karla_9⺠ano_resumo_24_02_17 - Colégio Delta

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Colégio Delta
Disciplina: Biologia - 9º Ano
Professora: Karla Rodrigues Mota
Aluno (a): _________________________________________________
Tema 03: CITOLOGIA (Parte 1)
1. A DESCOBERTA DA CÉLULA
O conceito de célula só pode ser estabelecido após
a invenção do microscópio, em 1590. A primeira
observação de uma célula foi feita em 1665 por
Robert Hooke, examinando uma delgada fatia de
cortiça (tecido vegetal morto). Hooke observou a presença de
numerosas cavidades
assemelhando-se
a
uma colmeia. Tais
cavidades foram denominadas por ele de
células.
Mas o trabalho de Hooke ficou esquecido até
1838, quando os naturalistas alemães Schleiden e
Schwan verificaram a presença de células em todos
os tecidos vegetais e animais. Dessa forma, os
alemães estabeleceram a Teoria Celular, de acordo
com a qual, todos os seres vivos são formados por
células.
2. TIPOS DE CÉLULA
Basicamente as células podem ser divididas em
dois tipos: procarióticas e eucarióticas.
Procarióticas são células primitivas e simples.
Não apresentam núcleo organizado. O material
genético (cromossomo) não fica separado do
citoplasma por membrana nuclear (carioteca).
Eucarióticas são células estruturalmente mais
complexas, pois possuem núcleo organizado e
delimitado, dentro do qual se encontra o material
genético.
Os organismos formados por células procarióticas, como as bactérias, recebem o nome de
procariontes. Já os organismos formados por
células eucarióticas, como os animais e as plantas,
são chamados de eucariontes.
Apesar das diversidades, todas as células têm
membrana plasmática, citosol, material genético e
ribossomos.
3. MEMBRANA PLASMÁTICA
A membrana plasmática, também chamada de
membrana celular, envolve totalmente as células e é
estremamente fina. É constituída, sobretudo, por
fosfolipídios, mas pode apresentar em sua constituição carboidratos e outros tipos de lipídios, como
o colesterol.
O modelo aceito para explicar a estrutura da
membrana celular é o de Singer e Nicholson,
conhecido como mosaico fluido, ou seja, a
membrana plasmática não possui estruturar rígida;
ao contrário, ela é maleável. As camadas de lipídios
seriam fluidas (ou seja móveis), e as proteínas
mudariam de posição, como se fossem peças de um
mosaico.
Os lipídios organizam-se em duas camadas
justapostas, compondo uma bicamada onde as
porções hidrofóbicas (apolar) dos fosfolipídios ficam
voltadas para o interior da membrana plasmática,
enquanto que as porções hidrofílicas (polar) ficam
em contato tanto com o meio externo quanto interno
da célula, que são aquosos (ou seja, contém em sua
constituição água).
Uma vez que os meios intra e extracelular são
compostos, essencialmente, por água, essa característica anfipática (hidrofóbica) da membrana
impede o trânsito de grande parte das substâncias
importantes pra a manutenção da vida, o que não é
desejável. Este problema é resolvido pelo outro
componente principal das membranas: as proteínas.
Assim, a água e as substâncias dissolvidas nela que
não conseguem passagem por meio dos
fosfolipídios, são colocadas para dentro e para fora
das células através das proteínas.
Outro detalhe importante é que cada tipo de
membrana possui proteínas específicas de acordo
com suas funções. Isso ocorre porque as proteínas
funcionam como portas de entrada e saída de
substâncias específicas, ou seja, determinadas
substância usam um tipo de proteína para entrar na
célula enquanto outros grupos não conseguem fazêlo por essa mesma “porta”. Essa relação pode ser
ilustrada pela seguinte analogia: uma pessoa não
consegue entrar em uma casa pela “portinhola” de
cachorros ou gatos.
Este modelo explica o fato de a membrana ser
semipermeável, isto é, ela permite ou impede a
entrada ou a saída de algumas substâncias. Essa
permeabilidade seletiva permite que a composição
do interior das células seja diferente da composição
do ambiente.
A) Transporte através da membrana plasmática
As células trocam substâncias com o meio
externo. A membrana plasmática seleciona as
substâncias que podem entrar ou sair das células. A
seletividade da membrana está relacionada à sua
estrutura e permite manter a estabilidade do meio
intracelular.
A passagem de substâncias através da membrana
plasmática se dá de duas formas principais: o
transporte passivo e o transporte ativo.
O transporte passivo ocorre sem gasto de
energia para a célula. As substâncias atravessam a
membrana plasmática e passam do meio mais
concentrado para o meio menos concentrado, até que
se atinja o equilíbrio das concentrações. Há três tipos
de transporte passivo: difusão simples, difusão
facilitada e osmose.
O transporte ativo as partículas são levadas
contra o gradiente de concentração, ou seja, eles
fazem o caminho inverso do transporte ativo: passam
do meio de menor concentração para o de maior
concentração, sempre com gasto de energia. Esse
gasto de energia consome moléculas energéticas
conhecidas
como
ATP
(adenosina
trifosfato ou trifosfato
de adenosina). De
forma geral, esse
transporte é realizado
por proteínas, que
agem bombardeando as moléculas ou íons para fora
ou para dentro da célula, com o objetivo de manter a
diferença de concentração entre os dois meios. Como
exemplos de transporte ativo é endocitose e a
exocitose.
B) Difusão Simples
Na difusão simples ocorre a passagem de
moléculas pequenas apolares ou lipossolúveis
(hidrofóbicas) e de gases como o oxigênio,
nitrogênio e gás carbônico através da bicamada
lipídica sem nenhum auxílio (livremente) até que
ocorra um equilíbrio no gradiente de concentração
entre o meio extra e intracelular.
C) Difusão Facilitada
É muito parecida com a difusão
simples, porém o
transporte do soluto de um meio
mais concentrado
para um meio
menos concentrado acontece com a
ajuda de proteínas
especiais presentes na membrana plasmática, facilitando o transporte
e, consequentemente, aumentando a velocidade.
Como exemplo, pode citar o papel da insulina, que
liberada pelo pâncreas ativa transportadores de
glicose na membrana plasmática das células,
facilitando assim seu transporte para o meio
intracelular.
D) Osmose
É um tipo especial de difusão no qual a água
(solvente) atravessa a membrana. Na osmose,
apenas a passagem da água é possível. Esta passagem
ocorre do meio menos concentrado (com muita água)
para o menos concentrado (com menos água), com o
objetivo de diminuir a diferença de concentrações.
Nos seres vivos, a osmose ocorre quando a
concentração da solução no interior das células é
diferente da concentração do meio externo.
Dependendo da concentração das soluções em que as
células são colocadas, as células podem ganhar ou
perder água:
- Perdem água: quando são colocadas em uma solução mais concentrada (hipertônica).
- Ganham água quando colocadas em uma solução
menos concentrada (hipotônica).
A osmose é um fenômeno muito comum no
cotidiano. Você já deve ter reparado que quando as
saladas estão temperadas, com o passar do tempo
elas murcham. Isso ocorre justamente porque a água
difunde das células vegetais da alface (meio menos
concentrado) para o meio mais concentrado, que é a
solução de vinagre e sal
E) Endocitose
É o transporte no qual a membrana plasmática
engloba partículas relativamente grandes e as leva
para o interior da célula, dentro de vesículas. A
palavra endocitose significa “dentro da célula”.
Nesse sentido, a endocitose ocorre, geralmente, de
duas maneiras: pela fagocitose ou pela pinocitose.
 Fagocitose: É o processo pelo qual a célula engloba
partículas sólidas. A célula emite projeções,
chamadas pseudópodes, que envolvem as
partículas, capturando-as e conduzindo-as para o
interior da célula.
 Pinocitose: É o processo pelo qual a célula engloba
partículas líquidas. A célula forma canais na
membrana plasmática, permitindo a entrada do
líquido.
F) Exocitose
A exocitose é o processo inverso ao da endocitose. Nele há a eliminação de material de dentro
para fora da célula.
Por exocitose saem da célula secreções do
metabolismo do nosso corpo e restos de materiais
digeridos dentro da célula.
4. PAREDE CELULAR
A parede celular existe em vegetais, algas, fungos
e muitas bactérias e é uma estrutura que envolve a
membrana plasmática. É permeável e tem a função
de proteger e estruturar a célula.
Nas
células
vegetais, essa parede
rígida e permeável é
formada
basicamente
pelo
polissacarídeo
celulose. Por isso
nesse caso a parede
celular também é
chama de parede
celulósica.
Relembrando alguns conceitos!!!
1. SOLUÇÃO
Uma solução é toda mistura de duas ou mais substâncias que seja
homogênea, isto é, que tenha apenas uma fase. Isso acontece mesmo ao se
olhar em um microscópio, pois as suas partículas dispersas têm o diâmetro
menor. Uma solução é sempre formada pelo soluto e pelo solvente.
2. SOLUTO
O soluto pode ser definido como a substância dissolvida, ou seja, a que se distribui no interior de outra
substância na forma de pequenas partículas.
3. SOLVENTE
O solvente é a substância chamada de dispersante, ou seja, é a que permite que o soluto distribua-se em
seu interior. A água é chamada, muitas vezes, de solvente universal, pois uma grande quantidade de
substâncias dissolve-se nela, mas nem sempre ela é o solvente. A gasolina usada atualmente, por
exemplo, contém cerca de 25% de etanol (álcool) dissolvido nela, ou seja, nesse caso, o soluto é o álcool
e o solvente é a gasolina. Esse fato também evidencia que geralmente o solvente está em maior
quantidade que o soluto, apesar disso não ser uma regra geral.
4. SOLUÇÃO HIPERTÔNICA
A palavra hipertônico indica muito, algo que está elevado, que possui grande quantidade. Desta forma,
pode-se afirmar que um meio hipertônico é quando a concentração do soluto é alta. Quando uma célula
entra em contato com um meio hipertônico, a água que está no centro dela vai difundir (“sair”) para o
meio hipertônico. Fazendo com que essa célula murche.
5. SOLUÇÃO HIPOTÔNICA
A palavra hipotônico indica pouco, algo que possui pequena quantidade. Desta forma, pode-se afirmar
que um meio hipotônico é quando a concentração do soluto é baixa. Quando uma célula entra em
contato com um meio hipotônico, a água que está fora vai entrar na célula. Em consequência disso, a
célula vai inchar, podendo chegar a estourar.
6. SOLUÇÃO ISOTÔNICA
Quando dois meios possuem a mesma concentração de espécies químicas, diz-se que são isotônicos, ou
seja, apresentam concentrações iguais.
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