desenvolvimento de uma base de dados de teor de carbono no solo

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DESENVOLVIMENTO DE UMA BASE DE DADOS DE TEOR DE CARBONO
NO SOLO SOB PASTAGEM DE DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS
Daniella Fernanda Nascimento ( bolsista PIBIT/CNPq) e Professora Associada Doutora Mara de Andrade Marinho ,
Faculdade de Engenharia Agrícola, UNICAMP, Campinas (SP).
INTRODUÇÃO
A retirada da vegetação natural e o uso agrícola alteram o
conteúdo de C no solo, sendo necessária a adoção de práticas
adequadas de manejo para sua conservação. O diagnóstico do
estoque de C nos solos é limitado pela dispersão dos dados em
diferentes fontes, referidos a distintas profundidades e obtidos a
partir de variadas metodologias de determinação. O presente
trabalho teve por objetivo organizar um banco de dados de teores
de C no solo sob pastagens integrando-os a uma plataforma de
sistema de informação geográfica (SIG).
METODOLOGIA
 Revisão de literatura e levantamento dos dados de C a partir de
trabalhos publicados;
 Escolha do programa a ser utilizado para montagem do banco de
dados e do sistema de informações geográficas (SIG) ao qual o
banco de dados foi relacionado;
 Formulação de questões para nortear a seleção de informações a
serem armazenadas;
 Formulação das planilhas de entrada de dados;
 Desenvolvimento do estudo de caso:
 Regiões Sul e Sudeste, correspondentes aos Vol. 33 e 32 do
Projeto RADAMBRASIL (1986 e 1983);
 Entrada dos dados;
 Espacialização dos resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 apresenta dados dos perfis de solos sob pastagem das
regiões Sul e Sudeste do Brasil. Na região Sul, as pastagens ocupam
áreas do bioma pampa, localizando-se predominantemente sobre
ARGISSOLOS e apresentam valores médios de C variando entre
0,76% (baixo) e 6,0% (alto). No Sudeste, ocupam áreas do bioma
mata atlântica, predominantemente sobre LATOSSOLOS e com
valores médios de C entre 0,47% (baixo) e 6,6% (alto). A Tabela 2
relaciona os teores de C para diferentes classes de solos sob
pastagens. Os maiores valores de C
se associam a solos húmicos ou
hidromórficos, com drenagem menos
eficiente, ocorrendo nas partes baixas
do relevo.
Figura 1. Teores de C nos solos sob pastagens.
Tabela 1. Relação das regiões estudadas, classes de solo,
números de perfis analisados e bioma relacionado.
Região
Sul
Sul
Sul
Sul
Sul
Sul
Sul
Sul
Sudeste
Sudeste
Sudeste
Sudeste
Sudeste
Sudeste
Sudeste
Sudeste
Sudeste
Classe de Solo
ARGISOLO
CAMBISSOLO
CHERNOSSOLO
GLEISSOLO
LATOSSOLO
NEOSSOLO
PLANOSSOLO
VERTISSOLO
Total
ARGISSOLO
CAMBISSOLO
CHERNOSSOLO
ESPODOSSOLO
GLEISSOLO
LATOSSOLO
LUVISSOLO
NEOSSOLO
PLANOSSOLO
Total
N° de perfis
13
2
4
1
5
1
4
2
32
2
3
1
2
1
10
9
2
1
Referência
RADAMBRASIL Vol.33 (1986)
RADAMBRASIL Vol.33 (1986)
RADAMBRASIL Vol.33 (1986)
RADAMBRASIL Vol.33 (1986)
RADAMBRASIL Vol.33 (1986)
RADAMBRASIL Vol.33 (1986)
RADAMBRASIL Vol.33 (1986)
RADAMBRASIL Vol.33 (1986)
Bioma
Pampa
Pampa
Pampa
Pampa
Pampa
Pampa
Pampa
Pampa
RADAMBRASIL Vol.32 (1983)
RADAMBRASIL Vol.32 (1983)
RADAMBRASIL Vol.32 (1983)
RADAMBRASIL Vol.32 (1983)
RADAMBRASIL Vol.32 (1983)
RADAMBRASIL Vol.32 (1983)
RADAMBRASIL Vol.32 (1983)
RADAMBRASIL Vol.32 (1983)
RADAMBRASIL Vol.32 (1983)
Mata Atlântica
Mata Atlântica
Mata Atlântica
Mata Atlântica
Mata Atlântica
Mata Atlântica
Mata Atlântica
Mata Atlântica
Mata Atlântica
31
A integração dos dados à
plataforma do ArcGis permitiu
a geração do mapa da Figura
2, que ilustra a localização
das áreas utilizadas com
pastagens nas regiões Sul e
Sudeste componentes do
banco de dados de C (BDSP).
Cada local está associado a
uma planilha contendo todos
os dados levantados.
Figura 2. Mapa do Brasil com divisões estaduais e a distribuição
espacial dos perfis de solo sob pastagem que integram o BDSP.
CONCLUSÃO
A definição prévia da natureza dos dados a se extrair dos
levantamentos foi útil na definição dos campos do banco de dados e
recuperação das informações. Foi possível estabelecer uma base de
dados sobre C no solo sob pastagens em duas regiões brasileiras,
relacionando-a espacialmente aos respectivos perfis de solos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PROJETO RADAMBRASIL. Folha SH. 22 Porto Alegre e parte das folhas
SH. 21 Uruguaiana e SI. 22 Lagoa Mirim. Rio de Janeiro, Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, 796p. 1986.
PROJETO RADAMBRASIL. Levantamento de Recursos Naturais. Folhas
Rio de Janeiro /Vitória. MME. Rio de Janeiro, 1983.
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