Múltiplas imersões de ovos de Haemagogus janthinomys e Hg

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Múltiplas imersões de ovos de Haemagogus janthinomys e Hg.
leucocelaenus (Diptera: Culicidae)
Jeronimo Alencar1, Fernanda Morone1, Cecília Ferreira de Mello1, Júlia
dos Santos Silva2, Anthony Érico Guimarães1
1-Laboratório de Diptera, Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) Av. Brasil 4365, CEP: 21040-360
Manguinhos, Rio de Janeiro, Brasil
2- Departamento de Entomologia, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Quinta da Boa Vista - São Cristovão, Rio de Janeiro, Brasil
Mosquitos do gênero Haemagogus, devido à sua importância médica como
vetores de vírus de febre amarela, Mayaro e algumas outras arboviroses têm
sido estudados em vários países do continente americano. Várias espécies
ocorrem no Brasil, onde algumas têm sido incriminadas como vetores do vírus
da febre amarela e outras arboviroses. Os Culicidae do gênero Haemagogus
têm uma preferência em realizar postura em ocos e buracos de árvores, mas
podem ser encontrados colonizando internódios de bambu e cascas de frutas.
Os ovos podem apresentar dois tipos de comportamento de eclosão:
eclodibilidade no primeiro contato com água, continuando pelos seguintes; ou,
não ocorrendo nos dois primeiros contatos, mas sim a partir do terceiro. O
presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de múltiplas imersões de
ovos no ciclo biológico de Hg. janthinomys e Hg. leucocelaenus. Os ovos foram
coletados através de armadilhas do tipo ovitrampas, nos meses de abril, junho,
outubro e dezembro de 2011, na área do Aproveitamento Hidrelétrico de
Simplício, Minas Gerais. As palhetas positivas foram separadas no laboratório,
submetidas à contagem dos ovos e imersas em bandejas transparentes,
contendo água MiliQ®, em seguida parte dos espécimes foram mantidos vivos
para determinação específica ao atingir a fase adulta. O presente estudo
mostrou que a totalidade dos experimentos (1-abril), (2-junho), (3-outubro) e (4dezembro) apresentou alta taxa de viabilidade, uma vez que foram colocados
3675 ovos para eclodir, obtendo-se a eclosão de 1354 (36,8%). Os resultados
mostraram efeitos variáveis das imersões, sendo que ovos de Hg.
leucocelaenus apresentaram uma maior taxa de eclosão na 1ª imersão em
todas as amostras analisadas, exceto na amostra do mês junho, onde a maior
taxa foi observada na 3ª imersão. Já Hg. janthinomys apresentou
comportamento diferenciado, atingindo a maior taxa de eclosão na 13ª
imersão. Evidenciamos que houve um efeito cumulativo das imersões para: Hg.
leucocelaenus até 13ª imersão em abril, 8ª em junho e 2ª em outubro e
dezembro; e Hg. janthinomys até 26ª em abril e 2ª em dezembro, após destas
o efeito das subsequentes foram insignificantes.
Palavra chave: Culicidae, Haemagogus, Efeito de imersão
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