Minicurso: Astroquímica e Astrobiologia Sergio Pilling [email protected] 1 Aula 1: A Evolução Química do Universo: Nucleossínteses, Evolução estelar, Meio interestelar, Moléculas. Aula 2: Astroquímica: Observações (IR e Radio), teoria e experimentos. Aula 3: Astrobiologia: Exoplanetas, habitabilidade , panspermia panspermia, , extremofilos extremofilos. . Exoplanetas, habitabilidade, 2 1 Aula 1: A Evolução Química do Universo: Nucleossínteses, Evolução estelar, Meio interestelar, Moléculas. 3 4 BigBang 2 A teoria do BigBang Hoje Surgimento da vida 1ªs moléculas orgânicas 1ªs moléculas ... 2ª geração de estrelas 1ª geração de estrelas 1ºs Átomos (H, He, Li, Be) Li, Be) RCF ~ 2.7 K 1ºs Núcleos 1ºs prótons e nêutrons Partículas elementares Big bang Big bang 5 Universo primitivo (até ~ 1 seg ) Formação das partículas elementares e hadrons Energia radiante (raios gama) é convertida em matéria e anti‐ Energia radiante (raios gama) é convertida em matéria e anti‐matéria. (Eq Einstein, E = m.c2) Partículas elementares ~10‐32 até 10‐6 segundos Formação dos hadrons Formação dos hadrons 10−5 seg até ~1 seg ? ? ? ? Anti‐ Anti‐partículas (1/1bi)? Ex. anti‐ Ex. anti‐elétron (pósitron) 6 3 Nucleossíntese primordial (~10 seg até ~ 5 min ) Nessa época o Universo era parecido com o núcleo do Sol. Uma sopa de partículas ionizadas (PLASMA) No fim da era da nucleossíntese a composição da matéria bariônica do universo era de 74% prótons, 24% núcleos de hélio e traços de núcleos de 7 outros elementos leves como Lítio, Deutério e Berílio. Atomossíntese primordial ( de 5 min até ~ 380 000 anos) Ao longo dos primeiros 380 mil anos a temperatura do universo decresceu bastante chegando ate cerca de 3000 K, permitindo que os núcleos formados (prótons e nêutrons) combinassem com os elétrons errantes resultando em átomos neutros (recombinação). Visão clássica Nessa época o universo deixou de ser opaco a radiação como (o interior solar; espalhamento da luz pelos elétrons livres) e começou a ser transparente. Podendos ser observado nos dias de hoje como a radiação cósmica de fundo (2.7K) 8 4 1ªs estrelas e nucleossíntese estelar (~ 1bi ano) Nuvem de átomos de H, He 9 1ªs estrelas e nucleossíntese estelar (~ 1bi ano) • Estrelas do tipo solar Queima do hidrogênio (cadeia p‐ Queima do hidrogênio (cadeia p‐p) ~ 4,029 amu ~4.002 10 amu 5 1ªs estrelas e nucleossíntese estelar (~ 1bi ano) • Estrelas do grade massa Exemplo de reações 11 1ªs estrelas e nucleossíntese estelar (~ 1bi ano) 12 6 1ªs estrelas e nucleossíntese estelar (~ 1bi ano) Estágios finais de estrelas do tipo solar Nebulosa Planetária Estagio finais de estrelas do grade massa Supernova anã branca Estrelas de nêutrons, buraco negro . 13 1ªs estrelas e nucleossíntese estelar (~ 1bi ano) 14 7 Biografia das estrelas Ve nt o es te la r f or te 15 Biografia das estrelas (cont.) Vento estelar forte Sol 16 8 Como as estrelas, apareceram aos aglomerados de estrelas Aldebaran (gigante vermelha) M22, um aglomerado globular 17 aglomerado aberto Pleiades e galáxias e aglomerados de galáxias Colisões de galáxias Andromeda (nossa vizinha) Galaxy Cluster Abell 2218 (Gravitational Lensing)) 18 9 O vento estelar as moléculas •Vento solar (auroras, tempestades solares,...) •Vento estelar Vento estelar envoltó envoltório circunstelar rio circunstelar 19 Vento estelar, material circunstelar e meio interestelar • Vento estelar Vento estelar material circunstelar material circunstelar (estrutura em forma de disco, esfé esférica, bipolar, jatos polares) rica, bipolar, jatos polares) meio interestelar Envoltório de Estrela gigante vermelha M < 8 Msol (ilustração) Nebulosa Planetária Nebulosa da Ampulheta (MyCn 18) 20 10 Mais ventos de nebulosa Planetárias NGC 6751 Abel 39 NGC 6826 21 Twin Jet Nebula M2‐9 Vento de estrela supermassiva M ~ 120 Msol Eta Carinae Material depositado no meio interestelar 22 11 Ventos de uma remanescentes de supernova Ventos de uma remanescentes de supernova Material depositado no meio interestelar nebulosa do caranguejo 23 O meio interestelar (o espaço entre as estrelas) • Evolução estelar Evolução estelar ventos ventos Enriquecimento do meio interestelar (elemento e moléculas) • Formação de novas estrelas (+ ricas em metais) Campo de radiação forte (UV, Raios X) Gás ionizado HII (~104 K) 24 NGC 3603 12 Propriedades do meio interestelar • Composição: Átomos, Moléculas, Agregados moleculares, grãos de poeira (agregados de moléculas refratarias. Carbono, Silicatos) e de poeira (agregados de moléculas refratarias. Carbono, Silicatos) e radiação (fotons , eletrons eletrons, íons e raios cósmicos) , íons e raios cósmicos) radiação (fotons, 25 Propriedades do meio interestelar • Regiões do MI: Nebulosas, Nuvens difusas (quente e rarefeitas N<1); Regiões ionizadas (HII, T~104K); Nuvens densas (N~10 ); Nuvens densas (N~105), N<1); Regiões ionizadas (HII, T~10 Nuvens Moleculares (T~10K ); Glóbulos de bock bock; Discos proto ; Discos proto‐‐ Nuvens Moleculares (T~10K); Glóbulos de planetários, Envoltórios circunstelares , Nebulosas planetárias e planetários, Envoltórios circunstelares, Nebulosas planetárias e outros. 26 13 O gás interestelar Cerca de 99% da matéria interestelar é composta de gás. A poeira constitui cerca de 1%. Destes 99% temos que cerca de 90% é formado por H ou H2, cerca de 9% é He e apenas 1% é formado por elementos mais pesados do que o hélio. 27 Nuvens Moleculares (moléculas na fase gasosa e condensada) Horse head nebula N ~ 104 cm-3 T~10-50K! Black cloud Nebuloa (B68) 28 14 29 Cruzeiro do Sul e a nebulosa do saco de carvão 30 15 Em regiões frias e densas do MI é possível detectarmos transições quânticas fracas que acontecem com o átomo de hidrogênio neutro (HI) com energias bem baixas (5.9x10-6 eV = 21cm). Esta transição é produzida a partir de uma súbita mudança na orientação relativa entre os spins (campos magnéticos) do próton nuclear e do elétron que está em órbita em um átomo de hidrogênio. Radiação em 21 cm 5.9x10‐6 eV Mapa da Gálaxia Mapa da Gálaxia em 21cm Modelos dos braços espirais da Galáxia 31 Observando em diferentes comp. de onda temos acesso a diferentes estruturas do MI. Poeira Nebulosas de reflexão Gás quente, regiões de formação estelar 32 16 A poeira interestelar vento Sedlmayr 1994 Grão circunstelar/ interestelar Al2O4 (temp ~ 1700K); silicatos (temp ~ 1400K) Moléculas carbonaceas (C, PAHs, SiC) 33 Moléculas voláteis – mantos (H2O, CH4…) Processos de crescimento dos grãos Sedlmayr 1994 34 17 Grãos interestelares e a formação do H2 ‐Probabilidade de reação na fase gasosa baixa. ‐ Grãos (T~10K ) agem como catalisadores. Grãos (T~10K) agem como catalisadores. A 35 Formação de outras moléculas no espaço X-rays UV UV X-rays Partículas energéticas Partículas energéticas ? X-ray + HCOOH HCOOH 36 18 Algumas reações típicas na fase gasosa e fase condensada. 37 Como essas moléculas são detectadas? Telescopios Infravermlhos W33a, Proto estrela – W33a, Proto estrela – Gelo orgânico! (bandas vibracinais) vibracinais) SPITZER ISO Radiotelescopios (linhas rotacionais) rotacionais) VLA Itapetinga, SP Itapetinga, SP 38 19 Astroquímica (Laboratório de Astrofísica Molecular) Ciência multidisciplinar que estudo da formação, destruição e abundância de moléculas em ambientes espaciais (nuvens moleculares, regiões de nascimento estelar, nebulosas planetárias, discos protoplanetários, atmosferas planetárias, etc.) Um dos temas abordados pela astroquímica é o estudo da química orgânica pré-biótica para compreender a origem da vida na Terra. Outro tema importante é o estudo dos gelos astrofísicos (ex. Cometas, luas congeladas, etc.) = Física da matéria condensada aplicada em ambientes espaciais. 39 Astroquímica: Observacional +Teórica + Experimental E, , ... FOTON Gás Gelo k,,401/2 ... 20 Bibliografia Recomendada Andrew M. Shaw , 2006, Astrochemistry: From From Astronomy to Andrew M. Shaw, 2006, Astrochemistry: Astrobiology, Wiley Astrobiology, Wiley Minh Y.C. & Van : From From Molecular Y.C. & Van Dishoeck E. F., Astochemistry E. F., Astochemistry: Clouds to Planetary Proceedings of IAU 197, 2000. to Planetary Systems, Systems, Proceedings Tielens A. G. G. M., The A. G. G. M., The Physics and Chemistry of interstellar of interstellar Medium, Cambrigde, 2005. , 2005. Medium, Cambrigde Pirronello V., Krelowski V., Krelowski J. & Manicò J. & Manicò G., Solid G., Solid State Astrochemistry, NATO Science Astrochemistry, NATO Science Series, Kluwer Series, Kluwer Academic Publishers, 2000. Publishers, 2000. , Proceedings Proceedings of Kwok S & Sandford S & Sandford S., Organic S., Organic Matter in Space in Space, IAU 251, 2008. D.C. Lis, G.A. Blake , ., Astrochemistry: Recent Recent sucesses D.C. Lis, G.A. Blake & E. Herbst & E. Herbst, ., Astrochemistry: and current challenges, Proceedings of IAU 23, 2006. challenges, Proceedings 41 42 Continuamos na próxima aula. 21