SALA NACIONAL DE COORDENAÇÃO E CONTROLE, PARA O ENFRENTAMENTO DA DENGUE, DO VÍRUS CHIKUNGUNYA E DO ZIKA VÍRUS. INFORME Nº 01 DE 22 DE JANEIRO DE 2016 MONITORAMENTO DAS VISITAS DOMICILIARES NO BRASIL O Ministério da Saúde declarou a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) em 11 de novembro de 2015, conforme a portaria MS nº 1.813, de 11 de novembro de 2015. A situação de emergência é decorrente da alteração do padrão epidemiológico de ocorrências de microcefalias congênitas relacionadas às infecções pelo Zika vírus. Como o transmissor do Zika é o mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor transmissor de dengue e chikungunya e, em face das sérias complicações que as epidemias dessas doenças têm causado à população, é de fundamental importância a intensificação das ações de combate ao mosquito e o reconhecimento precoce das áreas com transmissão. A estratégia do governo federal para intensificar essas ações inclui a mobilização de diversos setores do governo para fortalecer as ações permanentes de controle do mosquito realizadas pelo Ministério da Saúde. O contingente das Forças Armadas foi mobilizado para apoiar os agentes de combate às endemias e os agentes comunitários de saúde nos municípios. A Defesa Civil também foi chamada para apoiar essas ações de remoção de focos do mosquito nos municípios, por meio da articulação com os bombeiros e policiais militares. Para reduzir a infestação do Aedes aegypti definiu-se como meta a realização de visitas a 100% dos domicílios urbanos dos municípios brasileiros até a última semana do mês de fevereiro. Essas visitas estão sendo monitoradas por meio de um sistema informatizado da Presidência da República. A coordenação das ações de combate ao mosquito entre os níveis de governo ocorre por meio de Salas de Coordenação e Controle. SALA NACIONAL DE COORDENAÇÃO E CONTROLE-SNCC A SNCC foi instituída pelo Decreto Presidencial nº 8.612, de 21 de dezembro de 2015, faz parte do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, atendendo a Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional, declarada pelo Ministro da Saúde em novembro de 2015. A sala funciona no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil (CENAD) do Ministério da Integração e tem por objetivos gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito em todo o país, bem como articular as ações de mobilização com as Salas Estaduais. É coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com representantes dos ministérios da Integração, da Defesa, do Desenvolvimento Social, da Educação e da Secretaria de Governo e Casa Civil da Presidência da República, além de outros órgãos convidados. Página 1 de 4 SALA NACIONAL DE COORDENAÇÃO E CONTROLE, PARA O ENFRENTAMENTO DA DENGUE, DO VÍRUS CHIKUNGUNYA E DO ZIKA VÍRUS. SALAS ESTADUAIS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE-SECC As SECC têm como objetivo auxiliar os municípios na intensificação das ações de combate ao mosquito para reduzir o índice de infestação pelo Aedes aegypti para menos de 1% em todos os municípios brasileiros. Para isso, as salas estaduais devem envolver várias áreas do governo, entre elas: o Gabinete do Governador, Saúde, Defesa Civil Estadual, Bombeiros, Segurança Pública, Assistência Social, Educação, representante do MD e outros. Todos os Estados instalaram as SECC e estão desenvolvendo ações de mobilização e combate ao mosquito. Elas se encontram em diferentes estágios de implementação das ações e de articulação com os municípios para a realização das visitas aos domicílios. As salas têm desenvolvido as ações de forma integrada com diversos órgãos públicos estaduais e municipais, além de setores da sociedade civil organizada e voluntários. A SNCC está realizando semanalmente videoconferências com todas as SECC para acompanhar e apoiar o desenvolvimento das ações de combate ao mosquito, conforme o cronograma a seguir. HORÁRIO DE BRASÍLIA 09:00 09:45 10:30 11:15 12:00 15:00 15:45 16:30 17:15 QUARTA-FEIRA Sergipe Ceará Distrito Federal Mato Grosso Tocantins Pernambuco Minas Gerais Maranhão Acre QUINTA-FEIRA Paraíba São Paulo Alagoas Bahia Piauí Rio de Janeiro Espírito Santo Amapá Goiás SEXTA-FEIRA Rio Grande do Sul Rondônia Mato Grosso do Sul Rio Grande do Norte Roraima Pará Amazonas Santa Catarina Paraná APOIO DAS FORÇAS ARMADAS Cerca de dois mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica foram capacitados e mobilizados para atuar, a partir da necessidade dos estados e municípios. O apoio se dá no acompanhamento e transporte das equipes de combate ao mosquito e dos insumos utilizados nessa ação. As equipes são compostas por militares e agentes epidemiológicos que percorrem as casas, diariamente, para identificar os focos do mosquito, aplicar larvicidas em depósitos que contenham água e que não podem ser eliminados e orientar a população a respeito dos riscos do Aedes Aegypti. Inicialmente, o apoio das Forças Armadas se deu no sentido de atender às solicitações dos governos municipais e estaduais. Depois da implantação da Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à Microcefalia (SNCC), esta colaboração foi ampliada para 14 estados, contemplando todas as regiões do país. Página 2 de 4 SALA NACIONAL DE COORDENAÇÃO E CONTROLE, PARA O ENFRENTAMENTO DA DENGUE, DO VÍRUS CHIKUNGUNYA E DO ZIKA VÍRUS. A operação das Forças Armadas varia em cada município, conforme a necessidade, e deve durar de três a seis meses. A tabela 1 apresenta os efetivos das Forças Armadas empregadas no apoio às Ações de Combate ao Aedes Aegypti, em 21 de janeiro de 2016. Tabela 1 – Efetivos das Forças Armadas empregadas no apoio às ações de combate ao Aedes Aegypti, 21 de janeiro de 2016. Brasil, 2015 EFETIVOS ESTADO Marinha Exército Força Aérea TOTAL AC - 15 - 15 AL - 30 - 30 BA - 11 - 11 DF 50 118 - 168 ES 64 24 - 88 MS - 62 - 62 MG - 65 - 65 PB - 157 - 157 PA - 42 - 42 PE - 296 160 456 PI - 216 - 216 RN 200 - 150 350 SP - 110 - 110 SE - 67 - 67 TOTAIS 314 1213 310 1837 VISITAS DOMICILIARES Até o dia 22 de janeiro de 2016, às 11h30min, 7.487.725 (15,21%) dos 49.226.767 domicílios urbanos no Brasil foram visitados, identificados em 2.548 municípios distribuídos em 19 estados. Paraíba é o estado com a maior cobertura de visitas domiciliares, seguida por Rio de Janeiro e Sergipe (Tabela 2). Oito estados ainda não enviaram dados relativos às visitas já realizadas no âmbito estadual: Amazonas, Roraima, Amapá, Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Página 3 de 4 SALA NACIONAL DE COORDENAÇÃO E CONTROLE, PARA O ENFRENTAMENTO DA DENGUE, DO VÍRUS CHIKUNGUNYA E DO ZIKA VÍRUS. Tabela 2 – Distribuição dos imóveis trabalhados até 22 de janeiro de 2016, por número de municípios e Unidade da Federação e incidência de casos prováveis de dengue nos meses de novembro e dezembro de 2015. Brasil, 2015/2016. Unidade da Federação Região Centro-Oeste Distrito Federal Goiás Mato Grosso Mato Grosso do Sul Região Nordeste Alagoas Bahia Ceará Maranhão Paraíba Pernambuco Piauí Rio Grande do Norte Sergipe Região Norte Amazonas Acre Pará Amapá Tocantins Rondônia Roraima Região Sudeste Espírito Santo Minas Gerais Rio de Janeiro São Paulo Região Sul Rio Grande do Sul Paraná Santa Catarina Brasil Total de municípios alimentando o SIMPR (n) Imóveis trabalhados (Incluindo os imóveis recuperados) Incidência de casos prováveis de dengue-2015 (por 100.000 hab.) Nov Dez n % 1 128 72 - 87.165 175.835 156.070 - 11,61 10,35 20,67 - 4,4 32,7 51 101,7 6,3 48,2 66,6 153,6 95 151 90 191 13 130 144 51 370.444 265.015 178.447 409.002 334.193 152.286 141.916 124.293 12,21 14,65 16,62 49,29 15,98 26,80 19,93 28,13 68,4 15,9 6,4 2,4 13 120,3 2,4 8 61,4 25,6 17,3 7,1 2,7 45,4 83 1,9 11,5 28,3 7 3 52 35 - 20.812 4.427 63.573 47.305 - 14,40 0,34 20,09 13,98 - 3,5 20,1 8,3 5,2 41,6 14,6 3 7,6 59 6,3 1,3 102,1 21,6 4,6 712 80 568 1.249.418 1.531.606 2.120.105 24,09 30,15 17,17 108 21,4 14,2 11,7 136 42,7 23,1 26,3 25 2.548 55.813 7.487.725 3,30 15,21 0,2 15,8 0,8 22,3 1,3 36,8 3,8 30,4 Fontes: SIMPR, 22/01/2016 SINAN, 10/12/2015 Página 4 de 4