Amiano Marcelino e sua obra Res Gestae: tratamento

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Amiano Marcelino e sua obra Res Gestae: tratamento documental e os livros XXV,
XXVI e XXVII
Bruna Campos GONÇALVES
G (FAPESP) – FHDSS Franca – UNESP
[email protected]
A presente apresentação se insere dentro de uma pesquisa que estamos realizando com
financiamento da FAPESP, cujo título é: A visão de Amiano Marcelino sobre a sucessão do
poder imperial romano em um período de barbarização do Exército. Este estudo é realizado
na Universidade Estadual Paulista/ Campus Franca, sob a orientação da Professora Doutora
Margarida Maria de Carvalho. Nesta apresentação vamos pontuar algumas reflexões a cerca
do retrato e da narrativa de Amiano Marcelino.
Amiano nasceu na cidade de Antioquia, localizada na Síria, entre os anos de 325 e 330
d.C., era proveniente de uma família grega, não cristã e partícipe da elite desta cidade, onde
recebeu sua educação que abrangia o Grego e o Latim literário e estudos retóricos – Ronald
Mellor ressalta que:
Este último não é uma surpresa quando lembramos que Líbanio, um grande
professor grego da Antioquia naquele tempo, reclamava do sucesso que os
retóricos Latinos faziam com os estudantes que ambicionavam uma carreira
militar ou no governo. (MELLOR, 1999, p.111).
Quando jovem, por volta do ano de 350 d.C., ingressou no exército, uma carreira
extremamente rara no período para pessoas provenientes de boa família; inscreveu-se para
protectores domestici, um regimento de alto prestigio social (THOMPSON, 1947, P.2-3), que,
segundo Gilvan Ventura da Silva, significa ser um ‘burocrata a serviço dos comandantes
militares’, auxiliar de campo de um general, sendo assim, responsáveis pela atualização dos
efetivos militares disponíveis, pela supervisão do abastecimento das tropas e pelo
desempenho de missões especiais. (SILVA, 2007, p.168).
No ano de 353 d.C., recebeu ordens de atuar junto ao comandante da cavalaria,
Ursicino, ligando-se ao exército até 363 d.C. Desta maneira, seu contato com o órgão militar
foi intenso. Embora estivesse ligado mais à estratégia e à inteligência que à artilharia
(AUSTIN, 1979, p.13), tornou-se testemunha ocular de inúmeras batalhas envolvendo
generais e Imperadores romanos contra os bárbaros (CARVALHO e FUNARI, 2007, p.281);
legando-nos um extenso material sobre o assunto.
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Mesmo Amiano tendo afirmado sua busca pela verdade e veracidade de sua narrativa,
acreditamos que essa característica não torna seu relato mais real ou verdadeiro que o de seus
contemporâneos, mas sim, nos fornece uma trama mais detalhada dos acontecimentos
militares, repletos de especificidades e dados que apenas um elemento inserido no corpo
militar poderia nos revelar. Vide as citações abaixo:
Até onde pude investigar a verdade, eu, após por vários eventos em uma
ordem clara, relatei o que eu mesmo fui permitido testemunhar no curso de
minha vida, ou aprendido por meticulosos questionamentos daqueles
diretamente envolvidos1. (Livro 15, 1, 1).
Estes eventos, do principado do imperador Nerva até a morte de Valente, eu,
um soldado formado e um Grego, expus na medida da minha habilidade,
sem nunca (eu acredito) conscientemente aventurar-me a depreciar pelo
silêncio ou pela falsidade um trabalho que tem por objetivo a verdade2.
(Livro 31, 16, 9).
E como destaca Keith Jenkins, e outros teóricos como Paul Veyne, quando fala da
subjetividade da história e das diferentes interpretações dos fatos por cada um, não se pode
pensar em uma única verdade em história, já que todos os depoimentos aos quais temos
acesso remontam expectativas, anseios, visões e sentimentos de seu autor, que de forma
alguma pode ser julgada imparcial. Podemos dizer, assim, que são múltiplas as verdades
existentes, cabendo ao leitor sua interpretação.
Alguns historiadores da atualidade, entre eles Pat Southern e Karen Ramsey Dixon
(1996, p.2), confiam em Amiano e acreditam que, comparado a outros autores, estaria livre de
preconceitos religiosos ou pessoais. Discordamos, entretanto, dessa visão, pois acreditamos
que, mesmo tendo escrito uma narrativa de eventos que tenha presenciado, o autor seja
passível de embutir em seus escritos preceitos pessoais sobre a política do momento. Nossa
opinião vai de encontro com as reflexões de Jenkins (2004, p.33), o qual nos mostra que o
passado que conhecemos é sempre condicionado por nossas próprias visões do nosso próprio
presente.
E a despeito da aparência de imparcialidade e objetividade supostamente professada
por Amiano, seu trabalho carrega as discretas marcas das principais crises e desenvolvimento
de seu tempo. É importante lembrar neste momento que a obra de Amiano Marcelino foi
1
Nossa tradução.
2
Nossa tradução.
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redigida no governo de Teodósio I (378-395 d.C.), no período conhecido como Renascimento
Teodosiano.
Guy Sabbah coloca a obra de Amiano Marcelino, Res Gestae, da seguinte forma:
(...), a Res Gestae não é nem uma síntese ou seleção de elementos préexistentes nem a justaposição de elemento ou tendências dependentes da
história, o epítome, a biografia, o panegírico e os panfletos. É a fusão desses
elementos por uma mente capaz de transcender os limites e fronteiras sem se
tornar incoerente. Amiano incorpora diferentes registros em um texto
justamente escrito, no qual ele reúne, reforçando aquele pelo outro, detalhes
realistas retirados da vida preservado em toda sua vivacidade e sua idéia ou
tese, ou seja, a sua visão mais ampla do destino de Roma. (SABBAH, 2003,
p.66).
Propôs-se a escrever uma história das sucessões e feitos dos imperadores romanos;
acredita-se que Amiano procurou continuar a obra de Tácito, mas não foi nem seu imitador
nem seu epígono3, seu relato começa em 96 d.C. com o reinado do imperador Nerva (96-98
d.C.) e perpassa por todos os imperadores terminando sua narrativa com o governo de
Valentiniano II (378-383 d.C.). E como destacou Sabbah “sua visão mais ampla do destino de
Roma”.
Tinha uma grande veneração por Roma, cidade escolhida para escrever sua obra. Após
uma longa viagem que fez por terras distintas, podendo assim enriquecer sua obra com suas
observações destes lugares, em algum momento após 378 d.C., volta a capital para redigir seu
trabalho (THOMPSON, 1947, p.14).
O grego Amiano escolhe o latim para compor sua obra, ficando claro assim seu
interesse nos leitores romanos, não nos diz o porquê da escolha, mas existem duas prováveis
razões: uma literária e outra política.
A óbvia razão literária era continuar a obra de Tácito, enquanto que a razão
política era escrever, como chamou o retórico grego Temístio
την διαλεκτον κρατουσαν (‘a língua dos nossos governantes’).
Diferentemente do cortesão Temístio, Amiano não estava tentando alcançar
os favores imperiais, mas estava profundamente comprometido com Roma e
com sua herança politica. Seu orgulho de sua cidadania romana é evidente
em toda sua obra. (MELLOR, 1999, p.126).
Apesar de discordarmos dos juízos de valores que Mellor atribui a Temístio,
concordamos com sua assertiva quando se refere a Amiano Marcelino.
3
De acordo com o dicionário Aurélio epígono seria aquele que pertence à geração seguinte; discípulo ou
imitador de um grande mestre.
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John C. Rolfe, tradutor da obra Res Gestae de Amiano editado pela Loeb Classical de
1982, tradução a que nos reportamos no presente trabalho, aponta na introdução que Amiano
conhecia o Latim como língua oficial do exército, “ele podia falar, ler, e escrever, mas não
adquiriu a maestria da língua” (ROLFE, 1982). Em contraposição a essa afirmativa, Mellor
destaca que “Amiano era um bem educado oficial superior que estava profundamente imbuído
com a cultura literária da língua adotada” (MELLOR, 1999, p.127), embora não tenha escrito
na sua língua nativa, o grego, seu conhecimento de latim não era igual ao de um soldado
comum.
Quanto à datação da obra de Amiano não há uma data precisa (tudo indica que foi
redigida entre os anos de 378 a 395 d.C.), só algumas especulações com base em cartas de
amigos ou informações contidas em seu texto. Temos notícia, por meio de uma carta que
Líbanio, sofista neoplatônico conterrâneo de Amiano, direciona a ele congratulando-o pelo
seu sucesso em 392 d.C.; a partir disto temos a evidência que uma parte considerável de seu
trabalho já havia sido publicado até este ano, acredita-se que até o livro XXV. Tendo em vista
a falta de algumas informações, que Amiano não inseriu no seu texto, mas que caso soubesse
teria incluído, pode-se afirmar que antes de 397 d.C. todo seu livro se encontrava em
circulação. (THOMPSON, 1947, p.18). E. A. Thompson não define por quais setores a obra
circulou, porém tudo leva a crer que foi nos altos escalões da administração imperial.
Thompson destaca em seu livro, “The Historical Work of Ammianus Marcellinus”,
como o trabalho de Amiano sobreviveu a Idade Média, pontuando que a respeito do assunto
“só podemos fazer conjunturas; Sandys observa que ‘a sobrevivência de certos Clássicos
Latinos era devido aos interesses locais’, e nota que Amiano foi preservado na Germânia”
(THOMPSON, 1999, p.19).
É no mínimo curiosa essa observação, porque, embora Amiano esteja vivendo num
período em que os bárbaros estão cada vez mais fazendo parte da vida política, militar e social
de Roma, o autor antioquiano coloca todo crédito da crise que o Império está vivendo nos
estrangeiros. Sabbah se opõem a essa acertiva, uma vez que para o próprio:
“O (...) conhecimento de Amiano da ameaça dos bárbaros e o apelo para a
mobilização de energias para responder a ela, embora sendo um traço
fundamental da sua ideologia patriótica, não implica num primário antigermanismo e não se exclui o entendimento ou mesmo simpatia por aqueles
que são tratados de forma cruel.” (SABBAH, 2003, p.75).
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O argumento de Sabbah baseia-se em algumas passagens do texto em que Amiano
reconhece o valor de alguns generais não-romanos4, não isenta o sentimento que tinha quanto
a todo o processo que estava acontecendo, ressaltando outra passagem de Amiano em que
destaca o problema de se confiar em comandantes de origem bárbara5.
Um guia familiarizado com a região apareceu inesperadamente, e, em
troca de dinheiro, apontou para um lugar onde a noite havia pouca
profundidade, ali o rio poderia ser atravessado. E lá o exército poderia ser
conduzido na travessia do rio, enquanto a atenção do inimigo estava
voltada para qualquer outro lugar, e devastariam todo o país sem
oposição, não fosse por alguns homens da mesma raça, que possuíam
posição no alto escalão militar, informar seus conterrâneos sobre o plano
através de mensageiros secretos, como pensavam alguns. Agora, a
vergonha dessa suspeita recaiu sobre Latinus, contava com o comando da
guarda imperial, Agilo, tribuno em mudança para a estabilidade, e
Scudilo, comandante dos targeteers, que eram então altamente
considerados como tendo em suas mãos a defesa do estado (XIV, 10, 78).
E eles na realidade em marcha rápida acelerada para preservar-los,
suspeitavam dos seus projetos. Mas ele [chefe militar godo Farnobius],
conhecendo ambos: como comandar seus soldados e preservá-los,
suspeitava dos propósitos deles [romanos] ou tinha plenas informações
disso [do plano de espera-los] a partir do relatório dos batedores que ele
havia enviado a frente; então ele retornou ao longo das solenes montanhas
e através de densas florestas de Illyricum (…)(XXXI, 9, 2).
É curioso observar, nestas passagens acima citadas, que Amiano começa sua narrativa
criticando negativamente os bárbaros e ao seu término já reconhece seu valor.
Sua obra encontra-se dividida em 31 livros, dentre os quais somente 18 acham-se
disponíveis, desde o livro 14 ao 31. Tais livros se remetem aos anos de 353 a 378 d.C.,
enriquecendo a historiografia acerca dos reinados dos seguintes imperadores: Constâncio II
(337-361 d.C.), Juliano (361-363 d.C.), Joviano (363-364 d.C.), Valentiniano I (364-375
d.C.), Valente (364-378 d.C.), Graciano (375-383 d.C.), e Valentiniano II (378-392 d.C.),
focalizando, sobretudo, os aspectos militares dos governos desses príncipes.
Tais livros, apesar de não constituírem toda a obra do estrategista militar, servem
como um vetor de investigação sobre a política diplomática de Roma, bem como do
complexo administrativo do tempo do próprio escritor. Assim sendo, ao se analisar a obra não
devemos desconsiderar a subjetividade de Amiano.
4
Amiano Marcelino (31, 9, 2).
5
Amiano Marcelino (14, 10, 7-8)
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Dessa forma, tenho como foco principal os livros XXV, XXVI e XXVII, em especial
os que narram a morte do imperador Juliano, a ascenssão de Joviano, Valentiniano I e
Valente. Nestes exemplares, Amiano nos informa a respeito da importância que o poder
militar passa a receber, não só no tocante à defesa das fronteiras-tarefa fundamental do
exército no IV século d.C. -, como também na interferência que exerce na administração de
todo o Império, ficando a seu critério a escolha do governante.
Acreditamos ser de grande relevância submeter sua obra, assim como os livros por nós
selecionados, a uma análise crítica detalhada, levando em consideração as críticas internas e
externas, necessárias a serem feitas. Como descreve Keith Jenkins, “se o passado é um texto
(repleto de ‘velhos’ textos) para ser lido e receber significado, então cabem as críticas os
limites de qualquer textualidade” (JENKINS, 2005, P. 61).
A partir daí procuramos sempre fazer a relação entre o discurso de Amiano Marcelino
e a recente historiografia sobre o período.
A questão anunciada auxilia no esclarecimento desse estudo que tem como objetivo a
análise interpretativa da relação existente entre o Exército e o poder imperial, uma vez que no
século IV d.C. a indicação para o posto mais alto da administração imperial era feita pelo
corpo militar. Esse fato também se mostrou presente em meados do século III d.C., no
período denominado de “Anarquia Militar”, embora nesta época, tudo indique que os
imperadores aclamados pelo exército ainda tinham uma preocupação em se legitimar diante
do Senado, fato esse que não encontra continuidade no início do século seguinte.
O aparato militar tinha como prioridade na política governamental a defesa e a
manutenção dos territórios romanos, em um ambiente que se fazia cada vez mais hostil
(SILVA, 1993, p. 40), em detrimento das constantes ameaças de invasão dos povos
estrangeiros, não obstante, o Exército romano já contasse com a ajuda deles há algum tempo.
Trata-se, portanto, de uma situação dúbia. Com o passar do tempo, principalmente após a
batalha de Adrianópolis e seu fracasso, o alistamento de bárbaros para o front romano só fez
aumentar. Como nos mostra Arther Ferril (1986, p.60), essa derrota desestruturou o corpo
militar do exército romano. Diante disso, torna-se necessário sua recomposição, visto que
pereceram aproximadamente dois terços de seu conjunto durante a luta.
Logo, houve um grande alistamento de bárbaros. Além disso, presenciamos, ainda
segundo Ferril, um acordo proposto pelo imperador Teodosio I (378 – 395 d.C.) aos
Visigodos garantindo o apoio destes para a causa romana, o que fez aumentar
significativamente o número de bárbaros no exército.
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No período que antecede a guerra de Adrianópolis, notamos maior proximidade na
interação dos romanos com outros povos, visto que a administração das fronteiras demandava
uma maior aproximação com os bárbaros. De acordo com Peter Heather (1999, p.240) o
exército romano normalmente derrotava os estrangeiros em conflitos armados, e neles
inspirava admiração, respeito e temor, passou a ser, também, a morada deles.
Portanto, é possível através do tratamento documental, dado a obra do Amiano
Marcelino, detectarmos uma perspectiva mais ampla, que corresponde à concretização de
nossa hipótese de trabalho quando afirmamos que os bárbaros também participavam do
processo de sucessão imperial por meio de sua integração no exército romano. Com destaque
aos Imperadores Joviano e Valentiniano I, Imperadores que rompem com a tentativa de
manutenção de quadros dinásticos elaborados durante a história de Roma.
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