Partes da guitarra Basicamente, os modelos dos instrumentos que iremos abordar são os mais tradicionais, em se tratando da guitarra, nós temos o modelo strato, que é o mais versátil modelo de guitarra possível, para que possamos ver de uma maneira geral as suas características. 1- Mão ou Headstock 2- Tarraxas 3- Capotraste 4- Braço (ou escala/ ou até mesmo espelho: a parte da frente do braço, por onde as cordas passam por cima, e onde se encontram os trastes). 5- Traste 6- Casa 7- Captadores (por onde se captam os sons) 8- Chave seletora (seleciona o capatador a ser usado, determinando assim os timbres) 9- Potenciômetros (reguladores de volume e tonalidade) 10- Jack (saída ou output: onde encaixamos o cabo que leva o som da guitarra para o amplificador) 11- Ponte 12- Escudo Partes do Violão 1- Tampo 2- Rastilho (Parte do instrumento em que se prende as cordas) 3- Cavalete (serve de suporte para prender o rastilho na altura correta) 4- Boca ou Bocal (Orifício localizado no corpo do violão por onde o som se propaga) 5- Escala/casa 6- Traste 7- Escala/casa 8- Pestana/Capotraste 9- Tarraxa 10- Mão/Headstock/Cabeça (Encontrada na parte superior do braço, serve de suporte para o mecanismo das tarrachas) Normalmente, as guitarras e os violões contam com seis cordas. Nós contamos as cordas ordinalmente da mais aguda (a grosso modo, a mais fina E (mi)) para a mais grave (a mais grossa E (mi)). São elas: 1ª E (mi) 2ª B (si) 3ª G (sol) 4ª D (ré) 5ª A (lá) 6 E (mi) Primeira parte, rudimentos As propriedades do som O som apresenta as seguintes propriedades: altura, duração, intensidade e timbre. Em palavras mais descritivas, temos a altura com o som agudo ou grave. A duração é relacionada ao tempo em que uma nota soa ou quanto tempo de silêncio há entre um som e outro. A intensidade pode ser relacionada com o volume dos sons que são emitidos. E o timbre pode ser relacionado à característica sonora que cada instrumento produz, relativa a qualidade dos instrumentos em densidade, condutividade etc, isto é, um instrumento de madeira maciça pode ressoar uma vibração com mais sustentação do que outros de madeira com menos qualidade. Mais especificamente falando temos: Altura No que respeita à sua altura, os sons podem ser classificados em sons agudos e sons graves. A Som Grave B Som Agudo Os sons graves, também chamados baixos, são sons com maior comprimento de onda (pequena frequência). Os sons agudos, ou altos, tem um menor comprimento de onda (maior frequência). Intensidade Em termos de intensidade, os sons podem ser fortes ou fracos. A intensidade de uma onda sonora depende da amplitude dessa onda. Um som com uma maior amplitude é um som forte, enquanto que um som com uma pequena amplitude é um som fraco. Os sons fortes transportam uma maior quantidade de energia que os fracos. Uma onda sonora perde intensidade no decurso da sua propagação. A capacidade que o ouvido humano tem de sentir um som depende da intensidade do som mas também da sua frequência. Os sons muito fracos não são sentidos e os sons muito fortes podem provocar lesões. O nível sonoro é uma escala que relaciona a intensidade de um determinado som com a do som mais fraco que conseguimos ouvir, e pode ser medido com um sonómetro. A unidade S.I. do nível sonoro é o bel, B, embora normalmente seja utilizado o decibel, dB, que é igual a 0,1 B. O nível sonoro de 1dB é a medida correspondente ao limiar da audição, nível abaixo do qual o ouvido humano não detecta som. O nível de 120 dB corresponde ao limiar da dor, o nível máximo suportável pelo ouvido humano. O nível do limiar da audição e do limiar da dor depende da frequência da onda sonora. Duração Representa simplesmente o tempo que o som ou o silêncio dura. Timbre É esta propriedade do som que nos permite distinguir uma fonte sonora de outra, apesar de estarem a produzir sons com a mesma frequência. O timbre de uma fonte sonora é representado por uma onda complexa, que é a soma de uma onda fundamental (som puro, ou simples, como o produzido por um diapasão) e sons harmónicos. Cada fonte sonora produz uma onda sonora complexa diferente (a produzida por uma viola é diferente da produzida por uma flauta). Podemos pensar que o timbre é a qualidade do som que permite reconhecer a sua origem. No meio musical usa-se o termo timbre para distinguir os diversos sons que um instrumento pode produzir: por exemplo, a guitarra com distorção, sem distorção (clean, ou guitarra limpa), além de atribuir características às sonoridades de maneira figurada, por exemplo, a guitarra “limpa com uma sonoridade bem cristalina”, ou, aquele guitarrista que eu gosto tocou aquele solo com “um drive bem cremoso”...A imaginação dos músicos não tem limites nesse sentido. Na música a subjetividade não tem limites. A experiência aliada a convivência vai facilitando a compreensão desse vocabulário. Portanto tenha sempre boas companias, daí se extrai os melhores aprendizados. Todo e qualquer som musical tem, simultaneamente, as quatro propriedades. Na escrita musical, as propriedades do som são representadas da seguinte maneira: DURAÇÃO pelas figuras rítmicas (semibreve, mínima, semínima, colcheia, etc) INTENSIDADE pelo sinais de dinâmica ALTURA pela posição da nota no pentagrama e pelas claves TIMBRE pela indicação da voz ou instrumento que deve executar a música. Notação Musical A escrita e a leitura musical pode parecer, para um aluno iniciante, algo extremamente complicado. Porém se aprendermos corretamente as regras da grafia musical, descobriremos que estas são embasadas em conceitos simples e de fácil assimilação. Quanto mais o aluno estudar, mais perceberá que o complicado é adquirir um hábito de leitura e escrita - já que dificilmente colocamos esse ítem nos assuntos que estudamos diariamente, como técnica, harmonia, etc... É por isso que este assunto está colocado já no início do curso, no intuito de criar esse hábito desde o começo da instrução musical. Como vimos, o som tem quatro propriedades: altura, duração, intensidade e timbre. As regras da grafia musical garantem a notação precisa destas propriedades. Altura A primeira propriedade do som que abordaremos a notação é a altura, para isso em primeiro lugar devemos conhecer o pentagrama: O pentagrama, é um conjunto de cinco linhas que formam entre si quatro espaços como podemos ver na figura: No pentagrama nós escrevemos as notas, as pausas e as claves musicais. Seu funcionamento é bastante simples: As notas podem ser escritas tanto nas linhas como nos espaços, quanto mais a nota for escrita nas linhas ou espaços superiores, mais alta (aguda) ela será; quanto mais ela for escrita nas linhas ou espaços inferiores, mais grave ela será, veja na figura a seguir: As linhas do pentagramas são contadas de baixo (parte inferior, que indica uma altura mais grave) para cima (parte superior, que indica uma altura mais aguda), da mesma maneira os espaços. Contando-se ordinariamente as linhas e os espaços, como vemos na figura a seguir: A seqüência das notas obedecerá sempre a ordem da escala natural que todos conhecemos desde criança: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si (ordem conhecida por “graus conjuntos”, guarde isso). Para compreendermos isso na pauta, vamos estabelecer uma nota em qualquer uma das linhas ou espaços. Na figura 1 vamos estabelecer que a primeira linha é a nota dó, então o próximo espaço (primeiro espaço) será a nota ré, a segunda linha será o mi, o próximo espaço, no caso, o segundo espaço, será o fá e assim por diante. Escolhendo a nota dó em outra linha ou espaço, como nas figuras 2 e 3 temos disposições diferentes das notas pela pauta, mas sempre na mesma lógica. Podemos escolher outras notas, que não sejam a nota dó, como nota inicial, como nas figuras 4 e 5. Portanto para que se saiba a altura de todas as notas no pentagrama é preciso estabelecer a altura de uma única nota, porque automaticamente as demais alturas serão definidas. Temos três Claves, para que possamos classificar todas as alturas. Não é complicado, a clave serve para dar o seu nome à nota que estiver posicionada naquela linha. São apenas três claves, mas há sete diferentes formas de empregá-las, sendo que, a clave de Sol tem apenas uma maneira de ser empregada (indicando que a nota Sol situa-se na segunda (2ª) linha), a clave de Fá pode ser empregada nas 3ª e 4ª linhas e a clave de Dó nas linhas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª, veja a figura a seguir: Figuras As figuras musicais representam o som e o silêncio, ou seja, a duração do som e a duração do silêncio. Além de saber o nome e o desenho de cada figura musical, suas pausas e números correspondentes, é muito importante que se compreenda a proporcionalidade de seus valores. Veja a tabela: A relação dobro-metade está sempre presente entre as figuras: A semi-breve é o dobro da mínima, consequentemente a mínima é metade da semi-breve; A mínima é o dobro da semínima, consequentemente a semínima é a metade da mínima; E assim por diante... Ressaltando novamente, memorize as relações Número relativo, nota, pausa, nome.