g peso fresco) e glutamina sintetase (GS, µmoles GHD/hora/g peso fresco), peso de raiz seca (PRS, g parc-1), peso seco da parte aérea (PPA, g parc-1), peso total seco (PTS, g parc-1), eficiência de absorção de nitrogênio (EAbN, conteúdo de nitrogênio na planta/ nitrogênio aplicado), eficiência de utilização de nitrogênio (EUtN, peso total seco/ conteúdo de nitrogênio na planta) e eficiência no uso de nitrogênio (EUN, peso total seco/ nitrogênio apelicado). As eficiências de nitrogênio foram obtidas segundo Moll et al. (1982). Determinou-se atividade da NR com uso do método in vivo descrito por Da Matta et al. (1999). Para atividade da GS foi utilizado o método proposto por Elliott (1953). Para cada ambiente, realizou-se análise de variância, estimou-se os coeficientes de correlação de Pearson entre os caracteres e contrastou-se médias dos tratamentos teste DMS-t a 5% de probabilidade. As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do Aplicativo Computacional em Genética e Estatística - Programa Genes (Cruz, 2006). Resultados e Discussão Houve diferença significativa para os caracteres peso de parte aérea seca (PAS), peso de raiz seca (PRS), eficiência no uso de nitrogênio (EUN) e atividade de glutamina sintetase (GS), a 1% de probabilidade pelo teste F, em alto e baixo nitrogênio (N) (Tabela 1). Assim, há variabilidade genotípica entre as linhagens de milho para estes caracteres e é possível selecionar genótipos superiores em alto e baixo nitrogênio. Esses resultados estão de acordos com outros trabalhos realizados com milho em ambientes contrastantes de nitrogênio (Hirel et al., 2001; Gallais e Hirel, 2004; Miranda et al., 2005; Fidelis et al., 2007; Silva et al., 2008; Souza et al., 2008). As linhagens de milho foram significativamente diferentes para a eficiência de absorção de nitrogênio (EAbN), apenas em alto nitrogênio. Nesse ambiente, a eficiência no uso do nitrogênio é função da EAbN (Gallais e Hirel, 2004; Souza et al., 2008) porque em alto nitrogênio é provável que a planta absorva mais nitrogênio, realizando um “consumo de luxo” para ser utilizado em sua fase reprodutiva ou em situações que a absorção não é possível como em períodos de seca. A eficiência de utilização de nitrogênio (EUtN) não foi significativo a 5% de probabilidade pelo teste F, em ambos ambientes. XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 2010, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom 2562 Tabela 1. Resumo da análise de variância para: peso de parte aérea seca (PAS, g parc-1), peso raiz seca (PRS, g parc-1), eficiência no uso de nitrogênio (EUN), eficiência de utilização (EUtN), eficiência de absorção (EAbN), atividade da nitrato redutase (NR, µmoles de NO2- h-1 g-1 MF) e atividade glutamina sintetase (GS, µmoles de GHD h-1 g-1 MF) das 10 linhagens de milho avaliadas em alto e baixo nitrogênio. FV GL Genótipo Resíduo Média CV (%) 9 20 Genótipo Resíduo Média CV (%) **, * 9 20 PAS PRS 0,70** 1,26** 0,19 0,28 2,18 3,28 20 16 PAS PRS ** 0,75 0,83** 0,08 0,23 2,63 3,60 10 13 Alto Nitrogênio EUN EUtN EAbN 179,02** 20,95ns 0,047** 22,61 35,12 0,008 39,04 56,78 0,69 12 10 13 Baixo Nitrogênio EUN EUtN EAbN ** ns 1059,08 115,97 0,052ns 176,81 100,58 0,023 125,7 110,72 1,13 10 9 13 NR 0,026ns 0,017 0,51 25 GS 24,83** 5,27 11,55 19 NR 0,081** 0,019 0,32 43 GS 33,75** 6,36 13,45 18 significativo a 1 e a 5% de probabilidade , ns não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. Quanto à atividade da enzima nitrato redutase (NR), essa não foi significativa entre as linhagens em alto nitrogênio, apesar do aumento, na média, em 59,4% em relação à atividade média da NR em baixo N, onde apresentou diferença significativa (Tabela 1). Isso pode ser devido ao fato da NR ser regulada positivamente pela disponibilidade de nitrato no meio e que foi maximizada em alto nitrogênio. A atividade da NR foi superior em alto N em plantas de milho (Majerowicz et al., 2002) e em Arabidopsis quando avaliadas em alto e baixo nitrogênio (Lemaitre et al., 2008). Para GS, há variabilidade genotípica entre as linhagens de milho em alto e baixo nitrogênio. Em baixo nitrogênio, a GS foi superior em relação ao alto N. Lemaitre et al. (2008) encontraram para Arabidopsis que a GS era maior em plantas cultivadas em baixo nitrogênio e que sua atividade aumentava com a senescência. Os valores do coeficiente de variação experimental (CV) foram relativamente baixos, com exceção da atividade de nitrato redutase que apresentou CV de 25% e 43%, em alto e baixo nitrogênio, respectivamente. Entretanto, esses valores estão de acordo com os obtidos para caracteres de raiz e eficiência do nitrogênio em milho no estádio de plântulas (Majerowicz et al., 2002; Brito, 2009; Vaz de Melo, 2008). Em alto nitrogênio, as cinco linhagens superiores para EUN apresentaram os maiores valores de EAbN (Tabela 2), ou seja, em alta disponibilidade de nitrogênio no solo, a variabilidade genotípica para EUN é função da EAbN. Entre essas estão as linhagens L3 (49,04), L2 (44,72) e L1 (52,36). A L10 apresentou atividade da NR superior a todas as demais linhagens e a menor atividade da GS, porém teve o menor valor de EUN. A NR da L1, linhagem com maior EUN, foi inferior à média geral para NR. Alta atividade de GS é indicativa de genótipos mais eficientes na assimilação do amônio (Magalhães e Huber, 1989). Segundo Miflin & Habash (2002) é provável que a atividade da GS seja um ponto importante no controle do crescimento e da produtividade das plantas. Em baixo N, as linhagens L1, L3, L5, L7 e L9 foram superiores para EUN e, ainda, se destacaram para EUtN e EAbN (Tabela 3). A EUtN e a EAbN contribuíram para uma maior EUN neste caso,ou seja, em baixo nitrogênio além da planta ser eficiente em absorver o escasso nitrogênio no solo ela é eficiente em utilizar esse nitrogênio, canalizando-o para produção de biomassa e grãos em milho (Hirel et al., 2001; Souza et al., 2008). XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 2010, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom 2563 Tabela 2. Médias dos caracteres peso de parte aérea seca (PA, g parc-1), peso raiz seca (PRS, g parc-1), peso total seco (PTS, g parc-1), eficiência de uso de nitrogênio (EUN), utilização (EUtN), de absorção (EAbN), atividade da nitrato redutase (NR, µmoles de NO2- h-1 g-1 MF) e atividade glutamina sintetase (GS, µmoles de GHD h-1 g-1 MF) das 10 linhagens de milho avaliadas em alto nitrogênio. Genótipo PAS PRS EUN EUtN EAbN NR GS L1 2,96 4,36 52,38 56,90 0,91 0,48 8,35 L2 2,46 3,80 44,76 57,81 0,77 0,50 11,01 L3 2,70 3,33 44,09 58,91 0,73 0,68 12,31 L4 2,30 3,46 41,19 54,81 0,75 0,43 15,74 L5 2,03 3,60 40,23 54,79 0,73 0,51 12,64 L6 1,86 2,16 28,80 52,19 0,55 0,45 13,34 L7 2,23 3,33 39,76 61,74 0,64 0,46 12,25 L8 2,13 3,40 39,52 57,94 0,68 0,46 7,71 L9 1,86 3,06 35,23 55,36 0,63 0,47 14,68 L10 1,23 2,33 25,47 57,36 0,46 0,69 7,50 Média 2,18 3,28 39,04 56,78 0,69 0,51 11,55 DMS-t 5% 0,75 0,90 8,10 10,09 0,15 0,22 3,91 A L6 mostrou menor EUN e apresentou a menores EAbN e EUtN. Assim, em baixo nitrogênio a EAbN e EUtN devem ser conjuntamente considerados na seleção de genótipos de milho eficientes no uso de nitrogênio, ao contrário do que ocorre em alto nitrogênio, onde a EUN é função apenas de EAbN. A L10 teve comportamento semelhante nas duas doses de nitrogênio com os menores valores de EUN e seus componentes, maior atividade da NR e menor atividade da GS, evidenciando a influência destas enzimas na EUN. Para PRS, apenas as linhagens L1, L2, L4 tiveram maior PRS em alto nitrogênio, as demais investiram mais em sistema radicular em baixo nitrogênio. Quanto a PAS, ocorreu algo semelhante, exceção as linhagens L2 e L8, todas as demais tiveram maior PAS em baixo nitrogênio. No geral, a L1 se destacou nas duas doses de nitrogênio para PRS, EUN e EAbN, com valores superiores aos obtidos pelas demais linhagens (Tabela 2 e 3). Para todos os caracteres avaliados, nas 10 linhagens de milho, a média geral em baixo nitrogênio foi superior ao alto. Tabela 3. Médias dos caracteres peso de parte aérea seca (PAS, g parc-1), peso raiz seca (PRS, g parc-1), eficiência de uso de nitrogênio (EUN), eficiência de utilização (EUtN), eficiência de absorção (EAbN), atividade da nitrato redutase (NR, µmoles de NO2- h-1 g-1 MF) e atividade glutamina sintetase (GS, µmoles de GHD h-1 g-1 MF) das 10 linhagens de milho avaliadas em baixo nitrogênio. Genótipo L1 L3 L5 L7 L9 L2 L4 L8 L10 L6 Média DMS-t5% PAS 3,4 3,0 2,9 3,1 2,6 2,4 2,7 2,1 1,9 2,0 2,6 0,48 PRS 3,9 4,2 4,1 3,6 3,6 3,7 3,1 3,6 3,4 2,4 3,6 0,82 EUN 148,5 146,5 141,8 137,7 127,0 125,6 117,6 115,5 107,5 89,3 125,7 22,64 EUtN 111,5 117,4 108,0 122,8 112,9 112,2 108,8 107,7 104,1 101,5 110,7 17,08 EAbN 1,33 1,25 1,31 1,13 1,12 1,12 1,08 1,07 1,04 0,89 1,13 0,26 NR 0,39 0,37 0,36 0,43 0,10 0,21 0,34 0,13 0,65 0,18 0,32 0,23 GS 10,40 16,40 18,60 12,10 16,50 12,00 16,50 9,60 9,20 12,70 13,40 4,29 XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 2010, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom 2564 A EUN correlacionou positivamente com PAS, PRS e EUtN nas duas doses de nitrogênio (Tabela 4). O PRS teve correlação de 0,96 e 0,91 com EUN, em alto e baixo nitrogênio respectivamente. Tal fato que evidencia a importância do sistema radicular para aquisição de nutrientes e, principalmente, produção de massa seca. A atividade das enzimas NR não correlacionou significativamente com EAbN, nas duas doses de nitrogênio, ou seja, outros fatores além de NR têm influência na assimilação de nitrogênio em milho. Além disso, a NR não teve correlação significativa com os demais caracteres, o mesmo ocorreu com GS, que também não apresentou correlação significativa com nenhum carácter. Assim, a atividade das enzimas GS e NR per se não são critérios adequados na seleção de genótipos de milho eficientes na absorção e na utilização de nitrogênio em um programa de melhoramento. A EAbN teve correlação significativa apenas com EUN e PAS em baixo nitrogênio, ou seja, plantas mais desenvolvidas foram mais eficiente em absorver nitrogênio e, ainda, essas são mais eficientes no uso de nitrogênio. As demais correlações envolvendo EAbN foram todas não significativas. Tabela 4. Estimativas de correlações de Pearson (r) entre os caracteres: peso de parte aérea seca (PAS, g parc-1), peso raiz seca (PRS, g parc-1), eficiência de uso de nitrogênio (EUN), de utilização de nitrogênio (EUtN), de absorção de nitrogênio (EAbN) e atividade da nitrato redutase (NR, µmoles de NO2- h-1 g-1 MF) e glutamina sintetase (GS, µmoles de GHD h-1 g-1 MF) das 10 linhagens de milho avaliadas em baixo nitrogênio. Caracteres1/ PAS PRS EUN EUtN EAbN NR GS ns 1/ PAS 0,63* 0,89** 0,81** 0,70* 0,15ns 0,34ns PRS 0,82** 0,91** 0,89** 0,51ns 0,18ns 0,23ns EUN 0,93** 0,96** 0,94** 0,67* 0,18ns 0,31ns EUtN 0,91** 0,94** 0,97** 0,42ns 0,22ns 0,32ns EAbN 0,27ns 0,32ns 0,31ns 0,10ns 0,06ns 0,18ns NR -0,24ns -0,27ns -0,27ns -0,33ns 0,28ns -0,16ns GS 0,04ns -0,10ns -0,04ns 0,02ns -0,35ns -0,30ns ** * não significativo pelo teste t, ; significativo a 1 e 5 % de probabilidade pelo teste t. As estimativas de correlações acima da diagonal são referentes ao ambiente de alto nitrogênio e abaixo da diagonal ao de baixo nitrogênio. Conclui-se que a eficiência de utilização de nitrogênio não discrimina linhagens de milho nas duas doses de nitrogênio; em alto nitrogênio apenas a atividade da glutamina sintetase e eficiência de absorção de nitrogênio é eficiente para discriminar linhagens de milho; em baixo nitrogênio, as atividades nitrato redutase e glutamina sintetase são eficientes para discriminar as linhagens; nas duas doses de nitrogênio e para o conjunto de genótipos avaliados as atividades das enzimas glutamina sintetase e nitrato redutase não estão associados à eficiência de utilização e de absorção de nitrogênio. Referências bibliográficas BORGES, E.; A.; FERNANDES, M. S.; LOSS, A.; SILVA, E. E.; SOUZA, S. R. Acúmulo e remobilização de nitrogênio em variedades de milho. Caatinga, v. 19, p. 278-286, 2006. BRITO, C. M. Variabilidade genética e caracterização do sistema radical de plantas de milho na eficiência de absorção e utilização de fósforo. 2009. 28p. 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