UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NÚCLEO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE JOÃO CÂMARA ZAIRA CRISTINA DANTAS DE SOUZA DUPLO PRODUTO EM EXERCÍCIOS RESISTIDOS DISTINTOS NA MUSCULAÇÃO JOÃO CÂMARA – RN 2008 2 ZAIRA CRISTINA DANTAS DE SOUZA DUPLO PRODUTO EM EXERCÍCIOS RESISTIDOS DISTINTOS NA MUSCULAÇÃO Monografia apresentado ao curso de Educação Física da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN como requisito final para a obtenção do título de graduado sob orientação do Mestrando.Gleidson Mendes Rebouças e co-orientação da Mestra Cláudia Nunes Oliveira. JOÃO CÂMARA – RN 2008 3 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NÚCLEO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE JOÃO CÂMARA A COMISSÃO ABAIXO ASSINADA APROVA A MONOGRAFIA INTITULADA DUPLO PRODUTO EM EXERCÍCIOS RESISTIDOS DISTINTOS NA MUSCULAÇÃO Elaborada por ZAIRA CRISTINA DANTAS DE SOUZA COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE LICENCIADA EM EDUCAÇÃO FÍSICA BANCA EXAMINADORA: _________________________________________________________________ Prof. Mdo. GLEIDSON MENDES REBOUÇAS - Orientador _________________________________________________________________ Profa Ms. CLAUDIA NUNES OLIVEIRA - Co-orientadora _________________________________________________________________ Prof. Mdo. EDSON FONSECA PINTO - Membro _______________________________________________________________ Prof. Esp. MARCOS ANTÔNIO DA SILVA - Membro João Câmara, 01 de setembro de 2008. 4 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho de conclusão de curso primeiramente a Deus e aos meus pais, pois tudo que sou devo a eles. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus. Às pessoas que estiveram ao meu lado. Ao meu orientador Gleidson e minha co-orientadora Cláudia que se privaram muitas vezes de seus afazeres. Ao meu namorado André, que esteve a todo o momento me ajudando, compreendendo e me acalmando. À Simone. A todos os voluntários, pois sem todos eles eu não teria concluído. 6 RESUMO O objetivo deste estudo foi verificar o DP em exercícios resistidos de mesmo grupo muscular na musculação. De cunho descritivo, a pesquisa foi realizada com 12 indivíduos, homens normotensos e tipos diferentes de condicionamento, com idades 32 a 50 anos que se submeteram à avaliação física e clinica prévia. Foram utilizadas as medidas de tendência central (média e desvio padrão) para a representação dos valores para cada variável. A estatística inferencial foi aplicada com intuito de analisar as diferenças entre as variáveis e para tanto foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas. Os resultados da amostra refletem que as análises das variáveis em relação ao exercício da cadeira extensora para diferentes tipos de intensidades, em função da prática regular, apresentaram diferença significativa maior nos indivíduos praticantes, e no leg press nos não praticantes. Já comparando a variável e o exercício da CE e LP, pode se observar que houve maior importância na PAS em ambos os grupos de indivíduos. O comportamento das variáveis nos exercícios distintos em função da intensidade em ambos os grupo de indivíduos, apresentou diferença relevante para p < 0,05 nos exercícios da CE. Com base nos resultados apresentados anteriormente, podemos concluir que o DP foi mais extenuante no exercício da CE em relação ao LP, onde encontrou os menores valores nas variáveis estudadas, podendo ser considerada uma prática de baixo risco cardiovascular. Palavras-chave: Duplo Produto, Freqüência Cardíaca, Pressão Arterial e Exercícios Resistidos. 7 ABSTRACT The purpose of this study was to verify the DP in exercises resisted the same muscle group in bodybuilding. From stamp descriptive, the survey was conducted with 12 individuals, men with normal and different types of conditioning the fourth and fifth decade aged 32 to 50 years which is not subjected to physical and clinical avaliation prior, following Rummel apud Galiano (1986). We used measures of central tendency (mean and standard deviation) for the representation of the values for each variable. The inference statistical was applied in order to examine the differences between the variables and was used for both an ANOVA for repeated measures. The results reflect that the sample analyses of the variables in relation to the exercise of the extensor chair for different types of intensities, depending on the regular practice, showed significant difference in individuals more practitioners, and the leg press in not practicing. Already correlating the variable and the exercise of the EC and LP, can be observed that there was greater importance in the SBP in both groups of individuals. The behaviour of variables in different years depending on the intensity in both group of individuals, submitted to relevant difference p <0.05 biggest exercises in the EC. Based on the results presented above, we can conclude that the PA was more strenuous exercise in the EC in relation to the LP, he found the lowest values in the variables studied, may be considered a low risk of cardiac practice. Key-words: Double Product, Heart Frequency, Systolic Blood Pressure, Diastolic Blood Pressure, Resisted Exercises. 8 SUMÁRIO RESUMO................................................................................................................... 06 ABSTRACT............................................................................................................... 07 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 09 1.1 O PROBLEMA..................................................................................................... 09 1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 10 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 13 1.3.1 Geral................................................................................................................. 13 1.3.2 Específicos ....................................................................................................... 13 2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 14 2.1 IMPORTÂNCIA DAS AVALIAÇÕES MÉDICA E FÍSICA PARA ATIVIDADE FÍSICA ............................................................................................ 14 2.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A FREQÜÊNCIA CARDÍACA ................................ 14 2.3 COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA E DIASTÓLICA EM DIFERENTES ATIVIDADES ......................................................................... 15 2.4 DUPLO PRODUTO COMO VARIÁVEL FISIOLÓGICA NO TRABALHO CARDÍACO ..................................................................................... 16 2.5 VALORES DE REFERÊNCIAS EM DIVERSAS POPULAÇÕES ........................ 19 3. METODOLOGIA ................................................................................................... 22 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 22 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ................................................................................ 22 3.2.1 População ........................................................................................................ 22 3.2.2 Amostra ............................................................................................................ 22 3.3 INSTRUMENTOS DE MEDIDA ........................................................................... 23 3.4 PROCEDIMENTOS ............................................................................................. 23 3.5 TRATAMENTO ESTATÍSTICO ........................................................................... 24 4. RESULTADO E DISCUSSÃO .............................................................................. 25 5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES .......................................................................... 34 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35 ANEXO 1 ................................................................................................................... 39 ANEXO 2 ................................................................................................................... 40 9 1. INTRODUÇÃO 1.1 PROBLEMA Atualmente, centenas de pessoas em todo o mundo estão procurando cada vez mais programas de atividade física. Com diversos objetivos além do objetivo puramente estético, muitos estão se vendo obrigados a participar de tais programas a fim de controlar e até mesmo diminuir certas variáveis fisiopatológicas para a melhoria da saúde e conseqüentemente de sua qualidade de vida. A realização destes exercícios físicos desencadeia uma série de respostas fisiológicas nos vários sistemas corporais e em particular no sistema cardiovascular (KATCH, McARDLE, 1990). Os estudos de Framinghan (1994, apud KANNEL; THRON, 1994), que acompanhou durante 40 anos mais de nove mil pacientes, demonstraram que a insuficiência cardíaca afeta aproximadamente 2,5% dessa população com idade maior ou igual a 45 anos. De todos os sintomas da insuficiência cardíaca, a intolerância ao exercício constitui-se no mais importante fato na limitação do paciente (YAZBEK e cols., 2005) No Brasil, a busca da estética é cada vez mais divulgada na mídia, incutindo nos mesmos, padrões globais de beleza e da forma física. Baseado nisso, é que o estudo do grupo de músculos abdominais é relevante, visto que a quantidade de praticantes de atividade física no mundo inteiro e inclusive no Brasil vem crescendo ano a ano (CAMARGO et al., 2003). Desta forma, é preciso cercar-se de precauções para incrementar tanto quanto possível a segurança desta prática – a quantificação da sobrecarga cardiovascular associada ao exercício é uma das estratégias de que se lança mão neste sentido (FARINATTI; LEITE, 2002), já que a fim de manter a homeostase celular diante do rápido aumento das necessidades metabólicas há um aumento significativo do débito cardíaco, uma redistribuição do fluxo sangüíneo e uma elevação da perfusão circulatória para a musculatura ativa. 10 Os níveis de pressão arterial sobem durante o exercício físico, porém sabe-se que o mesmo praticado de forma regular e freqüente contribui para que haja uma redução da mesma, tanto de forma aguda como crônica (ARAÚJO, 2001). As variáveis mais freqüentemente utilizadas para controlar a intensidade do exercício em termos cardiovasculares são: a freqüência cardíaca (FC) e a pressão arterial (PA). Todavia, um terceiro parâmetro revela-se igualmente útil, ainda que pouco utilizado no âmbito do treinamento da força - o duplo-produto (DP), definido pelo produto entre FC e pressão arterial sistólica (FARINATTI; ASSIS, 2000). Face ao exposto e na possibilidade de contribuir para um melhor planejamento de dados, que possam subsidiar futuras pesquisas e um melhor desenvolvimento dos indicadores de saúde não só desta, mas como de qualquer população que pretenda iniciar uma prática regular de atividade física, pretende-se, através deste estudo responder o seguinte problema: “Qual o DP em exercícios resistidos para os mesmos grupos musculares?” 1.2 JUSTIFICATIVA No estágio atual da civilização humana, o avanço tecnológico aliado à ênfase da forma de expressão humana escrita, oral, e virtual, em detrimento da expressão corporal, mudou drasticamente a forma de vida dos indivíduos, tanto no trabalho quanto no lazer (GOBBI, VILLAR, ZAGO, 2007). Não obstante, em meio a tantos problemas cardiovasculares existentes atualmente, o sedentarismo é apontado como um dos fatores de risco mais relevantes, tornando-se óbvio, e instalando-se precocemente em escolas, cujas atividades curriculares requerem na maioria do tempo o comportamento “sentado quieto”; nas empresas onde a divisão do trabalho reduz o indivíduo a um cérebro intelectual, ou ao mecanicismo da linha de produção; e nos espaços de lazer, a tendência é enfatizar atividades sedentárias como televisão, jogos eletrônicos, internet, associados à diminuição dos espaços livres, (GOBBI, VILLAR, ZAGO, 2007). Achar que atividades rotineiras como, a caminhada para o trabalho, o jogo de futebol de domingo, ou a faxina de sexta-feira proporcionam um condicionamento 11 físico relacionado à saúde é um engano, pois, são nessas situações que ocorrem os maiores riscos cardíacos. De fato, quando nos referimos ao condicionamento relacionado à saúde, estamos fazendo relação à “capacidade orgânica de resistir às tarefas diárias e ocasionais, assim como desafios físicos e inesperados, com mínimo de cansaço e desconforto, isto é, possuir reservas energéticas suficientes para fazer aquilo que se deseja (ACSM, 1996)”. Segundo Hoffman (2002), o condicionamento físico relacionado à saúde é associado a várias atividades físicas, em conseqüência disso, o mesmo, nos proporciona auto-suficiência, auto-expressão, trabalho, educação, saúde e competição, levando-nos à resistência nas tarefas diárias bem como a seu tipo, intensidade, duração e freqüência. O programa de condicionamento físico para atletas trata da realização de exercícios vigorosos, grande duração e freqüência, podendo atingir até sete dias por semana; já para os sedentários seu programa envolve atividades diversificadas, intensidade submáxima e variadas durações podendo chegar a aproximadamente sessenta minutos (60min.), com freqüência de três a cinco vezes por semana, conforme descrito por Gobbi, Villar e Zago (2007). Portanto não havendo uma atividade física contínua que promova um condicionamento físico real no corpo como um todo, em particular o coração, não estando este preparado para o esforço físico, podem surgir alterações cardiovasculares súbitas e em determinadas circunstâncias serem fatais, devendo ser levadas em consideração pelo preparador físico (professor), sabe-se que durante o exercício ocorrem alterações cardiovasculares com o objetivo comum que o sistema satisfaça as demandas aumentadas impostas a ele, realizando suas funções com sua máxima eficiência. De acordo com o Ministério da Saúde (2001), estima-se que aproximadamente 60-70% das pessoas não sejam ativas fisicamente de maneira regular. Há evidências de que a prática regular de atividade física é um fator contribuinte essencial para prevenir e reabilitar problemas de saúde , em especial para o desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis; a atividade física moderada, exercida de forma regular, diminui em 40% a probabilidade de morrer por doenças cardiovasculares, e, associada a uma dieta adequada, reduzir em 58% o 12 risco de progressão do diabetes tipo II; cerca de 70% da população é integrada por indivíduos sedentários. Diante da falta de conhecimento da população, o hábito de não praticar atividade física por viver uma vida cotidiana apressada, surgem nas academias vários clientes portadores de alguma patologia ocasionada pelo sedentarismo e uma má alimentação, muitas vezes controlada por medicamentos que proporcionam uma estabilidade do quadro clínico. Entretanto tal estabilidade pode ser alterada se não forem observados alguns cuidados com a atividade física prescrita, e, dependendo da doença, esta pode ter seu quadro agravado. Desta forma torna-se importante que o educador físico faça uma anamnese atenta para verificar a real situação físicoclínica do cliente, proporcionando-lhe a atividade física adequada. Portanto, o educador físico antes de pré-estabelecer uma periodização para ditas “pessoas normais”, deve solicitar avaliação médica e proceder à avaliação física estabelecendo uma margem de segurança para cada cliente, podendo desenvolver um trabalho de intensidade moderada a vigorosa, onde os álibis mais importantes para se estabelecer um trabalho cardíaco seguro são a freqüência cardíaca (FC) e a pressão arterial (PA). O monitoramento isolado dessas variáveis (PA e FC), entretanto, não nós garante um nível significativo; todavia, a observação conjunta delas, por meio do cálculo do duplo produto (DP), pode nos fornecer um terceiro parâmetro, ainda pouco utilizado pelos profissionais da saúde. Segundo Miranda et al. (2005), o DP nos informa, de maneira indireta, uma estimativa do consumo de oxigênio por parte do músculo cardíaco (MVO2), nos fornecendo um parâmetro de segurança para a prescrição e o acompanhamento da prática dos exercícios físicos por diversas populações, inclusive idosos. Segundo Pollok et al. (2000), a taxa de trabalho imposta ao miocárdio é menor em exercícios resistidos do que em exercícios aeróbicos, representada por um menor DP (Duplo produto) em decorrência de um menor pico na FC. Diante do exposto essa pesquisa busca avaliar o DP máximo dentro dos parâmetros fisiológicos estudados nos exercícios resistidos (ER), com peso e mesmos grupos musculares a partir da análise dos resultados obtidos. 13 1.3 OBJETIVO 1.3.1 Geral Analisar o DP em exercícios resistidos distintos de mesmo grupo muscular na musculação. 1.3.2 Específico Verificar o DP em indivíduos com diferentes tipos de condicionamento. Comparar os valores do DP em função dos exercícios resistidos. Mensurar a avaliação pressórica nos exercícios estudados. 14 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 IMPORTÂNCIA DAS AVALIAÇÕES MÉDICA E FÍSICA PARA ATIVIDADE FÍSICA. A avaliação médica é realmente necessária antes de se iniciar um programa de exercício, podendo auxiliar o avaliador físico na prescrição de exercícios a fim de verificar a existência ou não de problemas (JACK; DAVID, 2001, p.612). A avaliação física tem um papel mais abrangente do que testar e atribuir graus, determinando a importância da informação coletada como também o de obter e observar progressos. Na atividade física, o movimento corporal e o gasto de energia produzido pelos músculos esqueléticos é o resultado de um condicionamento geral do corpo conhecido como exercício sendo realizado de forma regular (ACSM, 1996). 2.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A FREQUÊNCIA CARDÍACA. A freqüência cardíaca (FC) é um parâmetro que fornece informações sobre o sistema cardíaco vascular, que reflete a quantidade de trabalho realizado pelo coração para satisfazer as demandas aumentadas do corpo durante a atividade ou em repouso. A sua mensuração pode ser feita através do pulso do individuo (MATTSON, et al., 2004). Sabe-se que a FC tende a aumentar em proporção direta com a intensidade do exercício até chegar próximo ao ponto de exaustão, onde começa a se estabilizar, indicando a proximidade do valor máximo. O valor mais elevado da freqüência cardíaca (FCmáx.), só é alcançado no ponto máximo da exaustão. Este permanece diariamente e altera-se de forma discreta a cada ano, podendo ser estimado com a subtração da idade de 220 (FCmáx. = 220 – idade), fornecendo assim uma idéia aproximada da FCmáx. No entanto, vale salientar que se trata apenas de uma estimativa, uma vez que 68% dos indivíduos com 40 anos de idade apresentam uma FCmáx. entre 168 e 192 batimentos/min. e 95% deles 15 apresentam valores entre 156 e 204 batimentos/min., o que demonstra a possibilidade de erro na estimativa da FC de uma pessoa (JACK; DAVID, 2001). Em níveis submáximos de exercício a FC aumenta rapidamente até atingir a FC no estado estável (platô), sendo ideal para suprir as demandas circulatórias de uma determinada taxa de trabalho. Entretanto, a cada aumento de intensidade e FC, um novo estado estável é atingido. 2.3 COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA E DIASTÓLICA EM DIFERENTES ATIVIDADES A pressão arterial é representada pela pressão do sangue que se move através da parede arterial, alcançando o seu pico pressão arterial sistólica (PAS), durante a ejeção do sangue ocorrendo a sístole, no qual é determinada em grande parte pelas características do volume-contração e a habilidade da aorta estirar e acomodar-se ao volume-contração. No seu nível mais baixo pressão arterial diastólica (PAD), ocorre no relaxamento do coração a diástole, que é determinada em grande parte pela a energia estocada na aorta conforme suas fibras elásticas são estiradas durante a sístole e pela resistência ao fluxo de sangue oriundo dos vasos sanguíneos periféricos. A pressão arterial é determinada pelo débito cardíaco (volume – contração x freqüência cardíaca) e a resistência que o sangue encontra, conforme se move através dos vasos periféricos (MATTSON, et al., 2004). Ao examinarmos as diferenças da pressão arterial durante o exercício, podemos distinguir a pressão sistólica da diastólica, porque elas apresentam diferentes alterações. O aumento da PAS é resultante do aumento do débito cardíaco (Q) que acompanha o aumento da taxa de trabalho. Isto auxilia a impulsionar o sangue rapidamente através do sistema circulatório, o que determina a quantidade de líquido que deixa os capilares, entrando nos tecidos e transportando os suprimentos necessários. Nesse processo, a PAD é pouco alterada durante o exercício de endurance, independente de sua intensidade, pois a PAD reflete a pressão nas artérias quando o coração está em repouso. Não há razão para esperar aumento significativo da pressão, já que nenhuma dessas alterações a modifica (JACK; DAVID, 2001). 16 2.4 DUPLO PRODUTO COMO VARIÁVEL FISIOLÓGICA NO TRABALHO CARDÍACO Em vários estudos foi demonstrada a importância do duplo produto (DP) como um parâmetro que evidencia o trabalho cardíaco na avaliação da função ventricular especulando-se que valores elevados no pico do esforço, refletindo o trabalho cardíaco, devam estar relacionados à boa função ventricular e ausência de isquemia, o contrário acontecendo no caso de valores muito baixos, são relacionados a uma má função ventricular e uma provável presença de isquemia miocárdica que surge quando não há sangue suficiente chegando através das artérias coronárias para atender a demanda metabólica do músculo cardíaco, essas limitações são mais comumente decorrentes da aterosclerose, hipertensão arterial sistêmica, o vasoespasmo e a trombose, fatores que contribuem para a interrupção súbita ao fornecimento do O2 ao miocárdio (SAFONS et al., 2008; LOPES et al., 2006; ASSUNÇÃO et al. 2007, MATTSON, 2004). O DP está relacionado com FC e PA, no qual o DP é o resultado da expressão matemática que é a multiplicação da Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Cardíaca avaliada tradicionalmente em regime de esforço, e assim relata uma estimativa do trabalho do miocárdio, algumas patologias já citadas podem ser diretamente relacionadas com o DP. O Duplo produto tende a aumentar durante as atividades físicas, mas o seu comportamento depende do tipo de exercício, a intensidade, a duração e as condições ambientais nas quais a intervenção foi realizada (POLITO & FARINATTI, 2004). Em relação ao repouso, os valores do DP tendem a ser baixos nos exercícios resistidos e alto até cinco vezes mais em exercícios aeróbicos (FARINATTI; ASSIS, 2000; MIRANDA et al., 2005). Valores elevados do DP durante um exercício são sinônimos de aumento da FC, no volume sistólico, no débito cardíaco e, em alguns casos na resistência sistêmica (LEITE; FARINATTI, 2003). Por exemplo, a súbita exacerbação da atividade simpática, com o aumento na pressão arterial (PA), freqüência cardíaca (FC), força de contração e fluxo sanguíneo coronariano, aumentando o risco de rupturas das placas ateroscleróticas (MATTSON, 2004). Portanto o DP pode ser utilizado como um parâmetro seguro para prescrição e o acompanhamento da prática de exercícios físicos por diversas populações, inclusive 17 idosos (MIRANDA et al., 2005; POLITO, 2004; MACARTNEY, 1999). O DP tem como índice forte correlação (r=0,88) com o consumo de oxigênio do miocárdio (MVO2) apresentando-se como melhor predito indireto do esforço cardiovascular, e não- invasivo do ponto de vista de intervenção para o trabalho do miocárdio tanto em repouso como em esforço, e a sua determinação consiste na avaliação da dor torácica e dos esquemas terapêuticos protetores para a isquemia miocárdica (CONSELHO NACIONAL DE ERGOMETRIA, 1995). No entanto, seria conveniente utilizar este parâmetro como referencia no momento de prescrever uma atividade física com segurança, pois permiti verificar o efeito da atividade física no sistema cardiovascular (FARDY, 1981; PARCA et al., 2004). Sabe-se que cada exercício provoca uma reação tanto na PAS como na FC dependendo da intensidade e sua duração, logo pesquisadores, tem se preocupado em analisar e esclarecer as principais adaptações provocadas pelos diferentes tipos de exercícios (aeróbicos e exercícios resistidos) relacionados ao sistema cardiovascular (ASSUNÇÃO et al., 2007). Segundo Leite e Farinatti (2003), o duplo produto é uma variável pouco utilizada pelos profissionais de saúde. No entanto esse parâmetro está diretamente relacionado, como já foi falado, com a FC e PA e assim expressando a intensidade do esforço do miocárdio. De acordo com Fardy (et al., 2001, apud POLITO, 2004), antigamente, exercícios com pesos não eram considerados seguros para população de risco, pois os mesmos foram associados a grandes aumentos da FC e PA. Entretanto, estudos sobre atividade física com peso demonstraram segurança e grandes benefícios a saúde de cada individuo, quando utilizado volume e intensidade apropriada. Segundo Pollock et al. (2000, apud POLITO, 2004), a taxa do trabalho imposta ao miocárdio é menor em exercícios resistidos do que em exercícios aeróbios, representado por uma menor DP alcançando nos primeiros, devido a um menor pico de FC. Os exercícios aeróbios como resposta normal, tanto a PAS como a FC aumentam quase na mesma proporção, logo se pode dizer que a musculação com séries 8 a 12 repetições seria mais indicado para clientes que apresentem dores torácicas, ou quadro de angina que associa-se a obstrução coronária fixa, produzindo diferença entre o fluxo sanguíneo coronário e as necessidades 18 metabólicas do miocárdio, sendo precipitadas por situações que aumentem as demandas de trabalho do coração como esforço físico, no qual somente a PAS aumenta mesmo porque não há tempo hábil para uma resposta de aumento da FC (MARINS; GIANNICHI, 2003; MATTSON, 2004). Evidências têm mostrado que os ER podem ser aplicados com segurança mesmo em casos de indivíduos portadores de acometimentos cardiovasculares e também podemos evidenciar que quanto menor a massa muscular solicitada menor será o DP em sua forma absoluta (POLLOCK, et al., 2000; GOBEL et al., 1978; SIMÃO, 2003; LEITE, 2003). Alguns exercícios com os braços podem aumentar esses valores, quando comparados com os exercícios executados apenas com as pernas. Enfim, para prescrição de exercício devemos controlar a intensidade de modo seguro, e adaptar o exercício ao perfil do cliente, no qual dispomos de muitos recursos tais como a FC, Limiar Anaeróbio, Pressão Arterial, Escala de Borg e, Duplo-Produto (MARINS; GIANNICHI, 2003; MORAES et al., 2000). Segundo Moraes et al. (2000), diante de um cliente cardiopata, torna-se um erro a prescrição, na musculação, de séries com muitas repetições, com pouco peso, pois os exercícios com pouco peso propiciam uma maior possibilidade de elevação da FC, levando também a um aumento da PA, o que resulta em um maior DP. McArdle 98 cita na página 267 que o DP pode variar de 6.000 em repouso (FC =50 e PAS 120 mm Hg) a 40.000 (FC = 200 e PAS 200 mm Hg tomar como exemplo, a prática de corrida em esteira com velocidade próxima ao seu Limiar Anaeróbio. A PAS do indivíduo pode estar aferida em 140 x 70 mm Hg e sua FC em 170 bpm. O DP terá resultado igual a 23.800. O mesmo indivíduo em outro dia de atividade, pode desenvolver atividade mais intensa, com sua PAS alcançando níveis de 160 mm Hg, porém a FC sem sofrer aumento significativo, atingindo um pico de 110 bpm. O resultado do DP será de 17.600. Se a série for ainda mais intensa, sua repetição será menor, conseqüentemente o tempo hábil para elevação da FC será menor. Portanto, teoricamente, mais seguro. Entretanto se o cliente gosta de exercício aeróbio este pode ser um dado importante para se recomendar, de maneira mais segura, a baixa intensidade nessas atividades, partindo do princípio que, para diminuir o Duplo-Produto, ou diminuímos a PAS ou a FC (MORAES et al., 2000). 19 2.5 VALORES DE REFERÊNCIAS EM DIVERSAS POPULAÇÕES Segundo Miranda, et al. (2005), realizaram a análise da FC, PAS, PAD e DP, no supino reto deitado (SRD) e supino reto sentado (SRS). Pode-se observar que não houve uma diferença significativa, porém o SRD apresentou todas as repostas fisiológicas estudadas menores que o SRS. De acordo com Polito et al. (2004), o tempo total de execução do exercício representa um importante aspecto influenciador nas respostas cardiovasculares agudas ao esforço, sobre tudo na PAS, que repercute diretamente no DP. Lopes, Gonçalves e Resende (2006), ao estudarem os parâmetros fisiológicos (DP e PAS), observou que a reposta hipotensiva aguda se torna mais acentuada pós-exercício em circuito na musculação do que nos exercícios de esteira e bicicleta, todos a 60% da carga de 1 RM, provavelmente ocasionada pela vasodilatação por uma maior massa muscular envolvida. Com base no DP Safons et al. (2008), verificaram que a dança de salão aplicada dentro dos parâmetros tradicionais em uma aula de educação física, constituída de aquecimento 10 min., treinamento 30 min. e relaxamento com 10 min., pode ser considerada uma prática de baixo risco cardíaco que não ultrapassa o limite mínimo proposto pelo ACSM do valor da FC para trabalho aeróbico em idosos saudáveis. Fornitano e Godoy (2006), demonstraram que o DP elevado constitui-se de uma variável importante para prever a ausência de doença arterial coronariana obstrutiva significante em indivíduos com teste ergométricos positivos, tornando-se um parâmetro útil para as decisões clinicas. Bruce et al. (1974 apud THOMPSON, 2004) tentaram separar os efeitos do envelhecimento e da cardiopatia vascular sobre a freqüência cardíaca máxima, analisando dados de mais de dois mil homens saudáveis de meia idade e subgrupos de mais de dois mil pacientes ambulatoriais do sexo masculino com hipertensão, cardiopatia coronariana ou ambos, onde todos foram submetidos ao teste de esforço máximo em esteira, efetuando-se regressão por idade dos dados de cada subgrupo e posterior comparação. Observou-se que qualquer diferença substancial na 20 inclinação implicaria que a doença, independente da idade, influenciava as freqüências cardíacas máximas. Cooper et al. (1974 apud THOMPSON, 2004) examinaram a resposta da freqüência cardíaca máxima (FCmáx.) ao teste de esteira em mais de dois mil e quinhentos homens com idade de 10 e 80 anos, com média de 43 anos, eliminou-se pacientes ECGS em repouso anormais e aqueles incapazes de gerar esforço máximo, foram determinados níveis de condicionamento cardiovascular segundo tempos de esteira ajustados pela idade, usando o protocolo de Balke-Ware, seus dados demonstraram que indivíduos com baixo condicionamento alcançaram FCmáx. inferiores, essas diferenças eram mais divergentes em idades avançadas e a população com bom condicionamento cardiovascular teve um declínio mais lento de FCmáx. com o envelhecimento em comparação com a outra população. Londeree e Moeschberger, (1984 apud THOMPSON, 2004), compilaram dados de vinte e três mil pacientes com idade entre 5 e 81 anos com regressão múltipla passo a passo, revelou que a idade sozinha era responsável por 75% da variabilidade, outros fatores acrescentavam cerca de 55 e incluía o modo de exercício, o nível de condicionamento e o continente de origem, mais não o sexo. As FCmáx. foram menores na bicicleta do que na esteira e ainda menores com natação, sua análise revelou que indivíduos treinados apresentam FCmáx. significativamente menores, sua amostra teve um intervalo de confiança de 95%, mesmo quando o responsável por esses fatores foi de 45 bpm/min. Polito (2004) verificou que em exercícios de força com indivíduos saudáveis e experientes em treinamentos de força, não houve alterações significativas na FC por intervalos de recuperação de até dois minutos em três séries, já as demais variáveis, e principalmente a PAS, parecem ser sensíveis no número de séries e tempo de intervalo. Durante a execução da extensão do joelho realizada em diferentes formas, extensão de joelho unilateral e bilateral , até a exaustão, Rosa et al. (2004), verificaram que a extensão de joelho unilateral não repercutiu sobre a resposta cardiovascular aguda durante ou após o exercício, entretanto a extensão de joelho bilateral mostrou tendência a elevar a PAS e o DP em relação à unilateral, o que deve ser considerado na prescrição para populações especiais. 21 Pesquisas feitas por Guedes et al. (2002), com duzentos e oitenta e um adolescentes (157 moças e 124 rapazes) com idade entre 15 e 18 anos, buscaram investigar fatores de risco predisponentes a doenças cardiovasculares em adolescentes. O mesmo recorreu ao conteúdo de gordura corporal, ao MIVO2, a pressão arterial e as concentrações de lipídeos-lipoproteínas plasmáticas, com estimativa quanto aos índices de sensibilidade e especificidade de 20% e 70%, 30% e 85%. Indicadores morfológicos demonstraram que a cada quatro adolescentes três possuem fatores de risco predisponentes às doenças cardiovasculares. Segundo Maior et al. (2007), o DP é considerado o melhor indicador de sobrecarga cardíaca em exercícios de força. Os resultados do seu estudo mostraram que não havendo alteração significativa em um de seus componentes (PAS), com a utilização prévia de eletro estimulantes aos exercícios de força, há preservação cardiovascular em relação ao grupo sem eletro estimulação. 22 3. METODOLOGIA 3.1 CARACTERÍSTICA DA PESQUISA A pesquisa foi realizada seguindo o método descritivo, segundo Rummel (apud GALLIANO, 1986), já que tentou explicar fatos e características presentes numa determinada população ou área de interesse. Não testamos hipóteses, e sim buscamos apenas descrever uma situação em virtude de eventos pré-determinados, tentando assim, identificar possíveis diferenças e analisar suas respostas. Será realizada pesquisa com utilização de questionários PAR-Q (Physical Activity Readiness- liberação para atividade física) e esfigmomanômetro digital para aferição da FC, PAS e PAD e com as coletas destes dados ser feito o calculo do DP em duas máquinas distintas de musculação, legg (LGG) e extensora (EXT). 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA 3.2.1 População Indivíduos com diferentes estágios de condicionamento em Natal-RN. 3.2.2 Amostra A amostra foi composta de 12 indivíduos do sexo masculino normotensos, dos quais seis são praticantes de atividade física há no mínimo seis meses e seis não praticantes de atividade física regular há cinco anos, em média, com idade entre 32 e 50 anos. 23 3.3 INSTRUMENTOS DE MEDIDA Para avaliar o DP foram utilizados os aparelhos de cadeira extensora e leg press, o questionário PAR-Q (Physical Activity Readiness- liberação para atividade física) e com assinatura prévia do termo de consentimento conforme a resolução no 196/96 Conselho Nacional de Saúde do Brasil, esfigmomanômetro digital, marca Microlite e modelo 3AC1 para aferição da FC, PAS e PAD em repouso e pós exercício. 3.4 PROCEDIMENTOS A amostra foi constituída com 12 voluntários homens com idade entre 32 e 50 anos, onde 6 são praticantes de atividade física há no mínimo 6 meses com freqüência de quatro vezes por semana, e os outros 6 não praticantes com pouca experiência em exercícios resistidos. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento esclarecido conforme as recomendações da resolução 196/96 do conselho nacional da saúde, e responderam ao questionário PAR-Q, que foi utilizado como critério de exclusão se houvesse algum item positivo. A coleta de dados foi realizada antes e após a aplicação de testes de força com grupo muscular semelhante, quadríceps femural, e em exercícios distintos. Os testes foram realizados em duas semanas, pré testes e testes, conforme o descrito a seguir: Foi realizado uma semana de pré teste sendo aferidos a FC, PAS e PAD em repouso após cinco minutos de descanso, com o indivíduo na posição sentado. Aplicou-se teste de 1RM para os valores de carga máxima obtidos ao longo de três tentativas com intervalo de 2 min. entre as mesma. Desse modo considerou-se como carga máxima quando o avaliado não conseguir mais realizar o movimento completo, sendo validado como carga máxima o valor obtido na última execução, a cada nova tentativa realizou-se a adição de incrementos progressivos de 10Kg no máximo. 24 Na semana de realização do teste foram aplicados 12 repetições de 1RM nas intensidades de 55%, 60% e 65% da carga máxima, com aferição das variantes FC, PAS e PAD, ao final da execução da 12ª repetição dos exercícios da cadeira extensora (CE) e leg press (LP) com auxílio do esfigmomanômetro. Nos exercícios da CE o indivíduo assumia a posição sentado, com as pernas formando um ângulo de aproximadamente 90° com o tronco executando a extensão dos dois joelhos simultaneamente. Nos exercícios de LP com o banco em um ângulo de 45°, o indivíduo assumia a posição sentado, com os pés posicionados entre si e a uma distancia aproximadamente igual à dos ombros, com as pernas formavam um ângulo de 90° com as coxas. O indivíduo realiza um extensão da articulação coxofemoral e do joelho retornando a posição inicial para uma nova repetição. Os intervalos entre as intensidades variam entre 2 a 3min., e entre os aparelhos, em torno de 5 min. Após a finalização dos testes, com o auxílio do material coletado dos valores da FC e PAS em repouso e logo depois do exercício nas 02 (duas) máquinas distintas de musculação, foi aplicada a fórmula DP= FC*PAS, do elaborador Hellerstein & Wenger (1978) para a obtenção dos resultados. 3.5 TRATAMENTO ESTATÍSTICO Foram utilizadas as medidas de tendência central (média e desvio padrão) para a representação dos valores para cada variável. A estatística inferencial foi aplicada com intuito de analisar as diferenças entre as variáveis e para tanto foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas. 25 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Podemos encontrar na literatura um grande número de estudos relacionados às respostas cardiovasculares agudas durante os exercícios físicos, entretanto respostas hemodinâmicas relacionadas às diferenças do DP significativas com intensidades e populações distintas, aparecem pouco dentro da literatura cientifica. A seguir são apresentados os resultados da estatística descritiva para as variáveis observadas, FC, PAS, PAD e DP nas diferentes situações de esforços, estudados em exercícios de CE e LP para níveis de intensidade, 55%, 60% e 65% nos indivíduos praticantes e não praticantes em função da prática da atividade física regular. No presente estudo percebe-se que as variáveis estudadas no exercício CE para os diferentes níveis de intensidade nos indivíduos praticantes apresentaram diferenças significativas comparadas aos não praticantes na FC intensidade de 55%, PAS a 55% e 60%, PAD a 55% e 60% e no DP a 60%. TABELA 01: Análise das Variáveis de estudo em exercício de Cadeira Extensora para diferentes níveis de intensidade em função da prática de atividade física regular. CADEIRA EXTENSORA VARIÁVEL INTENSIDADE Praticante Não Praticante FC 55% 1RM 60%1RM 97,66 + 4,93* 90,83 + 4,93 105,00 + 9,02 99,66 + 9,02 65%1RM 100,50 + 6,11 106,00 + 6,11 55%1RM 60%1RM 124,00 + 7,01* 141,16 + 7,01 151,83 + 8,77* 139,50 + 8,77 65%1RM 126,83 + 8,34 131,83 + 8,34 55%1RM 60%1RM 88,16 + 5,47* 80,00 + 5,47 89,83 + 3,34* 76,83 + 3,34 65%1RM 80,50 + 4,15 77,00 + 4,15 55%1RM 60%1RM 12097,50 + 1104,63 12956,33 + 1104,63 15647,16 + 1337,16* 13893,00 + 1337,16 65%1RM 12838,83 + 1377,86* 14044,50 + 1377,86 PAS PAD DP * = Diferença significativa para p < 0,05 comparando Pratica x Não Pratica 26 Entretanto no exercício de LP não houve diferença significativa nos diferentes níveis de intensidades para os praticantes, em comparação com os não praticantes que mostraram diferenças significativas para p< 0,05 nas variáveis da FC a 55% e 60%, PAS em todas as intensidades e DP a 55% e 60%. A PAD não apresentou diferença. TABELA 02: Análise das Variáveis de estudo em exercício de Leg Press para diferentes níveis de intensidade em função da prática de atividade física regular. LEG PRESS VARIÁVEL INTENSIDADE Praticante Não Praticante FC 55% 1RM 98,66 + 6,26* 105,50 + 6,26 60%1RM 97,83 + 4,95* 107,83 + 4,95 65%1RM 98,16 + 4,61 104,50 + 4,61 55%1RM 119,66 + 10,95* 132,33 + 10,95 60%1RM 114,16 + 7,53* 133,66 + 7,53 65%1RM 116,83 + 6,62* 124,16 + 6,62 55%1RM 69,00 + 3,85 73,16 + 3,85 60%1RM 70,83 + 4,77 70,66 + 4,77 65%1RM 75,83 + 4,52 75,16 + 4,52 55%1RM 11484,16 + 919,65* 13941,66 + 919,65 60%1RM 11120,66 + 997,43* 14473,33 + 997,43 11508,33 + 930,92 12984,83 + 930,92 PAS PAD DP 65%1RM * = Diferença significativa para p < 0,05 comparando Pratica x Não Pratica Entretanto podemos observar de acordo com as tabelas 1 e 2, o exercício do CE foi mais extenuante para os indivíduos praticantes e o exercício do LP para os indivíduos não praticantes. Podendo assim dizer que o DP teve variação com maior influencia da PAS na intensidade a 60% no exercício da CE. Já o LP foi influenciado pela PAS e FC nas intensidades de 55% e 60%, por mais que em todas as intensidades a PAS tenha apresentado diferenças significantes, no entanto como as duas variáveis FC e PAS possuem diferenças na intensidade de 55% e 60% corroboram para o valor do DP significante. 27 Os exercícios escolhidos permitiam uma fácil execução, de acordo com a diferença na função da prática dos exercícios impostos aos avaliados. Os mesmo foram orientados para trabalharem a expiração na fase concêntrica e a inspiração na fase excêntrica, para assim evitar a manobra de Valsalva. Foi verificado que os não praticantes e os praticantes tinham certa dificuldade de coordenar a respiração em meio ao exercício, fazendo-o em apnéia na maioria das repetições e tornando-se cada vez mais difícil à medida que aumentava-se a sua intensidade (nível de dificuldade). Assim pode-se verificar um aumento da FC, se comparado ao repouso na hora do esforço, após o alívio do esforço o retorno venoso é subitamente restabelecido, o volume de contração e a PAS sofrem alterações acentuadas, e assim podemos explicar a elevação da PAS em função da experiência dos indivíduos na prática de atividades físicas. Segundo Porth (2004 p.404-407), a manobra de Valsalva pode ser empregada como método de teste dos reflexos circulatórios, onde observa-se o aumento da FC e da resistência periférica total ocorrendo durante o esforço de Valsava seguido de bradicardia ao relaxamento, sendo percebidos pelos barrorreceptores, que são receptores sensíveis à pressão localizada nas paredes dos vasos sanguíneos e do coração. Farinatti et al. (2007) compararam a FC, PAS e DP em grupamentos semelhante de população pouco experiente em exercícios contra-resistência, onde observou que a PAS nos exercícios de CE e LP não apresentou diferença significativa entre eles, só em relação ao repouso, podendo notar que a FC pareceu ter maior influência sobre o DP. Com relação à esta pesquisa estudada, observouse que PAS teve comportamento diferenciado nos exercícios ECR com diferenças significativas nos exercícios propostos de CE e LP, podendo-se dizer que o DP foi mais influenciado pela mesma . O tratamento estatístico da tabela 3 mostrou que houve diferença significativa na variável do estudo nos exercícios de CE e LP com intensidades de 55%, 60% e 65%. Para os indivíduos praticantes, com relação à FC no exercício da CE, houve diferença para p<0,05 a 60%, comparado ao LP. A PAD só apresentou alteração a 55% no exercício da CE mostrando-se maior que no LP. No DP a alteração foi maior na CE nas intensidades 60% e 65% 28 comparado ao exercício do LP. Observou-se que o exercício da CE mostrou alterações relevantes em todas as variáveis estudadas comparadas ao exercício do LP. TABELA 03: Análise Comparativa das variáveis de estudo em exercícios distintos em indivíduos praticantes de atividade física regular. VARIÁVEL INTENSIDADE CADEIRA EXTENSORA FC 55% 1RM 97,66 + 4,93 98,66 + 6,26 60%1RM 105,00 + 9,02* 97,83 + 4,95 65%1RM 100,50 + 6,11 98,16 + 4,61 55%1RM 124,00 + 7,01 119,66 + 10,95 60%1RM 151,83 + 8,77* 114,16 + 7,53 65%1RM 126,83 + 8,34* 116,83 + 6,62 55%1RM 88,16 + 5,47* 69,00 + 3,85 60%1RM 89,83 + 3,34 70,83 + 4,77 65%1RM 80,50 + 4,15 75,83 + 4,52 55%1RM 12097,50 + 1104,63 11484,16 + 919,65 60%1RM 15647,16 + 1337,16* 11120,66 + 997,43 65%1RM 12838,83 + 1377,86* 11508,33 + 930,92 PAS PAD DP LEG PRESS * = Diferença significativa para p < 0,05 comparando Cadeira Extensora x Leg Press A tabela 4 faz a mesma análise da tabela anterior com diferença do grupo estudado, que corresponde aos não praticantes de atividade física. Verificamos que ocorreram maiores diferenças na FC nos exercícios do LP comparado à CE, com intensidade 55% e 60%. A PAS mostrou diferença significativa em todas as intensidades maiores na CE comparados ao LP. Já a PAD mostrou diferença a 55% maior na CE comparado ao LP e o DP com diferença a 65% dos mesmos aparelhos. 29 Observou-se que, em relação aos exercícios distintos a CE demonstrou maior importância para p < 0,05 sendo maiores que no LP, em ambos os grupos. TABELA 04: Análise Comparativa das variáveis de estudo em exercícios distintos em indivíduos não praticantes de atividade física regular. VARIÁVEL INTENSIDADE FC 55% 1RM 90,83 + 4,93* 105,50 + 6,26 60%1RM 99,66 + 9,02* 107,83 + 4,95 65%1RM 106,00 + 6,11 104,50 + 4,61 55%1RM 141,16 + 7,01* 132,33 + 10,95 60%1RM 139,50 + 8,77* 133,66 + 7,53 65%1RM 131,83 + 8,34* 124,16 + 6,62 55%1RM 80,00 + 5,47* 73,16 + 3,85 60%1RM 76,83 + 3,34 70,66 + 4,77 65%1RM 77,00 + 4,15 75,16 + 4,52 55%1RM 12956,33 + 1104,63 13941,66 + 919,65 60%1RM 13893,00 + 1337,16 14473,33 + 997,43 65%1RM 14044,50 + 1377,86* 12984,83 + 930,92 PAS PAD DP CADEIRA EXTENSORA LEG PRESS * = Diferença significativa para p < 0,05 comparando Cadeira Extensora x Leg Press Na realização da análise das variáveis FC, PAS, PAD e DP, nos grupos de indivíduos distintos, e aparelhos CE e LP, verificou-se que a PAS mostrou-se elevada nas situações dos exercícios propostos. De acordo com Assunção, et al. (2007), sua pesquisa não identificou diferença significativa nas repostas cardiovasculares nos diferentes exercícios, entretanto verificou diferença relevante na PAS intra-exercícios nos grupos musculares distintos, realizado com 18 homens normotensos e com experiência em ECR. O resultado da pesquisa nos mostra que a massa muscular envolvida nos ECR de rosca bíceps e cadeira extensora, não influenciam as respostas cardiovasculares agudas ao esforço em normotensos para valores equivalentes de intervalos e volume de intensidade do treinamento. Portanto os indicadores analisados podem diferir em grupos populacionais distintos assim como em diferentes condições de esforço, tempo de tensão, posição corporal e intervalo de recuperação. 30 Contudo a pesquisa realizada corrobora em relação a diferentes grupos, intensidades e exercícios distintos onde podemos verificar diferença significativa nas variáveis cardiovasculares, nos exercícios da CE e LP, onde PAS dos indivíduos praticantes e não praticantes de atividades físicas foram maiores no exercício CE. TABELA 05: Análise do Comportamento das variáveis de estudo em exercícios distintos em função da intensidade do exercício no exercício de Cadeira Extensora. FC P NP REPOUSO 55% 1RM 60% 1RM 65% 1RM 68,66 + 7,86a 90,83 + 4,93b 99,66 + 9,02 100,50 + 6,11 4,93a 7,86b 105,00 + 9,02 106,00 + 6,11 97,66 + 119,50 + PAS REPOUSO 55% 1RM 60% 1RM 65% 1RM P 89,83 + 4,73a 124,00 + 7,01b 151,83 + 8,77c 126,83 + 8,34 NP 120,83 + 4,73a 141,16 + 7,01 139,50 + 8,77 131,83 + 8,34 PAD REPOUSO 55% 1RM 60% 1RM 65% 1RM P 92,16 + 10,10 88,16 + 5,47 89,83 + 3,34 80,50 + 4,15 NP 79,16 + 10,10 80,00 + 5,47 76,83 + 3,34 77,00 + 4,15 60% 1RM 65% 1RM DP REPOUSO P NP 55% 1RM 10825,00 + 1027,72a 12097,50 + 1104,63b 15647,16 + 1337,16c 12838,83+1377,86 1027,72a 12956,33 + 1104,63 13893,00 + 1337,16 14044,50+1377,86 8304,66 + a = Diferença significativa para p < 0,5 para a comparação REPOUSO x 55% 1RM = Diferença significativa para p < 0,5 para a comparação 55% 1RM x 60% 1RM c = Diferença significativa para p < 0,5 para a comparação 60% 1RM x 65% 1RM b Com a verificação da intensidade nos exercícios realizados pode-se notar diferenças importantes das variáveis estudadas nos grupos e aparelhos em relação às variáveis em repouso e as intensidades propostas, no qual o presente estudo demonstrou diferenças significativas p<0,05 na CE na intensidade de 55% comparado ao repouso, nas variáveis FC, PAS E DP em ambos os grupos de 31 indivíduos. Observam-se diferenças relevantes em indivíduos praticantes, em relação ao DP e à PAS, em todas as intensidades. Já os indivíduos não praticantes só apresentaram diferença com relação ao repouso e a 60% na FC. Com relação à PAD não houve alteração em ambos os grupos. TABELA 06: Análise do Comportamento das variáveis de estudo em exercícios distintos em função da intensidade do exercício no exercício de Leg Press. FC P NP REPOUSO 55% 1RM 60% 1RM 65% 1RM 68,66 + 7,86a 105,50 + 6,26a 98,66 + 6,26 119,50 + 7,86 97,83 + 4,95 107,83 + 4,95 98,16 + 4,61 104,50 + 4,61 PAS P NP REPOUSO 55% 1RM 60% 1RM 65% 1RM 89,83 + 4,73a 120,83 + 4,73a 119,66 + 10,95 132,33 + 10,95 114,16 + 7,53 133,66 + 7,53 116,83 + 6,62 124,16 + 6,62 PAD P NP REPOUSO 55% 1RM 60% 1RM 65% 1RM 92,16 + 10,10a 79,16 + 10,10a 69,00 + 3,85 73,16 + 3,85 70,83 + 4,77 70,66 + 4,77 75,83 + 4,52 75,16 + 4,52 DP P NP a REPOUSO 55% 1RM 60% 1RM 65% 1RM 10825,00 + 1027,72 8304,66 + 1027,72a 11484,16 + 919,65 13941,66 + 919,65 11120,66 + 997,43 14473,33 + 997,43 11508,33 + 930,92 12984,83 + 930,92 = Diferença significativa para p < 0,5 para a comparação REPOUSO x 55% 1RM No LP não foi verificado diferença entre as intensidades, nos grupos estudados, porém houve diferença notável para p<0,05 comparado ao repouso em todas as variáveis nos indivíduos não praticantes. Os indivíduos praticantes mostraram diferenças nas variáveis FC, PAS e PAD, podendo assim ressaltar que diante da análise, o DP foi maior no exercício da CE para os indivíduos praticantes em todas as intensidades, não apresentando diferença no LP. Nos indivíduos não praticantes o DP não se mostrou diferente nas intensidades em relação aos aparelhos, só quando comparado ao repouso. A fim de se promover uma segurança 32 cardiovascular é melhor propor o exercício da LP nos níveis de intensidade aplicados no estudo, para ambos os grupos de indivíduos, pois os mesmos não impõem sobrecarga no miocárdio durante a atividade. Polito et al. (2004) avaliaram as pressões arteriais (PA), FC e o DP durante o exercício contra-resistência, tanto para séries como para intervalos de recuperação na CE unilateral. Quando o mesmo aplicou intervalos de recuperação entre as séries de 1 min e 2 min, observou que poderia obter respostas cardiovasculares diferentes em todas as séries. As variáveis tiveram elevações significativas no repouso e no pós-exercício, quando relacionados ao intervalo de 2 min, contudo a PAS foi a variável que apresentou resultados mais discrepantes, enquanto a FC não exibiu diferenças. Corroborando com o presente estudo, mesmo não havendo verificações nos intervalos de recuperações entre as series deste estudo, os avaliados descansaram 2 min entre as intensidades. Pode se observar que as respostas cardiovasculares tiveram diferenças significativas com relação ao repouso nas variáveis da PAS, não havendo diferenças na FC como relatado no estudo acima. Nos programas de ECR com peso e intensidades nos grupos estudados, a CE e LP apresentaram grandes alterações na PAS, porém não houve diferença significativa no LP com relação a intensidades em ambos os grupos. Já a CE mostrou diferenças nas intensidades no grupo dos praticantes. Em relação ao repouso, o LP e a CE tiveram diferenças significativas em ambos os grupos, portanto é importante levar em consideração não apenas a quantidade de repetições, intensidade ou número de vezes que o exercício é realizado, como também verificarmos os exercícios que impõe menores sobrecargas ao sistema cardiovascular. Assim como na PAS, o comportamento do DP não depende apenas das intensidades, mas também do tipo e duração da solicitação. Este mostrou que as metodologias do presente estudo apresentaram alta correlação entre si. Portanto os valores elevados do DP durante o esforço representam maiores estresses cardiovasculares, pois implicam maiores valores na PAS, volume sistólico, débito cardíaco e em algumas situações, resistência sistêmica aumentada. Segundo o ACSM (1996), essas variáveis constituem um dos principais indicadores do estresse cardíaco no treinamento com peso. No presente estudo, em ambos os exercícios 33 investigados, os valores do DP apresentaram-se abaixo do ponto de corte sugerido para angina pectoris (30.000 mmhg. bpm), ou seja, baixo risco nas condições dos ECR estudados. 34 5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES Em conclusão, os resultados do presente estudo indicaram que o DP foi mais extenuante no exercício da cadeira extensora em relação ao leg press, onde se encontrou os menores valores de resposta cardiovascular. Houve pouca influência das variáveis nas repostas cardiovasculares agudas ao esforço, em detrimento das intensidades no treinamento dos praticantes e não praticantes de atividade física, avaliados neste estudo. Contudo a fim de promover uma segurança cardiovascular aguda é melhor propor o exercício do leg press, pois o mesmo não impôs sobrecarga ao miocárdio com relação às intensidades do estudo durante as atividades. Não obstante, é necessário o desafio de novos trabalhos a serem realizados nesta área, para melhor fundamentação, a fim de verificar o comportamento das diferentes posições corporais em outros exercícios, para que, através de comparações, possamos estabelecer uma conduta adequada quanto à prescrição destes exercícios. 35 REFERÊNCIAS AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Manual para teste de esforço e prescrição de exercício. 4 ed. Rio de Janeiro: Reinventer, 1996. ARAÚJO, C. G. S. Fisiologia do exercício e hipertensão arterial: uma breve introdução. Revista Hipertensão, v. 04, n. 03, 2001. ARQUIVO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA. Consenso Nacional de Ergometria. 1995; v. 65 supl.2, 189-211 p. ARQUIVO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA. II Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Teste Ergométrico. 2002; v. 78, Supl. II, 1-18 p. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2002/7805/default.asp>. Acesso em: 26 jul. 2008. ASSUNÇÃO, W. et al. 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( ) Sim ( ) Não 6-Seu médico está prescrevendo medicamentos para sua pressão ou condição cardíaca? ( ) Sim ( ) Não 7- Você conhece alguma outra razão que o impeça de realizar atividade física? ( ) Sim ( ) Não 40 Anexo- 2 TERMO DE CONSENTIMENTO (termo de consentimento esclarecido) Título do Projeto: DUPLO PRODUTO COMO VARIAVEL DE SEGURANÇA EM EXERCÍCIOS RESISTIDOS DISTINTOS NA MUSCULAÇÃO. Esta pesquisa é parte de requisito para a conclusão do curso de Graduação em Educação física da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, e tem como finalidade: Verificar a pressão arterial e freqüência cardíaca, em repouso e pós-exercício, com clientes da quarta e quinta década visando à segurança dos praticantes de musculação, iniciantes e a segurança do educador físico, evitando problemas cardiovasculares, será utilizado o DP, na qual é reconhecido como um bom indicador do trabalho cardíaco. Estamos solicitando sua participação para que responda a entrevista / procedimento sobre o assunto, e se disponibilize para fazer o teste de 1Rm, nos percentuais de 55, 60 e 65%, em quatro maquinas de musculação, nas quais irão trabalhar dois grupos musculares distintos, ciente de que todos os dados obtidos serão realizados somente para o trabalho acadêmico, que sua identidade será mantida em sigilo, e poderá desistir da participação no momento que desejar, sem que isso lhe traga qualquer prejuízo. Eu, , após ter lido e entendido as informações e esclarecido todas as minhas dúvidas referentes a este estudo com a acadêmica Zaira Cristina Dantas de Souza,concordo voluntariamente. ______________________________________________________ Assinatura do voluntário ______________________________________________________ Assinatura do pesquisador Data: _21/07/2008 Para qualquer dúvida e ou esclarecimento: Endereço: Rua Jaraquari, 188 – Conjunto dos Bancários, Cidade Satélite. Cep.: 59068-710 – Natal-RN Fone: (84) 88537470-99557138 e-mail: [email protected] Site: www.yahoo.com.br Natal-RN 2008