Respostas do Estudo Dirigido sobre Infecções Fúngicas

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RESPOSTAS DO ESTUDO DIRIGIDO SOBRE INFECÇÕES FÚNGICAS
1. Farmacotécnica aplicada a medicamentos antifúngicos:
a) Apresente as principais vias de administração e formas farmacêuticas utilizadas
para tratar infecções fúngicas
Res.:
As principais vias de administração são as vias tópica e sistêmica. As formas
farmacêuticas podem ser: pó liofilizado (anfotericina B), cápsula ( fluconazol), pó para
suspensão oral (fluconazol), solução oral (itraconazol), xampu (cetoconazol), creme, loção,
gel oral, pó (miconazol).
b) Qual a vantagem do creme frente a pomada em casos de infecções cutâneas
Res.: Os cremes, por se tratarem de emulsão, possuem melhor penetrabilidade, ou seja,
veicula o ativo por entre a pele intacta ou até lesionada, fazendo que alcance o
microorganismos causadores da infeccção sendo assim é mais vantajoso frente a pomada
que não tem esse poder penetrante, por ser constituida basicamente de ceras.
c) Qual a necessidade de utilizar cápsulas revestidas em algumas situações de
tratamento via oral
Res.: As cápsulas revestidas têm como finalidade evitar a degradação em meio ácido,
permitindo a absorção na mucosa duodenal. Alguns fármacos, como o Itraconazol, são
melhores absorvidos no estado pós-prandial, e por este motivo também são encapsulados.
d) Formas farmacêuticas como xampu e esmalte são eficazes no tratamento de
infecções?
Res.:
Sim, em alguns casos. Um exemplo é o Xampu de cetoconazol, utilizado no
tratamento de dermatite seborreica e da pitiríase seca. É importante lembrar que, em algumas
doenças fúngicas, é preferível que o tratamento tópico seja associado ao tratamento
sistêmico, como na tinha do couro cabeludo e onicomicoses. No caso de pacientes idosos e
aqueles com algumas comorbidades não é aconselhável o tratamento sistêmico.
e) Como pode ser administrado a Anfotericina B via injetável, já que se trata de um
medicamento insolúvel em água?
Res.: A Anfotericina B convencional, insolúvel em água, é comercializada em forma de pó
liofilizado. Mesmo sendo insolúvel em água, a administração é feita através de infusão
intravenosa lenta. Isso é possível porque este fármaco é preparado como uma solução
coloidal, devido à formação de um complexo do fármaco com o sal biliar (desoxicolato).
Diversas formulações foram desenvolvidas, nas quais a Anfotericina B é embalada em um
sistema de liberação associado ao lipídeo, reduzindo assim a ligação inespecífica às
membranas celulares humanas.
f) Quais as principais formas farmacêuticas aplicadas à nistatina?
Res.: Pós, cremes, supositórios, comprimidos, pomadas e suspensão oral.
2. Introdução ao reino fungi
a) Diferencie fungo filamentoso de levedura
Res.: A diferenciação dos fungos filamentosos das leveduras possue aspectos macroscópicos
e microscópicos. Macroscopicamente, as leveduras se apresentam em colônias esféricas ou
ovais, e de consistência pastosa ou cremosa, apresentando crescimento limitado. Já os
fungos filamentos apresentam maior variedade de formas de colônias, podendo apresentar
colônias de textura aveludada, cremosa, butirosa ou mucóide, cotonosas, serosas, camurças,
granulosas, membranosas ou coriáceas, verrucosas ou pulverulentas, além de apresentarem
crescimento invasor. Microscopicamente, as leveduras são células isoladas, que ao
reproduzirem por brotamento, produzem uma cadeia alongada de células unidas, formando
pseudo-hifas. Já os fungos filamentosos possuem corpos multicelulares, com longos
filamentos de células conectadas, formando as hifas, que podem apresentar septos ou serem
asseptadas. As hifas em conjunto formam o micélio, que pode crescer para dentro do
substrato (micélio vegetativo) ou se projetar para a superfície (micélio aéreo), por meio do
prolongamento das extremidades.
b) Diferencie fungo de bactéria
Res.: Os fungos são seres eucarióticos, cujas membranas celulares possuem esteróis, as
paredes celulares apresentam glicanas, mananas ou quitina, sem peptideoglicana. Os esporos
são reprodutivos ( sexuais ou assexuais) e o metabolismo é limitado ao heterotrófico (
aeróbico ou anaeróbico facultatico). Já as bactérias são seres procarióticos, cuja membrana
celular não possui esteróis (exceto Mycoplasma ), as paredes celulares possuem
peptideoglicanas, os esporos se denominam endosporos (não para reprodução), além de
alguns esporos assexuais reprodutivos. E o metabilismo desses seres, por fim, pode ser
heterotrófico, autotrófico, fotoautotrófico, aeróbico e anaeróbico ( facultativo ou estrito).
c) Qual o principal problema relacionado ao descobrimento de drogas antifúngicas
levando em consideração às características celulares dos fungos?
Res.: O principal problema para a descoberta de novas drogas é a limitação de alvos
potenciais de ação que não sejam compartilhados entre o fungo e a espécie humana.
3. Fisiopatologia das infecções fúngicas
a) Diferencie fungos patogênicos primários de oportunistas exemplificando
Res.: Os Fungos Patogênicos são aqueles capazes de invadir os tecidos de um hospedeiro
normal por via inalatória, por implantação tegumentar, e um grupo de fungos denominado
queratinofílicos – dermatófitos – que podem ser transmitidos por contato com o solo,
homens ou animais infectados. Os fungos oportunistas, no entanto, somente invadem os
tecidos de indivíduos com alterações graves no sistema imunodefensivo do organismo.
As doenças por fungos patogênicos primário podem ser classificados em quatro grupos
naturais:
- Micoses superficiais, as quais são infecções causadas por fungos que invadem apenas as
camadas superficiais da camada córnea da pele ou da haste livre dos pêlos. Exemplos de
micoses superficiais: piedra Negra, piedra branca, pitiríase versicolor e tinha negra.
- Micoses cutâneas: resultam de acometimentos de fungos aos tecidos queratinizados da
pele, pêlo e unha. Exemplo de micoses cutâneas: dermatofitose, candidose, hialohifomicose, feo-hifomicose e ceratomicose.
- Micoses subcutâneas, um grupo heterogêneo de doenças que invadem tecidos cutâneos e
subcutâneos
após
cromoblastomicoses,
implante
traumático.
esporotricose,
Exemplo
feo-hifomicoses,
de
micoses
subcutâneas:
lobomicose,
micetomas,
rinosporodiose e zigomicoses.
- Micoses sistêmicas são basicamente doenças pulmonares. Exemplo de micoses sistêmicas:
blastomicoses, coccidiodomicose, histoplamose e paracoccidiodomicose.
b) Quais as principais porta de entrada para fungos causadores de infecção em
humanos?
Res.:
Micoses Superficiais: são infecções causadas por fungos que invadem apenas as camadas
superficiais, e podem ser transmitidos por contato direto ou haste de pêlos.
Micoses cutâneas fungos que infectam apenas a epiderme, o cabelo e as unhas, e suas
infecções são chamadas de dermatomicoses ou micoses cutâneas É transmitida entre
humanos ou entre animal e humanos por contato direto ou contato com fios e células
epidérmicas infectadas (como tesoura de cabeleireiro ou pisos de banheiros).
Micoses subcutâneas são infecções fúngicas localizadas abaixo da pele causadas por
fungos saprofíticos que vivem no solo e na vegetação. A infecção ocorre por implantação
direta dos esporos ou de fragmentos de micélio em uma perfuração na pele.
Micoses sistêmicas são normalmente causadas por fungos que vivem no solo. A inalação
dos esporos é a rota da transmissão; essas infecções em geral se iniciam nos pulmões e se
difundem para outros tecidos do corpo. Elas não são contagiosas entre animais e humanos ou
entre indivíduos.
Patógeno oportunista geralmente é inofensivo em seu habitat normal, mas pode se tornar
patogênico em um hospedeiro que se encontra debilitado ou traumatizado. Essas infecções
podem ser transmitidas por inalação ou por contato direto.
c) Qual o papel da epidemiologia no diagnóstico de infecções causadas por fungos
Res.: Os aspectos epidemiológicos registradas durante a anamnese como: ocupação do
paciente é importante pelos significados médicos, legal e financeiro; trajetória residencial e
viagens realizadas, devido às micoses de importação, devem ser consideradas. Pois, a
epidemiologia influencia diretamente na elaboração da hipótese diagnóstica micológica e
nas possibilidades de tratamento.
d) Cites os principais micro-organismos causadores e as características clínicas das
micoses
Res.: MICOSES SUPERFICIAIS:
- Piedra negra é uma infecção causada por um ascomiceto, Piedraia Hortae que se
caracteriza pelo aparecimento no terço distal dos cabelos de nódulos fusiformes de
consistência dura e coloração preta constituídos por massas compactas e organizadas de
fungos. No homem, a piedra negra ocorre em regiões tropicais e subtropicais com
precipitações pluviais abundantes, temperaturas elevadas e alta umidade do ar.
- Piedra branca é uma infecção fúngica, crônica, superficial, assintomática da haste do
pêlo, formando nódulos moles de coloração que varia do branco ao castanho claro,
irregulares, facilmente removíveis que acometem os pêlos pubianos, axilares ou da barba,
podendo mais raramente acometer o couro cabeludo. Localizam- se principalmente na
porção distal da haste. O córtex e a medula dos pêlos não são invadidos. É causada
pelo Trichosporon beigelii do tipo leveduriforme, tem distribuição universal com predileção
por regiões temperadas e tropicais. Ambos os sexos são acometidos igualmente.
- Tinha Negra Uma infecção fúngica superficial da pele caracterizada por máculas marrom
a preta, que ocorrem geralmente sobre os aspectos palmar das mãos e, ocasionalmente,
plantar e outras superfícies da pele. As lesões cutâneas são caracterizadas por máculas
marrom a preta. Não são inflamatórias, não apresentam descamação e de bordos bem
definidos. Disseminação familiar da infecção também foi relatada.
- Pitiríase versicolor e Doenças por Malassezia spp. ( pano branco )
A Pitiríase versicolor é uma micose, não é adquirida na praia ou piscina. O fungo
causador da doença habita a pele de todas as pessoas e, em algumas delas, é capaz de se
desenvolver provocando as manchas. Muitas vezes, a doença é percebida poucos dias após a
exposição da pele ao sol, porque nas áreas da pele afetadas pela micose, não se produz
melanina como as outras partes não acometidas. Com o bronzeamento da pele ao redor,
ficam perceptíveis as áreas mais claras onde está a doença e a pessoa acha que pegou a
micose na praia ou piscina. As áreas de pele mais oleosa, como a face, couro cabeludo,
pescoço e a porção superior do tronco são as mais frequentemente atingidas. A doença se
manifesta formando manchas claras, acastanhadas ou avermelhadas que se iniciam pequenas
e podem se unir formando manchas maiores.
Res.: Micoses Cutânea:
- Candidose, também conhecida como sapinho,a candidose pseudomembranosa é
caracterizada pela presença de placas brancas aderentes na mucosa bucal, que lembram leite
coalhado. As placas brancas são compostas por hifas emaranhadas, leveduras, células
epiteliais descamadas e fragmentos de tecido necrótico. Estas placas podem ser removidas
pela raspagem com um abaixador de língua ou pela fricção com uma compressa de gaze
seca. A mucosa subjacente pode estar normal ou eritematosa.
- Dermatofitose. A doença se manifesta pela formação de lesões avermelhadas e
descamativas, geralmente acompanhadas de coceira. Elas se iniciam por um pequeno ponto
e tem crescimento centrífugo, formando lesões arredondadas ou ovalares, com as bordas
bem delimitadas, avermelhadas e descamativas, e o centro da lesão tendendo à cura. As
lesões podem ser únicas ou múltiplas e confluirem, formando grandes placas avermelhadas e
descamativas, que se extendem progressivamente. Pode haver a presença de pústulas
(pequeninas bolhas de pus).
Res.: Micoses subcutânea:
Cromoblastomicose: Inicialmente, na fase nodular, a doença é assintomática. Quando os
nódulos coalescem promovem complicações que conduzem à formação de placas grandes
que, por vezes, envolvem todo o membro, fazendo com que a cormoblastomicose seja
caracterizada por lesões crostosas e proeminentes com aspecto de couve-flor em fases mais
avançadas da doença. O fungo se apresenta como corpos escleróticos nas lesões:
característica patognomônica desta doença.
Esporotricose: Esta doença é caracterizada por uma grande variedade de manifestações
clínicas, sendo que as formas cutânea localizada e subcutânea são as mais comuns. O local
inicial da infecção aparece como um nódulo pequeno, que pode se ulcerar. Secundariamente,
nódulos linfáticos aparecem em cerca de duas semanas após o aparecimento da lesão
primária que consistem de uma cadeia linear de nódulos subcutâneos indolores que se
estendem ao longo do curso da drenagem linfática da lesão primária. Com o tempo, os
nódulos podem se ulcerar e liberar pus. A esporotricose extracutânea pode envolver os
pulmões, articulações, ossos e outros órgãos. A forma sistêmica da esporotricose é
extremamente rara e geralmente está associada a pacientes imunocomprometidos.
Res.: Micoses sistêmicas:
Blastomicose: mais comumente ocorre infiltrado pulmonar associado a uma variedade de
sintomas constitucionais indistinguíveis daqueles observados em outras infecções agudas das
vias aéreas inferiores, como febre, mal-estar, sudorese noturna, tosse e mialgias. Pode
ocorrer pneumonia crônica. Quando disseminados, as lesões cutâneas superficiais são mais
comuns, podendo evoluir para granulomas verrucosos ulcerados com bordas que avançam e
região central com cicatrização. Ocorrem lesões ósseas, prostáticas, no epidídimo e
testículos, principalmente.
Coccidioidomicose Micose sistêmica: predominantemente pulmonar, podendo, também,
comprometer pele, laringe, ossos, articulação, meninges, entre outros. Após a contaminação,
60% dos indivíduos apresentam infecção primária inaparente. Os demais geralmente fazem
uma infecção moderada ou levemente grave. São sinais mais freqüentes: comprometimento
respiratório baixo, febre, sudorese noturna, dor pleural, dispnéia, tosse produtiva, artralgia,
anorexia
4. Farmacologia clínica das infecções fúngicas
a) Apresente os principais locais de atuação de fármacos antifúngicos
Res.: Os antifúngicos podem agir na membrana fúngica que contém ergosterol, formando
poros e provocando a perda do conteúdo intracelular ( Anfotericina B). Podem interferir na
síntese dos ácidos nucleicos seletivamente (Flucitosina). Podem bloquear a enzimas P450
dos fungos e interferir na síntese de ergosterol (Cetoconazol). Podem bloquear a BetaGlicano Sintetase (caspofungina), interferindo na síntese da parede celular fúngica. Podem
também inibir a epoxidação do esqualeno( Terbinafina), reduzindo a síntese da membrana
celular fúngica. Por fim, podem inibir a mitose dos fungos, ao interagir com os
microtúbulos, desfazendo o fuso mitótico (Griseofulvina).
b) Diferencie fármaco fungistático de fungicida
Res.: Fungicidas são todos os agentes capazes de matar fungos, sejam eles calor, ácidos,
radiação ou outros agentes físicos. Entretanto, o termo tem sido utilizado para produtos
químicos capazes de prevenir infecção de tecidos de plantas por fungos fitopatogênicos.
Fungistáticos, por sua vez, são substâncias que paralisam o crescimento fúngico e inibem a
germinação dos esporos.
c) Apresente um fármaco que atua nos seguintes locais:
Inibindo a síntese de ácidos nucléicos
Res.: Flucitosina
Inibindo a mitose em fungos
Res.: Griseofulvina
Inibindo a esqualeno epoxidase
Res.: Terbinafilina
Inibindo a 14-α-esterol desmetilase
Res.: Cetoconazol
Inibindo a estabilidade das membranas
Res.: Anfotericina B
Inibindo a síntese de parede celular
Res.: Caspofungina
d) Apresente uma farmacoterapia adequada para as situações
Tinha do couro cabeludo
Res.: Griseofulvina, 10-15 mg/kg/dia, via oral, durante 8 a 12 semanas
Onicomicose
Res.: Terbinafina 250 mg, via oral, ao dia, durante 6 semanas ( tínea ungueal das mãos) ou
3-4 meses ( tinha ungueal dos pés)
Tinha crural
Res.: Tiaconazol creme a 1%, uso tópico, por 2 a 4 semanas.
Ptsiríase vesicolor
Res.: Cetoconazol 2% creme, sobre as lesões, 1x por dia, durante 4 semanas
Meningite fúngica
Res.: Anfotericina B, intravenoso, 0,3mg/kg/dia, por 4 a 6, em média.
Candidíase oral
Res.: Nistatina suspensão oral 100.000 U/ml, 2 x dia., bochechar e engolir durante 2
semanas.
e) O que significa na clínica um fármaco ter um potencial inibidor enzimático? E o
indutor enzimático?
Res.: A indução e a inibição enzimática são mecanismos terapêuticos ou colaterais de
interferência em algumas enzimas do complexo citocromo P450. Os principais efeitos
clínicos da indução enzimática é o aumento do metabolismo do próprio fármaco, ou o
aumento do metabolismo de um fármaco co-administrado. Essas reduções metabólicas
podem ser maléficas em virtude, por exemplo, da redução das concentrações do fármaco
abaixo de níveis terapêuticos. Por fim, a indução enzimática pode aumentar a formação de
metabólitos tóxicos, resultando em lesões teciduais ou outros efeitos colaterais. Já a inibição
enzimática, por sua vez, obtida por diversos mecanismos, tende a reduzir o metabolismo dos
fármacos que são metabolizados pela enzima inibida. Clinicamente, essa inibição pode
elevar o nível do fármaco a concentrações tóxicas, bem como prolongar a presença do
fármaco ativo no corpo.
REFERÊNCIAS
BERTRAN, G. KATZUNG. Farmacologia Básica e Clínica. 12. ed. Porto Alegre: AMGH,
2014.
BRUNTON, Laurence L.; CHABNER, Bruce A.; KNOLLMANN, Björn C. As Bases
Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman-12. McGraw Hill Brasil, 2012.
FOCACCIA,
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VERONESI,
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In: Veronesi: tratado de infectologia. 2005.
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de
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RANG, Humphrey P. et al. Rang and Dale farmacologia. Churchill Livingstone Elsevier,
2012.
SAMPAIO, Sebastião AP; CASTRO, Raymundo M.; RIVITTI, Evandro A. Dermatologia
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